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Análise das Bacias da transição Proterozóico-Fanerozóico do Estado de São Paulo e adjacências

Antonio Luiz Teixeira 08 December 2000 (has links)
As bacias eminentemente terrígenas situadas estratigraficamente acima dos orógenos e faixas móveis brasilianos e abaixo dos depósitos fanerozóicos da Bacia do Paraná, foram denominadas de bacias da transição Proterozóico-Fanerozóico. Ocorrem como pequenos corpos remanescentes da erosão fanerozóica, desde o sul do Estado de Minas Gerais, passando pelo Estado de São Paulo, até atingir a região metropolitana de Curitiba, capital do Estado do Paraná. Nesta ordem, são denominadas de: Bacia de Pouso Alegre (MG), bacias de Eleutério, do Pico de Itapeva, de Cajamar, do Quatis e do Samambaia (SP) e Bacia de Camarinha (PR). As suas exposições rochosas limitam-se aos domínios da Faixa de Dobramentos Ribeira, entidade geotectônica que atravessa os 3 estados com direção NE-SW, e constitui uma das principais suturas resultantes da amalgamação brasiliana do Gondwana Ocidental. Os limites atuais desses remanescentes de bacias são dados por falhamentos que constituem ramificações de zonas de cisalhamentos transcorrentes, característicos de toda a Faixa de Dobramentos Ribeira. O objetivo principal deste estudo consistiu em analisar as bacias da transição quanto às suas características litofaciológicas, estratigráficas, estruturais e tectônicas. Onde possível, isto ocorreu com o subsídio de análises geocronológicas, paleontológicas e litogeoquímicas. Os resultados obtidos apontaram a existência de grandes similaridades estratigráficas e estruturais entre elas, o que permitiu correlacioná-las e inferir que sua evolução se deu em um contexto paleogeográfico e paleotectônico comum. A sedimentação teve início após o evento glacial Varanger (625-580 Ma), quando as condições no planeta eram de ascensão geral do nível dos oceanos e das temperaturas. A par disso, ocorria a abertura do Oceano Brazilides entre os crátons Amazônico/Pampeano e do São Francisco/Rio de la Plata/Paraná. Suas águas atingiam as porções meridionais do Bloco Paraná, penetrando nas regiões topograficamente mais baixas das faixas móveis e relativamente estabilizadas frente aos eventos orogenéticos, situadas nas porções ocidentais do Orógeno Mantiqueira. Essas águas vieram constituir o nível de base, marinho raso, para a sedimentação das bacias da transição que, geneticamente, associaram-se às movimentações laterais das zonas de cisalhamentos (strike slip basins). A conexão entre os oceanos Brazilides e Adamastor ocorreu nas regiões entre o Bloco Paraná e o Cráton do Rio de la Plata, o que permitiu a ampla distribuição do microfóssil Cloudina riemkeae nas bacias do Nama (Namíbia), situada na borda ocidental do Cráton do Kalahari, do Arroyo del Soldado (Uruguai), situada na borda oriental do Cráton do Rio de la Plata, de Corumbá (MS), situada na borda oriental do Cráton Amazônico e, finalmente, nas bacias da transição em questão, situadas entre a borda oriental do Bloco Paraná e o Orógeno da Mantiqueira. Além da Cloudina, populações de acritarcas e do foraminífero Titanotheca coimbrae foram encontrados em algumas das bacias da transição e na Bacia do Arroyo del Soldado. A inversão e encurtamento de todas essas bacias ocorreu graças ao fechamento dos oceanos Adamastor e Brazilides, iniciando a fase final de consolidação do Gondwana Ocidental. Nas bacias da transição, as assinaturas metamórficas desse fechamento estão refletidas nas idades K-Ar de seixos riolíticos e nas idades K-Ar de resfriamento da biotita de rochas do embasamento, correspondendo ao início da Orogenia Búzios/Cabo Frio (530-490 Ma), evento similar a outros, amplamente difundidos pelo continente sul-americano e africano. / The eminently terrigenous basins, placed above the orogens and mobile belts of Braziliano age and below the phanerozoic deposits of the Paraná Basin, were denominated of Proterozoic-Phanerozoic Transition Basins. They happen as small remaining bodies of the erosion, from the south of the Minas Gerais State, going by the São Paulo State, until reaching the metropolitan area of Curitiba, Paraná State. In this order, they are denominated: Pouso Alegre (MG), Eleutério, Pico de ltapeva, Cajamar, Quatis and Samambaia (SP) and Camarinha (PR) basins. Their outcrops are limited to the domains of the Ribeira Folded Belt that crosses the 3 states with NE-SW direction, and it constitutes one of the main sutures resultants of the Braziliano Western Gondwana\'s amalgamation. The current limits of those remainders of basins are given by faults that constitute ramifìcations of wrench related zones, characteristic of the whole Ribeira Folded Belt. The main purpose of this study consisted of analyzing these transition basins regarding their lithofacies, stratigraphic, structural and tectonic caracteristics. Where possible, this happened with the subsidy of isotopic, paleontological and lithochemical analyses. The obtained results have shown the existence of great stratigraphic and structural similarities among them, that allowed to correlate them and to infer that their evolution occurred in the same paleogeographic and paleotectonic context. The sedimentation started after the glacial Varanger event (625-580 Ma), when the conditions in the planet were of general ascension of the ocean levels and of the temperatures. At the same time, it happened the opening of the Brazilides Ocean among the Amazônico/Pampeano and São Francisco/Rio de la Plata/Paraná cratons. Its waters reached Paraná block\'s southern portions, penetrating in the lower areas in the mobile belt, relatively stabilized by the orogenic events, in the Mantiqueira Orogen western portions. Those waters came to constitute the shallow marine base level for the sedimentation in the transition basins, genetically associated to the lateral movements of the strike slip faults (strike slip basins). The connection between the Brazilides and Adamastor oceans happened in the areas between the Paraná block and the Rio de la Plata craton, that allowed the wide distribution of the microfossil Cloudina riemkeae in the basins of Nama (Namibia), placed in the western border of Kalahari craton; of Arroyo del Soldado (Uruguay), in the oriental border of the Rio de la Plata craton; of Corumbá (MS), oriental border of Amazônico craton; and, finally, in the basins of the transition in subject, located between Paraná block\'s oriental border and Mantiqueira Orogen. Besides Cloudina, acrytarchs populations and the Titanotheca coimbrae foraminifer were found in some of the transition basins and in the Arroyo del Soldado basin. The inversion of all those basins happened with the closing of the Adamastor and Brazilides oceans, beginning the final phase of Western Gondwana consolidation. In the transition basins, the metamorphic signatures of that closing are reflected in the K-Ar ages of rhyolitic pebbles and in the K-Ar ages of cooling of the of basement rock\'s biotite, corresponding to the beginning of the Búzios/Cabo Frio Orogeny (530-490 Ma), similar event to other ones thoroughly diffused by the South American and African continent.
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Evolução tectono-sedimentar do intervalo ordoviciano-devoniano da Bacia do Paraná com ênfase na sub-bacia de Alto Garças e no Paraguai Oriental / Not available.

