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Análise estratigráfica da formação Sergi, Campo de Fazenda Bálsamo, Bacia do Recôncavo, Bahia

Oliveira, Flávio Miranda de January 2005 (has links)
A Formação Sergi é composta por uma espessa sucessão de depósitos fluviais, eólicos e lacustres relacionados à sedimentação jurássica pré-rifte da Depressão Afro- Brasileira. Com base em dados de subsuperfície (testemunhos e perfis), foram reconhecidas três unidades deposicionais na Formação Sergi no Campo de Fazenda Bálsamo, Bacia do Recôncavo. A Seqüência Ia interdigita-se com os pelitos do Membro Capianga e o seu limite inferior não foi determinado. Depósitos flúvio-lacustres e lençóis de areia eólicos sinalizam a franca progradação de sistemas fluviais distais, com pontuadas retrogradações lacustres e eventuais acumulações eólicas relacionadas a condições ambientais áridas e semi-áridas. A arquitetura tabular dos depósitos reproduz suaves gradientes de amplas áreas recortadas por fluxos estabelecidos em canais pouco estáveis e pobremente definidos. O seu registro relaciona-se a subidas do nível de base estratigráfico, em momentos que as taxas de suprimento sedimentar excederam as taxas de criação de espaço de acomodação, ou, de outro modo, pela progressiva redução nas taxas de subida do nível de base. A Seqüência Ib é constituída por associações de depósitos de fluxos fluviais efêmeros, lacustres e dunas, interdunas e lençóis de areia eólicos. O contato inferior é marcado por um consistente pacote eólico que denota um expressivo rebaixamento do nível de base estratigráfico, enquanto que o superior corresponde a uma superfície erosiva de caráter regional com a Seqüência II que lhe sobrepõe ou, quando da ausência desta, diretamente com os pelitos da Formação Itaparica, unidade litoestratigráfica imediata. Depósitos de dunas e interdunas eólicas na base do intervalo tiveram sua preservação assegurada pela subida do lençol freático, agente que também abasteceu corpos lacustres nas áreas topograficamente rebaixadas do campo de dunas. Seguida aos pontuais fluxos fluviais efêmeros desenvolvidos em canais rasos e pouco estáveis nas épocas mais úmidas, passavam-se longos períodos de rigor climático favoráveis aos processos eólicos. A dinâmica fluvial impôs à geometria deposicional da sucessão uma forma de corpos arenosos amalgamados, pacotes eólicos descontínuos e níveis pelíticos lenticulares. O modelo evolutivo estratigráfico para a Seqüência Ib é similar ao da Seqüência Ia, porém com variações na taxa de subida do nível de base estratigráfico ao longo do tempo. A Seqüência II ocupa a porção superior da Formação Sergi. Sua ocorrência é restrita na área de estudo se confrontada com outras partes da bacia, mas, nem por isso é destituída de importância. Suas características litológicas indicam continuidade dos processos deposicionais em sistemas fluviais de canais entrelaçados e baixa sinuosidade, supostamente associados a condições perenes e mais úmidas, com poucas evidências de variações extremas na descarga. Em resposta às baixas taxas de criação de espaço de acomodação, o registro sedimentar de uma complexa rede de canais multilaterais e multiepisódicos se manifesta em corpos arenosos amalgamados, com baixo potencial de preservação dos depósitos extracanais. A drástica mudança no estilo fluvial teria vínculo com severas mudanças climáticas, bem como a reorganização da drenagem em conseqüência de primitivas manifestações do tectonismo que atingiu seu auge no Eocretáceo, durante o rifteamento da bacia.
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Evolução geológica da "Bacia do Camaquã" (Neoproterozóico e Paleozóico inferior do Escudo Sul-riograndense, RS, Brasil) : uma visão com base na integração de ferramentas de esteatigrafia, petrografia e geologia isotópica

Borba, Andre Weissheimer de January 2006 (has links)
O presente trabalho demonstra a aplicação integrada de ferramentas de estratigrafia, petrografia e geologia isotópica ao entendimento da evolução geológica das unidades sedimentares da “Bacia do Camaquã”, localizada no Escudo Sul-rio-grandense (RS, Brasil). As ferramentas utilizadas foram a análise faciológica, a estratigrafia de seqüências, a petrografia sedimentar e as análises isotópicas pelos sistemas Sm-Nd em rocha total e 40Ar/39Ar em K-feldspatos. Os resultados estão reunidos em cinco artigos, publicados ou submetidos a periódicos internacionais, e permitiram a proposição de arcabouços estratigráficos e modelos evolutivos para cada uma das unidades focalizadas: Formação Maricá, Grupo Bom Jardim e Formação Santa Bárbara. A sedimentação da Formação Maricá iniciou com sistemas fluviais com transporte para sudeste e proveniência a partir de um bloco granito-gnáissico de idade Paleoproterozóica. Áreas-fonte vulcânicas foram disponibilizadas ao longo do tempo, o que sugere a existência de vulcanismo sindeposicional. A posição da Formação Maricá, exclusivamente recobrindo rochas de assinatura mantélica juvenil do Neoproterozóico (unidades Cambaí e Vacacaí), contrasta com os dados obtidos, de TDM entre 1,76 e 2,37 Ga. Este contraste permite sugerir duas possibilidades: (a) a Formação Maricá teria origem em um bloco Paleoproterozóico, e o terreno juvenil seria apenas o substrato da bacia, sem participação como área-fonte; ou (b) a Formação Maricá poderia ser alóctone, representando a cobertura sedimentar de um continente Paleoproterozóico, posteriormente empurrada sobre as rochas juvenis durante