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Empréstimos do espanhol em dicionários gerais de português : proposta para o seu tratamento e marcação

Anocibar, Andrea Esther January 2016 (has links)
Toda língua é constituída, em maior ou menor quantidade, de unidades não vernáculas devido ao contato estabelecido com outras línguas ao longo da história ou às influências delas recebidas. No que diz respeito ao português, sua proximidade geográfica com o espanhol, tanto na Europa quanto na América, somado às semelhanças na morfologia e época de formação entre ambas as línguas, resultou na inclusão de diversas palavras que hoje podem ser encontradas no seu léxico. Considerados protótipos de dicionário, os dicionários gerais não apenas definem e descrevem o léxico de uma dada língua, como também, tradicionalmente, se ocupam de descrever boa parte da sua história ao incluírem informações etimológicas. Devido a esses registros e ao seu caráter diassistêmico, o dicionário geral de língua se apresenta como uma obra diaintegrativa, registrando unidades lexicais originadas em outras línguas e diferenciando lexicograficamente aquelas que já foram adaptadas (empréstimos) daquelas que ainda são reconhecidas como estrangeiras (estrangeirismos). A abrangência lexical que tais dicionários comportam, no entanto, nem sempre traz benefícios para o consulente. Na tentativa de registrar o maior número possível de palavras da língua, numerosos aspectos veem-se afetados pela ausência de um trabalho de seleção e de investigação rigoroso das unidades que são incluídas. Diversas críticas ao registro do léxico realizado por essas obras evidenciam incoerências e diversos problemas como consequência da falta de uma reflexão teórica que oriente o trabalho lexicográfico. No objetivo de avaliar o registro de empréstimos e estrangeirismos nos dicionários gerais da língua portuguesa, este trabalho analisa, individual e comparativamente, quatro obras desse tipo - Aurélio (1999), Houaiss (2009), Michaelis (1998) e Sacconi (2010). Diante da dificuldade de obter uma listagem de empréstimos por obra, foi criada uma amostra sistemática de uma listagem de empréstimos provida pelo Aurélio (1999) com base na qual foram coletadas as informações nos três dicionários restantes. A análise das informações etimológicas e da marcação diaintegrativa de cada dicionário a partir desse corpus revelou, nas quatro obras, a ausência de um construto teórico-metodológico específico para o fenômeno registrado. Além de incoerências e contradições entre as numerosas indicações de origem encontradas apenas para uma única língua (o espanhol), foi encontrado um segmento etimológico deficitário, cuja formulação heterogênea e complexa não apresenta indicações claras para o consulente, propiciando a interpretação errônea dos dados. Com base em tais constatações, o trabalho propõe, em primeiro lugar, reduzir todas as indicações a uma única e mais certeira designação da língua fonte: “espanhol”, como também recomenda e justifica a eliminação do segmento etimológico. Finalmente, defende a manutenção da marcação diaintegrativa, cujo desenho apresenta, na maioria dos dicionários analisados, os elementos necessários para uma identificação adequada das palavras advindas da língua espanhola que ainda não foram adaptadas ao sistema do português. / Toda lengua está formada, en mayor o menor cantidad, por unidades vernáculas debido a la influencia de otros idiomas o al contacto con éstos a lo largo de la historia. En el caso específico del portugués, su proximidad geográfica con el español, no solamente en Europa como también en América, se ha sumado a las semejanzas en la morfología y la época de formación de ambas lenguas provocando la inclusión de varias palabras que hoy pueden ser encontradas en su léxico. Considerados prototipos de diccionario, los diccionarios generales no apenas definen y describen el léxico de una determinada lengua, sino que también, tradicionalmente, se ocupan de describir buena parte de su historia al incluir informaciones etimológicas. Debido a estos registros y a su carácter diasistemático, el diccionario general de lengua se revela como una obra diaintegrativa, ya que registra unidades lexicales originadas en otras lenguas y distingue lexicográficamente aquellas que ya fueron adaptadas (préstamos) de aquellas que todavía son reconocidas como extranjeras (extranjerismo). La extensión lexical que tales diccionarios permiten, sin embargo, no siempre beneficia al lector. Debido a la intención de registrar el mayor número posible de palabras, diversos aspectos se ven afectados por la falta de un trabajo de selección e investigación minucioso de las unidades que son incluidas. Diversas críticas al registro del léxico realizado en esas obras señalan inconsistencias y diversos problemas como consecuencia de la falta de una reflexión teórica que dirija el trabajo lexicográfico. Con el objetivo de evaluar el registro de préstamos y extranjerismos en los diccionarios generales de la lengua portuguesa, este trabajo analisa, individual y comparativamente, cuatro obras de ese tipo – Aurélio (1999), Houaiss (2009), Michaelis (1998) e Sacconi (2010). Frente a la dificultad de obtener una lista de préstamos por obra, sin embrago, fue necesario seleccionar, sistemáticamente, un listado de préstamos proporcionado por el Aurélio (1999). A partir de la muestra creada, fueron colectadas las informaciones de los tres diccionarios restantes. El análisis de las informaciones etimológicas y de la marcación diaintegrativa de cada diccionario a partir de ese corpus reveló, en las cuatro obras, la ausencia de un constructo teórico-metodológico específico para el fenómeno registrado. No solamente se encontraron numerosas indicaciones de origen para una única lengua (el español), sino que también un segmento etimológico deficiente, cuya formulación heterogénea y compleja no plantea indicaciones claras para el lector y favorece la interpretación errónea de los datos etimológicos. Con base en tales constataciones, el trabajo propone, en primer lugar, reducir todas las indicaciones a una única y más acertada designación de la lengua fuente: “español”, además de recomendar y justificar la eliminación del segmento etimológico. Finalmente, defiende que la marcación diaintegrativa debe ser conservada, ya que su diseño exhibe, en la mayoría de los diccionarios analizados, los elementos necesarios para una identificación adecuada de las palabras derivadas de la lengua española que todavía no fueron adaptadas al sistema del portugués.
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Empréstimos do espanhol em dicionários gerais de português : proposta para o seu tratamento e marcação

