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Cortesãs de Pierre Louÿs / New-greeks of brazilian Belle Epoque

Macário, Paula Gomes, 1975- 12 October 2012 (has links)
Orientador: Mário Luiz Frungillo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-21T20:41:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Macario_PaulaGomes_D.pdf: 2046658 bytes, checksum: 5fadb7c1fc29def33ea655c8c32c303f (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A presente tese inclina-se sobre a obra do escritor francês Pierre Louÿs (1870 - 1925). Estudioso dos antigos poetas gregos e entusiasta da arte antiga, Louÿs pode, num primeiro momento ser associado à escola parnasiana. Em seus primeiros poemas, bem como em diversos momentos importantes de seu trabalho, ele dedicou-se à construção de um ambiente pagão, harmonioso e aprazível, munido de uma sensualidade bastante associada à plasticidade das formas. Porém, uma propensão singular transportou igualmente seu trabalho a outro território. Propensão esta que se revela pela adoção da temática do erotismo e, sobretudo, pela forma particular com que ele apropria-se de tal matéria. Pode-se ler em seus livros uma atmosfera bela, sensual e hedonista, que ao mesmo tempo atualiza uma das grandes tradições do erotismo literário: o humor a ironia e os excessos lúbricos postos em cena para caçoar e combater as regras morais e a hipocrisia sexual da sociedade. Na combinação desses dois ideais, um estético e outro subversivo, encontramos a face particular da produção de Louÿs que servirá de guia à nossa investigação: Como defensor de uma nova maneira, mais libertária, de pensar e de lidar com as paixões do corpo, o escritor termina por criar uma série de personagens que, armados de grande beleza e de uma graciosa ironia, cumprem o papel de contestar a moral puritana. Estamos falando prioritariamente de personagens femininas, pois no trabalho deste autor uma atenção especial é concedida às mulheres. Vasta, variada e incontestavelmente sedutora é a procissão de beldades femininas que desfilam por seus livros. Mas o elemento mais interessante a se notar nessas mulheres não se resume ao quadro de seus encantos físicos, e sim algo que segue de par com eles, a saber, uma personalidade espontânea e de tendências licenciosas, dedicada especialmente à realização de uma vida plena de beleza e prazer. Tratamos, portanto, de elencar e analisar, na obra de Pierre Louÿs, uma série de personagens femininos que possuem o atributo de funcionar como um modelo de comportamento permissivo, libertário e atraente. Modelo este que é, sobretudo, o pretexto para uma literatura valiosa, ao mesmo tempo inquietante, e muito deleitável / Abstract: This thesis is based on the work of the French writer Pierre Louÿs (1870-1925). Scholar of ancient Greek poets and enthusiastic of ancient art, Louÿs may at a first moment be associated with the Parnassian school. In his early poems, as well as various important moments in his work, he devoted himself to the construction of a pagan, harmonious and enjoyable atmosphere, equipped with a sensuality somewhat associated to the plasticity of forms. However, a singular inclination transported his work to another territory as well. This inclination is revealed by the adoption of the erotic theme, and especially by the very particular way in which he embraces it. In his books one can read a beautiful, sensual and hedonistic atmosphere which equally updates one of the great traditions of literary eroticism: humor, irony and a lascivious excess brought into play to mock and scuffle society's moral rules and sexual hypocrisy. By combining these two ideals, one aesthetic and another of moral subversion, we find the particular aspect of Louÿs's work that will guide us in our investigation: As an advocate of a new, more libertarian way of thinking and dealing with the body passions, the writer ends up creating a series of characters who, armed with great beauty and graceful irony, play the role of refuting puritanical morality. We refer mostly to female characters, as in the works of this author particular attention is given to women. Vast, varied and attractive is the undoubtedly seductive procession of beauties parading through his books. But the most interesting element to be noticed in these women is not restricted to their physical charms, but rather something that matches that up, that is, their spontaneous and licentious-prone personality, expressly devoted to achieving a life full of beauty and pleasure. We tried, thus, to list and analyze, in Pierre Louÿs's work, a series of female characters that have the attribute of working as a model of a permissive, libertarian and attractive behavior. A model which is above all an excuse for a very valuable and, at the same time, disturbing and very pleasant literature / Doutorado / Literatura Geral e Comparada / Doutora em Teoria e História Literária
