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"Parecer ser" : uma etnografia sobre a cultura juvenil, a educação física e a escola pública

Zilberstein, Jacqueline January 2016 (has links)
O presente estudo, uma dissertação de mestrado, trata de uma investigação de natureza qualitativa com o objetivo de compreender os aspectos simbólicos da cultura juvenil de estudantes do Ensino Médio de uma escola localizada em Porto Alegre e pertencente à Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul desde as aulas de Educação Física. O problema de pesquisa foi assim delimitado: como e quais são os aspectos simbólicos representativos da cultura juvenil dos estudantes do Ensino Médio de uma escola localizada em Porto Alegre e pertencente à Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul desde as aulas de Educação Física? A opção teórico-metodológica pela etnografia sobre a cultura escolar e as juventudes está amparada em Geertz, Magnani, Dayrell, Carrano e Neira, basicamente. O trabalho de campo foi realizado entre os meses de março e dezembro de 2015 (tendo duração de 10 meses), período no qual foi estabelecido contato direto com o cotidiano e rotinas dos jovens na escola. De maneira central, os participantes do estudo foram os estudantes da escola, das turmas de primeiro, segundo e terceiro ano do Ensino Médio e, de maneira privilegiada, foram os professores de Educação Física das referidas turmas, os quais acompanhei, principalmente, durante as aulas de Educação Física, nas trocas de período, no recreio e em alguns outros momentos do espaço-tempo escolar. Durante o trabalho de campo foram estabelecidos diálogos com professores de outras disciplinas, equipe diretiva, supervisão pedagógica, funcionários da escola e estagiários de Educação Física da ESEFID/UFRGS. Seu registro foi realizado em dois diários de campo os quais auxiliaram posteriormente no processo de interpretação das informações coletadas. Pouco antes da saída do campo (início do mês de dezembro), selecionei 06 estudantes com os quais realizei entrevistas semiestruturadas em profundidade, de forma a clarear algumas questões que emergiram do campo que ainda careciam de maior profundidade. Também foi feita a análise de documentos da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul e da escola – como o Projeto Político Pedagógico, as normas da escola e os Planos de Trabalho dos professores. Interpretei que o jovem do colégio pesquisado assume diversas identidades de acordo com o contexto que se apresenta, seja o da sala de aula, do recreio, das aulas de Educação Física, ou dos grupos culturais pelos quais transitam, “parecendo ser” um sujeito em cada um desses espaços. Essa postura é assumida de forma a contornar as normatizações impostas pelo colégio, sejam elas as normas de convivência ou as regras colocadas pelos professores, de forma que esses jovens possam assim vivenciar e compartilhar a cultura juvenil dentro do ambiente escolar. As aulas de Educação Física poderiam ser o ambiente no qual a cultura juvenil encontraria espaço para se manifestar, uma vez que trata da cultura - cultura corporal de movimento. Contudo, a não inclusão da cultura dos jovens estudantes, sujeitos históricos e socioculturais, acaba por fazer desse um componente curricular obrigatório sem sentido, deixando assim um espaço de ausências. / This master thesis is a qualitative research that aims at understanding the symbolic aspects of youth culture of high school students in a school located in Porto Alegre, which is part of the State Education Network of Rio Grande do Sul, from the Physical Education classes’ perspective. The research problem was delimited as follows: how and what are the representative symbolic aspects of youth culture of high school students in a school located in Porto Alegre and belonging to the State Education Network of Rio Grande do Sul from the physical education classes’ perspective? The theoretical and methodological choice by ethnography about the school culture and Youths are supported by Geertz , Magnani , Dayrell, Carrano and Neira , Basically. The fieldwork was conducted between March and December 2015 (10 months), during which it was established direct contact with the daily life and routines of young people in school. Fundamentally, the participants of this study were students in their first, second and third year of high school; in a privileged way, the participants were also the physical education teachers of these students’ classes, which were observed especially during the Physical Education classes, exchanges of periods, breaks and also during some other times of the school daily routine. During the fieldwork, dialogues with teachers of other subjects were established, as well as with the management team, the pedagogical supervision, the school staff and the trainees of Physical Education at the School of Physical Education, Physiotherapy and Dance at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). The dialogues were registered in two field diaries which later helped in the process of interpretation of the data collected. Shortly before leaving the fieldwork (during the beginning of December), it was made a selection of 6 students with whom semi-structured interviews were conducted, in order to clarify some questions that emerged from the field that still were lacking in depth. There was also a document analysis of the State Education Network of Rio Grande do Sul and of the school – documents such as the Pedagogical Political Project, the school rules and the work plan of the teachers. It has been interpreted that the teenagers of the researched school assume different identities according to the context that is presented to them, such as the context of the classroom, the break, the physical education classes or of the cultural groups which students pass through; students "seem to be" a different subject in each one of these spaces. This attitude is assumed in order to bypass the norms imposed by the school, whether the rules of coexistence or the rules posed by teachers, in a way that these young people can thus experience and share youth culture within the school environment. The Physical Education classes could be the environment in which youth culture finds space to express itself, since it deals with culture - the culture of body movement. On the other side, the exclusion of the young students’ culture, which are historical and socio-cultural subjects, ends up making this compulsory curricular component meaningless, thus leaving a space of emptiness. / Este estudio, tesis de maestría, es una investigación de naturaleza cualitativa con el fin de entender los aspectos simbólicos de la cultura juvenil de los estudiantes de secundaria en una escuela ubicada en Porto Alegre y que pertenece a las Escuelas del Estado del Rio Grande del Sur desde las clases de Educación física. El problema de investigación se limita a lo siguiente: ¿Cómo y cuáles son los aspectos simbólicos representativos de la cultura juvenil de los estudiantes de secundaria en una escuela ubicada en Porto Alegre y que pertenece a las Escuelas del Estado del Rio Grande del Sul desde las clases de educación física? La elección teórica y metodológica de la etnografia de la cultura escolar y los jóvenes son apoyados por Geertz, Magnani, Dayrell, Carrano y Neira, basicamente. El trabajo de campo se llevó a cabo entre marzo y diciembre de 2015 (con una duración de 10 meses), durante la cual se establece el contacto directo con la vida diaria y las rutinas de los jóvenes en la escuela. Centralmente, los participantes en el estudio eran estudiantes de la escuela, del primero, segundo y tercer año de la escuela secundaria y, de manera privilegiada, fueron los profesores de educación física de estas clases, que segui, especialmente durante la clases de Educación física, el período de intercambios, el intervalo y en algunos otros momentos del espacio-tiempo de la escuela. Durante el trabajo de campo se establecieron diálogos con profesores de otras materias, equipo de gestión, supervisión pedagógica, personal escolar y los aprendizes de Educación Física de la Escuela de Educación Física, Fisioterapia y Danza de la UFRGS. Su registro se realizó en dos diarios de campo que más tarde ayudaron en el proceso de interpretación de la información recogida. Poco antes de salir del campo (principios de diciembre), seleccioné 06 estudiantes con los que he llevado a cabo entrevistas semiestructuradas, con el fin de aclarar algunas cuestiones que surgieron del campo que todavía carecía de profundidad. También hice el análisis de documentos de la Red de Educación del Rio Grande del Sur y de la escuela - Proyecto Político Pedagógico, reglas de la escuela y el plan de trabajo de los maestros. Interpreté que los jóvenes investigados asumen diferentes identidades de acuerdo con el contexto que se presenta, en el aula, el intervalo, las clases de educación física o grupos culturales por las que pasan, "pareciendo ser" un sujeto en cada uno de eses espacios. Esta postura se toma con el fin de eludir las normas impuestas por la escuela, sean ellas las normas de convivencia o las normas planteados por los profesores, por lo que estos jóvenes pueden así vivenciar y compartir la cultura de los jóvenes en el espacio escolar. Las clases de educación física podrían ser el espacio en que la cultura juvenil podría se expresar, ya que se trata de la cultura del movimiento del cuerpo. Sin embargo, la no inclusión de la cultura de los jóvenes estudiantes, los sujetos históricos y socioculturales, termina haciendo de este un componente curricular obligatoria sin sentido, dejando así un espacio de ausencia.
