• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 511
  • 6
  • 4
  • 3
  • 2
  • Tagged with
  • 524
  • 207
  • 146
  • 138
  • 138
  • 98
  • 73
  • 72
  • 69
  • 66
  • 57
  • 57
  • 45
  • 45
  • 42
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
231

Caracterização estratigráfica do preenchimento do vale inciso do Baixo Rio Doce durante o pleistoceno superior-holoceno

Dessart, Rafael Lima January 2009 (has links)
Submitted by Nara Lays Domingues Viana Oliveira (naradv) on 2015-06-23T19:47:50Z No. of bitstreams: 1 RafaelDessartGeologia1.pdf: 32404732 bytes, checksum: 64fbe41f803d119a3f06043caed9c874 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-06-23T19:47:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RafaelDessartGeologia1.pdf: 32404732 bytes, checksum: 64fbe41f803d119a3f06043caed9c874 (MD5) Previous issue date: 2009 / Petrobras - Petróleo Brasileiro S. A. / O preenchimento do vale inciso da Bacia do Baixo Rio Doce, localizado junto ao município de Linhares – Espírito Santo, é analisado através da integração de dados geológicos de superfície e subsuperfície, incluindo a interpretação de imagens de satélite, levantamento geofísico, perfilagem geofísica de nove poços, perfazendo um total de 1032,5 metros perfurados, onde foi coletado um total de 1037 amostras e realizados 22 datações pelo método 14C e 21 por luminescência. A interpretação foi realizada segundo os conceitos da estratigrafia de sequências e das variações relativas do nível do mar no Quaternário. O preenchimento do vale inciso ocorreu em dois momentos, à porção inferior Pleistocênica e a superior Holocênica. A escavação e preenchimento Pleiscênicos, porção inferior, é interpretado como o resultado da penúltima regressão (com seu máximo regressivo em 145.000 anos A.P.), escavamento, e a penúltima transgressão (120.000 anos A.P.), preenchimento do vale. Durante a transgressão o nível do mar passou por duas grandes oscilações até atingir o seu máximo regressivo, a cerca de 120.000 anos A.P., quando chegou a cerca de 4 metros acima do nível atual. A escavação final do vale teve início após a penúltima transgressão, quando o nível relativo do mar começou a baixar. Enquanto o nível do mar rebaixava passava por oscilações até atingir o seu máximo regressivo em 18.000 anos A.P., chegando a 120 metros abaixo do nível atual, gerando uma incisão de cerca de 100m de profundidade sobre a sedimentação pleistocênica. Com o fim da regressão e início da transgressão, o vale começa a ser preenchido. O nível relativo do mar se eleva rapidamente até por volta de 7.000 anos A.P. quando a elevação do nível do mar desacelera até atingir o nível atual. Há cerca de 5.600 anos A.P. o nível do mar atinge seu máximo transgressivo, chegando a 5 metros acima do atual. A partir deste momento tem-se a origem do sistema ilhas-barreiras/lagunas, desta forma tem-se início a formação do delta intralagunar. Há aproximadamente 5.600 anos A.P. o nível relativo do mar começa a regredir, passando por oscilações, até atingir o nível atual. / Completion of the item is worth the Basin of the Lower Rio Doce, located in the city of Linhares - Espírito Santo, is analyzed through the integration of geological data for surface and subsurface, including the interpretation of satellite imagery, geophysical survey, borehole geophysics nine wells, a total of 1032.5 meters drilled, where he collected a total of 1037 samples and 22 dating performed by the method 14C and 21 luminescence. The interpretation was performed according to the concepts of sequence stratigraphy and variations in sea level in the Quaternary. Filling the valley item occurred in two phases, the lower portion of upper Pleistocene and Holocene. The excavation and filling Pleiscênicos, lower portion, is interpreted as the result of the penultimate regression (with your most regressive in 145,000 years AP), trenching, and penultimate transgression (120,000 years BP), filling the valley. During the transgression the sea level rose by two big swings down to its most regressive, about 120,000 years BP, when it reached about 4 meters above the present level. The final excavation of the valley began after the last transgression, when the relative sea level began to fall. While sea level fluctuations degrading passed through to reach its maximum regressive at 18,000 years BP, reaching 120 meters below the current level, generating an incision of about 100m depth on the Pleistocene sedimentation. With the end of the beginning of regression and transgression, the valley begins to fill. The relative sea level rises rapidly until about 7,000 years BP, when rising sea coast to reach the current level. There are about 5,600 years BP the sea level reached its maximum transgressive, reaching 5 meters higher than today. From this moment we have the origin of the system ilhas-barreiras/lagunas thus has initiated the formation of delta intralagunar. There are approximately 5,600 years BP the relative sea level begins to decline, through oscillations to reach the current level.
232

Geologia precambriana da região de Nova Era, extremo NE do Quadrilátero Ferrífero - MG / Not available.

