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Gênero, família e escola: socialização familiar e escolarização de meninas e meninos de camadas populares de São Paulo / Gender, family and school: family socialization and schooling of girls and boys from working class background in São Paulo

Senkevics, Adriano Souza 19 March 2015 (has links)
Desde a segunda metade do século XX, as desigualdades de gênero na educação brasileira têm se revertido a favor das meninas, que hoje apresentam os melhores indicadores educacionais ao longo de sua trajetória escolar. O conjunto de investigações científicas dentro dessa temática, lançando mão do conceito de gênero, tem realçado inúmeras contribuições para se pensar o papel da escola na construção de masculinidades e feminilidades entre seus alunos e alunas. Entretanto, algumas lacunas têm persistido e apontado para novos desafios e perspectivas dentro do campo de estudos em gênero e educação. Entre elas, a existência de poucos trabalhos que procuram entender, sobretudo do ponto de vista das próprias crianças, as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito das expectativas e práticas de socialização familiar, aqui inclusas as atividades que as crianças desempenham em suas residências, suas regiões de moradia e em outras instituições que por ventura frequentem. Partindo da necessidade de se investigar, em maior profundidade, essas interfaces entre gênero, família e escola, este trabalho de caráter qualitativo toma como sujeitos de pesquisa 25 crianças oriundas de camadas populares, entre oito e treze anos de idade, matriculadas no terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de São Paulo. Por meio de entrevistas semiestruturadas e observações participantes durante um semestre letivo, procura-se compreender como meninos e meninas percebem e ressignificam a postura de suas famílias frente a diferenças e semelhanças de gênero, a fim de explorar as relações entre as desigualdades na educação escolar e as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito familiar, tomando como base a teoria da socióloga australiana Raewyn Connell. Os resultados desta pesquisa sugerem que, por um lado, as meninas encontram à sua disposição um leque restrito de atividades de lazer, bem como um acesso mais vigiado ou mesmo interditado ao espaço público da rua e arredores da residência, os quais elas mesmas entendem como perigosos e arriscados. Por outro, elas costumam também estar sobrecarregadas pelos afazeres domésticos, que realizam como parte de suas rotinas atarefadas e controladas, de modo a espelhar a divisão sexual do trabalho entre adultos. Existe, assim, uma relação por vezes antagônica entre a participação nos serviços de casa, as oportunidades de lazer e a circulação no espaço público, que resultam em situações de confinamento doméstico para muitas das meninas e, em contraste, rotinas mais frouxas e livres para a maioria dos garotos. Ademais, percebe-se que, na maioria dos casos, as garotas apresentam aspirações profissionais voltadas para carreiras que exigem maior qualificação profissional e até mesmo um prolongamento da escolarização, enquanto muitos dos meninos demonstram certo desconhecimento ou imaturidade a respeito de suas perspectivas de futuro. Conclui-se, enfim, que o cenário sexista sobre o qual se assenta a socialização familiar parece estimular um maior desempenho escolar das meninas por duas vias: primeiramente, pelo incentivo à construção de feminilidades pautadas pela responsabilidade, organização e iniciativa atributos condizentes com as expectativas escolares; e, em segundo lugar, pela significação positiva da escola enquanto um espaço de entretenimento, sociabilidade e realização pessoal, em que as meninas, mais do que os meninos, encontram possibilidades para ampliar seu horizonte de perspectivas e práticas. / Since the second half of the twentieth century, gender inequalities in Brazilian education have been reversed in favor of the girls, who now show higher education indicators than boys throughout their school trajectories. Scientific research about this topic which makes use of the concept of gender has contributed to shed light on the role of schools in the construction of masculinities and femininities of its students. However, some gaps still persist in research and indicate new challenges and prospects in gender and education studies field. Among these gaps, its noticeable that few studies seek to understand especially from the children\'s point of view constructions of masculinities and femininities in the bounds