Egberto Pereira 13 April 2000 (has links)
O estudo da evolução tectono-sedimentar da Bacia do Paraná no intervalo Ordoviciano - Devoniano, com ênfase na Sub-Bacia de Alto Garças e no Paraguai oriental, foi realizado com base na integração de dados sedimentológicos, estratigráficos, bioestratigráficos e geoquímicos, obtidos ao longo de uma ampla faixa de exposição dos sedimentos e, também, a partir da análise de 16 poços perfurados pelas companhias Petrobrás, Paulipetro e Pecten e de 07 furos de sondagem realizados pela companhia Anschutz, no Paraguai. Esta análise possibilitou o estabelecimento de um arcabouço estratigráfico representativo deste intervalo, sendo o mesmo composto por quatro seqüências deposicionais de segunda ordem (senso Vail et al., 1977b), consideradas como do Tipo - 1 e definidas como: Seqüência Ordoviciana, Seqüência Silurina, Seqüência Eo-Devonina e Seqüência Meso/Neo-Devoniana. A análise de teor de carbono orgânico total realizada, visando configurar as superfícies de máxima inundação das quatro seqüências propostas, indicou os maiores valores para a superfície eo-frasniana, quando ocorreria a máxima expansão da bacia. O estudo geocronológico dos sedimentos da Formação Iapó, bem como o refinamento bioestratigráfico dos sedimentos da Formação Vila Maria, possibilitaram a definição do posicionamento temporal dos eventos glaciais atuantes no Gondwana ocidental. A distribuição regional dos sedimentos permitiu identificar que a Bacia do Paraná, no intervalo de tempo enfocado, teve sua evolução marcada por dois compartimentos estruturais distintos, posicionados a norte e a sul de uma zona estrutural balizada pelo Alinhamento Guapiara. Este estudo demonstrou, também, que os sedimentos ordovicianos da Bacia do Paraná tiveram sua deposição controlada pelo Lineamento Transbrasiliano a partir da geração de um sistema rift no interior desse lineamento, inicialmente induzido por intrusões graníticas de idade Cambro-Ordoviciana. A história evolutiva da Bacia do Paraná, apresentada neste trabalho, demonstra que a propagação dos esforços compressivos gerados na borda da placa, em forma de esforços transtensionais, ao longo do lineamento, somada à carga sedimentar e ao resfriamento das massas intrudidas conduziram a subsidência inicial desta bacia. / This investigation concerns the tectono-sedimentary evolution of the Paraná Basin from the Ordovocian to the Devonian. The study was based on the integrated analysis of a large database including sedimentology, stratigraphy, biostratigraphy and geochemistry. The data have been collected from wells and outcrops in the Alto Garças Sub-basin and western Paraguay. Four Type-1 stratigraphic sequences are recognized by this study, namely: the Ordovician Sequence, the Silurian Sequence, the Early Devonian Sequence and the Middle / Late Devonian Sequence. Total organic carbon analyses, carried out in order to identify maximum flooding surfaces related to those sequences, indicate that highest values were attained during the early Frasnian, when the maximum basin expansion is also recorded. The geochronology study of the Iapó Formation sediments, along with a refinement of the Vila Maria Formation biostratigraphy, permits a more accurate dating of glacial episodes recorded in western Gondwana. The regional distribution of sediments demonstrates that two different structural compartments are present in the Paraná Basim during the investigated tine interval. The northern tectono-sedimentary compartment is represented by Alto Garças Sub-basin, its southern equivalent being the Apucarana Sub-basin. They are separated from each other by the Guapiara Lineament. This study also shows that the Transbrazilian Lineament controlled the Ordovician sedimentation by means of a rift system coincident with the lineament, originated by the emplacement of intrusive granite bodies of early Cambrian-Ordovocian age. In conclusion, early subsidence phases of the Paraná basin were conditioned by: (1) transtensive reactivations of the Transbrazilian Lineament in response to compressive efforts directed against the western border of Gondwana, in addition to (2) increasing sedimentary load and (3) cooling of intrusive granite masses.
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Caracterização estratigráfica e estrutural da sequência vulcano-sedimentar do grupo São Roque - na região de Pirapora do Bom Jesus - Estado de São Paulo / not available

Magda Bergmann 07 July 1988 (has links)
Mapeamento geológico em escala 1:25.000 foi desenvolvido na região de Pirapora do Bom Jesus, São Paulo, na sequência vulcano-sedimentar do Grupo São Roque de idade do Proterozóico Inferior a Médio. O Grupo São Roque ocorre na região mapeada em uma grande estrutura sinclinorial (Sinclinório de Pirapora) que compreende rochas metamórficas do fácies xisto verde. Através do levantamento de perfis estruturais de detalhe, com o emprego de estruturas geopetálicas, foi efetuado o empilhamento dos litotipos da sequência, e são propostas três unidades litoestratigráficas formais: Formação Pirapora, basal ao Grupo São Roque, representada por uma pilha de rochas metavulcânicas e sub-vulcânicas de caráter básico toleítico e rochas piroclásticas subordinadas, com um Membro Carbonático e calciofilitos e metadolomitos a estromatólitos; a Formação Estrada dos Romeiros, estratigraficamente superior, e em contato transicional, com um Membro Arenoso na base e um Membro Pelítico no topo, e a Formação Boturuna, em contato brusco a transicional com topo da formação precedente, comportando dois membros vulcânicos e dois membros arenosos. São apresentados estratótipos com espessuras aproximadas, caracteres litológicos e correlações com outras unidades do Grupo São Roque, referidas pela bibliografia. As relações entre as unidades litoestratigráficas, suas características litológicas e a distribuição das estruturas primárias torna possível considerações sobre a paleogeografia e o ambiente de deposição de sequência São Roque, aqui associado a calhas rasas, do tipo \"rift\" intracontinental, com atividade vulcânica proeminente nos primeiros estágios de sua evolução. A ocorrência de centros eruptivos do tipo vulcão é sugerida pela disposição de recifes carbonáticos, alguns a estromatólitos, circundando corpos metabasíticos estratificados de geometria oval. São identificados na área do Sinclinório de Pirapora, cinco fases de dobramentos superimpostas, três delas sin a tardi-metamórficas e duas pós-metamórficas. Uma articulação de dobras anticlinais recumbentes da segunda fase controla a geometria dos contatos entre as unidades litoestratigráficas, gerando intensa repetição aparente das mesmas. O posicionamento dos estratos, em flanco normal, charneira, ou flanco inverso destas estrutras, modifica a qualidade da foliação \'S IND. 2\', e sua relação com acamamento e a foliação \'S IND. 1\'. A terceira fase de dobramentos é tardia ao metamorfismo, com dobramentos quase holomórficos a traços axiais e eixos orientados de E a W com mergulhos para NE e para W, e desenvolve clivagem plano axial espaçada. Duas fases pós-metamórficas, a fase do Sinclinório de Pirapora, com eixo mergulhante a N60-70E, e outra fase tardia em torno de NS-NNW, não são hierarquizadas. / Geological mapping of the Pirapora Synclinorium on a scale of 1:25.000, in the region of Pirapora do Bom Jesus (eastern State of Sao Paulo, Brazil), together with data obtained from geopetal indicators and regional structural profiling, has led to formal subdivision of the Sao Roque Group. This group consists of a Lower to Middle Proterozoic volcano sedimentary sequence locally exhibiting greenschist facies metamorphism. Three formal Iithostratigraphic units are here proposed, from the base to the top, as follows: . The Pirapora Formation is a basic volcanic to subvolcanic pile of tholeiitic character with subordinate pyroclastic rocks and a carbonate Member characterized by calcio-phyllites and stromatolite-bearing dolostones. The Estrada dos Romeiros Formation, gradationally above the Pirapora Fm., is represented by a basal Sandy Member, and capped by a Pelitic Member. The Boturuna Formation, exhibiting transitional to abrupt contacts with the underlying Estrada dos Romeiros Fm., is made up of two volcanic members and two sandy members. For each of these formations, stratotypes, lithologic characteristics and correlation with other stratigraphic units of the Sao Roque Group are presented. The relationships observed among these Iithostratigraphic units, their lithologies and the distribution of structures suggest that the deposition of the Sao Roque sequence was associated with narrow, shallow, intracontinental rift basins with volcanic activity prominent in the early stages. The occurrence of eruptive centers (probably volcanoes) is evidenced by the association of oval-shaped stratified metabasites with stromatolitic fringe reef and unstable slope deposits. Five phases of folding have been identified in the area of the Pirapora Synclinorium. The first and second were linked to metamorphic phenomena, the third was late metamorphic and the Iatest two postmetamorphic. Second-phase recumbent anticlinal folding has lead to the repetition of Iithostratigraphic units where as third-fase folding resulted in nearly holomorphic folds with E-ENE and W plunging hinges. This fase also generated a spaced axial plane cleavage. Regarding the two postmetamorphic phases of folding, one, with N60-70E plunging axes, was reIated to the formation of the Pirapora synform whiIe the other, trending NS-NNW, could not be structurally correlated.