Guarnieri, Lucia Baroni 10 September 2003 (has links)
A região de Nova Era, de ~800 km2, a NE do Quadrilátero Ferrífero, MG, na zona de transição do Cráton do São Francisco para o Cinturão Móvel Atlântico, foi mapeada em escala 1:50.000 como fundamento para estudos litoestratigráfico-estruturais, petrográficos, metamórfico-geotermobarométricos, geoquímicos e de evolução crustal precambriana. Gnaisses, migmatitos e metagranitóides TTG retrabalhados (TTG) são as rochas arqueanas mais antigas da região, de maior expressão no domínio SW. O Gnaisse Monlevade (GnM), um conjunto de gnaisses bandados e xistos vulcano-sedimentares, foi dividido em três unidades litoestratigráficas, do topo para a base, de gnaisses félsicos, metapelíticos e anfibolíticos máfico-ultramáficos predominantes, e duas litológicas, de formações ferríferas bandadas (BIF) e rochas metaultramáficas. O GnM é contínuo e correlacionado aos grupos Nova Lima e Quebra Osso do greenstone belt arqueano Rio das Velhas. Metagranitóides Borrachudos (GB) tardi-arqueanos transicionam em corpos contíguos para Metagranitóides Foliados com Fluorita (MGF) pelo principal metamorfismo regional progressivo paleoproterozóico. Têm composições de álcali feldspato granitos com fluorita hololeucocráticos e contatos gradacionais tectono-metamórficos e metassomáticos de feldspatização potássica com os TTG e gnaisses félsicos do GnM. O Gnaisse bandado heterogêneo (GnH), um biotita gnaisse atípico, ocorre nos contatos do GnM com GB/MGF. Metassedimentos do Supergrupo Minas (Smi) paleoproterozóico, quartzito-itabiríticos com hematita, metapelíticos e calciossilicáticos das formações Moeda, Cauê, Gandarela e Cercadinho encontram-se nos domínios NW e SW da região. Metagranitóides porfiríticos hololeucocráticos (MGP) com feldspato alcalino róseo facoidal grosso, encontrados num único corpo, são rochas intrusivas sinorogênicas paleoproterozóicas. Por fim, metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos não-deformados intrudiram, em soleiras e diques, todos os demais litotipos precambrianos. A foliação metamórfica regional principal (Sn), gerada pelo evento tectono-metamórfico principal (Dn) durante a orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, compressiva de E-SE para W-NW, apresenta-se, sempre, de baixos ângulos até subhorizontal, sendo mais regular nos domínios NW e SW com mergulhos, respectivamente, para W-NW e E-SE. No domínio SE, predominam caimentos para W com máximos a SW, W e NW, mas ocorrem também, com freqüência, caimentos bem definidos para NE e SE. No GnM observaram-se, também com maior freqüência no domínio SE, padrões de interferência das dobras Dn com dobras pretéritas (Dn-1) de eixos E-W até SE, vergentes para S-SW, caracterizando a deformação Dn-1 como compressiva N-S. À Sn associam-se ainda falhas inversas pseudoconcordantes como contatos entre os principais conjuntos litológicos. Assim, estas falhas de empurrão, quando vergentes para E (com caimentos W-NW), caracterizam zonas de retrocavalgamentos (falhas antitéticas) e, quando vergentes para W-NW (com caimentos E-SE), zonas de cavalgamentos frontais, do mesmo sistema colisional principal, compressivo de E-SE para W-NW, formado pela orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, nessa parte da borda E-SE do Cráton do São Francisco. Deformações posteriores incluíram falhas e fraturas verticais e de alto ângulo normais e inversas N-S, NW-SE e E-W, de atividade tectônica e magmática recorrente, precambriana e fanerozóica/subrecente, como mostram metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos associados às mesmas estruturas, e o controle destas sobre a rede de drenagem. O metamorfismo regional principal dínamo-termal progressivo pós-Minas (paleoproterozóico superior) varia na área, em geral de W para E, da fácies anfibolito inferior à média, i.e., da zona da estaurolita à zona da 1ª isógrada da sillimanita, e teve pico termal pós-cinemático. A reabsorção da granada em coronas de descompressão de plagioclásio e quartzo, em anfibolitos da parte NE da área, indica ainda taxa de exumação elevada, com despressurização isotérmica no caminho retrógrado deste metamorfismo. Seguiu-se a ele ainda retrometamorfismo em fácies xisto-verde. Em estudos geotermobarométricos do metamorfismo principal, foram identificadas temperaturas médias de 585-628 °C para pares de Gr-Bt de localidades centrais da área. No entanto, a progressão metamórfica,também indicada pelo zoneamento de granadas, não foi homogênea e regular por toda a área encontrando-se, em rochas da região NE, temperaturas Gr-Bt relativamente mais baixas, ainda que de fácies anfibolito. As pressões (geobarômetros GASP) apresentam-se de 3,2 a 4,7 kbar, com valores mais elevados, de 5,2 a 6,1 kbar, na região da usina hidrelétrica Guilman Amorin, possivelmente por efeitos de retrocavalgamentos. Estudos litogeoquímicos do GnM mostraram, para as rochas metaultramáficas, composições de komatitos e, para os anfibolitos, derivação de magmas toleiíticos variando de alto-Mg a alto-Fe. Anfibolitos das porções superiores do GnM apresentaram-se ainda enriquecidos em elementos incompatíveis quando comparados com anfibolitos das partes intermediárias e basais. Como ambientes generativos, os anfibolitos do GnM indicam dorsais oceânicas (MORB-N e E) até, eventualmente, arcos de ilhas, coerentes com a evolução geotectônica de seqüências vulcano-sedimentares arqueanas de tipo greenstone belt, como admitida para os protolitos do Gnaisse Monlevade. Os TTG apresentam padrões geoquímicos distintos dos demais metagranitóides estudados (GB, MGF, MGP, GnH e gnaisses félsicos do GnM) que, entre si, mostram-se bastante similares. As similaridades muito expressivas dos GB e MGF sustentam relações de protolitos GB transformados em MGF por metamorfismo essencialmente isoquímico. Já as similaridades de gnaisses félsicos do GnM e dos GnH comos GB/MGF devem ter sido causadas por processos metamórfico-metassomáticos aloquímicos, como também indicam os enriquecimentos dos ETRL La, Ce, Nd. A evolução crustal precambriana da região de Nova Era iniciou-se com a constituição de terrenos TTG e granito-greenstone belt no Arqueano, representados pelos TTG, GnM e GB. No Paleoproterozóico seguiu-se a deposição de tipo margem passiva dos sedimentos do Supergrupo Minas sobre o embasamento siálico arqueano e a inversão para margem ativa, numa orogênese colisional ensiálica, incluindo obducção e espessamento crustal por cavalgamentos e embricamentos frontais e retrocavalgamentos, assim como o principal metamorfismo regional progressivo. No Meso a Neoproterozóico ocorreram tectônica rúptil de soerguimento e exumação do orógeno Minas paleoproterozóico, magmatismo basáltico e, por fim, o evento tectono-termal Brasiliano; no Fanerozóico, por recorrências tectônica e magmática, reativação das estruturas rúpteis e mais um período de magmatismo basáltico. / A região de Nova Era, de ~800 km2, a NE do Quadrilátero Ferrífero, MG, na zona de transição do Cráton do São Francisco para o Cinturão Móvel Atlântico, foi mapeada em escala 1:50.000 como fundamento para estudos litoestratigráfico-estruturais, petrográficos, metamórfico-geotermobarométricos, geoquímicos e de evolução crustal precambriana. Gnaisses, migmatitos e metagranitóides TTG retrabalhados (TTG) são as rochas arqueanas mais antigas da região, de maior expressão no domínio SW. O Gnaisse Monlevade (GnM), um conjunto de gnaisses bandados e xistos vulcano-sedimentares, foi dividido em três unidades litoestratigráficas, do topo para a base, de gnaisses félsicos, metapelíticos e anfibolíticos máfico-ultramáficos predominantes, e duas litológicas, de formações ferríferas bandadas (BIF) e rochas metaultramáficas. O GnM é contínuo e correlacionado aos grupos Nova Lima e Quebra Osso do greenstone belt arqueano Rio das Velhas. Metagranitóides Borrachudos (GB) tardi-arqueanos transicionam em corpos contíguos para Metagranitóides Foliados com Fluorita (MGF) pelo principal metamorfismo regional progressivo paleoproterozóico. Têm composições de álcali feldspato granitos com fluorita hololeucocráticos e contatos gradacionais tectono-metamórficos e metassomáticos de feldspatização potássica com os TTG e gnaisses félsicos do GnM. O Gnaisse bandado heterogêneo (GnH), um biotita gnaisse atípico, ocorre nos contatos do GnM com GB/MGF. Metassedimentos do Supergrupo Minas (Smi) paleoproterozóico, quartzito-itabiríticos com hematita, metapelíticos e calciossilicáticos das formações Moeda, Cauê, Gandarela e Cercadinho encontram-se nos domínios NW e SW da região. Metagranitóides porfiríticos hololeucocráticos (MGP) com feldspato alcalino róseo facoidal grosso, encontrados num único corpo, são rochas intrusivas sinorogênicas paleoproterozóicas. Por fim, metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos não-deformados intrudiram, em soleiras e diques, todos os demais litotipos precambrianos. A foliação metamórfica regional principal (Sn), gerada pelo evento tectono-metamórfico principal (Dn) durante a orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, compressiva de E-SE para W-NW, apresenta-se, sempre, de baixos ângulos até subhorizontal, sendo mais regular nos domínios NW e SW com mergulhos, respectivamente, para W-NW e E-SE. No domínio SE, predominam caimentos para W com máximos a SW, W e NW, mas ocorrem também, com freqüência, caimentos bem definidos para NE e SE. No GnM observaram-se, também com maior freqüência no domínio SE, padrões de interferência das dobras Dn com dobras pretéritas (Dn-1) de eixos E-W até SE, vergentes para S-SW, caracterizando a deformação Dn-1 como compressiva N-S. À Sn associam-se ainda falhas inversas pseudoconcordantes como contatos entre os principais conjuntos litológicos. Assim, estas falhas de empurrão, quando vergentes para E (com caimentos W-NW), caracterizam zonas de retrocavalgamentos (falhas antitéticas) e, quando vergentes para W-NW (com caimentos E-SE), zonas de cavalgamentos frontais, do mesmo sistema colisional principal, compressivo de E-SE para W-NW, formado pela orogênese paleoproterozóica superior pós-Minas, nessa parte da borda E-SE do Cráton do São Francisco. Deformações posteriores incluíram falhas e fraturas verticais e de alto ângulo normais e inversas N-S, NW-SE e E-W, de atividade tectônica e magmática recorrente, precambriana e fanerozóica/subrecente, como mostram metadiabásios neoproterozóicos e diabásios mesozóicos associados às mesmas estruturas, e o controle destas sobre a rede de drenagem. O metamorfismo regional principal dínamo-termal progressivo pós-Minas (paleoproterozóico superior) varia na área, em geral de W para E, da fácies anfibolito inferior à média, i.e., da zona da estaurolita à zona da 1ª isógrada da sillimanita, e teve pico termal pós-cinemático. A reabsorção da granada em coronas de descompressão de plagioclásio e quartzo, em anfibolitos da parte NE da área, indica ainda taxa de exumação elevada, com despressurização isotérmica no caminho retrógrado deste metamorfismo. Seguiu-se a ele ainda retrometamorfismo em fácies xisto-verde. Em estudos geotermobarométricos do metamorfismo principal, foram identificadas temperaturas médias de 585-628 °C para pares de Gr-Bt de localidades centrais da área. No entanto, a progressão metamórfica,também indicada pelo zoneamento de granadas, não foi homogênea e regular por toda a área encontrando-se, em rochas da região NE, temperaturas Gr-Bt relativamente mais baixas, ainda que de fácies anfibolito. As pressões (geobarômetros GASP) apresentam-se de 3,2 a 4,7 kbar, com valores mais elevados, de 5,2 a 6,1 kbar, na região da usina hidrelétrica Guilman Amorin, possivelmente por efeitos de retrocavalgamentos. Estudos litogeoquímicos do GnM mostraram, para as rochas metaultramáficas, composições de komatitos e, para os anfibolitos, derivação de magmas toleiíticos variando de alto-Mg a alto-Fe. Anfibolitos das porções superiores do GnM apresentaram-se ainda enriquecidos em elementos incompatíveis quando comparados com anfibolitos das partes intermediárias e basais. Como ambientes generativos, os anfibolitos do GnM indicam dorsais oceânicas (MORB-N e E) até, eventualmente, arcos de ilhas, coerentes com a evolução geotectônica de seqüências vulcano-sedimentares arqueanas de tipo greenstone belt, como admitida para os protolitos do Gnaisse Monlevade. Os TTG apresentam padrões geoquímicos distintos dos demais metagranitóides estudados (GB, MGF, MGP, GnH e gnaisses félsicos do GnM) que, entre si, mostram-se bastante similares. As similaridades muito expressivas dos GB e MGF sustentam relações de protolitos GB transformados em MGF por metamorfismo essencialmente isoquímico. Já as similaridades de gnaisses félsicos do GnM e dos GnH comos GB/MGF devem ter sido causadas por processos metamórfico-metassomáticos aloquímicos, como também indicam os enriquecimentos dos ETRL La, Ce, Nd. A evolução crustal precambriana da região de Nova Era iniciou-se com a constituição de terrenos TTG e granito-greenstone belt no Arqueano, representados pelos TTG, GnM e GB. No Paleoproterozóico seguiu-se a deposição de tipo margem passiva dos sedimentos do Supergrupo Minas sobre o embasamento siálico arqueano e a inversão para margem ativa, numa orogênese colisional ensiálica, incluindo obducção e espessamento crustal por cavalgamentos e embricamentos frontais e retrocavalgamentos, assim como o principal metamorfismo regional progressivo. No Meso a Neoproterozóico ocorreram tectônica rúptil de soerguimento e exumação do orógeno Minas paleoproterozóico, magmatismo basáltico e, por fim, o evento tectono-termal Brasiliano; no Fanerozóico, por recorrências tectônica e magmática, reativação das estruturas rúpteis e mais um período de magmatismo basáltico.
233