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"Parecer ser" : uma etnografia sobre a cultura juvenil, a educação física e a escola pública

Zilberstein, Jacqueline January 2016 (has links)
O presente estudo, uma dissertação de mestrado, trata de uma investigação de natureza qualitativa com o objetivo de compreender os aspectos simbólicos da cultura juvenil de estudantes do Ensino Médio de uma escola localizada em Porto Alegre e pertencente à Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul desde as aulas de Educação Física. O problema de pesquisa foi assim delimitado: como e quais são os aspectos simbólicos representativos da cultura juvenil dos estudantes do Ensino Médio de uma escola localizada em Porto Alegre e pertencente à Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul desde as aulas de Educação Física? A opção teórico-metodológica pela etnografia sobre a cultura escolar e as juventudes está amparada em Geertz, Magnani, Dayrell, Carrano e Neira, basicamente. O trabalho de campo foi realizado entre os meses de março e dezembro de 2015 (tendo duração de 10 meses), período no qual foi estabelecido contato direto com o cotidiano e rotinas dos jovens na escola. De maneira central, os participantes do estudo foram os estudantes da escola, das turmas de primeiro, segundo e terceiro ano do Ensino Médio e, de maneira privilegiada, foram os professores de Educação Física das referidas turmas, os quais acompanhei, principalmente, durante as aulas de Educação Física, nas trocas de período, no recreio e em alguns outros momentos do espaço-tempo escolar. Durante o trabalho de campo foram estabelecidos diálogos com professores de outras disciplinas, equipe diretiva, supervisão pedagógica, funcionários da escola e estagiários de Educação Física da ESEFID/UFRGS. Seu registro foi realizado em dois diários de campo os quais auxiliaram posteriormente no processo de interpretação das informações coletadas. Pouco antes da saída do campo (início do mês de dezembro), selecionei 06 estudantes com os quais realizei entrevistas semiestruturadas em profundidade, de forma a clarear algumas questões que emergiram do campo que ainda careciam de maior profundidade. Também foi feita a análise de documentos da Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul e da escola – como o Projeto Político Pedagógico, as normas da escola e os Planos de Trabalho dos professores. Interpretei que o jovem do colégio pesquisado assume diversas identidades de acordo com o contexto que se apresenta, seja o da sala de aula, do recreio, das aulas de Educação Física, ou dos grupos culturais pelos quais transitam, “parecendo ser” um sujeito em cada um desses espaços. Essa postura é assumida de forma a contornar as normatizações impostas pelo colégio, sejam elas as normas de convivência ou as regras colocadas pelos professores, de forma que esses jovens possam assim vivenciar e compartilhar a cultura juvenil dentro do ambiente escolar. As aulas de Educação Física poderiam ser o ambiente no qual a cultura juvenil encontraria espaço para se manifestar, uma vez que trata da cultura - cultura corporal de movimento. Contudo, a não inclusão da cultura dos jovens estudantes, sujeitos históricos e socioculturais, acaba por fazer desse um componente curricular obrigatório sem sentido, deixando assim um espaço de ausências. / This master thesis is a qualitative research that aims at understanding the symbolic aspects of youth culture of high school students in a school located in Porto Alegre, which is part of the State Education Network of Rio Grande do Sul, from the Physical Education classes’ perspective. The research problem was delimited as follows: how and what are the representative symbolic aspects of youth culture of high school students in a school located in Porto Alegre and belonging to the State Education Network of Rio Grande do Sul from the physical education classes’ perspective? The theoretical and methodological choice by ethnography about the school culture and Youths are supported by Geertz , Magnani , Dayrell, Carrano and Neira , Basically. The fieldwork was conducted between March and December 2015 (10 months), during which it was established direct contact with the daily life and routines of young people in school. Fundamentally, the participants of this study were students in their first, second and third year of high school; in a privileged way, the participants were also the physical education teachers of these students’ classes, which were observed especially during the Physical Education classes, exchanges of periods, breaks and also during some other times of the school daily routine. During the fieldwork, dialogues with teachers of other subjects were established, as well as with the management team, the pedagogical supervision, the school staff and the trainees of Physical Education at the School of Physical Education, Physiotherapy and Dance at the Federal University of Rio Grande do Sul (UFRGS). The dialogues were registered in two field diaries which later helped in the process of interpretation of the data collected. Shortly before leaving the fieldwork (during the beginning of December), it was made a selection of 6 students with whom semi-structured interviews were conducted, in order to clarify some questions that emerged from the field that still were lacking in depth. There was also a document analysis of the State Education Network of Rio Grande do Sul and of the school – documents such as the Pedagogical Political Project, the school rules and the work plan of the teachers. It has been interpreted that the teenagers of the researched school assume different identities according to the context that is presented to them, such as the context of the classroom, the break, the physical education classes or of the cultural groups which students pass through; students "seem to be" a different subject in each one of these spaces. This attitude is assumed in order to bypass the norms imposed by the school, whether the rules of coexistence or the rules posed by teachers, in a way that these young people can thus experience and share youth culture within the school