processos colisionais do Neoproterozóico. A Formação Maricá, neste caso, poderia ser correlacionada a unidades metamórficas do Gondwana sul-ocidental, como os complexos Porongos, Passo Feio (RS) ou Lavalleja (Uruguai). O Grupo Bom Jardim, unidade vulcanosedimentar datada entre 600 e 580 Ma, revelou uma variação espacial de seus parâmetros de proveniência. A oeste, junto à região de Lavras do Sul, a proveniência é de arco não dissecado a transicional, com Nd atual de –7,32. A leste, no setor do Cerro da Árvore, a proveniência é de reciclagem orogênica, predominando quartzo e fragmentos metamórficos, e o parâmetro Nd é de –14,65. Nos setores centrais, há características intermediárias entre os dois extremos, e a possível contribuição de rochas ofiolíticas ou lamprofíricas como fontes da sedimentação. Imagina-se, para o Grupo Bom Jardim, uma bacia assimétrica, mais profunda e com bordas mais íngremes no leste, e dominada por vulcanismo no oeste. O caráter autofágico da bacia e a proximidade entre rochas sedimentares e suas áreas-fonte, mesmo após 580 Ma, sugere que esforços compressionais tenham sido mais significativos que a transcorrência para a formação desta bacia. A Formação Santa Bárbara, dividida em três seqüências deposicionais, possui uma variabilidade (petrográfica e isotópica) maior de áreas-fonte, iniciando a sedimentação com fontes vulcânicas dominantes, passando a um predomínio de fragmentos metamórficos e graníticos em direção ao topo. As seqüências I e II, diagnósticas de sedimentação aluvial rasa e periodicamente exposta a ressecamento, possui paleotransporte no sentido norte. A seqüência III, materializada no setor da Pedra do Segredo, representa uma inversão total do preenchimento da bacia, que passa a se processar de norte para sul, com remobilização de fragmentos já litificados das seqüências inferiores. Relações com rochas vulcânicas básicas intercaladas e a análise conjunta do empilhamento estratigráfico das Formações Santa Bárbara e Guaritas sugere a possibilidade de contemporaneidade entre as unidades e deposição concomitante do Grupo Camaquã a leste e a oeste do "alto de Caçapava”. / This thesis deals with the integrated application of stratigraphic, petrographic, and isotopic techniques to the understanding of the geologic evolution of the sedimentary units of the so-called “Camaquã basin”, located in the Sul-rio-grandense Shield (RS, Brazil). Facies analysis, sequence stratigraphy, sedimentary petrography, Sm-Nd data, and K-feldspar 40Ar/39Ar ratios were applied. The results, separated in five scientific papers, allowed the proposal of stratigraphic frameworks and models for the evolution of each unit: Maricá Formation, Bom Jardim Group, and Santa Bárbara Formation. The Maricá Formation has fluvial systems at its base, with paleoflow to southeast, derived from a Paleoproterozoic granite-gneissic block. Volcanic source areas were made available during the sedimentation, which suggests syn-depositional volcanism. The Maricá Formation, which covers juvenile Neoproterozoic units, has a crustal, old Sm-Nd isotopic signature, with TDM between 1.76 and 2.37 Ga. This contrast allows two suggestions: (a) the Maricá Formation would have had a Paleoproterozoic source area, and the juvenile units would constitute only its basin floor; or (b) the Maricá Formation could be older, representing the sedimentary cover of a Paleoproterozoic continent, thrust over the juvenile units during Neoproterozoic collisional events. In this case, it is possible to correlate this unit with metamorphic rocks of the Porongos, Passo Feio (RS) or Lavalleja (Uruguay) complexes. The Bom Jardim Group, a 600 to 580 Ma volcanosedimentary unit, revealed spatial (geographic) variation of its provenance parameters. In the west (Lavras do Sul sector), it shows undissected to transitional arc provenance, and present-day Nd of –7.32. In the east (Cerro da Árvore sector), the provenance is of recycled orogen, with the dominance of quartz and metamorphic fragments, and the present-day Nd parameter is of –14.65. In the central sectors, the parameters are intermediate between the end-members and there is a possible contribution of lamprophyric or ophiolitic source rocks. It is possible to envisage, for the Bom Jardim Group, an asymmetrical basin, deeper and with steeper margins in the east, and dominated by volcanism in the west. The autophagical character of the basin and the proximity between sedimentary rocks and their sources suggest that compressive rather than transcurrent stresses were more important during its evolution. The Santa Bárbara Formation, organized in three depositional sequences, shows a more diversified source area, both in terms of petrography and isotope geology. The deposition begins with dominant volcanic source rocks, reaching upsection more significant contribution of metamorphic and granitic clasts. The sequences I and II, typical of shallow alluvial deposition periodically exposed to desiccation, reveal a northward paleotransport. The sequence III, materialized in the Pedra do Segredo sector, marks the total inversion of basin filling, with paleotransport to south and reworking of lithified fragments of the basal sequences. The comparison of the stratigraphic stacking of the Santa Bárbara and Guaritas formations, as well as their relationship with basaltic volcanic rocks, suggests the possibility of contemporaneity between the two units of the Camaquã Group, deposited in both sides of the Caçapava paleohigh.
