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Diversidade de Briófitas na Chapada Diamantina, Bahia, Brasilde Brito Valente, Emilia 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia / A Chapada Diamantina, um dos Centros de Diversidade de Plantas das Américas está inserida no Bioma Caatinga, constituindo uma de suas oito ecorregiões, sendo inteiramente circundada pela ecorregião Depressão Sertaneja Meridional. Os seus limites são explicados pelas mudanças nos fatores ambientais como altitude, formação geológica, clima, pluviosidade e tipos de solo, os quais proporcionam a existência de um mosaico de formações vegetacionais constituída por campos rupestres, cerrado, florestas ombrófilas e estacionais e caatinga. A Chapada Diamantina possui extensão de aproximadamente 400 Km e área de 50.000 Km2, suas altitudes variam entre 400 e 2.033m, sendo composta por várias serras. Constitui-se na porção norte da Cadeia do Espinhaço, principal Cadeia montanhosa a leste do Brasil, a qual se estende por mais de mil quilômetros na direção norte-sul - 10º00 S - 21º25 S. Considerando-se a grande diversidade de formações vegetacionais e variação altitudinal existentes na Chapada Diamantina, o presente trabalho objetivou aprofundar o conhecimento sobre as comunidades de briófitas ocorrentes na região, visando determinar a riqueza e a diversidade específicas, a variação composicional entre as diferentes formações vegetacionais e a distribuição altitudinal. Para a elaboração do presente trabalho foram estudadas amostras provenientes de coletas realizadas entre os anos de 2007 e 2009 nos municípios de Morro do Chapéu e Miguel Calmon - ao norte; Lençóis e Palmeiras no centro; e, Piatã e Abaíra, no sul da Chapada Diamantina incluindo três unidades de conservação (Parque Estadual de Sete Passagens; Parque Nacional da Chapada Diamantina; APA Marimbus/Iraquara; APA Serra do Barbado), e áreas fora dos limites das unidades de conservação. As amostras coletadas encontram-se depositadas nos herbários HUEFS e UFP. Herbários nacionais com acervos mais representativos da flora da região foram consultados. Os resultados estão apresentados em quatro capítulos. O Capítulo I constitui um Checklist completo das briófitas da Chapada Diamantina provenientes de literatura, coletas e coleções depositadas em herbário, listaram-se 411 táxons, dos quais 227 musgos e 187 hepáticas, correspondendo à aproximadamente 80% das espécies registradas para o estado da Bahia. A distribuição geográfica foi ampliada para oitenta e cinco táxons, três constituem-se novos registros para o Brasil, 53 para a região Nordeste e 29 para a Bahia. As famílias mais representativas foram Lejeuneaceae (57 spp.), Leucobryaceae (31 spp.), Sphagnaceae (24 spp.), Lepidoziaceae (21 spp.), Orthotrichaceae (21 spp.), Calymperaceae (20 spp.), Plagiochilaceae (20 spp.), Bryaceae (19 spp.), Sematophyllaceae (19 spp.), Frullaniaceae (16 spp.), Radulaceae (12 spp.) e Metzgeriaceae (8 spp.). O capítulo II objetivou investigar a distribuição da brioflora nas principais formações vegetacionais, níveis altitudinais e distribuição geográfica mundial e no Brasil. Foi baseado no estudo de amostras provenientes de coletas e herbários. As florestas (51%) e os campos rupestres (40%) abrigaram a maior parte da riqueza de espécies, enquanto o cerrado e a caatinga 5% e 4%, respectivamente. Houve predomínio de táxons neotropicais, e de distribuição restrita a poucos Estados do Brasil, principalmente em regiões montanhosas do sudeste. A distribuição da brioflora por faixas altitudinais revelou maior riqueza nas faixas baixo e alto montana. Confirma-se a Chapada Diamantina como um importante centro de diversidade de briófitas, por abrigar elevada riqueza e espécies exclusivas concentrada em áreas de florestas e campos rupestes, com altitude superior à 800 m.s.n.m.. O Capítulo III enfoca a diversidade e distribuição da Brioflora em florestas baixo e alto montanas na Chapada Diamantina. Para o estudo utilizaram-se amostras provenientes de coletas realizadas em seis áreas, tendo sido investigadas: a riqueza, a diversidade, os substratos colonizados, as formas de vida e a similaridade florística