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A caracterização cuticular de Glossopteris communis Feistmantel, 1876, Formação Rio Bonito (Permiano inferior), da Bacia do Paraná, Brasil / Not available.Fittipaldi, Fernando Cilento 24 September 1982 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo o estudo, da cutícula de Glossopteris communis Feistmantel, 1876, como exemplo de pesquisa cuticular das glossopterídeas e de outras plantas eogondvânicas. G. communis foi selecionada por ser uma das espécies de mais ampla distribuição na região gondvânica e, no entanto, ter seus aspectos cuticulares muito pouco conhecidos. Cutículas epidérmicas dessa espécie, obtidas pelo processo de maceração a partir de exemplares morfograficamente determinados, procedentes da Formação Rio Bonito (Membro Triunfo), no estado do Paraná, foram submetidas ao vexame combinado de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura, inclusive com a utilização de técnicas especialmente desenvolvidas. Os vários parâmetros, como formato e tamanho de células, espessura e tipo de paredes anticlinais, orientação de estômatos e natureza das células peristomáticas, foram estudados ao longo de toda superfície de ambas as faces foliares. Entre as conclusões do presente trabalho, constatou-se que feições como demarcação de áreas vasculares e intervasculares em apenas uma das faces foliares, pequeno número de anastomoses, paredes anticlinais predominantemente retilíneas, e estômatos concentrados na região central da lâmina foliar, em conjunto, caracterizam a cutícula de G. communis. / Not available.
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A faixa alto Rio Grande na região a sul de São Gonçalo do Sapucaí (MG) / Not available.Perrotta, Mônica Mazzini 07 June 1991 (has links)
Situada na porção central da Faixa Alto Rio Grande, marginal ao Cráton do São Francisco, a área estudada compreende corpos tabulares ortognáissicos, que datam do Arqueano-Proterozóico Inferior, e faixas metassedimentares com evolução no Proterozóico Médio. No conjunto mais antigo, o Complexo São Gonçalo do Sapucaí, uma associação ortognáissico-metavulcânica de gnaisses homogêneos e bandados, respectivamente, constitui na área a encaixante de corpos granitoides-gnáissicos considerados como Complexo Amparo. O conjunto metassedimentar, representado por pacotes de paragnaisses e associações rítmicas de xistos e quartzitos, tem continuidade física lateral com seqüências definidas a E-NE como Grupo Andrelândia. Estes dois conjuntos estratigráficos, quando do evento deformacional principal, engajaram-se em nappes de dobramento, em posição anyiclinal, com estruturas sinclinais degeneradas e/ou com cavalgamentos ao longo dos flancos inversos. As unidades ortognáissicas constituem o núcleo de dobras cujo transporte foi para NNW. Empilham-se na área, da base para o topo, as Nappes Rio Sapucaí, Serra do Quiabeiro e Ribeirão do Cafundó (onde foi estabelecida a coluna estratigráfica local do Grupo Andrelândia). No topo desta pilha alóctone ocorre a Nappe de Cavalgamento Serra das Águas. As estruturas em nappe evoluíram sob metamorfismo de grau médio, as pressões intermediarias, com apogeu na zona da silimanita. Desenvolvem uma foliação penetrativa correspondendo à xistosidade \'S IND.2\' no grupo Andrelândia, que transpõe e recupera uma superfície reliquiar \'S IND.1\'. As nappes são afetadas por dobramentos homoaxiais inclinados para NNW de terceira fase. Desenvolvem a foliação \'S IND.3\', xistosidade evoluída sob condições da zona da biotita. Uma quarta fase de dobramentos normais e descontínuos, homoaxial às anteriores, desenvolve nos metassedimentos uma clivagem de crenulação discreta ou, localmente, uma xistosidade fraca a biotita. Faixas de cisalhamento subverticais cortam a área em continuidade com a Zona de Cisalhamento Três Corações a NE. Tem história evolucional complexa, inciando-se precocemente à terceira fase de dobramentos e admitindo removimentações posteriores às dobras de quarta fase. Uma quinta fase de dobramentos ortogonais é responsável por amplas inflexões delineadas pelos contatos litológicos. / The studied area, located in the central portion of the Alto Rio Grande Belt, at the border of the São Francisco Craton, is made of tabular Archean-Early Proterozoic orthogneissic bodies and metassedimentary belts with Middle Proterozoic evolution. In the older sequence, the São Gonçalo do Sapucaí Complex, an orthogneissíc-metavolcanic association of homogeneous and banded gneisses, respectively, is the country rock of the Amparo Complex gneissic granitoid bodies. The metassedimentary sequence is represented by paragneisses and schist-quartzite , rythmic associations and is in the lateral continuity with sequences defined as the Andrelandia Group east-northeastwards. These two stratigraphic domains were involved, during the main deformational event, in anticlinal fold nappes with degenerated synclinal structures and/or with thrusting along the inverted limbs. The orthogneissic units constitute fold nucleii with north-northwestward transport. Front the base to top, the Rio Sapucaí, Serra do Quiabeiro and Ribeirão do Cafundó Nappes are piled up. The last one is where the local stratigraphic column of the Andrelândia Group was estabilished. The Serra das Águas Thrust Nappe occurs at the top of this Allochthonous pile. The nappe structures evolved under medium pressure-medium grade metamorphism reaching the sillimanite zone. They develop a penetrative foliation, conesponding to the \'S IND.2\' schistosity of the Andrelandia Group, wich transposes and recuperates a \'S IND.1\' relict surface. The nappes are affected by a third phase homoaxial folding, north-northwesterly inclined, and develops the \'S IND.3\' foliation, a schistosity developing under biotite zone conditions. A fourth phase normal and discontinuous folding homoaxial to the previous ones, develop in the metassediments a discreet crenulation cleavage or, locally, a biotite-bearing weak schistosity. Subvertical shear belts cut the area in continuity with the Três Corações Fault northeastwards. They have a complex evolutionary history starting before the third fold phase and still continuing until after the folds of the fourth phase. A fifth folding phase, orthogonal to the earlier ones, is responsible for the large inflections delineated by the lithological contacts.
