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Facies e evolução paleogeográfica do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana (Neopaleozoico) na Bacia do Paraná, Brasil

Santos, Paulo Roberto dos 02 February 1988 (has links)
A presente tese constitui um ensaio de abordagem ao problema da reconstituição da evolução paleoambiental e paleogeográfica do Subgrupo ltararé/Grupo Aquidauana, através da anáIise das facies sedimentares e sua distribuição espacial , em subsuperfície, na bacia do Paraná. A pesquisa leva em conta a possibilidade de correlação regional mais pormenorizada do pacote sedimentar representado pelas duas unidades acima, com base no esquema palinobioestratigráfico do Neopaleozóico da bacia do Paraná proposto por DAEMON & QUADROS (1970). Pesquisas posteriores realizadas pela PETROBRÁS e pelo PAULIPETRO vieram a demonstrar a aplicabilidade prática do zoneamento palinológico acima, que constitui o único arcabouço de correlação ainda dlsponível para o Neopaleozóico da bacia do Paraná. Segundo o esquema de DAEMON & QUADROS (1970), os sedimentos do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana correspondem aos intervalos bioestratigráficos G, H e I, este último subdividido adicionalmente nos subintervalos \'I IND.1\' e \'I IND.2\'+\'I IND.3\'+\'I IND.4\'. A cronologia das subdivisões acima em termos da escala de tempo internacional para o Neopaleozóico é ainda controvertida. Palinologicamente os autores acima citados correlacionaram-nos com o intervalo de tempo do Carbonífero Superior (ESTEFANIANO) ao Permiano Inferior (KUNGURIANO). A interpretação da idade com base em outros fósseis associados (megaplantas e invertebrados), contudo sugere um intervalo menor para a sedimentação do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana, até, provavelmente, o SAKMARIANO (Permiano Inferior). A premissa fundamental da presente tese é que, pelo menos no âmbito da bacia do Paraná, os limites entre os intervalos bioestratigráficos são, grosso modo, isocrônicos, delimitando; desse modo, pacotes depositados penecontemporaneamente. O mapeamento sucessivo de cada intervalo, através das técnicas de análise de litofacies, deveria portanto, fornecer uma visão mais detalhada da evolução paleoambiental e paleogeográfica da bacia, particularmente do importante episódio glacial documentado pelos sedimentos do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana. Os dados de subsuperfície utilizados na presente pesquisa foram obtidos através do exame de 101 perfis de poços perfurados pela PETROBRÁS S/A (71), e posteriormente pelo CONSÓRCIO PAULIPETRO (30), na bacia do Paraná. O trabalho de coleta de dados envolveu: a) a seleção dos intervalos a serem mapeados, tendo em conta a sua distribuição mais ampla na bacia e a consistência dos seus Iimites; b) compilação de informações sobre espessura total e das diversas litofacies selecionadas dentro de cada intervalo; c) construção de mapas de litofacies diversas; d) interpretação com base nos modelos disponíveis na literatura sobre sedimentaçäo glacial , A reconstituição ambiental e paleogeográfica apresentada incorpora ainda, informações derivadas de estudos das faixas aflorantes do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana, e dizem respeito à: a) distribuição de facies reconhecidas nas seções expostas nas faixas leste e oeste de afloramento na bacia do Paraná; b) informações paleontológicas; c) feições direcionais resultantes da abrasão glacial sobre o embasamento mais antigo, ou introformacionalmente; d) direções de transporte sedimentar através de medição de paleocorrentes; e e) caracterização e distribuição de algumas facies específicas, como é o caso dos varvitos, carvões e diamictitos. Outro aspecto julgado de extrema pertinência para essa análise, refere-se à reconstituição do cenário fisiográfico da glaciação neopaleozóica da bacia do Paraná, que condicionou a sedimentação do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana. Incluem-se aqui aspectos relacionados com as caracteristicas do relevo, conformação da linha de costa, assim como a configuração e posicionamente das geleiras que atingiram a bacia do Paraná durante o NEOPALEOZÓICO. A reconstituição dos ambientes sedimentares e da paleogeografia, dentro do contexto glacial julgado predominante durante a sedimentação das unidades em estudo, levou em conta uma análise comparativa da maneira de disposição tridimensional das litofacies ocorrentes em regiões glaciadas atualmente, tanto no ambiente terrestre da glaciação como no gIácio-marinho. Nos moldes acima referidos, a análise da evolução paleoambiental e paleogeográfica do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana, apoia-se na interpretação de uma série de mapas de isópacas, de litofacies, de porcentagens e de razões clásticas, para cada um dos intervalos bioestratigráficos em que aquelas seqüências sedimentares podem ser subdivididas. O total de mapas construídos é de 53. Essas informações servem de base para uma tentativa de síntese da evolução paleoambientaL e paleogeográfica do Subgrupo ltararé/Grupo Aquidauana, na bacia do Paraná, que incorpora não só os resultados do estudo de litofacies, como também os dados de afloramentos disponíveis, além dos paleontológicos acima aludidos . / The present thesis constitutes an approach to attack the problem of reconstruction of paleoenvironmental and paleogeography evolution of the Itararé Subgroup / Aquidauana. Group through the analysis of sedimentary facies and special distribution in the subsurface of the Paraná Basin. The research takes into account the possibilíty of detailed correlation of this sedimentary portion of these two units mentioned above on the basis of palynostrat igraphic scheme of the Upper Pateozoic proposed by Daemon & Quadros (1970). The later research investigations carried out by PETROBRAS and PAULIPETRO demonstrate the practical applicabiIity of the above mentioned palynological zonation which constitutes the only framework of correlation available for the Upper Paleozoic sequence of the Paraná Basin. According to the scheme of Daemon & Quadros (op. cit.) the sediments of the Itararé Subgroup/Group Aquidauana correspond the bioestratigraphic intervals G, H & I, the last being subdivided additionally into 4 subdivisions namely \'I IND.1\', \'l IND.2\', \'I IND.3\' and \'I IND.4\'. The chronologic subdivisions of the Upper Paleozoic in terms of International Geologic Time Scale is still problematic. Palynologically the authors cited correlate within the Upper Carboniferous (Stefanian) and Lower Permian (Kungurian). But on the basis of other lines of fossil evidences like megaplants and invertebrates the deposition of .the sedimentary sequences under study is given a small interval of time i.e. Lover Permian (Sakmarian). The fundamental premise of the present thesis is that for the Paraná Basin the limits between the biostratigraphic lntervaLs, in a general way, are isochronous, thus delimiting, in this way, that the portions are deposited peneconteporaneously. The successive mapping of each interval through the techniques of lithofacies analysis must provide a better and detailed vision of the paleoenvironmentat and paleogeographlc evolution of this basin, particularly the important glacial episode documented by these sediments in question. The subsurface data utilized in the present work are obtained through the examination of 101 sections of the wells punctured by PETROBRAS (71) later on by PAULIPETRO (30) in the Paraná Basin. The collection of data includes: a) the selection of intervals which are to be mapped taking into view its greater distribution in the basin and consistency of their llmits; b) compilation of information on the total thickness of the diverse lithofacies selectioned within each interval; c) construction of different lithofacies maps; d) interpretation on the basis of available models in the literature on the glacial sedimentation. In addition, the paleoenvironmetal and paleogeographic reconstruction incorporates informations derived from the outcrop zones of Itararé Subgroup/Group Aquidauana and concern: a) distribution of know facies in the outcrop sections in the east and west portions in the Paraná Basin; b) paleontological informations; c) directional features resulting from the glacial abration on the older basement and country rocks or intraformationally; d) sedimentary transport direction through paleocurrents; and e) characterization and distribution of some specific facies like the varvites, coals and diamictites. Other aspect considered to be lmportant and relevant for the physiographic analysis refers to the reconstruction of the physiographic scenary of Upper Paleozoic glaciation of the Paraná Basin which conditioned the sedimentation of Itararé Subgroup /Aquidauana Group. Included here are related aspects such as characteristics of relief, coastal outlines fittlng and the configuration and position of glaciers which reached the basin during the Upper Paleozoic. The paleoenvironmental and paleogeographlc reconstruction within the glacial context during the deposition of the units under study took into account a comparative analysis of manner of deposition of occuring lithofacies in glaciated region in the terrestrial environmental as well as the marine environmental. In the above mentioned models the paleogeographlc and paleoenvironmental evolution of Itararé Subgroup /Aquidauana Group is based on the interpretation of series of maps like that of isopachs, litofacies maps, percentage and ratios of clastics in each bioestratlgraphic intervals in which sedimentary sequences can be subdivided. The total number of maps constructed is 53. These information serve as the basis for a tentative synthese of the paleoenvironmental and paleogeographic evolution of Itararé Subgroup/Aquidauana Group in the Paraná Basin. These incorporate not only the results of facies study but also data on the available outcrops in addition to the paleotological data mentioned.
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O Grupo Santa Bárbara (Neoproterozóico III) da Bacia do Camaquã, Rio Grande do Sul / Not available.