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Prosa preguiçosa e exotismo, a literatura de Wenceslau de Moraes

Dotto Neto, Ignacio 03 August 2018 (has links)
Orientador : Paulo Franchetti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-03T18:50:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DottoNeto_Ignacio_M.pdf: 793535 bytes, checksum: ffaf5e9daa97be358fb966e8a10c7ed5 (MD5) Previous issue date: 2003 / Mestrado
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O discurso da diversidade = a definição da diferença a partir da world music / The discourse of diversity : the definition of difference through world music

Nicolau Netto, Michel, 1978- 04 April 2012 (has links)
Orientador: Renato José Pinto Ortiz / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-19T21:01:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 NicolauNetto_Michel_D.pdf: 5232732 bytes, checksum: 923f6a074b8a670cc13eeebf7eb461e8 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: A valorização contemporânea da diversidade revela um mundo atento à diferença. De fato, se um dia lutávamos pelo direito de sermos iguais, hoje, paradoxalmente, também clamamos pelo reconhecimento de nossas diferenças. Nesse sentido, vozes que discursam sobre essas diferenças hoje precisam ser ouvidas e ressoam pelo mundo ao habitarem o espaço global. Contudo, de que diferenças estamos falando? A permanência de nosso olhar no seio das relações sociais muitas vezes impede que notemos que, na verdade, as diferenças são construídas social e historicamente. Não basta que as coisas se diferenciem, mas é preciso um contexto no qual seja possível a seleção de índices suficientes de diferenciação para que essas sejam classificadas e, por consequência, hierarquizadas. Dessa forma, duas coisas se diferenciam apenas quando índices específicos são legitimados e, então, discursados. Por isso, a diferença é necessariamente uma construção discursiva que se realiza pelas próprias práticas discursivas, mas que somente podem surgir em relação a determinadas realidades concretas. No século XIX a diferença fora construída a partir da organização do exótico. É em relação a ele, em um momento no qual o discurso universal e a nação criavam a separação entre internalidades e externalidades centradas no imperialismo europeu, que a diferença fora articulada. Na contemporaneidade, contudo, o mundo perde seu centro e as relações entre externo e interno não mais podem organizar um discurso, sendo esse percebido na diversidade. O discurso da diversidade, portanto, surge na contemporaneidade como forma de ordenar o diferente a partir de bases concretas na sociedade, mas também por interrelações entre enunciados específicos. Podemos notar a operação desse discurso ao voltarmos nossos olhos para um objeto específico: World Music. Nele, a música é valorizada pela própria diferença, sendo então necessário se compreender quais os índices tornados suficientes para a diferenciação. Propomos que neste objeto os índices privilegiados são o local e a etnia. Com essa mirada, então, mais importam as forças relacionadas à determinação dos índices do que a tentativa de se perceber um mundo mais ou menos homogêneo. É dessa forma que poderemos compreender as implicações sociais e o condicionamento das vozes presentes no discurso da diversidade / Abstract: The value given to diversity in our times shows just how attentive the world is to difference. In fact, where we once fought for equal rights we now look to establish our sense of difference. In this sense, voices who speak about these differences need to be heard today and resonate throughout the world. But what differences are we talking about? The permanence of our attention within social relations often prevents us from noticing that, in fact, we're talking about differences that are socially and historically constructed, and therefore of interest to sociology. It's not enough that things are distinct, but we need a context in which it is possible to select sufficient levels of differentiation for things to be classified and consequently put in hierarchies. Thus, two things are different when specific factors are legitimized and then discoursed. Therefore, the difference is necessarily a discursive construction that takes place by their own discursive practices, but that can only arise in relation to certain realities. In the nineteenth century, difference was built from the organization of the exotic. And it's in relation to this, at a time in which the universal discourse and the nation, centrered on European imperialism, created the separation between the internalist and the externalist view, that the difference was