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Estratigrafia do Grupo Tubarão (Formação Aquidauana) na região sudoeste do Estado de Minas Gerais / Not available.

Alberto Pio Fiori 01 April 1977 (has links)
O principal propósito deste trabalho é apresentar uma subdivisão e caracterização da Formação Aquidauana no Estado de Minas Gerais. Nesta oportunidade a Formação Aquidauana foi subdividida em 7 unidades litológicas denominadas de unidades I, II, IIA, III, IV, IVA e VA. As outras unidades ocorrentes na área, VB, X, Y e Z representam, respectivamente, as Formações Tatuí, Estrada Nova, Pirambóia e Serra Geral. As unidades da Formação Aquidauana estão constituídas por um, dois ou três grupos litológicos, que estão assim caracterizados: 1. Grupo do clásticos finos - representado por arenitos e diamictitos lamíticos; 2. Grupo dos arenitos finos - representado por arenitos e diamictitos arenosos; 3. Grupo dos clásticos grosseiros - representado por arenitos grosseiros e por conglomerados. As relações de contato, a geometria dos corpos, as estrutura sedimentares e as características litológicas dos grupos e das unidades, demonstram que a Formação Aquidauana foi depositada em um lago periglacial. Os detritos eram provenientes das geleiras, a sul, e das terras altas situadas a leste. Deste último local, originavam-se os leques aluviais que progradavam no lago periglacial. Os grupos litológicos representam três fácies distintas no ambiente de deposição da formação Aquidauana, ou sejam: Fácies lacustrina, mais a de proleque, indistintas, representadas pelo grupo dos clásticos finos, e depositada em ambiente sub-aquosos. Fácies distal, representada pelo Grupo dos arenitos finos, e depositada em ambiente aéreo ou sub-aérero. / Not available.
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Estratigrafia e aspectos da tectônica deformadora da Formação Pindamonhangaba, Bacia de Taubaté, SP

Fernando Mancini 21 November 1995 (has links)
Os depósitos sedimentares neogênicos da Formação Pindamonhangaba, Bacia de Taubaté, localizados na região entre Jacareí e Roseira (SP), foram estudados a partir da análise estratigráfica e do levantamento das estruturas tectônicas rúpteis que os afetam, visando elaborar o modelo evolutivo para esta formação. Como resultado dos estudos desenvolvidos, a Formação Pindamonhangaba cartografados na escala 1:100.000, pode ser dividida em dois membros interdigitados, designados de Rio Pararangaba e Presidente Dutra, assentados discordantemente sobre os sedimentos do Grupo Taubaté (formações Resende, Tremembé e São Paulo). O Membro Rio Pararangaba é caracterizado pela presença de conglomerados areia sustentados que, para o topo, gradam para arenitos grossos a médios com estratificações cruzadas tabulares e acanaladas, representando as fácies de canal de um sistema fluvial meandrante. Localmente, ocorrem pacotes de argilas pretas, ricas em matéria orgânica, originadas pelo abandono e preenchimento de canais (oxbow lakes). O Membro Presidente Dutra é composto por argilitos maciços a laminados, com intercalações de siltitos e arenitos finos, bioturbados e com impressões de fósseis vegetais, representando as fácies de planície de inundação do sistema fluvial meandrante. Camadas de arenitos grossos com clastos de argilitos podem estar presentes, indicando processos de rompimento de diques marginais (crevasse splay). O modelo evolutivo para a Formação Pindamonhangaba compreenderia a instalação de um sistema fluvial meandrante de granulação grossa, com as fácies de canais (Membro Rio Pararangaba), passando para o de granulação fina, com as fácies de planície de inundação (Membro Presidente Dutra), tendo como área-fonte as rochas do embasamento pré-cambriano e do Grupo Taubaté. O aumento da sinuosidade do canal fluvial permitiu o desenvolvimento das fácies de planície de inundação (Membro Presidente Dutra), com paleogeografia muito semelhante a do atual Rio Paraíba do Sul. O clima na época de deposição teria sido úmido, como pode ser inferido a partir dos argilominerais presentes, predominando caulinitas detríticas associadas a caulinitas autigênicas. As estruturas tectônicas rúpteis observadas evidenciam a ocorrência de pelo menos três regimes tectônicos para a região, atuantes após a deposição da Formação Pindamonhangaba: - regime tectônico de caráter transcorrente dextral, com compressão de direção NW-SE, no Neógeno-Quaternário, responsável pela geração de falhas-em-quilha e estruturas-em-flor positivas, as quais efetam depósitos coluviais e stone line sobrepostas à Formação Pindamonhangaba; - regime tectônico extensional, de direção geral E-W, no Holoceno, gerando falhas normais e a reativação de antigas estruturas com direções NNW-NNE; - regime compressivo E-W, atual, afetando antigas zonas de fraqueza, com a geração de juntas conjugadas de cisalhamento e reativando falhas com caráter normal. Complementando o estudo, foram executados perfis cintilométricos em sedimentos do Membro Rio Pararangaba, os quais mostraram valores cintilométricos anômalos decorrentes da concentração de monazitas. / Neogene fluvial meandering deposits of the Pindamonhangaba Formation (Taubaté Basin, Southeastern Brazil) comprise two interfingered members, here named Rio Pararangaba Member and Presidente Dutra Member. The Rio Pararangaba Member corresponds to the phase of installation of the coarse grained meandering system and is composed of cross-bedded sand-supported conglomerates of channel facies (channel lag, point bar and cutoff deposits), fining upwards to fine grained sandstones, siltstones and organic-rich claystones of oxbow-lake facies. The President Dutra Member represents the fine grained meandering system with massive to laminated claystones with interbeded sandy siltstone of flood plain facies, and sandstones of crevasse splay facies. Both members were probably deposited under a humid paleoclimate, as inferred by the proposed facies model and the clay-mineral association of detrital and authigenic kaolinites. Post-sedimentary brittle structures, such as faults, folds and conjugate shear joints suggest three successive changes in the stress field, at first related to Neogene-Quaternary NW-SE compressive stress associated with an right-lateral E-W transcurrent binary, followed by Holocene E-W extension, and finally an contemporary E-W compressive stress field.