environment. The Physical Education classes could be the environment in which youth culture finds space to express itself, since it deals with culture - the culture of body movement. On the other side, the exclusion of the young students’ culture, which are historical and socio-cultural subjects, ends up making this compulsory curricular component meaningless, thus leaving a space of emptiness. / Este estudio, tesis de maestría, es una investigación de naturaleza cualitativa con el fin de entender los aspectos simbólicos de la cultura juvenil de los estudiantes de secundaria en una escuela ubicada en Porto Alegre y que pertenece a las Escuelas del Estado del Rio Grande del Sur desde las clases de Educación física. El problema de investigación se limita a lo siguiente: ¿Cómo y cuáles son los aspectos simbólicos representativos de la cultura juvenil de los estudiantes de secundaria en una escuela ubicada en Porto Alegre y que pertenece a las Escuelas del Estado del Rio Grande del Sul desde las clases de educación física? La elección teórica y metodológica de la etnografia de la cultura escolar y los jóvenes son apoyados por Geertz, Magnani, Dayrell, Carrano y Neira, basicamente. El trabajo de campo se llevó a cabo entre marzo y diciembre de 2015 (con una duración de 10 meses), durante la cual se establece el contacto directo con la vida diaria y las rutinas de los jóvenes en la escuela. Centralmente, los participantes en el estudio eran estudiantes de la escuela, del primero, segundo y tercer año de la escuela secundaria y, de manera privilegiada, fueron los profesores de educación física de estas clases, que segui, especialmente durante la clases de Educación física, el período de intercambios, el intervalo y en algunos otros momentos del espacio-tiempo de la escuela. Durante el trabajo de campo se establecieron diálogos con profesores de otras materias, equipo de gestión, supervisión pedagógica, personal escolar y los aprendizes de Educación Física de la Escuela de Educación Física, Fisioterapia y Danza de la UFRGS. Su registro se realizó en dos diarios de campo que más tarde ayudaron en el proceso de interpretación de la información recogida. Poco antes de salir del campo (principios de diciembre), seleccioné 06 estudiantes con los que he llevado a cabo entrevistas semiestructuradas, con el fin de aclarar algunas cuestiones que surgieron del campo que todavía carecía de profundidad. También hice el análisis de documentos de la Red de Educación del Rio Grande del Sur y de la escuela - Proyecto Político Pedagógico, reglas de la escuela y el plan de trabajo de los maestros. Interpreté que los jóvenes investigados asumen diferentes identidades de acuerdo con el contexto que se presenta, en el aula, el intervalo, las clases de educación física o grupos culturales por las que pasan, "pareciendo ser" un sujeto en cada uno de eses espacios. Esta postura se toma con el fin de eludir las normas impuestas por la escuela, sean ellas las normas de convivencia o las normas planteados por los profesores, por lo que estos jóvenes pueden así vivenciar y compartir la cultura de los jóvenes en el espacio escolar. Las clases de educación física podrían ser el espacio en que la cultura juvenil podría se expresar, ya que se trata de la cultura del movimiento del cuerpo. Sin embargo, la no inclusión de la cultura de los jóvenes estudiantes, los sujetos históricos y socioculturales, termina haciendo de este un componente curricular obligatoria sin sentido, dejando así un espacio de ausencia.
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Nas controvérsias da várzea : Trajetórias e retratos etnográficos em um circuito de futebol da cidade de Porto Alegre

Myskiw, Mauro January 2012 (has links)
Seguir o futebol na cidade foi a peculiaridade desta pesquisa etnográfica multi-situada num circuito de futebol de Porto Alegre, referido como o municipal da várzea. Isto foi realizado na esteira de estudos sobre a heterogeneidade das vivências e dos significados das práticas esportivas, com foco naquelas objetivadas e subjetivadas pelas pessoas comuns nos contextos urbanos das suas vidas cotidianas. Ao segui-las nos campos de futebol, nas salas de reuniões, em bares, residências e salões de festas, em distintas regiões e regimes urbanos, deparei-me com a necessidade de pensar e problematizar os significados do futebol não apenas em face da circunscrição de um circuito e suas lógicas, mas também em relação à circulação e à trajetória de vida das pessoas. Disso resultou o interesse em estudar a atribuição de significados imbricada (e imbricante) nas tramas urbanas, implicada (e implicante) numa construção multi-local e polifônica, tributária de distintas trajetórias de socialização e possibilidades concretas de circulação das pessoas e grupos, porém, sem que isso deixe de lado, em maior ou menor medida, a constituição do circuito como um espaço simbólico particular, institucionalizado (e institucionalizante). Como modo de pesquisa, procurei seguir as pessoas em ação (dirigentes, jogadores, torcedores, familiares, amigos, etc.), estando atento para como os significados de práticas e de artefatos se alteravam conforme transitava nos distintos espaços-tempos da cidade e do circuito de futebol. Como estratégia de análise-interpretação, recorri às principais controvérsias observadas e registradas, compreendendo que elas deixavam importantes rastros simbólicos do que estava “em disputa” na circulação-construção do futebol. Mapeei 4 controvérsias que, então, serviram como categorias de análise (“aqui é a várzea, não é o profissional”; “o clube de hoje é um jogo de camisas”; “o que incomoda é a pressão que vem de fora”; e “hoje eles foram só para jogar bola”). A partir dessas categorias, apresentei descrições (na forma de retratos) e interpretações relacionadas à atribuição dos significados, tendo como foco a problematização de categorias que são clássicas ao se pensar as configurações esportivas (a “organização”, os “times”, os “torcedores” e a “disciplina”). Estas problematizações, ao final, me possibilitaram concluir que os significados do futebol implicam e estão implicados num paradoxo: de um