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Complexo Embu no leste do Estado de São Paulo: contribuição ao conhecimento da litoestratigrafia e da evolução estrutural e metamórfica

Amelia Joao Fernandes 09 May 1991 (has links)
O embasamento pré-cambriano que aflora na região leste do Estado de São Paulo, a sudeste da Bacia de Taubaté, foi estudado em escala de reconhecimento, através de perfis regionais. Foi dada ênfase ao reconhecimento de grandes unidades mapeáveis, bem como à evolução estrutural e metamórfica. Foram definidas para o Complexo Embu (cujas rochas predominam na área estudada) três unidades de metasupracrustais denominadas de Redenção da Serra, Rio Paraibuna e Rio Una. Gnaisses peraluminosos e (\'+ OU -\'granada)-biotita-plagioclásio gnaisses predominam na Unidade Redenção da Serra, enquanto quartzitos e rochas calciossilicáticas são mais abundantes na Unidade Rio Paraibuna. A Unidade Rio Una constitui-se de xistos, quartzo-xistos e quartzitos intercalados ritmicamente. O Complexo Embu foi afetado por 5 fases de deformação. O metamorfismo principal, possivelmente do Proterozóico Superior, relaciona-se às duas primeiras fases e situa-se no final do grau médio e início do grau forte (zona da sillimanita-muscovita à zona da sillimanita-feldspato potássico, com anatexia local). A Unidade Rio Una permanece no grau médio, nas zonas da granada, estaurolita e sillimanita. A segunda fase de deformação gerou a foliação principal, em posição plano-axial a dobras recumbentes, e é frequentemente acompanhada por uma textura blastomilonítica com achatamento e estiramento mineral de direção NE. À terceira fase de deformação relacionam-se grandes dobras apertadas a fechadas e inversas e, à quarta, dobras normais, abertas a fechadas. A quinta fase é tardia e transversal ao trend regional NE. O Complexo Embu foi intrudido em períodos pré-metamórficos por rochas tonalíticas a graníticas de afinidade cálcio-alcalina; e, posteriormente à foliação principal, por maciços sin a tardi-tectônicos constituídos de biotita granitos porfiríticos e muscovita-biotita granitos equigranulares. Estes foram posicionados, segundo dados isotópicos Rb-Sr, entre 700 e 570 Ma. O Complexo Rio Capivari, aqui definido, é composto por gnaisses migmatíticos, de composição tonalítica a granítica, corresponde ao embasamento do Complexo Embu, e aflora em três núcleos. Há evidências de que o Complexo Rio Capivari sofreu metamorfismo (gerador de leucossomas trondhjemíticos) anterior e mais intenso que o metamorfismo principal do Complexo Embu. Dados geocronológicos (Sm-Nd, Rb-Sr, Pb-Pb) sugerem uma idade arqueana ou do Proterozóico Inferior para o Complexo Rio Capivari, além de um evento metamórfico, gerador de leucossomas, do Proterozóico Médio. Na porção oriente-meridional da região estudada, a sul do maciço granítico de Natividade, ocorre o Complexo Costeiro. Ele é composto predominantemente por ortognaisses blastomiloníticos. Dados isotópicos Rb-Sr sugerem idades iguais ou mais baixas que 630 Ma para estas rochas. Acredita-se que o Complexo Costeiro foi tectonicamente justaposto ao Complexo Embu no final do Proterozóico Superior, depois do desenvolvimento da foliação principal do segundo complexo. As zonas de cisalhamento que recortam a área fornecem-lhe um padrão de compartimentação em blocos amendoados e, provavelmente, foram ativas desde períodos penecontemporâneos à terceira fase de deformação do Complexo Embu, até épocas posteriores à quarta fase. As rochas metamórficas, que ocupam as porções internas das zonas de cisalhamento, foram submetidas a um retrometamorfismo de baixo grau, e intrudidas por corpos alongados de granitóides blastomiloníticos. / The Precambrian basement cropping out in the eastern part of the state of São Paulo, south of the Taubaté Basin, was studied in a reconnaissance scale, by means of regional profiles. Emphasis was placed on the recognition of large mappable units, as well as on the structural and metamorphic evolutions of these rocks. The metamorphosed supracrustal units which predominate in the area belong to Embu Complex, in this work divided into three major units, defined as Redenção da Serra, Rio Paraibuna and Rio Una. Peraluminous gneisses and (+garnet)-biotite-plagioclase gneisses predominate in the Redenção da Serra Unit, while quartzites and calc-silicate rocks are more prominent in the Rio Paraibuna Unit. The Rio Una Unit consists of rhythmic schists, quartz-schists and quartzites. Five phases of deformation affected the Embu Complex. The main metamorphic event is coeval to the first two phases of deformation (of Late Proterozoic age ?) and attained to high grade metamorphism (sillimanite-muscovite to sillimanite- K feldspar zones, with local anatexis) in the Redenção da Serra and Rio Paraibuna units. The Rio Una Unit reached a lower metamorphic grade, represented by the garnet, staurolite and sillimanite zones. The main foliation is parallel to the axial plane of recumbent folds of the second phase of deformation, which often developed a blastomilonitic texture with NE-trending mineral flattening and stretching. Large tight overturned folds are associated with the third phase of deformation, whereas open to close folds mark the fourth phase. A late, fifth phase, is transversal to the regional NE trend. Intrusive granitoid rock include: (1) pre-metamorphism tonalitic-granitic rocks with calc-alcaline affinities now converted into orthogneisses, so far undated, and (2) syn- to late-tectonic batholiths and minor plutons dominated by porphyritic biotite granitoids and equigranular muscovite-biotite granites, whose available Rb-Sr isotope data range between 700-570 Ma. A unit of migmatitic gneisses of tonalitic to granitic composition was recognized as basement of the Embu Complex, cropping out as three nucleii, and herein named Rio Capivari Complex. It shows evidence of a strong metamorphic event that is not recorded in the Embu Complex and produced trondhjemitic leucosomes. Available geochronological data (Rb-Sr, Pb-Pb) point to an Archean (2950-2750 Ma) or Lower Proterozoic (2500 a 2300 Ma) age for the Complex, with some reworking in the Middle Proterozoic (1500-1300 Ma). In the southeastern portion of the area, occurs the Costeiro Complex that is predominantly composed of blastomilonitic orthogneisses; Rb-Sr isotope data from literature yield ages equal to or lower than 630 Ma. It is believed that the Costeiro Complex was tectonically juxtaposed to the Embu Complex at the end of Late Proterozoic, after the development of the main foliation of the latter complex. The studied area is cut by a series of large shear zones that were probably active contemporaneously to the third and outlast the fourth phases of deformation of the Embu Complex. The metamorphic rocks engaged in these shear zones underwent a low-grade retrogressive metamorphism and were intruded by elongated bodies of blastomilonitic granitoids.
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Geologia, Petrografia e metamorfismo dos Grupos Serra do Itaberaba e São Roque a noroeste da cidade de São Paulo (SP) / Not available.

