Spelling suggestions: "subject:"ediçãocrítica"" "subject:"mitocrítica""
1 |
Sob o signo da escritura: ficção-crítica, biografia e história em Haroldo Maranhão / Dans le signe de l’écriture: fiction-critique, biographie et histoire en Haroldo MaranhãoSales, Paulo Alberto da Silva 30 June 2014 (has links)
Submitted by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2015-05-07T21:12:27Z
No. of bitstreams: 2
Tese - Paulo Alberto da Silva Sales - 2014.pdf: 1885527 bytes, checksum: 18256a50ee213d764404ab0aba9b25a5 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Approved for entry into archive by Erika Demachki (erikademachki@gmail.com) on 2015-05-07T21:13:49Z (GMT) No. of bitstreams: 2
Tese - Paulo Alberto da Silva Sales - 2014.pdf: 1885527 bytes, checksum: 18256a50ee213d764404ab0aba9b25a5 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-05-07T21:13:49Z (GMT). No. of bitstreams: 2
Tese - Paulo Alberto da Silva Sales - 2014.pdf: 1885527 bytes, checksum: 18256a50ee213d764404ab0aba9b25a5 (MD5)
license_rdf: 23148 bytes, checksum: 9da0b6dfac957114c6a7714714b86306 (MD5)
Previous issue date: 2014-06-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Dans cette recherche, nous développerons dans un premier temps, une étude interdisciplinaire
sur la notion d'écriture que nous avons adoptée à la lecture des oeuvres de Roland Barthes, de
Jacques Derrida et d'autres théoriciens post-structuralistes qui pensent le texte comme un «
événement » comme un « devenir » et comme une « offre » faite dans le « jeu textuel »
arbitrée par l´éternelle répétition avec une différence critique et ironique. L'écriture est, selon
l'idée centrale de notre thèse, la notion qui s'applique le mieux à des récits fictifs de la
contemporanéité. En effet, ceux-ci contiennent simultanément dans leur structure, des aspects
fictionnels, critiques et théoriques. En se repliant sur elle-même, l'écriture présente des
aspects auto-conscientset auto-réflexifs, que nous connaissons comme de la métafiction.
Grâce au contenu métafictionnel dont s'approprie l'écriture, il y a réfutation de la mimêsis et
de la vraisemblance, au sens aristotélicien du terme, pour la représentation de l'ingéniosité de
la fiction et dans le même temps, la convocation du lecteur à une participation active dans la
construction des sens du texte. Dans ce paradoxe métafictionnel, l'écriture revisite aussi des
aspects et des faits de l'historiographie à travers un examen problématisant associé à des
stratégies textuelles transgressives comme l'ironie, la parodie et le pastiche. À cette relecture
des faits historiques, unis à l´auto-conscience de la fiction, l'écriture est, aussi, une
métafiction historiographique. Et comme elle appartient principalement à l´univers
romanesque, dont la portée est très large, l´écriture s'approprie également d'autres genres, leur
offrant une nouvelle signification et les déstabilisant, en les rendant fluides et hybrides. Nous
pouvons citer comme exemples, d'autres genres intégrés par l'écriture, tels que
l´autobiographie, la biographie, la lettre, le journal et d´autres types de textes de nature critico
- théorique, comme l´essai, entre autres. Avec sa nature intertextuelle et interdisciplinaire,
l´écriture favorise toujours et à chaque lecture, un nouveau regard critique de l'histoire, de la
fiction et de l'écriture littéraire elle-même. En général, on considère que la première oeuvre qui
remet en question ses propres procédés narratifs est Don Quichotte, mais on a déjà remarqué
certains aspects, dans une moindre mesure, dans la biographie romancée et picaresque
Lazarillo de Tormes, dont la paternité est inconnue. Ce fut, avant tout, à partir de l'évolution
du roman anglais au XVIIIème siècle et du français aux XIXème et XXème siècles que le
roman se revigore et se restructure. Et à notre avis, ce que nous appelons écriture dans notre
thèse, est une nouvelle étape de l'évolution du récit fictif. Afin de mieux représenter tous les
problèmes que nous venons de souligner, nous nous concentrerons, dans la deuxième partie
de notre recherche, à l'examen d'une oeuvre passionnante de la contemporanéité brésilienne :
le roman Memorial do fim – A morte de Machado de Assis, de l'écrivain du Pará Haroldo
Maranhão. Après avoir lu plusieurs autres oeuvres de fiction de ces trente dernières années du
XXème siècle, nous avons élu le roman de Maranhão comme le roman paradigmatique de la
prose brésilienne postmoderne car non seulement il introduit dans la composition de son récit
