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O pensamento ético em Epicuro / Jean Dionisio Braatz ; orientador, Jamil Ibrahim IskandarBraatz, Jean Dionisio January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2007 / Inclui bibliografia / O epicurismo surgiu em oposição ao quadro sócio-político que se instalara no mundo grego pouco antes do nascimento de Epicuro. Os homens não mais eram felizes na pólis. Preocupado com a situação, Epicuro tratou de diagnosticar a causa da infelicidade: com / El epicureismo surgió en oposición al panorama socio-político que vigoraba en el mundo greco poco antes del nacimiento de Epicuro. Los hombres no estaban más felices en la polis. Preocupado con la situación, Epicuro diagnosticó la causa de la infelicidad:
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A eudaimonia na Ética nicomaqueia : fim inclusivo ou fim dominante?Araujo, Mariano Bay de January 2016 (has links)
A Ética Nicomaqueia tem como tema central a felicidade (eudaimonia). No entanto, há um problema, pelo menos aparente, em relação a como a eudaimonia é caracterizada principalmente no livro I e no livro X da EN. A partir do que é desenvolvido no primeiro livro e nos livros centrais da EN, podemos entender que a felicidade contém boas ações, isto é, ações de acordo com as virtudes de caráter. No entanto, no livro X, a felicidade é identificada com a contemplação, ou seja, o exercício da virtude teórica, e as ações moralmente virtuosas acabam ficando em uma posição inferior. Surge, então, o problema de determinar se a felicidade é um ou mais bens e como combiná-los. Esse problema foi apontado por W. F. R. Hardie no artigo “O bem final na ética de Aristóteles” e, a partir de sua publicação, iniciou-se uma discussão a respeito de a eudaimonia ser um fim inclusivo ou um fim dominante. O objetivo deste trabalho é investigar a noção de eudaimonia na EN a partir da discussão mencionada acima. Para isso, analiso as passagens e os conceitos importantes para avaliar os argumentos apresentados e as interpretações sustentadas pelos comentadores inseridos nessa discussão. Ao longo do trabalho, mostro que a identificação da eudaimonia com a atividade teórica virtuosa não é incompatível com o exercício das virtudes morais e que ambos fazem parte da eudaimonia. / The central theme of the Nicomachean Ethics is happiness (eudaimonia). However there is a problem, at least apparent, regarding the characterization of eudaimonia, particulary in books I and X of the NE. Based on what is developed in the first and central books of NE we can understand that happiness contains good actions, that is, actions in accordance with character virtues. In book X, however, happiness is identified with contemplation, that is, the exercise of theorethical virtue, and morally virtuous actions ends up occupying a lower position. What follows is the emergence of the problem of determining whether happiness is one or more goods and how to combine them. This problem was pointed out by W. F. R. Hardie in the paper “The final good in Aristotle's Ethics”, and since its publication, it started a discussion about eudaimonia being an inclusive or a dominant end. The aim of this work is to study the idea of eudaimonia in the NE based on the discussion mentioned above. To achieve that, I analyze important passages and concepts to assess the arguments presented and the interpretations sustained by critics involved in the discussion. In this study, I show that the identification of eudaimonia with theorethical activity is not inconsistent with the exercise of moral virtues, and that both are part of eudaimonia.