Marco Aurélio Bonfá Martin 18 September 2000 (has links)
Esta dissertação teve como objetivo principal a petrografia dos grupos Serra do Itaberaba e São Roque a noroeste da cidade de São Paulo. Os estudos petrográficos enfatizaram as relações de cristalização dos minerais com as foliações (análisemicroestrutural) acompanhados do estudo do metamorfismo para a caracterização litoestratigráfica dos grupos São Roque e Serra do Itaberaba. Esses procedimentos permitiram demonstrar a existência do Grupo Serra do Itaberaba (Mesoproterozóico),que constitui a base das supracrustais e subdivide-se nas formações Morro da Pedra Preta, basal e vulcanossedimentar, Nhanguçu, representada por sedimentos manganesíferos e carbonáticos, e Pirucaia, composta por sedimentos clásticos maisquartzosos. O Grupo São Roque (Neoproterozóico) foi caracterizado na região como posicionado discordantemente sobre o Grupo Serra do Itaberaba através de zonas de empurrão. Está representado por uma seqüência predominantemente metassedimentaronde foram individualizadas, na base, a Formação Morro Doce, contendo metarcóseos e metaconglomerados depositados em ambiente de leques aluviais, e a Formação Pirapora do Bom Jesus, de ambiente vulcanossedimentar e com contribuiçãocálcio-pelítica e carbonática. Segue a deposição da Formação Boturuna, que apresenta metarenitos feldspáticos e quartzitos depositados em ambiente litorâneo e que grada para depósitos de base de talude com metapelitos rítmicos mais grossos eproximais que constituem a Formação Estrada dos Romeiros, e de metapelitos mais finos e distais da Formação Piragibu, na porção superior. Nas supracrustais verificou-se que não ocorre a gradação do metamorfismo, sendo identificados doisconjuntos de rochas afetados por graus metamórficos e deformações distintas, quais sejam: os grupos Serra do Itaberaba e São Roque. No Grupo Serra do Itaberaba, as rochas metabásicas têm paragêneses de grau médio, sendo que predominaram durantea \'S IND.1\' ) condições de fácies anfibólito com variações para fácies epídoto-anfibolito, na porção sul da área, até anfibólito superior, subfácies almandina-anibolito, na região do Stock Granítico Tico-Tico. A identificação de cianita sin-\'SIND.1\' parcialmente transformada para silimanita durante a evolução do metamorfismo progressivo nos metapelitos e metapsamitos do grupo permitiu definir a pressão como intermediária em regime Barrowiano. A foliação \'S IND.2\' do Grupo Serra doItaberaba é intensa e muitas vezes pode ser caracterizada como milonítica. O metamorfismo na \'S IND.2\' também se desenvolveu em fácies anfibolito, mas em pressão relativamente mais baixa, caracterizada devido à ausência de cianita nosmetapelitos neste evento. Nas foliações \'S IND.3\' e \'S IND.4\', o Grupo Serra do Itaberaba sofreu retrometamorfismo em condições de fácies xisto-verde, com cristalização de actinolita, epídoto, clorita e calcita nas rochas metabásicas, enquantoque nos metapelitos e metapsamitos se desenvolveram muscovita, clorita e quartzo e, mais raramente, biotita. O Grupo São Roque apresenta, nas rochas metabásicas, paragêneses típicas de fácies xisto-verde na foliação \'S IND.1\', tanto na FormaçãoPirapora do Bom Jesus, base do grupo, como nas formações Estrada dos Romeiros e Piragibu, no topo, onde é comum ocorrer clinopiroxênio ígneo preservado. Na foliação \'S IND.2\' houve poucas variações das condições físicas, mas a cristalização maisforte de epídoto e clorita define o retrometamorfismo. Durante o desenvolvimento da foliação \'S IND.1\' nos metapsamitos das formações Morro Doce e Boturuna e nos metapelitos e metarritmitos das formações Estrada dos Romeiros e Piragibu o graumetamórfico atingiu apenas a zona da clorita. A biotita somente está presente em metarcóseos ou em rochas ricas em feldspato potássico enquanto que nas intercalações de metapelitos há apenas clorita, indicando que a zona da biotita não foi ) alcançada nos litotipos do Grupo São Roque. Nas foliações \'S IND.2\' e \'S IND.3\' não foram constatadas mudanças significativas das condições físicas, sendo definido o retrometamorfismo com base na cristalização menos abundante debiotita \'S IND.2\' na Formação Morro Doce e de sericita nas formações Estrada dos Romeiros e Piragibu. / The main purpose of this work was the petrographic characterization of Serra do Itaberaba and São Roque groups, northwestern from São Paulo City. Petrographic studies emphasized minerals and foliations relations (microstructural analysis) accompanied by metamorphism studies for lithostratigraphic characterization of São Roque and Serra do Itaberaba groups. These procedures allowed to demonstrate the existence of Serra do Itaberaba Group (Mesoproterozoic), which is the supracrustals base and is formed by the Morro da Pedra Preta Formation, volcanosedimentary, on the bottom, Nhanguçu Formation, represented by carbonaceous and Mn-rich sediments, and Pirucaia Formation, composed by clastic sediments richer in quartz. The São Roque Group (neoproterozoic) overlaps the Serra do Itaberaba Group through thrust shear zones and constitutes a Brasiliano geotectonic unit. It is represented by a metasedimentary sequence where identified, on the bottom, the Morro Doce Formation which contains metarkoses and metaconglomerates deposited in alluvial fan envonment, and the Pirapora do Bom Jesus Formation, volcanosedimentary with calcium-pelitic and carbonaceous contributions. After that occurred the Boturuna Formation deposition, with felds´pathic metasandstones and quartzites deposited in coastal environment, that grades to continental slope base deposits with coarser and more proximal rhythmic metapelites (Estrada dos Romeiros Formation), besides finer and more distal metapelites of the Piragibu Formation, on the top. The supracrustals do not show metamorphism gradation. Two groups affected by different metamorphic grades and deformation events where identified: the Serra do Itaberaba and the São Roque Groups. The Serra do Itaberaba metabasic rocks present medium metamorphic grade parageneses with anfibolite varyng to epidote-anfibolite facies predominating during S1 in the southern portion of the area and superior anfibolite facies, almandine-anfibolite subfacies, in the Tico-Tico Granitic Stock region. The presence of kyanite syn-S1 partially transformed to silimanite during the progressive metamorphism evolution in metapsamites of the group points to intermediate pressure in Barrowiano regime. The Serra do Itaberaba Group \'S IND. 2\' foliation is intense and many times can be characterized as mylonitic. The \'S IND. 2\' metamorphism has also developed in anfibolite facies, but under realatively lower pressure as indicate by the absence of absence of kyanite related to this event in the metapelites. During \'S IND. 3\' and \'S IND. 4\' deformations the group suffered retrograde metamorphism under greenschist facies conditions, with crystallization of actinolite, epidote, chlorite and calcite in metabasic rocks whereas in metapelites and metapsamites muscovite, chlorite, quartz and, rarely, biotite, developed. The metabasic rocks of the São Roque Group present paragenesis typical of greenschist facies in \'S IND. 1\' foliation both in the Pirapora do Bom Jesus Formation, on the bottom, and in the Estrada dos Romeiros and Piragibu Formations, on the top, where the occurrence of preserved igneous clinopyrexene is common. During \'S IND. 2\' deformation there were few changes in physical conditions, and the abundant epidote and chlorite crystallization defines the retrograde metamorphism. Metamorphic grade achieved just the chlorite zone during the \'S IND. 1\' event in the metapsamites of Morro Doce and Boturuna Formations and in the metapelites and metarhythmites of Estrada dos Romeiros and Piragibu Formations. Biotite is presente only in metarkoses or potash feldspar-rich rocks whereas there is just chlorite in the metapelites which alternate with them, indicating that the biotite zone was not reached in São Roque Group lithotypes. It were not identified changes in physical conditons in \'S IND. 2\' and \'S IND.3\' foliations, and retrograde metamorphism was defined based on the lesser \'S IND 2\' biotite and sericite abundances in Morro Doce Formation and Estrada dos Romeiros and Piragibu Formations, respectively.