des questions de domaines de connaissances divers mais il déstabilise de nombreuses
conventions et traditions littéraires cristallisées. Ledit roman présente des aspects imitatifs du
pastiche ; il possède un contenu parodique avec une distance critique et ironique ; il revitalise
les genres intimistes, en particulier la biographie, le journal et la lettre ; il désintègre l'idée
d'un moi biographique / d´auteur en mettant le fait historique / biographique dans le même
plan discursif que l´univers fictif, en plus d'être plurilinguistique. Après avoir souligné toutes
ces questions, nous pouvons affirmer que le roman Memorial do fim est un nouveau type
romanesque de la prose brésilienne contemporaine qui peut-être, dans les prochaines
décennies, pourra être vu par les critiques comme le fondateur d'une tradition ou d'un canon. / Em nossa pesquisa, desenvolveremos, no primeiro momento, um estudo interdisciplinar a
respeito da noção de escritura que adotamos a partirda leitura das obras de Roland Barthes, de
Jacques Derrida e de outros teóricos pós-estruturalistas que pensam o texto como um
“acontecimento”, como um “devir” e como um “lance” feito no “jogo textual” mediadopela
eterna repetição com diferença crítica e irônica. A escritura é, segundo a ideia central de nossa
tese, a noção que melhor se aplica a narrativas ficcionais da contemporaneidade por estas
conterem na sua estrutura, simultaneamente, aspectos ficcionais, críticos e teóricos. Ao
dobrar-se sobre si mesma, a escritura apresenta aspectos autoconscientes e autorreflexivos,
que conhecemos como metaficção. Por meiodo teor metaficcional do qual a escritura se
apropria, há a refutação da mimesis e da verossimilhança, no sentido aristotélico do termo,
para a representação do engenho da ficção e, ao mesmo tempo, a convocação do leitor a uma
participação ativa na construção dos sentidos do texto. Neste paradoxo metaficcional, a
escritura também revisita aspectos e fatos da historiografia por meio de uma revisão
problematizadora associada às estratégias textuais transgressivas, tais como a ironia, a paródia
e o pastiche. A essa releitura dos fatos históricos, unidos à autoconsciência da ficção, a
escritura é, também, uma metaficção historiográfica. E por pertencer, sobretudo, ao âmbito
romanesco, cuja abrangência é extremamente ampla, a escrituratambém se apropria de outros
gêneros, a fim de ressignificá-los e de desestabilizá-los, tornando-os fluidos e híbridos. Como
exemplos de outros gêneros incorporados pela escritura, citamos a autobiografia, a biografia,
a carta, o diário e outras tipos textuais de natureza crítico-teórica, como o ensaio, por
exemplo. Por sua natureza intertextual e interdisciplinar, a escritura promove, sempre e a cada
leitura, um novo olhar crítico da história, da ficção e da própria escrita literária. Em geral,
considera-se que a primeira obra a questionar seus próprios procedimentos narrativos é Dom
Quixote, mas, já percebemos alguns aspectos, em menor grau, na biografia romanceada e
picarescaLazarilho de Tormes, cuja autoria é desconhecida. Foi, sobretudo, a partirda
evolução do romance inglês no século XVIII e do francês nos séculos XIX e XX que o
romance se revigorou e se reestruturou. E, a nosso ver, o que chamamos de escritura em nossa
tese é um novo estágio evolutivo da narrativa ficcional. Com o intuito de melhor representar
todos os problemas que já destacamos, nos deteremos, na segunda parte de nossa pesquisa, no
exame de uma obra instigante da contemporaneidade brasileira: o romance Memorial do fim –
A morte de Machado de Assis, do escritor paraense Haroldo Maranhão. Após a leitura de
várias outras obras de ficção dos últimos trinta anos do século XX, elegemos o romance de
Maranhão como o romance paradigmático da prosa brasileira pós-moderna porintroduzir na
composição de sua narrativa questões de domínios de conhecimentos diversos e por
desestabilizar inúmeras convenções e tradições literárias cristalizadas. O referido romance
apresenta aspectos imitativos do pastiche;possui teor paródico com distância crítica e irônica;
revitaliza os gêneros intimistas, principalmente a biografia, o diário e a carta; desintegra a
ideia de um eu biográfico/autoral ao colocar o fato histórico/biográfico no mesmo plano
discursivo do heterocosmo fictício, além de ser plurilinguístico.Julgamos, por todas essas
questões por nós apontadas, ser o romanceMemorial do fim um novotipo romanesco da prosa
brasileira contemporânea que, talvez, nas próximas décadas, possa ser visto pelos críticos
como o fundador de uma tradição ou um cânone.
