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Interrupção das fibras brancas nos acessos cirúrgicos ao corno temporal do ventrículo lateral: estudo anatômico / White matter interruption in the surgical approaches to the temporal horn of the lateral ventricle

Paulo Abdo do Seixo Kadri 22 January 2016 (has links)
Introdução: A exploração cirúrgica do como temporal do ventrículo lateral (CTVL) é realizada para o tratamento de lesões neoplásica, vasculares e, principalmente, para o tratamento cirúrgico da epilepsia do lobo temporal. As abordagens cirúrgicas a esta cavidade são realizadas, a partir da superficie cortical e através de suas paredes, pelos acessos laterais, transsilvianos e inferiores. A escolha do acesso cirúrgico se baseia na exposição adequada e nas alterações neurológicas que possam advir do trauma ao parênquima cerebral. A secção dos diferentes feixes de fibras brancas pode resultar em déficits neurológicos mais duradouros do que a lesão ao córtex cerebral. Os déficits visuais oriundos da interrupção das fibras da radiação óptica são os mais estudados. A identificação das interrupções dos demais conjuntos de fibras e as correlações dos déficits neurológicos originados têm sido subestimadas na literatura Objetivo: Avaliar a interrupção dos feixes de fibras brancas nos diferentes acessos cirúrgicos ao como temporal do ventrículo lateral, utilizando a técnica de dissecção de fibras brancas de Klinger. Métodos: Para o estudo, foram utilizados 40 hemisférios cerebrais cadavéricos adultos (20 encéfalos) preparados no Laboratório de Anatomia da UFMS de acordo com a descrição do método de preparação de Klinger. As aberturas da cavidade ventricular, mimetizando os acessos cirúrgicos lateral (através do giro temporal médio), inferior (através do giro parahipocampal), transsilviano e transuncal foram realizados por meio de incisões de l5 mm a partir das superficies corticais. Resultados: A introdução dos instrumentos de dissecção, de 15 mm de largura por 2 mm de espessura, garantiu a uniformidade das transecções das fibras da superficie cortical à cavidade ventricular. Como resultado obteve­se o acesso que causou menor comprometimento de fibras brancas foi o acesso transucal, esse que atingiu apenas 8,3% das fibras analisadas, sendo as fibras em \"U\" situadas no córtex piriforme. Em seguida, os acessos inferior e transsilviano causaram lesões em 25% das fibras brancas. O acesso que acometeu o maior número de fibras, sendo considerado o mais lesivo para a substância branca foi o acesso lateral, esse que acometeu 75% das fibras analisadas durante a pesquisa. Conclusão: O acesso lateral através do giro temporal médio ocasiona lesões da porção inferior do fascículo longitudinal superior (segmento arqueado e vertical), do fascículo uncinado (segmento dorso lateral da porção temporal), do fascículo occipitofrontal (segmento ventral da porção posterior), da comissura anterior (segmento posterior da extensão lateral), das fibras temporopontinas, do pedúnculo talârnico posterior (alça temporal), do pedúnculo talâmico inferior (fibras posteriores) e do tapete. O acesso transsilviano ocasiona lesões do fascículo uncinado (segmento ventromedial da porção temporal), da comissura anterior (segmento anterior da extensão lateral) e da substância cinzenta da amígdala. O acesso inferior, através do giro parahipocampal, ocasiona lesões do segmento inferior do cíngulo e da formação hipocampal. O acesso transuncallesa apenas a substância cinzenta da amígdala . / Introduction: Surgical access to the temporal hom of lateral ventric1e is performed to treat tumoral and vascular lesions, but mainly to the surgi cal treatment of temporal epilepsy. The surgi cal exploration of this cavity is realized from the cortical surface towards the ventricular walls, through the lateral, transsylvian and inferior approaches, based on the adequate exposure of the cavity and on the postoperative deficits that might be originated from the brain parenchymal trauma. Lesions to the fibers bundles often result in more severe and prolonged deficits than corticallesions. The most common recognized deficits are the visual fields defects secondary to injuries to the optic radiation. Identification of the interruption of other fibers bundles involved and their correlated c1inical manifestation have been underestimated on the literature. Objective: To identify the interruption of the fiber bundles originated from the different approaches to the temporal hom utilizing the Klinger\'s fiber dissection technique. Methods: We studied 40 cerebral hemispheres of 20 brains, prepared according to Klingers method, at the UFMS Laboratory of Anatomy. The surgical access of the temporal hom was performed simulating the lateral (middle temporal gyrus), inferior (parahippocampal gyrus), transsylvian and transuncal approaches, through 15 mm cortical incisions, followed by stepwise dissection of the fibers. Results: Introduction ofthe dissector (15 mm width, 2 mm height) warranted an uniform transection of the fibers from the cortical surface to the ventricular cavity. The least destructive access encountered was the transuncal access, interrupting 8,3% of the studied fibers. Following it, the inferior and the transsylvian approaches interrupted 25% of the fibers. The most destructive, interrupting 75% of the studied fibers was the lateral approach. Conclusion: The lateral approach through the middle temporal gyrus caused interruptions on the inferior portion (vertical and arcuate segments) of the superior longitudinal fasciculus; on the dorso lateral segment of the temporal portion from the uncinate fasciculus; on the ventral segment of the posterior portion from the occipitofrontal fasciculus; on the posterior segrnent of the lateral extension from the posterior commissure; on the temporopontine fibers; on the anterior loop of the posterior thalamic pedunc1e, on the posterior fibers of the inferior thalamic pedunc1e and the tapetum fibers. The transsylvian approach caused interruptions on the ventromedial segrnent of the temporal portion from the uncinate fasciculus; on the anterior segrnent of the lateral extension from the anterior commissure and transected the amygdala on its anterosuperior surface. The inferior approach through the parahippocampal gyrus caused interruptions on the inferior segment of the cingulum and on the fimbria, due to the transection of the hipocampal formation. The transuncal approach only transected the amygdala
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Epilepsia de Lobo Temporal Familial : caracterização da evolução natural, progressão da atrofia hipocampal e resposta ao tratamento / Familial Mesial Temporal Lobe Epilepsy : characterization of natural history, progression of hippocampal atrophy and response to treatment.