articulated. In contemporary times, however, the world loses its centre and the relationship between internal and external can no longer organise a discourse, this being perceived in the diversity. The discourse of diversity, therefore, arises in the contemporary world as a way to order the different from concrete foundations in society, but also by interrelationships between specific enounciation. We can note the operation of this discourse by examining a specific object: World Music. In it, the music is valued by the difference, so one needs to understand what are the factors that make the differentiation sufficient. We propose that with this object the privileged factors are location and ethnicity. With this look, then, it's of importance to understand the forces related to the determination of these factors rather than the attempt to realize a more or less homogeneous world. And so we can understand the social implications and the conditioning of the voices present in the discourse of diversity / Doutorado / Sociologia / Doutor em Sociologia
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Los exóticos del crimen: prensa, literatura y crónica policial sobre la inmigración china

Chumbimune Saravia, Daisy Isabel January 2017 (has links)
Publicación a texto completo no autorizada por el autor / Aborda la representación de la inmigración china en la prensa, de manera específica la otorgada por el género de la crónica policial. Una investigación que se restringe a la Republica Aristocrática (1895-1919); período que se enmarca, por un lado, en un período histórico donde existió la voluntad política de alcanzar el progreso y consolidar el Estado-nación; y por otro, en la coyuntura donde se concitaron las mayores manifestaciones antichinas. La investigación parte de la premisa de otorgar sentido y rescatar la relevancia histórica del proceso de la inmigración china, pero desde la representación adjudicada de lo chino a partir de la prensa. Se estudia la prensa porque fue la pieza fundamental del proyecto modernizador, en el sentido de ser la voz oficial que elaboró propuestas efectivas para alcanzar el anhelado progreso y que en su trayecto se cruzó con el inmigrante chino, un subalterno. Esto teniendo en cuenta además el desarrollo de la crónica policial en la prensa, género literario que, en su afán de abarcar la otredad, inauguró nuevas perspectivas sobre la vida cotidiana del grupo inmigrante chino. / Tesis
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Poética do lugar em O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, Angústia, de Graciliano Ramos, e Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss

Machado, Cristiane Marques January 2008 (has links)
Ce travail cherche à analyser les rapports en Littérature Comparée/Espace, en établissant des représentations de l'altérité à partir des définitions des termes étranger, de Julia Kristeva, en Étrangers à nous-mêmes (1994), et exotisme, de Victor Ségalen, en Essai sur l'exotisme : une esthétique du divers (1978). Telles définitions sont problématisées par l'analyse d'approche comparatiste de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; et Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Chacune de ces oeuvres traduit des formes de perception du réel que l'écriture transforme en fable du lieu. Notre but c'est de comparer l'expérience de déplacement dans l'espace de Mário, Lévi-Strauss et Luís da Silva bien que d'analyser comment le sentiment et la sensation d'exotisme exercent des influences sur leurs parcours. Donc nous avons essayé de retirer des ouvres la figure d'étranger assumée par ces trois étrangers. Pour cela, nous avons capté la forme avec laquelle chacun transgresse la géographie physique des lieux visités/habités, en la reconfigurant et en établissant une sorte de transgéographie. Tout cela nous a fait concluir que l'expérience de déplacement dans l'espace et la perception du réel ne produisent pas seulement des fables du lieu, comme en Tristes trópicos et O turista aprendiz mais aussi des tragédies du lieu, comme dans le cas de Angústia. Fable ou tragédie, le fondamental même c'est d'admettre que, sans l'exil de Luís da Silva, Mário et Lévi- Strauss, le goût de l'errance ne pourrait être affiné (Glissant, 1990). Et cette errance, vécue plus ou moins consciemment par nos étrangers, étend l'expérience du déplacement à une poétique de la relation. Ainsi, leurs identités, avant basées sur le Même, deviennent rizhomatiques par la relation avec l'Outre. De plus, le récit de voyages des nos exotes ou voyageurs-nés se transformes en récit d'eux-mêmes. Il faut encore souligner que, à partir de ce déploiement identitaire declanché par le déplacement géographique, nous pouvons envisager une poétique de la relation où l'immensité de