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Geologia de subsuperfície e hidroestratigrafia do grupo Bauru no estado de São Paulo /

Silva, Flavio de Paula e. January 2003 (has links)
Orientador: Chang Hung Kiang / Banca: Osmar Sinelli / Banca: Uriel Duarte / Banca: Cláudio Riccomini / Banca: João Carlos Dourado / Resumo: Estudos utilizando perfis geofísicos e dados de poços permitiram estabelecer o arcabouço estratigráfico e hidroestratigráfico, de superfície, das rochas mesozóicas do Grupo Bauru, da Bacia do Paraná, em São Paulo. Duas superfícies de discordância regionais, S1 e S2, de caráter cronoestratigráfico, foram identificadas, constituindo-se em excelentes horizontes-guia para distinção e delimitação de unidades geofísicas, correspondentes às unidades litoestratigráficas formais. A primeira delimita os estratos atribuídos às formações Caiuá/Pirapozinho, abaixo, e Santo Anastácio, acima; a segunda marca o contato entre e formação Santo Anastácio, abaixo, e os sedimentos das formações Araçatuba e Adamantina, acima. Os critérios de correlação utilizados permitiram estabelecer novas relações litoestratigráficas para o Grupo Bauru. Foram identificadas as formações Caiuá, Santo Anastácio, Araçatuba, Adamantina e Marília, e reconhecidas duas novas unidades litoestratigráficas, denominadas de Formação Pirapozinho e Formação Birigüi. O substrato basáltico apresenta-se compartimentado em depressões e altos internos, orientados preferencialmente NE-SW. As principais estruturas identificadas foram as depressões de Presidente Bernardes, Dracena, Sud Menucci, Queiroz e Rio Preto, e os Altos de Tanabi, Pereira Barreto e Paraguaçu Paulista. A evolução da sedimentação do Grupo Bauru foi marcada pelo controle tectônico do substrato na localização e migração dos depocentros, e pela atuação expressiva da erosão. / Abstract: Subsurface studies using geophysical logs and well data obtained from water wells were fundamental in defining stratigraphic and hydrostratigraphic frameworks of the Mesozoic Bauru Group sedimentary units of Paraná Basin, in the State of São Paulo. In the present study two important regional unconformity surfaces were identified - S1 and S2 - constituting excellent markers which can be correlated to formal litostratigraphic units. SI separates underlying Caiuá and Pirapozinho formations from overlying Santo Anastácio Formation. S2 surface is coincident with the contact between underlying Santo Anastácio Formation and overlying Araçatuba and Adamantina formations. New lithostratigraphic relationsbips for the Bauru Group were obtained applying correlation and interpretation criteria based upon regional unconformity surfaces. Caiuá, Santo Anastácio, Araçatuba, Adamantina and Marília formations were recognized in subsurface in addition to two new formations named Pirapozinho and Birigui. The basaltic substrate is segmented showing a prominent high, oriented NE-SW, separating two major basinal lows. The major structural features identified are Presidente Bernardes, Dracena, Sud Menucci, Queiroz and Rio Preto depressions and Tanabi, Pereira Barreto and Paraguaçu Paulista highs. The sedimentary evolution of Bauru Group is marked by the structural control of basaltic substrate of depocenters and by very active erosion. / Doutor
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Estratigrafia de alta resolução e geoquímica orgânica da formação Tremembé, terciário da bacia de Taubaté, na região de Taubaté-Tremembé-SP. / High resolution stratigraphy and organic geochemistry of the Tremembé formation, tertiary of the Taubaté Basin, in the region of Taubaté-Tremembé-SP.

Magno de Sá Freitas 30 March 2007 (has links)
Agência Nacional do Petróleo / Este trabalho trata do estudo da estratigrafia de alta resolução e geoquímica orgânica da Formação Tremembé, na Bacia Sedimentar de Taubaté-SP, de idade cenozóica, com base nos dados de teores de Carbono Orgânico Total (COT), teores de enxofre total e Resíduo Insolúvel (RI), dados de pirólise Rock-Eval bem como dos resultados de espectrometria de raios gama. Estes dados foram obtidos a partir de amostras selecionadas de testemunhos de duas sondagens rasas, respectivamente 55,40 m (poço TMB-01-SP) e 18,02m (poço TMB-02-SP), resultantes de testemunhagem contínua ao longo do intervalo de folhelhos da Formação Tremembé. O intervalo analisado da Formação Tremembé foi dividido em nove unidades quimioestratigráficas, as quais foram correlacionadas com os dados de Pirólise Rock-Eval e com os dados de raios gama. Com base nos resultados de Pirólise Rock-Eval, verificou-se que a grande maioria da matéria orgânica da Formação Tremembé é do tipo I, que é rica em hidrogênio e pobre em oxigênio, correspondendo ao melhor tipo de matéria orgânica para a geração de hidrocarbonetos líquidos e gasosos. As unidades quimioestratigráficas D e F são as que apresentam os maiores potenciais de geração de hidrocarbonetos, correspondendo aos folhelhos betuminosos papiráceos. Na seção estudada (poço TMB-SP) foram identificados cinco níveis com concentrações muitas elevadas de COT, considerando-se apenas teores acima de 20%. Desses cinco níveis, dois se destacam, por apresentarem teores de COT superiores a 30%. Considerando-se os dados de pirólise Rock-Eval, nota-se que esses dois intervalos são os que oferecem uma maior atratividade quanto ao seu potencial gerador, já que representam valores de S2 que excedem a 100mg HC/g de rocha, além de valores de IH sempre superiores a 600. / This work is about the study of the high-resolution stratigraphy and organic geochemistry of the Tremembé Formation, in the Taubaté Sedimentary Basin-SP, of Cenozoic age. This work is based on the Total Organic Carbon contents (TOC), total sulphur contents and Insoluble Residue contents (IR), Rock-Eval pyrolysis data as well as the results of gamma rays spectrometry. These data were obtained from selected samples of coring from two shallow drillings, respectively 55,40 m (borehole TMB-01-SP) and 18,02m (borehole TMB-02-SP), resulting of continuous coring throughout the shales interval of the Tremembé Formation. The analyzed interval of the Tremembé Formation was divided in nine chemostratigrafic units that were correlated with the Rock-Eval pyrolysis data and the data of gamma rays spectrometry. Based on the results of Rock-Eval pyrolysis data, was verified that the great majority of the organic matter of the Tremembé Formation is of type I, that is rich in hydrogen and poor in oxygen, corresponding to the best type of organic matter for the generation of liquid and gaseous hydrocarbons. Chemostratigrafic units D and F are the ones that present the greatest potential of generation of hydrocarbons, corresponding to the papyraceous bituminous shales. In the section studied in the borehole TMB-SP, were identified five levels with TOC contents around 20%. Of these five levels, two of them present TOC contents higher than 30%. When considering the Rock-Eval pyrolysis data, these two intervals are the most interesting ones relatively to the generating potential, since they represent values of S2 that exceed 100mm HC/g of rock, and values of IH always higher than 600.