das comunidades de briófitas. Obteve-se um total de 213 espécies, 91 gêneros e 41 famílias. As famílias mais representativas foram: Lejeuneaceae (45 spp.), Plagiochilaceae (16 spp.), Leucobryaceae (14 spp.), Radulaceae e Sematophyllaceae (12 spp.), Lepidoziaceae e Orthotrichaceae (11 spp.), Frullaniaceae (9 spp.), Calymperaceae (7 spp.) e Brachytheciaceae (6 spp.). Predominaram táxons com distribuição Neotropical (52%), seguidos de Cosmopolita (12%), Pantropical (11%), América Tropical e Subtropical (6%), Brasil-Países Andinos, Afro-Americana e endêmica do Brasil (4%), e disjuntas (7%). As florestas alto montanas apresentaram maior diversidade e riqueza de espécies, além de maior número de substratos colonizados, tipos de formas de vida, e espécies típicas de sombra e de distribuição restrita. A análise de similaridade demonstrou a formação de dois grupos principais - florestas alto montana e baixo montana. As florestas da Chapada Diamantina, quando comparadas com áreas de Floresta Atlântica Litorânea, apresentaram maior homogeneidade entre si, separando-se das demais, com as quais apresentaram menor afinidade florística, o que pode ser explicado pelas diferenças nas condições ambientais, principalmente, precipitação, sazonalidade, continentalidade e altitude. O Capítulo IV enfoca a diversidade de briófitas nos campos rupestres da Chapada Diamantina. Analisaram-se comunidades de briófitas a partir da sua composição, riqueza, diversidade, formas de vida e substratos colonizados. As coletas foram realizadas em áreas, com grande proporção de rocha exposta, classificadas como habitat exposto e em áreas cujo relevo proporciona maior sombreamento e umidade, classificadas como habitat sombreado. Foram registradas 110 espécies, com predomínio de musgos (78 spp.) sobre as hepáticas. As áreas estudadas apresentaram diferença significativa na riqueza e baixa similaridade florística, corroborando os estudos realizados para plantas vasculares nos campos rupestres da Chapada Diamantina. Verificou-se que a maior parte das espécies apresentou exclusividade por habitat, havendo predomínio dos gêneros Campylopus, Polytrichum, Schloteimia, Macromitrium e Syrrhopodon no habitat exposto e de Sphagnum, Lepidozia, Micropterygium, Bazzania e Odontoschisma no sombreado. Observou-se o predomínio da comunidade rupícola, face à terrícola, epíxila e corticícola em ambos os habitats. Entre as formas de vida predominou trama no habitat sombreado, enquanto tufo predominou no exposto. Os resultados evidenciam a resposta da brioflora, através de suas estratégias de adaptação às diferentes condições ambientais encontradas nos campos rupestres variando em riqueza e composição em função principalmente da umidade e do relevo. Com base nos resultados apresentados nesta tese, sugere-se ampliar o número de Unidades de Conservação, particularmente em áreas de campo rupestre e florestas montanas e intensificar os esforços para minimizar o antropismo naquelas Unidades de Conservação já existentes
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Padrões estruturais de florestas montanas sob influência de um empreendimento hidrelétrico no sul do BrasilUrruth, Leonardo Marques 23 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Nenhuma / Fatores topográficos afetam as comunidades vegetais em diferentes escalas espaciais agindo como filtros para a distribuição e abundância das espécies. Essa influência é proeminente em ecossistemas montanos. No sul do Brasil as encostas íngremes dos rios da bacia hidrográfica do rio Pelotas abrigam importantes remanescentes florestais montanos, apesar da pressão antrópica histórica exercida pela extração madeireira, agropecuária, silvicultura e nas últimas décadas, principalmente pela exploração hidrelétrica. O represamento de rios é um dos mais proeminentes impactos aos ecossistemas de água doce, com reflexos sobre a vegetação ripária. A construção de reservatórios hidrelétricos em rios montanos com vales estreitos como aqueles da bacia hidrográfica do rio Pelotas causa a elevação artificial do nível e do lençol freático podendo afetar a vegetação ripária situada acima do novo nível dos rios. Portanto são