l'espace se (con)fond avec l'immensité intime, comme une vraie dialectique de l'extérieur et l'intérieur. / A presente dissertação aborda as relações em Literatura Comparada/Espaço, estabelecendo representações da alteridade a partir das definições de estrangeiro, de Julia Kristeva, em Estrangeiros pra nós mesmos (1994), e de exotismo, de Victor Ségalen, em seu Essai sur l'exotisme: une esthétique du divers (1978). Tais definições são problematizadas através do enfoque comparatista de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; e Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Cada uma destas obras traduz, à sua maneira, formas e modos de percepção do real circundante que a escritura transforma em fábula do lugar. Nosso objetivo consiste não apenas em comparar a experiência de deslocamento no espaço empreendida pelos estrangeiros Mário, Lévi-Strauss e Luís da Silva, mas também em analisar a forma como o sentimento e a sensação de exotismo interferem no percurso de cada um deles. Para tanto, tentamos extrair das obras citadas a figura de estrangeiro assumida por Luís da Silva, Mário de Andrade e Claude Lévi- Strauss. Além disso, captamos a forma com que cada um desses estrangeiros transgride a geografia física dos lugares visitados/habitados, reconfigurando-a por meio da subjetividade e estabelecendo, assim, uma espécie de transgeografia. De nossas análises, concluímos que a experiência do deslocamento no espaço e a percepção do real circundante nem sempre produzem fábulas do lugar, como em O turista aprendiz e Tristes trópicos, mas em alguns casos, como o de Angústia, não deixam de resultar em tragédias do lugar. Fábula ou tragédia, o fundamental mesmo é admitir que, sem o "exílio" por que passam Luís da Silva, Mário Andrade e Lévi-Strauss, não se poderia afinar o gosto pela errância. E essa errância, experimentada ora mais ou menos conscientemente por nossos estrangeiros e corcundas de alma, faz com que a experiência no espaço se estenda necessariamente para uma poética da relação. Assim, suas identidades, antes enraizadas no Mesmo, acabam por desdobrar-se rizomaticamente, pela relação com o Outro, e por transformar os relatos de viagem e retirança de nossos exotes e voyageurs-nés em relatos de si mesmos. Cabe-nos ainda ressaltar que, a partir desse desdobramento identitário provocado pelo deslocamento geográfico, podemos entrever uma poética do encontro em que a imensidão do espaço se (con)funde com a imensidão íntima em uma verdadeira dialética do exterior e do interior.
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Poética do lugar em O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, Angústia, de Graciliano Ramos, e Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss

Machado, Cristiane Marques January 2008 (has links)
Ce travail cherche à analyser les rapports en Littérature Comparée/Espace, en établissant des représentations de l'altérité à partir des définitions des termes étranger, de Julia Kristeva, en Étrangers à nous-mêmes (1994), et exotisme, de Victor Ségalen, en Essai sur l'exotisme : une esthétique du divers (1978). Telles définitions sont problématisées par l'analyse d'approche comparatiste de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; et Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Chacune de ces oeuvres traduit des formes de perception du réel que l'écriture transforme en fable du lieu. Notre but c'est de comparer l'expérience de déplacement dans l'espace de Mário, Lévi-Strauss et Luís da Silva bien que d'analyser comment le sentiment et la sensation d'exotisme exercent des influences sur leurs parcours. Donc nous avons essayé de retirer des ouvres la figure d'étranger assumée par ces trois étrangers. Pour cela, nous avons capté la forme avec laquelle chacun transgresse la géographie physique des lieux visités/habités, en la reconfigurant et en établissant une sorte de transgéographie. Tout cela nous a fait concluir que l'expérience de déplacement dans l'espace et la perception du réel ne produisent pas seulement des fables du lieu, comme en Tristes trópicos et O turista aprendiz mais aussi des tragédies du lieu, comme dans le cas de Angústia. Fable ou tragédie, le fondamental même c'est d'admettre que, sans l'exil de Luís da Silva, Mário et Lévi- Strauss, le goût de l'errance ne pourrait être affiné (Glissant, 1990). Et cette errance, vécue plus ou moins consciemment par nos étrangers, étend l'expérience du déplacement à une poétique de la relation. Ainsi, leurs identités, avant basées sur le Même, deviennent rizhomatiques par la relation avec l'Outre. De plus, le récit de voyages des nos exotes ou voyageurs-nés se transformes en récit d'eux-mêmes. Il faut encore souligner que, à partir de ce déploiement identitaire declanché par le déplacement