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Estratigrafia de seqüências na Formação Tombador, Grupo Chapada Diamantina, Bahia / Not available.Castro, Marilia Rodrigues de 24 March 2003 (has links)
A região da Chapada Diamantina é formada por rochas sedimentares do Meso a Neoproterozóico muito bem expostas e preservadas. Nela ocorrem os grupos Rio dos Remédios, Paraguaçu e Chapada Diamantina, inseridos no Supergrupo Espinhaço em sua parte baiana. Este trabalho tem como enfoque o estudo da Formação Tombador, a qual constitui o intervalo basal do Grupo Chapada Diamantina. A Formação Tombador apresenta contato erosivo com a Formação Guiné sotoposta, e contato gradacional com a Formação Caboclo sobrejacente. O principal objetivo dessa tese foi o estudo e compreensão da história evolutiva da Formação Tombador na região de Lençóis, por meio de análise faciológica seqüencial de seções colunares de superfície, e de cronocorrelação dessas seções, utilizando-se da Estratigrafia de Seqüências. Foram descritas 20 fácies sedimentares agrupadas em 16 associações faciológicas relacionadas aos seguintes sistemas deposicionais: leque aluvial, leque subaquoso, fan delta estuarino, fluvial torrencial, fluvial, fluvial costeiro, eólico, litorâneo, deltaico tipo Gilbert, frente deltaica, planície deltaica/marinho, marinho/frente deltaica, estuarino/marinho, estuarino distal/marinho, marinho (barra de marés) e marinho shoreface. O intervalo inferior da Formação Tombador pode ser subdividido em cinco seqüências deposicionais. Cada seqüência é formada por sistemas fluviais, relacionados ao nível de base baixo, e por sistemas estuarinos (canais) a marinhos (trato de sistemas transgressivo). Em outras seqüências, o trato de nível baixo pode ser representado por sistemas flúvio-estuarinos ou fluviais com marinhos subordinados. O trato de sistemas transgressivo é formado de sistemas estuário distal e marinho, ou eólico e litorâneo. Parte dessas seqüências está presente no perfil do Pai Inácio, onde também foram reconhecidas seqüências de alta freqüência (4a ordem), e uma grande espessura de depósitos marinhos (barra de marés). O intervalo superior consiste de quatro tectonosseqüências deposicionais. Cada uma é formada basicamente por um trato de sistemas de nível de base baixo a transgressivo; com a sucessão de sistemas de leque aluvial, fluvial e eólico. Os sistemas fluviais fluíam preferencialmente para oeste, enquanto os ventos apresentavam forte tendência para norte/nordeste. O último ciclo do intervalo superior, ou seja, a última tectosseqüência da Formação Tombador foi investigada em detalhe com o levantamento de quatro perfis. O ciclo inicia-se com uma sucessão transgressiva; sistema de leque aluvial sobreposto por sistemas fluvial e deltaico-marinho. Para o sul (Rio Capivara), estes últimos sistemas gradam respectivamente a sistemas de leque subaquoso e marinho de tempestades. Sucede a fase regressiva com sistemas deltaicos e fluviais e localmente litorâneos-eólicos e fluviais (Rio Mucugezinho, ao norte). O ciclo finaliza com nova fase transgressiva, com sistemas flúvio-estuarinos e costeiros evoluindo para o sistema marinho Caboclo. / The region of Chapada Diamantina in central Bahia is composed of well exposed and preserved sedimentar rocks from Middle to Late Proterozoic. There occurs the Espinhaço Supergroup formed by the Rio dos Remédios, Paraguaçu and Chapada Diamantina groups. This research has focused on the study of Tombador Formation, which constitutes the basal interval of Chapada Diamantina Group. That unit has more than 500m in thickness, with deltaic substrate of Guiné Formation, and gradational contact with the overlying Caboclo Formation. The main objective of this thesis was to study and understand the evolutive history of Tombador Formation in the Lençóis region, through sequential facies analysis of surface sections, and chronocorrelation of these sections using the Sequence Stratigraphy. Twenty lithofacies were described and grouped into sixteen facies associations, related to the following depositional systems: alluvial fan, subaqueous fa, fan delta estuarine, torrential fluvial, fluvial, coastal fluvial, Aeolian, foreshore, Gilbert-type delta, delta front, delta plain/marine, marine/delta front, estuarine/marine, distal estuarine/marine, marine (tidal bars) and marine shoreface. The lower interval can be divided into five depositional sequences. Each sequence is formed by fluvial systems related to the low base-level, and by estuarine (channels) to marine systems, transgressive system tract. In other sequences the low base-level is composed of fluvio-estuarine or fluvial and marine systems subordinated. The transgressive system tract is formed by distal estuarine and marine, or Aeolian and coastal systems. Part of these sequences is present in the Pai Inácio section, where sequences of high frequency (fouth order), and thick marine deposits (tidal bars) were recognized. The upper interval is composed of four tectono sequences. Each one is formed basically of a low base-level system tract to transgressive system tract, with a succession of alluvial fa, fluvial and aeolian. The fluvial systems flowed to the west, while the wind direction was to north/northeast. The last cycle of upper interval represents the last tectono sequence of Tombador Formation. It begins with a transgressive succession of alluvial fan, fluvial and delta front to the south (Capivara river section), the latter systems change to subaqueous fan and marine shoreface (tempestite). It follows a regressive succession of deltaic and fluvial, or locally foreshore and Aeolian systems overlain by fluvial (Mucugezinho river, to the North). The cycle ends up with a new transgressive succession of fluvial-estuarine and coastal systems which gradually merges into the marine Caboclo Formation.
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Palinobioestratigrafia do Subgrupo Itararé, Carbonífero/Permiano, na Porção Nordeste da Bacia do Paraná (SP/PR, Brasil) / Not available.Souza, Paulo Alves de 19 December 2000 (has links)
O conhecimento palinológico da porção nordeste da Bacia do Paraná tem sido significativamente aprimorado nas duas últimas décadas, a partir do registro de palinomorfos inéditos e pela consideração dos esporos como elementos de valor bioestratigráfico. Dessa forma, foi possível a indicação de idades carboníferas para algumas localidades do Subgrupo Itararé, contrariando os posicionamentos geocronológicos vigentes e demonstrando a necessidade de profunda revisão e melhor compartimentação palinobioestratigráfica da unidade. A seqüência sedimentar considerada neste estudo é referente ao Subgrupo Itararé na porção nordeste da bacia nos estados de São Paulo e Paraná, com base em amostras de afloramentos e testemunhos de sondagem de 28 poços. Das 139 espécies de palinomorfos verificadas, 95 são descritas e ilustradas. O conteúdo palinológico é constituído por 51 espécies de esporos, 41 de grão de pólen, duas de algas e uma de Acritarcha. Oito espécies são noticiadas pela primeira vez na Bacia do Paraná. Além disso, são verificadas 13 espécies de palinomorfos retrabalhados do Devoniano e Carbonífero Inferior. Com base na distribuição estratigráfica dos esporomorfos, é proposto um esquema bioestratigráfico formal para a seção estudada, constituído de duas zonas-de-intervalo, delimitadas pelo aparecimento e desaparecimento de táxons selecionados: Zona Biointervalo Ahrensisporites cristatus e Zona Biointervalo Potonieisporites neglectus, relativas às porções inferior e média do Subgrupo Itararé, respectivamente. Ambas apresentam caracterísitcas quantitativas semelhantes, com o domínio de esporos e grãos de pólen monossacados. Grãos de pólen bissacadose teniados, quando presentes, ocorrem em baixas freqüências percentuais. Onze espécies são restritas na primeira, enquanto que na segunda, somente uma é restrita. Na Bacia do Paraná, as zonas propostas correspondem, em parte, a alguns intervalos palinológicos informais ) (Pré-G, G, \'H IND. 1\', \'H IND. 2\'). No âmbito gondwânico, as melhores correlações são entre as unidades da América do Sul, especialmente algumas zonas carboníferas das bacias de Tarija, Chacoparaná e do Grupo Paganzo, com características gerais similares e espécies em comum. As espécies de valor bioestratigráfico, as correlações realizadas e a análise do comportamento geral das associações sugerem o posicionamento das biozonas propostas no Carbonífero