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Análise integrada dos depósitos de caulim na região do Rio Capim: fácies, estratigrafia, petrografia e isótopos estáveisSANTOS JÚNIOR, Antonio Emídio de Araújo 29 September 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-09-29 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Os depósitos de caulim que ocorrem na porção média do Rio Capim, leste da Sub-Bacia de Cameta, inserem-se na Formação Ipixuna, de idade cretácea superior, a qual se destaca por apresentar uma das maiores concentrações mundiais de caulim de excelente qualidade para a indústria de celulose. Um grande volume de trabalhos acadêmicos com enfoque geoquímico foi conduzido nestes depósitos, porém sem levar em consideração os aspectos faciológicos e estratigráficos, que são relevantes para entender sua origem e ocorrência. Somente recentemente, trabalhos sedimentológicos e estratigráficos mais detalhados destes depósitos de caulim foram apresentados, o que gerou uma série de novas considerações a respeito dos paleoambientes de deposição. Este tipo de estudo despertou interesse para se conduzir uma investigação integrada considerando-se aspectos sedimentológicos, estratigráficos, petrográficos e isótopos estáveis de hidrogênio e oxigênio, a fim de discutir os processos geológicos que podem ter influenciado na origem e evolução dos depósitos de caulim soft e semi-flint da Formação Ipixuna. A análise sedimentológica e estratigráfica apresentada neste estudo teve caráter complementar a investigações anteriores, tomando-se por base a presença de novas exposições ao longo das frentes de lavra que disponibilizaram novas informações importantes ao entendimento dos ambientes de deposição. Assim, a porção inferior da Formação Inpixuna caracteriza-se por uma unidade de caulim do tipo soft, o qual por apresentar-se com preservação das estruturas primárias, possibilitou melhor entendimento dos processos de sedimentação. Estes depósitos incluem principalmente arenitos e argilitos caulinizados formados em ambientes de canal de maré influenciado por sistema fluvial (associação de fácies A), canal de maré (associação de fácies B), planície de maré/mangue (associação de fácies C), e barra/planície de areia dominada por maré (associação de fácies D). Estes depósitos são atribuídos a sistema estuarino do tipo dominado por maré. A unidade superior, conhecida como semi-flint, é dominantemente maciça, porém um estudo em paralelo conduzido durante o desenvolvimento desta tese revelou a presença de lobos deltaicos e canais distributários. O estudo petrográfico e de microscopia eletrônica de varredura nos depósitos estudados levou à melhor caracterização textural dos tipos de caulinita presentes nas unidades de kaolin soft e semi-flint. Apesar da composição original fortemente modificada destes depósitos, informações ópticas revelaram inúmeras feições reliquiares distintas. Os depósitos de caulim soft são caracterizados por arenitos quartzosos caulinizados e pelitos laminados ou maciços, os quais são compostos por fragmentos líticos de rochas meta-vulcânicas e vulcânicas félsicas, bem como rochas metamórficas e graníticas. Estas litologias foram fortemente modificadas durante o processo de caulinização da Formação Ipixuna, processo que teria obliterado a composição primária dos grãos do arcabouço. Durante este processo, três tipos principais de caulinita foram geradas, definidas com base no tamanho e textura como Ka, Kb e Kc. A caulinita Ka ocorre dominantemente associada aos arenitos caulinizados, sendo caracterizada por cristais pseudohexagonais a hexagonais, com diâmetros de 10-30 μm, podendo ocorrer na forma de aglomerados formando “livretos” (booklets) ou sob forma vermicular contendo até 400 μm de comprimento. A caulinita Kb ocorre dominantemente nos pelitos, consistindo de cristais pseudohexagonais a hexagonais de 1-3 μm de diâmetro, ocorrendo na forma isolada, formando intercrescimentos dos tipos caótico, face-a-face, paralelo a pseudo-paralelo. A caulinita Kc ocorre como cristais pseudohexagonais a hexagonais com diâmetros regulares de 200 nm. Sua distribuição é dispersa ao longo da unidade de caulim soft, aumentando em abundância em níveis de paleossolo que ocorre no topo da unidade. Os depósitos de caulim semi-flint são constituídos principalmente de grãos retrabalhados dos depósitos de caulim soft e grãos provenientes de rocha-fontes metamórficas e graníticas. As caulinitas da unidade de semi-flint são dominantemente representadas por caolinita Kc, gerada principalmente durante intemperismo pretérito. As integração de estudos faciológicos, estratigráficos, ópticos e isótopos estáveis de deutério (δD) e oxigênio (δ18O) dos depósitos de caulim do Rio Capim permitiu melhor entender a gênese e evolução dos tipos de caolinita Ka+Kb e Kc. Os depósitos de caulim soft apresentam valores de δ18O variando de 6,04‰ a 19,18‰ nas caulinitas Ka e Kb, e de 15,38‰ a 24,86‰ nas caulinitas Kc. Os valores de δD variam de –63,06‰ a 79,46‰, e de –68,85‰ a –244,35‰, respectivamente. Os depósitos de caulim semi-flint são caracterizados por valores isotópicos de δ18O e δD entre 15,08‰ e 21,77‰, e -71.31‰ e -87.37‰, respectivamente. Baseando-se nestes dados e na composição isotópica da água meteórica e de sub-superfície, foi possível concluir que as caulinitas não se formaram em equilíbrio com as condições intempéricas atuais, e sim representam a composição isotópica de seu tempo de formação, podendo refletir contaminações mineralógicas proveniente da substituição parcial e/ou total dos grãos originais do arcabouço. Os valores isotópicos das caulinita do tipo Kc da unidade de semi-flint são amplamente variáveis em decorrência da variedade de fontes, incluindo caulinitas retrabalhadas dos depósitos subjacentes de caulim soft, bem como caulinitas formadas durante diferentes fases de intemperismo, além de fases tardias de caulinita geradas ao longo de fraturas. / The kaolin deposits that occur in the Rio Capim area, east of Cametá Sub-Basin, are inserted in the Ipixuna Formation. This unit distinguishs for presenting one of the largest worldwide kaolin concentrations of excellent quality to the cellulose industry. Beyond the economic character, a great volume of academic works focusing these kaolin deposits had led to pedological and geochemical approaches, but without taking into account their sedimentologic aspects, which are important to understand their genesis. Detailed sedimentologic and stratigraphic studies of the Rio Capim kaolin have been increasingly carried out in the last years, which led to the paleoenvironmental interpretations for the Ipixuna Formation, as well as to discuss better the mode of formation of the soft and semi-flint kaolin units that are typical of this unit. These works served to motivate the integration of sedimentologic and stratigraphic data with optical studies combined with hydrogen and oxygen isotope geochemistry in order to discuss the geologic processes involved in the origin and evolution of the soft and semi-flint kaolin units. The sedimentological analysis consisted in a more detailed facies description and stratigraphic analysis of newly open quarries that were not available during previous investigations. The additional exposures led to a better characterization of the lower kaolin unit, known as the “soft kaolin”, which is well stratified, favoring facies analysis. Hence, the soft kaolin unit consists of kaolinitized sandstones and kaolinitized pelites that were formed in tidally influenced fluvial channels (Facies Association A), tidal channel (Facies Association B), tidal flat/mangrove (Facies Association C), and tidal sand bar/tidal sandy flat (Facies Association D). These depositional environments are attributed to a tide-dominated estuarine system. Petrographic studies and scanning electronic microscopy (SEM) of the kaolin deposits in the study area had their composition was strongly modified after sedimentation. The soft kaolin consists of kaolinitized quartz sandstone and either laminated or massive pelites, which are composed by fragments of meta-volcanic lithic and volcanic felsic rocks, as well as metamorphic and granitics rocks. These lithologies were strongly modified during kaolinitization, as revealed by the intense replacement of the framework grains by kaolinite of three types, named herein as Ka, Kb and Kc kaolinites. Ka kaolinite occurs dominantly associated with kaolinitized sandstones, being characterized by pseudohexagonal crystals 10-30 μm in diameter, which are organized as booklets or vermicular forms that reach up to 400 μm in length. Kb kaolinite dominantes in the pelites, and consists of pseudohexagonal crystals 1-3 μm in diameter, occurring as isolated, face-to-face and parallel to pseudo-parallel crystals. Kc kaolinite forms pseudohexagonal to hexagonal crystals of 200 nm in diameter. It occurs dispersed through the soft unit, increasing significantly in abundance in association with paleosols at the top of the unit. The semi-flint kaolin deposits are constituted mainly of reworked grains derived from the underlying soft kaolin unit that are mixed with grains derived from metamorphic and granitic sources. These deposits are dominantly composed of Kc kaolinite that was formed during weathering. The deuterium (δD) and oxygen (δO) isotope analysis of the kaolin deposits from the study area helped to discuss better the evolution of the different types of kaolinites described above. Hence, the soft kaolin deposits display δO values varying between 6.04 ‰ and 19.18 ‰ in the Ka+Kb kaolinites, and between 15.38 ‰ and 24.86 ‰ in the Kc kaolinite. The δD values from this unit vary from – 63.06 ‰ to 79.46 ‰, and from –68.85‰ to -244.35‰ in the Ka+Kb and Kc kaolinites, respectively. The semi-flint kaolin deposits are characterized by δO and δD values ranging from 15.08‰ to 21.77‰, and from -71.31‰ to -87.37‰, respectively. Based on these data and on the isotopic composition of both meteoric and ground waters, it was possible to conclude that the kaolinites had not been formed in balance with modern weathering. These values represent the isotopic composition during the time of formation of the kaolinites, as well as mineralogical contamination of framework grains that are now replaced by kaolinites.