Anocibar, Andrea Esther January 2016 (has links)
Toda língua é constituída, em maior ou menor quantidade, de unidades não vernáculas devido ao contato estabelecido com outras línguas ao longo da história ou às influências delas recebidas. No que diz respeito ao português, sua proximidade geográfica com o espanhol, tanto na Europa quanto na América, somado às semelhanças na morfologia e época de formação entre ambas as línguas, resultou na inclusão de diversas palavras que hoje podem ser encontradas no seu léxico. Considerados protótipos de dicionário, os dicionários gerais não apenas definem e descrevem o léxico de uma dada língua, como também, tradicionalmente, se ocupam de descrever boa parte da sua história ao incluírem informações etimológicas. Devido a esses registros e ao seu caráter diassistêmico, o dicionário geral de língua se apresenta como uma obra diaintegrativa, registrando unidades lexicais originadas em outras línguas e diferenciando lexicograficamente aquelas que já foram adaptadas (empréstimos) daquelas que ainda são reconhecidas como estrangeiras (estrangeirismos). A abrangência lexical que tais dicionários comportam, no entanto, nem sempre traz benefícios para o consulente. Na tentativa de registrar o maior número possível de palavras da língua, numerosos aspectos veem-se afetados pela ausência de um trabalho de seleção e de investigação rigoroso das unidades que são incluídas. Diversas críticas ao registro do léxico realizado por essas obras evidenciam incoerências e diversos problemas como consequência da falta de uma reflexão teórica que oriente o trabalho lexicográfico. No objetivo de avaliar o registro de empréstimos e estrangeirismos nos dicionários gerais da língua portuguesa, este trabalho analisa, individual e comparativamente, quatro obras desse tipo - Aurélio (1999), Houaiss (2009), Michaelis (1998) e Sacconi (2010). Diante da dificuldade de obter uma listagem de empréstimos por obra, foi criada uma amostra sistemática de uma listagem de empréstimos provida pelo Aurélio (1999) com base na qual foram coletadas as informações nos três dicionários restantes. A análise das informações etimológicas e da marcação diaintegrativa de cada dicionário a partir desse corpus revelou, nas quatro obras, a ausência de um construto teórico-metodológico específico para o fenômeno registrado. Além de incoerências e contradições entre as numerosas indicações de origem encontradas apenas para uma única língua (o espanhol), foi encontrado um segmento etimológico deficitário, cuja formulação heterogênea e complexa não apresenta indicações claras para o consulente, propiciando a interpretação errônea dos dados. Com base em tais constatações, o trabalho propõe, em primeiro lugar, reduzir todas as indicações a uma única e mais certeira designação da língua fonte: “espanhol”, como também recomenda e justifica a eliminação do segmento etimológico. Finalmente, defende a manutenção da marcação diaintegrativa, cujo desenho apresenta, na maioria dos dicionários analisados, os elementos necessários para uma identificação adequada das palavras advindas da língua espanhola que ainda não foram adaptadas ao sistema do português. / Toda lengua está formada, en mayor o menor cantidad, por unidades vernáculas debido a la influencia de otros idiomas o al contacto con éstos a lo largo de la historia. En el caso específico del portugués, su proximidad geográfica con el español, no solamente en Europa como también en América, se ha sumado a las semejanzas en la morfología y la época de formación de ambas lenguas provocando la inclusión de varias palabras que hoy pueden ser encontradas en su léxico. Considerados prototipos de diccionario, los diccionarios generales no apenas definen y describen el léxico de una determinada lengua, sino que también, tradicionalmente, se ocupan de describir buena parte de su historia al incluir informaciones etimológicas. Debido a estos registros y a su carácter diasistemático, el diccionario general de lengua se revela como una obra diaintegrativa, ya que registra unidades lexicales originadas en otras lenguas y distingue lexicográficamente aquellas que ya fueron adaptadas (préstamos) de aquellas que todavía son reconocidas como extranjeras (extranjerismo). La extensión lexical que tales diccionarios permiten, sin embargo, no siempre beneficia al lector. Debido a la intención de registrar el mayor número posible de palabras, diversos aspectos se ven afectados por la falta de un trabajo de selección e investigación minucioso de las unidades que son incluidas. Diversas críticas al registro del léxico realizado en esas obras señalan inconsistencias y diversos problemas como consecuencia de la falta de una reflexión teórica que dirija el trabajo lexicográfico. Con el objetivo de evaluar el registro de préstamos y extranjerismos en los diccionarios generales de la lengua portuguesa, este trabajo analisa, individual y comparativamente, cuatro obras de ese tipo – Aurélio (1999), Houaiss (2009), Michaelis (1998) e Sacconi (2010). Frente a la dificultad de obtener una lista de préstamos por obra, sin embrago, fue necesario seleccionar, sistemáticamente, un listado de préstamos proporcionado por el Aurélio (1999). A partir de la muestra creada, fueron colectadas las informaciones de los tres diccionarios restantes. El análisis de las informaciones etimológicas y de la marcación diaintegrativa de cada diccionario a partir de ese corpus reveló, en las cuatro obras, la ausencia de un constructo teórico-metodológico específico para el fenómeno registrado. No solamente se encontraron numerosas indicaciones de origen para una única lengua (el español), sino que también un segmento etimológico deficiente, cuya formulación heterogénea y compleja no plantea indicaciones claras para el lector y favorece la interpretación errónea de los datos etimológicos. Con base en tales constataciones, el trabajo propone, en primer lugar, reducir todas las indicaciones a una única y más acertada designación de la lengua fuente: “español”, además de recomendar y justificar la eliminación del segmento etimológico. Finalmente, defiende que la marcación diaintegrativa debe ser conservada, ya que su diseño exhibe, en la mayoría de los diccionarios analizados, los elementos necesarios para una identificación adecuada de las palabras derivadas de la lengua española que todavía no fueron adaptadas al sistema del portugués.
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Toponimia andina: problemas y métodos

