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Indícios do traumático no romance De Amor e Trevas: um exercício de leitura / Traces of the traumatic in the novel A Tale of Love and Darkness a reading exercise

Raveli, Flávia Albergaria 12 April 2013 (has links)
Este trabalho é uma interpretação da obra de Amós Oz que parte da identificação de aspectos traumáticos desta narrativa. Esta consideração, por sua vez, decorreu da experiência de leitura. A discussão teórica baseada numa conceituação interdisciplinar do traumático e na noção de estranhamento como procedimento necessário à interpretação também derivou da leitura. Os procedimentos e conceitos utilizados funcionam como borda para as dissonâncias e alteridade da obra, aquilo que eu defino como indícios do traumático. A psicanálise comparece como um lugar de escuta dessas dissonâncias / This work is an interpretation of Amós Ozs novel and its starting point is the identification of traumatic aspects in this narrative. This consideration, in its turn, springs from the reading experience. The theoretical discussion based on an interdisciplinary conceptualization of the traumatic and on the notion of strangeness as a necessary procedure for the interpretation has also sprung from the reading. The procedures and concepts used here work as a border for the dissonances and alterity of the novel, for what I define as traces of the traumatic. Psychoanalysis is present as a hearing place for these dissonances
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The Concept of Ethnicity in Early Antiquity: Ethno-symbolic Identities in Ancient Greek, Biblical Hebrew, and Middle Babylonian Texts

Shelley, Nathanael Paul January 2016 (has links)
The dissertation investigates the concept of ethnicity and race in three related cultures from the ancient Eastern Mediterranean by analyzing key ethnological terms, in their original languages and contexts, in order to determine their similarity to and difference from a modern anthropological definition of ethnicity. It employs an ethno-symbolic approach to social identity in order to evaluate the similarity and difference of terms for so-called "ethnic groups" in Ancient Greek, Biblical Hebrew, and Middle Babylonian. The evaluation is carried out using a historical comparative approach, first in three individual case studies and then synthetically. The study attempts to provide a documentary foundation for the critical, theoretical use of ancient documents in social and identity research, and the results suggest that a named collective of people from the first millennium BCE or later could be an ethnic group in the modern sense of the term (an ethnie), but that such terminology is generally imprecise before 1000 BCE.
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Indícios do traumático no romance De Amor e Trevas: um exercício de leitura / Traces of the traumatic in the novel A Tale of Love and Darkness a reading exercise

Flávia Albergaria Raveli 12 April 2013 (has links)
Este trabalho é uma interpretação da obra de Amós Oz que parte da identificação de aspectos traumáticos desta narrativa. Esta consideração, por sua vez, decorreu da experiência de leitura. A discussão teórica baseada numa conceituação interdisciplinar do traumático e na noção de estranhamento como procedimento necessário à interpretação também derivou da leitura. Os procedimentos e conceitos utilizados funcionam como borda para as dissonâncias e alteridade da obra, aquilo que eu defino como indícios do traumático. A psicanálise comparece como um lugar de escuta dessas dissonâncias / This work is an interpretation of Amós Ozs novel and its starting point is the identification of traumatic aspects in this narrative. This consideration, in its turn, springs from the reading experience. The theoretical discussion based on an interdisciplinary conceptualization of the traumatic and on the notion of strangeness as a necessary procedure for the interpretation has also sprung from the reading. The procedures and concepts used here work as a border for the dissonances and alterity of the novel, for what I define as traces of the traumatic. Psychoanalysis is present as a hearing place for these dissonances
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Les pseudonymes dans les littératures yiddish et hébraïque du millieu du XIXe siècle au milieu du XXe siècle / Pseudonyms in Yiddish and Hebrew Literatures, from the Mid-19th Century to the Middle of the 20th Century

Bar-Kochva, Sharon 06 February 2015 (has links)