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Pesquisas mineralógicas e geoquímicas para a distinção de basaltos intrusivos e extrusivos no Vogelsberg Alemanha FederalOLIVEIRA, Elson Paiva de 07 1900 (has links)
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Previous issue date: 1977-07 / Em uma sondagem de 450 metros realizada na região central do complexo vulcânico do Vogelsberg, Alemanha Federal, foi encontrado, por vários autores, uma sucessão alternada de basaltos alcalinos e toleíticos, compondo 7 séries em um total de 293 metros. Datações radiométricas posteriores sugerem a existência de duas unidades de basaltos alcalinos intrusivas nos toleíticos e em tufos. Uma dessas, a série 3, apresenta todavia evidências de intemperismo em seu topo. No presente trabalho foram feitas análises químicas para os elementos maiores e os traços Ni, Co, Cu, Zn, Li e Be, além de determinações mineralógicas por difratometria de raios - x e microscopia óptica, objetivando a caracterização mineralógica e química dos horizontes de imperismo da sondagem e de possíveis efeitos de diferenciação primária nas unidades consideradas intrusivas. A associação comum de hematita, montmorilonita e de fragmentos de quartzo nos horizontes de intemperismo, assim como o aumento nos conteúdos de Ni, Co, Cu, H2O, Fe2O3 e o decréscimo de Li, Be, FeO, MgO, CaO, da base para o topo, na série 3, mostra que esta unidade esteve exposta á superfície, não podendo ser considerada intrusiva. A outra Unidade, na série 5, apresenta e vidências de uma diferenciação gravitativa incipiente, mas não mostra variações granulométricas significativas. Apresenta, por outro lado, textura amigdaloidal no topo, sugerindo também uma natureza extrusiva. / In a drill hole of 450m made in the central part of the volcanic complex Vogelsberg, West Germany many authors found an alternating sequence of alkali olivinbasalts and tholeiites, consisting of 7 series with a total of 293m. Radiometric age dating suggests that two of the alkali olivinbasalts are intrusive. One of them, serie 3, however shows traces of weathering on its surface. The present study includes chemical analyses of major and trace elements (Ni, Co, Cu, Zn, Li and Be) as well as mineralogical investigation by means of X-ray diffraction and optial methods. The objective of these analyses was the chemical and mineralogical characterization of the weathering horizons and of the possible effects of differentiation in the units considered intrusive. The commom association of haematite, montmorillonite and quartz fragments in the weathered horizons, as well as the increase of Ni, Co, Cu, H2O and Fe2O3 and the decrease of Li, Be, FeO, MgO and CaO from the bottom to the top of one of the "intrusive units" in serie 3, shows that this unit was exposed to the earth's surface and therefore cannot be considered intrusive. The other alkali olivinbasalt in serie 5 shows incipient gravitative differentiation effects but witho ut significant textural variations. On the other hand there is amigdaloidal texture on its top suggesting also an extrusive nature. / An einer 450m tiefen Bohrung im vulkanischen Komplex Vogelsberg, Bundesrepublik Deutschland, wurde von mehreren Autoren eine Wech-selfolge von Alkali-Olivinbasalten und Tholeiiten beschrieben. Die Abfolge der Basalte in der Bohrung besteht aus 7 Serien mit einer Gesamtmãchtigkeit von 293m. Nach radiometrischen Altersbe-stimmungen wurden davon 2 Alkali-Olivinbasalteinheiten als intru siv gedeutet. Eine dieser Einheiten, die Serie 3, weist jedoch Verwitterungserscheinungen am Hangenden auf. In der vorliegenden Arbeit wurden Haupt- und Spurenelemente(Ni, Co, Cu, Zn, Li und Be) chemisch analysiert und die mineralogische Zusammensetzung optisch und rfttgenographisch bestimmt mit dem Ziel, mõgliche Verwitterungshorizonte zu charakterisieren und von primãren Differenziationseffekten in " intrusiven Einheiten " zu unterscheiden. Die Vergesellschaftung von Haematit, Montmorillonit und Quarz-Gerõllen in den verwitterten Horizonten zusammen mit einer Zu-nhame von Ni, Co, Cu, H2O und Fe2O3 und einer entsprechenden Abnahme von Li, Be, FeO, MgO und CaO von Liegenden bis zum Hangen den in der Serie 3 zeigt, dass diese Einheit Verwitterungsein - flüssen an der Erdoberflãche ausgesetzt war und deshalb nicht als intrusiv gedeutet werden kann. Die andere Einheit in Serie 5 zeigt beginnende Gravitationserscheinungen jedoch ohne bedeutsame granulometrische Variationen. Sie weist andererseits Mandei struktur am Hangenden auf, welches eine Deutung ais ebenfalls extrusiv nahe legt.