Fambrini, Gelson Luís 07 November 2003 (has links)
Na porção centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, sobre rochas metamórficas e ígneas do Escudo Gaúcho, afloram coberturas não metamorfizadas do Neoproterozóico III-Eopaleozóico reunidas no Supergrupo Camaquã. Esta unidade é formada, da base para o topo, pelas seguintes unidades: (i) Grupo Maricá (siliciclástico), (ii) Grupo Bom Jardim (vulcano-sedimentar), (ii) Formação Acampamento Velho (vulcânica), (iii) Grupo Santa Bárbara (siliciclástico), (iv) Grupo Guaritas (siliciclástico) e (v) Suíte Intrusiva Rodeio Velho. O Supergrupo Camaquã aflora em três sub-bacias de direção preferencial NNE-SSW (sub-bacias Camaquã Ocidental, Central e Oriental), separadas pelos altos de embasamento de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas, com espessura superior a 6000 m. O objetivo desta tese foi o estudo da evolução tectono-sedimentar do Grupo Santa Bárbara com base a dados de mapeamento geológico (em escalas regional, de semi-detalhe e de detalhe), litoestratigráficos, sedimentológicos de proveniência e paleocorrentes, de sistemas deposicionais, de evolução paleogeográfica, de estratigrafia de seqüências, petrográficos e estruturais. O Grupo Santa Bárbara aflora nas três sub-bacias que compreendem o Supergrupo Camaquã no RS e é caracterizado por uma espessa sucessão siliciclástica (superior a 6000 m de espessura) posterior à atividade vulcânica principal. Este grupo subdivide-se em: (i) Formação Estância Santa Fé, restrita à Sub-Bacia Camaquã Ocidental; (ii) Formação Passo da Capela; dominando a Sub-Bacia Camaquã Oriental e alcançando a base da Sub-Bacia Camaquã Central; (iii) Formação Seival, com exposições na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e na Sub-Bacia Camaquã Central; (iv) Formação Rincão dos Mouras, discordante sobre a Formação Passo da Capela na Sub-Bacia Camaquã Oriental e sobre a Formação Seival nas demais sub-bacias e (v) Formação João Dias, exposta apenas na Sub-Bacia Camaquã Central cobrindo a Formação Rincão dos Mouras. A Formação Estância Santa Fé ocorre em discordância erosiva e levemente angular tanto sobre unidades do Grupo Bom Jardim quanto da Formação Acampamento Velho. Compõe-se de conglomerados e arenitos, subordinadamente siltitos e arenitos finos, com até 1200 m de espessura. Estes depósitos são interpretados como sistemas de leques aluviais dominados por processos de enchentes em lençol e canais fluviais de rios entrelaçados. A análise de paleocorrentes indica dois padrões de transporte sedimentar: um transversal à bacia, associado aos leques aluviais; e outro paralelo ao eixo da bacia, com transporte axial para norte em planícies de rios entrelaçados. A Formação Passo da Capela apresenta a maior espessura já verificada dentro do Grupo Santa Bárbara, alcançando cerca de 4000 m na Sub-Bacia Camaquã Oriental. A principal associação litofaciológica compreende conglomerados e arenitos grossos depositados por fluxos gravitacionais de massa subaquosos e arenitos e ritmitos gerados por correntes de turbidez, representativos de ambiente de leques submarinos. Estes depósitos de leques intercalam-se com arenitos e ritmitos de ambiente marinho (indicado por minerais de glauconita), dominado por ondas de tempestades. A Formação Passo da Capela apresenta, ainda, intercalações de dois níveis de sismitos indicativos de atividade tectônica normal sin-sedimentar, e quatro camadas pouco espessas de tufitos félsicos nos intervalos estratigráficos basais. A análise de paleocorrentes indica padrão longitudinal às bordas da bacia com sentido preferencial para NNE. A Formação Seival (até 1000 m) ocorre diretamente sobre a Formação Estância Santa Fé na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e na Sub-Bacia Camaquã Central, em contato tectônico com a Formação Passo da Capela. Constitui-se de arenitos médios a muito finos com subordinada contribuição de arenitos grossos, além de siltitos, depositados em ambiente marinho de: (i) baía estuarina e planície litorânea, (ii) tempestitos de costa-afora e (iii) planície de mares. As paleocorrentes indicam transporte principal para N. A Formação Rincão dos Mouras (até 2000 m), comum a todas as sub-bacias, constitui-se de conglomerados e arenitos conglomeráticos depositados principalmente por sistemas de leques aluviais e fluviais entrelaçados. As análises de proveniência e paleocorrentes indicam que os altos de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas serviram como área fonte para esses depósitos aluviais, sugerindo o soerguimento destes altos durante a evolução do preenchimento sedimentar desta unidade. Desta forma, a Formação Rincão dos Mouras marca a compartimentação tectônica da Bacia do Camaquã em sub-bacias através do soerguimento de altos internos. A Formação João Dias, restrita à Sub-Bacia Camaquã Central engloba espessos depósitos (>500 m) de arenitos marinhos costeiros dominados por ondas. Esta unidade caracteriza-se pelo predomínio de arenitos médios bem selecionados, apesar de localmente ocorrerem arenitos finos e camadas pouco espessas de conglomerados finos (níveis com seixos residuais). São os depósitos de maior expressão areal na região das Minas do Camaquã, limitando-se por discordância angular e erosiva com os arenitos e arenitos conglomeráticos do Grupo Guaritas, sobrepostos. A Formação João Dias compreende depósitos de antepraia, de face litorânea superior e tempestitos litorâneos. A análise estratigráfica de fácies e sistemas deposicionais permitiu a individualização de três seqüências deposicionais nas sub-bacias Camaquã Oriental e Central e duas seqüências na Sub-Bacia Camaquã Ocidental. O reconhecimento de tratos de sistemas possibilitou a correlação espacial e temporal dos diversos sistemas deposicionais nas diferentes sub-bacias. Basicamente estas seqüências marcam a evolução de três eventos deposicionais associados a variações tectônicas e eustáticas. A sucessão basal (Seqüência Santa Bárbara 1 - SB1) compreende sistemas aluviais que passam lateralmente para sistemas de leque submarino (trato de mar baixo), recobertos por uma sucessão marinha caracterizada por depósitos rasos na borda ocidental e profundos na oriental (trato transgressivo e de mar alto). A Seqüência Santa Bárbara 2 (SB2) é caracterizada por depósitos de planícies fluviais de canais entrelaçados na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e por depósitos marinhos nas sub-bacias Camaquã Central e Oriental. A seqüência de topo (Seqüência Santa Bárbara 3 - SB3) marca a reorganização tectônica da Bacia do Camaquã que passa a ser individualizada em sub-bacias separadas pelos altos de embasamento de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas. O soerguimento destes altos internos propiciou a instalação de sistemas de leques aluviais e de planícies fluviais que caracterizam as sucessões basais desta seqüência (trato de mar baixo). O topo desta seqüência registra o último evento de ingressão marinha no Grupo Santa Bárbara, caracterizado por depósitos costeiros da Formação João Dias (trato transgressivo e de mar alto). A integração das análises de proveniência de clastos com as interpretações dos ambientes deposicionais e as análises de paleocorrentes levaram a duas conclusões. Em primeiro lugar, constatou-se que existe correlação direta entre os fragmentos presentes na bacia e os litotipos do embasamento atualmente adjacente, indicando assim que movimentações laterais nas falhas de borda da bacia não ocorreram ou, caso aconteceram, não foram importantes na deposição do Grupo Santa Bárbara. Além disso, identificou-se que a contribuição detrítica de altos de embasamento (e.g. Caçapava do Sul), passa a acontecer somente na última seqüência deposicional, sugerindo que o isolamento entre as sub-bacias Camaquã Ocidental, Central e Ocidental ocorreu apenas em um período tardio de evolução do Grupo Santa Bárbara. Tais evidências, aliadas às análises da tectônica sin-sedimentar, indicam que a atividade tectônica responsável pela formação da bacia foi predominantemente de caráter normal, sem deslocamento lateral das áreas fontes em relação aos depósitos delas derivados. As evidências estruturais de transcorrência provavelmente refletem deformações anteriores do embasamento, ou posteriores que moldaram a configuração atualmente verificada. A integração dos dados obtidos aponta que o Grupo Santa Bárbara e, por extensão todo o Supergrupo Camaquã, depositou-se em uma bacia extensional tipo rift, com falhas de borda de rejeito normal ou oblíquo, sem grandes rejeitos direcionais, cujo preenchimento sedimentar foi controlado sobretudo pela subsidência tectônica, aporte clástico e padrões de transporte sedimentar, sob influência das variações relativas do nível do mar. / In the central southern part of Rio Grande do Sul state, unmetamorphosed cover rocks of the Neoproterozoic III-Early Paleozoic Camaguã Supergroup overly metamorphic and igneous rocks of the Gaúcho shield. The supergroup is formed by the following units, from base to top: (i) the siliciclastic Maricá Group; (ii) the volcano-sedimentary Bom Jardim Group; (iii) the volcanic Acampamento Velho Formation; (iv) the siliciclastic Santa Bárbara Group; (v) the siliciclastic Guaritas Group; and (vi) the Rodeio Velho intrusive suite. The supergroup, with a thickness of over 6,000m, crops out in three NNE-SSW oriented sub-basins - Western, Central and Eastern Camaquã, separated by the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs. The aim of this thesis was a study of the tectono-sedimentary evolution of the Santa Bárbara Group using data obtained through regional, semi-detailed and detailed mapping, lithostratigraphic and sedimentological data, studies of provenance and paleocurrents, depositional systems, paleogeographic evolution, sequence stratigraphy, and petrographic and structural studies. The Santa Bárbara Group crops out in the three Camaquã sub-basins and is composed