Les littératures yiddish et hébraïque modernes sont étroitement liées par une histoire commune et partagent également de multiples traits stylistiques et thématiques. Or, une différence importante peut être remarquée quant à l’usage des pseudonymes dans les deux langues. Dans la littérature yiddish moderne, la pseudonymie est très importante, aussi bien du point de vue quantitatif que qualitatif, et une grande partie des plus importants auteurs yiddish sont connus principalement sous leur pseudonyme, alors que dans la littérature hébraïque moderne les noms de plume restent un phénomène relativement marginal. La présente recherche analyse la pseudonymie dans les deux littératures, dans le but d’expliquer cet écart. Nous commençons par une analyse des modes de construction des pseudonymes pour en constituer une typologie générale. Par la suite, nous nous concentrons sur les pseudonymes « durables », c'est-à-dire ceux qui accompagnent les auteurs sur le long terme et façonnent leur image publique, pour décrire en détail dans quelles circonstances et de quelles manières ils sont utilisés. Enfin, nous utilisons les informations recueillies pour démontrer que la pseudonymie est un phénomène social, et pour isoler les facteurs sociaux et historiques qui ont conduit à l’adoption de la pseudonymie comme l’une des « traditions inventées » de la littérature yiddish moderne. / Modern Yiddish and Hebrew literatures are closely connected by a common long history, sharing many stylistic and thematic features. However, both literatures significantly differ in their use of pseudonyms. In Yiddish literature, authors’ pseudonyms appear rather frequently, and a significant number of the most important writers are known mainly in their pseudonyms, while in modern Hebrew literature pen names remained a relatively marginal occurrence. This research analyses pseudonymity in both literatures in order to explain this discrepancy. In the first chapter, the various patterns used in building pseudonyms are analysed, so to establish a general typology of the phenomenon. Subsequently, I focus on the "lasting" pseudonyms, namely those that accompany authors for a long time, shaping and determining their public image. In the second chapter I describe in detail under which circumstances and in what ways the "lasting" pseudonyms were created and used. Finally, in the last part the information analysed previously is utilised, clarifying that pseudonymity is actually a social phenomenon, and defining the social and historical factors that led to the adoption of pseudonymity as one of the "invented traditions" of modern Yiddish literature.
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Conflitos identitários do árabe israelense: Aravim Rokdim de Sayed Kashua / Identity conflict of the Arab-Israeli: Aravim Rokdim of Sayed Kashua

Schlesinger, Juliana Portenoy 30 March 2011 (has links)
Este trabalho consiste na análise do romance Aravim Rokdim (Árabes Dançantes), do escritor árabe israelense muçulmano Sayed Kashua, e tem como foco central a questão identitária que envolve o árabe israelense conforme visto nessa obra. Publicado em 2002, o romance conta em hebraico, idioma que tem como leitor majoritário o judeu, a história de uma família de árabes israelenses. Este estudo é desenvolvido com base nas teorias provindas dos Estudos Culturais e Pós- Colonialistas, segundo as quais no ser humano coexistem múltiplas e antagônicas identidades. Esse fato é exponencialmente visto nesse árabe cidadão israelense apresentado no romance de Kashua, que convive com sentimentos de culpa devido à sua dupla-lealdade e conflitantes fidelidades: por um lado, ele aceita sua cidadania israelense; por outro, além de ser membro de um povo cujas muitas nações se opõem à existência do Estado de Israel, ele possui parentes nos territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967) que não tiveram direito àquela cidadania. Esses sentimentos complexos e ambivalentes são intensificados devido ao contexto sociopolítico do romance: a Segunda Intifada (2000-2006). Nesse período da moderna história de Israel, a desconfiança do judeu e do Estado de Israel em relação à fidelidade do cidadão árabe israelense para com seu Estado foi exacerbada. Surge dessa combinação um romance político inusitado, que se utiliza do humor e da autoironia para contar ao seu leitor a história do árabe israelense que vive preso entre duas sociedades, que se sente um estrangeiro em seu próprio meio e, mesmo assim, não desiste de buscar um novo lugar identitário para si próprio. / This work consists of an analysis of the novel Aravim Rokdim (Dancing Arabs) by Arab-Israeli Muslim writer Sayed Kashua, which focuses on the identity issues surrounding Arab-Israelis portrayed in the work. Published in 2002, the novel is written in Hebrew and recounts the history of an Arab-Israeli family. This study is based on the theories derived from the Cultural and Post-Colonial Studies, according to which human beings simultaneously experience multiple and antagonistic identities. This fact can be observed exponentially in this Arab citizen of Israel introduced by Kashua, as he lives with feelings of guilt due to his twin-loyalties and conflicting allegiances: if, on one side, he accepts his Israeli citizenship, on the other, he is not only a member of a people whose many nations oppose the existence of the State of Israel, but has relatives living in territories occupied by Israel in the Six-Day War (1967) who were denied the right to that citizenship. These complex and ambivalent feelings are intensified by the social-political context of the novel: the Second Intifada (2000-2006), a period in modern Israeli history when the distrust of Jews and the State of Israel regarding the allegiance of Arab-Israeli citizens to the State was exacerbated. These circumstances result in a unique political novel that uses humor and self-irony to tell the reader the story of an Arab-Israeli that lives trapped between two societies, that feels like a foreigner among his own people and that tirelessly seeks a new place to call his own.