Palinoestratigrafia do turoniano da área de Laranjeiras, na Bacia de Sergipe : inferências paleoambientais e paleoclimáticas

Santos, Paulo Roberto Silva January 2009 (has links)
O registro geológico correspondente à passagem do Cenomaniano ao Turoniano é reconhecido mundialmente por documentar o mais importante fenômeno eustático de elevação do nível dos mares no Cretáceo. Associado a este, ocorreu um evento anóxico oceânico de natureza global, com importantes implicações econômicas na formação de extensos depósitos pelíticos ricos em matéria orgânica e potencialmente geradores de hidrocarbonetos. No Brasil este intervalo é encontrado predominantemente em sub-superfície, em poços de petróleo terrestres e marítimos. A melhor exposição desta seção se encontra na pedreira Votorantim, no município de Laranjeiras, Estado de Sergipe. Através de análises palinológicas semiquantitativas realizadas em testemunhos e exposições de rocha recuperadas pela atividade da mineração, é proposto neste trabalho um arcabouço palinoestratigráfico para a seção estudada, integrando-se ainda dados paleoecológicos que suportaram uma interpretação estratigráfica segundo a metodologia da Estratigrafia de sequências. / The Cenomanian –Turonian boundary is worldwide recognized as the most important eustatic event of the sea level rise in the Cretaceus, correlated with a global oceanic anoxic event, which induced the widespread formation of organic and rich pelitic deposits from the potential source rocks of hydrocarbon. In Brazil this section is predominantly found in the subsurface, onshore and offshore oil wells. One of the best outcrops of this interval is found in the Votorantim/CIMESA Quarry, in Laranjeiras, State of Sergipe, Brazil. Through a semiquantitative palynological study, based on mining cores drilled in the quarry, a palynostratigraphic framework is proposed for the studied section, integrated with additional paleoecological inferences and interpretations based on the Sequence stratigraphy methodology.
234

Estratigrafia e tectônica da seção rifte no Gráben de Camamu, porção emersa da Bacia de Camamu, Bahia

Born, Christian Corrêa January 2009 (has links)
O Gráben de Camamu corresponde à parte sul de um sistema de grábens conectados, controlado pelo sistema de Falhas de Maragogipe, na porção continental da Bacia de Camamu. Trabalhos anteriores interpretaram os depósitos aflorantes neste gráben como pertencentes Grupo Brotas, fase pré-rifte de evolução da bacia. No presente trabalho foi realizado um estudo estratigráfico detalhado nesta área. Evidências estruturais e estratigráficas aqui apresentadas indicam que esses depósitos foram controlados por tectônica extensional e, portanto, devem ser relacionados com a fase rifte de evolução da bacia. Os depósitos analisados foram divididos em duas seqüências deposicionais, limitadas por discordância. A Seqüência I assenta-se sobre o embasamento e é composta em sua base por depósitos de leques aluviais provenientes da margem leste e depositados durante a rotação do embasamento. Estes leques eram caracterizados por fluxos gravitacionais e por canais entrelaçados rasos associados a dunas eólicas. Durante esta etapa, a drenagem principal, caracterizada por um sistema entrelaçado profundo, fluía para ENE, transpassando os altos estruturais que limitavam o Gráben de Camamu. O padrão agradacional e as características fluviais configuram um trato de sistemas de baixa taxa de acomodação. Sobre estes depósitos se estabelece um sistema fluvial distributário, caracterizado por rios com baixa mobilidade lateral e moderada sinuosidade, que em sua porção distal perdem sua descarga rapidamente, dando vez a depósitos de inundações em lençol distais em uma planície de inundação com lagos rasos e efêmeros. A mudança abrupta na arquitetura fluvial e o padrão de empilhamento retrogradacional caracterizam um trato de sistemas de alta acomodação. A erosão generalizada dos depósitos bacinais da planície de inundação marca o início da Seqüência II. Sobre esta superfície se estabelecem sistemas fluviais distributários proximais caracterizados pela intercalação de canais fluviais de carga de fundo e inundações em lençol arenosas, com paleocorrentes para ENE e N, associados com dunas eólicas subordinadas geradas por paleoventos para NE. A mudança abrupta de fácies e da arquitetura fluvial em relação ao trato de sistemas anterior registram a retomada da sedimentação em condições de baixas taxas de criação de espaço de acomodação. / The Camamu Graben corresponds to the southern part of a system of connected grabens controlled by the Maragogipe’s Fault System, located in the continental part of the Camamu Basin. Previous works have interpreted the deposits that crop out in this graben as belonging to the Brotas Group, which corresponds to the pre-rift stage. In this paper we present a detailed stratigraphic study of this area. Structural and stratigraphic evidence presented here indicate that these deposits were controlled by extensional tectonics and thus should be related to the rift phase of basin evolution. The studied deposits were divided into two unconformity-bounded sequences. Sequence I lies directly upon the basement, and it is composed at its base of alluvial fan deposits at the east margin, deposited during basement rotation. These fans are characterized by gravity flows and shallow braided channels associated with aeolian dunes. During this stage, the main drainage, characterized by deep braided-channel systems, flowed toward east-northeast, transposing the eastern structural high. The aggradational stacking pattern and the fluvial architectural style configures a low accommodation systems tract. A distributary fluvial system overlies these deposits. The former is characterized by moderate sinuosity channels with low lateral mobility, bordered by a broad floodplain. These channels quickly lose most of their discharge at its distal zone, where lowenergy sheet flood deposits spread over a muddy distal flood plain with shallow and ephemeral lakes. The abrupt change in fluvial style and the retrogradational stacking pattern marks the initiation of a high accommodation systems tract. The generalized erosion of distal floodplain deposits marks the beginning of Sequence II. Above this surface, a proximal fluvial distributary system is developed, characterized by intercalation of bed load fluvial channels and sandy sheet floods that flow northeastward. Subordinated aeolian dunes occur adjacent to the fluvial deposits. The fluvial architecture characterizes the deposition of these rocks as occurring during a low acommodation systems tract.
235