esperadas diferenças estruturais entre florestas de encosta que margeiam reservatórios hidrelétricos e áreas controle. Este estudo foi desenvolvido em florestas de encosta de três tributários do rio Pelotas, em Campo Belo do Sul, SC. Foram instaladas 90 unidades amostrais (0,9 ha) em encostas que margeiam o reservatório da UHE Barra Grande e em encostas controle. Foram amostradas todas as árvores e arbustos vivos com DAP ≥ 5 cm. O desenho amostral permitiu comparar a heterogeneidade topográfica, a estrutura florestal e a composição de espécies (separadamente) entre rios, e em cada um deles o tratamento efeito da barragem através de análises de variância uni e multivariadas. Também foi utilizada uma análise de espécies indicadoras para determinar as espécies mais afins a cada encosta. A riqueza de espécies foi comparada por meio de curvas de rarefação baseadas na amostra. Neste trabalho foi utilizado o conceito de número efetivo de espécies (diversidade verdadeira) para calcular a diversidade de árvores. Foram amostradas 1233 árvores de 87 espécies e 40 famílias. As análises estatísticas revelaram heterogeneidade topográfica entre as encostas, que se refletiu na estrutura florestal e na composição de espécies. Essas diferenças também foram observadas em cada um dos rios para o tratamento efeito da barragem. Riqueza e diversidade de espécies se mostraram relativamente homogêneas. Os resultados corroboram o papel da heterogeneidade ambiental na estruturação das comunidades. As diferenças estruturais e em composição de espécies observadas para o tratamento efeito da barragem sugerem efeitos sobre a vegetação. Por outro lado, múltiplos fatores podem ter relações causais com essas diferenças, e, portanto, são necessários estudos complementares. / Plant communities are affected by topography in different spatial scales, acting as an environmental filter to species distribution and abundance. This influence is prominent in montane ecosystems. In southern Brazil, steep slopes of the Pelotas river watershed has important montane forest remnants, despite the pressure exerted by anthropic historical logging, agriculture, forestry, and in recent decades, hydroelectric exploitation. The damming of rivers is one of the most prominent impacts on freshwater ecosystems, with impacts on the riparian vegetation. The hydroelectric reservoir construction in a montane river with narrow valleys like those of the Pelotas river watershed causes the artificial increase of river water level and the groundwater affecting the riparian vegetation located above the new level of rivers. So, are expected structural differences between slope forest bordering Barra Grande hydroelectric reservoir and control areas. This study was carried out in slope forests of the three tributaries of Pelotas river in Campo Belo do Sul, SC. Were installed 90 sample plots (0.9 ha) on slope forests bordering the reservoir and control areas. We sampled all trees and shrubs alive with DBH ≥ 5 cm. The sample design allowed us to compare topography, forest structure and species composition (separately) between rivers, and the effect of the dam treatment through univariate and multivariate analysis of variance. It was also used an indicator species analysis to determine indicator species to each slope. Species richness was compared using rarefaction curves based on the sample. In this study we used the concept of effective number of species (true diversity) to calculate trees diversity. We sampled 1233 trees of 87 species and 40 families. Statistical analysis revealed topographic heterogeneity among the slopes, which was reflected in forest structure and species composition. These differences were also observed in each of the rivers for the effect of the dam treatment. Richness and true diversity proved relatively homogeneous. Our results support the role of environmental heterogeneity on forest communities. The forest structure and species composition differences observed for the effect of the dam treatment suggest effects on vegetation. On the other hand, multiple factors may have causal relationships with these differences, and therefore further studies are needed.