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Abrindo A Caixa Preta: uma leitura da sociedade israelense na década de 70 / Opening the Black Box: a reading society Israel in the 70

Schvartzman, Gabriel Steinberg 03 October 2000 (has links)
A sociedade israelense passou por modificações, em especial, na década de 70 que levaram a mudanças políticas e sociais. O escritor Amós Oz, um dos mais destacados do país, aborda em seus textos ficcionais e não ficcionais, as mudanças e alterações refletidas no país. Este trabalho pretende estudar as modificações da década em questão, conforme apresentadas no romance A Caixa Preta de Amós Oz e para isto, são aqui desenvolvidos os seguintes temas: A busca pela identidade nacional, o confronto entre a direita e a esquerda dento do sistema político israelense, o levantamento das semelhanças entre o Estado que busca redefinir sua identidade e o movimento sionista, que procura reencontrar seus objetivos uma vez que o Estado tornou-se realidade, a posição da esquerda israelense e as concepções do grupo pacifista Shalom Achshav, a atuação da direita israelense e a militância do grupo nacionalista Gush Emunim, as diferentes ondas imigratórias para Israel antes e após a proclamação da independência e a absorção das diferentes comunidades de imigrantes, o início dos conflitos étnicos entre as diversas comunidades que formam o mosaico social israelense. Uma análise do livro A Caixa Preta, mostrando como os conflitos étnicos, religiosos e políticos se refletem na obra de Amós Oz, assim como a análise dos personagens e seus comportamentos indicando a ligação entre ficção e realidade no cotidiano israelense completam a segunda parte desta dissertação / The israeli society has gone through some moves, specially on the seventies, that led to political and social changes. The author Amós Oz, a remarkable one in the country, has written in his fictional and non-fictional works about those innovations reflected in the country. This work intends to study the changes in the period above, as shown in the novel Kufsa Chhora (The Black Box) from Amós Oz. Therefore, these themes are here developed: The search for national identity, the confrontation between right and left in the israeli political system, the collecting of the simmilarities between the State, redefining its identity and the sionist movement, that is reshaping its objectives, once the State became a reality, the position of the israeli left wing and the conceptions of the pacifist group Shalom Achshav, the position of the israeli right wing and the militanty of the nacionalistic group Gush Emunim, the different immigratory waves to Israel before and after the proclamation of the State and the absorption of the different communities of immigrants, the beggining of ethnical conflicts among the several communities, which from the israeli social mosaic. We have, here, too, an analisis of the book Kufsa Chhora (The Black Box) showing how ethnical, religious and political conflicts reflect in Amós Ozs work, as well as an analisis of the characters and their behavior to show the liaison between fiction and reality in Israels routine.