Cerrón-Palomino, Rodolfo 25 September 2017 (has links)
Si bien el carácter interdisciplinario de la toponimia da lugar a una práctica en la cual diversas disciplinas participan, no se debe dejar de lado el rol esencial de la lingüística, el papel medular que esta tiene o debería tener en los estudios toponímicos propiamente científicos. Esta nota resalta ese papel fundamental de la lingüística dentro del carácter interdisciplinario de la toponimia, específicamente en el área andina, a la vez que ofrece un estado de la cuestión, así como constantes ejemplos de los tipos de problemas o dificultades a los que se enfrenta el análisis toponímico y su respectiva resolución respaldada por la disciplina. De esta manera, para evitar la práctica reduccionista y simplificadora en el estudio de los nombres de lugar, se propone una metodología interdisciplinaria, pero, sobre todo, consciente de la necesidad de un enfoque lingüístico en los estudios toponímicos del área andina. / While the interdisciplinary nature of the toponymy leads to a practice in which different disciplines are involved, one should not ignore the essential role of linguistics, the central role of it or what it should have in the proper toponymic scientific studies. This paper highlights the key role of linguistics within the interdisciplinary character of the toponymy, particularly in the Andean region, while offering a state of affairs, as well as constant examples of the kinds of problems or difficulties it faces toponymic analysis and their respective discipline backed resolution. Thus, to avoid reductionist and simplistic practice in the study of toponymy, an interdisciplinary methodology is proposed, but above all, aware of the need for a linguistic focus on the Andean region scientific studies.
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Notas sobre el che

Bertolotti, Virginia 25 September 2017 (has links)
En este artículo, reviso en primer lugar la bibliografía que resume la discusión sobre la etimología del vocablo che. En segunda instancia, analizo los usos de este término tanto en la diacronía como en la sincronía rioplatense, lo cual me permite proponer una clasificación de los usos de che en esta región. A partir de esta clasificación, en la tercera parte del trabajo, discuto la adscripción categorial de che. Finalmente, el análisis categorial de la evidencia empírica diacrónica y sincrónica me permite concluir que los usos vocativos son un préstamo de un determinante nominal de la lengua guaraní y no un cambio fónico en una interjección del español, resolviendo así la cuestión etimológica. / In the present work, I review, in the first place, the bibliography that summarizes the discussion surrounding the etymology of the word che. Then, I analyze the uses of this term in the diachrony as in the synchrony of the Río de la Plata Spanish, which allows me to propose a classification of the uses of the word che in this region. In the third part of the article, I discuss the categorial adscrption of the word che. Finally, the categorial analysis of the diachronic and synchronic empirical evidence allows me to conclude that the vocative uses of the term are a loan from the nominal determinant of the guaraní language, and not a phonic change in the Spanish interjection, thus resolving the etymological issues.

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