Morita, Marcia Elisabete, 1978- 02 July 2012 (has links)
Orientadores: Fernando Cendes, Iscia Teresinha Lopes Cendes / Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-20T19:28:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Morita_MarciaElisabete_D.pdf: 30279244 bytes, checksum: 9795af46582295ee5e0f0f193429b5aa (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Introdução: A epilepsia de lobo temporal mesial (ELTM), a principal causa de epilepsia parcial no adulto, está freqüentemente associada à atrofia hipocampal (AH). O conhecimento sobre sua história natural e fisiopatologia é baseado predominantemente em séries cirúrgicas. A ELTM familiar (ELTMF) é caracterizada pela recorrência em uma mesma família de indivíduos com ELTM com diversos graus de gravidade. Este aspecto, associado ao fato de alguns membros assintomáticos apresentarem sinais de AH na RM, faz com que o estudo prospectivo da ELTMF seja o cenário ideal para o melhor entendimento da história natural e fisiopatologia da ELTM. Materiais e Métodos: Analisamos prospectivamente 103 indivíduos pertencentes a 17 famílias com ELTMF. O tempo de seguimento foi em média 7,6 anos (SD ± 1,8 anos). Os membros das famílias foram divididos em três grupos: ELTMF (n=53), não classificáveis (crises que não preenchiam critérios para ELTM; n=18) e assintomáticos na primeira avaliação (n=32). O grupo com ELTMF foi subdividido em subgrupos: remissão (n=19), benignos (n=17) e refratários (n=17). Posteriormente o grupo com ELTMF foi reclassificado de acordo com sua evolução clínica em favorável e desfavorável. As evoluções clínicas foram correlacionadas com os possíveis fatores prognósticos. Sinais de AH na MRI foram definidos por análise visual. Em um estudo paralelo, foi feita a volumetria manual do hipocampo nas duas imagens de RM quando disponíveis. Resultados: No grupo benigno os pacientes evoluíram ou para refratariedade (17,6%) ou para remissão (23,5%). No grupo inicialmente em remissão, a maioria dos pacientes permaneceu em remissão e 21% foram reclassificados como benignos. Todos os pacientes refratários permaneceram refratários, exceto quando submetidos à cirurgia. Dos assintomáticos 12,5% desenvolveram ELTMF benigna e do grupo não classificáveis 22% evoluíram para o diagnóstico de ELTMF benigna. Foram considerados fatores preditivos relacionados à evolução clínica desfavorável a presença de AH (p=0,0192) e atividade epileptiforme no EEG (p=0,0174). A correlação entre incidentes precipitantes iniciais e evolução clínica não foi significativa, porém, uma clara tendência (p=0,0549) foi observada. Em relação à volumetria observamos progressão da atrofia quando comparamos o volume da RM inicial com a última RM. Discussão: Os resultados observados confirmam o caráter geralmente benigno da ELTMF. Este achado ressalta a existência de pacientes que mesmo na presença de sinais de AH apresentam uma evolução favorável, colocando em questão o conceito tradicional de que a ELTM com AH seria necessariamente refratária. Além disso, a demonstração da existência de fatores preditivos de má evolução clínica corrobora a hipótese de que outros fatores, além da influência genética, também estariam envolvidos na fisiopatologia desta doença. Em relação à progressão da ELTMF, dados de volumetria reforçam a teoria de que a ELTM seria uma doença progressiva, cuja velocidade de seu curso poderia ser influenciada por fatores externos. Este estudo longitudinal trouxe dados adicionais sobre a história natural da ELTMF que reforçam e clareiam algumas das hipóteses previamente formuladas. O melhor entendimento dos mecanismos subjacentes a ELTMF é importante para determinar estratégias terapêuticas visando melhor controle de crises e talvez, assim, prevenindo epileptogênese e progressão de dano neuronal / Abstract: Introduction: Mesial temporal lobe epilepsy (MTLE), the main cause of partial epilepsy in adulthood, is frequently associated with hippocampal atrophy (HA). The knowledge regarding its natural history and pathophysiology is based mainly on surgical series. Familial mesial temporal lobe epilepsy (FMTLE) is characterized by the recurrence of MTLE in the same family with different degrees of severity. This aspect, together with the fact that some asymptomatic members have MRI signs of HA, makes the prospective study of FMTLE the perfect scenario for the better understanding of the natural history and pathophysiology of MTLE. Material and Methods: We analyzed prospectively 103 individuals belonging to 17 families with FMTL. The mean duration of follow up was 7.6 years (SD, ± 1.8 years) Family members were divided into 3 groups: FMTLE (n=53), unclassified (seizures that did not fulfill criteria for MTLE, n=18) and asymptomatic at first evaluation (n=32). The FMTLE group was divided into 3 subgroups named: remission (n=19), benign (n=17) and refractory (n=17) and were further reclassified according to their outcome in favorable outcome and poor outcome. Outcome groups were correlated with possible predictor factors. MRI signs of atrophy were defined by visual analysis. In a related study, we performed manual volumetry in both MRI images when they were available. Results: In the benign group patients evolved to either refractoriness (17.6%) or remission (23.5%). In the remission group, most patients remained seizure free and only 21% were further reclassified as benign. All refractory patients remained refractory or underwent surgery. From the asymptomatic group 12.5% developed benign FMTLE and from the unclassified seizure group 22% evolved to a diagnosis of benign FMTLE. Predictive factors related to poor outcome were presence of HA (p=0.0192) and interictal epileptiform discharges on EEGs (p=0.0174). The correlation between initial precipitating injuries and clinical outcome was not significant although a clear tendency was observed (p=0.0549). Regarding volumetric analysis, when comparing hippocampal volumes from initial and last MRIs, we observed progression of HA. Discussion: Our results confirm the benign aspect of FMTLE. This finding emphasizes the existence of patients with good outcome even in the presence of signs of HA, challenging the notion that MTLE with HA is always refractory. Furthermore, the demonstration of predictive factors of poor clinical outcome supports the hypothesis that, in addition to the genetic influence, there should be other factors involved in the pathophysiology of this condition. Volumetric data reinforces the theory that MTLE might be a progressive disorder, and that the rate of progression would be influenced by external factors. This longitudinal study brought additional data regarding the natural history of FMTLE that strengthens and clarifies some of the previously formulated hypotheses. The better understanding of the underlying mechanisms of FMTLE is important to determine therapeutic strategies aiming better seizure control and perhaps thereby preventing epileptogenesis and progression of neuronal damage / Doutorado / Neurociencias / Doutor em Fisiopatologia Medica
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PAPEL DA Na+, K+ - ATPASE NO MODELO DE EPILEPSIA DO LOBO TEMPORAL EM CAMUNDONGOS / ROLE OF Na+ K+ - ATPASE IN A MODEL TEMPORAL LOBE EPILEPSY IN MICE