|
2 |
A construção da identidade feminina em Duas Iguais, de Cíntia MoscovichMatté, Manuela 14 August 2014 (has links)
O tema da presente dissertação consiste na análise da construção da identidade e da subjetividade femininas da personagem Clara, narradora-protagonista da obra Duas iguais, de Cíntia Moscovich. Nesse sentido, observa-se como ocorre o processo de afirmação identitária do sujeito feminino representado na obra, considerando-se o contexto sócio-histórico-cultural em que está inserido: uma comunidade regional judaica, à época da ditadura militar brasileira (1964-1985). Para tanto, são discutidos aspectos como memória, região cultural, judaísmo, patriarcalismo, homossexualidade, preconceito, amor, subjetividade e identidade. Servem como aporte teórico a este trabalho os estudos culturais de gênero e a crítica literária feminista, bem como estudos acerca de cultura, identidade e regionalidade. / Submitted by Ana Guimarães Pereira (agpereir@ucs.br) on 2015-02-09T11:55:35Z
No. of bitstreams: 1
Dissertacao Manuela Matté.pdf: 2308167 bytes, checksum: 040b4dc6a0a32f6ebd59c3f16cf317bd (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-09T11:55:35Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Dissertacao Manuela Matté.pdf: 2308167 bytes, checksum: 040b4dc6a0a32f6ebd59c3f16cf317bd (MD5) / The subject of this dissertation consists of analyzing the female identity and subjectivity construction of the character Clara, protagonist-narrator of the novel Duas iguais, by Cíntia Moscovich. Therefore, it is observed how the process of identity affirmation of the female subject represented in the novel occurs, considering the social, historical and cultural context in which this subject is inserted: a Jewish regional community, during Brazilian military dictatorship years (1964-1985). Aspects regarding memory, cultural region, Judaism, patriarchy, homosexuality, prejudice, love, subjectivity and identity are discussed. Gender studies and feminist critics, studies about culture, identity and regionality are used as theoretical support for this work.
|
3 |
A construção da identidade feminina em Duas Iguais, de Cíntia MoscovichMatté, Manuela 14 August 2014 (has links)
O tema da presente dissertação consiste na análise da construção da identidade e da subjetividade femininas da personagem Clara, narradora-protagonista da obra Duas iguais, de Cíntia Moscovich. Nesse sentido, observa-se como ocorre o processo de afirmação identitária do sujeito feminino representado na obra, considerando-se o contexto sócio-histórico-cultural em que está inserido: uma comunidade regional judaica, à época da ditadura militar brasileira (1964-1985). Para tanto, são discutidos aspectos como memória, região cultural, judaísmo, patriarcalismo, homossexualidade, preconceito, amor, subjetividade e identidade. Servem como aporte teórico a este trabalho os estudos culturais de gênero e a crítica literária feminista, bem como estudos acerca de cultura, identidade e regionalidade. / The subject of this dissertation consists of analyzing the female identity and subjectivity construction of the character Clara, protagonist-narrator of the novel Duas iguais, by Cíntia Moscovich. Therefore, it is observed how the process of identity affirmation of the female subject represented in the novel occurs, considering the social, historical and cultural context in which this subject is inserted: a Jewish regional community, during Brazilian military dictatorship years (1964-1985). Aspects regarding memory, cultural region, Judaism, patriarchy, homosexuality, prejudice, love, subjectivity and identity are discussed. Gender studies and feminist critics, studies about culture, identity and regionality are used as theoretical support for this work.