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Mineralogia e petrologia do complexo ultramáfico e alcalino de Santa Fé - GOSOUSA, Ana Maria Soares de January 1978 (has links)
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Previous issue date: 1978 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O corpo de Santa Fé é um complexo ultramáfico e alcalino que guarda várias semelhanças com os complexos concêntricos alaskianos. Seu "emplacement" deu-se no Cretácio Superior, em terrenos granito-gnássicos do Complexo Basal Goiano (Almeida, 1967). Tem forma ovalada com cerca de 60 Km2 de área e eixo maior orientado na direção NS. Situa-se no sudoeste do estado de Goiás - Brasil, a 15°14' de latitude S e 51º16' de longitude W. Possui uma estrutura zonada com núcleo dunítico aureolado por faixas irregulares e descontinuas de peridotitos e piroxenitos, com missouritos e malignitos associados. Ocorrem ainda associados: leucita peridotitos e piroxenitos, mica peridotitos, lamprófiros, fonólitos e essexitos. Os dunitos perfazem quase 3/4 da área total de afloramento do complexo. Foram definidas 3(três) associações petrográficas, a saber: associação de rochas ultramáficas normais - constituída por dunitos, peridotitos e piroxenitos; associação de rochas ultramáficas alcalinas: constituída por missouritos, leucita peridoti tos e piroxenitos; e associação de rochas máficas feldspatoidais - constituída por malignitos e essexitos. Do ponto de vista mineralógico o complexo é caracterizado pela presença de minerais deficientes em silica: olivina, leucita e nefelina; pela associação olivina - clinopiroxênio e pela ausência de ortopiroxênio. Olivina e clinopiroxênic ocorrem, quase sempre, como cristais quimicamente homogêneos, exibem porém, variações composicionais de uma rocha para outra. A olivina passa de Fo88.2 em dunitos, para Fo80.5 em clinopiroxenitos. O clinopiro xênio mostra variações composicionais num campo restrito que engloba os limites diopsidio/salita. Cristais inomogêneos, zonados, o correm apenas em rochas alcalinas, onde foram registradas variações de Fo80.1 para Fo66.81 na olivina e de Na40.56 para Na23.59 no plagioclãsio. Foram caracterizadas texturas de "cumulus" e processos de diferenciação fracionada. Diagramas de variação mostram um "trend" para as rochas ultramáficas normais e outro para aqueles de afinidade alcalina. O complexo de Santa Fé é comparável àqueles do Grupo Iporé (Goiás), ao de Emigrant Gap (Califórnia) e ao de Union Bay (Alaska). A ausência de gabros a dois piróxénios e a associação de rochas alcalinas distinguem-no dos complexos concéntricos de Jackson e Thayer (1972). Concluiu-se por um magma original de natureza ultra máfica, submetido a "emplacement", cristalização e, diferenciação fracionada. Contaminações locais durante o processo de ascensão podem ter sido responsáveis pela geração de fusões parciais, potássinas.
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Estudo sedimentológico dos sedimentos Barreiras, Ipixuna e Itapecuru no nordeste do Pará e noroeste do MaranhãoGÓES, Ana Maria 24 June 1981 (has links)
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Previous issue date: 1981-06-24 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos / Este trabalho apresenta as características sedimentológicas das unidades sedimentares Itapecuru, Ipixuna e Barreiras aflorantes em grande parte no nordeste do Estado do Pará, bem como no noroeste (Maracaçumé - Turiaçu - Santa Inês) e sudoeste (Serra do Tiracambu. Açailândia) do Estado do Maranhão. Os sedimentos Barreiras subdividem-se em fácies Conglomerática. Argilo-Arenosa e Arenosa. Suas principais características são: má a moderada seleção de areias e seixos; altos teores de matriz; seixos quartzosos disseminados; presença pouco expressiva de estratificação. concreções e arenitos ferruginosos. O material foi depositado em ambiente subáreo a partir de fluxos gravitacionais de lama e areia e restritamente, em ambiente lacustre, durante um clima com tendência a semi-aridez. As principais áreas fonte são provavelmente os xistos da Formação Santa Luzia (Pré- Cambriano) e sedimentos preexistentes. Os sedimentos Itapecuru, dos quais apenas a parte noroeste de sua distribuição foi estudada, constituem-se por arenitos médios, localmente conglomeráticos, ricos em estratificação cruzada tangencial, acanalada e restritamente siltitos. Representam sedimentação típica de ambiente fluvial em clima, provavelmente, com tendência a semi-aridez. As áreas-fonte são predominantemente graníticas, secundariamente rochas metamórficas (xistos) e sedimentos preexistentes. Os sedimentos Ipixuna caracterizam-se por sua granulação arenosa fina, ausência de seixos, boa seleção das areias, matriz caulínica, bancos de caulim e abundância de estratificação cruzada tangencial. Subdividem-se em litologia A, formada por arenitos finos a médios caulínicos com estratificação cruzada e subordinadamente siltitos; litologia B, composta por intercalações ritmicas exibindo arenitos finos e argilitos e por bancos de caulim. Estas características indicam maior afinidade litológica entre as unidades Itapecuru e Ipixuna, principalmente de sua litologia A, do que com o Grupo Barreiras. Os sedimentos Ipixuna foram depositados em ambiente flúvio-lacustre, sendo os canais fluviais do tipo meandrante. A assembléia de minerais acessórios é pobre sugerindo que na fase anterior (ou durante ?) à sedimentação Ipixuna o clima é úmido, corroborado também pela presença de espessas camadas de caulim. O processo de bauxitização de idade terciária inferior atingiu indistintamente Ipixuna e Itapecuru, não tendo sido constatado no Barreiras. / Barreiras, Itapecuru and Ipixuna are exposed in large regions of Pará and Maranhão State. The Barreiras sedimente are divided in conglomeratic, sandy clay and sandy lithofacies. Textural imaturity and abundant mud-s.upported clastics in particular, suggest depositions mainly by debris flows under semiarid conditions. The three lithofacies were probably derived from Precambrian schists of Santa Luzia Formation and preexisting sedimente. The Itapecuru sedimenta consist of crossbedded sandstones, locally with minor conglomerates and mudstones, deposited in fluvial environment, probably tending to a semiarid conditions. The Ipixuna facies consiste of crossbedded kaolinitic sandstones, minor mudstones (lithology A) and laminated mudstonefine sandstone units including thick kaoline layers (lithology B). The fine sandstones are texturally and mineralogically mature. Lacustrine-fluvial origin is proposed for Ipixuna facies. The impoverished heavy-mineral assemblage and thick kaoline-layers suggest humid hot climate that probably prevailed before (during?) the Ipixuna sedimentation. Textural and structural characteristics of the sedimente studied show that there is a olear difference between Barreiras Group and Ipixuna facies and that the latter is correlated with the Itapecuru Formation. Bauxitization of lower Tertiary age affected only the Ipixuna and Itapecuru sedimentary rocks.