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Interfaces e inquietações no diálogo entre Kierkegaard e Foucault - filosofia antiga, psicologia e processos de subjetivação / Interface and inquietude in the Kierkegaard and Foucault dialogueCristine Monteiro Mattar 31 March 2011 (has links)
A presente tese inicia-se por uma encruzilhada e um segredo: na encruzilhada está a psicologia, entre os apelos instrumentais, antropológicos e neurocientíficos; já o segredo refere-se à quase desconhecida leitura de Kierkegaard por Foucault. Os dois filósofos se inscrevem na esteira da experimentação filosófica, caminho oposto ao da metafísica. Experimentação, aqui, não diz respeito a qualquer empirismo; inspira-se nos exercícios espirituais da Antiguidade grega e romana, e nas práticas da ironia, do cuidado de si e da parresía filosófica. As aproximações possíveis entre o pensamento de Kierkegaard e o de Foucault por esse viés da filosofia antiga, visam a contribuir para uma compreensão da psicologia e de suas práticas que permita o enfrentamento dos dilemas acima referidos, ou seja, os instrumentais, antropológicos e neurocientíficos. O percurso do trabalho tem como ponto de partida as suspeitas direcionadas à psicologia, desde o questionamento colocado por Canguilhem há mais de cinqüenta anos acerca das intenções pouco claras da disciplina, passando pelas críticas aos processos de subjetivação psicologizantes, até chegar ao grave enquadramento contemporâneo que busca convencer os sujeitos de que são, em última análise, nada mais do que cérebros. Os processos de subjetivação engendrados pelas práticas psi se vêem, pois, colocados hoje frente a impasses de difícil solução. Tantas são as suspeitas e temores quanto aos efeitos psi, que os próprios profissionais da área têm, em muitos casos, assumido a posição de que a psicologia se tornou inviável e deve desaparecer. As referências objetivantes ou antropológicas, quando priorizadas pela psicologia, de fato não deixam saídas, tornando urgente o encontro com outros referenciais que possibilitem respirar novos ares. O pensamento de Kierkegaard e o de Foucault surgem como intercessores em face desse horizonte sombrio. Os dois filósofos se dedicaram a tornar o homem atento a si e ao mundo, priorizando saídas singulares e criativas em lugar da reprodução dos modos de ser hegemônicos que ameaçam igualar tudo e todos. Desnaturalizadores do presente e avessos às grandes especulações teóricas sobre a vida, escreveram obras que é preciso experienciar, mais do que simplesmente ler, a fim de captar-lhes a atmosfera e com elas operar. A partir dessa atitude, a psicologia experimental ou interpretativa pode dar lugar a uma psicologia experimentante, que acompanha o cotidiano ao invés de se colocar como uma curiosidade sem paixão. Tal psicologia segue de maneira interessada os movimentos da existência e a apropriação pessoal da verdade, que deixa de ser transcendente, metafísica ou sonhada, e aparece encarnada nas lutas, receios, enganos, ações e tensões do dia-a-dia dos sujeitos de carne, osso e espírito. É na tensão constituinte-constituído que o sujeito se forja, seja ele lançado por Deus, como pensa Kierkegaard, seja, como propõe Foucault, mergulhado nos esquemas e objetivações que toma como naturais: a tarefa do sujeito é tornar-se si mesmo, participando de forma mais livre da própria constituição, exercendo de maneira refletida e ética a liberdade e transparecendo a si mesmo, ao invés de tomar como suas as determinações que lhe são oferecidas. A presente tese visa, portanto, a estabelecer o diálogo entre Foucault e Kierkegaard, pelo viés da filosofia antiga, buscando inspiração para promover, no tempo presente, processos de subjetivação outros que os modos desesperados de ser, e práticas psicológicas mais experimentantes e menos disciplinadoras. / This dissertation begins at a crossroads and a secret: at the crossroads there is Psychology, among its instrumental, anthropological and neuroscientific appeals; the secret refers to the almost unknown reading of Kierkegaard by Foucault. Both philosophers are inserted in the wake of philosophical experimentation, the opposite path to metaphysics. Experimentation, here, is not related to empirism; it is inspired by the spiritual exercises of Greek and Roman Ancient History, and in the practice of irony, self-care and philosophical parresía. The possible approximations between the thoughts of Kierkegaard and Foucault through this approach of Ancient Philosophy aim at contributing to an understanding of Psychology and its practices that allow the facing of the above-mentioned dilemmas, that is, the instrumental, anthropological and neuroscientific ones. The course of this work has its starting point at the suspicions directed at Psychology, from the questioning posed by Canguilhem over fifty years ago about the unclear intentions of the subject, through the critiques to the processes of psychological subjectivizing, up to the serious contemporary framing that seeks to convince human beings that they are, ultimately, no more than brains. The subjectivizing processes carried out by the psi practices are, then, today, faced with difficult predicaments. There are so many suspicions and fears about the psi effects that the area professionals themselves have, in many cases, assumed that psychology has become not viable and must disappear. The objecting or anthropological references, when prioritized by Psychology, actually leave no way out, urging the finding of new referentials that make it possible to breathe new air. Kierkegaards and Foucaults thoughts arise as interceders in the face of this somber horizon. Both philosophers are devoted to taking man as attentive to himself and the world, prioritizing singular and creative exits instead of reproducing the hegemonic ways of being that threaten to equal everything and everyone. Unnaturalizing the present and contrary to great theoretical speculations about life, both have written works that must be experienced, more than simply read, so as to capture their atmosphere and operate it. From this attitude, Experimental or Interpretive Psychology can give way to an Experiencing Psychology, which follows everyday life instead of presenting itself as passionless curiosity. This Psychology follows interestingly the movements of existence and personal appropriation of the truth, which stops being transcendent, metaphysical or dreamed, and appears layered in struggles, fears, mistakes, actions and tensions of the everyday life of subjects made of flesh, bone and spirit. It is in this constituting-constituted tension that the subject is forged, either cast by God, as Kierkegaard thinks, or, as Foucault proposes, sunk in the schemes and objectivations he takes for natural: the subjects task is to take himself, participating in a freer way of his own constitution, exercising freedom in an ethical and thoughtful manner and manifesting himself, instead of taking as his own the determinations which he is offered. This dissertation aims, therefore, at establishing the dialogue between Foucault and Kierkegaard, through the approach of Ancient Philosophy, seeking inspiration to promote, in the present time, processes of subjectivation other than the desperate ways of being, and psychological practices which are more experimenting and less disciplining.