of family socialization expectations and practices, including activities done by children at their homes, neighborhoods and other institutions they attend. In order to contribute to fill this gap, this qualitative research studies 25 children from working class families, between the ages of 8 and 13 years old, enrolled in the third grade of elementary education in a public school in the city of São Paulo. Using semi-structured interviews and participant observation throughout one school semester, I seek to comprehend how boys and girls perceive and resignify their families perspectives on gender differences and similarities in order to explore the relation between educational inequalities and the constructions of masculinities and femininities in the family, based on the theoretical framework of Australian sociologist Raewyn Connel. The results suggest that, on one hand, girls have a restricted range of leisure activities and more supervised (and often prohibited) access to the street and their home surroundings, places the girls themselves perceive as dangerous and risky. On the other hand, girls tend to be overwhelmed by household chores that are part of their busy and controlled schedules in a way that reflects the sexual division of labor among adults. There is often an antagonistic relation between household chores, recreational opportunities and being allowed to move around in public spaces, resulting in home confinement contexts for many girls and, in contrast, more loose and free daily routines for most boys. Moreover, in most cases, girls have more ambitious professional aspirations for careers that require higher qualification or extended education, whereas many boys show certain ignorance or immaturity about their future prospects. Finally, I conclude that the sexist scenario of family socialization seems to stimulate higher school performance of girls in two ways: first, by encouraging the construction of femininity based on responsibility, organization and initiative which is consistent with schools expectations; and, secondly, girls positive significance of school as a space of entertainment, sociability and personal achievement. More than boys, girls find opportunities to broaden their horizon of practices and perspectives in school.
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Gênero, família e escola: socialização familiar e escolarização de meninas e meninos de camadas populares de São Paulo / Gender, family and school: family socialization and schooling of girls and boys from working class background in São Paulo

Adriano Souza Senkevics 19 March 2015 (has links)
Desde a segunda metade do século XX, as desigualdades de gênero na educação brasileira têm se revertido a favor das meninas, que hoje apresentam os melhores indicadores educacionais ao longo de sua trajetória escolar. O conjunto de investigações científicas dentro dessa temática, lançando mão do conceito de gênero, tem realçado inúmeras contribuições para se pensar o papel da escola na construção de masculinidades e feminilidades entre seus alunos e alunas. Entretanto, algumas lacunas têm persistido e apontado para novos desafios e perspectivas dentro do campo de estudos em gênero e educação. Entre elas, a existência de poucos trabalhos que procuram entender, sobretudo do ponto de vista das próprias crianças, as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito das expectativas e práticas de socialização familiar, aqui inclusas as atividades que as crianças desempenham em suas residências, suas regiões de moradia e em outras instituições que por ventura frequentem. Partindo da necessidade de se investigar, em maior profundidade, essas interfaces entre gênero, família e escola, este trabalho de caráter qualitativo toma como sujeitos de pesquisa 25 crianças oriundas de camadas populares, entre oito e treze anos de idade, matriculadas no terceiro ano do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de São Paulo. Por meio de entrevistas semiestruturadas e observações participantes durante um semestre letivo, procura-se compreender como meninos e meninas percebem e ressignificam a postura de suas famílias frente a diferenças e semelhanças de gênero, a fim de explorar as relações entre as desigualdades na educação escolar e as construções de masculinidades e feminilidades no âmbito familiar, tomando como base a teoria da socióloga australiana Raewyn Connell. Os resultados desta pesquisa sugerem que, por um lado, as meninas encontram à sua disposição um leque restrito de atividades de lazer, bem como um acesso