Funck, Vinícius Rafael 16 March 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Epilepsy is a disease that affects about 1-2% of the general population. Considering the high number of patients with epilepsy who are refractory to currently available drugs, it is important to search for new anticonvulsant drugs. For this it is important that reproduces model epilepsy, such as the pilocarpine model, a muscarinic agonist causing limbic seizures and status epilepticus, which after a latency period is characterized by a temporal lobe epilepsy. A potential drug target in the treatment of epilepsy is the Na+,K+-ATPase, which is characterized by being a plasma membrane protein having important role in the maintenance of cellular ionic homeostasis, changes in the Na+,K+-ATPase activity directly affect cell signaling via neurotransmitters and neuronal activity. In this context, a impair the functioning of the Na+,K+-ATPase leads to an increased or decreased neuronal excitability, depending on the degree of inhibition induced neuronal and type affected. Therefore, the present study searched for the role of Na+,K+-ATPase and the specific antibody that enhances the activity of Na+,K+-ATPase (DRRSAb) in the pilocarpine model in C57BL/6 mice challenged with pentylenetetrazol (PTZ). It was seen that the activity of Na+,K+-ATPase was decreased in hippocampus of epileptic mice, 60 days after status epilepticus (SE). Furthermore, the Michelis-Menten constant for different ATP concentrations increased in the SE. Reduced activity of Na+,K+-ATPase appears to involve the nitration of α subunit, but no changes in the expression or its phosphorylation state at Ser943 was found. Interestingly, activation of Na+,K+-ATPase intrahippocampal injection with a specific antibody (DRRSAb) produced against a regulatory site of the α subunit, decreases susceptibility to myoclonic seizures induced by PTZ in epileptic animals. On the other hand, the administration of DRRSAb in the hippocampus of naive animals facilitated the onset of seizures induced by PTZ. Quantitative analysis of hippocampal EEG recordings revealed that DRRSAb increased the percentage of total power contributed by delta frequency band (0-3 Hz) to large irregular amplitude pattern of hippocampal EEG. On the other hand, no DRRSAb-induced changes were found regarding the theta functional state. Therefore, activation of Na+,K+-ATPase activity as a novel approach in seizure disorders, may become a potential target for epilepsy. / A epilepsia é uma doença que atinge cerca de 1 % da população em geral. Embora vários tratamentos farmacológicos sejam utilizados, um elevado número de pacientes com epilepsia são refratários às drogas disponíveis atualmente o que torna importante à busca por novas drogas anticonvulsivantes. Para isso, é necessário um modelo que reproduza a epilepsia, como é o caso do modelo da pilocarpina, um agonista muscarínico que causa convulsões límbicas e status epilepticus (SE), que após crises recorrentes se caracteriza por uma epilepsia do lobo temporal. Um possível alvo farmacológico na terapia da epilepsia é a enzima Na+, K+-ATPase, que se caracteriza por ser uma proteína de membrana plasmática que tem um papel importante na manutenção da homeostase iônica celular cuja mudança na atividade da Na+, K+-ATPase afeta diretamente a sinalização celular via neurotransmissores e a atividade neuronal. Neste contexto, um prejuízo ao funcionamento da Na+, K+-ATPase ocasiona aumento ou diminuição da excitabilidade neuronal, dependendo do grau de inibição induzido e do tipo neuronal afetado. Portanto, o presente estudo, procurou o papel da Na+, K+-ATPase e de um anticorpo específico que aumenta a atividade da Na+, K+-ATPase (DRRSAb), no modelo da pilocarpina em camundongos C57BL/6 e sobre a susceptibilidade ao pentilenotetrazol (PTZ). Foi constatado que a atividade da Na+, K+-ATPase está diminuída no hipocampo de camundongos 60 dias após o SE. Além disso, a constante de Michelis-Menten para as diferentes concentrações de ATP aumentou no grupo pós-SE. A redução da atividade da Na+,K+-ATPase parece envolver a nitração da subunidade α, mas nenhuma alteração na expressão ou no estado de fosforilação na Ser943 foi encontrada. Interessantemente, a ativação da Na+, K+-ATPase, com uma injeção intrahipocampal do anticorpo DRRSAb produzido contra um local regulador da subunidade α, diminui a susceptibilidade para crises mioclônicas induzida por PTZ nos animais epilépticos. Por outro lado, a administração de DRRSAb no hipocampo de animais normais facilitou o aparecimento de convulsões induzidas por PTZ. A análise quantitativa do registro eletroencefalográfico (EEG) no hipocampo, revelou que o DRRSAb aumentou a porcentagem de poder total na frequência da banda delta (0-3 Hz), quando analisado padrão de atividade irregular de grande amplitude (LIA). Por outro lado, não houve alterações induzidas pelo DRRSAb sobre o estado funcional do ritmo teta. Portanto, a ativação Na+, K+-ATPase, como uma nova abordagem em distúrbios convulsivos, pode tornar-se um alvo farmacológico em potencial na epilepsia.
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O estudo de polimorfismos da via dopaminérgica na epilepsia do lobo temporal causada por esclerose hipocampal / The study of dopaminergic pathway polymorphisms in temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis

Alcantara, Juliana Andrade 04 October 2017 (has links)
Estudos clínicos nos pacientes com epilepsia mostram a importância da neurotransmissão modulada pela dopamina na epilepsia. Múltiplos fatores genéticos predispõem à epilepsia e há evidências de uma relação direta entre a epilepsia e as variações nos genes que codificam proteínas envolvidas na neurotransmissão dopaminérgica. O objetivo do nosso estudo foi investigar se os polimorfismos da via dopaminérgica e o Val66Met do BDNF estavam associados à ocorrência de epilepsia do lobo temporal causada por esclerose hipocampal. Para este fim, avaliamos 119 pacientes com epilepsia do lobo temporal causada por esclerose hipocampal e 113 voluntários saudáveis. Os participantes foram genotipados para os polimorfismos do gene DAT (3\'UTR e Intron 8), receptores dopaminérgicos (DRD2 e DRD4), COMT, MAO e BDNF (Val66Met). Não houve diferença entre pacientes e controles para os polimorfismos relacionados ao DAT, Íntron 8 VNTR (p 0,395) e 3\'UTR VNTR (p 0,614) e para a análise dos haplótipos (3\'UTR e Intron 8) (p 0.205). Não houve diferença entre pacientes e controles para os polimorfismos dos receptores dopaminérgicos DRD2 rs1800497 (p 0.440), DRD4 rs1800955 (p 0.548) e DRD4 VNTR (p 0.318). Não observamos diferença entre pacientes e controles quanto aos polimorfismos COMT rs4680 (p 0.482) e MAOA_uVNTR (p 0.753), metabolizadores de DA. Não observamos diferença na distribuição genotípica do polimorfismo Val66Met (rs6265) do BDNF (p 0,636) e a distribuição alélica (p 0.471) no grupo de pacientes com epilepsia do lobo temporal causada por esclerose do hipocampo. Nossos achados demonstraram que os polimorfismos da via dopaminérgica e BDNF Val66Met analisados neste estudo não parecem estar associados à epilepsia de lobo temporal causada por esclerose de hipocampo / Clinical studies in patients with epilepsy showed the role of neurotransmission modulated by dopamine in epilepsy. Multiple genetic factors predispose to epilepsy; there is evidence for a direct relationship between epilepsy and variations in genes encoding proteins involved in dopaminergic neurotransmission. The aim of our study was to investigate if the polymorphism related to the dopaminergic pathway and BDNF polymorphism Val66Met were associated with the occurrence of temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis. We assessed 119 patients with unequivocal temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis and 113 healthy volunteers. Individuals were genotyped for DAT gene polymorphisms (3\'UTR and Intron 8), dopaminergic receptors (DRD2 and DRD4), COMT, MAO and BDNF. There was no difference between patients and controls considering the polymorphisms related to DAT, Intron 8 VNTR (p 0,395) and 3\'UTR VNTR (p 0.614) and for the analysis of haplotypes (3\'UTR and Intron 8) (p 0.205). There was no difference between patients and controls considering the dopaminergic receptor polymorphisms DRD2 rs1800497 (p 0.440), DRD4 rs1800955 (p 0.548) and DRD4 VNTR (p 0.318). We observed no difference between patients and controls regarding COMT polymorphisms rs4680 (p 0.482) and MAOA_uVNTR (p 0.753), of dopaminergic metabolizers. We did not observe difference in the genotypic distribution of BDNF Val66Met polymorphism (rs6265) (p 0.636) and in the allelic distribution (p 0.4711) in the group with temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis. Our findings suggest that the polymorphisms of the dopaminergic pathway evaluated in this study and BDNF Val66Me do not appear to be associated with temporal lobe epilepsy caused by hippocampal sclerosis