lado um movimento de purificação no sentido de que o circuito funcione enquanto uma arena relativamente fechada; de outro, um movimento de hibridização, de mistura, onde as tramas e as trajetórias de vida não são e nem se poderiam ser deixadas de lado. Quem "se movimenta" na cidade nos múltiplos espaços-tempos da várzea certamente estará diante desses dois movimentos. / Following amateur football in this city was the peculiarity of this ethnographic study, multi-situated in the football circuit of Porto Alegre, referred to as the town of amateur football. This was carried out in the wake of studies of the heterogeneity of experiences and meanings of the practice of sport, with a focus on those targeted and subjectified by ordinary people in the urban contexts of their everyday lives. By following them on the football fields, in meeting rooms, in bars and in their homes, in distinct urban regions and regimes, I began to feel the need to think about and discuss the meaning of football, not only with regards to the circuit division and its logic, but also in relation to the movement and trajectory of people‟s lives. This has resulted in the interest of studying the allocation of overlapping (and overlapped) meanings in urban schemes, implicated (and implicating) in a multi-site and polyphonic construction, tributary to distinct socializing trajectories and concrete possibilities of the circulation of people and groups, however, without setting aside, to a greater or lesser extent, the circuit constitution as a symbolic private institutionalized (and institutionalizing) space. As a research method, I followed people in action (managers, players, fans, family, friends, etc.), paying attention to how the meaning of the practices were altered as they moved within different time-spaces of the city and in the football circuit. As an analysis-interpretation strategy, I have used the principal controversies observed and registered, understanding that they have left important symbolic traces of what was “in dispute” in the circulation-construction of the football. I have mapped four controversies which have served as categories for analysis (“here it‟s amateur, not professional”; “nowadays the club is a game of shirts”; “what bothers me is the pressure comes from outside”; and “today they came only to play ball”). From these categories, I presented descriptions (in the form of portraits) and interpretations related to the attribution of meaning, having in focus the problem of classifications which are traditional when considering sporting configurations (the “organization”, the “teams”, the “fans” and the “discipline”). Discussing these problems finally led me to conclude that the meanings of football imply, and are implied in, a paradox: on the one hand, a purification movement in the sense that the circuit works as a relatively closed arena; on the other hand, a hybridization movement, of mixture, where the schemes and trajectories of urban life are not life and cannot be left out. Whoever circulates in the city in the multiple space-time of amateur football, certainly faces these two movements. / Seguir al fútbol en la ciudad fue la peculiaridad de esta investigación etnográfica multisituada en un circuito de fútbol de Porto Alegre: el potrero (la canchita) municipal. Esto fue realizado a partir del estudio sobre la heterogeneidad de las vivencias y de los significados de las prácticas deportivas, con énfasis en las que son objetivadas y subjetivadas por las personas comunes en los contextos urbanos de sus vidas cotidianas. Al seguir estas prácticas en los campos de fútbol, en las salas de reuniones, en los bares, en las residencias, en los salones de fiestas y en distintas espacios urbanos y regionales, me deparé con la necesidad de pensar y problematizar los significados del fútbol no solo en la circunscripción de un circuito y sus lógicas, sino también en relación a la circulación y a la trayectoria de vida de las personas. De ello, resultó el interés en estudiar la atribución de significados imbricada (e imbricante en los tejidos urbanos, implicada (e implicante) en una construcción multilocal y polifónica, tributaria de distintas trayectorias de socialización y de posibilidades concretas de circulación de las personas y grupos; no obstante, sin dejar de lado, en mayor o menor medida, la constitución del circuito como un espacio simbólico particular, institucionalizado (e institucionalizante). Como modo de investigación, busqué seguir las personas en acción (dirigentes, jugadores, hinchas, familiares, amigos, etc.), atento a como los significados de prácticas y de artefactos se alteraban conforme transitaba en los distintos espacios y tiempos de la ciudad y del circuito de fútbol. Como estrategia de análisis e interpretación, recorrí las principales controversias observadas y registradas, comprendiendo que estas dejaban importantes rastros simbólicos de lo que estaba “en disputa” en la circulación y construcción del fútbol. Registré cuatro (4) controversias que, entonces, sirvieron como categorías de análisis (“este es el potrero, no el profesional”; “el club de hoy es un conjunto de camisetas”; “lo que molesta es la presión externa”; y “hoy ellos fueron sólo para jugar a la pelota en la canchita”). A partir de estas categorías, presenté descripciones (en forma de retratos) e interpretaciones relacionadas a la atribución de los significados, teniendo en cuenta la problematización de clasificaciones que son tradicionales cuando se piensan las configuraciones deportivas: la “organización”, los “equipos”, los “hinchas” y la “disciplina”. Estas problematizaciones, al final, me posibilitaron concluir que los significados del fútbol implican y están implicados en una paradoja: de un lado un movimiento de purificación en el sentido de que el circuito funcione como una “arena” relativamente cerrada; de otro, un movimiento de hibridización, de mezcla, donde los tejidos y las trayectorias de vida urbana no son ni se podrían dejar de lado. Quién circula en la ciudad en los múltiplos espacios y tiempos del potrero (la canchita) ciertamente estará frente a estos dos movimientos.