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Análise Estratigráfica e Estrutural da Bacia Pernambuco

Mario Ferreira de Lima Filho 17 April 1998 (has links)
A Bacia Pernambuco é uma bacia marginal atlântica localizada entre o Lineamento Pernambuco, seu limite norte, e o Alto de Maragogi-Barreiros, seu limite sul. O Limite oeste da bacia é dominado por rochas graníticas, gnaíssicas e migmatitos do Maciço Pernambuco/Alagoas. São identificadas três direções principais de falhas e fraturas: E-W, NW-SE e NE-SW. O sistema de falhas NE é composto por subsistemas com atividades progressivas desde a separação dos dois continentes até sua fase tardia, com a deposição da Formação Estivas. Os grandes falhamentos E-W, que, praticamente, são os seus limites, as falhas horizontais NW-SE do embasamento; e as falhas de gravidade na direção NE-SW. O esforço que gerou a bacia, tem direção NW-SE. Esse esforço ocasionou uma série de grabens extensionais segundo a direção NE-SW, escalonado em direção à plataforma. O Lineamento Pernambuco atuou como uma zona de transferência, separando duas bacias com histórias deposicionais distintas: a Bacia Pernambuco e Bacia Paraíba. A Bacia Pernambuco possui dois grabens, na verdade dois semi-grabens, separados por um alto estrutural. O semi-graben interno composto pelo Baixo de Piedade e o Baixo do Cupe, e o semi-graben externo. A Formação do cabo é a primeira sequência sedimentar a ser depositada na bacia sobre os riolitos da Suíte Vulcânica de Ipojuca. Representa uma série de ciclos deposicionais desenvolvidos em ambiente continental semi-árido, através de leques aluviais subaéreos e subaquosos, mergulhando num lago. Ela é caramente subdividida, estando cada qual depositada em ambientes deposicionais distintos. A facies proximal (\'KC IND.1\' é restrita à borda da bacia, sendo formada esssencialmente por conglomerados polimíticos grossos e desorganizados, praticamente desprovidos de matriz, depositados na forma de fluxos detríticos coesos em nível de lago raso. A facies mediana do leque aluvial (\'KC IND.2\') foi depositada por correntes em lençol (sheet flow) num fluxo hiperconcentrado. A facies distal do leque (\'KC IND 3\') é representada por ritmitos, compostos por argila e arenito arcosiano médio a fino. Possui estratificações plano - paralelas, cruzadas, cavalgantes, tabulares e feições deformacionais, como resultado dos sedimentos mais finos que chegavam ao lago, mostrando-se por vezes bioturbados. Essa facies possui horizontes de folhelhos negros de ambientes anóxicos, que progradam sobre os leques devido à subida do nível do lago; trato de lago profundo. A evolução desse sistema pode ser compreendida através do empilhamento dessas facies. Os ciclos iniciam-se pela deposição dos conglomerados, indicando um soerguimento da área fonte, associado à sazonalidade, com enxurradas esporádicas que permitiram a deposição dos arenitos arcoseanos na parte mediana, terminando pela deposição dos sedimentos finos num lago tectônico. A Formação Cabo demonstra variações de espessura em subsuperfície que estão claramente relacionadas as falhas de borda da bacia. A Formação Estiva, sobreposta à Formação Cabo, mostra as primeiras ingressões marinhas dentro da bacia, num total de, pelo menos, 3 ciclos T-R. O primeiro ciclo, no mínimo, é de idade albiana, e o segundo e terceiro são de idade cenomaniana até santoniana. O ambiente deposicional da Formação Estiva é típico de Planície de Maré. São identificados os subambientes de plataforma rasa, inframaré e supramaré. Os dados de poços e campo sugerem que o vulcanismo Ipojuca está intimamente associado com os sedimentos clásticos e não-clásticos da bacia, formando sills, diques, lacólitos, etc. A presença de ignimbritos, púmice e rochas vulcanoclásticas sugere um vulcanismo explosivo. As intercalações com rochas carbonátoicas e fluxos piroclásticos subaquosos sugerem evidências de processos, predominantemente, de vulcanismo subaquático. A Formação Algodoais tem sua deposição em ambiente de leques aluviais continentais, resultante do tectonismo pós-turoniano, o qual provocou o retrabalhamento das rochas vulcânicas e dos clásticos da Formação Cabo. Duas unidades informais podem ser subdivididas dentro da Formação Algodoais: uma unidade basal (água Fria) e uma superior (Tiriri). São identificados na Bacia Pernambuco seis eventos de grande magnitude intimamente relacionados a sua evolução: Evento Magmático Inicial - Esse evento ainda assume um caráter especulativo, face à não datação, ainda, das rochas vulcânicas envolvidas. Porém, as relações de campo nos mostram que a base da Formação Cabo, principalmente na parte emersa da bacia, é composta essencialmente por riolitos. Evento Rifteamento - Esse evento representa a época da deposição dos conglomerados sin-tectônicos da bacia. Evento Transgressivo - Esse evento é marcado pela deposição de carbonatos. Uma rápida inundação é responsável pela deposição de folhelhos pretos anóxicos na base do calcário Estiva. Transgressivo - Esse evento é marcado pela deposição de carbonatos. Uma rápida inundação é responsável pela deposição de folhelhos pretos anóxicos na base do calcário Estiva. Evento Magmático Básico - As relações de campo mostram um fenômeno magmático de grande expressão, essencialmente básico (basaltos e diabásio), que corta os riolitos da base, a Formação Cabo e a Formação Estiva; Evento Tectônico - Na Bacia Pernambuco, verifica-se um forte tectonismo posterior ao magmatismo do evento anterior, pois atinge as rochas vulcânicas, principalmente o basalto, gerando uma série de grabens e horsts, criando, assim, espaço para a deposição dos sedimentos da Formação Algodoais, e o Evento Magmático Ácido - No topo da Formação Algodoais existe uma mancha sedimentar esbranquiçada, formando colunas sextavadas já caulinizadas. Quanto a presença de hidrocarbonetos, a Bacia Pernambuco tem características estratigráficas, sedimentares e estruturais semelhantes as demais bacias marginais brasileiras onde ocorrem óleo e gás. / The Pernambuco Basin is located in the Northeastern Brazil, extenting from the South of the Pernambuco Lineament to the Maragogi-Barreiros High, and has its origin and geologic history closely related to the latest tectonic efforts which resulted in the opening of the southern portion of the Atlantic Ocean and the consequent separation between South America and Africa. The Precambrian crystalline basement of the area belongs to the so-called Borborema structural province, composed of a patchwork of supracrustal and infracrustal rocks as well as granites and migmatites, affected by Late Precambria Brasiliano orogeny. The various patches are separated chiefly by SW-NE trending faults and W-E shear zones and lineaments among which the Pernambuco Lineament is the most important. In the Aptian or maybe somewhat earlier the northward propagating South of this lineament the rift reached NE Brazil, up to the E-W Pernambuco Lineament. South of this lineament the Pernambuco Basin formed, with several individual small grabens within it. North of the lineament the area continued as a structural high, and linked to Africa. The sedimentary deposition in the Pernambuco Basin started with a basal section which consisted of a thick sequence of rift-border conglomerates passing eastward from proximal to medium and distal into lacustrine depositional system (Cabo Formation). The conglomerates are composed of boulders to pebbles derived from crystalline basement rocks within an arkosic to lithic matrix. Towards the distal lake, sandstones intercalations became even more frequent, while in the most distal parts siltstone to shale beds, with a few fossils, also appear. The units has been dated on Late Aptian, although its lower section may be older. Chiefly in Albian time an intense alkaline to intermediate volcanism affected the area. Dykes, plugs, sills and flows occur, whereas the rock types are represented by basalt, andesite, trachyte, rhyolites and the well-known Cabo de santo Agostinho granite. Ignimbrites and volcanoclastic are also frequently found. These rocks are called the Ipojuca Suite. During the Albian transgression the sea invaded part of the area leaving behind the fossiliferous limestone of the Estiva Formation. The carbonate section in the south of the Pernambuco Lineament is characterized by four deposited during Albian; Cenomanian/Turonian, Turonian/Santonian and Maastrichian ages, occurring next to Pernambuco Lineament and linked the evolution of the Paraiba basin. Near the end of the rift valley the sediment sequence turned microclastic, with red shales and claystones and some traces of evaporites, suggesting the realm to be the end of a sea-arm with possibly sabkhas. A tectonic reactivation (90 My - approximately) of the basin gave rise to the development of depocenters in which coarse-grained clastic sediments of the origin volcanic were deposited (Algodoais Formation). The tectonic evolution of the Pernambuco Basin began in the Aptian. A volcanic magmatism was the driving mecanism for the opening of the basin. This magmatism had its origins probably in the hot spot of St. Helena about 120my ago. Its opening created conditions for the deposition of the sytectonic clastic sediments as well as the generating rhyolites as a crustal fusion product. The initial opening stage of the south Atlantic was followed by an extensional force with a NW-SE trending, generating the basins along the northeastern margin of NE Brazil and also the western margin of Africa.