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Idade de deposição e proveniência da Bacia do ItajaÍ – SC

Guadagnin, Felipe January 2009 (has links)
A Bacia do Itajaí é uma sequência vulcano-sedimentar limitada por falhas, depositada no antepaís do Cinturão Dom Feliciano, no Estado de Santa Catarina, Brasil. A bacia é composta por sucessões aluviais-deltaicas a plataformais sucedidas por complexos turbidíticos e depósitos de leques deltaicos, com espessura estratigráfica estimada em 4 km. A datação U-Pb em zircão de uma amostra de tufo e cinco arenitos provém uma idade deposicional máxima de 563 ± 3 Ma para as seções intermediárias e superiores da bacia, enquanto que a datação de zircões de um corpo riolítico intrusivo provém uma idade deposicional mínima de 549 ± 4 Ma, constrangendo a sucessão no período Ediacarano superior, o que concorda muito bem com os registros de vida, que são de impressões fósseis típicas da fauna de Ediacara como Parvancorina, Charniodiscus, Ciclomedusa e Aspidella. As idades U-Pb de zircões detrítico mostram mudança das áreas fonte da base para o topo. Na base ocorrem zircões dos ciclos orogênicos Transamazônico e Brasiliano/Pan-Africano e nas seções superiores dominam os zircões do ciclo Brasiliano/Pan-Africano, com picos principais em ca. 800 Ma e 650 a 590 Ma. O parâmetro εNd e as razões de isótopos de Pb indicam que as áreas fonte são excencialmente de natureza crustal. As idades modelo TDM de ca. 1,7 Ga indicam que o Cinturão Dom Feliciano foi a principal fonte para o preenchimento da bacia. A Bacia do Itajaí pode ser correlacionada com outras bacias colisionais do SW de Gondwana, do Brasil, Uruguai, Namíbia e África do Sul, como as unidades intermediárias das bacias do Camaquã e Arroyo Del Soldado e as unidades basais da Bacia de Nama. A Bacia do Itajaí é intrudida por magmatismo ácido (Riolitos Apiúna) que é cronocorrelato com o vulcanismo Acampamento Velho, do sul do Brasil. / The Itajaí Basin is a fault-bounded volcano-sedimentary sequence deposited on the foreland of the Dom Feliciano Belt in the Santa Catarina State, Brazil. The basin is composed by alluvial-deltaic to platformal successions followed up by turbiditic complex and fan-delta deposits, with an estimated stratigraphic thickness of 4 km. The U-Pb zircon dating of a tuff and five sandstone samples provides a maximum depositional age at 563 ± 3 Ma for the intermediate and upper sections of the Itajaí Basin, while the zircon dating of an intrusive rhyolitic body provides a minimum depositional age of 549 ± 4 Ma, constraining the succession in the Upper Ediacaran Period, which agrees very well with the life records, that are Ediacaran-type fossils as Parvancorina, Charniodiscus, Ciclomedusa, and Aspidella. The U-Pb detrital zircon ages show a change in the sedimentary input from the base to the top. At the base occur zircons from the Transamazonian and Brasiliano/Pan-African orogenic cycles, and the upper section is dominated by Brasiliano/Pan-African zircons, with main peaks at ca. 800 Ma and 650 to 590 Ma. The negative εNd parameter and the Pb isotopic ratios indicate a main crustal component in the detrital sources of the Itajaí Basin, and the Nd model ages (TDM) of ca. 1.7 Ga indicate a main source area for the basin infill from the Dom Feliciano Belt. The Itajaí Basin can be correlated with other collisional basins of the SW Gondwana from Brazil, Uruguay, Namibia and South Africa, such as the intermediate units of the Camaquã and Arroyo del Soldado basins, and basal units of the Nama basin. The Itajaí Basin is intruded by acid volcanism (Apiúna Rhyolites) which is cronocorrelate with the Acampamento Velho volcanism, in southern Brazil.