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Síntese e caracterização do material hidrotalcita-hidroxiapatita e sua aplicação na reação de transesterificação do óleo de sojaPEREIRA, Patricia Magalhães 28 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-28 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O desenvolvimento de novos materiais com propriedades distintas (ácido-base, compósitos, híbridos, entre outros) aliado em um único produto podem apresentar um desempenho relevante quanto à aplicação em processos de catálise. A hidrotalcita caracterizada por possuir alta área superficial e caráter básico, e a hidroxiapatita por possuir capacidade de troca iônica e caráter anfótero, podem ser sintetizadas como único material com potencial catalítico para a reação de transesterificação do óleo de soja, esta coexistência de fases em um único material representa uma nova forma de síntese com a vantagem de utilizar uma rota eficiente, de baixo custo e com diminuição no processo energético. Neste contexto, o objetivo geral deste trabalho é a síntese do material HT-HAp utilizando o método de co-precipitação e homogeneização em banho ultrassônico (2h/40°C), pH =10, envelhecimento (24h), filtragem e secagem (24h/80°C). Os materiais foram sintetizados variando a razão molar Mg/Al = 3, 1 e 0,33 e mantendo a razão Ca/P = 1,67. Para efeito de comparação foram sintetizados os materiais HT e HAp e calcinado o material com razão Mg/Al = 3 à temperaturas de 500 °C e 900 °C. Os ensaios catalíticos foram realizados nas seguintes condições reacionais: Tempo (4h), Temperatura (180°C), razão óleo: álcool (1:12) e 2,5% p/p do material. A caracterização físico química foi realizada por diferentes técnicas analíticas: Difração de Raios X (DRX), Espectroscopia na Região do Infravermelho (FTIR), Microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise química por EDS, Análise Térmica (TGA/DTA), Análise Superficial (BEHT/BHJ). A atividade catalítica foi analisa pela aplicação dos testes de Hammett (Qualitativa e Quantitativo) e Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio (RMN 1H). O espectro de DRX apresentou os planos basais típicos da fase HT (003) (006) (009) (110) (113) e da fase HAp (002) (211) (300) (202) (213) (222), na razão Mg/Al = 1 e 0,33 houve o aparecimento da manasseita, polítipo da hidrotalcita. Os parâmetros de rede e o Volume da cela unitária calculados foram característicos das fases identificadas. A HT e Hap apresentaram morfologia lamelar e granular, e nos materiais HTHAp há presença de ambas as formas. As fases HT e HAp presentes nos materiais HTHAp apresentaram razões catiônicas de Mg/Al ~ 2 e Ca/P ~ 1,5, respectivamente. O espectro FTIR registrou as bandas características da HT e da HAp (OH-, CO3 2-, PO4 3- e a H2O). Os materiais apresentaram eventos de perda de massa endotérmico, com aparecimento de picos exotérmicos no material 0,33HTHAp, foram registados os eventos de desidratação, desidroxilação e descarbonatação. Os materiais apresentaram caráter básico na faixa de pKBH entre 6,8 e 9,8. Todos os materiais apresentaram a conversão do óleo de soja em mono ésteres (biodiesel) e no material 1HTHAp foi registrada a melhor taxa de conversão (70%). / The development of new materials with different properties (acid-base, composites, hybrids, among others) allied in a single product can present a relevant performance regarding the application in catalysis processes. The hydrotalcite characterized by high surface area and basic character, and hydroxyapatite because of its ion exchange capacity and amphoteric character, can be synthesized as the only material with catalytic potential for the transesterification reaction of soybean oil. This coexistence of phases in a Single material represents a new form of synthesis with the advantage of using an efficient route, low cost and with a decrease in the energy process. In this context, the general objective of this work is the synthesis of the HT-HAp material using the co-precipitation and homogenization method in ultrasonic bath (2h / 40 ° C), pH = 10, aging (24h), filtration and drying (24h/80 ° C). These materials were synthesized varying the molar ratio Mg / Al = 3, 1 and 0.33 and maintaining the Ca / P = 1.67 ratio. For comparison purposes the HT and HAp materials were synthesized and the material with a Mg / Al = 3 ratio was calcined at temperatures of 500 ° C and 900 ° C. The catalytic tests were performed under the following reaction conditions: Time (4h), Temperature (180 ° C), oil: alcohol ratio (1:12) and 2.5 % w/w material. The chemical physical characterization was performed by different analytical techniques: X-ray diffraction (XRD), Infrared Region Spectroscopy (FTIR), Scanning Electron Microscopy (SEM), EDS chemical analysis, Thermal Analysis (TGA / DTA) and Superficial Analyses (BEHT / BHJ). The catalytic activity was analyzed by the Hammett (Qualitative and Quantitative) and Hydrogen Nuclear Magnetic Resonance (1H NMR) tests. The XRD spectrum showed the typical basal planes of the HT phase (003), (009), (110) and (113) of the phase HAp (002) (211) (300), (202), (213), (222), in the Mg / Al = 1 ratio and 0.33, there was the appearance of the manasseite, a hydrotalcite politype. The cell parameters and unit cell volume calculated were characteristic of the identified phases. The HT and HAp presented lamellar and granular morphology, and in the HTHAp materials, there is presence of both forms. The HT and HAp phases present in HTHAp materials presented cationic ratios of Mg / Al = 2 and Ca / P ~ 1.5, respectively. The FTIR spectrum recorded the characteristic bands of HT and HAp (OH-, CO3 2-, PO4 3- and H2O). The materials presented events of loss of endothermic mass, with appearance of peaks exotherm in the 0.33HTHAp material, dehydration, dehydroxylation and decarbonation events attributed. The materials presented a basic character in the pKBH range between 6.8 and 9.8. All materials showed the conversion of soybean oil into monoesters (biodiesel) and in the 1HTHAp material the best conversion rate (70%) was recorded.
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Mineralizações de caráter gemológico (opala, ametista, quartzo tricolor, quartzo rutilado e com clorita) da região de São Geraldo do Araguaia (PA) - Xambioá (TO): caracterização e gêneseCOLLYER, Taylor Araújo 16 June 1999 (has links)
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Previous issue date: 1999-06-16 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Na área de Xambioá - São Geraldo do Araguaia, situada na porção setentrional do Cinturão Araguaia, ocorrem veios com opala, com ametista, com quartzo tricolor, com quartzo rutilado e com clorita, de caráter pegmatítico e hidrotermal, que pelo seu interesse gemológico foram investigados em detalhe. O veio com opala, de maior relevância, encontra-se alojado nas rochas metassedimentares da Formação Xambioá e apresenta um zoneamento bem definido e uma textura brechóide. As zonas de borda são constituídas por quartzo leitoso, enquanto que as partes internas compõem-se de ônix e opala jaspe (C-T) cortado por vênulas de opala C-T e opala A. No quartzo da borda foram identificados fluidos dos sistemas H2O-CO2- NaCl e H2O-KCl-NaCl, de alta salinidade ( equivalente a >26% em peso de NaCl), enquanto que na zona intermediária foram encontrados fluidos do sistema H2O-FeCl2-NaCl, de baixa salinidade ( equivalente a 0,88 a 3,71% em peso de NaCl). Foram determinadas Th de 232 a 310° C no quartzo da borda, e de 110 a 145 ° C no quartzo da zona intermediária. Estes dados sugerem, para o quartzo da borda e da zona intermediária, uma origem relacionada ao metamorfismo regional e/ ou magnetismo do Ciclo Brasiliano, com uma contribuição crescente com o tempo, de águas meteóricas. O ônix e a opala C-T teriam sido originados de hidrotermalismo mais tardio, apresentando forte participação de fluidos meteóricos e possivelmente decorrentes da reativação de antigas fraturas durante o Paleozóico e/ou Mesozóico. Uma origem supergenica recente parece ser a mais provável para a opala A. O veio com ametista encontra-se alojado no corpo granitóide da Serra da Ametista, possui caráter pegmatóide e é constituído por quartzo, ametista, microclina, oligoclásio, muscovita e biotita. Fluidos do sistema