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Collca y sapçi: una perspectiva sobre el almacenamiento inka desde la analogía etnográfica

Salomon, Frank 10 April 2018 (has links)
Collca and Sapçi: A Perspective on Inka Storage via Ethnographic AnalogyIn the 1970’s Murra proposed studying post-Inka descendants of the Inka storage (qullka) system by following up the colonial term sapçi. Both Guaman Poma (1615) and the Huarochirí Quechua manuscript (1608) used this obscure word to denote stores for communal use. Today, the same villages in which the Huarochirí texts were gathered have buildings called Collcas, which contain storage deposits much like what Guaman Poma pictured under the name of sapçi. Ethnographic observation (1994-2001) at the Collca of Tupicocha suggests that modern local storage systems up to the 20th century bore significant likeness to the sapci, and lesser likeness to qullka. Like Inka warehousing, the Collca is associated with khipus. Like the colonial sapçi, however, the Collca architecturally fuses warehousing with the central structure of the nucleated village on the Toledan reducción model. Also like Guaman Poma’s sapçi, it administers intracommunal holdings rather than serving the state sector. The ritual regimen which governs the Collca, and which has allowed frequent changes in its design and functions, may offer an ethnographic analogy relevant to both Inka and colonial eras. / En la década de 1970, Murra propuso investigar los derivados posttawantinsuyu del sistema inka de almacenes (qullka) mediante el estudio del término colonial "sapçi". Tanto en el texto de Guaman Poma (1615) como en el manuscrito quechua de Huarochirí (1608) utilizan este vocablo oscuro para denominar lo almacenado para uso comunal. Hoy, los mismos pueblos donde se recogieron las narrativas de Huarochirí poseen edificios llamados collcas; ellas contienen depósitos parecidos al que Guaman Poma dibujó bajo el nombre de sapçi. Las observaciones etnográficas (1994-2001) en la collca de Tupicocha sugieren que los sistemas modernos de almacenamiento guardaron similitudes con el sapçi, y en menor grado, con la qullka, hasta el siglo XX. Al igual que el almacenamiento inka, la collca se asocia con los khipus. De similar manera que el sapçi colonial, la collca fusiona dentro de su arquitectura el almacenamiento y la estructura central del pueblo nucleado en forma de reducción toledana. También hay parecido con el sapçi de Guaman Poma en cuanto que la collca administra bienes intracomunales en vez de servir al sector estatal. El régimen ritual que gobierna la collca, y que ha permitido frecuentes cambios en su diseño y sus funciones, puede ofrecer una analogía etnográfica relevante tanto a los casos inka como colonial.
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Nas controvérsias da várzea : Trajetórias e retratos etnográficos em um circuito de futebol da cidade de Porto Alegre

Myskiw, Mauro January 2012 (has links)
Seguir o futebol na cidade foi a peculiaridade desta pesquisa etnográfica multi-situada num circuito de futebol de Porto Alegre, referido como o municipal da várzea. Isto foi realizado na esteira de estudos sobre a heterogeneidade das vivências e dos significados das práticas esportivas, com foco naquelas objetivadas e subjetivadas pelas pessoas comuns nos contextos urbanos das suas vidas cotidianas. Ao segui-las nos campos de futebol, nas salas de reuniões, em bares, residências e salões de festas, em distintas regiões e regimes urbanos, deparei-me com a necessidade de pensar e problematizar os significados do futebol não apenas em face da circunscrição de um circuito e suas lógicas, mas também em relação à circulação e à trajetória de vida das pessoas. Disso resultou o interesse em estudar a atribuição de significados imbricada (e imbricante) nas tramas urbanas, implicada (e implicante) numa construção multi-local e polifônica, tributária de distintas trajetórias de socialização e possibilidades concretas de circulação das pessoas e grupos, porém, sem que isso deixe de lado, em maior ou menor medida, a constituição do circuito como um espaço simbólico particular, institucionalizado (e institucionalizante). Como modo de pesquisa, procurei seguir as pessoas em ação (dirigentes, jogadores, torcedores, familiares, amigos, etc.), estando atento para como os significados de práticas e de artefatos se alteravam conforme transitava nos distintos espaços-tempos da cidade e do circuito de futebol. Como estratégia de análise-interpretação, recorri às principais controvérsias observadas e registradas, compreendendo que elas deixavam importantes rastros simbólicos do que estava “em disputa” na circulação-construção do futebol. Mapeei 4 controvérsias que, então, serviram como categorias de análise (“aqui é a várzea, não é o profissional”; “o clube de hoje é um jogo de camisas”; “o que incomoda é a pressão que vem de fora”; e “hoje eles foram só para jogar bola”). A partir dessas categorias, apresentei descrições (na forma de retratos) e interpretações relacionadas à atribuição dos significados, tendo como foco a problematização de categorias que são clássicas ao se pensar as configurações esportivas (a “organização”, os “times”, os “torcedores” e a “disciplina”). Estas problematizações, ao final, me possibilitaram concluir que os significados do futebol implicam e estão implicados num paradoxo: de um lado um movimento de purificação no sentido de que o circuito funcione enquanto uma arena relativamente fechada; de outro, um movimento de hibridização, de mistura, onde as tramas e as trajetórias de vida não são e nem se poderiam ser deixadas de lado. Quem "se movimenta" na cidade nos múltiplos espaços-tempos da várzea certamente estará diante desses dois movimentos. / Following amateur football in this city was the peculiarity of this ethnographic study, multi-situated in the football circuit of Porto Alegre, referred to as the town of amateur football. This was carried out in the wake of studies of the heterogeneity of experiences and meanings of the practice of sport, with a focus on those targeted and subjectified by ordinary people in the urban contexts of their everyday lives. By following them on the football fields, in meeting rooms, in bars and in their homes, in distinct urban regions and regimes, I began to feel the need to think about and discuss the meaning of football, not only with regards to the circuit division and its logic, but also in relation to the movement and trajectory of people‟s lives. This has resulted in the interest of studying the allocation of overlapping (and overlapped) meanings in urban schemes, implicated (and implicating) in a multi-site and polyphonic construction, tributary to distinct socializing trajectories and concrete possibilities of the circulation of people and groups, however, without setting aside, to a greater or lesser extent, the circuit constitution as a symbolic private institutionalized (and institutionalizing) space. As a research method, I followed people in action (managers, players, fans, family, friends, etc.), paying attention to how the meaning of the practices were altered as they moved within different time-spaces of the city and in the football circuit. As an analysis-interpretation strategy, I have used the principal controversies observed and registered, understanding that they have left important symbolic traces of what was “in dispute” in the circulation-construction of the football. I have mapped four controversies which have served as categories for analysis (“here it‟s amateur, not professional”; “nowadays the club is a game of shirts”; “what bothers me is the pressure comes from outside”; and “today they came only to play ball”). From these categories, I presented descriptions (in the form of portraits) and interpretations related to the attribution of meaning, having in focus the problem of classifications which are traditional when considering sporting configurations (the “organization”, the “teams”, the “fans” and the “discipline”). Discussing these problems finally led me to conclude that the meanings of football imply, and are implied in, a paradox: on the one hand, a purification movement in the sense that the circuit works as a relatively closed arena; on the other hand, a hybridization movement, of mixture, where the schemes and trajectories of urban life are not life and cannot be left out. Whoever circulates in the city in the multiple space-time of amateur football, certainly faces these two movements. / Seguir al fútbol en la ciudad fue la peculiaridad de esta investigación etnográfica multisituada en un circuito de fútbol de Porto Alegre: el potrero (la canchita) municipal. Esto fue realizado a partir del estudio sobre la heterogeneidad de las vivencias y de los significados de las prácticas deportivas, con énfasis en las que son objetivadas y subjetivadas por las personas comunes en los contextos urbanos de sus vidas cotidianas. Al seguir estas prácticas en los campos de fútbol, en las salas de reuniones, en los bares, en las residencias, en los salones de fiestas y en distintas espacios urbanos y regionales, me deparé con la necesidad de pensar y problematizar los significados del fútbol no solo en la circunscripción de un circuito y sus lógicas, sino también en relación a la circulación y a la trayectoria de vida de las personas. De ello, resultó el interés en estudiar la atribución de significados imbricada (e imbricante en los tejidos urbanos, implicada (e implicante) en una construcción multilocal y polifónica, tributaria de distintas trayectorias de socialización y de posibilidades concretas de circulación de las personas y grupos; no obstante, sin dejar de lado, en mayor o menor medida, la constitución del circuito como un espacio simbólico particular, institucionalizado (e institucionalizante). Como modo de investigación, busqué seguir las personas en acción (dirigentes, jugadores, hinchas, familiares, amigos, etc.), atento a como los significados de prácticas y de artefactos se alteraban conforme transitaba en los distintos espacios y tiempos de la ciudad y del circuito de fútbol. Como estrategia de análisis e interpretación, recorrí las principales controversias observadas y registradas, comprendiendo que estas dejaban importantes rastros simbólicos de lo que estaba “en disputa” en la circulación y construcción del fútbol. Registré cuatro (4) controversias que, entonces, sirvieron como categorías de análisis (“este es el potrero, no el profesional”; “el club de hoy es un conjunto de camisetas”; “lo que molesta es la presión externa”; y “hoy ellos fueron sólo para jugar a la pelota en la canchita”). A partir de estas categorías, presenté descripciones (en forma de retratos) e interpretaciones relacionadas a la atribución de los significados, teniendo en cuenta la problematización de clasificaciones que son tradicionales cuando se piensan las configuraciones deportivas: la “organización”, los “equipos”, los “hinchas” y la “disciplina”. Estas problematizaciones, al final, me posibilitaron concluir que los significados del fútbol implican y están implicados en una paradoja: de un lado un movimiento de purificación en el sentido de que el circuito funcione como una “arena” relativamente cerrada; de otro, un movimiento de hibridización, de mezcla, donde los tejidos y las trayectorias de vida urbana no son ni se podrían dejar de lado. Quién circula en la ciudad en los múltiplos espacios y tiempos del potrero (la canchita) ciertamente estará frente a estos dos movimientos.
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Dádivas, afetos e trocas sociais no cotidiano de sujeitos permeados por vivências psicossociais em Pelotas - RS / Donations, affections and social exchanges in the daily life of subjects permeated by psychosocial experiences in Pelotas - RS / Donaciones, afectos e intercambios sociales en el cotidiano de sujetos permeados por vivencias psicosociales en Pelotas -

Farias, Izamir Duarte de 09 October 2017 (has links)
Submitted by Aline Batista (alinehb.ufpel@gmail.com) on 2018-04-25T22:42:16Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_Izamir_Duarte_de_Farias.pdf: 6600926 bytes, checksum: 437c31a47ade95798bcce931e2909102 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-27T20:15:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Tese_Izamir_Duarte_de_Farias.pdf: 6600926 bytes, checksum: 437c31a47ade95798bcce931e2909102 (MD5) license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Previous issue date: 2017-10-09 / Sem bolsa / A presente tese é resultado do estudo realizado à partir do cotidiano de sujeitos permeados por vivências psicossociais na cidade de Pelotas – RS. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com dados coletados à partir da observação participante e entrevista semiestruturada, com abordagem etnográfica, realizados entre setembro de 2016 e maio de 2017. Seu objetivo geral é compreender as trocas sociais presentes no cotidiano de pessoas que frequentaram oficinas em um Centro de Atenção Psicossocial II no processo de reorganização (ressignificação) de suas vidas. A análise dos dados foi realizada à luz do ensaio sobre a dádiva proposto por Marcel Mauss e a Teoria Interpretativa da Cultura de Clifford Geertz. Contou-se com cinco sujeitos participantes que mantém vinculo com a Associação de Usuários de Serviços de Saúde Mental de Pelotas, os quais foram selecionados pelo método bola de neve. Respeitaram-se todos os princípios éticos orientados pela Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde. Foram apresentados os seguintes pressupostos para este estudo: As oficinas se constituem como ferramenta para o processo de construção e/ou reconstrução de interações saudáveis entre usuários do CAPS e seus familiares bem como com a sociedade, sendo uma estratégia necessária para projetar uma melhor qualidade de vida para as pessoas quando não mais estiverem na condição de usuários; Após passarem pelo CAPS, as pessoas incorporam em suas vidas saberes, práticas, trocas e significados que foram terapêuticos quando vivenciados nas oficinas, as quais são rememoradas como importantes; Há uma ressignificação na vida das pessoas quando deixam de ser usuários do CAPS, de maneira que seu círculo de amizades e seus valores são reconstruídos a partir do sofrimento psíquico e das suas experiências com o modo psicossocial de cuidado. Os resultados comprovam os pressupostos apresentados, apontando para a importância de trocas sociais, amizades e afetos na vida dos sujeitos. Estas relações estão permeadas por significados e sentimentos atribuídos pelos sujeitos, mostrando-se fundamentais para seu fortalecimento individual e coletivo, manifestando-se por intermédio de ações cotidianas nos Universos Subjetivos Plurais. As amizades e as trocas sociais constituem-se como o principal mecanismo para o fortalecimento pessoal, revelando superações, afetos e consciência de responsabilidade e cidadania, bem como alteridade e sensibilidade diante do outro. Tais elementos desvelados durante o acompanhamento dos sujeitos e dos seus universos relacionais mostram-se fundamentais para a manutenção da reabilitação psicossocial. Emerge a tese de que a pessoa, uma vez envolvida pelo modo psicossocial de cuidado, pode ressignificar sua vida e suas relações interpessoais, havendo, consequentemente a ampliação do seu universo relacional. A valorização do outro e o sentimento de alteridade passam a fazer parte do seu cotidiano, movendo-a a valorização das amizades e prática de trocas sociais – dando, recebendo e retribuindo – fortalecendo-se como sujeito, podendo tornar-se cuidador a partir da sua expertise por experiência. O Centro de Atenção Psicossocial e as oficinas são apresentados como marco transformador nas vidas, de modo que aprendizados e ressignificações ocorrem a partir da passagem por este serviço e mantém-se como processo autogestionado articulados por