mais vigiado ou mesmo interditado ao espaço público da rua e arredores da residência, os quais elas mesmas entendem como perigosos e arriscados. Por outro, elas costumam também estar sobrecarregadas pelos afazeres domésticos, que realizam como parte de suas rotinas atarefadas e controladas, de modo a espelhar a divisão sexual do trabalho entre adultos. Existe, assim, uma relação por vezes antagônica entre a participação nos serviços de casa, as oportunidades de lazer e a circulação no espaço público, que resultam em situações de confinamento doméstico para muitas das meninas e, em contraste, rotinas mais frouxas e livres para a maioria dos garotos. Ademais, percebe-se que, na maioria dos casos, as garotas apresentam aspirações profissionais voltadas para carreiras que exigem maior qualificação profissional e até mesmo um prolongamento da escolarização, enquanto muitos dos meninos demonstram certo desconhecimento ou imaturidade a respeito de suas perspectivas de futuro. Conclui-se, enfim, que o cenário sexista sobre o qual se assenta a socialização familiar parece estimular um maior desempenho escolar das meninas por duas vias: primeiramente, pelo incentivo à construção de feminilidades pautadas pela responsabilidade, organização e iniciativa atributos condizentes com as expectativas escolares; e, em segundo lugar, pela significação positiva da escola enquanto um espaço de entretenimento, sociabilidade e realização pessoal, em que as meninas, mais do que os meninos, encontram possibilidades para ampliar seu horizonte de perspectivas e práticas. / Since the second half of the twentieth century, gender inequalities in Brazilian education have been reversed in favor of the girls, who now show higher education indicators than boys throughout their school trajectories. Scientific research about this topic which makes use of the concept of gender has contributed to shed light on the role of schools in the construction of masculinities and femininities of its students. However, some gaps still persist in research and indicate new challenges and prospects in gender and education studies field. Among these gaps, its noticeable that few studies seek to understand especially from the children\'s point of view constructions of masculinities and femininities in the bounds of family socialization expectations and practices, including activities done by children at their homes, neighborhoods and other institutions they attend. In order to contribute to fill this gap, this qualitative research studies 25 children from working class families, between the ages of 8 and 13 years old, enrolled in the third grade of elementary education in a public school in the city of São Paulo. Using semi-structured interviews and participant observation throughout one school semester, I seek to comprehend how boys and girls perceive and resignify their families perspectives on gender differences and similarities in order to explore the relation between educational inequalities and the constructions of masculinities and femininities in the family, based on the theoretical framework of Australian sociologist Raewyn Connel. The results suggest that, on one hand, girls have a restricted range of leisure activities and more supervised (and often prohibited) access to the street and their home surroundings, places the girls themselves perceive as dangerous and risky. On the other hand, girls tend to be overwhelmed by household chores that are part of their busy and controlled schedules in a way that reflects the sexual division of labor among adults. There is often an antagonistic relation between household chores, recreational opportunities and being allowed to move around in public spaces, resulting in home confinement contexts for many girls and, in contrast, more loose and free daily routines for most boys. Moreover, in most cases, girls have more ambitious professional aspirations for careers that require higher qualification or extended education, whereas many boys show certain ignorance or immaturity about their future prospects. Finally, I conclude that the sexist scenario of family socialization seems to stimulate higher school performance of girls in two ways: first, by encouraging the construction of femininity based on responsibility, organization and initiative which is consistent with schools expectations; and, secondly, girls positive significance of school as a space of entertainment, sociability and personal achievement. More than boys, girls find opportunities to broaden their horizon of practices and perspectives in school.