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Padrões de expressão de proteínas estruturais e plasticidade na epilepsia do lobo temporal / Expression patterns of structural proteins and plasticity in the temporal lobe epilepsy

Monteiro, Mariana Raquel 30 August 2011 (has links)
Introdução: A epilepsia do lobo temporal mesial (ELTM) é a forma mais comum de epilepsia na população adulta, tendo a esclerose hipocampal como principal substrato neuropatológico. Uma elevada proporção dos pacientes com ELTM apresentam história familiar positiva para a epilepsia, sugerindo a participação de fatores genéticos nesta síndrome. O citoesqueleto neuronal é essencial para os processos fisiológicos das células nervosas e crises epilépticas parecem afetar esta estrutura. O citoesqueleto neuronal possui importantes componentes regulatórios, dentre eles as proteínas associadas aos microtúbulos do tipo 2 (MAP2) e tau. Objetivos: Avaliar a densidade neuronal (células imunomarcadas com NeuN), neobrotamento das fibras musgosas (por histoquímica de neo-Timm) e a expressão imunohistoquímica das proteínas MAP2 e tau no hipocampo de casos cirúrgicos de ELTM (subtipos familiar e esporádico) e controles. As mesmas análises foram conduzidas no modelo animal de lítiopilocarpina. Métodos: Casos ELTM (n=38) foram divididos em ELTM familiar (n=20) e ETLM esporádica (n=18). Hipocampos controles (n=10) foram provenientes de necrópsias de sujeitos sem histórico de problemas neurológicos. No modelo animal de lítio-pilocarpina, animais submetidos ao status epilepticus (SE) foram sacrificados nos seguintes tempos pós-SE: 1, 7, 15 e 60 dias e classificados como grupos SE1, SE7, SE15 e SE60. Animais controle foram injetados com salina. Resultados: O grupo ELTM apresentou menor densidade neuronal que o controle nas regiões da camada granular, hilo, CA4, CA3, CA1 e prosubículo. O grupo ELTM mostrou maior valor de cinza da histoquímica de neo-Timm na camada granular, molecular interna e molecular externa e maior espessura do neobrotamento axonal na camada molecular interna em relação ao grupo controle. O grupo ELTM esporádica teve maior valor de cinza da histoquímica de neo-Timm e tendência à maior espessura do neobrotamento que o grupo ELTM familiar na camada molecular interna. O grupo ELTM apresentou menor expressão de MAP2 que o grupo controle no hilo, CA4, CA3, CA1 e prosubículo e maior expressão que o controle na camada granular, CA2 e parasubículo. O grupo ELTM esporádica teve maior expressão de MAP2 que o grupo ELTM familiar em CA1 e córtex entorrinal. O grupo ELTM apresentou maior expressão de tau que o grupo controle nas regiões da camada granular, hilo, CA3, CA2 e córtex entorrinal. O grupo ELTM esporádica demonstrou menor imunorreatividade para tau que o grupo ELTM familiar no córtex entorrinal. No modelo de lítio-pilocarpina, os grupos submetidos ao SE apresentaram menor densidade neuronal e maior neobrotamento que o grupo salina. Quanto à expressão de MAP2, os grupos SE60 e SE15 apresentaram maiores valores de expressão que os demais grupos em todas as regiões analisadas. A expressão de tau em CA3 não foi diferente entre os grupos animais analisados. Conclusão: Nossos resultados existem perda neuronal, reorganização sináptica das fibras musgosas e alterações na expressão de proteínas MAP2 e tau no hipocampo de pacientes com ELTM. Dentre os casos ELTM, encontramos diferenças no neobrotamento de fibras musgosas e na expressão de MAP2 e tau entre os grupos ELTM familiar e esporádica, indicando que estes grupos se apresentam de forma distinta em relação à epilepsia. Encontramos resultados II semelhantes em relação à densidade neuronal e o neobrotamento de fibras musgosas entre pacientes com ELTM e no modelo experimental. Porém, em relação à expressão das proteínas MAP2 e tau, encontramos algumas diferenças entre humanos e animais com ELTM. Nossos resultados sugerem que apesar do modelo de epilepsia induzida por lítio-pilocarpina ser relevante para o estudo da ELTM humana e mimetizar importantes aspectos neuropatológicos, a correspondência quanto à expressão de algumas proteínas estruturais não é completa. Estudos adicionais de expressão de proteínas do citoesqueleto em outros modelos animais de ELTM serão de grande importância para o melhor entendimento do processo epileptogênco. / Introduction: Mesial temporal lobe epilepsy (MTLE) is the most common form of epilepsy in adults and has hippocampal sclerosis as the main pathological substrate. A high proportion of patients with MTLE have positive familial history for epilepsy, suggesting the involvement of genetic factors in this syndrome. Seizures may affect the neuronal cytoskeleton, an structure that is essential in the physiological processes of nerve cells. Components of the neuronal cytoskeleton include microtubule-associated protein type 2 (MAP2) and tau. Objectives: Our aim was to evaluate neuronal density, mossy fiber sprouting and immunohistochemical expression of MAP2 and tau in the hippocampus of surgical cases of MTLE (familial and sporadic subtypes) and controls. The same analysis were conducted in the MTLE lithiumpilocarpine animal model.Methods: MTLE cases (n = 38) were divided into familial MTLE (n = 20) and sporadic MTLE (n = 18). Control hippocampi (n = 10) were obtained from autopsies of subjects without history of epilepsy. In the lithium-pilocarpine animal model, male Wistar rats were submitted to status epilepticus (SE) and were killed at the following post-SE days: 1, 7, 15 and 60, and were further classified SE1, SE7, SE15 and SE60. Control animals were injected with saline. Results: MTLE showed decreased neuronal density than controls in the granular layer, hilus, CA4, CA3, CA1 and prosubiculum. MTLE group showed increased neo-Timm gray value in the granular layer, inner and outer molecular layer, as well as increased mossy fiber length of mossy fiber in the inner molecular layer when compared to controls. Sporadic MTLE specimens exhibited increased inner molecular layer gray value than familial MTLE. MTLE hihppocampi showed decreased MAP2 expression in the hilus, CA4, CA3, CA1 and prosubiculum. In the granular layer, CA2 and parasubiculum, MAP2 expression was higher in MTLE specimens than in controls. CA1 and entorhinal cortex from sporadic MTLE hippocampi showed increased MAP2 expression than familial MTLE. Tau expression was increased in the granular layer, hilus, CA3, CA2 and entorhinal cortex of MTLE specimens. Sporadic MTLE exhibited lower tau immunoreactivity in the entorhinal cortex than familial MTLE. In the lithiumpilocarpine animal model, rats submitted to SE presented lower values of neuronal density and mossy fiber sprouting than controls. SE15 and SE60 showed increased MAP2 expression in all hippocampal subfields. Tau expression in CA3 was not different among the groups. Conclusion: Our results indicate that besides neuronal loss and axonal sprouting, MTLE specimens also exhibit dendritic abnormalities related to MAP2 expression. Increased tau immunoreactivity in epileptogenic hippocampi indicates possible abnormal expression related to mossy fiber sprouting in chronic MTLE. We found differential sprouting, MAP2 and tau expression between sporadic and familial MTLE. It is possible that different genetic background might result in somehow distinct neuropathological substrates between the two MTLE subtypes, although their clinical manifestation is quite similar. While neuronal loss and axonal sprouting profiles in human MTLE and chronic phase of the lithium-pilocarpine animal model are comparable, we could not find corresponding results regarding MAP2 and tau expression. IV Several studies have shown that chemo-convulsant as pilocarpine and kainic acid result in widespread brain epileptic discharges, which are different from the more focal hippocampal discharges seen in human MTLE. Despite its limitations, the lithium-pilocarpine model stands as an important and widely used animal model of epilepsy. Besides that, other animal models in which ictal discharges and lesions are more limited to the hippocampal formation might better mimic what we see in human MTLE.