Universos Subjetivos Plurais pelos Universos Subjetivos Singulares. Curatelas, preconceitos e estigmas são apresentados como aspectos limitadores da autonomia, cujas ocorrências se dão de modo velado nas famílias como forma de cuidado e proteção, muito embora, outros modos de autonomia e empoderamento se constituem e mantém a partir do fortalecimento proporcionado pelos Universos Subjetivos Plurais. / The present thesis is the result of the study carried out from the daily life of subjects permeated by psychosocial experiences in the city of Pelotas - RS. This is a qualitative research with data collected from the participant observation and semi-structured interview, with ethnographic approach, carried out between September 2016 and May 2017. Its general objective is to understand the social exchanges present in the daily life of people who attended workshops in a Psychosocial Care Center II in the process of reorganization (resignification) of their lives. Data analysis was carried out in the light of the essay on the donation proposed by Marcel Mauss and Clifford Geertz's Interpretative Theory of Culture. There were five participants who had a link with the Association of Pelotas Mental Health Services Users, who were selected by the snowball method. All the ethical principles guided by Resolution No. 466/2012 of the National Health Council were respected. The following assumptions were made for this study: The workshops constitute a tool for the construction and / or reconstruction of healthy interactions among users of the CAPS and their families as well as with society, being a strategy necessary to design a better quality of life for people when they are no longer in the condition of users; After passing through the CAPS, people incorporate into their lives knowledge, practices, exchanges and meanings that were therapeutic when lived in the workshops, which are remembered as important; There is a re-signification in people's lives when they cease to be CAPS users, so that their circle of friends and their values are rebuilt from psychic suffering and their experiences with the psychosocial mode of care. The results confirm the assumptions presented, pointing to the importance of social exchanges, friendships and affections in the subjects' lives. These relationships are permeated by meanings and feelings attributed by the subjects, proving to be fundamental for their individual and collective strengthening, manifesting themselves through daily actions in the Plural Subjective Universes. Friendships and social exchanges constitute the main mechanism for personal strengthening, revealing surpasses, affections and awareness of responsibility and citizenship, as well as otherness and sensitivity before the other. Such elements revealed during the follow-up of subjects and their relational universes are fundamental for the maintenance of psychosocial rehabilitation. The thesis emerges that the person, once involved in the psychosocial way of care, can re-signify his life and his interpersonal relationships, and consequently the expansion of his relational universe. The valorization of the other and the feeling of otherness become part of their daily life, moving it to the appreciation of friendships and the practice of social exchanges - giving, receiving and giving back - strengthening as a subject, being able to become caretaker from the experience. The Center for Psychosocial Attention and workshops are presented as transformative milestone in lives, so that learning and re-signification occur from the passage through this service and remains as a self-managed process articulated by Plural Subjective Universes by the Singular Subjective Universes. “Curatelas”, prejudices and stigmas are presented as limiting aspects of autonomy, whose occurrences occur veiled in families as a form of care and protection, although other modes of autonomy and empowerment are constituted and maintained by the strengthening provided by the Subjective Universes Plurals. / La presente tesis es el resultado del estudio realizado a partir del cotidiano de sujetos permeados por vivencias psicosociales en la ciudad de Pelotas - RS. Se trata de una investigación cualitativa con datos recogidos a partir de la observación participante y entrevista semiestructurada, con abordaje etnográfico, realizados entre septiembre de 2016 y mayo de 2017. Su objetivo general es comprender los intercambios sociales presentes en el cotidiano de personas que frecuentan talleres en un Centro de Atención Psicosocial II en el proceso de reorganización (resignificación) de sus vidas. El análisis de los datos se realizó a la luz del ensayo sobre la donación propuesto por Marcel Mauss y la Teoría Interpretativa de la Cultura de Clifford Geertz. Se contó con cinco sujetos participantes que mantienen vinculo con la Asociación de Usuarios de Servicios de Salud Mental de Pelotas, los cuales fueron seleccionados por el método bola de nieve. Se respetaron todos los principios éticos orientados por la Resolución 466/2012 del Consejo Nacional de Salud. Se presentaron los siguientes supuestos para este estudio: Los talleres se constituyen como herramienta para el proceso de construcción y / o reconstrucción de interacciones saludables entre usuarios del mismo, CAPS y sus familiares así como con la sociedad, siendo una estrategia necesaria para proyectar una mejor calidad de vida para las personas cuando ya no estén en la condición de usuarios; Después de pasar por el CAPS, las personas incorporan en sus vidas saberes, prácticas, intercambios y significados que fueron terapéuticos cuando vivenciados en los talleres, los cuales son rememorados como importantes; Hay una resignación en la vida de las personas cuando dejan de ser usuarios del CAPS, de manera que su círculo de amistades y sus valores son reconstruidos a partir del sufrimiento psíquico y de sus experiencias con el modo psicosocial de cuidado. Los resultados demuestran los supuestos presentados, apuntando a la importancia de intercambios sociales, amistades y afectos en la vida de los sujetos. Estas relaciones están permeadas por significados y sentimientos atribuidos por los sujetos, mostrándose fundamentales para su fortalecimiento individual y colectivo, manifestándose por intermedio de acciones cotidianas en los Universos Subjetivos Plurales. Las amistades y los intercambios sociales se constituyen como el principal mecanismo para el fortalecimiento personal, revelando superaciones, afectos y conciencia de responsabilidad y ciudadanía, así como alteridad y sensibilidad ante el otro. Estos elementos desvelados durante el seguimiento de los sujetos y de sus universos relacionales se muestran fundamentales para el mantenimiento de la rehabilitación psicosocial. Es la tesis de que la persona, una vez involucrada por el modo psicosocial de cuidado, puede resignificar su vida y sus relaciones interpersonales, habiendo, consecuentemente, la ampliación de su universo relacional. La valorización del otro y el sentimiento de alteridad pasan a formar parte de su cotidiano, moviéndola a la valorización de las amistades y práctica de intercambios sociales - dando, recibiendo y retribuyendo - fortaleciéndose como sujeto, pudiendo tornarse cuidador a partir de la edad su experiencia por experiencia. El Centro de Atención Psicosocial y los talleres se presentan como marco transformador en las vidas, de modo que los aprendizajes y las resignaciones ocurren a partir del paso por este servicio y se mantiene como proceso autogestionado articulados por Universos Subjetivos Plurales por los Universos Subjetivos Singulares. Curatelas, preconceptos y estigmas se presentan como aspectos limitadores de la autonomía, cuyas ocurrencias se dan de modo velado en las familias como forma de cuidado y protección, aunque otros modos de autonomía y empoderamiento se constituyen y mantienen a partir del fortalecimiento proporcionado por los Universos Subjetivos Plurales.