of over 6,000m of siliciclastic sediments deposited after the main volcanic activity. The Group may be subdivided into: the Estância Santa Fé Formation, restricted to the western sub-basin; (ii) the Passo da Capela Formation which dominates the eastern sub-basin, and reaches the baseof the central sub-basin; (iii) the Seival Formation, exposed in the western and central sub-basins; (iv) the Rincão dos Mouras Formation which discordantly overlies the Passo da Capela Formation in the western sub-basin, and the Seival Formation in the other sub-basins; and (v) the João Dias Formation, exposed only in the central sub-basin where it overlies the Rincão dos Mouras Formation. An erosive and slightly angular unconformity separates the Estância Santa Fé Formation from units of the Bom Jardim Group and the Acampamento Velho Formation. It is composed of up to 1,200m of conglomerates and arenites with subbordinate siltites and fine-grained arenites. These deposits are interpreted to be of alluvial fans dominated by sheet floods, and channel deposits in braided rivers. Paleocurrents show that two transport directions existed, one across the basin, responsible for the alluvial fans, the other northwards along the basin axis in the floodplains of the braided rivers. The Passo da Capela Formation is the thickest unit of the Santa Bárbara Group, reaching a thickness of about 4,000m in the eastern sub-basin. The main lithofacies is composed of conglomerates and coarse-grained arenites deposited by subaqueous gravity flows, and arenites and rhythmites deposited by turbidity currents, in submarine fans. The fan deposites are intercalated with marine arenites and rhythmites containing glauconite deposited by storm waves. This formation also contains two main levels of seismic deposits which indicate the action of syn-sedimentary tectonics, a four thin layers of felsics tuffites within the basal levels. Paleocurrent analysis shows that transport was preferentially north-northeastwards, parallel to the borders of the basin. The Seival Formation, with a thickness up to 1,000m, was deposited directly over the Estância Santa Fé Formation in the western sub-basin, and in tectonic contact with the Passo da Capela Formation in the central sub-basin. It is composed of medium- to very fine - grained arenites with subordinate coarse-grained arenites and siltites, deposited in marine environments of: (i) estuary bay and shoreline plain; (ii) estuary bay and shoreline plain; (ii) off-shore storm deposits; and (iii) tidal platform. Transport was mainly northwards. The Rincão dos Mouras Formation, up to 2,000m thick, is present in all sub-basins, and is composed of conglomerates and conglomeratic arenites deposited mainly in alluvial fans and braided rivers. Paleocurrent analysis shows that the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs must have been the source areas for these alluvial deposits, which suggests that these areas were up-lifted during the course of sedimentation of this unit. The Rincão dos Mouras Formation therefore records the separation of the Camaquã Basin into sub-basins through uplift of internal highs. The João Dias Formation, restricted to the central sub-basin, includes more than 500m thick deposits of marine arenites formed in a wave-dominated coastal environment. Well-sorted medium-grained arenites predominate in this unit. though fine-grained arenites and thin conglomerates with lags occur locally. The deposits are most expressive around the Camaquã Mines, and are separated from arenites and conglomeratuc arenites of the overlying Guaritas Group by an angular uncoformity. The formation corresponds to foreshore, upper shoreface and storm deposits in a shallow coastal environments. Stratrigraphic facies and depositional system analysis showed that the depositional sequences are present in the eastern and central sub-basins, and two in the western sub-basin. The recognition of tracts of systems lead to spatial and temporal correlations of the different depositional systemas in the different sub-basins. In essence these sequences record the evolution of three depositional events related to tectonic and eustatic variations. The basal sucession (Santa Bárbara Sequence 1- SB1) is composed of alluvial systems which grade laterally to submarine fan systems - the lowstand tract - overlain by marine sucession with shallow-water deposits at the western border and deep-water deposits in the east - transgressive and highstand tracts. The Santa Bárbara Sequence 2 - SB2 - is formed by braided channell river flood plains in the western sub-basin, and marine deposits int he central and eastern sub-basins. The upper sequence, Santa Bárbara Sequence 3 - SB3- registers the tectonic reorganization of the Camaquã Basin which becomes separated into the three sub-basins by the elevation of the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs. This uplift lead to the installation of alluvial fans and flood plains which are typical of the lower successions of this sequence, during the lowstand tract. The top of this sequence, during the lowstand tract. The top of this sequence registers the last marine ingression in the Santa Bárbara Group on the form of the coastal deposits of the João Dias Formation (the transgressive and highstand tracts). The integration of studies of the provenance of clasts with the interpretations of the depositional systems and the paleocurrent analysis leads to two main conclusions. The first is that there is a direct correlation between the fragments present within the basin and the rock types which are now adjacent to the basin, indicating that lateral movement did not occur along the basin margin faults, or, if they did occur, then they did not have an important influence on the deposition of the Santa Bárbara Group. It was also shown that the contribution of detritus by the basement highs only occurred in the last depositional sequence, suggesting that the isolation of the three sub-basins only occurred at a late stage of the evolution of the group. Such evidence, taken together with the analysis of syn-depositional tectonics, shows that the tectonic activity responsible for basin formation was essencially normal, with no lateral movement of source areas in relations to the sediments derived from them. Structural evidence for transcurrent movements probably reflected earlier or later deformations which produced the presently observed configuration of the basin. The integration of the data also shows that the Santa Bárbara Group and, by extension, the entire Camaquã Supergroup, was deposited in an extensional rift, whose border faults had normal or oblique throw without large slip movements, and whose sedimentary infilling was controlled mainly by tectonic subsidence, the clastic supply and the sedimentary transport under the influence of sea level variations.
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VARIACOES TEMPORAIS NA SIDIMENTACAO QUARTENARIA DOS EMBAIAMENTOS DA REGIAO DE UBATUBA, ESTADO DE SAO PAU-LO. / Variations in the quatolnary sedimentation of the coastal embayments of the Ubatuba Region, state of São Paulo

Mahiques, Michel Michaelovitch de 26 May 1992 (has links)
O objetivo do presente trabalho consiste no estudo das características dos sedimentos de superfície de fundo da Baía da Ilha Grande, estado do Rio de Janeiro, e sua correlação com os processos hidrodinâmicos atuais,bem como com a evolução sedimentar do litoral paulista e sul-fluminense a partir do máximo regressivo do Pleistoceno Superior. A baía da Ilha Grande consiste num corpo de água definido pela presença da Ilha Grande. Pode ser dividida em três unidades fisiográficas distintas, a saber: Porção Oeste, Porção Leste e Canal Central. Para o presente estudo, foi coletado um total de 153 amostras de superfície de fundo e realizado um conjunto de análises sedimentológicas constituído por: análise granulométrica, análise morfométrica e de textura superficial, análise de conteúdo em carbonato biodetrítico, analise de conteúdo em matéria orgânica, análise dos constituintes na fração grosseira e analise de assembléias de minerais pesados. Os estudos realizados permitiram identificar quatro fácies sedimentares distintas, caracterizadas como: sedimentos relíquias da Porção Leste, sedimentos atuais do Canal Central e das áreas abrigadas, sedimentos transgressivos da Porção Oeste e sedimentos mistos resultantes da mistura de termos das fácies anteriores.Finalmente, é feita uma proposta de evolução sedimentar da área a partir do máximo regressivo de 18.000 anos A.P. estabelecidas considerações sobre a dinâmica de fundo da baía. / The objective of the present work is to study the characteristics of the surface bottom sediments of Ilha Grande Bay, Rio de Janeiro state, and their correlation with the modern hydrodynamic processes, as well as with the sedimentary evolution of the southeastern brazilian coastal region, since the maximum regression of the Upper Pleistocene. Ilha Grande Bay consista a water body defined by the presence of Ilha Grande island. It can be divided into three distinct fisiographic units: the Western Portion, the Eastern Portion, and the Central Channel. In this work, a total of 153 surface bottom samples were collected, and the sediments were anal zed for: grain size, morphometry and surface texture, carbonate content, organic matter content, coarse fraction constituents, and heavy mineral assemblages. The studies allowed to identify four distinct sedimentary facies, characterized as: relict sediments of the Eastern Portion, modern sediments of the Central Channel and the confined areas, transgressive sediments of the Western Portion, and mixed sediments, resulting from the mixture of the previous facles. Finally, we propose amodel for the sedimentary evolution of the area since the maximum regressive of 18,000 years B.P. and considerate on the bottom dynamic of the bay.