Estudo geoquímico e isotópico de anfibolitos e rochas metassedimentares da Sequência Metavulcanossedimentar Veríssimo e Grupo Araxá, Pires do Rio – GO

Piauilino, Pedro Ferreira 20 April 2018 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia, 2018. / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). / A porção Sudeste da Faixa Brasília, no Brasil Central, apresenta rochas máficas de idade Neoproterozóica em fácies metamórfica anfibolito. Elas estão intrudidas em sequências metassedimentares relacionadas à colisão dos crátons Amazônico, São Francisco e Paranapanema. Na área de Pires do Rio-Catalão, rochas máficas puderam ser relacionadas a três eventos principais: o primeiro, com idade U-Pb em zircão de 979.4 ± 17 Ma relacionado a basaltos toleíticos de baixo K na Sequência Metavulcanossedimentar Veríssimo. Tais basaltos possuem anomalias negativas de Rb, K, P, e Ti em diagramas normalizados para o manto primitivo e são enriquecidos em ETRL, similar ao padrão de fonte de basaltos de cadeia oceânica enriquecidos (E-MORB). Basaltos transicionais também interpretados a esse evento são caracterizados por altas razões La/Lu e possuem anomalias negativas em Rb, K, Pb e Sr quando normalizados ao manto primitivo, e apresentam afinidade geoquímica com fontes tipo basaltos de ilha oceânica (OIB). Tal evento é associado à sequência vulcano- sedimentar de aproximadamente 1 Ga, com dominante proveniência cratônica. Dados isotópicos de Sm-Nd apresentam uma idade-modelo TDM entre 1,26 e 1,4 Ga e valores εNd(t) de +2,69 a +4,57 para amostras tipo MORB menos contaminadas, e valores a cerca de +2,5 para basaltos tipo OIB. A configuração tectônica para esse evento provavelmente envolve afinamento crustal e ascenção mantélica em um regime de extensão continental, durante o desenvolvimento de uma margem passiva. O segundo evento magmático máfico do tipo MORB, foi representado por basaltos intrudidos ao longo da sedimentação do Grupo Araxá, pode ser relacionado a uma extensão incipiente de forearc/back-arc em 870.7 ± 4.1 Ma para o magmatismo tipo E-MORB e 819.7 ± 6.3 Ma para magmatismo tipo OIB. Essas rochas apresentam uma distinta anomalia negativa de Nb-Ta, juntamente com valores levemente positivos de εNd(t) entre +0,78 a +2,71 e idades mais velhas de TDM entre 1,32 a 1,8 Ga sugerem um ambiente relacionado a processos de subducção. O terceiro evento é representado por magmatismo basáltico/gabróico do tipo OIB sin- a tardi-tectônico em 651.7 ± 6.5 Ma, com idades TDM de 1.0 Ga e valores positivos de εNd(t) de +1,82 a +2,57 que podem ser atribuídos à colisão continental regional e o fechamento do oceano Neoproterozoico. Tais resultados sugerem que bacias tectonicamente superpostas no Brasil Central podem ser associadas com a ocorrência de magmatismo máfico através de um intervalo de tempo tão extenso quanto a longa duração da evolução da Faixa Brasília (1.0-0.6 Ma). Ademais, tais configurações podem ser aplicáveis em outros cenários tectônicos modernos e pretéritos ao redor do mundo. / The Southeastern Brasília Belt of Central Brazil exhibits Neoproterozoic mafic rocks of amphibolite metamorphic grade that were emplaced in metasedimentary sequences related to the collision of the Amazonian and São Francisco cratons at the end of the Neoproterozoic. In the Pires do Rio-Catalão area, mafic rocks can be classified to be related to three main events: The first one, at 979.4 ± 17 Ma as recorded in U-Pb data for zircon, is related to low-K tholeiitic basalts and related alkali basalts. The low-K tholeiitic basalts have negative Rb, K, P and Ti anomalies in a primitive mantle-normalized trace element spider diagram and are LREE-enriched, similar to E-MORB source patterns. The related alkali basalts are characterized by higher La/Lu ratios, have negative Rb, K, Pb and Sr anomalies when normalized to primitive mantle, and have a chemical affinity to OIB. This event can be associated with a 1 Ga volcano- sedimentary sequence that is dominated by cratonic provenance. Sm-Nd isotopic data that give TDM model ages between 1.26 and 1.4 Ga and εNd(t) values of +2.69 to +4.57 for uncontaminated MORB-like, and ca. +2.5 values for OIB-like basalts.The tectonic setting for this event would be into a continental extension of crustal thinning and mantle upwelling during passive margin development. The second mafic magmatic event, represented by Araxá Group syn- sedimentary basalts, can be related with an incipient forearc/back-arc extension at 870.7 ± 4.1 Ma for E-MORB basalts and 819.7 ± 6.3 Ma for OIB-like basalts. These rocks show a distinct Nb-Ta negative anomaly, slightly lower εNd(t) values of +0.78 to +2.71 and older TDM ages from 1.32 to 1.8 Ga suggesting a syn-subduction tectonic environment. The third event is represented by syn- to late-tectonic OIB-like basaltic/gabbroic magmatism at ca. 650 Ma, with younger TDM ages at ca. 1.0 Ga and positive εNd(t) values of +1.82 to +2.57 that can be associated to regional continental collision and final closure of the Neoproterozoic ocean. These findings suggest that some tectonically superposed basins in Central Brazil might have individual association to occurrence of mafic magmatism along a timespan as wide as the long-lived evolution of the Brasília Belt (1.0-0.6 Ma). Furthermore, this scenario may be applicable to other ancient and modern scenarios worldwide.
236

O Grupo Santa Bárbara (Neoproterozóico III) da Bacia do Camaquã, Rio Grande do Sul / Not available.