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A Formação Abadia no contexto evolutivo tecno-sedimentar da Bacia Lusitânia (Portugal) considerações sobre o seu potencial como rocha reservatório de hidrocarbonetos

Silva, Leonardo Torres da January 2003 (has links)
A Bacia Lusitânica (Portugal) possui 22.000 Km2 sendo preenchida por aproximadamente cinco mil metros de seqüências sedimentares mesozóicas. São observados indícios de hidrocarbonetos e por isto a Bacia vem sendo investigada por companhias petrolíferas. A Bacia Lusitânica tem sua formação e evolução a partir da abertura do Oceano Atlântico Norte, sendo considerada como uma bacia do tipo rifte a partir do Triássico Superior evoluindo para uma bacia pull-apart no final do Jurássico. Internamente a Bacia Lusitânica é subdividida em três setores delimitados por falhas: Norte, Central e Sul. No Setor Central, devido ao episódio de rifteamento observado no Jurássico Superior-Berriasiano, formaram-se elevações estruturais e áreas com intensa subsidência tectônica, resultando em três sub-bacias: Arruda, Bombarral e Turcifal. Nestas sub-bacias, o intervalo estratigráfico referente à Formação Abadia (Oxfordiano Superior-Kimeridgiano) é considerado como uma potencial rocha-reservatório de hidrocarbonetos. A deposição sin-tectônica da Formação Abadia mostra a importância que a tectônica exerceu sobre a sedimentação da Bacia Lusitânica. Neste sentido são reconhecidos três estágios de sedimentação: precoce, médio e tardio. As rochas mistas carbonáticas-siliciclásticas da Formação Abadia foram depositadas em condições marinhas profundas nas áreas da Bacia formadas por grabens com intensa subsidência. Estas rochas foram analisadas tanto em afloramentos como em subsuperfície (linha sísmica, perfil raios-gama e testemunhos de sondagens) e as informações obtidas associadas a dados da literatura mostram que a estratigrafia interna da Formação Abadia é complexa, apresentando depósitos interdigitados: alguns orientados segundo o eixo principal do rifte e outros provenientes dos horsts marginais. Na Formação Abadia são reconhecidos depósitos de leques submarinos denomindaos Membro Castanheira. São constituídos por conglomerados e arenitos grossos com grandes blocos carbonáticos alóctones. Sugere-se que estes tenham sido gerados por correntes turbidíticas e fluxos de detritos formando os canais distributários e lobos com considerável espessura e boas características para potenciais rochas reservatório. Contemporaneamente a esta deposição, porém na região NNW da Sub-bacia ocorria deposição de margas alodápicas em uma plataforma carbonática distal (Membro Tojeira) e posteriormente de margas (Membro Superior – Margas Abadia). Elas constituem um talude progradante seguindo o eixo principal do graben, na direção do depocentro da bacia localizado mais a SE. Na base desta plataforma e no sopé do talude foram identificadas intervalos com ciclos fining-upward de associações de fácies siliciclásticas e intervalos margosos. Estes intervalos foram interpretados como depósitos de preenchimento de canal e de extravasamento de canal de um complexo de canais discretos (Membro Cabrito) formado por correntes de turbidez. Pode-se sugerir que os depósitos de preenchimento de canal possuem boas características para serem rochas-reservatório de hidrocarbonetos. De acordo com os conceitos de estratigrafia de seqüências, a Formação Abadia seria uma seqüência deposicional onde os Membros Tojeira e Castanheira (interdigitados) foram considerados como os leques de trato de nível baixo; o Membro Cabrito e a parte inferior das Margas Abadia a cunha progradante de trato de nível baixo. Localmente, existe o nível condensado Serra Isabel que caberia ao trato de sistemas transgressivos e ao Membro Superior-Margas Abadia a progradação do trato de nível alto. A discordância erosiva identificada no topo da seqüência seria o seu limite superior. Considerando-se o cenário tectônico, as geometrias e a distribuição estratigráfica, a Formação Abadia possui condições qualitativas para ser uma boa rocha-reservatórioto de hidrocarbonetos. Para poder se chegar a mais conclusões acerca de seu potencial como rocha-reservatório, é sugerido a aquisição de mais dados quantitativos. / The Lusitanian Basin (Portugal), with an area of 22,000 km2, is filled out with approximately 5.000 meters of Mesozoic sediments. This basin has indications of hydrocarbon occurrence (as oil-impregnated fractures in cores), and then constitutes a goal for some oil companies. Large amounts of geological data including cores, electrical logging and seismic lines result from the continuous research in the area. The inception of the Lusitanian Basin is associated with rifting (Late Triassic) during the North Atlantic Ocean opening event. After this, during the Late Jurassic-Cretaceous, it evolved to a pull-apart basin. Three fault-bounded sectors can be recognized: north, central and south. The central sector is affected by the Upper Jurassic-Berriasian rift episode when structural highs and low areas were generated resulting in three subbasins: Arruda, Turcifal and Bombarral. In the Arruda sub-basin, the Abadia Formation (Upper Oxfordian-Kimmeridgian) can be a potential hydrocarbon reservoir rock. The deposition of the Abadia Formation is associated with the climax of the rift stage, with intense tectonic control of the sedimentation. The important mixed carbonatic-siliciclastic rocks of the Abadia Formation were deposited under marine conditions, in grabens with high subsidence rates. These rocks, analyzed in outcrops and subsurface conditions (cores, gamma-ray logging and seismic line), indicate a complex internal stratigraphy presenting interfingered deposits. In the fault border of the sub-basin, the Castanheira Member is identified, encompassing conglomerates and coarse-grained sandstones containing large allochtonous limestone blocks. These deposits seem to be the result of high-density turbidity currents and debris flows generating channels and lobes, showing considerable thickness and good characteristics for potential reservoir rocks. In the NW portion of the sub-basin, sinchronous to this deposition, allodapic marls were deposited at the distal shelf setting (Tojeira Member) and marls (Superior Member – Abadia Marls) built a slope that prograded towards SE along the main graben axis into the basin depocenter. At the base of this shelf and slope fining-upward cycles of siliciclastic and marl facies associations were identified. Both of them suggest channel filling and overbank deposits configuring a discret channel complex (Cabrito Member of the Abadia Formation) associated with turbidity currents. According to the sequence stratigraphy concepts, the Tojeira and Castanheira members (lowstand fan) and the lower portion of the Abadia Marls represent the lowstand prograding wedge. An important condensed section named Serra Isabel is the equivalent to the transgressive systems tract and the Superior Member corresponds to a highstand systems tract. An erosional hiatus at the top of the Superior Member is the top sequece boundary. Considering tectonic setting, geometry and distribution of strata, the Abadia Formation has qualitative conditions to be a good hydrocarbon reservoir rock. In order to have more conclusions about this potential reservoir rock, the acquisition of more quantitative data is suggested.