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Análise estratigráfica do Siluro-Devoniano (Formações Furnas e Ponta Grossa) da Sub-Bacia de Apucarana, Bacia do Paraná, Brasil / not available

Bergamaschi, Sérgio 03 September 1999 (has links)
O registro Siluro-Devoniano da sub-bacia de Apucarana, Bacia do Paraná (formações Furnas e Ponta Grossa), é constituído por seis sequências deposicionais de 3ª ordem. A sequência A, de presumida idade pridoliana a eo-lochkoviana, compreende os depósitos da Formação Furnas. Nela são reconhecidos depósitos marinho-rasos de antepraia e transicionais (deltaicos e estuarinos), cuja sucessão marca um ciclo transgressivo-regressivo que configura os tratos de sistemas transgressivo e de mar alto. A sequência B (?neolochkoviana a emsiana) assenta-se sobre a superfície transgressiva que limita as formações Furnas e Ponta Grossa, sendo constituída por depósitos marinho-rasos de costa-afora e de shoreface inferior, acumulados sob influência dominante de processos de tempestade. A superfície de inundação máxima desta sequência, formada próximo ao limite Praquiano/Emsiano, apresenta valores máximos de COT em torno de 1,7% e teores relativamente baixos de Zn e Mn, indicativos de condições de anoxia neste intervalo. As sequências C (neo-eifeliana-eo-emsiana), D (eifelianao), E (neo-efeliana-neo-givetiana) tem em comum o fato de apresentarem uma base constituída por corpos arenosos de shoreface. Estes corpos se depositaram em resposta à regressões forçadas que deslocavam a linha de costa grandes distâncias bacia a dentro. Formaram-se, desse modo, os limites inferiores de tais sequências que truncam pelitos de plataforma da sequência anterior. A sequência F (frasniana) é constituída por depósitos marinho-rasos de plataforma externa, que exibem uma tendência regressiva em direção ao topo. Em termos de ciclos de 2ª ordem, os depósitos da formações Furnas e Ponta Grossa são agrupados dentro de um mesma sequência deposicional. Os depósitos da Formação Furnas constituem o registro do trato de sistemas de mar baixo, enquanto que aqueles depósitos da Formação Ponta Grossa situados abaixo da superfície de inundação máxima da sequência, idade neo-givetiana/frasniana, constituem um espesso trato de sistemas transgressivo. Os depósitos regressivos frasnianos, situados acima da superfície de inundação máxima, constituem o trato de sistemas de mar alto. O limite abrupto entre as formações Furnas e Ponta Grossa representa uma superfície transgressiva no ciclo de 2ª ordem, formada presumivelmente próxima ao limite Lochkoviano/Praguiano. / The Silurian-Devonian record of the Apucarana sub-basin, Paraná basin (Furnas and Ponta Grossa formations) is constituted by six 3rd order depositional sequences. Sequence \"A\", of presumed Prindolian to Early Lochkovian age; encompasses the Furnas Formation deposits in which shallow-marine and transitional deposits can be recognized. This succession marks a transgressive-regressive cycle that configures the transgressive and highstand systems tracts. Sequence \"B\" (? Late lochkovian to Emsian age) overlies the transgressive surface that limits the Furnas and Ponta Grossa formations, being constituted by a storm-dominated shoreface and shallow-marine deposits. The maximum flooding surface of this sequence, formed close to the Pragian/Emsian limit, presents maximum COT values around 1.7% and relatively low Zn and Mn contents, showing an anoxic conditions interval. The basal portion of the Sequences \"C\" (Late Eifelian to Early Emsian age), \"D\" (Eifelian age), and \"E\" (Late Eifelian to Late Givetian age) are constituted by shoreface sand bodies. These were deposited in response to the forced regressions displacing the shoreline towards offshore. This process allowed the emplacement of sequences boundaries that truncated the previous shelf politic deposits. Sequence \"F\" is constituted by shallow outer shelf deposits, and displays a regressive tending towards the top. In terms of 2nd order cycles, the deposits of the Furnas and Ponta Grossa formations could be grouped into the same depositional sequence. The Furnas Formation deposits constitute the lowstand systems tract. The deposits of Ponta Grossa Formation located below the maximum flooding surface; of Late Givetian/Frasnian ag, constitutes a thick transgressive systems tract. The Frasnian regressive deposits, located above the maximum flooding surface, constitute a high systems tract. The abrupt limit between the Furnas and Ponta Grossa formations represents the main transgressive surface into a 2nd order cycle, assumed as formed close to the Lochkovian/Pragian limit.
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Sistemas deposicionais e paleogeografia do Subgrupo Itararé (Neopaleozóico da Bacia do Paraná), na região entre Itu e Indaiatuba, SP / Not available.

Salvetti, Rodrigo Artur Perino 29 June 2005 (has links)
O Subgrupo Itararé contém o mais expressivo registro da glaciação que atingiu a Bacia do Paraná durante o Neopaleozóico. Junto a borda leste da bacia, em especial na área entre Itu e Indaiatuba (SP), este registro é caracterizado essencialmente por depósitos glácio-marinhos, representativos de períodos de mar relativamente mais baixo intercalados com registros de mar relativamente alto. Com base na análise de fácies e suas associações, foram identificadas na área de estudos, oito unidades faciológicas: fácies diamictito compacto; fácies arenito grosso imaturo; fácies conglomerado desestruturado; fácies folhelho homogêneo; fácies folhelho com intercalações silto-arenosas; fácies folhelho rítmico; fácies arenito médio; e fácies diamictito de matriz areno-argilosa, agrupadas em quatro associações de fácies. A partir das associções analisadas, e de suas relações laterais e verticais, foram interpretados quatro sistemas deposicionais principais: sistema subglacial/proglacial; sistema glácio-marinho distal; sistema glácio-marinho proximal; e sistema de leques submarinos. Estes sistemas deposicionais estão articulados na forma de três grandes tratos de sistema: trato de sistema deposicional glacial (sistema subglacial/proglacial); trato de sistema deposicional marinho profundo (sistemas glácio-marinho distal e de leques submarinos); e trato de sistema deposicional marinho raso (sistema glácio-marinho proximal). Não há evidências, na área de estudos, da presença de sistemas deposicionais tipicamente terrestres. A evolução paleogeográfica interpretada para a área de estudos leva em consideração uma área topograficamente irregular, intensamente escavada pelos sucessivos avanços da geleira, quando se formariam os depósitos subglaciais. Com o recuo do gelo, o mar avança rapidamente sobre as regiões deprimidas, formando um grande corpo de água marinha. Áreas mais altas serviriam como fonte para sedimentos grossos e fluxos gravitacionais de massa, dando origem ao sistema de leques submarinos. Nas áreas protegidas das correntes litorâneas e da ação de ondas mais intensas, depositam-se folhelhos rítmicos. A fase de regressão marinha, devida tanto a compensação glácio-isostática como ao recrudescimento das condições glaciais, permite a progradação de corpos arenosos deltáicos na porção sul da área de estudos, e fluxos arenosos subaquosos na porção norte. / The Itararé Subgroup contains the more expressive record of the glaciation that reached the Parana Basin during the Neopaleozoic. Near to the east margin of the basin, in special in the area between Itu and Indaiatuba (SP), the sedimentary sucession is characterized essentially by glaciomarine deposits representative of alternated periods of low and high sea-level. Eight facies has been indentified: compact diamictite; immature coarse sandstone; strutureless conglomerate; homogeneous shale; shale with silte-sandstones intercalations; rhythmic shale; fine to medium sandstones; and sand-argillaceous diamictites. From the characteristics of the as well as this lateral and vertical relations, four main deposicionais systems had been interpreted: subglacial/proglacial system; distal glaciomarine system; proximal glaciomarine system; and submarine fans system. These deposicional systems are articulated in in three systems tracts: glacial deposicional system tract (subglacial/proglacial system); deep marine deposicional system tract (distal glaciomarine and of submarine fans systems); proximal marine system tract (proximal glaciomarine system). It does not have evidences, in the area of studies, of the formation of typically terrestrial deposicionais systems. The interpreted paleogeografy of the area takes in consideration a topografically irregular area, intensely excavated by the successive advances of the glacier, when the subglacial deposits were formed. With the retreat of the ice, the sea advances quickly on the depressed regions, forming a great sea water body. Higher areas would serve as source for coarse sediments and gravitational sedimentary flows in a submarine fan system. In the protected areas of littoral the deposition of rhythmic shales occurred. The phase of sea regression as a result of the glacio-isostatic compensation as well as the intensification of the glacial conditions, allows the subaquous progradation of deltaic sand bodies in the south portion of the area, and sand debris flows in the north portion of the studied area.