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Sobre Górgias : nem ser nem não-serBrígido, Anúzia Gabrielle Cavalcante 22 February 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2016. / Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2016-04-08T14:06:55Z
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2016_AnuziaGabrielleCavalcanteBrigido.pdf: 1904490 bytes, checksum: eb58a41a7dd5809cec3081f55c1b8285 (MD5) / O presente trabalho pretende fazer uma interpretação do pensamento de Górgias, a partir da tradução e comentário de três dos seus textos: Sobre o Não-ser (nas suas duas versões), Elogio a Helena e Defesa de Palamedes. Pretendemos, mais especificamente, investigar a oposição de Górgias à identificação imediata entre realidade/verdade, pensamento e discurso. Julgamos que os três textos se conectam e possuem uma coerência no que diz respeito às concepções apresentadas sobre o nexo entre realidade, conhecimento e discurso. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation aims to make an interpretation of Gorgias’thought, starting from a translation and a commentary of three of his writings: On Not-Being (in two versions), Encomium of Helen and Defense of Palamedes. It aims, in particular, to investigate Gorgias opposition to the immediate identification between reality/truth, thought and discurse. We believe that the three texts are connected and coherent on the views they show about the link between reality, knowledge and discourse.
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Interfaces e inquietações no diálogo entre Kierkegaard e Foucault - filosofia antiga, psicologia e processos de subjetivação / Interface and inquietude in the Kierkegaard and Foucault dialogueCristine Monteiro Mattar 31 March 2011 (has links)
A presente tese inicia-se por uma encruzilhada e um segredo: na encruzilhada está a psicologia, entre os apelos instrumentais, antropológicos e neurocientíficos; já o segredo refere-se à quase desconhecida leitura de Kierkegaard por Foucault. Os dois filósofos se inscrevem na esteira da experimentação filosófica, caminho oposto ao da metafísica. Experimentação, aqui, não diz respeito a qualquer empirismo; inspira-se nos exercícios espirituais da Antiguidade grega e romana, e nas práticas da ironia, do cuidado de si e da parresía filosófica. As aproximações possíveis entre o pensamento de Kierkegaard e o de Foucault por esse viés da filosofia antiga, visam a contribuir para uma compreensão da psicologia e de suas práticas que permita o enfrentamento dos dilemas acima referidos, ou seja, os instrumentais, antropológicos e neurocientíficos. O percurso do trabalho tem como ponto de partida as suspeitas direcionadas à psicologia, desde o questionamento colocado por Canguilhem há mais de cinqüenta anos acerca das intenções pouco claras da disciplina, passando pelas críticas aos processos de subjetivação psicologizantes, até chegar ao grave enquadramento contemporâneo que busca convencer os sujeitos de que são, em última análise, nada mais do que cérebros. Os processos de subjetivação engendrados pelas práticas psi se vêem, pois, colocados hoje frente a impasses de difícil solução. Tantas são as suspeitas e temores quanto aos efeitos psi, que os próprios profissionais da área têm, em muitos casos, assumido a posição de que a psicologia se tornou inviável e deve desaparecer. As referências objetivantes ou antropológicas, quando priorizadas pela psicologia, de fato não deixam saídas, tornando urgente o encontro com outros referenciais que possibilitem respirar novos ares. O pensamento de Kierkegaard e o de Foucault surgem como intercessores em face desse horizonte sombrio. Os dois filósofos se dedicaram a tornar o homem atento a si e ao mundo, priorizando saídas singulares e criativas em lugar da reprodução dos modos de ser hegemônicos que ameaçam igualar tudo e todos. Desnaturalizadores do presente e avessos às grandes especulações teóricas sobre a vida, escreveram obras que é preciso experienciar, mais do que simplesmente ler, a fim de captar-lhes a atmosfera e com elas operar. A partir dessa atitude, a psicologia experimental ou interpretativa pode dar lugar a uma psicologia experimentante, que acompanha o cotidiano ao invés de se colocar como uma curiosidade sem paixão. Tal psicologia segue de maneira interessada os movimentos da existência e a apropriação pessoal da verdade, que deixa de ser transcendente, metafísica