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Memória prospectiva após ressecção mesial temporal / Prospective memory after mesial temporal resection

Adda, Carla Cristina 03 December 2013 (has links)
Introdução: A memória prospectiva (MP) refere-se a um conjunto de habilidades cognitivas que permitem lembrar-se de uma intenção a desempenhar no futuro, no momento adequado. Essa função é pouco avaliada em baterias neuropsicológicas que avaliam pessoas com epilepsia. Objetivo: Estudamos o impacto da cirurgia para epilepsia sobre a MP, componente prospectivo, em pessoas submetidas a lobectomia temporal unilateral para controle de epilepsia refratária ao tratamento clínico. Métodos: Comparamos o desempenho de MP em pessoas com epilepsia associada à esclerose mesial temporal à esquerda (EMTE) ou direita (EMTD) com dois grupos controles. Um grupo foi composto por indivíduos sem epilepsia (controles normais), e o outro por pessoas com epilepsia secundária à EMT, submetidos a avaliação e reavaliação neuropsicológica, sem intervenção cirúrgica (grupo clínico para controle teste/reteste). Resultados: Avaliamos 42 indivíduos sem epilepsia, 20 do grupo clínico (controle teste/reteste) e 39 do grupo cirúrgico (pré e pósoperatório). Comparamos o desempenho entre grupos e também a variação de desempenho individual, pelo índice de mudança confiável. Os grupos não diferiram em idade, escolaridade e quociente de inteligência. Na avaliação inicial, observou-se rebaixamento no desempenho em MP nos grupos clínico e cirúrgico (p < 0,01) (efeito lesão), sem diferença entre os grupos EMTE ou EMTD (efeito lateralidade). Para o grupo cirúrgico, observamos acentuada (p < 0,01) redução de crises e leve, porém significativa, redução de carga de drogas antiepilépticas pós-operatória. Observamos estabilidade em reteste de MP, declínio de memória verbal para o grupo EMTE e estabilidade de memória verbal e visual para o grupo EMTD. Conclusão: Embora exista um sistema de evocação compartilhado entre a MP e a memória episódica, a ressecção de estruturas temporais mesiais acometidas patologicamente não provoca declínio adicional em MP, mesmo quando se observou declínio de memória verbal no grupo EMTE. O comportamento dissociado de declínio de memória verbal para o grupo EMTE e preservação de MP após cirurgia de epilepsia sugere diferentes papeis das estruturas temporais mesiais nestes sistemas de memória. O papel do acometimento de estruturas extratemporais e de estruturas temporais não mesiais na MP em pacientes com EMT deverá ser melhor elucidado em estudos futuros / Introduction: Prospective memory (PM) refers to a set of cognitive abilities that allow recall of a previous intention to perform in the future, in the appropriate setting. This function is not usually evaluated in neuropsychological batteries used to evaluate people with epilepsy. Objective: We evaluated the impact of epilepsy surgery on the prospective component of PM, in people undergoing unilateral temporal lobectomy to treat medically refractory epilepsy. Methods: We compared performance in PM in people with left or right mesial temporal sclerosis (MTS) in the pre and postoperative periods with that of two control groups. One group was composed of people without epilepsy (normal controls), and another group was composed of people with epilepsy associated with mesial temporal sclerosis that underwent neuropsychological testing and retesting without undergoing surgery (clinical test/retest control group). Results: We studied 42 people without epilepsy, 20 clinical controls (test/retest group), and 39 patients that underwent epilepsy surgery (pre and postoperative testing). We compared groups performances and changes in individual performances with the reliable change index. Groups did not differ in age, education, and intelligence quotient. We found decreased preoperative PM performance for the clinical and surgical groups (p < 0.01) (lesion effect), without a difference between right and left groups (laterality effect). Postoperatively, there was a significant (p < 0.01) decrease in number of seizures, a small, but significant reduction in antiepileptic drug load, stable prospective memory, verbal and visual memory for right mesial temporal sclerosis, and decreased verbal memory in the left mesial temporal sclerosis group. Conclusion: In spite of a shared evocation system for episodic and prospective memory, resection of pathologically involved mesial temporal structures does not impact on prospective memory performance, even in the setting verbal memory decline in the left MTS group.The finding of dissociated verbal memory decline and PM stability after epilepsy surgery suggests a different role of mesial temporal lobe structures in these memory systems. The role of extratemporal and nonmesial temporal lobe structures in prospective memory in MTS patients should be evaluated in future studies
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Sono e epilepsia: estudo da arquitetura do ciclo vigília-sono em animais do modelo experimental de epilepsia do lobo temporal por pilocarpina. Análise qualitativa e quantitativa / Sleep and epilepsy: study of sleep-awake cycle architecture in animals of pilocarpine model of temporal lobe epilepsy: Qualitative and quantitative analysis