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El registre estratigràfic del Messinià terminal i del Pliocè a l’illa de Mallorca. Relacions amb la crisi de salinitat de la Mediterrània

Mas Gornals, Guillem 8 February 2016 (has links)
Introducció La Crisi de Salinitat Messiniana (MSC) constitueix un esdeveniment excepcional que va tenir lloc a la Mediterrània ara fa entre 5.97-5.33 Ma i que es va caracteritzar principalment per un important aïllament de l’oceà Atlàntic, a conseqüència del que es van depositar gran quantitats d’evaporites (sals i guixos) als fons marins i es va produir una important erosió de les zones marginals, indicant que s’hauria pogut produir un descens del nivell de la Mediterrània de fins a 1000-1500 m sota l’actual nivell del mar. La MSC representa un esdeveniment de notable interès per il•lustrar canvis ambientals excepcionals, tractant-se d'un episodi que no té parangó en la història de la Terra i del qual no es disposen d'exemples similars en l'actualitat. La incògnita sobre la naturalesa de la major part de les evaporites i superfícies d'erosió de la Mediterrània encara resta per resoldre, constituint un repte i objecte de debat vigents per a la comunitat científica actual. Contingut de la investigació L’objectiu principal de la present tesi doctoral és establir quins trets van caracteritzar la sedimentació durant la transició Miocè-Pliocè i la posterior transgressió del Pliocè a l’illa de Mallorca per posteriorment definir com es relaciona aquest registre amb diferents models de MSC proposats pel conjunt de la Mediterrània. El registre de la MSC conservat a l’illa de Mallorca resulta especialment adequat per poder analitzar possibles escenaris, tenint en compte que el promontori Balear, a diferència d'altres conques de la Mediterrània, s’ha mantingut relativament estable en termes de moviments verticals, des del Miocè superior. Per a això, s'ha procedit a l'anàlisi estratigràfica d’un total de 100 afloraments i sondatges, molts d’ells totalment inèdits o poc estudiats fins ara, corresponents a les principals conques neògenes de l’illa de Mallorca. Així, les principals discontinuïtats, la geometria estratigràfica i els canvis de fàcies han estat caracteritzats en termes de majors superfícies d'erosió, correlacions laterals i organització vertical de fàcies, amb vistes a la reconstrucció de possibles escenaris. Conclusió Els resultats indiquen que a l’illa de Mallorca el desenvolupament de la MSC es més proper i coherent amb els models que defensen que la principal fase de dessecació es va produir desprès de la deposició de l’evaporita marginal i del Complex Carbonàtic Terminal. Segons aquests models, haurien existit dos episodis evaporítics. Durant el primer episodi (5,97-5,94 Ma) s’hauria produït una baixada del nivell de la Mediterrània de poc calat que hauria provocat la deposició de una unitat detrítica en els marges i dels guixos del depocentre de la conca de Palma. Entre els dos episodis evaporítics s’hauria produït una breu restitució del nivell del mar (5,94-5,77 Ma) que hauria provocat l’última deposició de carbonats a les zones marginals i fàcies Lago Mare. El segon episodi (5,77-5,33 Ma) correspondria a la principal davallada del nivell de la mar (1500-2000 m) que hauria provocat la deposició de les evaporites abissals de la Mediterrània i l’erosió (MES) dels depòsits marginals depositats durant el primer episodi o abans de la crisi. Complementàriament, l’anàlisi de la fauna insular messiniana-pliocena de les Illes Balears juntament amb les dades geoestructurals disponibles, ens permeten derivar conclusions sobre la magnitud de la dessecació mínima necessària per a que es pogués fer efectiva la colonització del promontori Balear per noves faunes terrestres-continentals a finals del Messinià. Un mínim de 1.000-1.200 m de reducció del nivell del mar Mediterrani s'hauria d'haver assolit per permetre la colonització de la fauna terrestre de les Illes Balears durant el màxim de la MSC, fet que constitueix clarament una nova i sòlida evidència a favor del paradigma o model de conca profunda dessecada a la Mediterrània durant la crisi. / Introducción La Crisis de Salinidad Messina (MSC) constituye un acontecimiento excepcional que tuvo lugar en el Mediterráneo hace 5.97-5.33 Ma que se caracterizó principalmente por un importante aislamiento del océano Atlántico. Como consecuencia se depositaron gran cantidades de evaporitas (sales y yesos) en los fondos marinos y se produjo una importante erosión de las zonas marginales, lo que nos indica que podría haberse producido un descenso del nivel del Mediterráneo de hasta 1000-1500 m bajo el actual nivel del mar. La incógnita sobre la naturaleza de la mayor parte de las evaporitas y superficies de erosión aún está pendiente de resolver, constituyendo todavía un reto y objeto de debate vigente para la comunidad científica. Contenido de la investigación El objetivo principal de la presente Tesis Doctoral es establecer qué rasgos caracterizan la sedimentación durante la transición Mioceno-Plioceno y la posterior transgresión del Plioceno en la isla de Mallorca, así como definir cómo se relaciona este registro con los diferentes modelos de MSC Propuestos para el conjunto del Mediterráneo. Para ello, se ha procedido al análisis estratigráfico de un total de 100 afloramientos y sondeos, muchos de ellos totalmente inéditos o hasta ahora poco estudiados, correspondientes a las cuencas neógenas de la isla de Mallorca. Así, las principales discontinuidades, la geometría estratigráfica y los cambios de facies han sido caracterizados en términos de mayores superficies de erosión, correlaciones laterales y organización vertical de facies, con vistas a la reconstrucción de posibles escenarios. Conclusión Los resultados obtenidos indican que en la isla de Mallorca el desarrollo de la MSC es más cercano y coherente con los modelos que defienden que la principal fase de desecación se produjo después de la deposición de la evaporita marginal, el Complejo Carbonatico Terminal y el Lago Mare. Por otra parte, un mínimo de 1.000 a 1200 m de reducción del nivel del mar Mediterráneo se debería haber alcanzado para permitir la colonización de la fauna terrestre de las Islas Baleares durante el máximo de la MSC, lo que constituye claramente una nueva y sólida evidencia a favor del paradigma o modelo de cuenca profunda desecada en el Mediterráneo durante la crisis. / Introduction The Messinian Salinity Crisis (MSC) is an event of great environmental importance that affected the evolution of all the Mediterranean and also global sea-level. In the Mediterranean, the crisis was mainly characterized by isolation with the Atlantic Ocean, resulting in a new hydrological budget the consequence of which was the deposition of large amounts of evaporites (salt and gypsum) and large-scale erosion of its margins. This indicates a significant sea-level fall and/or desiccation of the Mediterranean, which some authors consider to have been 1000-1500 m below present sea-level. The nature of the majority of the evaporites and erosional surfaces is still unknown and represents a challenge for, as well as a subject of, debate in the scientific community. Research content The main aim of this PhD thesis is to establish what features characterize sedimentation during the Miocene-Pliocene transition and the subsequent Pliocene transgression on the island of Mallorca in order to establish how it relates to the different proposed MSC scenarios for the whole of the Mediterranean. To this purpose, a stratigraphic analysis has been produced from a total of 100 exposures and boreholes corresponding to the main Neogene basins of Mallorca, many of which are completely unknown and others either little or not at all studied until now. In this way, the main discontinuities, the stratigraphic geometry and the changes of facies have been characterized in terms of the major erosional surfaces, lateral correlations and vertical organization of facies, in order to reconstruct and test possible scenarios. Conclusion The results indicate that on the island of Mallorca the development of the Messinian Salinity Crisis is nearer to and coherent with the models that represent the main phase of desiccation being produced after the deposition of the marginal evaporites, the Terminal Carbonate Complex and the Lago Mare event. On the other hand, a minimum of 1000-1200 m drawdown of the Mediterranean sea level should have been achieved to allow the continental-terrestrial faunal colonization of the Balearic Islands during the MSC peak, which clearly constitutes solid new evidence supporting the deep-basin shallow-water (also called deep desiccated basin) paradigm.