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MUDANÇAS CAUSADAS PELO PROGRAMA DE TRANSFERÊNCIA DIRETA DE RENDA, BOLSA FAMÍLIA, AOS BENEFICIÁRIOS DE SANTA VITÓRIA DO PALMARRS

Mega, Luciano Farias 28 February 2008 (has links)
Made available in DSpace on 2016-03-22T17:26:04Z (GMT). No. of bitstreams: 1 luciano.pdf: 766685 bytes, checksum: 55ea1ef8203d922a147d9e0cdd0f58ad (MD5) Previous issue date: 2008-02-28 / This dissertation is a requirement for the conclusion of the Masters course in Social Politics of Universidade Católica de Pelotas and is bonded to the Research Line: Social Politics, Participative Processes and Social Work. The work aims to analyse the changes that happen in the lives of families who take part in the Bolsa Família Aid Program in the municipality of Santa Vitória do Palmar-RS, thus we intended through interviews, to which it was applied the technique of Content Analysis, point out the main alterations in the lives of the beneficiaries of the Bolsa Família Aid Program in what concerns the relation of the families with school; evidence the permanence and productivity of children and adolescents in school and identify the view and possible actions of the teachers in relation to the students who belong to families that receive Bolsa Família aid. The work is based on dense bibliographic review in which we present the thought currents of the Minimum Income Garantee Programs, the debate concerning Citizenship, the dichotomy Right vs Aid, as well as issues referring to work and Social Politics. Besides that, this dissertation presents the results of a field work carried out in September 2007 in two poor neighbourhoods, of the mentioned municipality, called Vila Jacinto and Vila Nova. Twenty beneficiaries were interviewed, being ten from each neighbourhood, as well as a group of six teachers who deal with families from both neighbourhoods. With the beneficiaries the objective of the interview was to draw ther opinions concerning the BFAP, and above all, investigate the changes in their relations with school, as well as the alterations in their quality of life. The interview with teachers aimed to know, principally, if there was change in the behaviour and/or in the quality of the school activities practised by students who belong to families that started to receive the Bolsa Família Aid, and also, in the relation of those families with school, as well as the opinion of teachers about the program / Esta dissertação é requisito para a conclusão do curso de Mestrado em Política Social da Universidade Católica de Pelotas e está vinculada a Linha de Pesquisa: Política Social, Processos Participativos e Trabalho Social. O trabalho visa analisar as mudanças que acontecem na vida das famílias que participam do Programa Bolsa Família na cidade de Santa Vitória do Palmar-RS, assim pretendemos através de entrevistas, as quais foram aplicadas a técnica Análise de Conteúdo apontar as principais alterações na vida dos beneficiários do Programa Bolsa Família, no que diz respeito à relação das famílias com a escola; evidenciar a permanência e o rendimento das crianças e adolescentes na escola e identificar a visão e possíveis ações dos professores em relação aos alunos pertencentes a famílias que recebem o Bolsa Família. O trabalho se assenta em uma densa revisão bibliográfica onde apresentamos as correntes de pensamento dos Programas de Garantia de Renda Mínima, o debate sobre Cidadania, a dicotomia direito X ajuda, além de questões referentes ao trabalho e a Política Social. Além disso, esta dissertação apresenta os resultados de um trabalho de campo realizado no mês de setembro de 2007 em dois bairros pobres da cidade em questão, denominados de Vila Jacinto e Vila Nova. Foram entrevistados vinte beneficiários, sendo dez de cada bairro, assim como um grupo de seis professores de escolas que atendem as famílias pertencentes a estes bairros. Com os beneficiários o objetivo da entrevista foi o de extração de suas opiniões a respeito do PBF e, sobretudo, a averiguação de mudanças na sua relação com a escola, assim como alterações na sua qualidade de vida. Já a entrevista com os professores visou saber, principalmente, se houve mudança no comportamento e/ou na qualidade das atividades escolares praticadas pelos alunos que são de famílias que passaram a receber a Bolsa Família e, também, na relação destas famílias com a escola, assim como a opinião dos professores sobre o programa
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Buscando componentes da parceria colaborativa na escola entre família de crianças com deficiência e profissionais