|
4 |
Lygia Fagundes Telles : imaginário e a escritura do duploLamas, Berenice Sica January 2002 (has links)
Este trabalho realiza a análise simbólica do tema do duplo nos contos fantásticos de Lygia Fagundes Telles, sob a perspectiva teórica dos regimes do imaginário de Gilbert Durand. Como questão central, sustenta o desvelamento dos caminhos singulares da representação que toma o duplo nos contos escolhidos da autora e como este se imbrica na teoria do imaginário. Adotam-se os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico da obra e fortuna crítica da autora e pesquisa bibliográfica sobre as questões teóricas pertinentes. Após, realiza-se análise simbólica de sete contos selecionados da escritora. Encontrando-se o homem moderno fragmentado e com seu eu cindido, a temática do duplo associa-se à busca de identidade e de unicidade. A morte como tema recorrente na obra de Lygia Fagundes Telles aparece principalmente nos contos da vertente fantástica, constituindo-se como o domínio principal de representação do duplo, no momento em que se apresenta a questão da sobrevivência da alma (após a morte). Destaca-se a predominância do regime diurno do imaginário, pois esta polaridade é o regime das antíteses, condizente com os resultados alcançados pela análise do duplo. O trabalho ainda mostra a validade das hermenêuticas instauradoras de sentidos como um percurso produtivo e fecundo na interpretação de textos literários. A busca incessante da experiência da interioridade marca a essência da escritura de Lygia. Ela recusa os caminhos fáceis de uma escrita linear para embrenhar-se no discurso labiríntico do fantástico e, através dele, legitimar sua visão de mundo e suas denúncias da realidade social.
|
5 |
Lygia Fagundes Telles : imaginário e a escritura do duploLamas, Berenice Sica January 2002 (has links)
Este trabalho realiza a análise simbólica do tema do duplo nos contos fantásticos de Lygia Fagundes Telles, sob a perspectiva teórica dos regimes do imaginário de Gilbert Durand. Como questão central, sustenta o desvelamento dos caminhos singulares da representação que toma o duplo nos contos escolhidos da autora e como este se imbrica na teoria do imaginário. Adotam-se os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico da obra e fortuna crítica da autora e pesquisa bibliográfica sobre as questões teóricas pertinentes. Após, realiza-se análise simbólica de sete contos selecionados da escritora. Encontrando-se o homem moderno fragmentado e com seu eu cindido, a temática do duplo associa-se à busca de identidade e de unicidade. A morte como tema recorrente na obra de Lygia Fagundes Telles aparece principalmente nos contos da vertente fantástica, constituindo-se como o domínio principal de representação do duplo, no momento em que se apresenta a questão da sobrevivência da alma (após a morte). Destaca-se a predominância do regime diurno do imaginário, pois esta polaridade é o regime das antíteses, condizente com os resultados alcançados pela análise do duplo. O trabalho ainda mostra a validade das hermenêuticas instauradoras de sentidos como um percurso produtivo e fecundo na interpretação de textos literários. A busca incessante da experiência da interioridade marca a essência da escritura de Lygia. Ela recusa os caminhos fáceis de uma escrita linear para embrenhar-se no discurso labiríntico do fantástico e, através dele, legitimar sua visão de mundo e suas denúncias da realidade social.
|
6 |
Lygia Fagundes Telles : imaginário e a escritura do duploLamas, Berenice Sica January 2002 (has links)
Este trabalho realiza a análise simbólica do tema do duplo nos contos fantásticos de Lygia Fagundes Telles, sob a perspectiva teórica dos regimes do imaginário de Gilbert Durand. Como questão central, sustenta o desvelamento dos caminhos singulares da representação que toma o duplo nos contos escolhidos da autora e como este se imbrica na teoria do imaginário. Adotam-se os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico da obra e fortuna crítica da autora e pesquisa bibliográfica sobre as questões teóricas pertinentes. Após, realiza-se análise simbólica de sete contos selecionados da escritora. Encontrando-se o homem moderno fragmentado e com seu eu cindido, a temática do duplo associa-se à busca de identidade e de unicidade. A morte como tema recorrente na obra de Lygia Fagundes Telles aparece principalmente nos contos da vertente fantástica, constituindo-se como o domínio principal de representação do duplo, no momento em que se apresenta a questão da sobrevivência da alma (após a morte). Destaca-se a predominância do regime diurno do imaginário, pois esta polaridade é o regime das antíteses, condizente com os resultados alcançados pela análise do duplo. O trabalho ainda mostra a validade das hermenêuticas instauradoras de sentidos como um percurso produtivo e fecundo na interpretação de textos literários. A busca incessante da experiência da interioridade marca a essência da escritura de Lygia. Ela recusa os caminhos fáceis de uma escrita linear para embrenhar-se no discurso labiríntico do fantástico e, através dele, legitimar sua visão de mundo e suas denúncias da realidade social.