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Raridade de espécies arbóreas em fragmentos florestais no Planalto Sul Catarinense / Rarity of tree species in forest fragments in Planalto Sul Catarinense region, Southern BrazilFerreira, Tiago de Souza 04 October 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-10-04 / This study was conducted in different fragments in Planalto Sul Catarinense distributed in along an altitudinal gradient. The objective of the first chapter was to identify local rarity patterns and its proportions, basing on characteristics of habitat range and population size. For this, a vegetational matrix of tree species abundance, from 11 sampling units distributed in different forest fragments in Planalto Sul Catarinense region, was elaborated. In each of sampling plots all living tree individuals with diameter at breast height (dbh) greater than or equal to 5cm were counted and identified. The local rarity patterns were defined through a grid of descriptors used to classify the species in four categories: NE = non-specific species; R1 = scarce euryecious species; R2 = non-scarce stenoecious species; R3 = scarce stenoecious species. From all 144 analyzed tree species, 92 (63.89%) were classified as non-specific (NE). The rarity form R1 demonstrated 5 (3.47%) species, the rarity form R2 showed 33 (22.92%) species and the form R3 had 14 (9.72%) species. The most important conditioning of rarity was habitat preference, i.e., stenoecious species, represented in rarities forms R2 and R3. The species classified in rarity form R3 are those that require the most concentrated efforts in conservation measures. In the second chapter the present study aimed to analyze how the distribution and the richness of rare tree species occurs along an altitudinal gradient, in Araucaria Forests fragments. For this, tree species (diameter at breast height ≥ 5 cm) were sampled in 10 forest fragments located on different altitudinal floors in Planalto Sul Catarinense region, totaling 10ha of sampling area. The species with only one or two individuals in at least one fragment were classified as rare. The species distribution was verified by a dendrogram constructed through the Jaccard floristic distance index and the UPGMA clustering algorithm. The total species richness per forest fragment and the number of rare species was compared among montane and upper-montane sub-formation by the Mann-Whitney (U) test. The relationship between the altitude and the values of total richness and number of rare species in each fragment were determined by simple linear regressions. The results indicated the
formation of two groups of rare species, in function of the altitude floor. Despite the total richness of communities decreases with increasing altitude, the number of rare tree species did not change significantly. We conclude that in the Planalto Sul Catarinense region, the fragments of Araucaria Forest have different set of rare species according to altitude and that the reduction of the richness of communities with increasing altitudinal floor is not accompanied by a reduction in the number of rare species / Este trabalho foi realizado na região fito-ecológica do Planalto Sul Catarinense em fragmentos localizados em diferentes cotas altitudinais. O primeiro capítulo teve como objetivo identificar os padrões de raridade local e suas proporções, com base nas características de amplitude de habitat e tamanho populacional. Para isso, foi elaborada uma matriz vegetacional de abundância de espécies arbóreas a partir de 11 unidades amostrais distribuídas em diferentes fragmentos florestais na região do Planalto Sul Catarinense. Em cada unidade amostral foram contados e identificados todos os indivíduos arbóreos que apresentaram diâmetro na altura do peito (DAP) igual ou superior a 5 cm. Para definir os padrões de raridade local foi utilizada uma grade de descritores que classificou as espécies em quatro categorias: NE= espécies não-específicas; R1= espécies escassas eurióicas; R2= espécies não-escassas estenóicas; R3= espécies escassas estenóicas. Das 144 espécies arbóreas analisadas, 92 (63,89%) foram não-específicas (NE). A forma de raridade R1 apresentou cinco (3,47%) espécies, a forma R2 apresentou 33 (22,92%) espécies e a forma R3 apresentou 14 (9,72%) espécies. O condicionante mais importante da raridade foi a preferência por habitat, ou seja, espécies estenóicas, representadas nas formas de raridade R2 e R3. As espécies classificadas na forma de raridade R3 são as que mais necessitam concentração de esforços em medidas de conservação. O segundo capítulo buscou verificar como a distribuição e a riqueza de espécies raras ocorrem em fragmentos de Floresta Ombrófila Mista, ao longo de um gradiente altitudinal. Foram amostradas espécies arbóreas (diâmetro na altura do peito ≥ 5cm) em 10 fragmentos florestais localizados em diferentes pisos altitudinais do Planalto Sul Catarinense, numa área total de 10ha. As espécies que apresentaram número de indivíduos igual ou inferior a dois em pelo menos um fragmento foram classificadas como raras. A distribuição das espécies foi verificada por meio de um dendrograma construído a partir do índice de distância florística de Jaccard e o algoritmo de agrupamento UPGMA. A riqueza total de espécies por fragmento florestal e o número de espécies raras foi
comparada entre as subformações Montana e Alto-Montana por meio do teste de Mann-Whitney (U). As relações entre a altitude e os valores de riqueza total e número de espécies raras em cada fragmento foram determinadas por meio de regressões lineares simples. Os resultados indicaram a formação de dois grandes grupos de espécies raras, em função do piso altitudinal. Apesar da riqueza total das comunidades diminuir com o aumento da altitude, o número de espécies raras não apresentou alterações significativas. Conclui-se que na região do Planalto Sul Catarinense, os fragmentos de Floresta Ombrófila Mista apresentam diferentes conjunto de espécies arbóreas raras de acordo com altitude e que a redução da riqueza das comunidades com o aumento do piso altitudinal não é acompanhado pela redução do número de espécies raras
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