Silva, Aline Maira da 11 December 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:45:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1272.pdf: 1037239 bytes, checksum: 22560af3e4c1baf3f460510bd8aca797 (MD5) Previous issue date: 2006-12-11 / Universidade Federal de Sao Carlos / Professionals responsible for education of children with disabilities not always find the way to make their family a partner. This study aims to identify and describe the behaviors of professionals that work in the school and family members that are propitious and maintainers of the effective and successful collaborative partnership. The study was carried out with four focal groups, composed exclusively either by family members or professionals, once there were two groups of family members (FAM1 and FAM2) and two groups of professionals (PROF1 and PROF2) of different schools. 13 family members and 18 professionals participate in the groups. In order to identify the principal components of this partnership two stages were carried out. In each stage two meetings were performed with each focal group, summing up 16 meetings. In Stage 1 the meetings aimed to identify the components of the collaborative partnership, in the first meeting, and to check the collected information in the range group in the second appointment. In Stage 2 each one of the focal groups was collated with the data obtained in the first stage, once family members were paralleled with the professional data and vice versa. The reactions to the data were registered, and afterwards checked in the second appointment. Through qualitative analysis the expected and desired behaviors of professionals and family members were identified and described to increase the probability of success and effectiveness of a collaborative partnership. The categories raised by the family members groups in relation to themselves were: to communicate with the professionals; to be responsible for the child s education; to keep adequate expectations; to accept the children s disability; to respect professionals. On the other hand, the family members expectations about professionals performance were: to communicate with family members; to communicate with other professionals; to be friendly; to separate personal problems from the professional activity; to promote student s development; to be attentive to family problems and to attempt to resolve them; to help family members keep suitable expectations; to incorporate to work suggestions provided by family members; to worry about the student out of school; to offer groups to parents; to respect students and family members; to offer orientation to family members. In their turn, the groups of professionals pointed the following categories in relation to the behaviors they expected of the families: to communicate with the professionals; to recognize the work of the professionals; to trust the developed work; to be responsible for the child s education; to believe in the child s development; to keep adequate expectations; to question the professionals properly; to certify the child s attendance to school; to visit the school; to take part in the activities. Concerning the performance themselves, the following categories were found: to communicate with family members; to show seriousness; to be sincere; to be impartial; to respect students and family members; to be aware of family members and students features; to motivate the participation of family members; to gather with family members; to show the family members the activities performed; to help family members keep suitable expectations. It is expected that, with the survey and the description of the categories, the professionals responsible for the education of children with disabilities and their family members can find their bearings in the search for the establishment of an effective and successful collaborative partnership. / Os profissionais responsáveis pela educação de crianças com deficiência nem sempre encontram o caminho para fazer da família uma parceira. O presente estudo tem como objetivo identificar e descrever os comportamentos emitidos por profissionais que trabalham na escola e familiares de crianças com deficiência que, na perspectiva dos dois lados, são propiciadores e mantenedores de uma parceria colaborativa efetiva e bem sucedida. O estudo foi conduzido com quatro grupos focais, compostos exclusivamente ou por familiares ou por profissionais, sendo que houve dois grupos de familiares (FAM1 e FAM2) e dois grupos de profissionais (PROF1 e PROF2) de diferentes escolas. Participaram dos grupos 13 familiares e 18 profissionais. A fim de identificar os componentes principais dessa parceria foram conduzidas duas etapas. Em cada etapa foram realizadas duas reuniões com cada grupo focal, totalizando 16 reuniões. Na Etapa 1 as reuniões tiveram por objetivo identificar os componentes de uma parceria colaborativa, na primeira reunião, e checar as informações coletadas no âmbito do grupo num segundo encontro. Na Etapa 2 cada um dos grupos focais foi confrontado com os dados obtidos na primeira etapa, sendo que familiares foram confrontados com os dados dos profissionais e vice-versa. As reações aos dados foram então registradas e posteriormente checadas, numa segunda reunião. Por meio da