H2O-KCl-NaCl são encontrados no quartzo do veio e na ametista. No quartzo veio esses fluidos têm salinidade equivalente a 18 e 20,75%, e na ametista entre 12,73 e 18,22% em peso de NaCl. A Th situa-se entre 190 e 248,5 ° C no quartzo e entre 155 e 200° C na ametista. Esses fluidos devem ter origem magmática e estar relacionados com a fase tardia de resfriamento do corpo granitóide da Serra da Ametista. As idades Rb-Sr determinadas em pares de minerais (muscovita-microclina e muscovita-oligoclásio) variam entre 390 e 430 Ma., sendo mais jovens que a provável idade Brasiliana de formação deste veio, o que sugere a reabertura parcial do sistema Rb-Sr na ocasião de reativações tectônicas posteriores. O quartzo tricolor ocorre na forma de cristais zonados, localizados nas porções mais internas de veios de quartzo alojados em metarcósios e metarenitos da Formação Pequizeiro. A presença de rutilo vermelho, pirita e melanterita confere à extremidade dos cristais uma coloração vermelha clara a marrom amarelada. Na porção basal, a bicoloração lilás-amarela é dada pela presença de traços de ferro, alumínio, potássio e sódio. Na zona de borda do veio, o quartzo contém fluidos do sistema H2O-CaCl2-NaCl, de salinidade elevada ( equivalente a 20,60 a> 23,18% em peso de NaCl) e Th entre 488 e 492° C. No quartzo tricolor foram identificados fluidos dos sistemas H2O-CaCl2-NaCl e H2O-Fe Cl2-NaCl, na porção basal, e H2O-FeCl2-NaCl,na extremidade dos cristais. A salinidade dos fluidos da porção intermediaria dos cristais, a salinidade varia entre 11,34 e 12,39% equivalente em peso de NaCl enquanto Th encontra-se entre 272 e 305° C. Nas extremidades dos cristais, observou-se uma diminuição da salinidade (equivalente a 8,65 a 10,10% em peso de NaCl) acompanhada por uma diminuição da Th, que na porção basal é maior que 485°C e nas porções superiores dos cristais varia entre 267 e 299,5° C. As pressões mínimas de aprisionamento dos fluidos,no quartzo tricolor, situam-se em geral entre 400 e 600 bars. O estudo por MEV do quartzo tricolor mostrou a presença de inclusões de teorita e de mercúrio metálico na porção basal; de pirita, cinábrio e zircão na porção intermediaria; e de pirita, melanterita, anidrita e barita na extremidade dos cristais. A gênese desses veios estaria relacionada à evolução do magnetismo regional, não se descartando uma participação da fase final do metamorfismo, além de uma contribuição de águas meteóricas, sobretudo na formação das porções superiores dos cristais de quartzo tricolor. Os veios com quartzo rutilado e com clorita encontra-se alojados nos micaxistos e quartzitos do Grupo Estrondo. São constituídos por quartzo hialino, rutilo, clorita, hematita especular e magnetita. Fluidos do sistema H2O-KCl-NaCl forma identificados tanto no quartzo das zonas de borda, como no quartzo rutilado e com clorita das partes mais internas dos veios. A salinidade dos fluidos é elevada nas zonas de borda ( equivalente a 18,80 a 23,18% em peso de NaCl) e baixa na zona interna ( equivalente a 4,34 a 5,26% em peso de NaCl) enquanto que Th situa-se entre 293 e 345°C e entre 136,5 e 198,9°C, respectivamente. Acredita-se que os fluidos que geraram as zonas de borda tinham origem magmática e/ou metamórfica. No entanto, uma expressiva contribuição meteórica é admitida na formação das porções mais internas dos veios. Os dados obtidos sugerem que a formação dos sistemas de veios estudados resultou principalmente de movimentos distensivos e do hidrotermalismo que marcaram a fase final da estruturação do Cinturão Araguaia e sucederam ao metamorfismo regional e à conseqüente granitogênese. Independentemente da natureza do sistema aquoso, os fluidos geradores do quartzo de origem magmática e /ou metamórfica profunda apresentam, de inicio, uma alta salinidade e uma temperatura média a elevada. Seguiu-se uma forte diminuição da salinidade e da temperatura ( abaixo de 200° C), devido, provavelmente, a uma participação crescente de águas meteóricas. Posteriormente, fases de reativação tectônica no Paleozóico e/ou Mesozóico forma responsáveis pela mobilização e injeção de soluções ricas em sílica geradas em profundidade e pela precipitação da sílica na forma de ônix, de opala jaspe e de opala C-T. Mais recentemente a opala de tipo A se formou em condições supergênicas. / In the Xambioá-São Geraldo do Araguaia region, located in the northern segment of the Araguaia belt, pegmatitic and hydrothermal quartz veins with opal, amethyst, three colored quartz, and with rutile and chlorite occur. The genesis of these veins has been investigated due to their gemmological interest. The most important opal — bearing quartz vein is hosted by metasedimentary rocks of the Xambioá Formation, and presents a rough zoning in addition to a brecciated texture. The outer zone of the vein consists of milky quartz, while the inner zone is composed of onyx, jasper opal (C-T) cut by small veins of C-T opa! and A opal. High salinity fluids of H2O-0O2-NaCl and H20-KCl-NaCl systems (> 26 wt% of NaCl equiv.) have been found in the outer zone quartz, while in the intermediate zone low salinity fluids of the system H20-FeCl2-NaCl (0,88 to 3,71 wt% o NaCl equiv.) were observed. Th ranges from 232 to 310°C and from 110 to 145°C for the quartz of the outer and intermediate portions, respectively. These data, along with the opal metastability suggest that the quartz of the outer zone may be related to the regional metamorphism of Brasiliano age that affected the Araguaia belt. They also suggest a contribution of meteoric water to the formation to both the jasper opal and the C-T opal, as well as a supergenic origin to the A opal. The inner portions of these veins may have been formed by the reactivation of older fractures during the Paleozoic and/or Mesozoic. The vein with amethyst in emplaced into the granitoid body of Serra da Ametista. It is pegmatitic in nature and is composed of quartz, amethyst, microcline, oligoclase, muscovite, and biotite. Fluids of the system F120- KC1-NaCl are found in both quartz and amethyst. In quartz, the salinity of these fluids ranges from 18,95 to 20,75 wt°/.9 of NaCl equiv., and in amethyst from 12,73 to 18,00 wt% NaCl equiv. Th ranges from 190 to 248,5°C in quartz, and from 155 to 200°C in amethyst. These fluids might have had a magmatic origin and be related to the late cooling phase of the Serra da Ametista granitic body. Rb-Sr ages in pairs of minerais (muscovite-microchne and muscovite-oligoclase) range between 390 and 430 Ma. These ages are younger than the probable Brasiliano age of the vein and suggest a partial resetting of the Rb-Sr system due to subsequent tectonic reactivations. The three colored quartz occurs as zoned crystals in the inner parts of quartz veins emplaced into metarkoses and metasandstones of the Pequizeiro Formation. Inclusivas ofred rutile,pyrite and melanterite in the upper parts of the quartz crystals give them the light red to yellowish brown color. In the lower portion, the purple-yellow dual coloration is given by the presence of iron, aluminum, potassium and sodium. In the outer portion of the studied veie, the quartz presents high salinity fluids of the system H20-CaC12-NaCl (20,60 to higher than 23,18 wt°/0 of NaCl), and Th ranging from 488 to 492°C. Fluids of the systems H20- CaC12-NaCl and H20-FeC12-NaCl were identified in the lower portion of the three colored quartz crystals, and of the system H20-FeCl2-NaCl in the upper portions. The salinity of the fluids in the lower portions ranges from 13,83 to 17,34 and from 17,96 to higher than 23,18 wt% of NaCl, respectively. In the upper portions of the crystals, the salinity decreases. Th, which is higher than 485°C in the lower portions decreases to values between 272 and 305°C in the upper portions. A MEV study in the three colored quartz showed inclusions of thorite, metallic mercury in the basal portion; pyrite, cinnabar, and zircon in the intermediate portion; and pyrite, melanterite, anhydrite, and barite in the upper portion. The origin of these veins may be related to the regional magmatism in the Araguaia belt, but a possible influence of the final phases of the regional metamorphism cannot be ruled out. Contribution of meteoric water, mainly to the upper portions of the three colored quartz crystals, has also to be considered.
