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Para ver os gnomos - close reading no romance \'O beijo de Esaú\' por Meir Shalev / To see the gnomos: close rading of the novel Esau by Meir ShalevNaama Silverman Forner 27 February 2012 (has links)
O objetivo deste trabalho é sugerir uma análise detalhada do romance Essav (Esaú) pelo autor israelense Meir Shalev. O romance foi publicado em 1991, e é essencialmente uma espécie de saga, que transmite a história de algumas gerações de uma família judia, desde os primeiros dias da colonização sionista na terra de Israel. Meir Shalev começou a escrever no final dos anos oitenta e pertence à geração pós-modernista. Sua escrita mostra influências das características de seu tempo. Mesmo assim, ainda podemos detectar em seu trabalho tendências modernistas que estão sendo manifestadas na busca de encontrar um sentido para a vida e na tentativa de representar sua complexidade. A metodologia da análise detalhada do romance se baseia em várias fontes teóricas: a primeira é Close Reading, um termo cunhado por Richards, um dos líderes da escola nova crítica. O procedimento desta leitura é focar atentamente nas palavras escritas, na tentativa de descobrir e descrever todos os efeitos de suas relações linguísticas. Outra fonte metodológica é o ensaio famoso de Roland Barthes e sua afirmação de que o autor está morto. A morte do autor permite o nascimento do leitor que pode assumir novas autoridades para com o texto na frente dele. O \"dialogismo\" de Bakhtin fornece uma outra base teórica importante. Segundo esta teoria, qualquer expressão verbal provoca relações intertextuais com muitos outros discursos. Desde o romance Essav é rico em alusões e citações da Bíblia e da literatura ocidental, a intertextualidade é igualmente uma ferramenta interpretativa importante. A análise do romance começa com uma tentativa de descobrir os princípios que organizam a sua estrutura, o que pode parecer uma espécie de colagem ou uma colcha, feita de diferentes ítens que estão ligados sem qualquer orientação distinta. O romance apresenta um conceito de que os acontecimentos históricos são, na verdade, ciclos repetitivos. Uma tentativa de compreender a natureza do tempo é outro tema embutido nele. O romance também trata de questões humanas e as relações entre o homem, a terra e a natureza, elementos que recebem teor mitológico no romance. Estes temas estão também ligados à questão da ideologia sionista e seu impacto sobre a estratificação social das primeiras gerações de assentamento pioneiro. 6 Outros temas derivam da análise dos fundamentos bíblicos no romance, especialmente as histórias sobre o relacionamento e o destino dos gêmeos Jacó e Esaú. Temas centrais adicionais, típicos na poética de Meir Shalev, são aqueles de realização e perda e de relação entre a ficção e a realidade. Este ultimo tema é construído pelo uso massivo de citações e alusões à literatura mundial e por um estilo de narrativa de um trovador. Este estilo rompe a ilusão de realidade, salientando o ato de narrar em si só. / The purpose of this work is to suggest a detailed analysis of the novel Esav (Esau) by the Israeli author Meir Shalev. The novel was published in 1991, and is essentially, a type of saga, which conveys the story of four generations of Jewish family starting from the first days of Zionist settlements in the land of Israel. Meir Shalev, who started writing in the late eighties, belongs to the postmodernist generation, and his writing shows influences of the tendencies of his time. Even so, we can still detect in his work, clear modernist trends, which are being manifested in a search for meaning and in portraying the complexity of life. The methodology of the detailed analysis of the novel relies on several theoretical sources: the first is \'close reading, a term coined by Richards, one of the leaders of the new criticism school. The procedure of close reading focuses on the words on the page, in an attempt to discover and describe all the effects of their linguistic relations. Another methodological source is the famous essay of Roland Barthes and his assertion that the author is dead; the death of the author allows the birth of the reader, who can assume new authorities towards the text in front of him. Bakhtins Dialogism provides another important theoretical basis. According to this theory, any verbal utterance provokes intertextual relations with many other utterances. Since the novel Esav is rich with allusions and quotations from the Bible and Western literature, intertextuality is also an important interpretative tool. The analysis of the novel begins with an attempt to uncover the principles that organize its structure, which might appear to be a kind of collage or a quilt, made of different items that are attached together, without any distinct guideline. The novel presents a concept that historical events are actually repeating cycles. An attempt to understand the nature of time is another theme embedded in it. The novel also deals with human relationships and mans attitude to earth and nature, elements that receive a mythological design in the novel. These themes are also connected to the question of Zionist ideology and its impact on the social stratification of the early generations of pioneering settlement. More themes derive from the analysis of the role of the biblical infrastructure of the novel, especially the stories about the relationship and the fate of the twins Jacob and Esau. Other central themes, typical of Meir Shalevs poetics, are those of fulfillment and loss, and the relationship between fiction and reality. The last theme is established by a massive use of quotations and allusions to world-literature and by a narrative style of a troubadour. This style breaks the illusion of reality and thus, emphasizes the act of telling in itself.