Tardio, relativo ao Westphaliano (Zona Biointervalo Ahrensisporites cristatus) e ao Westphaliano/Stephaniano (Zona Biointervalo Potonieisporites neglectus). A Subzona Protohaploxypinus goraiensis, definida na base do Grupo Tubarão na porção meridionalda Bacia do Paraná e com posicionamento no Permiano Inicial (Asseliano/Sakmariano), foi identificada na porção superior do Subgrupo Itararé. As associações desta Subzona são marcadas pela expressiva participação, em abundância e diversidade, de grãos de pólen teniados e poliplicados, sendo correlatas à Zona Cristatisporites inferior (Bacia Chacoparaná), na América do Sul, e Zona Pseudoreticulatispora confluens, na Austrália. Adicionalmente é proposta a renomeação da Zona Cannanoropollis korbaensis para Zona Vittatina e da Subzona Caheniasaccites ovatus para Subzona Caheniasaccites flavatus, mantendo-se suas definições originais. As implicações dos resultados palinológicos com alguns aspectos referentes à reconstrução ambiental, à evolução geológica do Subgrupo Itararé e às relações com as demais unidades litoestratigráficas da bacia são discutidas. / The Palynological knowledge of the Northeastern Paraná Basin has been meaningfully improved during the past two decades, specially from the record of unpublished palynomorphs and the introduction of spores as biostraligraphic guides. In this context, Carboniferous ages have been proposed to some localities concerning the ltararé Subgroup. This approach modifies the traditional concepts and demonslrates the need of deeper palynological revision and palynobiostratigraphical analysis to this unit in this portion. The sedimentary sequence studied is related to the ltararé Subgroup in the Northeastern Paraná Basin, based on samples from outcrops and cores from twenty-eight boreholes, in the States of São Paulo and Paraná. From the one hundred and thirty-nine species of palynomorphs recorded, ninety-five selected ones are described and illustrated. The palynological content is made up of fifty-one species of spores, forty-one of pollen grains, two of Algae and one of Acritarcha. Eight species are recorded for the first lime in the Paraná Basin. Besides, thirteen species from Devonian and Lower Carboniferous Strata are also recorded Based on the vertical and lateral distribution of the sporomorphs, two interval biozones are formally proposed: the Ahrensisporites cristatus lnterval Zone and the Potonieisporites neglectus lnterval Zone, concerning the lower and medium portions of ltararé Subgroup, respectively. Both zones show similar quantitative characteristics, with spores and monosaccate pollen grains dominance. When present, disaccate and taeniate pollen grains occur in low percentual rates. Eleven species are restricted to the first brozone, while only one is restricted to the second biozone. ln the Paraná Basin, the biozones correspond partially to some informal palynological intervals (Pre-G, G, H1, and H2). ln the Gondwanic context, the best correlations are between palynozones of South America, specially to the Late Carboniferous ones of the Tarija and Chacoparaná basins and the Paganzo Group, which exhibit similar characteristics and common species. The biostratigraphical important species, the correlation, and the analysis of the general characteristics of the associations suggest their positioning in the Late Carboniferous, probably related to the Westphalian (Ahrensisporites cristatus Interval Zone) and to the Westphalian/Stephanian (Potonieisporites neglectus lnterval Zone) in age. The Subzone Protohaploxypinus goraiensis, defined in the basal portion of the Tubarão Group in the Southern Paraná Basin, is identified in the upper portion of the ltararé Subgroup in the Northeastern Paraná Basin. The palynological associations of this subzone are characterised by an expressive abundance and diversity of taeniate and poliplicate pollen grains, being correlated to the lower Cristatisporites Zone (Chacoparaná Basin, in South America), and to the Pseudoreticulatispora confluens Zone (Australia). This subzone is related to the Early Permian (Asselian/Sakmarian). Besides, the renaming of the Cannanoropollis korbaensis lnterval Zone to Vittatina and, the Caheniasaccites ovatus Subzone to Caheniasaccites flavatus is proposed, keeping their original concepts. The palynological results and their implications with some aspects related to the environmental reconstrutions, the geological evolution of the ltararé Subgroup and its relations with the other lithostratigraphic units are also discussed.
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Propostas de origem, evolução e contexto da Bacia da Formação Camarinha - transição Neoproterozóico - Eocambriano do estado do Paraná / not availableMoro, Renata de Paula Xavier 20 July 2000 (has links)
A bacia da Formação Camarinha, no centro-leste do Estado do Paraná, representa uma unidade da transição Neoproterozóico-Eocambriano na região. Assenta-se discordantemente sobre os metassedimentos proterozóicos do Cinturão Ribeira, constituídos pelas formações Água Clara, Votuverava e Capiru e próximos ao Complexo Atuba, Núcleo Betara e Complexo Granítico Três Córregos, e é recoberta também discordantemente, a oeste, pelos sedimentos basais devonianos da Bacia do Paraná. A Formação Camarinha consiste em conglomerados, brechas, arenitos, siltitos, lamitos e ritmitos imaturos, medianamente a mal selecionados, distribuídos em quatro unidades intercaladas e com contatos transicionais entre si, das quais duas apresentam natureza mais conglomerática, e duas natureza mais síltico-arenosa. Estas unidades foram depositadas por processos como fluxos gravitacionais subaéreos a subaquosos, correntes de turbidez, sheet-floods e processos atuantes em frentes deltaicas, comuns em leques progradantes e retrogradantes de ambientes costeiros (fandeltas). As áreas-fontes dos sedimentos são representadas pelas formações Água Clara, Votuverava e Capiru e pelos complexos Atuba e Três Córregos. Posteriormente, a bacia foi deformada pela atuação da Zona de Cisalhamento Transcorrente da Lancinha, com deslocamento lateral direito que gerou diversas estruturas rúpteis a rúpteis-dúcteis previstas no Modelo de Riedel. Reativações deste sistema proporcionaram intensa alteração hidrotermal, refletida em isócronas Rb-Sr obtidas. A Formação Camarinha encontra-se atualmente preservada em duas faixas dobradas na forma de sinclinais relacionados à Falha da Lancinha, constituindo remanescentes da bacia original. Os limites originais da bacia não se encontram preservados, tendo a mesma sido formada em ambiente tardi a pós-orogênico com relação ao Ciclo Brasiliano, bem como outras bacias similares do sul e sudeste do Brasil. / Camarinha Formation (central-eastern part of the State of Paraná, southern Brazil) is a transitional unit between Neoproterozoic and Cambrian in that region. It lies unconformably on proterozoic sediments of the Ribeira Belt (Água Clara, Votuverava and Capiru formations), near the Atuba, Betara and Três Córregos complexes. On its western part, it is also unconformably covered by the devonian basal sediments of the Paraná Basin. Camarinha Formation consits of medium-to-poorly sorted, immature rocks, such as conglomerates, breccias, sandstones, siltstones, mudstones and rythmites, grouped into four altenating units with transitional contacts. Two of these units have a conglomeratic nature, and two have a sandy and muddy nature. These units were deposited by processes such as subaerial to subaqueous gravity-flows, turbidity currents, sheet-floods and other processes that occur in delta fronts. These processes are common in prograding and retrograding fans at coastal environments (fandeltas). The sediments source areas are represented by the Água Clara, Votuverava and Capiru formations, and Atuba and Três Córregos complexes. The basin was later deformed by the Lancinha shear Zone, whose right-lateral movement generated several ruptile to ruptile-ductile structures of the Riedel Model. Later reactivations of the shear zone caused intense hydrothermal alteration, whose age was measured with Rb-Sr data. Camarinha Formation is now preserved as remains of the original basin, in two folded zones forming synclinals related to the Lancinha Shear Zone. The basin original borders are not preserved. The basin was formed in a late-to-post orogenic environment related to the Brasiliano Cycle, just like other similar basins in southern and southeastern Brazil.