Gelson Luís Fambrini 07 November 2003 (has links)
Na porção centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, sobre rochas metamórficas e ígneas do Escudo Gaúcho, afloram coberturas não metamorfizadas do Neoproterozóico III-Eopaleozóico reunidas no Supergrupo Camaquã. Esta unidade é formada, da base para o topo, pelas seguintes unidades: (i) Grupo Maricá (siliciclástico), (ii) Grupo Bom Jardim (vulcano-sedimentar), (ii) Formação Acampamento Velho (vulcânica), (iii) Grupo Santa Bárbara (siliciclástico), (iv) Grupo Guaritas (siliciclástico) e (v) Suíte Intrusiva Rodeio Velho. O Supergrupo Camaquã aflora em três sub-bacias de direção preferencial NNE-SSW (sub-bacias Camaquã Ocidental, Central e Oriental), separadas pelos altos de embasamento de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas, com espessura superior a 6000 m. O objetivo desta tese foi o estudo da evolução tectono-sedimentar do Grupo Santa Bárbara com base a dados de mapeamento geológico (em escalas regional, de semi-detalhe e de detalhe), litoestratigráficos, sedimentológicos de proveniência e paleocorrentes, de sistemas deposicionais, de evolução paleogeográfica, de estratigrafia de seqüências, petrográficos e estruturais. O Grupo Santa Bárbara aflora nas três sub-bacias que compreendem o Supergrupo Camaquã no RS e é caracterizado por uma espessa sucessão siliciclástica (superior a 6000 m de espessura) posterior à atividade vulcânica principal. Este grupo subdivide-se em: (i) Formação Estância Santa Fé, restrita à Sub-Bacia Camaquã Ocidental; (ii) Formação Passo da Capela; dominando a Sub-Bacia Camaquã Oriental e alcançando a base da Sub-Bacia Camaquã Central; (iii) Formação Seival, com exposições na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e na Sub-Bacia Camaquã Central; (iv) Formação Rincão dos Mouras, discordante sobre a Formação Passo da Capela na Sub-Bacia Camaquã Oriental e sobre a Formação Seival nas demais sub-bacias e (v) Formação João Dias, exposta apenas na Sub-Bacia Camaquã Central cobrindo a Formação Rincão dos Mouras. A Formação Estância Santa Fé ocorre em discordância erosiva e levemente angular tanto sobre unidades do Grupo Bom Jardim quanto da Formação Acampamento Velho. Compõe-se de conglomerados e arenitos, subordinadamente siltitos e arenitos finos, com até 1200 m de espessura. Estes depósitos são interpretados como sistemas de leques aluviais dominados por processos de enchentes em lençol e canais fluviais de rios entrelaçados. A análise de paleocorrentes indica dois padrões de transporte sedimentar: um transversal à bacia, associado aos leques aluviais; e outro paralelo ao eixo da bacia, com transporte axial para norte em planícies de rios entrelaçados. A Formação Passo da Capela apresenta a maior espessura já verificada dentro do Grupo Santa Bárbara, alcançando cerca de 4000 m na Sub-Bacia Camaquã Oriental. A principal associação litofaciológica compreende conglomerados e arenitos grossos depositados por fluxos gravitacionais de massa subaquosos e arenitos e ritmitos gerados por correntes de turbidez, representativos de ambiente de leques submarinos. Estes depósitos de leques intercalam-se com arenitos e ritmitos de ambiente marinho (indicado por minerais de glauconita), dominado por ondas de tempestades. A Formação Passo da Capela apresenta, ainda, intercalações de dois níveis de sismitos indicativos de atividade tectônica normal sin-sedimentar, e quatro camadas pouco espessas de tufitos félsicos nos intervalos estratigráficos basais. A análise de paleocorrentes indica padrão longitudinal às bordas da bacia com sentido preferencial para NNE. A Formação Seival (até 1000 m) ocorre diretamente sobre a Formação Estância Santa Fé na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e na Sub-Bacia Camaquã Central, em contato tectônico com a Formação Passo da Capela. Constitui-se de arenitos médios a muito finos com subordinada contribuição de arenitos grossos, além de siltitos, depositados em ambiente marinho de: (i) baía estuarina e planície litorânea, (ii) tempestitos de costa-afora e (iii) planície de mares. As paleocorrentes indicam transporte principal para N. A Formação Rincão dos Mouras (até 2000 m), comum a todas as sub-bacias, constitui-se de conglomerados e arenitos conglomeráticos depositados principalmente por sistemas de leques aluviais e fluviais entrelaçados. As análises de proveniência e paleocorrentes indicam que os altos de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas serviram como área fonte para esses depósitos aluviais, sugerindo o soerguimento destes altos durante a evolução do preenchimento sedimentar desta unidade. Desta forma, a Formação Rincão dos Mouras marca a compartimentação tectônica da Bacia do Camaquã em sub-bacias através do soerguimento de altos internos. A Formação João Dias, restrita à Sub-Bacia Camaquã Central engloba espessos depósitos (>500 m) de arenitos marinhos costeiros dominados por ondas. Esta unidade caracteriza-se pelo predomínio de arenitos médios bem selecionados, apesar de localmente ocorrerem arenitos finos e camadas pouco espessas de conglomerados finos (níveis com seixos residuais). São os depósitos de maior expressão areal na região das Minas do Camaquã, limitando-se por discordância angular e erosiva com os arenitos e arenitos conglomeráticos do Grupo Guaritas, sobrepostos. A Formação João Dias compreende depósitos de antepraia, de face litorânea superior e tempestitos litorâneos. A análise estratigráfica de fácies e sistemas deposicionais permitiu a individualização de três seqüências deposicionais nas sub-bacias Camaquã Oriental e Central e duas seqüências na Sub-Bacia Camaquã Ocidental. O reconhecimento de tratos de sistemas possibilitou a correlação espacial e temporal dos diversos sistemas deposicionais nas diferentes sub-bacias. Basicamente estas seqüências marcam a evolução de três eventos deposicionais associados a variações tectônicas e eustáticas. A sucessão basal (Seqüência Santa Bárbara 1 - SB1) compreende sistemas aluviais que passam lateralmente para sistemas de leque submarino (trato de mar baixo), recobertos por uma sucessão marinha caracterizada por depósitos rasos na borda ocidental e profundos na oriental (trato transgressivo e de mar alto). A Seqüência Santa Bárbara 2 (SB2) é caracterizada por depósitos de planícies fluviais de canais entrelaçados na Sub-Bacia Camaquã Ocidental e por depósitos marinhos nas sub-bacias Camaquã Central e Oriental. A seqüência de topo (Seqüência Santa Bárbara 3 - SB3) marca a reorganização tectônica da Bacia do Camaquã que passa a ser individualizada em sub-bacias separadas pelos altos de embasamento de Caçapava do Sul e da Serra das Encantadas. O soerguimento destes altos internos propiciou a instalação de sistemas de leques aluviais e de planícies fluviais que caracterizam as sucessões basais desta seqüência (trato de mar baixo). O topo desta seqüência registra o último evento de ingressão marinha no Grupo Santa Bárbara, caracterizado por depósitos costeiros da Formação João Dias (trato transgressivo e de mar alto). A integração das análises de proveniência de clastos com as interpretações dos ambientes deposicionais e as análises de paleocorrentes levaram a duas conclusões. Em primeiro lugar, constatou-se que existe correlação direta entre os fragmentos presentes na bacia e os litotipos do embasamento atualmente adjacente, indicando assim que movimentações laterais nas falhas de borda da bacia não ocorreram ou, caso aconteceram, não foram importantes na deposição do Grupo Santa Bárbara. Além disso, identificou-se que a contribuição detrítica de altos de embasamento (e.g. Caçapava do Sul), passa a acontecer somente na última seqüência deposicional, sugerindo que o isolamento entre as sub-bacias Camaquã Ocidental, Central e Ocidental ocorreu apenas em um período tardio de evolução do Grupo Santa Bárbara. Tais evidências, aliadas às análises da tectônica sin-sedimentar, indicam que a atividade tectônica responsável pela formação da bacia foi predominantemente de caráter normal, sem deslocamento lateral das áreas fontes em relação aos depósitos delas derivados. As evidências estruturais de transcorrência provavelmente refletem deformações anteriores do embasamento, ou posteriores que moldaram a configuração atualmente verificada. A integração dos dados obtidos aponta que o Grupo Santa Bárbara e, por extensão todo o Supergrupo Camaquã, depositou-se