géographique, nous pouvons envisager une poétique de la relation où l'immensité de l'espace se (con)fond avec l'immensité intime, comme une vraie dialectique de l'extérieur et l'intérieur. / A presente dissertação aborda as relações em Literatura Comparada/Espaço, estabelecendo representações da alteridade a partir das definições de estrangeiro, de Julia Kristeva, em Estrangeiros pra nós mesmos (1994), e de exotismo, de Victor Ségalen, em seu Essai sur l'exotisme: une esthétique du divers (1978). Tais definições são problematizadas através do enfoque comparatista de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; e Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Cada uma destas obras traduz, à sua maneira, formas e modos de percepção do real circundante que a escritura transforma em fábula do lugar. Nosso objetivo consiste não apenas em comparar a experiência de deslocamento no espaço empreendida pelos estrangeiros Mário, Lévi-Strauss e Luís da Silva, mas também em analisar a forma como o sentimento e a sensação de exotismo interferem no percurso de cada um deles. Para tanto, tentamos extrair das obras citadas a figura de estrangeiro assumida por Luís da Silva, Mário de Andrade e Claude Lévi- Strauss. Além disso, captamos a forma com que cada um desses estrangeiros transgride a geografia física dos lugares visitados/habitados, reconfigurando-a por meio da subjetividade e estabelecendo, assim, uma espécie de transgeografia. De nossas análises, concluímos que a experiência do deslocamento no espaço e a percepção do real circundante nem sempre produzem fábulas do lugar, como em O turista aprendiz e Tristes trópicos, mas em alguns casos, como o de Angústia, não deixam de resultar em tragédias do lugar. Fábula ou tragédia, o fundamental mesmo é admitir que, sem o "exílio" por que passam Luís da Silva, Mário Andrade e Lévi-Strauss, não se poderia afinar o gosto pela errância. E essa errância, experimentada ora mais ou menos conscientemente por nossos estrangeiros e corcundas de alma, faz com que a experiência no espaço se estenda necessariamente para uma poética da relação. Assim, suas identidades, antes enraizadas no Mesmo, acabam por desdobrar-se rizomaticamente, pela relação com o Outro, e por transformar os relatos de viagem e retirança de nossos exotes e voyageurs-nés em relatos de si mesmos. Cabe-nos ainda ressaltar que, a partir desse desdobramento identitário provocado pelo deslocamento geográfico, podemos entrever uma poética do encontro em que a imensidão do espaço se (con)funde com a imensidão íntima em uma verdadeira dialética do exterior e do interior.
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Poética do lugar em O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade, Angústia, de Graciliano Ramos, e Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss

Machado, Cristiane Marques January 2008 (has links)
Ce travail cherche à analyser les rapports en Littérature Comparée/Espace, en établissant des représentations de l'altérité à partir des définitions des termes étranger, de Julia Kristeva, en Étrangers à nous-mêmes (1994), et exotisme, de Victor Ségalen, en Essai sur l'exotisme : une esthétique du divers (1978). Telles définitions sont problématisées par l'analyse d'approche comparatiste de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; et Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Chacune de ces oeuvres traduit des formes de perception du réel que l'écriture transforme en fable du lieu. Notre but c'est de comparer l'expérience de déplacement dans l'espace de Mário, Lévi-Strauss et Luís da Silva bien que d'analyser comment le sentiment et la sensation d'exotisme exercent des influences sur leurs parcours. Donc nous avons essayé de retirer des ouvres la figure d'étranger assumée par ces trois étrangers. Pour cela, nous avons capté la forme avec laquelle chacun transgresse la géographie physique des lieux visités/habités, en la reconfigurant et en établissant une sorte de transgéographie. Tout cela nous a fait concluir que l'expérience de déplacement dans l'espace et la perception du réel ne produisent pas seulement des fables du lieu, comme en Tristes trópicos et O turista aprendiz mais aussi des tragédies du lieu, comme dans le cas de Angústia. Fable ou tragédie, le fondamental même c'est d'admettre que, sans l'exil de Luís da Silva, Mário et Lévi- Strauss, le goût de l'errance ne pourrait être affiné (Glissant, 1990). Et cette errance, vécue plus ou moins consciemment par nos étrangers, étend l'expérience du déplacement à une poétique de la relation. Ainsi, leurs identités, avant basées sur le Même, deviennent rizhomatiques par la relation avec l'Outre. De plus, le récit de voyages des nos exotes ou voyageurs-nés se transformes en récit d'eux-mêmes. Il faut encore souligner