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Estratigrafia e pedogênese de uma sequência de solos com B latossólico e B textural em Piracicaba (SP) / Stratigraphy and pedogenesis of an oxisol and alfisol soil sequence in Piracicaba (SP)

Cooper, Miguel 24 April 1996 (has links)
Numa área situada dentro da Depressão Periférica Paulista no Campus da USP em Piracicaba (SP) estabeleceu-se as relações entre os processos pedogenéticos morfogenéticos e a estratigrafia do topo e ombro de uma topossequência sobre diferentes materiais de origem. Várias questões foram estudadas como a origem do horizonte microagregado, a transição entre este horizonte microagregado (Bw) e outro com estrutura macroagregada poliédrica (Bt), a origem da "stoneline" e a relação entre a evolução da paisagem e o material de origem dos solos. O estudo foi realizado nos segmentos de topo e ombro de uma topossequência de 2600m de extensão. Estudos analíticos, morfológicos e micromorfológicos foram feitos em três trincheiras e num barranco de estrada que atravessa a área. No topo tradagens profundas foram realizadas procurando estudar a origem da stoneline e a uniformidade do material. A identificação e interpretação das descontinuidades existentes entre os diferentes materiais foi realizada com base nas observações de campo, na análise estatística da distribuição das areias, nas determinações de Zr, Ti, quartzo e suas relações, e no exame micromorfológico do esqueleto. A estratigrafia da área apresenta na sua parte mais elevada um depósito formado por sedimentos arenosos inconsolidados neocenozóicos provavelmente correlatos à formação Rio Claro (TQir) que se assentam sobre os sedimentos do permiano superior da formação Irati (Pi). Lado a lado e formando uma transição abrupta com os sedimentos arenosos, um segundo depósito neocenozóico composto por um material argiloso e vermelho assenta-se sobre a formação Irati (que encontra-se mais elevado junto ao sill) e um sill de diabásio. Descendo na vertente para o ombro e a meia encosta, o diabásio passa a ser o material de origem dos solos. A presença de descontinuidades litológicas entre os diferentes materiais e de duas “stonelines“ de origem alóctone em posições diferentes, confirmaram a existência de dois eventos deposicionais diferentes. Estes eventos teriam sido ocasionados pelas alternâncias climáticas ocorridas durante o quaternário. O primeiro evento corresponderia à deposição dos sedimentos arenosos na forma de alvéolos escalonados durante um clima semiárido, correlacionado com a fase glacial Danube, formando o pedimento Pdl. Estes sedimentos foram transportados de posições a montante e depositados em soleiras regionais formadas pelos sills e diques de diabásio expostos durante a escavação da Depressão Periférica. O segundo evento deposicional foi caracterizado por um entalhamento posterior do pedimento Pdl, durante uma fase úmida, seguido de um processo de pedimentação durante um clima semiárido, correlacionado com a fase glacial Gunz, que depositou os sedimentos vermelhos e argilosos, originados do próprio sill de diabásio, formando uma superfície pedimentar que se correlaciona com o pedimento P2. O estudo da gênese dos microagregados mostrou a participação de mais de um processo na formação destes. Três processos foram evidenciados: o da ação mecânica da mesofauna formando os microagregados ovais com esqueleto triado, o da formação de microagregados ovais sem esqueleto triado por processos geoquímicos e o da fissuração do fundo matricial por processos de expansão e contração formando os microagregados poliédricos. A transição lateral entre o horizonte Bwst e Bt foi atribuída à coalescência dos microagregados, provocada pela aparição de tensões durante um período mais seco que o atual. A passagem posterior para um clima mais úmido com estação seca definida, provocaria ciclos alternados de umedecimento e dessecação mais frequentes que resultam na fissuração do material formando os agregados poliédricos. Concomitantemente a estes processos, a argiluviação estaria presente, provocando a cimentação dos microagregados e preenchendo o espaço poroso. / In an area situated in the Paulista Periferic Depression on the USP campus in Piracicaba (SP), the relations between the pedogenetic processes, geomorphology and stratigraphy were established on the summit and shoulder of a toposequence over different parent materiais. Various topics were studied as the genesis of the microaggregate horizon, the transition between an oxic and an argillic horizon, the origin of the stonelines and the relation between the landscape evolution and the soil parent materiais. The study took place on the summit and shoulder segments of a 2600m long toposequence. Analytical, morphologicaI and micromorphological studies were done on samples taken from three pits on the summit, shoulder and the beginning of the backslope segments, and from a road cut that crosses the study area. On the summit, deep auger borings were sampled with the objective of studying the origin of the stonelines and the uniformity of the materiais. Field observations, statistical analysis of the sand distribution, Zr, Ti and quartz determinations and their relations, and the micromorphological studies of the skeleton grains, helped in the identification and interpretation of the existing discontinuities between the different materiais. The stratigraphy of the area presents, in its highest part, a deposit formed by Quaternary inconsolidated sandy sediments probably correlated with the Rio Claro formation (TQir), that overlie the Permian sediments of the Irati formation (Pi). Side by side and forming an abrupt transition with the sandy sediments, a second Quaternary deposit made up of a red clayey material overlies a part of the Irati formation (that appears at a higher position next to the diabase sill) and a diabase sill. Lower down, on the shoulder and backslope, the diabase appears as the soils' parent material. The presence of lithological discontinuities between the different materiaIs and of two stonelines of allochtonous origin in different positions, confirmed the existence of two different depositional events, that happened in different periods. These events would have been caused by the climatic changes that occured during the Quaternary. The first event would correspond to the deposition of the sandy sediments in the form of stepped alveoluses during a semi-arid climate, that correlates with the Danube glacial phase, forming the Pdl pediment. These sediments were transported from a higher topographical position and stopped by tectonic barriers formed by the sills and dykes that were exposed during the excavation of the Peripheric Depression. The second depositional event was characterized by a later incision of of the Pdl pediment, during a humid phase, that was followed by a pedimentation process during a semi-arid climate, correlated with the Gunz glacial phase, that deposited the red clayey sediments, originated from the same diabase sill, forming a pedimental surface that correlates with the P2 pediment. The study of the microaggregate genesis showed the participation of more than one process in their formation. Three processes were identified: the mechanical action of the mesofauna forming the oval microaggregates with ground skeleton, the formation of oval microaggregates without ground skeleton by geochemical processes and the fissuration of the soil matrix by expansion and compression processes forming the poliedric microaggregates. The lateral transition between ferralic and argic horizons was attributed to the coalescence of the microaggregates due to tensions created during a drier period than present. A later change to a more humid climate with a defined dry station, provoked more frequent alternated cycles of drying and wetting that resulted in the fissuration of the material, forming poliedric aggregates. At the same time these processes occured, clay illuviation was present filling the poroso spaces and cimenting the microaggregates.
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Bioestratigrafia e paleoambientes da Formação Rio do Rasto na borda leste da bacia do Paraná (permiano superior, Estado do Paraná) / Not available.