em uma bacia extensional tipo rift, com falhas de borda de rejeito normal ou oblíquo, sem grandes rejeitos direcionais, cujo preenchimento sedimentar foi controlado sobretudo pela subsidência tectônica, aporte clástico e padrões de transporte sedimentar, sob influência das variações relativas do nível do mar. / In the central southern part of Rio Grande do Sul state, unmetamorphosed cover rocks of the Neoproterozoic III-Early Paleozoic Camaguã Supergroup overly metamorphic and igneous rocks of the Gaúcho shield. The supergroup is formed by the following units, from base to top: (i) the siliciclastic Maricá Group; (ii) the volcano-sedimentary Bom Jardim Group; (iii) the volcanic Acampamento Velho Formation; (iv) the siliciclastic Santa Bárbara Group; (v) the siliciclastic Guaritas Group; and (vi) the Rodeio Velho intrusive suite. The supergroup, with a thickness of over 6,000m, crops out in three NNE-SSW oriented sub-basins - Western, Central and Eastern Camaquã, separated by the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs. The aim of this thesis was a study of the tectono-sedimentary evolution of the Santa Bárbara Group using data obtained through regional, semi-detailed and detailed mapping, lithostratigraphic and sedimentological data, studies of provenance and paleocurrents, depositional systems, paleogeographic evolution, sequence stratigraphy, and petrographic and structural studies. The Santa Bárbara Group crops out in the three Camaquã sub-basins and is composed of over 6,000m of siliciclastic sediments deposited after the main volcanic activity. The Group may be subdivided into: the Estância Santa Fé Formation, restricted to the western sub-basin; (ii) the Passo da Capela Formation which dominates the eastern sub-basin, and reaches the baseof the central sub-basin; (iii) the Seival Formation, exposed in the western and central sub-basins; (iv) the Rincão dos Mouras Formation which discordantly overlies the Passo da Capela Formation in the western sub-basin, and the Seival Formation in the other sub-basins; and (v) the João Dias Formation, exposed only in the central sub-basin where it overlies the Rincão dos Mouras Formation. An erosive and slightly angular unconformity separates the Estância Santa Fé Formation from units of the Bom Jardim Group and the Acampamento Velho Formation. It is composed of up to 1,200m of conglomerates and arenites with subbordinate siltites and fine-grained arenites. These deposits are interpreted to be of alluvial fans dominated by sheet floods, and channel deposits in braided rivers. Paleocurrents show that two transport directions existed, one across the basin, responsible for the alluvial fans, the other northwards along the basin axis in the floodplains of the braided rivers. The Passo da Capela Formation is the thickest unit of the Santa Bárbara Group, reaching a thickness of about 4,000m in the eastern sub-basin. The main lithofacies is composed of conglomerates and coarse-grained arenites deposited by subaqueous gravity flows, and arenites and rhythmites deposited by turbidity currents, in submarine fans. The fan deposites are intercalated with marine arenites and rhythmites containing glauconite deposited by storm waves. This formation also contains two main levels of seismic deposits which indicate the action of syn-sedimentary tectonics, a four thin layers of felsics tuffites within the basal levels. Paleocurrent analysis shows that transport was preferentially north-northeastwards, parallel to the borders of the basin. The Seival Formation, with a thickness up to 1,000m, was deposited directly over the Estância Santa Fé Formation in the western sub-basin, and in tectonic contact with the Passo da Capela Formation in the central sub-basin. It is composed of medium- to very fine - grained arenites with subordinate coarse-grained arenites and siltites, deposited in marine environments of: (i) estuary bay and shoreline plain; (ii) estuary bay and shoreline plain; (ii) off-shore storm deposits; and (iii) tidal platform. Transport was mainly northwards. The Rincão dos Mouras Formation, up to 2,000m thick, is present in all sub-basins, and is composed of conglomerates and conglomeratic arenites deposited mainly in alluvial fans and braided rivers. Paleocurrent analysis shows that the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs must have been the source areas for these alluvial deposits, which suggests that these areas were up-lifted during the course of sedimentation of this unit. The Rincão dos Mouras Formation therefore records the separation of the Camaquã Basin into sub-basins through uplift of internal highs. The João Dias Formation, restricted to the central sub-basin, includes more than 500m thick deposits of marine arenites formed in a wave-dominated coastal environment. Well-sorted medium-grained arenites predominate in this unit. though fine-grained arenites and thin conglomerates with lags occur locally. The deposits are most expressive around the Camaquã Mines, and are separated from arenites and conglomeratuc arenites of the overlying Guaritas Group by an angular uncoformity. The formation corresponds to foreshore, upper shoreface and storm deposits in a shallow coastal environments. Stratrigraphic facies and depositional system analysis showed that the depositional sequences are present in the eastern and central sub-basins, and two in the western sub-basin. The recognition of tracts of systems lead to spatial and temporal correlations of the different depositional systemas in the different sub-basins. In essence these sequences record the evolution of three depositional events related to tectonic and eustatic variations. The basal sucession (Santa Bárbara Sequence 1- SB1) is composed of alluvial systems which grade laterally to submarine fan systems - the lowstand tract - overlain by marine sucession with shallow-water deposits at the western border and deep-water deposits in the east - transgressive and highstand tracts. The Santa Bárbara Sequence 2 - SB2 - is formed by braided channell river flood plains in the western sub-basin, and marine deposits int he central and eastern sub-basins. The upper sequence, Santa Bárbara Sequence 3 - SB3- registers the tectonic reorganization of the Camaquã Basin which becomes separated into the three sub-basins by the elevation of the Caçapava do Sul and Serra das Encantadas basement highs. This uplift lead to the installation of alluvial fans and flood plains which are typical of the lower successions of this sequence, during the lowstand tract. The top of this sequence, during the lowstand tract. The top of this sequence registers the last marine ingression in the Santa Bárbara Group on the form of the coastal deposits of the João Dias Formation (the transgressive and highstand tracts). The integration of studies of the provenance of clasts with the interpretations of the depositional systems and the paleocurrent analysis leads to two main conclusions. The first is that there is a direct correlation between the fragments present within the basin and the rock types which are now adjacent to the basin, indicating that lateral movement did not occur along the basin margin faults, or, if they did occur, then they did not have an important influence on the deposition of the Santa Bárbara Group. It was also shown that the contribution of detritus by the basement highs only occurred in the last depositional sequence, suggesting that the isolation of the three sub-basins only occurred at a late stage of the evolution of the group. Such evidence, taken together with the analysis of syn-depositional tectonics, shows that the tectonic activity responsible for basin formation was essencially normal, with no lateral movement of source areas in relations to the sediments derived from them. Structural evidence for transcurrent movements probably reflected earlier or later deformations which produced the presently observed configuration of the basin. The integration of the data also shows that the Santa Bárbara Group and, by extension, the entire Camaquã Supergroup, was deposited in an extensional rift, whose border faults had normal or oblique throw without large slip movements, and whose sedimentary infilling was controlled mainly by tectonic subsidence, the clastic supply and the sedimentary transport under the influence of sea level variations.
237