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Abrindo A Caixa Preta: uma leitura da sociedade israelense na década de 70 / Opening the Black Box: a reading society Israel in the 70Gabriel Steinberg Schvartzman 03 October 2000 (has links)
A sociedade israelense passou por modificações, em especial, na década de 70 que levaram a mudanças políticas e sociais. O escritor Amós Oz, um dos mais destacados do país, aborda em seus textos ficcionais e não ficcionais, as mudanças e alterações refletidas no país. Este trabalho pretende estudar as modificações da década em questão, conforme apresentadas no romance A Caixa Preta de Amós Oz e para isto, são aqui desenvolvidos os seguintes temas: A busca pela identidade nacional, o confronto entre a direita e a esquerda dento do sistema político israelense, o levantamento das semelhanças entre o Estado que busca redefinir sua identidade e o movimento sionista, que procura reencontrar seus objetivos uma vez que o Estado tornou-se realidade, a posição da esquerda israelense e as concepções do grupo pacifista Shalom Achshav, a atuação da direita israelense e a militância do grupo nacionalista Gush Emunim, as diferentes ondas imigratórias para Israel antes e após a proclamação da independência e a absorção das diferentes comunidades de imigrantes, o início dos conflitos étnicos entre as diversas comunidades que formam o mosaico social israelense. Uma análise do livro A Caixa Preta, mostrando como os conflitos étnicos, religiosos e políticos se refletem na obra de Amós Oz, assim como a análise dos personagens e seus comportamentos indicando a ligação entre ficção e realidade no cotidiano israelense completam a segunda parte desta dissertação / The israeli society has gone through some moves, specially on the seventies, that led to political and social changes. The author Amós Oz, a remarkable one in the country, has written in his fictional and non-fictional works about those innovations reflected in the country. This work intends to study the changes in the period above, as shown in the novel Kufsa Chhora (The Black Box) from Amós Oz. Therefore, these themes are here developed: The search for national identity, the confrontation between right and left in the israeli political system, the collecting of the simmilarities between the State, redefining its identity and the sionist movement, that is reshaping its objectives, once the State became a reality, the position of the israeli left wing and the conceptions of the pacifist group Shalom Achshav, the position of the israeli right wing and the militanty of the nacionalistic group Gush Emunim, the different immigratory waves to Israel before and after the proclamation of the State and the absorption of the different communities of immigrants, the beggining of ethnical conflicts among the several communities, which from the israeli social mosaic. We have, here, too, an analisis of the book Kufsa Chhora (The Black Box) showing how ethnical, religious and political conflicts reflect in Amós Ozs work, as well as an analisis of the characters and their behavior to show the liaison between fiction and reality in Israels routine.
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Conflitos identitários do árabe israelense: Aravim Rokdim de Sayed Kashua / Identity conflict of the Arab-Israeli: Aravim Rokdim of Sayed KashuaJuliana Portenoy Schlesinger 30 March 2011 (has links)
Este trabalho consiste na análise do romance Aravim Rokdim (Árabes Dançantes), do escritor árabe israelense muçulmano Sayed Kashua, e tem como foco central a questão identitária que envolve o árabe israelense conforme visto nessa obra. Publicado em 2002, o romance conta em hebraico, idioma que tem como leitor majoritário o judeu, a história de uma família de árabes israelenses. Este estudo é desenvolvido com base nas teorias provindas dos Estudos Culturais e Pós- Colonialistas, segundo as quais no ser humano coexistem múltiplas e antagônicas identidades. Esse fato é exponencialmente visto nesse árabe cidadão israelense apresentado no romance de Kashua, que convive com sentimentos de culpa devido à sua dupla-lealdade e conflitantes fidelidades: por um lado, ele aceita sua cidadania israelense; por outro, além de ser membro de um povo cujas muitas nações se opõem à existência do Estado de Israel, ele possui parentes nos territórios ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias (1967) que não tiveram direito àquela cidadania. Esses sentimentos complexos e ambivalentes são intensificados devido ao contexto sociopolítico do romance: a Segunda Intifada (2000-2006). Nesse período da moderna história de Israel, a desconfiança do judeu e do Estado de Israel em relação à fidelidade do cidadão árabe israelense para com seu Estado foi exacerbada. Surge dessa combinação um romance político inusitado, que se utiliza do humor e da autoironia