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A cobertura cretácea suprabasaltica no Paraná e Pontal do Paranapanema (SP): os grupos Bauru e Caiua

Luiz Alberto Fernandes 25 September 1992 (has links)
O estudo apresenta a reconstituição paleogeográfica e evolução geológica da cobertura sedimentar cretácea suprabasáltica no Estado do Paraná e Pontal do Paranapanema (SP), alcançadas mediante aplicação de conceitos de fácies e de sistemas deposicionais. A cobertura é constituída por rochas sedimentares de origem continental (e ígneas associadas) acumuladas sobre a porção setentrional da Bacia Sedimentar do Paraná. Com base em características litológicas, relações estratigráficas e distribuição geográfica das associações faciológicas identificadas, a Formação Caiuá foi dividida nas unidades Goio Erê e Rio Paraná. Neste estudo lhes é proposto status de formação, com conseqüente elevação da unidade Caiuá à categoria de grupo. Ao mesmo tempo, apresenta-se revisão estratigráfica da cobertura cretácea suprabasáltica, que passa a ser composta pelos grupos, cronocorrelatos: Caiuá (formações Goio Erô e Rio Paraná) e Bauru (formações Santo Anastácio, Adamantina, aflorantes na área; formações Uberaba, Marília, e os Analcimitos Taiúva). Constituem uma seqüência única acumulada na Bacia Bauru, entidade tectônica evoluída no Cretáceo Superior (Turoniano-Maastrichtiano), na porção centro-sul da Plataforma Sul-Americana. Na área estudada, a Formação Rio Paraná é constituída por quartzo-arenitos finos a médios, de cor marrom-avermelhado a arroxeado, com estratificação cruzada tabular de média a grande porte, tangencial na base, dispostos em corpos de geometria cuneiforme (algumas vezes seccionadas por superfícies de truncamento de baixa inclinação). Caracterizam-se por boa seleção, grãos arredondados, de textura superficial fosca. Na sua porção basal, logo acima do contato com basaltos ocorre uma brecha sustentada por matriz areno-argilosa, com fragmentos de basálticos centimétricos e/ou nódulos de carbonato e esmectita, com espessura de 0,25 a 1,3m, acima da qual ocorre, com freqüência, arenito silto-argiloso, maciço, mal selecionado, quase sempre cimentado por carbonato de cálcio. Localmente observam-se dobras convolutas de dimensões métricas, entre porções não perturbadas da rocha atribuídas a instabilizações de origem tectônica (sismitos), ocorridas durante a sedimentação. A Formação Goio Erê é composta por quartzo-arenitos finos a médios, de cor marrom-arroxeado a avermelhado, com estratificação cruzada acanalada (padrão \"festonado\") ou tabular tangencial na base, de médio a pequeno porte, com mergulhos predominantemente médios a baixos. Caracterizam-se por seleção boa a moderada, grãos arredondados, foscos. Apresenta freqüente cimentação carbonática, localmente associada a concreções com diâmetro centimétrico e crostas duras (calcretes), tanto acompanhando a estratificação cruzada, como em posição subhorizontal, paralela aos diastemas que separam os bancos. A Formação Santo Anastácio é constituída, de forma monótona, por quartzo-arenitos muito finos a finos, de cor marrom-arroxeado a claro, com fração síltica subordinada, em bancos tabulares maciços de espessura métrica, às vezes com estratificação mal definida (plano-paralela ou cruzada) de baixo ângulo de mergulho. É comum a presença de cimentação carbonática, e orifícios irregulares de forma tubular, com diâmetro milimétrico e comprimento centimétrico (prováveis risolitos). Localmente apresentam arenitos conglomeráticos imaturos, com intercalações lenticulares de arenitos com estratificação cruzada e bancos de conglomerados de espessura decimétrica, com ventifactos (Litofácies Mairá). A Formação Adamantina é constituída por estratos tabulares de quartzo-arenitos finos a muito finos, surbordinadamente médios, de cor marrom-claro, bege a rosado, de espessuras decimétricas (até 1 m), com intercalações de corpos lenticulares de lamitos (siltitos areno-argilosos) marrom-escuros a rosados, de espessura média em torno de 20 a 30cm. De modo geral, as transformações diagenéticas a que se submeteram as rochas de todas as unidades estudadas foram pouco intensas, tendo-se atingido estágios iniciais da mesodiagênese. A silicificação teve caráter pontual, afetando indiscriminadamente as unidades Rio Paraná, Goio Erê, Santo Anastácio e Adamantina. Sua maior intensidade, responsável pela sustentação de elevações com até 200m acima do nível regional (morros dos Três Irmãos e do Diabo), registra-se segundo faixa de direção nordeste, no cruzamento com estruturas noroeste (associadas ao Arco de Ponta Grossa). A Bacia Bauru comportou-se como unidade tectônica distinta da Bacia do Paraná, instalada sobre sua porção setentrional, a partir do Turoniano (Ks). Pode ser classificada como do tipo cratônico continental interior, de subsidência simples, com reativação de estruturas marginais (acompanhadas de magmatismo alcalino), por reflexos da Orogenia Andina, que teriam promovido modificações de caráter dominantemente direcional (Neocretáceo-Paleoceno). A sedimentação na Bacia Bauru desenvolveu-se em ambiente desértico, sob clima com características de semi-árido a árido. Atualmente encontram-se preservados depósitos de: -sistema de leques aluviais marginais, nas porções leste e norte da bacia (bordas), representados pela Formação Marília (os membros Serra da Galga, Echaporã, e Ponte Alta constituem fácies de leques proximais, leques distais e lagos salinos, respectivamente); -sistema fluvial entrelaçado (braided) representado pela Formação Adamantina (centro/nordeste da bacia) e pela Formação Uberaba (no extremo nordeste, com contribuição de material vulcânico); -sistema eólico central (centro/sudoeste da bacia), representado pela Formação Santo Anastácio (depósitos de lençóis de areia e extradunas) e Grupo Caiuá (depósitos de campo de dunas: Formação Rio Paraná, área central; Formação Goio Erê, periferia). Os tipos de fósseis conhecidos, bem como sua distribuição, atestam o clima vigente, inóspito na porção central da bacia (formações Rio Paraná, Goio Erê e Santo Anastácio), mais propício à vida, em faixa semicircular aproximadamente coincidente com a área de exposição da Formação Adamantina (principalmente), Marília e Uberaba. / Analysis of facies and depositional systems of supra-basaltic continental sedimentary rock units in the State of Paraná and Pontal do Paranapanema region (State of São Paulo) in southern Brazil has provided the basis for reconstructing the paleogeography and geological evolution of the Late Cretaceous in this area. Lithological characteristics, stratigraphic relations and geographic distribution of faciological associations permit the subdivision of the Caiuá Formation into two new litostratigraphic units, the Goio Erê and Rio Paraná formations. The Caiuá Formation is thus promoted to group status making it necessary to also revise the stratygraphy of the Bauru Group (Santo Anastácio and Adamantina formations, exposed in the studied area; Uberaba, Marília formations and Taiúva Analcimites, exposed elsewhere) which is here considered to be chrono-correlative with the Caiuá Group. These groups comprise a sequence that accumulated in the Bauru Basin, a tectonic depression that developed during the Late Cretaceous (Turonian-Maastrichtian) in the south-central portion of the South American Platform. The Rio Paraná Formation is made up of fine to medium quartz sandstones with medium- to large-scale tabular cross-bedding (tangential foresets), in wedge-shaped cosets occasionally bounded by third order surfaces of low inclination. At the base of this formation, directly upon basalts, there is a breccia, 0.25 to 1.3m thick, supported by a sandy-argillaceous matrix, with centimetric basaltic fragments and carbonate and smectite nodules. Frequently overlying this breccia, is massive, poorly sorted, almost always calcite-cemented silty-argillaceous sandstone. Convolute folds (seismites) of metrical dimensions can be observed locally between undisturbed portions of the cross-bedded sediments. These features are interpreted as induced by earthquakes occoured during the sedimentation. The Goio Erê Formation is composed of fine to medium quartz sandstones, with medium- to small-scale trough cross-bedding (festooned pattern), with prevailing medium to low dips. It frequently exhibis calcite cement and occasionally associated calcitic concretions of centimetric diameter. Calcitic duricrusts (calcrets) may be parallel cross-strata or cut them subhorizontally. The Santo Anastácio Formation is formed by fine to very fine quartz sandstones, with subordinate silt. That occour in tabular beds of metric thickness, occasionally with poorly defined stratification (plane-parallel or cross-bedded) with low dips. Carbonate as cement and possibly cilindrical rhizoliths of millimetric diameter and centimetric length is common. Locally, the formation also exhibits immature conglomeratic sandstones of decimetric thickness, as lenticular intercalations of cross-bedded sandstones and conglomeratic beds of decimetric thickness with ventifacts (Mairá Litofacies). The Adamantina Formation consists of tabular, decitmetric (up to 1m thick) beds of fine to very fine and subordinately medium quartz sandstones with intercalations of lenticular mudstones (sandy-argillaceous siltstones), 20-30cm thick. Diagenesis was not generally very intense and reached only the inicial stages of mesodiagenesis. Silicification affected the Rio Paraná, Goio Erê, Santo Anastácio and Adamantina formations and is locally most important at the intersection of regional NE-SW lineaments with the NW-SE Ponta Grossa Arch structural trend. Here, some prominent hills of silicified sediments rise 200m above the regional topographic level (Três Irmãos and Diabo hills). The Bauru Basin is a tectonic depression that developed upon the northern portion of the Paleozoic-Mesozoic Paraná Basin. It can be classified as an interior cratonic continental-type basin with simple subsidence and reactivation of marginal structures (followed by alkaline magmatism). Some of the reactivations events (mainly Late Cretaceous-Paleocene strike-slip movements) probably reflect events of the Andean Orogeny. The environment of the Bauru Basin was desertic with semi-arid to arid chraracteristics, as evidenced by preserved deposits of: - marginal alluvial fan system, in the northern and eastern portion of the basin (borders), represented by the three members of the Marília Formation (Serra da Galga, Echaporã and Ponte Alta members), which correspond to proximal fans, distal fans and saline lake facies, respectively; - braided fluvial system represented by the Adamantina Formation (in the central and northeastern parts of the basin) and by the Uberaba Formation (sediments with a volcanic contribution in the far northeastern part); and - central aeolian system (central and southeastern parts of the basin) represented by sand sheets and extradune deposits of the Santo Anastácio Formation and by dune field deposits of the Caiuá Group (Rio Paraná Formation, in the central area and Goio Erê Formation, to the southeast). The fossils are practically unknown in the central portion of the basin (Rio Paraná, Goio Erê and Santo Anastácio formations), which is coherent with the paleoclimatic and faiological interpretations presented here. The semicircular area coincident with the outcrops of the Adamantina (mainly), Marília and Uberaba formations was much more hospitable to life, as showm by the types and distribution of fossil records.