Facies e evolução paleogeográfica do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana (Neopaleozoico) na Bacia do Paraná, Brasil

Paulo Roberto dos Santos 02 February 1988 (has links)
A presente tese constitui um ensaio de abordagem ao problema da reconstituição da evolução paleoambiental e paleogeográfica do Subgrupo ltararé/Grupo Aquidauana, através da anáIise das facies sedimentares e sua distribuição espacial , em subsuperfície, na bacia do Paraná. A pesquisa leva em conta a possibilidade de correlação regional mais pormenorizada do pacote sedimentar representado pelas duas unidades acima, com base no esquema palinobioestratigráfico do Neopaleozóico da bacia do Paraná proposto por DAEMON & QUADROS (1970). Pesquisas posteriores realizadas pela PETROBRÁS e pelo PAULIPETRO vieram a demonstrar a aplicabilidade prática do zoneamento palinológico acima, que constitui o único arcabouço de correlação ainda dlsponível para o Neopaleozóico da bacia do Paraná. Segundo o esquema de DAEMON & QUADROS (1970), os sedimentos do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana correspondem aos intervalos bioestratigráficos G, H e I, este último subdividido adicionalmente nos subintervalos \'I IND.1\' e \'I IND.2\'+\'I IND.3\'+\'I IND.4\'. A cronologia das subdivisões acima em termos da escala de tempo internacional para o Neopaleozóico é ainda controvertida. Palinologicamente os autores acima citados correlacionaram-nos com o intervalo de tempo do Carbonífero Superior (ESTEFANIANO) ao Permiano Inferior (KUNGURIANO). A interpretação da idade com base em outros fósseis associados (megaplantas e invertebrados), contudo sugere um intervalo menor para a sedimentação do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana, até, provavelmente, o SAKMARIANO (Permiano Inferior). A premissa fundamental da presente tese é que, pelo menos no âmbito da bacia do Paraná, os limites entre os intervalos bioestratigráficos são, grosso modo, isocrônicos, delimitando; desse modo, pacotes depositados penecontemporaneamente. O mapeamento sucessivo de cada intervalo, através das técnicas de análise de litofacies, deveria portanto, fornecer uma visão mais detalhada da evolução paleoambiental e paleogeográfica da bacia, particularmente do importante episódio glacial documentado pelos sedimentos do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana. Os dados de subsuperfície utilizados na presente pesquisa foram obtidos através do exame de 101 perfis de poços perfurados pela PETROBRÁS S/A (71), e posteriormente pelo CONSÓRCIO PAULIPETRO (30), na bacia do Paraná. O trabalho de coleta de dados envolveu: a) a seleção dos intervalos a serem mapeados, tendo em conta a sua distribuição mais ampla na bacia e a consistência dos seus Iimites; b) compilação de informações sobre espessura total e das diversas litofacies selecionadas dentro de cada intervalo; c) construção de mapas de litofacies diversas; d) interpretação com base nos modelos disponíveis na literatura sobre sedimentaçäo glacial , A reconstituição ambiental e paleogeográfica apresentada incorpora ainda, informações derivadas de estudos das faixas aflorantes do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana, e dizem respeito à: a) distribuição de facies reconhecidas nas seções expostas nas faixas leste e oeste de afloramento na bacia do Paraná; b) informações paleontológicas; c) feições direcionais resultantes da abrasão glacial sobre o embasamento mais antigo, ou introformacionalmente; d) direções de transporte sedimentar através de medição de paleocorrentes; e e) caracterização e distribuição de algumas facies específicas, como é o caso dos varvitos, carvões e diamictitos. Outro aspecto julgado de extrema pertinência para essa análise, refere-se à reconstituição do cenário fisiográfico da glaciação neopaleozóica da bacia do Paraná, que condicionou a sedimentação do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana. Incluem-se aqui aspectos relacionados com as caracteristicas do relevo, conformação da linha de costa, assim como a configuração e posicionamente das geleiras que atingiram a bacia do Paraná durante o NEOPALEOZÓICO. A reconstituição dos ambientes sedimentares e da paleogeografia, dentro do contexto glacial julgado predominante durante a sedimentação das unidades em estudo, levou em conta uma análise comparativa da maneira de disposição tridimensional das litofacies ocorrentes em regiões glaciadas atualmente, tanto no ambiente terrestre da glaciação como no gIácio-marinho. Nos moldes acima referidos, a análise da evolução paleoambiental e paleogeográfica do Subgrupo Itararé/Grupo Aquidauana, apoia-se na interpretação de uma série de mapas de isópacas, de litofacies, de porcentagens e de razões clásticas, para cada um dos intervalos bioestratigráficos em que aquelas seqüências sedimentares podem ser subdivididas. O total de mapas construídos é de 53. Essas informações servem de base para uma tentativa de síntese da evolução paleoambientaL e paleogeográfica do Subgrupo ltararé/Grupo Aquidauana, na bacia do Paraná, que incorpora não só os resultados do estudo de litofacies, como também os dados de afloramentos disponíveis, além dos paleontológicos acima aludidos . / The present thesis constitutes an approach to attack the problem of reconstruction of paleoenvironmental and paleogeography evolution of the Itararé Subgroup / Aquidauana. Group through the analysis of sedimentary facies and special distribution in the subsurface of the Paraná Basin. The research takes into account the possibilíty of detailed correlation of this sedimentary portion of these two units mentioned above on the basis of palynostrat igraphic scheme of the Upper Pateozoic proposed by Daemon & Quadros (1970). The later research investigations carried out by PETROBRAS and PAULIPETRO demonstrate the practical applicabiIity of the above mentioned palynological zonation which constitutes the only framework of correlation available for the Upper Paleozoic sequence of the Paraná Basin. According to the scheme of Daemon & Quadros (op. cit.) the sediments of the Itararé Subgroup/Group Aquidauana correspond the bioestratigraphic intervals G, H & I, the last being subdivided additionally into 4 subdivisions namely \'I IND.1\', \'l IND.2\', \'I IND.3\' and \'I IND.4\'. The chronologic subdivisions of the Upper Paleozoic in terms of International Geologic Time Scale is still problematic. Palynologically the authors cited correlate within the Upper Carboniferous (Stefanian) and Lower Permian (Kungurian). But on the basis of other lines of fossil evidences like megaplants and invertebrates the deposition of .the sedimentary sequences under study is given a small interval of time i.e. Lover Permian (Sakmarian). The fundamental premise of the present thesis is that for the Paraná Basin the limits between the biostratigraphic lntervaLs, in a general way, are isochronous, thus delimiting, in this way, that the portions are deposited peneconteporaneously. The successive mapping of each interval through the techniques of lithofacies analysis must provide a better and detailed vision of the paleoenvironmentat and paleogeographlc evolution of this basin, particularly the important glacial episode documented by these sediments in question. The subsurface data utilized in the present work are obtained through the examination of 101 sections of the wells punctured by PETROBRAS (71) later on by PAULIPETRO (30) in the Paraná Basin. The collection of data includes: a) the selection of intervals which are to be mapped taking into view its greater distribution in the basin and consistency of their llmits; b) compilation of information on the total thickness of the diverse lithofacies selectioned within each interval; c) construction of different lithofacies maps; d) interpretation on the basis of available models in the literature on the glacial sedimentation. In addition, the paleoenvironmetal and paleogeographic reconstruction incorporates informations derived from the outcrop zones of Itararé Subgroup/Group Aquidauana and concern: a) distribution of know facies in the outcrop sections in the east and west portions in the Paraná Basin; b) paleontological informations; c) directional features resulting from the glacial abration on the older basement and country rocks or intraformationally; d) sedimentary transport direction through paleocurrents; and e) characterization and distribution of some specific facies like the varvites, coals and diamictites. Other aspect considered to be lmportant and relevant for the physiographic analysis refers to the reconstruction of the physiographic scenary of Upper Paleozoic glaciation of the Paraná Basin which conditioned the sedimentation of Itararé Subgroup /Aquidauana Group. Included here are related aspects such as characteristics of relief, coastal outlines fittlng and the configuration and position of glaciers which reached the basin during the Upper Paleozoic. The paleoenvironmental and paleogeographlc reconstruction within the glacial context during the deposition of the units under study took into account a comparative analysis of manner of deposition of occuring lithofacies in glaciated region in the terrestrial environmental as well as the marine environmental. In the above mentioned models the paleogeographlc and paleoenvironmental evolution of Itararé Subgroup /Aquidauana Group is based on the interpretation of series of maps like that of isopachs, litofacies maps, percentage and ratios of clastics in each bioestratlgraphic intervals in which sedimentary sequences can be subdivided. The total number of maps constructed is 53. These information serve as the basis for a tentative synthese of the paleoenvironmental and paleogeographic evolution of Itararé Subgroup/Aquidauana Group in the Paraná Basin. These incorporate not only the results of facies study but also data on the available outcrops in addition to the paleotological data mentioned.
238

VARIACOES TEMPORAIS NA SIDIMENTACAO QUARTENARIA DOS EMBAIAMENTOS DA REGIAO DE UBATUBA, ESTADO DE SAO PAU-LO. / Variations in the quatolnary sedimentation of the coastal embayments of the Ubatuba Region, state of São Paulo