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Mineralogia das argilas e evolução geológica da Bacia de Fonseca, Minas Gerais / Not available.Sant Anna, Lucy Gomes 20 May 1994 (has links)
A Bacia de Fonseca, de idade eocênica, localiza-se na borda leste do Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais e compreende os depósitos continentais da Formação Fonseca. Os objetivos deste estudo foram a análise da evolução geológica da Bacia de Fonseca no Cenozóico e a mineralogia e petrografia detalhada dos seus depósitos sedimentares com enfoque nos argilominerais da Formação Fonseca. Os trabalhos geológicos levaram à redefinição da área da Bacia de Fonseca, cujos sedimentos apresentam ocorrência mais restrita do que anteriormente representada nos mapas geológicos da região. O levantamento de seções colunares resultou na apresentação de uma nova seção-tipo para a Formação Fonseca, cuja espessura é menor do que anteriormente admitida. Na redefinição da Formação Fonseca foram ainda excluídos os depósitos da Chapada de Canga desta formação. Os sedimentos da Formação Fonseca são de natureza argilosa e arenosa, maciços a estratificados/laminados, apresentando marcada granodecrescência ascendente. Esses sedimentos foram depositados sob condições de calmaria tectônica e provável clima úmido, em sistema fluvial meandrante. A Formação Fonseca assenta-se sobre rochas arqueanas do embasamento do Quadrilátero Ferrífero, sendo recoberta por depósitos rudáceos da Chapada de Canga. Estes foram redefinidos como Formação Chapada de Canga, sobrepostos discordantemente à Formação Fonseca ou ainda, regionalmente, em contatos diretos sobre o embasamento pré-cambriano. Os sedimentos da Formação Fonseca encontram-se falhados por eventos tectônicos trativos que atuaram na área após a sedimentação, reativando estruturas preexistentes do embasamento pré-cambriano. Os sedimentos da Formação Chapada de Canga também foram afetados por tectônica trativa, sin- a pós-sediemntar. Os argilominerais da Formação Fonseca foram caracterizados por diferentes métodos, incluindo análises granulométricas, difração de raios X, microscopia eletrônica de varredura, microscopia eletrônica de transmissão com difração de elétrons, análises térmicas, capacidade de troca catiônica e, geoquimicamente, por fluorescência de raios X. Os resultados foram analisados quanto à gênese e significado ambiental dos argilominerais no contexto do ciclo das argilas (erosão, transporte, deposição e diagênese) e quanto à sua relação com a evolução geológica e paleoclimática da bacia. Os argilominerais encontrados pertencem aos grupos da caulinita, mica e, de forma rara, da esmectita. A caulinita, em parte, e a mica ocorrem como grãos detríticos provenientes de solos das rochas arqueanas da região. Os sedimentos sofreram algum soterramento e a atuação de processos diagenéticos promoveu a neoformação de caulinita em texturas vermiforme e de \"livros\", além de esmectita, que apresenta-se como grãos placóides ou com forma de \"penas\". A ação do intemperismo acarretou a alteração dos grãos de mica, originando illita nas bordas dos grãos detríticos de mica e dispersa na matriz argilosa caulinítica dos sediemntos. Em termos de resposta dos argilominerais aos métodos analíticos empregados, ressalta-se o comportamento típico da caulinita, ainda que de moderada ordenação estrutural, mica e esmectita, frente aos estudos com difração de raios X, microscopia eletrônica de varredura e análises térmicas. No entanto, observa-se propriedades atípicas de capacidade de troca catiônica, na qual os resultados obtidos foram mais elevados do que os esperados, o que também se explica mais provavelmente pela baixa cristalinidade e/ou desordem estrutural da caulinita. Os estudos geoquímicos apontaram valores mais elevados para alguns dos elementos analisados (Ba, Cr, Fe, Ti, Zr e V) e baixos teores de \'K IND. 2\'O, os quais foram correlacionados, respectivamente, às áreas-fonte (Ba e Zr), aos argilominerais principais (Fe, Cr, V) e aos processos intempéricos (\'K IND. 2\'O e Ti) que atuaram na área fonte dos sedimentos. / The Fonseca Basin, of Eocene age, is located at the eastern edge of the Quadrilátero Ferrífero (\"Iron Quadrangle\") in the state of Minas Gerais, Brazil and comprises typically continental sediments of the Fonseca Formation. The present study focusses on the detail mineralogy and petrography of the clay minerals of the Fonseca Formation and their significance in the geological evolution of the basin during the Cenozoic. Geological mapping has led to the redefinition of the area of the Fonseca Basin based on the distribution of the Fonseca Formation, which showed a much more restricted area of occurence than previously represented in geological maps. Detailed studies of lithological columns resulted in the establishment of a new type-section of substantially reduced thickness for the Fonseca Formation. The rudaceous Chapada de Canga deposits have been excluded from the redefined Fonseca Formation. The Fonseca Formation is predominantly argillaceous to arenaceous, massive or stratified/laminated and shows markedly fining-upward grain size. These sediments werw deposited during tectonic calm within a meandering fluvial system probably in a humid climate. The Fonseca Formation rests upon Archean basement rocks of the Quadrilátero Ferrífero and is covered in places by the Chapada de Canga deposits. These have been redefined as the Chapada de Canga Formation, which rests in direct contact upon the Fonseca Formation and, more regionally, upon Precambrian basement rocks. The sediments of the Fonseca Formation were faulted by post-sedimentary events of tractive tectonics that affected the area, reactivating preexisting structures of the Precambrian basement. The sediments of the Chapada de Canga Formation have also been affected by syn- to post-sedimentary tractive tectonics. As a result, sedimentary dikes have formed locally. The clay minerals of the Fonseca Formation have been characterized by grain size analyses, X-ray diffraction, scanning electron microscopy, , transmission electron microscopy and electron diffraction, thermal analyses (DTA/TGA), cationic exchange capacity and X-ray fluorescent analytical geochemistry. The results have been interpreted with respect to the genesis and environmental significance of the clay minerals in the context of the cycle of the clays (weathering, erosion, transport, deposition and diagenesis) and their relationships to the geological and paleoclimatic evolution of the Fonseca Basin. The analysed minerals of the Fonseca Formation include members of the kaolinite, mica, and more rarely, smectite groups. Part of the kaolinite and mica occurs as detrital grains derived from soils of Archean rocks in region. Burial and diagenesis resulted in the neoformation of kaolinite mainly as piles of platelets (\"face-to-face-texture\") but also as wormlike aggregates, and of minor smectite as irregular-platy or \"feather\"-like crystals. Weathering altered the mica and caused the neoformation of illite that occurs both along the borders of detrital mica grains and finely dispersed within the kaolinite-dominated argillaceous matrix of the sediments. In the analyses employed in this study, the response of the clay minerals was typical for kaolinite (in spite of its only moderate structural ordering), mica, and smectite for the X-ray diffraction, scanning electron microscopy and thermal analyses. However, atypical, higher than expected, cation exchange capacities were observed. These most probably can be explained, too, by the low crystallinity and/or structural disorder of the kaolinite. Geochemical studies indicated higher concentrations of some of the analyses major and trace elements (Ba, Cr, Fe, Ti, Zr and V) and low \'K IND. 2\'O content; these were correlated, respectively, with the source areas (Ba, Zr), the main clay minerals (Fe, Cr, V), and the weathering processes (\'K IND. 2\'O and Ti) that acted upon the source area of the sediments.