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Vigilar y performar : agencias y tensiones en la construcción de subjetividades en vigilantes y porteros informales en Lima

Estrada Ugarte, Christian Leonidas 04 November 2016 (has links)
La vigilancia informal en Lima es performación y simulacro. Y la informalidad en la que opera la función del vigilante, la fragilidad de su condición laboral (sin estabilidad laboral, sin seguro de salud y con un magro sueldo) y su posición subalternizada me llevaron a investigar cómo funciona este simulacro desde la perspectiva del portero y vigilante, qué agencias se dinamizan en este contexto y cómo deben construir su subjetividad en esta comunidad de la sospecha y la falta de reconocimiento. Así, haciendo uso de herramientas de la antropología visual, accedemos a las percepciones del tiempo y la soledad de dos vigilantes nocturnos en la ciudad de Lima. Tres son los aspectos que emplearé para comprender las agencias y procesos de subjetivación desde la experiencia de un vigilante de noche en una caseta de 1 o 2 m2: su cultura material, sus emociones y sus narrativas. Así, conocer la experiencia de estos vigilantes nocturnos, en jornadas de 10 o 12 horas y sin un reconocimiento de todos sus derechos laborales, supondrá responder qué procesos actúan en cada uno, situados en entornos tan limitantes como los que caracterizan esta experiencia laboral. Como resultado, encontramos que, en esta experiencia, la construcción de sus casetas son un reflejo de sus espacios más íntimos, como lo son sus habitaciones. Tanto en sus habitaciones (lo privado) como en las casetas (lo público), la memoria y los procesos de subjetivación se revelan a través de la cultura material bajo una gramática similar. Con este fin, propongo un acercamiento a modos de construir lugar y cotidianidad: lo público, lo privado y lo social desde la subjetividad de porteros y vigilantes nocturnos en Lima. Aunque el acercamiento antropológico lo efectué con un grupo de vigilantes, decidí realizar una mayor aproximación a dos porteros y vigilantes: Moisés Quevedo y Moisés Chileno, como sujetos representativos de la realidad cultural de quienes laboran en jornadas nocturnas largas en la ciudad de Lima. Para cada uno de ellos, realicé un análisis sobre su construcción de lugar, lo que supone un trabajo sobre la cultura material dentro de su experiencia como vigilantes y porteros.
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¡Esa gente existe!: posiciones en conflicto sobre Barrios Altos, sus viviendas y su gente.

Valdivieso Payva, Jorge James 27 November 2014 (has links)
Esta es una de las frases que, hace más de cinco años, tomé prestadas para ser incluida en la introducción de un Video Promocional que me encargó producir el Ministerio de Vivienda, Construcción y Saneamiento. Por aquel entonces, el Poder Ejecutivo celebraba la promulgación de la Ley N° 29415 – Ley de Saneamiento Físico Legal de Predios Tugurizados con fines de Renovación Urbana, con la cual podría enfrentar las delicadas condiciones de vida de un sector de la sociedad, que era descrito por la voz en off de aquel Video Promocional de la siguiente manera: Existe un grupo importante de peruanos y peruanas que, a pesar de poblar los centros históricos de las ciudades del país, viven diariamente al borde del colapso o ya entre escombros. Víctimas de la pobreza, la violencia y el hacinamiento, estos vecinos conviven en condiciones antihigiénicas inimaginables y una inacción que los mantiene empantanados. Ellos viven… en los tugurios del Perú.
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La imagen del indio en los relatos de exploradores y viajeros del Perú borbónico (1700-1824)

Patrucco Núñez, Sandro Alfredo Raúl 24 September 2019 (has links)
La presente investigación analiza el proceso de formación del discurso narrativo y visual del indígena peruano y de sus producciones culturales contemporáneas y antiguas durante el periodo borbónico. Es el tiempo del arribo de los viajeros y expedicionarios que gracias al cambio de dinastía en España quedaron habilitados para poder visitar los territorios virreinales y juzgar sus realidades según la nueva mirada científica e imparcial. La construcción del discurso narrativo presenta un tiempo y un recorrido diferente al de la imagen visual. Viajeros y exploradores presentarán en sus novedosos pareceres, prejuicios de antigua data, y será la recolección de información visual, etnológica y arqueológica, así como el esfuerzo por una descruipción más desapasionada y científica la que lleve lentamente y a duras penas a un cambio del discurso narrativo sobre el indígena. Hacia finales del periodo parecieran emparejarse, del mismo modo como el interés por las producciones etnológicas y arqueológicas terminan teniendo un importante desarrollo en el último tercio del periodo escogido. La demarcación cronológica corresponde al período borbónico (1700-1824) y la delimitación espacial abarca el Virreinato del Perú y sus Audiencias sufragáneas. La investigación recogió todos los testimonios disponibles para generar una secuencia de la información y brindar el panorama más completo posible.
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En busca de una psicología intercultural: discursos sobre bienestar en un grupo de mujeres de un centro poblado al sur del Perú.

Bracco Bruce, Diana Lucía 01 June 2015 (has links)
Nuestro país está marcado por procesos de discriminación, exclusión y violencia en diferentes ámbitos. Las relaciones de poder producidas y re-producidas a lo largo de nuestra historia colonial marcan la inequidad económica, política y social que sufren las diversas poblaciones en el Perú (CVR, 2003). Ello no solo ha determinado el diferente acceso a recursos económicos y a la participación política sino que también incide en la construcción subjetiva de los sujetos y marca la valorización de los discursos y concepciones.

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