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Tafonomia comparada e paleoecologia dos macroinvertebrados (ênfase em trilobites), da Formação Ponta Grossa (Devoniano, Sub-bacia Apucarana), Estado do Paraná / Not available.

Ghilardi, Renato Pirani 13 September 2004 (has links)
Foi realizado um minucioso estudo tafonômico e paleoecológico para os trilobites (Calmoniidae, Homalonotidae) e outros macroinvertebrados da Formação Ponta Grossa (?Lochkoviano a Frasniano), do Estado do Paraná. Esse estudo foi fundamentado no arcabouço de estratigrafia de seqüências pré-estabelecido, abrangendo nível de detalhamento de quarta a quinta ordens. Três seções colunares, englobando rochas das seqüências B e C da Formação Ponta Grossa foram examinadas: a- seção 1 (estrada de rodagem entre os quilômetros 224 e 231,5 da PR-092, Jaguariaíva), b- seção 2 (ramal ferroviário Jaguariaíva-Arapoti, entre os quilômetros 2,2 e 6,0) e c- seção 3 (quilômetro 60 da PR-340, que liga Castro a Tibagi, município de Tibagi e afloramentos na estrada que parte de Tibagi em direção a NW, rumo a Telêmaco Borba). Em virtude da escala de detalhe da análise proposta, foi estabelecida uma metodologia inovadora para a coleta dos fósseis. Nas seções estudadas foram elaboradas 27 quadrículas que equivalem, cada uma, a um volume de rocha analisado de cerca de 1,2 \'m POT.3\'. Para cada fóssil coletado nessas são registradas, quando possível, até 60 diferentes informações (tafonômicas, paleoecológicas, estratigráficas e taxonômicas, dentre outras). As análises estatísticas feitas incluíram a técnica exploratória da análise de agrupamento, com a metodologia de Ward (para o agrupamento dentro de cada seção) e SLM (Single Linkage Method), no caso de agrupamentos de fósseis de diferentes seções. No total, foram analisados 660 trilobites, tendo sido reconhecidas duas classes tafonômicas principais: a- Classe I, trilobites articulados, onde todos os segmentos do corpo estão associados formando, assim, um único esclerito. Essa classe inclui as seguintes sub-classes: restos de carcaças estendidas, restos de carcaças enroladas e, restos de carcaças torcidas, e b- Classe II, desarticulados, onde ao menos um dos escleritos corpóreos está dissociado do restante, incluindo as sub-classes: a- restos de carcaças parcialmente desarticuladas, onde ao menos dois escleritos permanecem articulados e b- restos de carcaças desarticuladas, onde há a preservação de apenas um dos escleritos. Os trilobites articulados com a carcaça estendida são restos de organismos mortos fora do processo de muda ou restos de mudas preservados imediatamente após o processo de ecdise sendo seu soterramento rápido e, provavelmente, associado a depósitos de sufocamento, abaixo do nível de base de ondas de tempestade. Os trilobites calmoniídeos articulados com a carcaça enrolada representam uma resposta do organismo ao estresse causado pela sedimentação episódica. Os trilobites desarticulados são grande maioria entre os fósseis analisados, sendo que os parcialmente desarticulados podem ser interpretados como bioclastos ainda nas primeiras etapas de desarticulação. Os trilobites totalmente desarticulados representam o último estágio de desarticulação dos trilobites da Formação Ponta Grossa. Contudo, o grau de desarticulação destes bioclastos não pode ser interpretado como um indicativo apenas da duração de exposição ou de transporte físico, pois o controle básico destes pode ser sedimentológico e/ou morfológico. Em relação à paleoecologia dos trilobites, a ausência de hipóstoma dentre esses organismos da Formação Ponta Grossa indica que essa estrutura não era fundida à dobra cefálica. Essa característica denota hábito alimentar de comedores de partículas orgânicas de fundo. Ainda é possível distinguir padrão de muda salteriano para os trilobites calmoniídeos, assim como para os homalonotídeos. Os calmoniídeos são encontrados, muitas vezes, preservados dessa forma. Já os homalonotídeos, apesar de não possuírem registro desse hábito, demonstram, em muitos espécimes, quebra de somitos torácicos. Tal fato é um forte indício de que esses animais utilizavam como escape corpóreo à junção entre o céfalo e o tórax, tipicamente caracterizado, num padrão salteriano, Por sua vez, com relação às classes tafonômicas e sua distribuição ao longo das seções estudadas, nota-se que os trilobites desarticulados têm seu registro preferencialmente associado a depósitos relativamente mais proximais (porções basais do Trato de Sistemas Transgressivo - TST - da Seqüência B). Já os indivíduos articulados são encontrados também nas porções basais do TST, porém em sedimentos das porções inferiores das parasseqüências (Superfícies de Inundação Marinha - SI). Trilobites completos não são encontrados nos depósitos de sufocamento típicos, pois, com o aumento na taxa de deposição de finos, organismos vágeis ainda têm seu escape possibilitado. Os depósitos referentes às SI, por serem seções mais condensadas temporalmente tendem a preservar elementos de ambas as classes tafonômicas, em grande quantidade e possivelmente com acentuada mistura temporal, com bioclastos autóctones e parautóctones. Em se tratando da Seqüência C, nota-se a ausência de fósseis de trilobites, o que pode representar um artefato tafonômico. Essa seqüência está associada a ambientes mais proximais e, portanto, supostamente menos favoráveis à preservação dos trilobites, especialmente sob condições de baixa taxa de sedimentação. A análise em conjunto dos trilobites com os outros macroinvertebrados também revela padrões de distribuição interessantes ao longo das seções analisadas. A análise paleoecológica dos organismos macrofósseis da Formação Ponta Grossa mostra, por exemplo, que os invertebrados detritívoros, como os da infauna rasa, possuem seus picos de abundância justamente juntos às SI. Possivelmente, isso é decorrência do ambiente menos energético e rico em matéria orgânica que caracteriza as SI. Já os invertebrados suspensívoros, como os bivalves de infauna rasa a moderadamente profunda, são menos freqüentes nas SI, pois esses necessitam, dentre outras, de maior energia do meio para que o aporte de partículas, em suspensão, possa ser filtrado por seus sifões. Os TST da Seqüência B contêm, na sua maioria invertebrados suspensívoros, da epifauna livre. Na Seqüência C, os TST são caracterizados por possuírem uma grande proporção de invertebrados suspensívoros, da infauna rasa a moderadamente profunda, o que demonstra uma alteração da estratégia ecológica entre ambas as seqüências. Os Tratos de Sistemas de Mar Alto da Seqüência B não possuem, até o momento, registro fossilífero enquanto que os da Seqüência C apresentam registro de alto número de Tentaculites. Já na Superfície de Máxima Inundação - SIM - da seção 2 de Jaguariaíva são encontrados apenas fósseis com carapaças quitino-fosfáticas, preferencialmente no interior de concreções carbonáticas. As SIM das Seqüências B e C da seção de Tibagi apresentam sua composição faunística mais rica e diversificada apresentando organismos suspensívoros da epifauna livre (Australocoelia sp., Orbiculoidea sp.), invertebrados suspensívoros da infauna rasa a moderadamente profunda (Lingula sp.) e organismos dentritívoros da epifauna vágeis (calmoniídeos e homalonotídeos). Representam, assim, pulsos de oxigênio, indicando períodos menos anóxicos, e condições um pouco mais energéticas. Deste modo, a distribuição dos macrofósseis de invertebrados nas seqüências B e C da Formação Ponta Grossa está, como um todo, relacionada à variação do nível de base da bacia. Outrossim, o registro pode estar indicando mudanças tafonômicas e não exatamente apenas tróficas. Finalmente, esse estudo reforça a idéia de que a tafonomia e a paleoecologia constituem ambas importantes ferramentas às análises estratigráficas, especialmente quando trabalhando em escalas de extremo detalhe (terceira, quarta e quinta ordens). / A detailed taphonomical and paleoecological study was carried out for the trilobites (Calmoniidae, Homalonotidae) and other macroinvertebrates of the Ponta Grossa Formation (?Lochkovian-Frasnian), Paraná Basin (Apucarana Sub-basin), from the Paraná State. The study was based on the availabie sequence stratigraphy framework, in a scale of fourth to the fifth orders. Three columnar surface sections, including rocks of the Sequences B and C of the Ponta Grossa Formation were examined: a- section 1 (kilometers 224 to 231.5 of the PR-092 highway, Jaguariaíva county), b- section 2 (kilometer 2.2 to 6.0 of the Jaguariaíva-Arapoti raiiroad, Jaguariaíva county) and c- section 3 (kiiomeier 60 of the PR-340, Castro to Tibagi, Tibagi county), and outcrops in the (Tibagi-Telêmaco Borba highway, Tibagi county). Because of the scale of detail of the proposed analysis, a new fossil collecting strategy was employed, including the exam of fossil content of 27 squares, each one corresponding equaiiy to the rock volume of 1.2 m³. Up to sixty different taphonomicai, paleoecological, stratigraphicai and taxonomical information, were recorded for each collected fossil. Statistical analyses included the exploratory technique of grouping analysis, with the methodology of Ward and SIM (Singie Linkage Method). In a total, 660 trilobites were analyzed, and two main taphonomical classes were recognized: a- Class I, articulate trilobites, where all of the segments of the body are associated forming a single sclerite. This class includes the following sub-classes: 1- remains of outstretched carcasses; 2- remains of coiled carcasses, and 3- remains of twisted carcasses. b- Class II, disarticulate trilobites, where at least one of the corporal sclerites is dissociated from the remaining, including the following sub-classes: 1- partially disjointed remains, where