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"A montanha azul de Meir Shalev: uma leitura pós-sionista da sociedade israelense" / The Blue Mountain of Meir Shalev: A Reading Post-Zionist of the Israeli Society

Schvartzman, Gabriel Steinberg 13 March 2006 (has links)
O século XX representou para os judeus dispersos pelo mundo uma dupla reviravolta; por um lado, seis milhões deles foram eliminados pela matança ordenada da II Guerra Mundial, na Shoá. Nestes mesmos anos conturbados chegou ao ápice a busca de uma solução territorial e nacional para o povo. Sustentados pelos ideais desenvolvidos e estipulados pelo Sionismo, o movimento que buscou recolocar o povo judeu no antigo solo bíblico e ali tornar a fazer dele uma nação, depois de anos de embates, criou-se o Estado de Israel, o lar nacional dos judeus. A história desta luta e concretização de um sonho foi escrita por autores que baseados em seus ideais e nos da nação, redigiram-na a partir de sua face heróica, conforme o modelo que lhes fora apresentado. Nas décadas de 1980 e 1990, Israel porém presenciou um novo fenômeno cultural e político: o revisionismo histórico. Os historiadores dessa corrente (Avi Shlaim, Ilan Pappé, Simcha Flapan, Benny Morris, Tom Seguev) ao negarem a história oficial que conforme a sua concepção está baseada em mitos sionistas, promoveram uma reescrita da história, o que originou grandes debates na sociedade israelense. Tal fato repercutiu nos mais diversos segmentos do país e, em particular, na literatura, um dos focos desta tese. A obra abordada nesta tese é Roman Russi de Meir Shalev (1988), versão em português A Montanha Azul (2002). No romance A Montanha Azul, o escritor israelense contemporâneo Meir Shalev recria o cotidiano de várias famílias de pioneiros ao longo de três gerações no Vale de Jezreel, na região da Galiléia: a geração dos pais fundadores chegados à Palestina no início do século XX com a 2ª aliá; a geração dos nascidos no ishuv e, portanto, os que ajudaram a fundar o Estado judaico; e a geração nascida após a criação de Israel. A Montanha Azul nos mostra que alguma coisa deu errado, que o sonho não se concretizou em sua totalidade, que tanto esforço em parte desmoronou. A obra sinaliza para o fato de que um povo que renuncia aos seus mitos é responsável por seu próprio declínio. A obra de Shalev foi recebida como sendo anti-sionista, porém na realidade o autor critica às novas gerações que negligenciaram os valores sionistas. Não obstante, o autor aponta uma esperança quando Uri, o sabra rebelde, dá uma nova direção ao Sionismo. Esta tese se propõe a indicar como a reviravolta da história pode ser adequadamente abordada por meio de uma obra ficcional. / The 20th century represented for the Jews scattered around the world a double great change; on one hand, 6 millions of them were killed at the Shoah, the organized II WW massacre. During these same disturbed years, search for a territorial and for a national solution for the Jewish people reached its apex. Supported by ideals developed and stipulated by Zionism, the movement that intended to restore the Jewish people in the ancient biblical soil and transform it into a nation, after years and years of clashes, the State of Israel, Jews’ national home was created. History of this struggle and of the rendering of the dream was written by authors that relied on their own ideals and on those of the nation; they composed it from its heroic face, according to the national model that was presented to them. But in the 80’s and 90’s Israel witnessed a new cultural and political phenomenon: a historical revisionism. These trends’ historians (Avi Shlaim, Ilan Pappé, Simcha Flapan, Benny Morris, Tom Seguev) by denying official history which according to their conception is based in Zionist myths, promoted a rewriting of history, and this caused big debates in Israel’s society. This fact reflected in most sections of the country, particularly in literature, one of the focus of this thesis. The thesis deals with Meir Shalev’s novel Roman Russi (Hebrew original, 1988, Montanha Azul, in the Portuguese version of 2002). In this novel, Israeli writer Meir Shalev (1948) recreates daily life of several pioneers’ families through three generations in Jezreel Valley, Galilee: the generation of founding fathers which arrived to Palestine at the beginning of the 20th century with 2nd aliyah, the generation of native yishuv born, hence those that helped to create the Jewish State and the generation born after the State’s birth. Blue Mountain signalizes that something went wrong, that the dream didn’t come completely true, that such big effort fell partially to pieces. The book points to the fact that a people that renounces to its myths is responsible for its own decline. Shalev’s book was received as an anti-Zionist novel, but as a matter of fact the author censures the new generations that neglected Zionist values. Notwithstanding, the author points to some hope when Uri, the rebel sabra, signals to a new direction in Zionism. This thesis proposes to point out how the complete turning of history can be suitably approached by means of fiction.