Rohn, Rosemarie 05 August 1988 (has links)
O estudo de fósseis e litologias da Formação Rio do Rasto (Grupo Passa Dois) ao longo de 11 estradas do sul ao nordeste do Estado do Paraná e de 1 estrada no extremo-norte de Santa Catarina deu suporte a correlações entre as colunas de diversas áreas, à definição de biozonas, à interpretação dos possíveis paleoambientes e a novas considerações sobre a história evolutiva da Bacia do Paraná durante o final do Permiano. A parte da seqüência estudada abrange as porções anteriormente designadas Membro Serrinha (cerca de 1/4 da coluna, a partir da base) e Membro do Morro Pelado, cujas características litológicas, no entanto, não parecem sustentar adequadamente estas subdivisões. Do sul ao centro-norte do Estado do Paraná, na área aflorante, a espessura da Formação Rio do Rasto atinge 420 m, diminuindo acentuadamente da região de São Jerônimo da Serra para a Santo Antônio da Platina, onde se encontram porções mais marginais da bacia. As análises dos fósseis (formalmente descritos em outros trabalhos especialmente preparados para esta dissertação) buscaram dados paleoecológicos, de correlação interbacinal, bioestratonômicos e bioestratigráficos; também fundamentaram a maior parte das correlações entre os afloramentos e entre as seções colunares compostas, tendo permitido estimar os mergulhos aproximados das camadas (entre 0,5º e 0,9º) e, em alguns casos, os rejeitos de falhas de gravidade (muito freqüentes na região do Arco da Ponta Grossa). A distribuição, a diversidade e a abundância de conchostráceos dão sustentação a zoneamento bioestratigráfico relativamente detalhado, comportando, em ordem ascendente, as Zonas Cyzicus sp., Monoleaia unicostata micropolygonata, Paranaleaia supina-Asmussia sp., Asmussia regularis (que compreende a Subzona Palaeolimnadiopsis subalata) e o \"Intervalo de Conchostráceos Superior\". Os conchostráceos evidenciam principalmente ambientes continentais de águas rasas, relativamente quentes e são típicos das regiões semi-áridas. Estes fósseis não lograram importantes correlações interbacinais. Os bivalves, relativamente comuns na parte inferior da formação, estão distribuídos nas Zonas Leinzia similis (inferior) e ? Palaeomutela platinensis (superior, com a Subzona Nothoterraia acarinata em sua porção inferior). Aquelas formas da segunda zona, incluindo algumas similares a espécies do Permiano Superior de outras regiões gondvânicas, certamente representam ambientes continentais de águas calmas. Já os bivalves da zona inferior parecem ser endêmicos, de águas um pouco mais agitadas, possivelmente com salinidade mais elevada. Os megafósseis vegetais possibilitaram o estabelecimento das Zonas Pecopteris dolianitii (inferior, com 3 subdivisões) e Schizoneura gondwanensis ( superior, com 2 subdivisões). Os elementos são típicos da última fase de desenvolvimento da Flora Glossopteris, permitindo correlação principalmente com o Grupo Ecca Superior, Grupo Beaufort Inferior e a Formação Madumabisa do sul da África e a Formação Raniganj da Índia. Estes fósseis ocorrem em relativa abundância, mas são pouco representativos da vegetação global e apresentam diversidade não muito elevada. Há diversos elementos com possíveis adaptações xeromórficas. A análise palinológica de uma amostra da localidade-tipo do Membro Serrinha, praticamente da base da Formação Rio do Rasto, sugere correlação principalmente com os palinomorfos dos depósitos da Zona Tapinocephalus da parte inferior do Grupo Beaufort Inferior. Endossando ainda as correlações anteriores indicadas pelo estudo de tetrápodes da Serra do Cadeado, a deposição da unidade na área estudada pode ter ocorrido no intervalo equivalente ao Kazaniano Superior-Tatariano Inferior, tendo possivelmente cessado um pouco mais cedo na região de Santo Antônio da Platina. Além dos fósseis mencionados, ainda foram constatados estromatólitos nodulares (particularmente na base da formação), pequenos gastrópodes, ostracodes, escamas de peixes (em maior abundância no nordeste do estado), e ainda icnofósseis (principalmente na porção inferior da formação). Estes fósseis apoiam as interpretações ambientais já mencionadas ou, pelo menos, não parecem indicar ambientes estritamente marinhos. Os depósitos sedimentares, quase todos avermelhados, exceto na porção basal da seqüencia, foram classificados em 17 tipos. O conjunto das evidências litológicas, bioestratonômicas e paleoecológicas sugere que a Formação Rio do Rasto representa deposição em grandes lagos rasos, com oscilação freqüente do nível de água, da área de recobrimento e possivelmente também da salinidade, sob condições climáticas variavelmente secas; supõe-se que os lagos eram limitados por terras preponderantemente baixas, com dunas eólicas em extensas áreas, vegetação melhor desenvolvida próximo às margens, e drenagem provavelmente efêmera, apenas efetiva nos eventos de chuvas torrenciais. Os lobos de suspensão e as sigmóides, acumulados nos lagos próximo às desembocaduras dos cursos de água, assim como os turbiditos das regiões de costa afora, devem atestar as maiores descargas durante as cheias. Em certas fases, principalmente durante a deposição da metade inferior da formação, a dinâmica dos lagos parece ter sido influenciada por intensas tempestades; oscilações mais fracas, como as provocadas pelo vento, deixaram marcas em diversos depósitos da base ao topo da seqüencia. Os dados apontam para a incidência de uma fase inicial de condições climáticas bastante secas, provavelmente sucedida por dois importantes intervalos de melhora climática; o primeiro intervalo um pouco mais úmido é caracterizado pelo desenvolvimento expressivo de glossopterídeas, pecopterídeas, bivalves e conchostráceos (M. unicostata micropolygonata); o segundo é representado, principalmente, pela ingressão de Schizoneura gondwanensis e pela máxima diversidade em conchostráceos; durante este intervalo pode ter havido ligeiro levantamento/basculamento tectônico da área de Reserva-Cândido de Abreu, sugerido, em parte, pela ocorrência de grandes intraclastos em dois diamictitos. O terço superior da formação evidencia novo acentuado recrudescimento climático, aparentemente com poucas fases de maior umidade, tendo provocado o desaparecimento de diversas espécies da fauna e da flora. Há registro de invasões cada vez mais freqüentes dos lagos por dunas eólicas, até a sua colmatação definitiva, a qual representa o início da deposição da Formação Pirambóia. / Study of the Rio do Rasto Formation (Passa Dois Group) along 11 roads in southern to northeastern Paraná State and 1 road in northern Santa Catarina State, Brazil, has provided the basis for stratigraphical correlation of vertical profiles, establishment of biozones, interpretation of possible paleoenvironments and new inferences on the history of the Paraná Basin at the end of the Permian. The studied sequence comprises the Serrinha Member (the lowest 1/4 of the formation) and the Morro Pelado Member. However, the lithologies observed do not provide reasonable support for this subdivision. The thickness of the formation does not exceed 420 m in the studied area and decreases markedly from São Jerônimo da Serra towards Santo Antônio da Platina near the margin of the basin. Fossils were analyzed for interbasinal correlations and for paleoecological, biostratinomic and biostratigraphic interpretations. The fossils found the most important correlations among outcrops and vertical profiles. They also helped to estimate regional dips of the strata (around 0.5°- 0.9°) and, in some cases, the approximate offset of the vertical faults, very common in the region of the Ponta Grossa Arch. The geographical distribution, diversity and abundance of the conchostracans supports the establishment of the following biozones (in ascending order): Cyzicus sp. Zone, Monoleaia unicostata micropolygonata Zone, Paranaleaia supine-Asmussia sp. Zone, Asmussia regularis Zone (including the Palaeolimnadiopsis subalata Subzone) and the \"Upper Conchostracans Interval\". These organisms are typical of freshwater ponds and shallow lakes in warm, semi-arid regions. The conchostracans seem not to be very important in interbasinal correlations. Bivalves, most frequent in the lower part of the formation, are distributed in the Leinzia similis Zone (almost entirely at the base of the formation) and the? Palaeomutela platinensis Zone (including the Nothoterraia acarinata Subzone). The bivalves of the second zone, which comprise some forms similar to other Upper Permian Gondwanic species, probably lived in calm fresh waters, whereas the bivalves of the Leinzia similis Zone seem to be endemic, associated with more agitated waters and possibly with highter salinity.Two zones of fossil plants were defined: the Pecopteris dolianitii Zone (in the lower part, with 3 subdivisions) and the Schizoneura gondwanensis Zone (in the upper part, with 2 subdivisions). The elements are typical of the last phase of development of the Glossopteris Flora, as reported for the Upper Ecca Group, the Lower Beaufort Group and the Madumabisa Formation in southern Africa, and the Raniganj Formation in India. The fossil plants are relatively abundant, but not very representative of the regional vegetation. Neither zone shows great diversity. Elements with possible xeromorphic adaptations are common. Palynological analysis of a single sample from the type-locality of the Serrinha Member, almost at the base of the Rio do Rasto Formation, suggests correlation with forms of the Tapinocephalus Zone from the basal part of the Lower Beaufort Group. In accordance with previous observations based on the study of tetrapods from the Serra do Cadeado, the sequence in the studied area may have been deposited in the Late Kazanian to the Lower Tatarian; in northeastern Paraná State (Santo Antônio da Platina), however, deposition may have ended earlier. Other fossils observed in the formation, such as nodular stromatolites (mainly at the basal part of the unit), small gastropods, ostracodes, abundant fish scales (particularly in northeast Paraná) and trace fossils (mainly in the lower part to the formation), are consistent with the above-mentioned paleoenvironmental interpretations and do not include any strictly marine species. The sedimentary deposits were classified in 17 types. Lithologic, biostratinomic and paleoecological evidence suggests that the predominantly red sequence of the Rio do Rasto Formation accumulated in great shallow lakes characterized by water level and possibly salinity oscillations within and variable arid context. The lakes were surrounded by lowlands, which contained marginal vegetation, eolian dunes and probably ephemeral streams. Flood stages would have caused the deposition of suspension lobes and sigmoidal bars near the mouths of tibutaries and turbidites farther offshore in the lakes. Occasionally, especially during the deposition of the lower part of the sequence, the lakes were influenced by heavy storm episodes; weaker wave action, such as that produced by winds, also left marks in many stata, throughout the formation. The sequence apparently began to accumulate under quite arid conditions, followed by more humid conditions, probably in two distinct intervals. The expressive development of glossopterids, pecopterids, bivalves and conchostracans (M. unicostata micropolygonata) would have occurred in the first interval, whereas Schizoneura gondwanensis and several conchostracans appeared in the second interval. In the latter interval may have occurred mild tectonic uplift of the area near Reserva-Cândido de Abreu, as suggested by the presence of two anomalous diamictites with large intraclasts. The upper third of the formation documents the return of rigorous arid conditions, that alternated with only a few, short, less severe intervals. Many floral and faunal species disappeared at this time, and eolian dunes invaded the lakes with greater frequency, finally filling them up and setting the stage for deposition of the Pirambóia Formation.