at least two sclerites are articulated, and 2- disjointed remains, preserving just one of the sclerites. The articulate trilobites with extended carcasses are remains of dead organisms out of ecdysis process or remains of exuviaes preserved immediately after the ecdysis process. The burial of these remains was rapid, and associated with obrution deposits, below storm wave base probably. The articulated calmoniid trilobites with the enrolled carcasses represent a response of the organism to the stress caused by the episodic sedimentation. The great majority of the analyzed fossils are disjointed trilobites, and the partially disjointed ones can be interpreted as bioclasts in the first stages of disarticulation. The totally disjointed trilobites represent the last stage of disarticulation of Ponta Grossa trilobites. However, the degree of disarticulation of these bioclasts cannot be interpreted as a proxy of physical transport or residence time in the sediment/water interface (or TAZ, Taphonomically Active Zone), because the basic control of these can be sedimentary and/or morphologic. As far as the paleoecology, the absence of hipostome among the studied trilobites indicates that this structure was not fused to the cephalic doublure, suggesting a deposit feeding behavior. It is still possible to distinguish salterian pattern of molting for both group of examined trilobites (calmoniids and homaionotids). Commonly, the calmoniids are preserved according to this pattern. Although this type of molding (Salterian) is unknown among the homalonotids in many of studied specimens the thoracic somites are broken This is a strong evidence that during the molding process, the new organism broken the junction between the cephalon and thorax, which characterize the salterian pattern of molding. The obtained results indicate that regarding the taphonomical classes and the distribution along the studied sections, disarticulated trilobites are preferentially recorded in the basal portions of the Transgressive Systems Tracts (TST) of Sequence B. The articulated trilobites are also found in basal portions of TST, but in rocks of the basal portions of the parasequences (Marine Flooding Surfaces - FS, for example). Complete trilobites are not found in obrution deposits, since their escape of the rapid burial that characterizes that deposits is favored by their vagile mode of life. Deposits of Marine Flooding Surfaces (FS) are condensed; preserving trilobites from the above define taphonomic classes. This is a time-averaged record, including parautochthonous to autochthonous remains. On the other hand, the absence of trilobites in rocks of Sequence C may be a taphonomic artifact. This sequence is associated to more proximal environments and, therefore supposedly less favorable to the preservation of the trilobites especially under conditions of low net sedimentation rate. The simultaneously analysis of the trilobites with the other fossil macroinvertebrates also reveal interesting distribution patterns along the analyzed sections. The paleoecological analysis of the macrofossis of the Ponta Grossa Formation shows, for example, that the abundance peaks of the shallow infaunal and the deposit feeding invertebrates are recorded at the FS. This is because the less energetic environmental conditions and organic rich bottoms that prevail during FS. Conversely, shallow infaunal to moderately deep, suspension-feeding bivalves are less frequent in FS. Epifaunal, suspension-feeding invertebrates are the main constituents of the TST of Sequence B. However, in the TST of the Sequence C, the great majority of fossils are shallow to moderately deep infaunal, suspension-feeding invertebrates, demonstrating differences in the ecological pattern from both sequences. Considering the data gathered, the deposits of the Highstand Systems Tracts of Sequence B are unfossiliferous, whereas those from Sequence C have evidence of abundant Tentaculites. In addition, in the Maximum Flooding Surfaces - MFS - from section 2 of Jaguariaíva, chitinous-phosphatic shells are just found, preferentially inside carbonate concretions. However, the MFS of sequences B and C of the section of Tibagi have a far more rich and diversified fauna, including epifaunal, free-lying, suspension-feeding invertebrates (Austalocoelia sp., Orbiculoidea sp.), shallow to moderately deep infaunal, suspension-feeding brachiopods (Lingula sp.) and vagile, epifaunal, deposit feeders (calmoniids and homalonotids). Hence, they represent oxygen pulses, suggesting less anoxic intervals during the MFS. These results indicate that the distribution of the invertebrate macrofossils in rocks of the Sequence B and C of the Ponta Grossa Formation is, as a whole, controlled by changes in water column. Likewise, those records can be indicative of taphonomic and not necessarily trophic changes, alone. Finally, this research reinforces the idea that both taphonomy and paleoecology are complementary tools to the stratigraphical analyses, especially when working in extreme detail scales (fourth and fifth orders, for example).
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Contribuição a estratigrafia do Grupo Passa Dois no Rio Grande do Sul / Not available.

Figueiredo Filho, Paulo Miranda de 01 December 1971 (has links)
O presente trabalho tem por finalidade estudar as relações estratigráficas das rochas consideradas do Grupo Passa Dois no Estado do Rio Grande do Sul. Este estudo foi feito através de levantamento de secções geológicas perpendiculares ao mergulho das camadas, em regiões cujo reconhecimento preliminar determinou serem as mais propícias para a demonstração das variações faciológicas das unidades. Foi completado com o estudo de testemunhos e perfis de sondagens e estabelecimento de secções colunares em áreas consideradas interessantes e que não se prestavam para um perfil contínuo. Foram feitas cinco seções, estudadas três áreas complementares e sete sondagens, cedidas pela Companhia Riograndense de Mineração - CRM. Os trabalhos de campo foram completados com estudos de laboratório que incluíram análises granulométricas, lâminas delgadas, testes colorimétricos e difração de Raios X. A integração dos dados de campo e de laboratório mostrou que: 1 - O grupo Passa Dois está constituído pelas Formações Irati e Estrada Nova, estando ausente a Formação Rio do Rasto, na faixa aflorante no Estado; 2 - A espessura do Grupo Passa Dois, na faixa aflorante no Estado varia ao redor de 100 metros; 3 - A Formação Irati apresenta duas fácies litológicas no Rio Grande do Sul. A primeira, quando presente, ocupa a posição basal e é caracterizada pela ocorrência de duas camadas de folhelhos pretos pirobetuminosos, associados com lentes calcárias fossilíferas. As camadas de folhelhos pretos contêm, entre elas, um pacote de folhelhos cinza com fratura concóide, com concreções calcárias de coloração amarelo-palha. Estas três camadas estão sobrepostas a um folhelho semelhante ao que está intercalado aos folhelhos pretos e contêm as mesmas lentes calcárias. A essa fácies é aqui proposta a designação fácies Tiaraju, indicando como área tipo a região a sul e a leste da estação Tiaraju, no município de São Gabriel. A segunda fácies, parcialmente sincrônica com a primeira, e que encerra a sedimentação Irati no Estado, é atípica da Formação Irati do resto da Bacia e pode ser descrita como folhelhos cinza-claros e cinza-escuros, às vezes com ritmitos na base, com laminação cruzada, com lentes calcárias de cor amarelo-palha. Em algumas áreas, como a Mina do Leão, os folhetos estão intercalados com siltitos e arenitos finos, de cor cinza, micáceos. A parte superior, a oeste de Pântano Grande, é cortada por veios verticalizados, espessura de 2 a 15 cm, preenchidos por sílica. Para esta fácies é proposta a designação fácies Valente e indicada como área-tipo a região a 5 quilômetros a norte do Passo do Valente, na estrada Bagé-Aceguá; 4 - O conteúdo fossilífero destas fácies da Formação Irati, no Rio Grande do Sul, é o mesmo; 5 - A Formação Estrada Nova também se apresenta com duas fácies litológicas bem distintas, sendo uma pelítica e outra arenosa. Em todas as regiões em que ambas ocorrem a arenosa situa-se no topo; 6 - O contato inferior da Formação Estrada Nova, com a Formação Irati, é marcado pelo aparecimento das cores vermelhas de alteração, que se intercalam com cores cinza-esverdeadas nos folhelhos e folhelhos sílticos. É considerado como topo da fácies inferior o aparecimento de arenitos muito finos em camadas lenticulares de pequena espessura que se alternam com lamitos vermelhos. Para a litofácies é aqui proposto o termo fácies Caveiras, sendo indicada como área tipo a região do Cerro das Caveiras no Município de Dom Pedrito; 7 - O contato superior da Formação Estrada Nova é com a Formação Rosário do Sul, sendo caracterizado pela ocorrência de arenitos médios, de coloração rosa, com estratificação cruzada planar ou acanalada, com conglomerados intraformacionais, ou de arenitos com estratificação ondulada. Este contato é, na maioria dos casos, erosivo sobre os sedimentos da Formação Estrada Nova, sendo aqui interpretado como discordante; 8 - O membro superior é caracterizado pela incidência de corpos lenticulares de arenitos muito finos e pela ocorrência de lentes calcárias com bordos irregulares, e de concreções calcárias elipsoidais de diâmetros de mais de dois metros. A este conjunto é aqui proposto o termo fácies Armada, sendo indicada como área tipo a região a leste do Rio Ibicuí da Armada, na estrada BR-293, no Município de Dom Pedrito; 9 - O conteúdo fossilífero da Formação Estrada Nova no Rio Grande do Sul, presentemente conhecido, não permite caracterizar qualquer das duas fácies. / Not available.