análise qualitativa foram identificados e descritos os comportamentos esperados e desejados por profissionais e familiares para aumentar a probabilidade de sucesso e efetividade de uma parceria colaborativa. As categorias levantadas pelos grupos das famílias em relação a si próprios foram: comunicar-se com profissionais; ser responsável pela educação do filho; manter expectativas adequadas; aceitar a deficiência do filho; respeitar os profissionais. Por sua vez, as expectativas das famílias sobre a atuação dos profissionais foram: comunicar-se com familiares; comunicarse com outros profissionais; ser amistoso; separar os problemas pessoais da atividade profissional; promover o desenvolvimento do aluno; estar atento aos problemas dos familiares e tentar resolvê-los; ajudar os familiares a manter expectativas adequadas; incorporar ao trabalho sugestões fornecidas pelos familiares; preocupar-se com o aluno fora da escola; oferecer grupos aos pais; respeitar os alunos e os familiares; oferecer orientações aos familiares. Por sua vez, os grupos dos profissionais levantaram as seguintes categorias em relação aos comportamentos que eles esperavam das famílias: comunicar-se com profissionais; reconhecer o trabalho dos profissionais; confiar no trabalho desenvolvido; ser responsável pela educação do filho; acreditar no desenvolvimento do filho; manter expectativas adequadas; questionar os profissionais de modo adequado; garantir a freqüência do aluno à escola; visitar a escola; participar das atividades. Quanto à própria atuação foram encontradas as seguintes categorias: comunicar-se com familiares; demonstrar seriedade; ser sincero; ser imparcial; respeitar os alunos e os familiares; conhecer as características dos familiares e dos alunos; incentivar a participação dos familiares; reunir-se com familiares; mostrar aos familiares as atividades realizadas; ajudar os familiares a manter expectativas adequadas. Espera-se que o levantamento e a descrição das categorias possam nortear os profissionais que trabalham na escola e familiares de crianças com deficiência na busca do estabelecimento de uma parceria colaborativa efetiva e de sucesso. Palavras-chaves: educação especial; família; equipe multidisciplinar; relação famíliaescola; parceria colaborativa; crianças com deficiência.
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Relação família e escola: programa para profissionais pré-escolares de alunos público alvo da educação especial / Family-school relation: program for preschool professionals of target audience of special education students

Borges, Laura 09 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:46:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 6682.pdf: 2066305 bytes, checksum: 53fc128292a84adc383af6eaee695657 (MD5) Previous issue date: 2015-03-09 / Universidade Federal de Sao Carlos / Various studies show benefits of family-school relation on development and performance of students that are target audience of special education (TAEE) especially on early childhood education. However, they also show lack of information and training of school professionals to establish such relation with families. Considering such needs, an intervention program was implemented aiming to offer means to favor family-school relation of preschool TAEE students. This study aimed to: (a) identify possible opinion switch of school professionals regarding families , families of TAEE students and family-school relation after attending an intervention program; (b) analyze family-school relation during school professionals attendance in the program and (c) assess structure and social validity of the program. Data collection occurred during the program offered to seven preschool professionals of municipal schools who taught TAEE students. The intervention was held in the university dependencies and comprised nine 2-hour meetings totaling 18 hours. To achieve proposed goals, participants filled in: (a) an identification questionnaire; (b) pre and posttest focal group guides and (c) an intervention program evaluation. Participants also registered contacts made with TAEE students relatives in a biweekly field journal. Content analyses were made with data obtained in focal groups and field journals. Quantitative and qualitative analyses were made with data obtained via program evaluation. Results indicate that participants presented conceptual change regarding proposed topics after attending the program. Participants opinions and perceptions were improved and regarded more positive aspects with reduced frequency of references to demands, stigma, guilt and negative comments towards families. They also cited more aspects related to family involvement and its benefits to students development. Regarding practical relation between participants and TAEE students relatives, no significant changes in quantity, frequency and duration were observed in a general analysis, although positive changes were