Pimenta, Gabriela de Matos Barbosa 02 September 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: As relações entre sono e epilepsia são complexas e de grande importância clínica. A melhor compreensão das inúmeras lacunas que permeiam essa relação reforçaria os alicerces para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas mais eficazes que pudessem contribuir para o bem-estar do paciente portador de epilepsia e transtornos do sono. OBJETIVO: O presente estudo teve como principal objetivo o estudo comportamental e a caracterização eletrofisiológica do ciclo vigília-sono (CVS) de ratos adultos tornados epilépticos por pilocarpina. MÉTODO: Ratos Wistar machos (N=6), tornados epilépticos após status epilepticus (SE) induzido por pilocarpina e não epilépticos (N=6) foram submetidos à cirurgia extereotáxica para implante de elétrodos bipolares nas áreas corticais (A3, somatosensorial) e hipocampais (CA1) de ambos os hemisférios. Registros contínuos de 24 horas foram submetidos à minuciosa análise visual e os seguintes parâmetros foram analisados: identificação e quantificação dos padrões eletrofisiológicos das fases do ciclo CVS; duração dos episódios oníricos ocorridos durante o sono dessincronizado (SD); padrão de ocorrência do CVS assim como do ciclo de sono (CS), e análise do volume do núcleo supraquiasmático. Os estudos da distribuição do CVS e comportamento onírico foram submetidos à Análise de Variância Multivariada - MANOVA, ao passo que as análises da ocorrência dos ciclos (CVS e CS) e volume do núcleo supraquiasmático foram submetidas ao teste da Análise de Variância (ANOVA) de dois fatores e ao teste de Mann- Whitney, respectivamente. RESULTADOS: Todas as fases do CVS foram identificadas nos ratos epilépticos. As fases da vigília e do sono eram permeadas por espículas e outros grafoelementos epileptiformes, como ondas delta espiculadas no SS e potenciais de alta frequência e baixa voltagem durante VA e o SD. Ao contrário do padrão de ocorrência típico das fases de vigília e sono em ratos não epilépticos, o grupo epiléptico apresentou diferenças significativas quanto à distribuição dessas fases em função do período. Foi observada redução significativa de VA (p<0,002) com concomitante aumento de SS (p<0,005) e vigília relaxada (VR) (p=0,021) no escuro, sendo que a VR era preponderante apenas na primeira metade da noite. Durante o dia, a quantidade de SS era maior no período da manhã (p<0,001), ao passo que houve redução do SD (p=0,002) concomitante com aumento de VA (p<0,001) no período da tarde.Os animais tornados epilépticos por pilocarpina apresentaram redução no padrão de ocorrência do CVS e CS (p=0,004 e p=0,003, respectivamente). Não houve diferença estatística na duração dos episódios oníricos, assim como no volume do núcleo supraquiasmático entre os grupos analisados (p>0,63 e p=0,47, respectivamente). CONCLUSÃO: Os animais epilépticos apresentaram alterações na arquitetura do CVS, bem como nos padrões de ciclicidade evidenciado pelas alterações de comportamento, especialmente no ciclo escuro. Esses fatos sugerem possível comprometimento estrutural e/ou funcional das circuitarias responsáveis pela geração e manutenção das fases de vigília e sono, assim como dos sistemas de temporização do CVS. Tomados em conjunto, os dados reproduziram anormalidades do CVS observadas em pacientes epilépticos, sugerindo que o presente modelo pode ser uma importante ferramenta para o estudo de mecanismos subjacentes à epilepsia do lobo temporal e sono. / INTRODUCTION: Relationships between sleep and epilepsy are complex and have great clinical importance as well. The full understanding of the various gaps present in this relationship would pave the ground for new studies that could generate new clinical approaches aiming to contribute to the well-being of the patient suffering from epilepsy and sleep disorders. OBJECTIVE: The present study aimed to carry out a behavioral analysis and electro-oscillographic characterization of the phases of sleep-wake cycle (SWC) of pilocarpine- induced epilepsy in adult rats. METHODS: Male Wistar rats that became epileptic after 60 days of pilocarpine-induced status epilepticus (SE) (N=6) and non epileptic ones (N=6) were submitted to extereotaxic surgery for implantation of bipolar electrodes in cortical (A3, somestesic) and hippocampal (CA1) areas in both hemispheres. Twenty-four hour continuous registers were submitted to detailed visual analysis and the following parameters were studied: identification and quantification of electrophysiological parameters of phases of SWC, duration of oniric episodes during desynchronized sleep (DS), the pattern of occurrence of SWC and cycles of sleep (CS). In addition, the volume of suprachiasmatic nuclei was investigated. To analyze the architecture of sleep-wake phases and oniric behavior, Multivariate Analysis of Variance-MANOVA was utilized, whereas the pattern of cycles (SWC and CS) and volume of suprachiasmatic were submitted to Analysis of Variance with 2 factors-Two-way ANOVA and Mann-Whitney test, respectively. RESULTS: In the epileptic rats all phases of SWC were identified. The phases of wake and sleep were permeated by spikes and graph elements epileptiforms such as spiked delta waves in SS and low frequency waves with high voltage during AW and SD phases. In contrast to the pattern of normal rhythmic activity evident in non-epileptic rats the epileptic group presented significant differences concerning distribution of the phases of SWC according to the period. In the dark cycle significant reduction of AW (p<0.002) was observed concomitantly with an increase of SS (p<0.005), while the relaxed wakefulness (RW) showed an increase during the first half of the night (p=0.021). In the light cycle, the SS was more prominent in the morning period (p<0.001), following by a reduction of DS (p=0.002) concomitantly with an increase of AW (p<0.001) during the afternoon in the epileptic group. The number of cycles with a regular sequence of each phase from awake to sleep (SWC) was significantly decreased (p=0.004), as was the number of cycles of sleep (p=0.003) in epileptic rats. No significant differences were found in duration of oniric episodes and volume of suprachiasmastic nuclei (p>0.63 e p=0.47, respectively) between non epileptic and epileptic groups. CONCLUSION: The data obtained revealed that after SE the epileptic animals presented some alterations in the SWC architecture as well as in the cyclicity patterns mainly in dark cycle. Such facts suggest a possible functional and/or structural impairment in the circuitry responsible for the generation of sleep and wake phases and in the SWC timing system. Taken together the data reproduced the abnormalities observed in patients, suggesting that the pilocarpine model is a suitable one to study sleep dysfunctions in temporal lobe epilepsy.