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Para ver os gnomos - close reading no romance \'O beijo de Esaú\' por Meir Shalev / To see the gnomos: close rading of the novel Esau by Meir Shalev

Forner, Naama Silverman 27 February 2012 (has links)
O objetivo deste trabalho é sugerir uma análise detalhada do romance Essav (Esaú) pelo autor israelense Meir Shalev. O romance foi publicado em 1991, e é essencialmente uma espécie de saga, que transmite a história de algumas gerações de uma família judia, desde os primeiros dias da colonização sionista na terra de Israel. Meir Shalev começou a escrever no final dos anos oitenta e pertence à geração pós-modernista. Sua escrita mostra influências das características de seu tempo. Mesmo assim, ainda podemos detectar em seu trabalho tendências modernistas que estão sendo manifestadas na busca de encontrar um sentido para a vida e na tentativa de representar sua complexidade. A metodologia da análise detalhada do romance se baseia em várias fontes teóricas: a primeira é Close Reading, um termo cunhado por Richards, um dos líderes da escola nova crítica. O procedimento desta leitura é focar atentamente nas palavras escritas, na tentativa de descobrir e descrever todos os efeitos de suas relações linguísticas. Outra fonte metodológica é o ensaio famoso de Roland Barthes e sua afirmação de que o autor está morto. A morte do autor permite o nascimento do leitor que pode assumir novas autoridades para com o texto na frente dele. O \"dialogismo\" de Bakhtin fornece uma outra base teórica importante. Segundo esta teoria, qualquer expressão verbal provoca relações intertextuais com muitos outros discursos. Desde o romance Essav é rico em alusões e citações da Bíblia e da literatura ocidental, a intertextualidade é igualmente uma ferramenta interpretativa importante. A análise do romance começa com uma tentativa de descobrir os princípios que organizam a sua estrutura, o que pode parecer uma espécie de colagem ou uma colcha, feita de diferentes ítens que estão ligados sem qualquer orientação distinta. O romance apresenta um conceito de que os acontecimentos históricos são, na verdade, ciclos repetitivos. Uma tentativa de compreender a natureza do tempo é outro tema embutido nele. O romance também trata de questões humanas e as relações entre o homem, a terra e a natureza, elementos que recebem teor mitológico no romance. Estes temas estão também ligados à questão da ideologia sionista e seu impacto sobre a estratificação social das primeiras gerações de assentamento pioneiro. 6 Outros temas derivam da análise dos fundamentos bíblicos no romance, especialmente as histórias sobre o relacionamento e o destino dos gêmeos Jacó e Esaú. Temas centrais adicionais, típicos na poética de Meir Shalev, são aqueles de realização e perda e de relação entre a ficção e a realidade. Este ultimo tema é construído pelo uso massivo de citações e alusões à literatura mundial e por um estilo de narrativa de um trovador. Este estilo rompe a ilusão de realidade, salientando o ato de narrar em si só. / The purpose of this work is to suggest a detailed analysis of the novel Esav (Esau) by the Israeli author Meir Shalev. The novel was published in 1991, and is essentially, a type of saga, which conveys the story of four generations of Jewish family starting from the first days of Zionist settlements in the land of Israel. Meir Shalev, who started writing in the late eighties, belongs to the postmodernist generation, and his writing shows influences of the tendencies of his time. Even so, we can still detect in his work, clear modernist trends, which are being manifested in a search for meaning and in portraying the complexity of life. The methodology of the detailed analysis of the novel relies on several theoretical sources: the first is \'close reading, a term coined by Richards, one of the leaders of the new criticism school. The procedure of close reading focuses on the words on the page, in an attempt to discover and describe all the effects of their linguistic relations. Another methodological source is the famous essay of Roland Barthes and his assertion that the author is dead; the death of the author allows the birth of the reader, who can assume new authorities towards the text in front of him. Bakhtins Dialogism provides another important theoretical basis. According to this theory, any verbal utterance provokes intertextual relations with many other utterances. Since the novel Esav is rich with allusions and quotations from the Bible and Western literature, intertextuality is also an important interpretative tool. The analysis of the novel begins with an attempt to uncover the principles that organize its structure, which might appear to be a kind of collage or a quilt, made of different items that are attached together, without any distinct guideline. The novel presents a concept that historical events are actually repeating cycles. An attempt to understand the nature of time is another theme embedded in it. The novel also deals with human relationships and mans attitude to earth and nature, elements that receive a mythological design in the novel. These themes are also connected to the question of Zionist ideology and its impact on the social stratification of the early generations of pioneering settlement. More themes derive from the analysis of the role of the biblical infrastructure of the novel, especially the stories about the relationship and the fate of the twins Jacob and Esau. Other central themes, typical of Meir Shalevs poetics, are those of fulfillment and loss, and the relationship between fiction and reality. The last theme is established by a massive use of quotations and allusions to world-literature and by a narrative style of a troubadour. This style breaks the illusion of reality and thus, emphasizes the act of telling in itself.