|
7 |
Ensinando o futuro: visões da ficção científica sobre o ato de lecionar / Teaching the future: visions of science fiction about the act of schoolingFranco, Jefferson Luiz 30 March 2017 (has links)
Esta pesquisa apresenta uma abordagem teórico-analítica da questão da representação da docência em textos de ficção científica de três autores norteamericanos do século XX: Isaac Asimov, autor do conto Como se divertiam, de 1951; Lloyd Biggle Jr, que escreveu Maneira doida de lecionar em 1966 e Connie Willis, cuja narrativa analisada tem o título Muito barulho por nada e data de 1990. Discutir as relações potencialmente passíveis de serem estabelecidas entre o imaginário retratado nessas obras e a visão neoliberal contemporânea do ato de ensinar como objeto de automatização e normatização estrita pode certificar o fato de que tais representações idealizadas tornaram-se, em grande medida, paradigmas advindos das práticas do capitalismo avançado (as quais têm como modelo primário a nação estadunidense) capazes de influenciar a forma como são entendidas, representadas e planejadas as relações entre a figura docente e as tecnologias em nosso país. Portanto, como objetivo primário, elencamos a tentativa de compreender como é realizada a construção discursiva da representação do trabalhador da educação (e das tecnologias imaginárias que cercam essa representação), inserindo-a nas dimensões culturais do imaginário norte-americano a fim de discutir sobre seus reflexos contemporâneos e seu conteúdo determinístico. Para isso, metodologicamente empregamos a recensão e análise bibliográfica de artigos científicos e textos literários nacionais e estrangeiros (que incluíram, mas não se limitaram, às obras designadas como objetos) e, entre as conclusões levantadas, apontamos a constatação de que a relação do corpus com a indústria cultural não permite um afastamento radical das teorias educacionais tradicionalistas familiares aos leitores que constituem o público-alvo dos autores, além de destacarmos vieses marcados pelo determinismo nos textos, embora seja, em alguns casos, apenas insinuado ou surja em contraste com produções posteriores do escritor. Como apontamento final, entretanto, é possível enxergar o conteúdo último dos textos do corpus como prioritariamente humanista: Asimov retrata o desejo de um ensino comunitário em lugar do isolamento do discente em nome da eficiência; Biggle Jr. discute, de forma subjacente, a desvalorização da figura do docente ante uma técnica voltada para a maximização de resultados econômicos e, por fim, Willis coloca em pauta as possibilidades e perigos de tentar se banir ideologias do ambiente escolar, dentro de um molde supostamente democrático que acaba servindo à aniquilação das possibilidades de aprendizado. / This research presents a theoretical-analytical approach to the question of representation of teaching in science fiction texts of American authors of the 20th century: Isaac Asimov, author of The fun they had! (1951); Lloyd Biggle Jr, who wrote And madly teach at 1966 and Connie Willis, whose analyzed narrative is called Ado and dates back to 1990. Discuss the relationships potentially liable to be established between the imaginary depicted in these works and the contemporary neoliberal vision of the act of teaching as the object of automation and strict standardization can certify the fact that such idealized representations have become, to a large extent, paradigms from the practices of advanced capitalism (which have as their primary model the American nation) capable of influencing how relationships between teachers and technologies in our country are understood, represented and planned. Therefore, as a primary objective, we attempt to understand how the discursive construction of the representation of the education worker (and the imaginary technologies surrounding this representation) is carried out, inserting it into the cultural dimensions of the North American imaginary in order to discuss its contemporary reflections and its deterministic content. In order to do this, we methodologically used the review and bibliographical analysis of scientific articles and national and foreign literary texts (which included, but were not limited to, works designated as objects), and, among the conclusions drawn, we pointed out that the relationship of the corpus with the cultural industry does not allow a radical departure from traditionalist educational theories familiar to the readers who constitute the target audience of the authors, in addition to highlighting perspectives marked by determinism in the texts, although in some cases, it is just insinuated or emerged in contrast to subsequent productions of the writer. As a final point, however, it is possible to see the ultimate content of the texts of the corpus as having a humanistic priority: Asimov portrays the desire for a communal education in place of the isolation of the student in the name of efficiency; Biggle Jr. discusses, in a subtle way, the devaluation of the teacher's figure before a technique focused at the maximization of economic results and, finally, Willis points out the possibilities and dangers of trying to ban all the ideology of the school environment, following a supposedly democratic mold that ends up serving the annihilation of the possibilities of learning.