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Avaliação de linguagem por ressonância magnética funcional em indivíduos com epilepsia do lobo temporal secundária a esclerose mesial temporal / FMRI language lateralization in patients with epilepsy secondary to mesial temporal sclerosis

Almeida, Juliana Passos de 28 March 2017 (has links)
Introdução: A lateralização atípica de linguagem (LAL) é mais frequentemente observada em indivíduos com epilepsia no hemisfério esquerdo. Pacientes com epilepsia secundária a esclerose mesial temporal (EMT) apresentam alta frequência de LAL. A presença de EMTE, diretamente ou por efeitos à distância, perturbaria a determinação típica de lateralidade de linguagem (LL). Estudos de LL com RMf, em populações homogêneas de pacientes com EMT são escassos. Os padrões regionais de reorganização, nesta população, assim como os fatores clínicos e funcionais associados à LAL são pouco conhecidos. Os objetivos deste estudo foram (1) Validar paradigma de linguagem em RMf capaz de ativar áreas frontais e temporais de linguagem (2) Avaliar LL regional, em população homogênea de pacientes com EMT e verificar o papel de variáveis clínicas e da atividade epileptiforme na determinação de LAL. Foram avaliados 46 pacientes com EMT unilateral (24 EMTE e 22 EMTD) e 24 controles saudáveis, destros. Todos os participantes foram submetidos a RMf de linguagem com paradigma de nomeação responsiva à leitura (NRL) desenvolvido em língua portuguesa. O paradigma foi eficaz em ativar áreas de linguagem. A correlação entre IL-RMf e IL-Wada foi estatisticamente significativa no GFM (0,387; p < 0,01); GFI (0,594, p < 0,001); GTS (0,357, p < 0,05); GTM (0,509, p < 0,001) e GTI (0,489, p < 0,001). Os pacientes foram classificados em discordantes e concordantes (EEG/RM), após monitorização prolongada por vídeo-EEG. As classificações individuais de LL do teste de Wada e RMf foram concordantes em 84%(GFM), 86% (GFI), 74%(GTS), 83%(GTM) e 86%(GTI) dos casos. A frequência de LAL variou de 17 a 33%, para EMTE; 14 a 17%, para EMTD e de 0 a 10%, no grupo controle. Os grupos EMTEc e EMTEd apresentaram menores valores de IL-RMf, em relação ao grupo controle no GFM e GFI (p <= 0.05). Adicionalmente, o grupo EMTEd apresentou menor IL-RMf no GTM (p <= 0.01) e GTI (p <= 0.05). O grupo EMTDd apresentou menor IL-RMf no GFM; GFI; GTM e GTI (p <= 0.05). A ocorrência de mais de 5 descargas/hora no período interictal associou-se a LAL no GFM (p <= 0.01). Início da epilepsia, maior tempo de epilepsia e presença de IPI não foram associadas a LAL. Concluiu-se que a presença de EMT associou-se a LAL nas regiões frontais e temporais, sugerindo reorganização de linguagem envolvendo amplas regiões cerebrais, distantes da zona epileptogênica. O achado de LAL observada no grupo EMTDd sugere que a atividade epileptiforme temporal esquerda pode influenciar a reorganização de linguagem, independentemente da presença de lesão estrutural à esquerda. A maior frequência de descargas à esquerda associou-se a LAL / Atypical language lateralization (ALL) is associated with left hemisphere epilepsy, especially in epilepsy secondary to left mesial temporal sclerosis (MTS). Recent findings indicate that MTS, directly or by an at-distance effect may disrupt typical language lateralization (LL). Language-fMRI investigations in homogeneous MTS populations are scarce. Frontal and temporal language reorganization patterns in this population remain incompletely understood, as well as clinical factors associated with ALL. Our objectives were (1) To validate an fMRI paradigm effective to activate frontal and temporal language areas (2) To evaluate regional LL patterns in a homogeneous population of MTS patients and to investigate clinical factors associated with ALL. We studied forty-six right-handed patients (24 left MTS and 22 right MTS) and 24 controls. Patients and controls were similar in age and gender. Left and right MTS groups were comparable in terms of clinical variables. All participants underwent a language fMRI with reading response-naming paradigm (RRN) task developed in Brazilian Portuguese. The task effectively activated frontal and temporal language areas, with a high concordance with the Wada test. All patients were classified as concordant and discordant after video-EEG monitoring. Correlation between Wada test and fMRI LIs was significant in MFG (0.387; p < 0.01); IFG (0.594, p < 0.001); STG (0.357, p < 0.05); MTG (0.509, p < 0.001) e ITG (0.489, p < 0.001). Individual LI classifications with Wada test and fMRI were concordant in 84%(MFG), 86% (IFG), 74%(STG), 83%(MTG) e 86%(ITG). The frequency of ALL was 17-33%, in left MTS; 14-17%, in right MTS and 0-10%, in controls. Both concordant and discordant-left MTS patients presented lower LI than controls in MFG and IFG (p<=0.05). Additionally, discordant left MTS group presented lower LI in MTG (p<=0.01) and ITG (p<=0.05). Discordant right MTS group presented lower LI in MFG; IFG; MTG and ITG (p <= 0.05). Interictal left-sided spike frequency (< 5/h) was associated with lower LI (p <= 0.01) in MTG. In conclusion, MTS was associated with frontal and temporal language reorganization. Presence of ALL in discordant RMTS group suggests that left temporal epileptic activity may influence language reorganization, even in the absence of a left structural lesion. Higher left-sided spike frequency in MTS was associated with a left-right shift of speech representation
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Avaliação de pacientes com esclerose mesial temporal pela espectroscopia de fósforo por ressonância magnética em aparelho 3T / Evaluation of patients with mesial temporal sclerosis by phosphorous magnetic resonance spectroscopy in 3T equipment

Park, Eun Joo 07 June 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: Aproximadamente 20 a 30% dos casos novos de epilepsia se tornam refratários ao tratamento medicamentoso ao longo do tempo e a maioria destes casos está relacionada à esclerose mesial temporal (EMT). Disfunção metabólica tem sido relacionada à EMT por diferentes métodos, como tomografia de emissão de pósitrons, tomografia computadorizada por emissão de fóton único, espectroscopia de próton e fósforo (31P-ERM) por ressonância magnética. A caracterização das alterações metabólicas relacionadas à EMT pode auxiliar na melhor compreensão da epileptogênese, da refratariedade clínica comumente encontrada nestes pacientes e na busca de novas possibilidades terapêuticas. OBJETIVOS: Avaliar pela 31P-ERM o perfil metabólico dos pacientes com EMT e comparar com os dados de controles saudáveis. Verificar a existência de correlação entre o tempo de epilepsia, frequência de crises com os resultados da 31P-ERM nas regiões hipocampais. MÉTODOS: 33 pacientes com EMT unilateral e 31 controles foram estudados pela 31P-ERM, tridimensional em aparelho de 3,0 Tesla. Os voxels selecionados para análise foram os localizados na região hipocampal (RH), região insulonuclear anterior (RINA), região insulonuclear posterior (RINP) e na região frontal (RF). Estes voxels foram considerados ipsilaterais ou contralaterais à EMT, diagnosticada pela ressonância magnética convencional. Os metabólitos estudados foram: fosfodiésteres (PDE), fosfomonoésteres (PME), fosfato inorgânico (Pi), fosfocreatina (PCr) , adenosina trifosfato total (ATPt) compostos pela soma dos ?-, ?- e ?-ATP. Foram ainda avaliadas as razões PCr/ATPt, PCr/?-ATP, PCr/Pi e PME/PDE bem como o pH e magnésio. RESULTADOS: Na RH contralateral, aumento de ?-ATP e redução de PCr/ ?-ATP foram significativos. Na RINA ipsilateral, redução de Pi e PCr/ ?