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A caracterização cuticular de Glossopteris communis Feistmantel, 1876, Formação Rio Bonito (Permiano inferior), da Bacia do Paraná, Brasil / Not available.Fernando Cilento Fittipaldi 24 September 1982 (has links)
O presente trabalho tem por objetivo o estudo, da cutícula de Glossopteris communis Feistmantel, 1876, como exemplo de pesquisa cuticular das glossopterídeas e de outras plantas eogondvânicas. G. communis foi selecionada por ser uma das espécies de mais ampla distribuição na região gondvânica e, no entanto, ter seus aspectos cuticulares muito pouco conhecidos. Cutículas epidérmicas dessa espécie, obtidas pelo processo de maceração a partir de exemplares morfograficamente determinados, procedentes da Formação Rio Bonito (Membro Triunfo), no estado do Paraná, foram submetidas ao vexame combinado de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura, inclusive com a utilização de técnicas especialmente desenvolvidas. Os vários parâmetros, como formato e tamanho de células, espessura e tipo de paredes anticlinais, orientação de estômatos e natureza das células peristomáticas, foram estudados ao longo de toda superfície de ambas as faces foliares. Entre as conclusões do presente trabalho, constatou-se que feições como demarcação de áreas vasculares e intervasculares em apenas uma das faces foliares, pequeno número de anastomoses, paredes anticlinais predominantemente retilíneas, e estômatos concentrados na região central da lâmina foliar, em conjunto, caracterizam a cutícula de G. communis. / Not available.
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Bioestratigrafia e paleoambientes da Formação Rio do Rasto na borda leste da bacia do Paraná (permiano superior, Estado do Paraná) / Not available.Rosemarie Rohn 05 August 1988 (has links)
O estudo de fósseis e litologias da Formação Rio do Rasto (Grupo Passa Dois) ao longo de 11 estradas do sul ao nordeste do Estado do Paraná e de 1 estrada no extremo-norte de Santa Catarina deu suporte a correlações entre as colunas de diversas áreas, à definição de biozonas, à interpretação dos possíveis paleoambientes e a novas considerações sobre a história evolutiva da Bacia do Paraná durante o final do Permiano. A parte da seqüência estudada abrange as porções anteriormente designadas Membro Serrinha (cerca de 1/4 da coluna, a partir da base) e Membro do Morro Pelado, cujas características litológicas, no entanto, não parecem sustentar adequadamente estas subdivisões. Do sul ao centro-norte do Estado do Paraná, na área aflorante, a espessura da Formação Rio do Rasto atinge 420 m, diminuindo acentuadamente da região de São Jerônimo da Serra para a Santo Antônio da Platina, onde se encontram porções mais marginais da bacia. As análises dos fósseis (formalmente descritos em outros trabalhos especialmente preparados para esta dissertação) buscaram dados paleoecológicos, de correlação interbacinal, bioestratonômicos e bioestratigráficos; também fundamentaram a maior parte das correlações entre os afloramentos e entre as seções colunares compostas, tendo permitido estimar os mergulhos aproximados das camadas (entre 0,5º e 0,9º) e, em alguns casos, os rejeitos de falhas de gravidade (muito freqüentes na região do Arco da Ponta Grossa). A distribuição, a diversidade e a abundância de conchostráceos dão sustentação a zoneamento bioestratigráfico relativamente detalhado, comportando, em ordem ascendente, as Zonas Cyzicus sp., Monoleaia unicostata micropolygonata, Paranaleaia supina-Asmussia sp., Asmussia regularis (que compreende a Subzona Palaeolimnadiopsis subalata) e o \"Intervalo de Conchostráceos Superior\". Os conchostráceos evidenciam principalmente ambientes continentais de águas rasas, relativamente quentes e são típicos das regiões semi-áridas. Estes fósseis não lograram importantes correlações interbacinais. Os bivalves, relativamente comuns na parte inferior da formação, estão distribuídos nas Zonas Leinzia similis (inferior) e ? Palaeomutela platinensis (superior, com a Subzona Nothoterraia acarinata em sua porção inferior). Aquelas formas da segunda zona, incluindo algumas similares a espécies do Permiano Superior de outras regiões gondvânicas, certamente representam ambientes continentais de águas calmas. Já os bivalves da zona inferior parecem ser endêmicos, de águas um pouco mais agitadas, possivelmente com salinidade mais elevada. Os megafósseis vegetais possibilitaram o estabelecimento das Zonas Pecopteris dolianitii (inferior, com 3 subdivisões) e Schizoneura gondwanensis ( superior, com 2 subdivisões). Os elementos são típicos da última fase de desenvolvimento da Flora Glossopteris, permitindo correlação principalmente com o Grupo Ecca Superior, Grupo Beaufort Inferior e a Formação Madumabisa do sul da África e a Formação Raniganj da Índia. Estes fósseis ocorrem em relativa abundância, mas são pouco representativos da vegetação global e apresentam diversidade não muito elevada. Há diversos elementos com possíveis adaptações xeromórficas. A análise palinológica de uma amostra da localidade-tipo do Membro Serrinha, praticamente da base da Formação Rio do Rasto, sugere correlação principalmente com os palinomorfos dos depósitos da Zona Tapinocephalus da parte inferior do Grupo Beaufort Inferior. Endossando ainda as correlações anteriores indicadas pelo estudo de tetrápodes da Serra do Cadeado, a deposição da unidade na área estudada pode ter ocorrido no intervalo equivalente ao Kazaniano Superior-Tatariano Inferior, tendo possivelmente cessado um pouco mais cedo na região de Santo Antônio da Platina. Além dos fósseis mencionados, ainda foram constatados estromatólitos nodulares (particularmente na base da formação), pequenos gastrópodes, ostracodes, escamas de peixes (em maior abundância no nordeste do estado), e ainda icnofósseis (principalmente na porção inferior da formação). Estes fósseis apoiam as interpretações ambientais já mencionadas ou, pelo menos, não parecem indicar ambientes estritamente marinhos. Os depósitos sedimentares, quase todos avermelhados, exceto na porção basal da seqüencia, foram classificados em 17 tipos. O conjunto das evidências litológicas, bioestratonômicas e paleoecológicas sugere que a Formação Rio do Rasto representa deposição em grandes lagos rasos, com oscilação freqüente do nível de água, da área de recobrimento e possivelmente também da salinidade, sob condições climáticas variavelmente secas; supõe-se que os lagos eram limitados por terras preponderantemente baixas, com dunas eólicas em