|
8 |
Ensinando o futuro: visões da ficção científica sobre o ato de lecionar / Teaching the future: visions of science fiction about the act of schoolingFranco, Jefferson Luiz 30 March 2017 (has links)
Esta pesquisa apresenta uma abordagem teórico-analítica da questão da representação da docência em textos de ficção científica de três autores norteamericanos do século XX: Isaac Asimov, autor do conto Como se divertiam, de 1951; Lloyd Biggle Jr, que escreveu Maneira doida de lecionar em 1966 e Connie Willis, cuja narrativa analisada tem o título Muito barulho por nada e data de 1990. Discutir as relações potencialmente passíveis de serem estabelecidas entre o imaginário retratado nessas obras e a visão neoliberal contemporânea do ato de ensinar como objeto de automatização e normatização estrita pode certificar o fato de que tais representações idealizadas tornaram-se, em grande medida, paradigmas advindos das práticas do capitalismo avançado (as quais têm como modelo primário a nação estadunidense) capazes de influenciar a forma como são entendidas, representadas e planejadas as relações entre a figura docente e as tecnologias em nosso país. Portanto, como objetivo primário, elencamos a tentativa de compreender como é realizada a construção discursiva da representação do trabalhador da educação (e das tecnologias imaginárias que cercam essa representação), inserindo-a nas dimensões culturais do imaginário norte-americano a fim de discutir sobre seus reflexos contemporâneos e seu conteúdo determinístico. Para isso, metodologicamente empregamos a recensão e análise bibliográfica de artigos científicos e textos literários nacionais e estrangeiros (que incluíram, mas não se limitaram, às obras designadas como objetos) e, entre as conclusões levantadas, apontamos a constatação de que a relação do corpus com a indústria cultural não permite um afastamento radical das teorias educacionais tradicionalistas familiares aos leitores que constituem o público-alvo dos autores, além de destacarmos vieses marcados pelo determinismo nos textos, embora seja, em alguns casos, apenas insinuado ou surja em contraste com produções posteriores do escritor. Como apontamento final, entretanto, é possível enxergar o conteúdo último dos textos do corpus como prioritariamente humanista: Asimov retrata o desejo de um ensino comunitário em lugar do isolamento do discente em nome da eficiência; Biggle Jr. discute, de forma subjacente, a desvalorização da figura do docente ante uma técnica voltada para a maximização de resultados econômicos e, por fim, Willis coloca em pauta as possibilidades e perigos de tentar se banir ideologias do ambiente escolar, dentro de um molde supostamente democrático que acaba servindo à aniquilação das possibilidades de aprendizado. / This research presents a theoretical-analytical approach to the question of representation of teaching in science fiction texts of American authors of the 20th century: Isaac Asimov, author of The fun they had! (1951); Lloyd Biggle Jr, who wrote And madly teach at 1966 and Connie Willis, whose analyzed narrative is called Ado and dates back to 1990. Discuss the relationships potentially liable to be established between the imaginary depicted in these works and the contemporary neoliberal vision of the act of teaching as the object of automation and strict standardization can certify the fact that such idealized representations have become, to a large extent, paradigms from the practices of advanced capitalism (which have as their primary model the American nation) capable of influencing how relationships between teachers and technologies in our country are understood, represented and planned. Therefore, as a primary objective, we attempt to understand how the discursive construction of the representation of the education worker (and the imaginary technologies surrounding this representation) is carried out, inserting it into the cultural dimensions of the North American imaginary in order to discuss its contemporary reflections and its deterministic content. In order to do this, we methodologically used the review and bibliographical analysis of scientific articles and national and foreign literary texts (which included, but were not limited to, works designated as objects), and, among the conclusions drawn, we pointed out that the relationship of the corpus with the cultural industry does not allow a radical departure from traditionalist educational theories familiar to the readers who constitute the target audience of the authors, in addition to highlighting perspectives marked by determinism in the texts, although in some cases, it is just insinuated or emerged in contrast to subsequent productions of the writer. As a final point, however, it is possible to see the ultimate content of the texts of the corpus as having a humanistic priority: Asimov portrays the desire for a communal education in place of the isolation of the student in the name of efficiency; Biggle Jr. discusses, in a subtle way, the devaluation of the teacher's figure before a technique focused at the maximization of economic results and, finally, Willis points out the possibilities and dangers of trying to ban all the ideology of the school environment, following a supposedly democratic mold that ends up serving the annihilation of the possibilities of learning.