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Complexo Embu no leste do Estado de São Paulo: contribuição ao conhecimento da litoestratigrafia e da evolução estrutural e metamórfica

Fernandes, Amelia Joao 09 May 1991 (has links)
O embasamento pré-cambriano que aflora na região leste do Estado de São Paulo, a sudeste da Bacia de Taubaté, foi estudado em escala de reconhecimento, através de perfis regionais. Foi dada ênfase ao reconhecimento de grandes unidades mapeáveis, bem como à evolução estrutural e metamórfica. Foram definidas para o Complexo Embu (cujas rochas predominam na área estudada) três unidades de metasupracrustais denominadas de Redenção da Serra, Rio Paraibuna e Rio Una. Gnaisses peraluminosos e (\'+ OU -\'granada)-biotita-plagioclásio gnaisses predominam na Unidade Redenção da Serra, enquanto quartzitos e rochas calciossilicáticas são mais abundantes na Unidade Rio Paraibuna. A Unidade Rio Una constitui-se de xistos, quartzo-xistos e quartzitos intercalados ritmicamente. O Complexo Embu foi afetado por 5 fases de deformação. O metamorfismo principal, possivelmente do Proterozóico Superior, relaciona-se às duas primeiras fases e situa-se no final do grau médio e início do grau forte (zona da sillimanita-muscovita à zona da sillimanita-feldspato potássico, com anatexia local). A Unidade Rio Una permanece no grau médio, nas zonas da granada, estaurolita e sillimanita. A segunda fase de deformação gerou a foliação principal, em posição plano-axial a dobras recumbentes, e é frequentemente acompanhada por uma textura blastomilonítica com achatamento e estiramento mineral de direção NE. À terceira fase de deformação relacionam-se grandes dobras apertadas a fechadas e inversas e, à quarta, dobras normais, abertas a fechadas. A quinta fase é tardia e transversal ao trend regional NE. O Complexo Embu foi intrudido em períodos pré-metamórficos por rochas tonalíticas a graníticas de afinidade cálcio-alcalina; e, posteriormente à foliação principal, por maciços sin a tardi-tectônicos constituídos de biotita granitos porfiríticos e muscovita-biotita granitos equigranulares. Estes foram posicionados, segundo dados isotópicos Rb-Sr, entre 700 e 570 Ma. O Complexo Rio Capivari, aqui definido, é composto por gnaisses migmatíticos, de composição tonalítica a granítica, corresponde ao embasamento do Complexo Embu, e aflora em três núcleos. Há evidências de que o Complexo Rio Capivari sofreu metamorfismo (gerador de leucossomas trondhjemíticos) anterior e mais intenso que o metamorfismo principal do Complexo Embu. Dados geocronológicos (Sm-Nd, Rb-Sr, Pb-Pb) sugerem uma idade arqueana ou do Proterozóico Inferior para o Complexo Rio Capivari, além de um evento metamórfico, gerador de leucossomas, do Proterozóico Médio. Na porção oriente-meridional da região estudada, a sul do maciço granítico de Natividade, ocorre o Complexo Costeiro. Ele é composto predominantemente por ortognaisses blastomiloníticos. Dados isotópicos Rb-Sr sugerem idades iguais ou mais baixas que 630 Ma para estas rochas. Acredita-se que o Complexo Costeiro foi tectonicamente justaposto ao Complexo Embu no final do Proterozóico Superior, depois do desenvolvimento da foliação principal do segundo complexo. As zonas de cisalhamento que recortam a área fornecem-lhe um padrão de compartimentação em blocos amendoados e, provavelmente, foram ativas desde períodos penecontemporâneos à terceira fase de deformação do Complexo Embu, até épocas posteriores à quarta fase. As rochas metamórficas, que ocupam as porções internas das zonas de cisalhamento, foram submetidas a um retrometamorfismo de baixo grau, e intrudidas por corpos alongados de granitóides blastomiloníticos. / The Precambrian basement cropping out in the eastern part of the state of São Paulo, south of the Taubaté Basin, was studied in a reconnaissance scale, by means of regional profiles. Emphasis was placed on the recognition of large mappable units, as well as on the structural and metamorphic evolutions of these rocks. The metamorphosed supracrustal units which predominate in the area belong to Embu Complex, in this work divided into three major units, defined as Redenção da Serra, Rio Paraibuna and Rio Una. Peraluminous gneisses and (+garnet)-biotite-plagioclase gneisses predominate in the Redenção da Serra Unit, while quartzites and calc-silicate rocks are more prominent in the Rio Paraibuna Unit. The Rio Una Unit consists of rhythmic schists, quartz-schists and quartzites. Five phases of deformation affected the Embu Complex. The main metamorphic event is coeval to the first two phases of deformation (of Late Proterozoic age ?) and attained to high grade metamorphism (sillimanite-muscovite to sillimanite- K feldspar zones, with local anatexis) in the Redenção da Serra and Rio Paraibuna units. The Rio Una Unit reached a lower metamorphic grade, represented by the garnet, staurolite and sillimanite zones. The main foliation is parallel to the axial plane of recumbent folds of the second phase of deformation, which often developed a blastomilonitic texture with NE-trending mineral flattening and stretching. Large tight overturned folds are associated with the third phase of deformation, whereas open to close folds mark the fourth phase. A late, fifth phase, is transversal to the regional NE trend. Intrusive granitoid rock include: (1) pre-metamorphism tonalitic-granitic rocks with calc-alcaline affinities now converted into orthogneisses, so far undated, and (2) syn- to late-tectonic batholiths and minor plutons dominated by porphyritic biotite granitoids and equigranular muscovite-biotite granites, whose available Rb-Sr isotope data range between 700-570 Ma. A unit of migmatitic gneisses of tonalitic to granitic composition was recognized as basement of the Embu Complex, cropping out as three nucleii, and herein named Rio Capivari Complex. It shows evidence of a strong metamorphic event that is not recorded in the Embu Complex and produced trondhjemitic leucosomes. Available geochronological data (Rb-Sr, Pb-Pb) point to an Archean (2950-2750 Ma) or Lower Proterozoic (2500 a 2300 Ma) age for the Complex, with some reworking in the Middle Proterozoic (1500-1300 Ma). In the southeastern portion of the area, occurs the Costeiro Complex that is predominantly composed of blastomilonitic orthogneisses; Rb-Sr isotope data from literature yield ages equal to or lower than 630 Ma. It is believed that the Costeiro Complex was tectonically juxtaposed to the Embu Complex at the end of Late Proterozoic, after the development of the main foliation of the latter complex. The studied area is cut by a series of large shear zones that were probably active contemporaneously to the third and outlast the fourth phases of deformation of the Embu Complex. The metamorphic rocks engaged in these shear zones underwent a low-grade retrogressive metamorphism and were intruded by elongated bodies of blastomilonitic granitoids.

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