ou sonhada, e aparece encarnada nas lutas, receios, enganos, ações e tensões do dia-a-dia dos sujeitos de carne, osso e espírito. É na tensão constituinte-constituído que o sujeito se forja, seja ele lançado por Deus, como pensa Kierkegaard, seja, como propõe Foucault, mergulhado nos esquemas e objetivações que toma como naturais: a tarefa do sujeito é tornar-se si mesmo, participando de forma mais livre da própria constituição, exercendo de maneira refletida e ética a liberdade e transparecendo a si mesmo, ao invés de tomar como suas as determinações que lhe são oferecidas. A presente tese visa, portanto, a estabelecer o diálogo entre Foucault e Kierkegaard, pelo viés da filosofia antiga, buscando inspiração para promover, no tempo presente, processos de subjetivação outros que os modos desesperados de ser, e práticas psicológicas mais experimentantes e menos disciplinadoras. / This dissertation begins at a crossroads and a secret: at the crossroads there is Psychology, among its instrumental, anthropological and neuroscientific appeals; the secret refers to the almost unknown reading of Kierkegaard by Foucault. Both philosophers are inserted in the wake of philosophical experimentation, the opposite path to metaphysics. Experimentation, here, is not related to empirism; it is inspired by the spiritual exercises of Greek and Roman Ancient History, and in the practice of irony, self-care and philosophical parresía. The possible approximations between the thoughts of Kierkegaard and Foucault through this approach of Ancient Philosophy aim at contributing to an understanding of Psychology and its practices that allow the facing of the above-mentioned dilemmas, that is, the instrumental, anthropological and neuroscientific ones. The course of this work has its starting point at the suspicions directed at Psychology, from the questioning posed by Canguilhem over fifty years ago about the unclear intentions of the subject, through the critiques to the processes of psychological subjectivizing, up to the serious contemporary framing that seeks to convince human beings that they are, ultimately, no more than brains. The subjectivizing processes carried out by the psi practices are, then, today, faced with difficult predicaments. There are so many suspicions and fears about the psi effects that the area professionals themselves have, in many cases, assumed that psychology has become not viable and must disappear. The objecting or anthropological references, when prioritized by Psychology, actually leave no way out, urging the finding of new referentials that make it possible to breathe new air. Kierkegaards and Foucaults thoughts arise as interceders in the face of this somber horizon. Both philosophers are devoted to taking man as attentive to himself and the world, prioritizing singular and creative exits instead of reproducing the hegemonic ways of being that threaten to equal everything and everyone. Unnaturalizing the present and contrary to great theoretical speculations about life, both have written works that must be experienced, more than simply read, so as to capture their atmosphere and operate it. From this attitude, Experimental or Interpretive Psychology can give way to an Experiencing Psychology, which follows everyday life instead of presenting itself as passionless curiosity. This Psychology follows interestingly the movements of existence and personal appropriation of the truth, which stops being transcendent, metaphysical or dreamed, and appears layered in struggles, fears, mistakes, actions and tensions of the everyday life of subjects made of flesh, bone and spirit. It is in this constituting-constituted tension that the subject is forged, either cast by God, as Kierkegaard thinks, or, as Foucault proposes, sunk in the schemes and objectivations he takes for natural: the subjects task is to take himself, participating in a freer way of his own constitution, exercising freedom in an ethical and thoughtful manner and manifesting himself, instead of taking as his own the determinations which he is offered. This dissertation aims, therefore, at establishing the dialogue between Foucault and Kierkegaard, through the approach of Ancient Philosophy, seeking inspiration to promote, in the present time, processes of subjectivation other than the desperate ways of being, and psychological practices which are more experimenting and less disciplining.