The quartz veins with rutile and chlorite are hosted by the mica schists and quartzite of the Estrondo Group. They are composed by hyaline quartz crystals, rutile, chlorite, specular hematite, and magnetite. Fluids of the system H20-1CCI-NaCl, were identified in the quartz of the outer parts of the veie, as well as in the quartz with rutile and chlorite of the inner parts. However, the salinity of these fluids is higher in the quartz of the outer parts (18.80 to higher than 23.18 wt% of NaCl) than in the quartz with rutile and chlorite (4.34 a 5.26 wt% of NaCl). Th ranges from 293 to 345°C in the quartz of the outer zone, and from 136.54 to 198.9°C in the quartz with rutile and chlorite. The outer parts of the veie were possibly generated by fluids of magmatic and/or metamorphic origin. However, a considerai* contribution of meteoric waters is considered for the formation of the inner parts of the veins. The data suggest that the quartz veins systems are related to extensional tectonic and to hydrothermal events which took place in the late stages of structural development of the Araguaia belt, following the regional metamorphism and the consequent granitogenesis. In spite of the nature of the aqueous system, the magmatic and/or deep metamorphic fluids that generated the quartz veias show, initially, high salinity and medium to high temperature. Probably due to the increasing contribution of meteoric waters, both the salinity and temperatures (lower than 200° C) decreased. Later, tectonic reactivations during the Paleozoic and/or Mesozoic were responsible for migration and injection of silica bearing solutions, generated at depth, and by precipitation of silica as onix, jasper opal and opal C-T. More recently, opal A was formed in supergenic conditions.
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Estratigrafia e tectônica da Faixa Paraguai Norte: implicações evolutivas neoproterozóicas no Sudeste do Cráton AmazônicoSANTOS, Iara Maria dos 11 November 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-11-11 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Faixa Paraguai Norte, localizada a SE do Cráton Amazônico foi estabelecida durante os
estágios finais do Ciclo Brasiliano (940-620 Ma.) marcado por colisões entre os crátons
Amazônico, São Francisco e Rio de La Plata para compor o Supercontinente Gondwana
Oeste. Este segmento tectônico é formado por rochas metassedimentares do Grupo Cuiabá
(720 Ma.), provenientes de bacias marinhas profundas em margens passivas no contexto
extensional da fragmentação do Supercontinente Rodínia (1,0 Ga.). Estas bacias foram
afetadas por inversão tectônica, devido aos esforços advindos da Orogenia Brasiliana,
promovendo metamorfismo regional e deformação cujo nível crustal dúctil está hoje
aflorante. Subsequentemente, este orógeno foi soerguido, exposto à erosão e submetido a
eventos extensionais, embasando bacias intracratônicas que compreende as rochas
sedimentares da Formação Puga (635 Ma.), Grupo Araras (627±32), Formação Raizama
(645±15 Ma.) e Formação Diamantino (541±7 Ma.) de ambiente plataformal moderadamente profundo a raso, com influência de tempestades, ambiente transicional com influência de sedimentares são relacionadas a eventos de reativações transtensivas de estruturas antigas, e
estão relacionadas à geração de dobras de arrasto e grábens pós-paleozóicos afetando as
bacias sedimentares dos Parecis e do Paraná. Veios de quartzo tardios ocorrem encaixados
somente em rochas do Grupo Cuiabá. Os dados apresentados indicam que as rochas da Faixa
Paraguai Norte foram afetadas por no mínimo dois episódios tectônicos: o primeiro
relacionado ao estabelecimento do Orógeno Brasiliano composto somente por rochas do
Grupo Cuiabá metamorfizadas e deformadas; e o segundo ligado a reativações transtensivas,
responsáveis pelo estabelecimento de bacias sedimentares fanerozóicas e deformação rúptil
por dobras e falhas normais nas rochas sedimentares da Formação Puga, Grupo Araras,
Formação Raizama e Formação Diamantino. / The Northern Paraguay Belt, located at Southeast of Amazonian Craton, was established
during the final stages of Brasiliano Cycle (940-620 My.) marked by the collisions among
Amazonian, San Francisco and Rio de La Plata cratons to assembly the Gondwana West
Supercontinent. The Northern Paraguay Belt consists mainly of metasedimentary rocks of the
Cuiabá Group (720 My.), assigned to passive margins basins in an extensional context during
the break-up of Supercontinent Rodinia (1.0 Gy.). These basins were affected by tectonic
inversion by Brasiliano Orogeny, causing regional metamorphism and ductile crustal level
deformation. Subsequently, the orogen had been uplifted, exposed to erosion and subjected to
extensional episodes, developing intracratonic basin where sedimentary rocks of the Puga
Formation (635 My.), Araras Group (627 ± 32 My.), Raizama Formation (645 ± 15 My.) and
Diamantino Formation (541 ± 7 Ma.) were unconformably deposited in moderately deep to
shallow storm influenced plataformal environment, tidal affected transitional environment
and, lacustrine deltaic environment, respectively. These rocks are classically assigned to a
Foreland Basin, however, ancient suture zones usually exposes the orogen roots, and these
basins are currently not well preserved. These intracratonic or plataformal basin sedimentary
rocks show considerable thicknesses and outcrop in Northeast-Southwest aligned trending
mountain ranges. The São Vicente Granite (518 My.) and the Tapirapuã Formation basalts
(197 My.) occur as intrusive rocks in the studied area along the Northern Paraguay Belt. The
geological contacts between the metasedimentary rocks of the Cuiabá Group with
sedimentary rocks of Puga Formation, Araras Group and Alto Paraguay Group, is interpreted
as non-conformity. The Cuiabá Group rocks (720 My.) are mainly composed by quartz,
plagioclase, muscovite, biotite and phengite and correspondent to greenschist facies affecting
a low grade pelitic protolith. These rocks were deformed by ductile shear zone trending
Northeast-Southwest, with strain partitioning, described as Transpressional Structural Domain
D1, which was divided into two deformation facies: (1) D1-A and (2) D1-B. (1) The D1-A
features a fine continuous foliation and stretching mineral lineation, with a rake of 40º,
moderately inclined to recumbent, “S” type asymmetrical flexural folds; ductile-brittle thrustfaults
and late strike-slip dextral ductile-brittle shear bands; (2) The D1-B is marked by a
mylonitic foliation, with its stretching mineral lineation, with a 15º rake. These deformational
facies comprises a mainly transpressional sinistral flow mostly dominated by simple shear and
influenced by the strain partitioning. All structures indicate tectonic vergence from Northwest
toward Southeast, as a result of the collisional setting of the Brasiliano Orogeny (620 Ma.). The sedimentary rocks were deformed under brittle crustal level conditions. Consequently
they show inclined to subvertical, asymmetric "Z" type drag folds indicating dextral
movement, besides normal faults and cataclastic foliation. The drag folds in the sedimentary
rocks indicate tectonic vergence toward both Southeast and Southwest, therefore they were
not generated under directed tectonic effort. Normal faults which deform sedimentary rocks
are related to later transtensional reactivation episodes of ancient structures forming drag
folds and Post-Paleozoic grabens affecting both the Parecis and Parana sedimentary basins.
Late quartz veins occur emplaced only in the Cuiabá Group rocks. In conclusion, the Northern
Paraguay Belt rocks were affected for at least two main tectonic episodes: (1) The Brasiliano
Orogeny, only represented by Cuiabá Group rocks which show metamorphism and ductile
deformation; (2) and transtensional reactivation that had been responsible for the
establishment of the sedimentary basins followed by brittle deformation of Puga Formation,
Araras Group, Raizama and Diamantino Formation.