observed in some cases such as the insertion of topics that are more positive, pleasant, and that evidence progress in students behavior/development/performance, changes in participants evaluation regarding meetings productivity and relatives posture during the intervention, and the withdrawal of barriers and harmful factors to the relation. Regarding program evaluation, positive aspects were (a) manner and strategy used to contact relatives and (b) contributions to the establishment of family-school relation. In addition, participants unanimously reported (a) satisfaction with day, quantity and frequency of meetings, (b) that the program aided their teaching practice, and (c) that they would refer the program to a colleague. Lastly, six participants reported change in their relation with TAEE sutdents relatives. In conclusion, the program reached favorable results to family-school relation in this context and may have its results used to support further research and intervention. / Diversas pesquisas indicam os benefícios da relação família e escola no desenvolvimento e desempenho do alunado público alvo da educação especial (PAEE), principalmente na educação infantil. Contudo, também apontam a carência de informação e formação por parte dos profissionais escolares para o estabelecimento desta parceria com as famílias. Considerando tais necessidades, foi realizado um programa de intervenção visando oferecer alternativas que favorecessem a relação entre família e escola de alunos PAEE pré-escolares. A pesquisa teve como objetivos: (a) identificar as possíveis mudanças nas opiniões de profissionais escolares sobre as temáticas famílias , famílias de crianças público alvo da educação especial e relação família e escola , após a participação em um programa de intervenção; (b) analisar a relação família e escola, ao longo da participação de profissionais escolares em um programa de intervenção e (c) avaliar a validade social e a estrutura do programa de intervenção. A coleta de dados ocorreu durante um programa de intervenção oferecido para sete profissionais escolares pré-escolares municipais que lecionavam para criança(s) PAEE. O programa de intervenção ocorreu nas dependências da universidade e foi composto por nove encontros de duas horas de duração cada, totalizando 18 horas. Para alcançar os objetivos propostos, as participantes responderam: (a) um questionário de dados de identificação; (b) um roteiro de grupo focal pré e pós-teste e (c) um questionário de avaliação do programa de intervenção. As profissionais escolares também descreveram em um diário de campo, os contatos que estabeleceram com os familiares de uma criança PAEE. Foi realizada análise de conteúdo com os dados obtidos nos grupos focais e nos diários de campo e análises quantitativas e qualitativas com os dados obtidos por meio do questionário de avaliação do programa de intervenção. Como resultados, verificou modificações a nível conceitual pelas profissionais escolares sobre as temáticas abordadas, após a participação no programa de intervenção, identificando-se que as opiniões e concepções das mesmas mostraram-se mais aperfeiçoadas e relacionadas a aspectos positivos, com menor frequência de referências à cobrança, estigmatização, culpabilização e atribuições negativas às famílias, além de citarem mais questões relacionadas ao envolvimento com a família e os benefícios ao desenvolvimento do aluno. Quanto à relação prática entre as participantes e os familiares do aluno PAEE, de forma geral, não foram constatadas mudanças significativas na quantidade, frequência e duração dos encontros. Porém, foi possível perceber modificações positivas em alguns casos, como maior frequência de assuntos positivos, agradáveis e que evidenciavam o progresso do aluno em âmbitos desenvolvimentais, comportamentais e/ou de desempenho, além das modificações nas avaliações quanto à produtividade dos encontros estabelecidos e quanto às posturas dos familiares durante o mesmo. Ainda, verifica-se que as barreiras e fatores prejudiciais à relação tenderam a diminuírem. Quanto à avaliação do programa, os aspectos citados como positivos referem-se à possibilidade às e estratégias de contato e a contribuição para o estabelecimento da relação com a família. Além disso, a totalidade das participantes alegou: (a) satisfação quanto ao dia, quantidade e frequência dos encontros, (b) que o programa auxiliou em sua prática docente e (c) que o indicaria para um colega. Por fim, seis das sete participantes afirmaram perceber mudança em seu relacionamento com os familiares do aluno PAEE. Os achados permitiram maior investigação sobre o tema e apresentou resultados favoráveis ao relacionamento entre família e escola na realidade investigada, oferecendo assim, subsídios estruturais e metodológicos a serem utilizados na criação de programas de intervenção e/ou cursos de formação inicial e continuada.

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