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A filosofia da linguagem em PlatãoRibeiro, André Antônio January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / In Plato’s philosophy, the Forms are postulated to be the objective extra-linguistical reference that assure the linguistic meaning. But theory of Forms in Republic and Phaedo has many inconsistencies. Plato, by a self-criticism of your theory of Forms, made changes in important aspects of his theory. To do this, he uses ordinary speech, especially ours intuitions about the relevant differences between meaningful and meaningfulness language, as paradigm to solution of aporias in theory of Forms. We want to show that, if the Forms are postulated to assure the significant speech, language is used by Plato as a model to modify and avoid contradictions of his earlier theory. / Na filosofia da Platão, as Idéias são postuladas para serem a referência extralingüística objetiva que garantiria a significabilidade da linguagem. O problema é que, tal como apresentada nos diálogos República e Fédon, a Teoria das Idéias tem graves inconsistências, sendo a não menos importante o fato de não explicar como as Idéias se relacionam com o mundo sensível, o que é o mesmo que dizer que elas são incognoscíveis. Platão, através de uma crítica à sua própria Teoria das Idéias e às concepções de linguagem defendidas pelos sofistas, reformulará, em aspectos importantes, a sua Teoria. O que queremos enfatizar neste trabalho é que, para essa reformulação, Platão utilizará a linguagem, tal como a usamos no dia-a-dia, como paradigma para resolver os problemas da Teoria das Idéias, de modo que ela possa, sem aporias, ajudar no entendimento das diferenças entre linguagem significativa e não-significativa. Ou seja: tentaremos mostrar que, se a Teoria das Idéias foi postulada para garantir a significação lingüística, a linguagem, por sua vez, servirá como modelo para ajudar a mesma Teoria a superar seus problemas.
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A eudaimonia na Ética nicomaqueia : fim inclusivo ou fim dominante?Araujo, Mariano Bay de January 2016 (has links)
A Ética Nicomaqueia tem como tema central a felicidade (eudaimonia). No entanto, há um problema, pelo menos aparente, em relação a como a eudaimonia é caracterizada principalmente no livro I e no livro X da EN. A partir do que é desenvolvido no primeiro livro e nos livros centrais da EN, podemos entender que a felicidade contém boas ações, isto é, ações de acordo com as virtudes de caráter. No entanto, no livro X, a felicidade é identificada com a contemplação, ou seja, o exercício da virtude teórica, e as ações moralmente virtuosas acabam ficando em uma posição inferior. Surge, então, o problema de determinar se a felicidade é um ou mais bens e como combiná-los. Esse problema foi apontado por W. F. R. Hardie no artigo “O bem final na ética de Aristóteles” e, a partir de sua publicação, iniciou-se uma discussão a respeito de a eudaimonia ser um fim inclusivo ou um fim dominante. O objetivo deste trabalho é investigar a noção de eudaimonia na EN a partir da discussão mencionada acima. Para isso, analiso as passagens e os conceitos importantes para avaliar os argumentos apresentados e as interpretações sustentadas pelos comentadores inseridos nessa discussão. Ao longo do trabalho, mostro que a identificação da eudaimonia com a atividade teórica virtuosa não é incompatível com o exercício das virtudes morais e que ambos fazem parte da eudaimonia. / The central theme of the Nicomachean Ethics is happiness (eudaimonia). However there is a problem, at least apparent, regarding the characterization of eudaimonia, particulary in books I and X of the NE. Based on what is developed in the first and central books of NE we can understand that happiness contains good actions, that is, actions in accordance with character virtues. In book X, however, happiness is identified with contemplation, that is, the exercise of theorethical virtue, and morally virtuous actions ends up occupying a lower position. What follows is the emergence of the problem of determining whether happiness is one or more goods and how to combine them. This problem was pointed out by W. F. R. Hardie in the paper “The final good in Aristotle's Ethics”, and since its publication, it started a discussion about eudaimonia being an inclusive or a dominant end. The aim of this work is to study the idea of eudaimonia in the NE based on the discussion mentioned above. To achieve that, I analyze important passages and concepts to assess the arguments presented and the interpretations sustained by critics involved in the discussion. In this study, I show that the identification of eudaimonia with theorethical activity is not inconsistent with the exercise of moral virtues, and that both are part of eudaimonia.