-ATP foram detectados. Na RINA contralateral, houve redução de Pi e aumento de ATPT. Na RINP ipsilateral, foram detectados redução de Pi, PCr/?-ATP e aumento de ?-ATP. Na RF contralateral houve redução de Pi. Não houve diferença entre nenhum dos metabólitos ou razões estudados na RH ipsilateral, RINP contralateral, RF ipsilateral em comparação aos controles. Não houve correlação dos resultados da 31P-ERM com o tempo de epilepsia na RH. Em relação à frequência de crises, houve correlação com ATPT, PME, PDE, PME/PDE na RH ipsilateral e de ?-ATP, ATPT, PCr/ ?-ATP e PCr/ATPT na RH contralateral. Análises adicionais foram feitas com os resultados na RH, separando os pacientes de acordo com a frequência de crises e tempo de epilepsia. No grupo de pacientes com frequência igual ou maior que 10 crises por mês, o PME foi menor na RH ipsilateral enquanto que o ?-ATP foi maior e o PCr/?-ATP menor na RH contralateral. No grupo de pacientes com tempo de epilepsia igual ou maior que 20 anos, o ?-ATP foi maior na RH contralateral. Nos grupos de pacientes com frequência de crises menor que 10 por mês ou tempo de epilepsia menor que 20 anos, nenhuma diferença foi detectada. Dados interpolados nas RH foram avaliados, notando-se redução de PME na RH ipsilateral e tendência a significância de diferenças de ?-ATP e PCr/?-ATP na RH contralateral. CONCLUSÕES: Há alterações energéticas difusas nas regiões não epileptogênicas de pacientes com EMT que podem estar relacionadas à disfunção mitocondrial. Na RH ipsilateral, detectou-se redução de PME na análise de voxels interpolados e no grupo de pacientes com frequência maior que 10 crises por mês, indicando alteração de composição de membrana, provavelmente relacionado à gliose e perda neuronal / INTRODUCTION: Around 20-30% of new cases of epilepsy become drug resistant over time and most of these cases are related to mesial temporal sclerosis (MTS). Metabolic dysfunction has been related to MTS by different methods such as positron emission tomography, single photon emission computed tomography, proton and phosphorus (31P-MRS) magnetic resonance imaging spectroscopy. Characterization of metabolic changes related to MTS can improve the understanding of epileptogenesis and drug resistance commonly found in these patients and in the search of new therapeutic possibilities. OBJETIVES: Evaluate by 31P-MRS the metabolic profile of patients with MTS and compare with data from healthy controls. Check the correlation between time of epilepsy, seizure frequency with the results of 31P-MRS in the hippocampal regions. METHODS: 33 unilateral MTS patients and 31 controls were studied by three-dimensional 31P-MRS in 3.0 Tesla equipment. The voxels selected for analysis were located in the hippocampal region (HR), anterior insulonuclear region (RINA), posterior insulonuclear region (RINP) and frontal region (RF). These voxels were considered ipsilateral or contralateral to MTS, diagnosed by conventional MRI. Analised metabolites were: phosphodiesthers (PDE), phosphomonoesthers (PME), inorganic phosphate (Pi), phosphocreatine (PCr) , total adenosine triphosphate ( ATPt) sum of ?- + ?- + ?-ATP and ?-ATP. We also evaluate PCr/ATPt , PCr/?-ATP, PCr/Pi and PME/PDE ratios as well as pH and magnesium. RESULTS: In the contralateral HR, increase of ?-ATP and decrease of PCr / ?-ATP were significant. In the ipsilateral RINA, reductions of Pi and PCr / ?-ATP were detected. In the contralateral RINA, there were reduction of Pi and increased ATPT. In the ipsilateral RINP, reduction of Pi and PCr / ?-ATP and increased ?-ATP were detected. In the contralateral RF, decreased Pi was found. There was no difference between any of the studied metabolites or ratios in the ipsilateral HR, contralateral RINP, ipsilateral RF compared to controls. There was no correlation between the results of 31P-ERM and time of epilepsy in HR. The following metabolites showed correlation with the seizure frequency in the ipsilateral HR: ATPT, PME, PDE, PME/PDE. The seizure frequency was correlated to ?-ATP, ATPT, PCr/ ?-ATP, PCr/ATPT in the contralateral HR. Aditional analysis was made with the results from HR, dividing the patients according to seizure frequency and time of epilepsy. Patients with 10 or more seizures per month showed reduction of PME in the ipsilateral HR; increase of ?-ATP and decrease of PCr/?- ATP in the contralateral HR. Patients with time of epilepsy of 20 years or more showed increase of ?-ATP in the contralateral HR. Patients with less than 10 seizures per month or time of epilepsy lower than 20 years did not demonstrate any difference. Reduction of PME in the ipsilateral HR and tendency to significant differences in ?-ATP and PCr/?-ATP in the contralateral HR were detected from interpolated data. CONCLUSIONS: There are diffuse energetic changes in non epileptogenic regions of patients with MTS that could be related to mitochondrial dysfunction. In the ipsilateral HR, reduction of PME was found from interpolated data and in the group of patients with 10 or more seizures per month, suggesting changes in membrane composition, probably related to gliosis and neuronal loss
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Amigdalo-hipocampectomia transtemporal, utilizando acesso mínimo (key-hole): avaliação da técnica cirúrgica e dos resultados / Trans-temporal keyhole amygdalohippocampectomy. Operative technique and results

Flores, Juan Antonio Castro 18 October 2017 (has links)
Introdução: A esclerose mesial temporal é causa frequente das síndromes epilépticas focais. A ressecação cirúrgica das estruturas mesiais temporais é a melhor opção para seu tratamento. Objetivo: Apresentar uma técnica operatória para tratar a epilepsia temporal e os resultados da intervenção Casuística e Métodos: Estudo prospectivo envolvendo 120 doentes operados por um único neurocirurgião e em uma única instituição de saúde de 2006 a 2012 com a aplicação da técnica de amígdalo-hipocampectomia transtemporal com acesso mínimo (key-hole). Cinquenta e cinco por cento dos doentes era do sexo masculino. A cirurgia foi realizada à direita em 85% dos doentes. Resultados: As primeiras 70 cirurgias duraram, em média, 2,51 horas e as últimas 50 cirurgias 1,62 horas. Ocorreram complicações em 3,3% dos doentes operados. Cinco por cento dos doentes apresentou atrofia discreta do músculo temporal. De acordo com a Escala de Engel, no segundo ano do período pós-operatório, 71% dos doentes foram classificados como Classe I, 21%, como Classe II, e 6%, como Classe III. Conclusão: A técnica descrita é viável, reprodutível, segura e proporciona resultados satisfatórios / Introduction: Temporal mesial sclerosis is a frequent cause of focal epilepsy. Surgical resection of the mesial temporal structures considered an effective method for its treatment. Objective: To describe a new operative technique for treatment of temporal epilepsy and the results of the procedure. Methods: prospective case-series in a single institution, by the same surgeon, from 2006 to 2012 envolving 120 patients underwent a minimally invasive keyhole transtemporal amygdalohippocampectomy. 55% of the patients were male and the operation was performed at the right side in 85% of them. Results: The first 70 surgeries had a mean surgical time of 2.51 hours, and the last 50 surgeries 1.62 hours. The morbidity rate was 3.3%. Mild temporal muscle atrophy was observed in 5% of the patients. At the second year follow-up 71% of the patients were classified according the Engel Outcome Scale as, Class I, 21%, as Class II and 6% as Class III. Conclusion: This new technique is feasible and reproducible and the clinical results were satisfactory

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