extensas áreas, vegetação melhor desenvolvida próximo às margens, e drenagem provavelmente efêmera, apenas efetiva nos eventos de chuvas torrenciais. Os lobos de suspensão e as sigmóides, acumulados nos lagos próximo às desembocaduras dos cursos de água, assim como os turbiditos das regiões de costa afora, devem atestar as maiores descargas durante as cheias. Em certas fases, principalmente durante a deposição da metade inferior da formação, a dinâmica dos lagos parece ter sido influenciada por intensas tempestades; oscilações mais fracas, como as provocadas pelo vento, deixaram marcas em diversos depósitos da base ao topo da seqüencia. Os dados apontam para a incidência de uma fase inicial de condições climáticas bastante secas, provavelmente sucedida por dois importantes intervalos de melhora climática; o primeiro intervalo um pouco mais úmido é caracterizado pelo desenvolvimento expressivo de glossopterídeas, pecopterídeas, bivalves e conchostráceos (M. unicostata micropolygonata); o segundo é representado, principalmente, pela ingressão de Schizoneura gondwanensis e pela máxima diversidade em conchostráceos; durante este intervalo pode ter havido ligeiro levantamento/basculamento tectônico da área de Reserva-Cândido de Abreu, sugerido, em parte, pela ocorrência de grandes intraclastos em dois diamictitos. O terço superior da formação evidencia novo acentuado recrudescimento climático, aparentemente com poucas fases de maior umidade, tendo provocado o desaparecimento de diversas espécies da fauna e da flora. Há registro de invasões cada vez mais freqüentes dos lagos por dunas eólicas, até a sua colmatação definitiva, a qual representa o início da deposição da Formação Pirambóia. / Study of the Rio do Rasto Formation (Passa Dois Group) along 11 roads in southern to northeastern Paraná State and 1 road in northern Santa Catarina State, Brazil, has provided the basis for stratigraphical correlation of vertical profiles, establishment of biozones, interpretation of possible paleoenvironments and new inferences on the history of the Paraná Basin at the end of the Permian. The studied sequence comprises the Serrinha Member (the lowest 1/4 of the formation) and the Morro Pelado Member. However, the lithologies observed do not provide reasonable support for this subdivision. The thickness of the formation does not exceed 420 m in the studied area and decreases markedly from São Jerônimo da Serra towards Santo Antônio da Platina near the margin of the basin. Fossils were analyzed for interbasinal correlations and for paleoecological, biostratinomic and biostratigraphic interpretations. The fossils found the most important correlations among outcrops and vertical profiles. They also helped to estimate regional dips of the strata (around 0.5°- 0.9°) and, in some cases, the approximate offset of the vertical faults, very common in the region of the Ponta Grossa Arch. The geographical distribution, diversity and abundance of the conchostracans supports the establishment of the following biozones (in ascending order): Cyzicus sp. Zone, Monoleaia unicostata micropolygonata Zone, Paranaleaia supine-Asmussia sp. Zone, Asmussia regularis Zone (including the Palaeolimnadiopsis subalata Subzone) and the \"Upper Conchostracans Interval\". These organisms are typical of freshwater ponds and shallow lakes in warm, semi-arid regions. The conchostracans seem not to be very important in interbasinal correlations. Bivalves, most frequent in the lower part of the formation, are distributed in the Leinzia similis Zone (almost entirely at the base of the formation) and the? Palaeomutela platinensis Zone (including the Nothoterraia acarinata Subzone). The bivalves of the second zone, which comprise some forms similar to other Upper Permian Gondwanic species, probably lived in calm fresh waters, whereas the bivalves of the Leinzia similis Zone seem to be endemic, associated with more agitated waters and possibly with highter salinity.Two zones of fossil plants were defined: the Pecopteris dolianitii Zone (in the lower part, with 3 subdivisions) and the Schizoneura gondwanensis Zone (in the upper part, with 2 subdivisions). The elements are typical of the last phase of development of the Glossopteris Flora, as reported for the Upper Ecca Group, the Lower Beaufort Group and the Madumabisa Formation in southern Africa, and the Raniganj Formation in India. The fossil plants are relatively abundant, but not very representative of the regional vegetation. Neither zone shows great diversity. Elements with possible xeromorphic adaptations are common. Palynological analysis of a single sample from the type-locality of the Serrinha Member, almost at the base of the Rio do Rasto Formation, suggests correlation with forms of the Tapinocephalus Zone from the basal part of the Lower Beaufort Group. In accordance with previous observations based on the study of tetrapods from the Serra do Cadeado, the sequence in the studied area may have been deposited in the Late Kazanian to the Lower Tatarian; in northeastern Paraná State (Santo Antônio da Platina), however, deposition may have ended earlier. Other fossils observed in the formation, such as nodular stromatolites (mainly at the basal part of the unit), small gastropods, ostracodes, abundant fish scales (particularly in northeast Paraná) and trace fossils (mainly in the lower part to the formation), are consistent with the above-mentioned paleoenvironmental interpretations and do not include any strictly marine species. The sedimentary deposits were classified in 17 types. Lithologic, biostratinomic and paleoecological evidence suggests that the predominantly red sequence of the Rio do Rasto Formation accumulated in great shallow lakes characterized by water level and possibly salinity oscillations within and variable arid context. The lakes were surrounded by lowlands, which contained marginal vegetation, eolian dunes and probably ephemeral streams. Flood stages would have caused the deposition of suspension lobes and sigmoidal bars near the mouths of tibutaries and turbidites farther offshore in the lakes. Occasionally, especially during the deposition of the lower part of the sequence, the lakes were influenced by heavy storm episodes; weaker wave action, such as that produced by winds, also left marks in many stata, throughout the formation. The sequence apparently began to accumulate under quite arid conditions, followed by more humid conditions, probably in two distinct intervals. The expressive development of glossopterids, pecopterids, bivalves and conchostracans (M. unicostata micropolygonata) would have occurred in the first interval, whereas Schizoneura gondwanensis and several conchostracans appeared in the second interval. In the latter interval may have occurred mild tectonic uplift of the area near Reserva-Cândido de Abreu, as suggested by the presence of two anomalous diamictites with large intraclasts. The upper third of the formation documents the return of rigorous arid conditions, that alternated with only a few, short, less severe intervals. Many floral and faunal species disappeared at this time, and eolian dunes invaded the lakes with greater frequency, finally filling them up and setting the stage for deposition of the Pirambóia Formation.