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Realismos e anti-realismos na física do século XX : Werner Heisenberg, o pensamento grego e os debates na construção da teoria quânticaLeite, Anderson Cleiton Fernandes January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Humanidades, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Gradução, 2008. / Submitted by Raquel Viana (tempestade_b@hotmail.com) on 2009-12-01T16:02:35Z
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Previous issue date: 2008 / Esta dissertação tem como objeto de pesquisa a relação entre as obras do físico Werner Heisenberg e a filosofia grega. Optou-se por contextualizar tal relação no âmbito dos debates acerca da teoria quântica realizados nas cinco primeiras décadas do século XX. Para tanto, fez-se necessário descrever o desenvolvimento histórico e conceitual da teoria quântica e o papel de Heisenberg nesse processo. Os conceitos filosóficos gregos são utilizados por Heisenberg como uma forma de clarificar problemas da própria mecânica quântica, para legitimar a Interpretação de Copenhague e na desqualificação das interpretações concorrentes. A história da ciência, para Heisenberg, é determinada pelo influxo de duas correntes de pensamento que surgiram na Grécia antiga: o materialismo e o idealismo. A partir de tal clivagem, Heisenberg fundamenta uma crítica aos opositores da Interpretação de Copenhague, assim como justifica filosoficamente suas teses pessoais quanto à mecânica quântica. Afirma-se que, apesar de suas concepções filosóficas não serem passíveis de uma sistematização completa, a relação que Heisenberg estabeleceu entre a filosofia grega e os problemas da teoria dos quanta acabou por resultar numa interpretação da realidade física próxima de um realismo, na qual existem traços de platonismo e de subjetivismo. ___________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This dissertation discusses the relationship between the physicist Werner Heisenberg’s works and ancient Greek philosophy. It aims to present the context of such relationship in the debates around quantum theory, which occurred in the XX Century’s first five decades. In order to accomplish this task, it was necessary to describe quantum theory’s historical and conceptual development and Heisenberg’s part in this process. The Greek philosophical concepts were used by Heisenberg as a way to clarify problems of quantum mechanics itself to legitimate the Copenhagen Interpretation and in disqualification of the rival interpretations. The history of science for Heisenberg is determined by two concurrent influxes of thought that appeared in ancient Greece: materialism and idealism. From such cleavage, Heisenberg founds a criticism against the Copenhagen Interpretation’s opponents, as well as philosophically justifies his own thesis regarding quantum mechanics. It is argued that, although his philosophical conceptions are not liable to a complete systematization, the relation that Heisenberg established among Greek philosophy and the problems of the quanta theory ended up in an interpretation of physical reality near to a realism, in which there are traces of Platonism and subjectivism.
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Antropofagizando os clássicos : vida pitagórica e o banquete : caminhos percorridos e reflexões de um performer na busca de uma arte social e filosóficaRamos, Samuel Araújo 26 July 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Artes, Departamento de Artes Visuais, Programa de Pós-Graduação em Arte, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2013-10-01T12:37:34Z
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2013_SamuelAraujoRamos.pdf: 822026 bytes, checksum: ca6bade083813bfd8c20717f147d96b2 (MD5) / Esta pesquisa apresenta os caminhos pelos quais passei, desde a minha graduação, na busca por uma estruturação de como trabalhar com a minha formação e com a minha subjetividade em um processo criativo para a cena. Paralelamente, apresenta diálogos entre elementos da arte da performance, filosofia, antropologia e antropofagia, a fim de articular reflexões sobre a utilização das conexões criadas como ferramentas para esse processo criativo na busca por uma arte social e filosófica. Propõe como atividade artística a retomada dos textos da filosofia clássica Vida pitagórica de Jâmblico e O banquete de Platão pela arte da performance. A fusão entre a filosofia clássica e a performance artística, integrando também o estranhamento causado pela aproximação entre essas duas esferas distintas, constitui um dos focos desta pesquisa metodológica de criação, em que interrogo o quão potente pode ser a abordagem da filosofia através do corpo e da performance para, por fim, analisar o que pode ser expandido, apreendido e modificado no confronto entre essas duas áreas e também entre o espectador, o performer e a obra. A compreensão dessa integração não só mobiliza o conhecimento sobre as mais variadas disciplinas como também associa diversas artes. Trata-se de uma experiência tanto multidisciplinar quanto interartística a partir de uma linguagem que possibilita outras formas de recepção da filosofia clássica. Nos estudos clássicos, os estudos sobre a recepção da performance de obras clássicas têm sido negligenciados em comparação com o estudo da recepção dessas obras em meios onde não há performance, mesmo quando a teoria da recepção da performance pode desempenhar um útil papel complementar na compreensão das obras clássicas. Filosofias teatrais e performances filosóficas tendem a ser vistas como um fenômeno marginal... quando são reconhecidas, pois às vezes nem são. Ainda assim, me lanço ao encontro de todas as possibilidades. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / This research presents the paths in which I’ve passed, since my graduation, searching for a structure of how to work with my training and my subjectivity in a creative process to the scene. Meanwhile, presents dialogues between elements of performance art, philosophy, anthropology and anthropophagy in order to articulate reflections on the use of the created connections as tools for this creative process in the search for a social and philosophical art. Proposes as an artistic activity the resumption, by the performance art, of the classical texts of philosophy Life of Pythagoras by Iamblichus and the Symposium by Plato. The fusion between classical philosophy and performance art, integrating also the estrangement caused by the approach of these two distinct spheres, is one of the focuses of this research methodology of creation, in which I wonder how powerful it can be to approach philosophy through the body and performance to finally analyze what can be expanded, modified and seized in the confrontation between these two areas and between the spectator, the performer and the work. Understanding this integration not only mobilizes the knowledge about the various disciplines as combine several arts. It is an multidisciplinary experience as well as inter-artistic from a language that enables other forms of classical philosophy´s reception. In classical studies, studies on the reception of the performance of classical works have been neglected in comparison with the study of the reception of these works in environments where there is no performance, even when the reception theory of performance can play an useful complementary role in the understanding of classical works. Theatrical philosophies and philosophical performances tend to be seen as a marginal phenomenon ... when they are recognized at all, since sometimes they are not. Still, I haul out to all the possibilities.
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A questão da unidade e do ensino das virtudes em Platão / Question of unity and teaching of virtues in PlatoZoraida Maria Lopes Feitosa 28 April 2006 (has links)
O objetivo deste trabalho está relacionado à questão de saber qual a natureza da virtude em Platão; para tanto, procuramos demonstrar que a virtude na ética platônica possui diferentes fases. A primeira, trata da virtude a partir da visão socrática, considerada a fase de juventude de Platão; nesta fase, o conceito de virtude coincide com conhecimento, ou seja, todo princípio ético deve estar fundamentado pela razão, portanto o conhecimento é o princípio fundamental e unificador de todas as virtudes. Na segunda fase, o conhecimento continua sendo o princípio unificador, no entanto, o conceito de virtude se evidencia como uma unidade que se harmoniza pelo pressuposto das diferenças, isto é, Platão faz emergir a ação, o conflito, conseqüentemente isto leva à superação do intelectualismo socrático, no sentido de mostrar que o conhecimento é necessário, mas não suficiente para unificar as virtudes. E por último, temos a questão do ensino da virtude a partir do diálogo Mênon. Embora o citado diálogo negue a possibilidade do ensino da virtude, entretanto deixa em aberto a mesma possibilidade no que diz respeito à natureza da virtude ser ensinável. / The objective of this paper concerns the question of knowing what the nature of virtue in Plato is. In order to achieve it, we aim to demonstrate that the virtue in the platonic ethics has different phases. The first one deals with virtue from the socratic vision, known as the phase of Plato\'s youth; in which the concept of virtue coincides with knowledge, that is, all ethical principles must be based on reason, therefore knowledge is the basic and unifying principle of all virtues. In the second phase, in spite of the fact that knowledge is still regarded as the unifying principle, the concept of virtue is evidenced as a unit that is harmonized through the assumption of differences, that is, Plato makes the action and the conflict emerge, which consequently leads to the overcoming of the socratic intellectualism, in that it shows that `knowledge is necessary, but not enough to unify the virtues. Finally, there is the question of the teaching of virtue from the Menon dialogue. Although the aforementioned dialogue denies the possibility of the teaching of virtue, yhe same possibility concerning the nature of the teaching of virtue remains unresolved.
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