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Corais carboníferos da Amazônia / Not available

Pinto, Irajá Damiani 01 June 1972 (has links)
O presente trabalho compreende o estudo de corais carboníferos da Amazônia. Baseou-se fundamentalmente, em material de Bom Jardim e Monte Cristo, pertencente à Universidade de São Paulo. Contou o autor, ainda, com material de Miritituba, pertencente às coleções do Museu Paraense Emílio Goeldi. Está dividido em duas partes. A primeira inclui: introdução; método de trabalho; terminologia; distribuição geográfica dos corais e fauna associada; considerações sobre os corais registrados para a Formação Itaituba; paleoecologia; significado das faunas de corais, idade e correlação. A segunda versa sobre a taxinomia. A relação dos corais descritos é a seguinte: Tetracoralla: Stereostylus mendesi Pinto, sp. nov.; Stereostylus leinzi Pinto, sp. nov.; Lomphamplexus sp.; Amplexizapherentis petrii Pinto, sp. nov.; Dibunophylloides duncanae Pinto, sp. nov.; Dibunophylloides geiseli Pinto, sp. nov. Tabulata - Multithecopora milanoi Pinto, sp. nov.. Dos registros anteriores, as espécies assinaladas por Katzer, 1903, não foram encontradas. Pelo exame externo do material por ele coletado, e depositado no Museu Paraense Emílio Goeldi, parecem não pertencer aos gêneros assinalados e algumas certamente pertencerão às espécies novas aqui descritas. Quanto à espécie assinalada por Duarte (1938) certamente não pertence ao gênero mencionado. O único coral dos grupos estudados, assinalado para o Grupo Tarma, não corresponde a nenhuma das espécies aqui estudadas. O presente estudo confirma idade Westfaliano C ou D (Desmoinesiano) para os afloramentos de Bom Jardim e talvez pouco mais recente para os de Monte Cristo. / Not available
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Sistema de dobramentos Rio Preto e suas relações com o Cráton do São Francisco

Egydio-Silva, Marcos 04 September 1987 (has links)
O sistema de dobramentos Rio Preto é uma unidade de idade brasiliana (~650 m.a.) que bordeja o Cráton do São Francisco em sua porção noroeste. Caracteriza-se por apresentar uma estrutura assimétrica, com dupla vergência (estrutura em leque), sendo que o domínio sul é bem mais desenvolvido e mostra uma clara vergência tectônica para o Cráton do São Francisco. A transição da faixa para o Cráton dá-se de modo progressivo. O domínio norte, mais curto, está inclinado para norte e cavalga o embasamento policíclico do Estado do Piauí, a transição ocorre, portanto, de maneira abrupta. O conjunto metassedimentar do Sistema de Dobramentos do Rio Preto foi submetido a um encurtamento generalizado que varia de 15 a 20% nas unidades externas, as menos deformadas, e mais 50% nas unidades internas. Este encurtamento da cobertura implica em um descolamento geral da estrutura, o qual foi localizado, a título de hipótese, no contato embasamento-cobertura. Os materiais que constituem o Sistema de Dobramentos Rio Preto representam os equivalentes espessados das coberturas da parte superior do Proterozóico Médio (Grupo Espinhaço Superior ou Grupo Chapada Diamantina) e do Proterozóico Superior (Supergrupo São Francisco) do Cráton do São Francisco. Eles são essencialmente detríticos e possuem uma espessura total da ordem de 5.000 a 7.000 metros, segundo os dados gravimétricos. Desta maneira o preenchimento do graben do Rio Preto iniciou-se , como parece ser o caso de muitas faixas brasilianas, ao redor de 1200 m.a.. A formação Riachão das Neves, topo do Grupo Bambuí na região, correlacionada com a Formação Três Marias, a qual é considerada como um depósito molássico no Estado de Minas Gerais, encontra-se no Sistema Rio Preto afetada pela tectogênese brasiliana, que compreende três fases de dobramentos claramente identificáveis. O metamorfismo é do tipo barroviano e varia de grau médio com registros de retrometamorfismo no embasamento gnáissico. Nenhuma granitização foi observada. Estas coberturas foram depositadas em bacias, cujo centro de subsidência migrou no decorrer dos tempos provavelmente para o Sul, em direção ao Cráton do São Francisco, sendo que cada uma destas recobre em discordância cartográfica a borda meridional da precedente. A mais antiga das bacias, o graben do Rio Preto, coincide com uma forte anomalia gravimétrica negativa (-100 mgal) indicando uma espessa acumulação de sedimentos. O modelo geotectônico proposto é aquele de uma bacia instalada sobre uma crosta continental adelgaçada sem contribuição de material do manto. No decorrer da tectogênese brasiliana (700-500 m.a.) a cobertura é descolada e dobrada, enquanto que o embasamento, nesta época, é pouco afetado. Este modelo, de uma maneira geral, é aplicável a muitas faixas brasilianas no Brasil. Sua particularidade é sua dupla vergência com um transporte de material para o Cráton São Francisco (este é o esquema habitual) e para o embasamento que aflora no Estado do Piauí. As causas desta estrutura em leque permanecem mal elucidadas. / The Rio Preto Fold System was originated during the Brasiliano Orogenic Cycle (700-500 my) along the northwest margin of the São Francisco Cráton. It exhibits, as its most relevant tectonic feature , an asymmetric structure with double vergence. The southern domain of the belt is the widest, and clearly shows a southward tectonic vergence towards the São Franc isco Cráton. Metamorphism and deformation gradually decrease towards the cratonic area. The northern domain is narrower and thrusted northward, over an area of policyclic crystalline basement, in the State of Piauí. A general N-S shortening occurred in all metasedimentary units of Rio Preto Fold System. In the less deformed external portion of the system (the southern domain), shortening varies from 15 to 20%, whereas in the internal portion (the northern domain), shortening is about 50-55%, suggesting a generalized process os decollement throughout the region. The Rio Preto Fold System comprizes mainly detritic sediments of the Chapada Diamantina Group and São Francisco Supergroup deposited during mid to late Proterozoic times. These sediments are about 7000-8000 meters in thickeness, according to composite geologic profiles, but their maximum depth is about 7200 meters, if gravimetric data are considered. The Rio Preto Graben was completely filled up around 1200 my ago. The Riachão das Neves Formation, the youngest unit of the Bambuí Group in the region can be correlated to the Três Marias Formation, a molassic deposit characterized in the State of Minas Gerais, and has been folded during the Brasiliano tectogenesis. Three deformational events can be observed for the structural evolution. The sediments were initially deposited in tectonic basins, whose depocenters migrated progressively southwards. The older basin, the Rio Preto Graben is the site of very large gravimetric anomalies (-100 mgals), suggesting thick accumulation of sediments. Regional metamorphism is barrovian, presenting low grade in the southern domain and middle grade in the northern sector of the area, where evidences of retrometamorphism were also detected. The geodynamic model is that of a marginal basin formed on a thinned continental crust, without contribution from material of the mattel, this, a model that can be applied, in the authors opinion, to most folded belts of the Brasiliano/Pan African orogenic cycles, in West Gondwana. The peculiar double tectonic vergence of the Rio Preto folded belt remains without an adequate explanation, at present.

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