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Geologia, Petrografia e metamorfismo dos Grupos Serra do Itaberaba e São Roque a noroeste da cidade de São Paulo (SP) / Not available.Martin, Marco Aurélio Bonfá 18 September 2000 (has links)
Esta dissertação teve como objetivo principal a petrografia dos grupos Serra do Itaberaba e São Roque a noroeste da cidade de São Paulo. Os estudos petrográficos enfatizaram as relações de cristalização dos minerais com as foliações (análisemicroestrutural) acompanhados do estudo do metamorfismo para a caracterização litoestratigráfica dos grupos São Roque e Serra do Itaberaba. Esses procedimentos permitiram demonstrar a existência do Grupo Serra do Itaberaba (Mesoproterozóico),que constitui a base das supracrustais e subdivide-se nas formações Morro da Pedra Preta, basal e vulcanossedimentar, Nhanguçu, representada por sedimentos manganesíferos e carbonáticos, e Pirucaia, composta por sedimentos clásticos maisquartzosos. O Grupo São Roque (Neoproterozóico) foi caracterizado na região como posicionado discordantemente sobre o Grupo Serra do Itaberaba através de zonas de empurrão. Está representado por uma seqüência predominantemente metassedimentaronde foram individualizadas, na base, a Formação Morro Doce, contendo metarcóseos e metaconglomerados depositados em ambiente de leques aluviais, e a Formação Pirapora do Bom Jesus, de ambiente vulcanossedimentar e com contribuiçãocálcio-pelítica e carbonática. Segue a deposição da Formação Boturuna, que apresenta metarenitos feldspáticos e quartzitos depositados em ambiente litorâneo e que grada para depósitos de base de talude com metapelitos rítmicos mais grossos eproximais que constituem a Formação Estrada dos Romeiros, e de metapelitos mais finos e distais da Formação Piragibu, na porção superior. Nas supracrustais verificou-se que não ocorre a gradação do metamorfismo, sendo identificados doisconjuntos de rochas afetados por graus metamórficos e deformações distintas, quais sejam: os grupos Serra do Itaberaba e São Roque. No Grupo Serra do Itaberaba, as rochas metabásicas têm paragêneses de grau médio, sendo que predominaram durantea \'S IND.1\' ) condições de fácies anfibólito com variações para fácies epídoto-anfibolito, na porção sul da área, até anfibólito superior, subfácies almandina-anibolito, na região do Stock Granítico Tico-Tico. A identificação de cianita sin-\'SIND.1\' parcialmente transformada para silimanita durante a evolução do metamorfismo progressivo nos metapelitos e metapsamitos do grupo permitiu definir a pressão como intermediária em regime Barrowiano. A foliação \'S IND.2\' do Grupo Serra doItaberaba é intensa e muitas vezes pode ser caracterizada como milonítica. O metamorfismo na \'S IND.2\' também se desenvolveu em fácies anfibolito, mas em pressão relativamente mais baixa, caracterizada devido à ausência de cianita nosmetapelitos neste evento. Nas foliações \'S IND.3\' e \'S IND.4\', o Grupo Serra do Itaberaba sofreu retrometamorfismo em condições de fácies xisto-verde, com cristalização de actinolita, epídoto, clorita e calcita nas rochas metabásicas, enquantoque nos metapelitos e metapsamitos se desenvolveram muscovita, clorita e quartzo e, mais raramente, biotita. O Grupo São Roque apresenta, nas rochas metabásicas, paragêneses típicas de fácies xisto-verde na foliação \'S IND.1\', tanto na FormaçãoPirapora do Bom Jesus, base do grupo, como nas formações Estrada dos Romeiros e Piragibu, no topo, onde é comum ocorrer clinopiroxênio ígneo preservado. Na foliação \'S IND.2\' houve poucas variações das condições físicas, mas a cristalização maisforte de epídoto e clorita define o retrometamorfismo. Durante o desenvolvimento da foliação \'S IND.1\' nos metapsamitos das formações Morro Doce e Boturuna e nos metapelitos e metarritmitos das formações Estrada dos Romeiros e Piragibu o graumetamórfico atingiu apenas a zona da clorita. A biotita somente está presente em metarcóseos ou em rochas ricas em feldspato potássico enquanto que nas intercalações de metapelitos há apenas clorita, indicando que a zona da biotita não foi ) alcançada nos litotipos do Grupo São Roque. Nas foliações \'S IND.2\' e \'S IND.3\' não foram constatadas mudanças significativas das condições físicas, sendo definido o retrometamorfismo com base na cristalização menos abundante debiotita \'S IND.2\' na Formação Morro Doce e de sericita nas formações Estrada dos Romeiros e Piragibu. / The main purpose of this work was the petrographic characterization of Serra do Itaberaba and São Roque groups, northwestern from São Paulo City. Petrographic studies emphasized minerals and foliations relations (microstructural analysis) accompanied by metamorphism studies for lithostratigraphic characterization of São Roque and Serra do Itaberaba groups. These procedures allowed to demonstrate the existence of Serra do Itaberaba Group (Mesoproterozoic), which is the supracrustals base and is formed by the Morro da Pedra Preta Formation, volcanosedimentary, on the bottom, Nhanguçu Formation, represented by carbonaceous and Mn-rich sediments, and Pirucaia Formation, composed by clastic sediments richer in quartz. The São Roque Group (neoproterozoic) overlaps the Serra do Itaberaba Group through thrust shear zones and constitutes a Brasiliano geotectonic unit. It is represented by a metasedimentary sequence where identified, on the bottom, the Morro Doce Formation which contains metarkoses and metaconglomerates deposited in alluvial fan envonment, and the Pirapora do Bom Jesus Formation, volcanosedimentary with calcium-pelitic and carbonaceous contributions. After that occurred the Boturuna Formation deposition, with felds´pathic metasandstones and quartzites deposited in coastal environment, that grades to continental slope base deposits with coarser and more proximal rhythmic metapelites (Estrada dos Romeiros Formation), besides finer and more distal metapelites of the Piragibu Formation, on the top. The supracrustals do not show metamorphism gradation. Two groups affected by different metamorphic grades and deformation events where identified: the Serra do Itaberaba and the São Roque Groups. The Serra do Itaberaba metabasic rocks present medium metamorphic grade parageneses with anfibolite varyng to epidote-anfibolite facies predominating during S1 in the southern portion of the area and superior anfibolite facies, almandine-anfibolite subfacies, in the Tico-Tico Granitic Stock region. The presence of kyanite syn-S1 