Michel Michaelovitch de Mahiques 26 May 1992 (has links)
O objetivo do presente trabalho consiste no estudo das características dos sedimentos de superfície de fundo da Baía da Ilha Grande, estado do Rio de Janeiro, e sua correlação com os processos hidrodinâmicos atuais,bem como com a evolução sedimentar do litoral paulista e sul-fluminense a partir do máximo regressivo do Pleistoceno Superior. A baía da Ilha Grande consiste num corpo de água definido pela presença da Ilha Grande. Pode ser dividida em três unidades fisiográficas distintas, a saber: Porção Oeste, Porção Leste e Canal Central. Para o presente estudo, foi coletado um total de 153 amostras de superfície de fundo e realizado um conjunto de análises sedimentológicas constituído por: análise granulométrica, análise morfométrica e de textura superficial, análise de conteúdo em carbonato biodetrítico, analise de conteúdo em matéria orgânica, análise dos constituintes na fração grosseira e analise de assembléias de minerais pesados. Os estudos realizados permitiram identificar quatro fácies sedimentares distintas, caracterizadas como: sedimentos relíquias da Porção Leste, sedimentos atuais do Canal Central e das áreas abrigadas, sedimentos transgressivos da Porção Oeste e sedimentos mistos resultantes da mistura de termos das fácies anteriores.Finalmente, é feita uma proposta de evolução sedimentar da área a partir do máximo regressivo de 18.000 anos A.P. estabelecidas considerações sobre a dinâmica de fundo da baía. / The objective of the present work is to study the characteristics of the surface bottom sediments of Ilha Grande Bay, Rio de Janeiro state, and their correlation with the modern hydrodynamic processes, as well as with the sedimentary evolution of the southeastern brazilian coastal region, since the maximum regression of the Upper Pleistocene. Ilha Grande Bay consista a water body defined by the presence of Ilha Grande island. It can be divided into three distinct fisiographic units: the Western Portion, the Eastern Portion, and the Central Channel. In this work, a total of 153 surface bottom samples were collected, and the sediments were anal zed for: grain size, morphometry and surface texture, carbonate content, organic matter content, coarse fraction constituents, and heavy mineral assemblages. The studies allowed to identify four distinct sedimentary facies, characterized as: relict sediments of the Eastern Portion, modern sediments of the Central Channel and the confined areas, transgressive sediments of the Western Portion, and mixed sediments, resulting from the mixture of the previous facles. Finally, we propose amodel for the sedimentary evolution of the area since the maximum regressive of 18,000 years B.P. and considerate on the bottom dynamic of the bay.
239

Análise estratigráfica dos sedimentos eo/mesodevonianos da porção ocidental da Bacia do Amazonas sob a ótica da estratigrafia de seqüências no interior cratônico

Cunha, Paulo Roberto da Cruz January 2000 (has links)
O trabalho foi desenvolvido com a finalidade de verificação da aplicabilidade dos conceitos da moderna Estratigrafia de Seqüências no interior cratônico e a possibilidade do refinamento cronoestratigráfico da seção eo/mesodevoniana da Bacia do Amazonas. O autor utilizou as seguintes ferramentas disponíveis para a interpretação e elaboração de um modelo geológico para a seção sedimentar estudada: a) a análise da Paleogeografia, do Paleomagnetismo e da Paleoecologia, através do estudo da Tectônica e do Clima atuantes no Eo/mesodevoniano, no Supercontinente Gondwana, retratadas em reconstituições do mundo devoniano e apoiada em extensiva consulta bibliográfica e em correlação com os conteúdos faunístico, icnológico e litológico da seção que compõe o intervalo pesquisado, com o auxílio de testemunhos, amostras de calha e afloramentos, b) o estabelecimento de superfícies-chave da Estratigrafia de Seqüências, definidas com o apoio de perfis elétrico-radioativos, notadamente o perfil de raios-gama, c) a Cicloestratigrafia química com a utilização dos teores de carbono orgânico e o índice de hidrogênio, d) a Cicloestratigrafia orbital e climática, mediante a análise espectral do perfil de raios-gama da seção estudada e a definição do controle da sedimentação, influenciada pela excentricidade curta da órbita terrestre, em ciclos dentro da banda de freqüências de Milankovitch. O encadeamento dessas análises levou o autor a montar um arcabouço cronoestratigráfico para o Eo/mesodevoniano da porção ocidental da Bacia do Amazonas. Para tanto, foram consideradas a hierarquização das unidades, a definição dos tratos de sistemas deposicionais, limites de seqüências e outras superfícies-chave estratigráficas, e a duração temporal dos eventos. Além disso, são discutidas as possíveis causas principais da evolução tectono-estratigráfica da seção estudada e sua associação com a curva de variação do nível do mar devoniano. Realizou-se ainda, tentativamente, a correlação com outras bacias intracratônicas gondwânicas através da comparação do conteúdo faunístico, da xvii paleoclimatologia, da tectônica, da análise da variação da curva do nível do mar devoniano, da posição geográfica e da relação com o Pólo Sul devoniano, que serviram de base para a compreensão do evento relacionado à passagem do Givetiano ao Frasniano, nessas bacias. Como contribuições principais o autor aponta a aplicabilidade da Estratigrafia de Seqüências no interior cratônico e a possibilidade de refinamento cronoestratigráfico em pelo menos uma ordem de grandeza (10 6 anos para 10 5 anos) com a utilização da metodologia da Cicloestratigrafia orbital.
240

Estudo geoquímico orgânico do perfil estratigráfico de carvão fóssil de Candiota, Rio Grande do Sul, Brasil

Freitas, Darcson Vieira de January 2012 (has links)
O estudo geoquímico orgânico de biomarcadores foi aplicado ao perfil estratigráfico da jazida de carvão fóssil de Candiota, Rio Grande do Sul, proporcionando a determinação do grau de maturação, ambiente de óxi-redução, paleoambiente deposicional, tipo de matéria orgânica constituinte do sedimento e principal classe de plantas que originaram o carvão. Somado a isto, comparações com os dados petrográficos também foram realizadas. Para tal, as amostras foram extraídas com diclorometano em aparelhagem Soxhlet. Os betumes (extratos), de todo o perfil estratigráfico, apresentaram-se ricos em enxofre elementar e compostos aromáticos e polares. Através do emprego das técnicas de cromatografia a gás com detector de ionização em chama (GC-FID) e detector de massas (GC-MS) as frações puras de alifáticos e aromáticos dos betumes foram analisadas, onde foram determinados parâmetros geoquímicos. Os resultados indicaram que todas as amostras estudadas são de baixo grau de maturação, formadas em ambiente altamente oxidante, compostas por querogênio predominantemente do tipo III, paleoambiente deposicional majoritariamente terrestre, com pequena possibilidade de contribuições estuária e de mar aberto e tendo plantas coníferas como principais organismos depositados para sua formação, coincidindo com os dados obtidos por análise petrográfica. / The organic geochemical study of biomarkers was applied to the stratigraphic profile of fossil coal from Candiota, Rio Grande do Sul leading to the determination of maturity degree, oxyreduction environment, depositional paleoenvironment, type of organic matter constituent of the sediment and main class of plants that originated the coal. Besides that, comparisons with petrographic data were also carried out. To that purpose, samples were extracted with dichloromethane in Soxhlet extractor. The bitumens (extracts) from the entire stratigraphic profile resulted rich in elemental sulphur and aromatic and polar compounds. Through the use of gas chromatography techniques employing flame ionization detector (GC-FID) and mass detector (GC-MS) the bitumen pure aliphatic and aromatic fractions were analized and geochemical parameters were determined. Results indicate that all studied samples present low maturation degree, they were formed in a high oxidant environment, they are composed predominantly by type III kerogen. The depositional environment was mainly terrestrial, presenting low possibility of estuarine and open sea contributions and having conifers plants as principal deposited organisms for their formation. These results obtained were coincident with data from petrographical analysis.

Page generated in 0.0513 seconds