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Les pseudonymes dans les littératures yiddish et hébraïque du milieu du XIXe siècle au milieu du XXe siècle / Pseudonyms in Yiddish and Hebrew Literatures, from the Mid-19th Century to the Middle of the 20th Century

Bar-Kochva, Sharon 06 February 2015 (has links)
Les littératures yiddish et hébraïque modernes sont étroitement liées par une histoire commune et partagent également de multiples traits stylistiques et thématiques. Or, une différence importante peut être remarquée quant à l’usage des pseudonymes dans les deux langues. Dans la littérature yiddish moderne, la pseudonymie est très importante, aussi bien du point de vue quantitatif que qualitatif, et une grande partie des plus importants auteurs yiddish sont connus principalement sous leur pseudonyme, alors que dans la littérature hébraïque moderne les noms de plume restent un phénomène relativement marginal. La présente recherche analyse la pseudonymie dans les deux littératures, dans le but d’expliquer cet écart. Nous commençons par une analyse des modes de construction des pseudonymes pour en constituer une typologie générale. Par la suite, nous nous concentrons sur les pseudonymes « durables », c'est-à-dire ceux qui accompagnent les auteurs sur le long terme et façonnent leur image publique, pour décrire en détail dans quelles circonstances et de quelles manières ils sont utilisés. Enfin, nous utilisons les informations recueillies pour démontrer que la pseudonymie est un phénomène social, et pour isoler les facteurs sociaux et historiques qui ont conduit à l’adoption de la pseudonymie comme l’une des « traditions inventées » de la littérature yiddish moderne. / Modern Yiddish and Hebrew literatures are closely connected by a common long history, sharing many stylistic and thematic features. However, both literatures significantly differ in their use of pseudonyms. In Yiddish literature, authors’ pseudonyms appear rather frequently, and a significant number of the most important writers are known mainly in their pseudonyms, while in modern Hebrew literature pen names remained a relatively marginal occurrence. This research analyses pseudonymity in both literatures in order to explain this discrepancy. In the first chapter, the various patterns used in building pseudonyms are analysed, so to establish a general typology of the phenomenon. Subsequently, I focus on the "lasting" pseudonyms, namely those that accompany authors for a long time, shaping and determining their public image. In the second chapter I describe in detail under which circumstances and in what ways the "lasting" pseudonyms were created and used. Finally, in the last part the information analysed previously is utilised, clarifying that pseudonymity is actually a social phenomenon, and defining the social and historical factors that led to the adoption of pseudonymity as one of the "invented traditions" of modern Yiddish literature.