que, à partir de ce déploiement identitaire declanché par le déplacement géographique, nous pouvons envisager une poétique de la relation où l'immensité de l'espace se (con)fond avec l'immensité intime, comme une vraie dialectique de l'extérieur et l'intérieur. / A presente dissertação aborda as relações em Literatura Comparada/Espaço, estabelecendo representações da alteridade a partir das definições de estrangeiro, de Julia Kristeva, em Estrangeiros pra nós mesmos (1994), e de exotismo, de Victor Ségalen, em seu Essai sur l'exotisme: une esthétique du divers (1978). Tais definições são problematizadas através do enfoque comparatista de Angústia (s/d), de Graciliano Ramos; O turista aprendiz (2002), de Mário de Andrade; e Tristes trópicos (1996), de Claude Lévi-Strauss. Cada uma destas obras traduz, à sua maneira, formas e modos de percepção do real circundante que a escritura transforma em fábula do lugar. Nosso objetivo consiste não apenas em comparar a experiência de deslocamento no espaço empreendida pelos estrangeiros Mário, Lévi-Strauss e Luís da Silva, mas também em analisar a forma como o sentimento e a sensação de exotismo interferem no percurso de cada um deles. Para tanto, tentamos extrair das obras citadas a figura de estrangeiro assumida por Luís da Silva, Mário de Andrade e Claude Lévi- Strauss. Além disso, captamos a forma com que cada um desses estrangeiros transgride a geografia física dos lugares visitados/habitados, reconfigurando-a por meio da subjetividade e estabelecendo, assim, uma espécie de transgeografia. De nossas análises, concluímos que a experiência do deslocamento no espaço e a percepção do real circundante nem sempre produzem fábulas do lugar, como em O turista aprendiz e Tristes trópicos, mas em alguns casos, como o de Angústia, não deixam de resultar em tragédias do lugar. Fábula ou tragédia, o fundamental mesmo é admitir que, sem o "exílio" por que passam Luís da Silva, Mário Andrade e Lévi-Strauss, não se poderia afinar o gosto pela errância. E essa errância, experimentada ora mais ou menos conscientemente por nossos estrangeiros e corcundas de alma, faz com que a experiência no espaço se estenda necessariamente para uma poética da relação. Assim, suas identidades, antes enraizadas no Mesmo, acabam por desdobrar-se rizomaticamente, pela relação com o Outro, e por transformar os relatos de viagem e retirança de nossos exotes e voyageurs-nés em relatos de si mesmos. Cabe-nos ainda ressaltar que, a partir desse desdobramento identitário provocado pelo deslocamento geográfico, podemos entrever uma poética do encontro em que a imensidão do espaço se (con)funde com a imensidão íntima em uma verdadeira dialética do exterior e do interior.
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La representación del mundo andino en el cine peruano de ficción / The representation of the Andean world in Peruvian fiction cinema

Rodriguez Cipriano, Denisse Alejandra 26 June 2020 (has links)
Esta investigación busca indagar en las formas de representación del mundo andino en el cine peruano de ficción con la finalidad de construir un panorama de este tema en el contexto de la diversidad cultural del Perú. El presente estudio parte del cuestionamiento de la representación del mundo andino en el cine peruano, al identificar ideas, prejuicios y estereotipos que se repiten. Por otro lado, también existe un cine de ficción en el que esta representación se complejiza. Como parte del diseño de la investigación se identifica el corpus de películas de ficción nacionales en las que se representa el mundo andino y, con esta selección, se convoca a expertos en el tema para reflexionar críticamente sobre esta representación. La discusión generada se apoya en la teoría de la construcción del otro (indígena, pobre, mujer, niño, anciano) como subalterno en el cine de ficción. / This research seeks to investigate the forms of representation of the Andean world in Peruvian fiction cinema in order to build an overview of this subject in the context of Peru's cultural diversity. The present study starts from the questioning of the representation of the Andean world in the Peruvian cinema, by identifying ideas, prejudices and stereotypes that are repeated. On the other hand, there is also a fictional cinema in which this representation becomes more complex. As part of the research design, the corpus of national fiction films in which the Andean world is represented is identified and, with this selection, experts on the subject are summoned to critically reflect on this representation. The discussion generated is based on the theory of the construction of the other (indigenous, poor, woman, child, old man) as a subordinate in fiction cinema. / Trabajo de investigación

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