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Arcabouço estratigráfico da formação Sergi (Jurássico superior) na Bacia de Almada, Bahia

Adegas, Felipe January 2011 (has links)
O presente trabalho analisa os depósitos da Formação Sergi na Bacia de Almada, com o objetivo de fornecer um arcabouço estratigráfico deste intervalo, baseado em conceitos da estratigrafia de sequências. Esta unidade foi depositada em uma ampla bacia intracratônica durante o Jurássico Superior e Cretáceo Inferior. Utilizando dados de campo e de poços, foi possível individualizar três sequências deposicionais internas à Formação Sergi. As Sequências I e II correspondem litoestratigraficamente à Formação Sergi e a Sequência III abrange o topo da Formação Sergi mais a Formação Itaípe. O critério utilizado para definição deste arcabouço foi a mudança abrupta de associações de fácies ao longo de superfícies correlacionáveis em escala de bacia e nos poços, e correlação regional com bacias adjacentes (Küchle et al. 2011). A Sequência I é composta pela associação de fácies de cinturão de canais fluviais entrelaçados, com paleocorrentes para NE e pelas associações de fácies de dunas e interdunas eólicas com paleocorrentes para SW. A Sequência II é composta pela associação de fácies de cinturão de canais fluviais entrelaçados, com paleocorrentes para NE. E a Sequência III é composta na base pela associação de fácies de lençóis de areia eólicos e no topo pela associação de fácies lacustre. O desenvolvimento das sequências deposicionais e de suas superfícies limítrofes responde a variações na taxa acomodação (A) / suprimento sedimentar (S), induzidas por rearranjos tectônicos e oscilações climáticas de escala regional. / This study analyzes Sergi Formation (pre-rift section) in the Almada Basin aiming to supply a stratigraphic framework for this interval, based on concepts of sequence stratigraphy. Sergi Formation was deposited in a wide intracratonic basin during the Neo-Jurassic and Eo-Cretaceous. Using outcrop and well data, it was possible to subdivide Sergi Formation into three distinct depositional sequences. Sequences I and II corresponds to the Sergi Formation lithostratigraphic interval and Sequence III encompasses the top of Sergi Formation plus Itaípe Formation. The criterion used to define this framework was the abrupt shift of the facies association along surfaces correlated at basin scale and wells, and also regional correlation with adjacent basins (Küchle et al. 2010). Sequence I is composed of braided fluvial channel belt facies association, with paleochannels flowing to the NW quadrant and by aeolian dunes and interdunes facies association, with paleocurrents indicating aeolian palaeodunes migrating to the SE quadrant. Sequence II is built by the braided fluvial channel belt facies association, with palaeocurrent showing northeastwards flowing palaeochannels. At its base, Sequence 3 is composed by aeolian sand sheets facies association and at the top by lacustrine facies association. The development of these depositional sequences and its boundary surfaces is caused by variations in the rates of accommodation space (A) / and sedimentary supply (B), which are triggered by tectonic rearrangements and climatic oscillations.
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Estudo e avaliação das assembléias de minerais pesados detríticos das areas holocênicas praiais da margem emersa da Bacia de Pelotas

Martins, Loren Pinto January 2011 (has links)
A análise de minerais pesados para estudos de proveniência é uma das técnicas mais sensíveis atualmente empregadas. As associações dos minerais pesados formam paragêneses, as quais propiciam informações cruciais sobre os tipos de rochas-fonte, não podendo essas serem obtidas por outros meios. O presente estudo tem por objetivo identificar as assembléias de minerais pesados detríticos, bem como determinar as prováveis fontes primárias e a distribuição destas assembléias ao longo da margem emersa da Bacia de Pelotas. Além disso, este trabalho propõe uma análise do sentido da deriva litorânea com base no estudo da variação das concentrações destas assembléias de minerais pesados. Os minerais pesados presentes nas amostras analisadas são: epidotos, apatita, turmalinas, hornblenda, estaurolita, zircão, cianita, granadas, rutilo, piroxênios, actinolita-tremolita, monazita, silimanita e, em menores quantidades, observa-se ainda clorita, andaluzita e titanita, alem de minerais opacos. A maior concentração de minerais pesados ocorre no sul da área em estudo, alcançando o valor máximo de 4,75% , e diminuindo em direção ao norte da Planície Costeira do Rio Grande Sul. A assembléia de minerais pesados no norte da área de estudo tem como rocha fonte importante os basaltos da Formação Serra Geral, que contribuem com minerais mais instáveis, tais como os piroxênios e os anfibólios, enquanto que a assembléia de minerais pesados no litoral sul possui uma maior concentração de minerais metamórficos saturados em alumínio (cianita, silimanita, andaluzita e estaurolita) e granadas, indicando que as rochas fonte destas assembléias são os terrenos metamórficos do Escudo Sul-riograndense e do Escudo Uruguaio. Analisando as concentrações de granadas e de piroxênios, observa-se que a abundância de granadas diminui de sul para norte, enquanto que o percentual de piroxênios diminui de norte para sul. Este fato, aliado à diminuição da concentração da assembléia total de minerais pesados de sul para norte, evidencia que a deriva litorânea nas praias da PCRS se dá de sul para norte. / The heavy mineral analysis for provenance study is one of the most sensitive techniques currently applied. The heavy mineral associations formed parageneses, which provided crucial information about the source rocks types, that can not be obtained through other means.This study aims to identify the detrital heavy mineral assemblages, as well as determine the probable primary sources and the distribution of these assemblages along the onshore margin of the Pelotas Basin. In addition, this paper proposes an analysis of the littoral drift direction based on the study of variation of concentrations of these heavy mineral assemblages. The heavy minerals present in the samples analyzed are epidotes, apatite, tourmaline, hornblende, staurolite, zircon, kyanite, garnets, rutile, pyroxene, actinolite-tremolite, monazite, sillimanite and, in smaller quantities, there is still chlorite, and andalusite titanite, opaque minerals besides.The largest concentration of heavy mineral occurs in the south of the study area, reaching the maximum value of 4.75% and decreasing towards the north of the coastal plain of the Rio Grande Sul. The heavy minerals assemblage in the northern area of study shows how important source rock the basalts of the Serra Geral formation, contributing minerals more unstable, such as pyroxenes and anphiboles, while the heavy mineral assemblage in the southern coast has a greater concentration of metamorphic minerals aluminium saturated (kyanite, staurolite, andalusite and sillimanite) and garnets, indicating that the source rocks of these assemblies are the metamorphic terrains of the Sul-riograndense and Uruguay Shields. By analyzing the concentrations of garnets and pyroxenes, it is observed that the abundance of garnets decreases from south to north, while the percentage of pyroxene decreases from north to south. This fact, coupled with decreased concentration of total heavy mineral assemblage from south to north, shows that the littoral drift on the beaches of the PCRS occurs from south to north.

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