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"A montanha azul de Meir Shalev: uma leitura pós-sionista da sociedade israelense" / The Blue Mountain of Meir Shalev: A Reading Post-Zionist of the Israeli Society

Gabriel Steinberg Schvartzman 13 March 2006 (has links)
O século XX representou para os judeus dispersos pelo mundo uma dupla reviravolta; por um lado, seis milhões deles foram eliminados pela matança ordenada da II Guerra Mundial, na Shoá. Nestes mesmos anos conturbados chegou ao ápice a busca de uma solução territorial e nacional para o povo. Sustentados pelos ideais desenvolvidos e estipulados pelo Sionismo, o movimento que buscou recolocar o povo judeu no antigo solo bíblico e ali tornar a fazer dele uma nação, depois de anos de embates, criou-se o Estado de Israel, o lar nacional dos judeus. A história desta luta e concretização de um sonho foi escrita por autores que baseados em seus ideais e nos da nação, redigiram-na a partir de sua face heróica, conforme o modelo que lhes fora apresentado. Nas décadas de 1980 e 1990, Israel porém presenciou um novo fenômeno cultural e político: o revisionismo histórico. Os historiadores dessa corrente (Avi Shlaim, Ilan Pappé, Simcha Flapan, Benny Morris, Tom Seguev) ao negarem a história oficial que conforme a sua concepção está baseada em mitos sionistas, promoveram uma reescrita da história, o que originou grandes debates na sociedade israelense. Tal fato repercutiu nos mais diversos segmentos do país e, em particular, na literatura, um dos focos desta tese. A obra abordada nesta tese é Roman Russi de Meir Shalev (1988), versão em português A Montanha Azul (2002). No romance A Montanha Azul, o escritor israelense contemporâneo Meir Shalev recria o cotidiano de várias famílias de pioneiros ao longo de três gerações no Vale de Jezreel, na região da Galiléia: a geração dos pais fundadores chegados à Palestina no início do século XX com a 2ª aliá; a geração dos nascidos no ishuv e, portanto, os que ajudaram a fundar o Estado judaico; e a geração nascida após a criação de Israel. A Montanha Azul nos mostra que alguma coisa deu errado, que o sonho não se concretizou em sua totalidade, que tanto esforço em parte desmoronou. A obra sinaliza para o fato de que um povo que renuncia aos seus mitos é responsável por seu próprio declínio. A obra de Shalev foi recebida como sendo anti-sionista, porém na realidade o autor critica às novas gerações que negligenciaram os valores sionistas. Não obstante, o autor aponta uma esperança quando Uri, o sabra rebelde, dá uma nova direção ao Sionismo. Esta tese se propõe a indicar como a reviravolta da história pode ser adequadamente abordada por meio de uma obra ficcional. / The 20th century represented for the Jews scattered around the world a double great change; on one hand, 6 millions of them were killed at the Shoah, the organized II WW massacre. During these same disturbed years, search for a territorial and for a national solution for the Jewish people reached its apex. Supported by ideals developed and stipulated by Zionism, the movement that intended to restore the Jewish people in the ancient biblical soil and transform it into a nation, after years and years of clashes, the State of Israel, Jews’ national home was created. History of this struggle and of the rendering of the dream was written by authors that relied on their own ideals and on those of the nation; they composed it from its heroic face, according to the national model that was presented to them. But in the 80’s and 90’s Israel witnessed a new cultural and political phenomenon: a historical revisionism. These trends’ historians (Avi Shlaim, Ilan Pappé, Simcha Flapan, Benny Morris, Tom Seguev) by denying official history which according to their conception is based in Zionist myths, promoted a rewriting of history, and this caused big debates in Israel’s society. This fact reflected in most sections of the country, particularly in literature, one of the focus of this thesis. The thesis deals with Meir Shalev’s novel Roman Russi (Hebrew original, 1988, Montanha Azul, in the Portuguese version of 2002). In this novel, Israeli writer Meir Shalev (1948) recreates daily life of several pioneers’ families through three generations in Jezreel Valley, Galilee: the generation of founding fathers which arrived to Palestine at the beginning of the 20th century with 2nd aliyah, the generation of native yishuv born, hence those that helped to create the Jewish State and the generation born after the State’s birth. Blue Mountain signalizes that something went wrong, that the dream didn’t come completely true, that such big effort fell partially to pieces. The book points to the fact that a people that renounces to its myths is responsible for its own decline. Shalev’s book was received as an anti-Zionist novel, but as a matter of fact the author censures the new generations that neglected Zionist values. Notwithstanding, the author points to some hope when Uri, the rebel sabra, signals to a new direction in Zionism. This thesis proposes to point out how the complete turning of history can be suitably approached by means of fiction.

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