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Influência do flavedo e da maceração nas características físico-químicas da farinha da casca de maracujá.SILVA, Elaine Cristina Oliveira da. 08 May 2018 (has links)
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Previous issue date: 2017-03-02 / O maracujá é uma fruta abundante no Brasil, considerado o maior produtor do mundo.
Cerca de 52% do peso total do fruto são compostos por casca (albedo e flavedo), que
pode ser utilizada na fabricação de farinha como fonte de nutrientes para a alimentação
e enriquecimento de produtos alimentícios. Alguns estudiosos removem o flavedo e
acrescentam, na elaboração da farinha, a etapa de maceração em água pois afirmam que
a mesma possui uma substância responsável, por causar amargor. Assim, o objetivo do
presente trabalho foi estudar o processo de fabricação de farinha do albedo e da casca
integral de maracujá amarelo (Passiflora edulis f. Flavocarpa), verificando as
influências das etapas de remoção do flavedo e de maceração, assim como a variação
das temperaturas de secagem na composição final da farinha. Após o processo de maceração as amostras foram trituradas e submetidas à secagem convectiva em estufa nas temperaturas de 70 e 80 °C. Foi calculado o rendimento após as secagens e se notou que o mesmo é muito baixo. Os modelos matemáticos de Page, Silva et alii, Henderson e Pabis e Logaritmo, foram ajustados aos dados experimentais utilizando-se o software LAB Fit. Os critérios de avaliação utilizados para identificar o melhor ajuste dos modelos aos dados experimentais foram o coeficiente de determinação (R2) e o quiquadrado (χ2). O modelo de Page foi o que melhor se ajustou aos dados, apresentando R² maior que 0,99 em todas as amostras, além de χ2 almejados, sendo o maior de 0,019287. As matérias-primas foram analisadas quanto ao teor de umidade, cinzas, atividade de água e cor (L*, a* e b*). Na análise das farinhas elaboradas ainda foram acrescentados proteínas, lipídios, carboidratos, pectina, fibra bruta, FDN, FDA e minerais. Em todas as análises foi aplicado o teste de Tukey (p < 0,05). Com relação às análises realizadas com as farinhas, a atividade de água mostrou que as cascas maceradas são menos susceptíveis ao desenvolvimento de reações provenientes do teor de umidade. A cor mostrou-se clara, com leve disposição à tonalidade vermelha e tendência maior à coloração amarela. O teor de umidade se encontra dentro dos limites estabelecidos pela ANVISA. No que diz respeito às cinzas, observou-se que a maceração contribuiu para sua redução. Com relação aos lipídios, foi verificado que todas as farinhas possuem valor abaixo de 1,0%. Os carboidratos foram mais elevados nas amostras sem maceração e secas a 70 °C. A maceração e o aumento de temperatura contribuíram para a redução das proteínas e o aumento da fibra bruta. Os valores de FDN e FDA foram maiores nas amostras de albedo macerado. O valor de pectina foi muito baixo em todas as farinhas. Os minerais encontrados foram, na ordem de abundância: potássio, cloro, cálcio, fósforo, enxofre, ferro, estrôncio, rubídio, zinco, bromo, manganês, cobre e zircônio. Recomenda-se a fabricação da farinha com a casca integral sem a maceração e seca a 70 °C. / Passion fruit is an abundant fruit in Brazil, considered as the largest producer in the world. Approximately 52% of the total fruit weight is composed of skin (albedo and flavedo), which can be used to manufacture flour as source of nutrients for consumption and enrichment of food products. Some researchers remove the flavedo and add, in the manufacturing of flour, the step of maceration in water, because they claim it has a substance responsible for causing bitterness. Thus, this study aimed to evaluate the process of manufacturing flour from the albedo and whole skin of yellow passion fruit (Passiflora edulis f. Flavicarpa), verifying the influences of the flavedo removal and maceration steps, as well as the variation of the drying temperatures in the final composition of the flour. After maceration, the samples were ground and subjected to convective drying in an oven at temperatures of 70 and 80 °C. The yield after the drying processes was calculated and were found to be very low. The mathematical models of Page, Silva et alii, Henderson & Pabis and Logarithmic were fitted to the experimental data using the software LAB Fit. The evaluation criteria to identify the best fit of the models to the experimental data were the coefficient of determination (R
2) and chisquare (χ2). The model of Page showed the best fit to the data, with R² higher than 0.99 in all samples, and the desired χ2, whose highest value was 0.019287. The raw materials were analyzed for moisture content, ashes, water activity and color (L*, a* and b*). The manufactured flours were also analyzed for proteins, lipids, carbohydrates, pectin, crude fiber, NDF, ADF and minerals. Tukey test (p < 0.05) was applied in all analyses. For flour analyses, the water activity demonstrated that the macerated skins are less susceptible to the development of reactions from the moisture content. The color was light, with slight trend to red and greater trend to yellow. The moisture content is within the limits established by ANVISA. The maceration contributed to the reduction of ashes. For lipids, all flours exhibited values below 1.0%. Carbohydrates were higher in samples without maceration and dried at 70 ºC. The maceration and increase in temperature contributed to the reduction of proteins and increase in crude fiber. NDF and ADF contents were higher in the samples of macerated albedo. The pectin content was very low in all flours. The minerals found, in order of abundance, were: potassium, chlorine, calcium, phosphorus, sulfur, iron, strontium, rubidium, zinc, bromine, manganese, copper and zirconium. The flour should be manufactured using the whole skin, without maceration and dried at 70 ºC.
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