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Arenito zeolítico com propriedades pozolânicas adicionadas ao cimento PortlandPICANÇO, Marcelo de Souza 29 August 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-08-29 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O uso adequado de pozolanas possibilita a produção de cimentos especiais, de menor custo
de fabricação e de maior durabilidade que os correspondentes sem adição. O emprego dessas
adições minerais possibilita ganhos significativos em termos de produtividade e uma extensão
da vida útil dos equipamentos de produção e da própria jazida de calcário, também ajudando
na diminuição de CO2 lançados na atmosfera. As zeólitas têm sido utilizadas como material
pozolânico em misturas com “terras vulcânicas” e água, nas construções, desde o tempo do
antigo Império Romano. Nos dias atuais, existem poucos trabalhos na literatura científica
envolvendo reatividade pozolânica de zeólitas naturais na incorporação das mesmas na
composição do Cimento Portland. Na Região nordeste do Brasil é conhecida a ocorrência de
zeolitas sedimentares relacionadas a arenitos da Formação Corda (Bacia do Parnaíba),
descoberta nos anos 2000, pelo Serviço Geológico do Brasil. Estes arenitos são constituídos
principalmente por quartzo, zeolitas (estilbita) e argilominerais (esmectita). Vale ressaltar que,
apesar de terem sido bem investigadas do ponto de vista geológico, ainda não há perspectivas
de exploração desses depósitos, e nem aplicações industriais definidas. O objetivo principal
desse trabalho consiste em avançar na compreensão dos fatores que governam a qualidade e o
desempenho dos Cimentos Portland aditivados com este arenito zeolítico. Para isto a estrutura
do trabalho foi dividida em três etapas principais, relacionadas a três objetivos específicos, de
modo que os resultados sejam apresentados na forma de três artigos científicos, descritos a
seguir: - Avaliação da atividade pozolânica de zeolita natural presente no arenito, para ser
empregada como adição mineral em cimentos Portland. - Determinar qual a fração
granulométrica que proporciona a maior concentração de zeolita e esmectita e a temperatura
de calcinação que acarreta a maior atividade pozolânica. - Estabelecimento da melhor
proporção de arenito zeolítico ativado termicamente para ser incorporada como adição
mineral em cimentos Portland. Em todas as etapas, diferentes técnicas instrumentais foram
utilizadas para a caracterização química e mineralógica dos materiais de partida e produtos
derivados (argamassas com cal + arenito, argamassas com cimento Portland + arenito, pastas
de cimento Portland + arenito), como: a espectroscopia de fluorescência de raios-x,
difratometria de raios-x, análise termogravimétrica e termodiferencial, e microscopia
eletrônica de varredura. Para avaliação das propriedades físicas foram realizadas a
calorimetria de condução e os ensaios mecânicos de resistência à compressão simples em
argamassas de cimento Porltand. No programa experimental da primeira etapa, o arenito
zeolítico passou por beneficiamento através da remoção, por peneiramento, do quartzo e outros minerais inertes, de modo a concentrar a zeólita estilbita e com isto verificar as
propriedades pozolânicas deste mineral. Na segunda etapa, após caracterização das amostras
do primeiro, empregou-se o arenito zeolítico passante nas peneiras 200# e 325# e calcinados
às temperaturas de 150ºC, 300ºC e 500ºC. Finalmente, na terceira etapa, utilizou-se o arenito
zeolítico passante na peneira 200# e calcinado à temperatura de 500ºC misturados em
proporções diferenciadas (10, 20 e 30%) nas argamassas. Os resultados da primeira etapa, que
culminaram no primeiro artigo, mostraram que o arenito zeolítico acelerou a hidratação do
cimento Portland devido à extrema finura do material. O arenito apresentou atividade
pozolânica, sendo a estilbita responsável por este comportamento. Entretanto, a reatividade
foi ligeiramente inferior ao mínimo exigido para ser empregado em escala industrial como
pozolana. Estudos complementares foram necessários para averiguar se o tratamento térmico
entre 300oC e 400o C poderiam aumentar a atividade pozolânica do arenito devido a destruição
da estrutura cristalina tanto da estilbita quanto da esmectita presente no arenito. Para a
segunda etapa, os resultados da amostra peneirada em 200# foi a mais adequada porque
apresentou elevada concentração de estilbita e um percentual maior de material passante em
comparação a amostra da peneira 325#, 15% contra 2%. A temperatura de calcinação de
500ºC foi a que proporcionou a maior atividade pozolânica em razão da destruição mais
efetiva da estrutura cristalina, tanto da estilbita como da esmectita. As temperaturas mais
moderadas com 150ºC e 300ºC não foram suficientes. As argamassas com o arenito passante
na peneira 200# e calcinado a 500ºC alcançaram os valores limites mínimos exigidos para que
um material seja considerado pozolânico, no caso, 6 MPa para argamassas de cal hidratada e
75% para o índice de atividade pozolânica (IAP). Os resultados da terceira etapa mostraram
que, o arenito zeolítico AZ2-3 com a proporção de 10% incorporado no Cimento Portland do
tipo CPI-S, apresentou melhor resultado de resistência à compressão simples e propriedades
mineralógicas adequadas entre as amostras analisadas para a provável produção de um
cimento comercial do tipo CPII-Z. De um modo geral, conclui-se que o arenito zeolítico da
Região nordeste do Brasil possui potencial na viabilização de produção de um cimento CPIIZ,
que tem segundo norma ABNT – NBR 11578, de 6 a 14% de pozolana como adição
mineral no cimento Portland. Apesar da resistência da argamassa com 10% de AZ2-3 ter
ficado bem próximo a resistência da argamassa de referência com 100% de CPI-S, estudos
mais aprofundados de outras proporções de arenito adicionados no cimento deverão ser
realizados para verificação das propriedades exigidas por norma para sua eventual
comercialização. / The proper use of pozzolans enables the production of special cements with lower
manufacturing cost and higher durability in comparison with cements without mineral
additions. It also enables significant gains in productivity and extending equipments life in the
fabric, limestone reserves, and also helping in the reduction of CO2 release into the
atmosphere. Zeolites have been used as pozzolanic material in mixtures with Fuller’s Earth
and water in buildings from the ancient Roman Empire. Nowadays, there are many
discussions involving pozzolanic reactivity of natural zeolites in the incorporation of Portland
cement. In the Northeastern region of Brazil, sedimentary zeolites related to sandstones of the
Parnaiba Basin wer discovered by the Geological Survey of Brazil in the 2000s. These
sandstones are mainly composed by quartz, natural zeolites (estilbity) and clay (smectite).