partially transformed to silimanite during the progressive metamorphism evolution in metapsamites of the group points to intermediate pressure in Barrowiano regime. The Serra do Itaberaba Group \'S IND. 2\' foliation is intense and many times can be characterized as mylonitic. The \'S IND. 2\' metamorphism has also developed in anfibolite facies, but under realatively lower pressure as indicate by the absence of absence of kyanite related to this event in the metapelites. During \'S IND. 3\' and \'S IND. 4\' deformations the group suffered retrograde metamorphism under greenschist facies conditions, with crystallization of actinolite, epidote, chlorite and calcite in metabasic rocks whereas in metapelites and metapsamites muscovite, chlorite, quartz and, rarely, biotite, developed. The metabasic rocks of the São Roque Group present paragenesis typical of greenschist facies in \'S IND. 1\' foliation both in the Pirapora do Bom Jesus Formation, on the bottom, and in the Estrada dos Romeiros and Piragibu Formations, on the top, where the occurrence of preserved igneous clinopyrexene is common. During \'S IND. 2\' deformation there were few changes in physical conditions, and the abundant epidote and chlorite crystallization defines the retrograde metamorphism. Metamorphic grade achieved just the chlorite zone during the \'S IND. 1\' event in the metapsamites of Morro Doce and Boturuna Formations and in the metapelites and metarhythmites of Estrada dos Romeiros and Piragibu Formations. Biotite is presente only in metarkoses or potash feldspar-rich rocks whereas there is just chlorite in the metapelites which alternate with them, indicating that the biotite zone was not reached in São Roque Group lithotypes. It were not identified changes in physical conditons in \'S IND. 2\' and \'S IND.3\' foliations, and retrograde metamorphism was defined based on the lesser \'S IND 2\' biotite and sericite abundances in Morro Doce Formation and Estrada dos Romeiros and Piragibu Formations, respectively.
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Análise ambiental, estratigrafia do Subgrupo Itararé (PC) no sudoeste do estado de São Paulo / Not available.Chang, Maria Rita Caetano 08 February 1985 (has links)
O presente trabalho constitui uma contribuição à análise ambiental dos sedimentos do Subgrupo Itararé (Bacia do Paraná, P-C) no Estado de São Paulo. A área de estudo, localizada no sudoeste deste Estado, na divisa com o Paraná e incluindo as cidades de Itararé, itaporanga e Taquarituba, foi escolhida por ser ainda pouco conhecida geologicamente e dispor de boas seções aflorantes. O levantamento faciológico sistemático em secções de superfície permitiu a definição de vários modelos deposicionais que predominam em intervalos específicos na evolução da sedimentação Itararé na área. Da base para o topo, sucedem-se os seguintes sistemas deposicionais: fluvial anastomosado; supraglacial marginal; planícies de outwash glacial; frente deltaica do tipo flysch; plataforma rasa; deltaico carcaterizado por rápida progradação; glácio-fluvial, glácio-marinho raso e deltaico costeiro. Além do estudo de superfície, foram utilizados os dados de perfilagens geofísicas (raios gama e potencial espontâneo) e de testemunhos de quatro poços perfurados nas vizinhanças da área (poços JT-1-PR, J-1-PR, AS-1-SP e PN-1-SP). A uma subdivisão estratigráfica informal do Subgrupo Itararé para a área, composta por quatro unidades principais e uma, basal, de caráter mais restrito. A unidade I, inferior, é composta por arenitos fluviais, anteriores à descida dos glaciares para esta área da Bacia. A compõem a associação dominante neste intervalo. Nas unidades III e IV dominam os arenitos sobre as demias litologias, embora nesta última ocorra um aumento na porcentagem de sedimentos finos e diamictitos que se intercalam com arenitos desde finos sedimentos Itararé em superfície, a exemplo da presente pesquisa, deve partir do estudo da evolução ambiental dentro de um contexto estratigráfico conhecido. Este procedimento deve ser efetuado em áreas pequenas, onde seja possível o entendimento das variações laterais das unidades mapeáveis, com gradual ) ampliação dos conhecimentos através do detalhamento de áreas vizinhas. / The present work is a contribution to the sedimentary facies analysis of the Itararé Subgroup (permo-carboniferous) in the Paraná Basin. The study area, located in the southwestern portion of São Paulo state, next to the Paraná state border line and including the counties of Itararé, Itaporanga and Taquarituba, was chosen for its poorly known geology and for the execelent outcroup exposures. The systematic facies study in surface sections resulted in the definition of several depositional models that predominated in specific intervals during the sedimentary evolution of the Itararé Sugroup in the area. From the botton to the top, the following depositional systems have been defined: braided fluvial; supraglacial do ice-contact proglacial; outwash plain; flysch-like delta front; shallow shelf; deltaic; glaciofluvial to shallow glaciomarine and deltaic. In addition to the surface study, geopgysical logs (gamma-ray and spontaneous potential) and cores from four wells (JT-1-PR, J-1-PR, SA-1-SP, PN-1-SP) were used. These subsurface data together with surface facies analysis made possible an informal stratigraphic subdivision of the Itararé Subgroup in the study area. Altogether, five units have been defined. Unit I, lowermost, is composed of fluvial sandstones, prior to the glaciers reaching the basin. Unit II is characterized by the presence of diamictites, which together with sandstones constitute the dominant association in this interval. In bpth units III and IV, sandstone is the dominant lithology. The latter is richer in fine grained sediments and diamictites. Unit IV is characterized by the predominance of fine grained sediments and diamictites thinly interbedded with sandstones. Finally, basinwide surface stratigraphic subdivision of the Itararé sediments should be defined through a systematic study in continuoussections, similar to that performed in the present reseach, looking int their genesis and the environmental evolution of a known stratigraphic setting. This analysis should be executed in a small area, where lateral variations of the mappable units can be followed, with its gradual enlargement through detailed works in the neighboring areas.
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