|
9 |
Janet Frame : uma escritora de ficção e a ficção de uma escritora : os múltiplos processos da autobiografia estéticaOlmi, Alba January 2001 (has links)
A escritora objeto desta tese, figura proeminente da literatura neozelandesa, voltou-se ao gênero autobiográfico após um longo percurso na área da ficção, para definir-se como uma primeira pessoa, depois de sua vida particular ter sido insistentemente confundida com sua obra por parte da crítica. Uma questão que logo vem à tona é que praticamente toda ficção resulta ser, até um certo grau, fundamentalmente autobiográfica e que a análise crítica da obra de um escritor possibilita o conhecimento de sua vida. Nosso argumento, opondo-se a esse pressuposto, parte da vida para melhor compreender a obra, evidenciando que Janet Frame manteve um grande distanciamento entre os eventos reais e sua ficcionalização, realizando uma tarefa que a coloca lado a lado dos nomes mais ilustres da literatura ocidental do século XX. Numa atitude comparatista, procuramos extrair os diversos processos de transmutação estética realizados pela escritora, buscando sanar algumas distorções que impediram uma análise mais confiável de sua obra, problematizando, entre outros aspectos, a questão do gênero autobiográfico, da mímese e do realismo ficcional. A manipulação artística da vida particular de Janet Frame foi resgatada por um conjunto de processos, entre os quais a antimímese, a poetização do quotidiano, a intertextualidade e a interdiscursividade, que revelam um alcance estético e uma auto-referencialidade deslocada muito além do mero biografismo. Outros aspectos analisados na obra como um todo indicam que novas abordagens da ficção de Janet Frame, a partir de enfoques pós-modernos, pós-coloniais, pós-estruturalistas e feministas podem superar as posturas reducionistas das quais ela foi alvo.
|
10 |
Janet Frame : uma escritora de ficção e a ficção de uma escritora : os múltiplos processos da autobiografia estéticaOlmi, Alba January 2001 (has links)
A escritora objeto desta tese, figura proeminente da literatura neozelandesa, voltou-se ao gênero autobiográfico após um longo percurso na área da ficção, para definir-se como uma primeira pessoa, depois de sua vida particular ter sido insistentemente confundida com sua obra por parte da crítica. Uma questão que logo vem à tona é que praticamente toda ficção resulta ser, até um certo grau, fundamentalmente autobiográfica e que a análise crítica da obra de um escritor possibilita o conhecimento de sua vida. Nosso argumento, opondo-se a esse pressuposto, parte da vida para melhor compreender a obra, evidenciando que Janet Frame manteve um grande distanciamento entre os eventos reais e sua ficcionalização, realizando uma tarefa que a coloca lado a lado dos nomes mais ilustres da literatura ocidental do século XX. Numa atitude comparatista, procuramos extrair os diversos processos de transmutação estética realizados pela escritora, buscando sanar algumas distorções que impediram uma análise mais confiável de sua obra, problematizando, entre outros aspectos, a questão do gênero autobiográfico, da mímese e do realismo ficcional. A manipulação artística da vida particular de Janet Frame foi resgatada por um conjunto de processos, entre os quais a antimímese, a poetização do quotidiano, a intertextualidade e a interdiscursividade, que revelam um alcance estético e uma auto-referencialidade deslocada muito além do mero biografismo. Outros aspectos analisados na obra como um todo indicam que novas abordagens da ficção de Janet Frame, a partir de enfoques pós-modernos, pós-coloniais, pós-estruturalistas e feministas podem superar as posturas reducionistas das quais ela foi alvo.
|
Page generated in 0.1448 seconds