Preliminary studies have pointed that this sandstone may be used as pozzolanic material in
Portland cements. The material must be previously sieved to remove quartz and thermally
activated, since stilbite is a zeolite with low pozzolanic activity. The main objective of this
work is to advance the understanding of the factors that govern the quality and performance of
Portland cement modified with this zeolitic sandstone. For this work the structure was divided
into three main stages, related to three specific objectives, so that the results are presented in
the form of three scientific papers, described as follow: - Evaluation of the natural pozzolanic
activity of the zeolitic sandstone to be used as mineral addition in the Portland cement. - The
determination of which particle size provides the highest zeolite and smectite concentration,
besides the calcination temperature that leads to a higer pozzolanic activity. - The establishing
of the best amount of thermally activated zeolitic sandstone to be incorporated as a mineral
addition in the Portland cement. During all phases, different instrumental techniques were
used for the chemical and mineralogical characterization of the starting materials and products
(sandstone + lime mortar, mortar with Portland cement + sandstone + Portland cement pastes
sandstone), including: spectroscopy x-ray fluorescence, x-ray diffraction, thermal analysis and
scanning electron microscopy. Heat-flow calorimetru assays were carried out to evaluate the
physical properties, besides mechanical testing of compressive strength of cement mortars
Porltand. In the first stage of the experimental program, the zeolitic sandstone was sieved into
different granulometric fractions in order to remove the inert phases (quartz and other
minerals), and concentrate the zeolite for further pozzolanic assays. In the second stage, after
the first characterization of the samples, we used the zeolitic sandstone that passed in the #
200 and # 325 sieves and calcined at temperatures of 150º C, 300° C and 500° C. Finally, in the third stage, # 200 fraction was calcined at 500 ° C and mixed in different proportions (10,
20 and 30%) in the mortar. The results of the first stage, which culminated in the first article
showed that the zeolitic sandstone accelerated the hydration of Portland cement due to the
extreme fineness of the material. The sandstone showed pozzolanic activity, and estilbite is
the main responsible for this behavior. However, the reactivity was slightly lower than the
minimum required to be employed as pozzolan on an industrial scale. Additional studies are
needed to ascertain if the thermal treatment between 400° C and 300o C could increase the
pozzolanic activity of the sandstone due to the destruction of the crystalline structure of both
estilbite and smectite. For the second stage, the results showed that the # 200 fraction was the
most suitable because of the higher estilbite concentration (15%) in comparison to the # 325
ssample (2%). The calcination temperature of 500º C has provided the highest pozzolanic
activity due to more effective destruction of the crystalline structure of both estilbite and
smectite. More moderate temperatures of 150° C and 300° C were not enough. Mortars with
the 200 # sample calcined at 500 ° C reached values smaller as those required for a material to
be considered as a pozzolane, in this case, 6 MPa for mortar of lime and 75% for the
pozzolanic activity index (IAP). The results showed from the third stage showed that the
AZ2-3 mixture (10% of zeolitic sandstone incorporated in Portland cement type CPI-S),
showed the best result of compressive strength and mineralogical properties of the samples
suitable for the production a commercial cement type CPII-Z. In general, one concludes that the zeolitic sandstone from northeastern Brazil has the potential feasibility of producing a
CPII-Z cement, whose pozolan contents ranges from 6 to 14% in the Portland cement,
according to the ABNT - NBR 11578. Although the strength of the mortar with 10% of AZ2-
3 has reached resistance values close to the reference mortar with 100% of CPI-S, further
studies should be carried out in order to find better proportion of sandstone and to meet the
requirements for future commercialization.
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A indústria mineral do estado do Pará: inserção no mercado mundial e repercussões regionaisENRÍQUEZ, Maria Amélia Rodrigues da Silva 05 February 1993 (has links)
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Previous issue date: 1993-02-05 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nos últimos vinte anos, a indústria mineral e o mercado mundial de bens minerais têm sofrido profundas alterações, com reflexos nas regiões produtoras voltadas para o mercado externo. o Estado do Pará se transformou, na última década, em uma importante região produtora, chegando a apresentar as características de uma economia mineira, pela elevada participação dos produtos minerais em sua pauta de exportações e pelo crescente peso do setor mineral na formação da renda regional, em termos de PIB e arrecadação tributária. Este trabalho analisa a inserção da indústria mineral do Pará no mercado mundial, seus impactos s6cio-econômico-ambientais, e a (in)adequação do modelo de desenvolvimento mineral adotado às necessidades regionais. / The world's mineral industry and market have undergone great changes in the last two decades, which have brought deep concems to the mineral exporting regions. The Pará State, in the northem part of Brazil, became an important mineral producer in the 80's with high leveI of participation of mineral commodities in its exportation and growing mineral reveneus, expressed in terms of GDP and fiscal taxo This work analyses the participation of Pará State's mineral exports in the world market; the related social, economic and environmental impact of the industry; and the (in)adeqacy of the industry to the fulfilment of regional expectation of development.
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Avaliação da exatidão cartográfica de dados SRTM e atualização da carta plani-altimétrica Salinópolis - NE do ParáMARTINS, Elainy do Socorro Farias 22 May 2009 (has links)
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Previous issue date: 2010 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Projeto PIATAM Mar / As informações topográficas existentes para o território brasileiro, na escala 1:100.000,
cobrem apenas 75,39% da área nacional, restando ainda imensos vazios cartográficos,
principalmente na região Amazônica. Essas informações eram oriundas de métodos de
restituição aerofotogramétricas, aplicados em fotos aéreas das décadas de 60 a 80.
Devido à grande complexidade dos métodos empregados e a outros problemas de
ordem técnico-financeira, grande parte das cartas plani-altimétricas está desatualizada,
fato que compromete a utilização das mesmas. Atualmente, as informações
topográficas são largamente extraídas a partir de modelos digitais de elevação, como
por exemplo, as imagens do Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). Neste
trabalho, o modelo de elevação do SRTM foi analisado com base no Padrão de
Exatidão Cartográfica (PEC) altimétrico, na atualização altimétrica da carta
Plani-altimétrica Salinópolis do ano de 1982. A análise do PEC altimétrico do SRTM
referente à região de Salinópolis, revelou que o mesmo pode ser utilizado na escala
1:50.000 classe C e escala 1:100.000 classe A. Já que as imagens SRTM são
compatíveis com a escala e classe da carta Salinópolis, utilizou-se a versão original do
SRTM (90 metros resolução espacial) para atualização altimétrica da carta Salinópolis e
imagens TM Landsat-5, como base planimétrica, seguindo os parâmetros adotados
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Com a atualização da carta
constatou-se várias diferenças, principalmente em relação à planimetria. A atualização
das cartas é de grande importância, principalmente em regiões costeiras, devido à
dinâmica e intensidade dos diferentes processos naturais e antrópicos atuantes, além
disso, esta metodologia pode servir de base para a atualização de outras cartas e até
mesmo a geração de novas cartas em locais de vazios cartográficos, resolvendo assim
a questão da falta de informação topográfica em determinadas escalas.
Palavras-chave: SRTM, atualização cartográfica, carta plani-altimétrica, Amazônia. / The Brazilian topography information, in 1:100.000 scale, covering only 75,39 % of the
country, leaving many empty mapping, especially in Amazon region. This information
was derived by aerophotogrammetric methods, applied in aerials photos of the 60 to 80
decades. Because the complexity of applied methods and others technician problems,
most of planialtimetric maps are outdated, which impossibility the use of them.
Nowadays, the topography information is largely derived from digital elevation models,
for example, imageries of Shuttle Radar Topography Mission (SRTM). In this paper, the
SRTM was analyzed based on altimetric Cartography Accuracy Standard (PEC), in the
update of Salinopolis map of 1982. The analysis of SRTM altimetry, on Salinópolis
region, showed that it can be used in class C scale 1:50,000 and Class A scale
1:100,000. Since the SRTM images are compatible with the scale and class of
Salinópolis map, was used the original version of the SRTM (90 meters spatial
resolution) to update altimetry and Landsat TM-5 imagries on planimetric base, following
Brazilian Institute of Geography and Statistics parameters. With the update was found
several differences, mainly in relation to planimetry. The update is very important,
especially in coastal regions due to the dynamics and intensity of the different natural
processes and man-made active, in addition, this methodology could be the basis for the
upgrade of other maps and generation of new maps without this in of information, thus
resolving the issue of lack of topographical information in certain ranges.
Keywords: SRTM, cartography update, topographic charts, Amazon.
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