para contar ao seu leitor a história do árabe israelense que vive preso entre duas sociedades, que se sente um estrangeiro em seu próprio meio e, mesmo assim, não desiste de buscar um novo lugar identitário para si próprio. / This work consists of an analysis of the novel Aravim Rokdim (Dancing Arabs) by Arab-Israeli Muslim writer Sayed Kashua, which focuses on the identity issues surrounding Arab-Israelis portrayed in the work. Published in 2002, the novel is written in Hebrew and recounts the history of an Arab-Israeli family. This study is based on the theories derived from the Cultural and Post-Colonial Studies, according to which human beings simultaneously experience multiple and antagonistic identities. This fact can be observed exponentially in this Arab citizen of Israel introduced by Kashua, as he lives with feelings of guilt due to his twin-loyalties and conflicting allegiances: if, on one side, he accepts his Israeli citizenship, on the other, he is not only a member of a people whose many nations oppose the existence of the State of Israel, but has relatives living in territories occupied by Israel in the Six-Day War (1967) who were denied the right to that citizenship. These complex and ambivalent feelings are intensified by the social-political context of the novel: the Second Intifada (2000-2006), a period in modern Israeli history when the distrust of Jews and the State of Israel regarding the allegiance of Arab-Israeli citizens to the State was exacerbated. These circumstances result in a unique political novel that uses humor and self-irony to tell the reader the story of an Arab-Israeli that lives trapped between two societies, that feels like a foreigner among his own people and that tirelessly seeks a new place to call his own.
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Conflitos, medos e dores na literatura infanto-juvenil israelense: análise de obras selecionadas entre as décadas de 70 e 90 / Conflicts, fears and sorrows in Israeli children\'s and youth literature: analysis of works selected from the 70\'s to the 90\'s of the 20th centuryGarcia, Claudia Regina Gama 05 November 2010 (has links)
A proposta desta dissertação é investigar a literatura infanto-juvenil israelense, especificamente em obras selecionadas das décadas de 70 a 90 do século XX. Neste estudo, pretendemos também observar como operam os conceitos de mímesis e verossimilhança nestas obras com intuito de verificá-los através das análises destes textos a partir da representação ficcional quanto da veracidade histórica. Desta forma, organizamos uma pesquisa centrada na questão dos conflitos, medos e dores que permearam a literatura infanto-juvenil israelense que funciona como mola propulsora de nosso trabalho. Pretendemos, a partir das análises teóricas realizadas, localizar esses questionamentos e apresentar alguns apontamentos para a discussão sobre a natureza de nosso tema e seu desenvolvimento. Para isso, nossa pesquisa se baseará nas obras selecionadas Sumri (1978) e Pantera no porão (1995), ambas do escritor Amós Oz; além destas, também analisaremos a obra O Monstro da Escuridão (1976) de Uri Orlev. Por fim, desejamos apresentar nossas reflexões e, na medida do possível, avançar, mediante a descrição e a compreensão acerca dos conflitos, medos e dores que permeiam a literatura infanto-juvenil israelense. / Our aim is to investigate Israeli childrens and youth literature, especially in some works selected from the 70s to the 90s of the 20th century. In this study, we intend to observe how the concepts of mimesis and verisimilitude are presented in these works by means of analyses regarding both the fictional representation and the historical veracity. Our research is focused on the question of the conflicts, fears and sorrows that pervade Israeli childrens and youth literature, which are the aspects that motivate our study. Based on the theoretical analyses carried out, we identify these issues and present some reflections for the discussion on the nature of our theme and its development. The works analyzed are Sumchi (1978) and A panther in the basement (1995), both by Amós Oz, and The monster in the darkness (1976), by Uri Orlev. Through the description and comprehension of the conflicts, fears and sorrows in the works mentioned, our study may contribute to the scientific inquiry on Israeli childrens and youth literature.
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O Éden de Arthur Miller - elementos bíblicos e existencialistas na peça \'A Criação do Mundo e Outros Negócios\': seriedade e crítica em uma obra cômica / The Arthur Miller\' s Eden - biblical and existentialists elements in the play \' The creation of the world and other business\': seriousness and critics in a comic workFeldman, Alexandre Daniel de Souza 18 September 2006 (has links)
Na peça A Criação do Mundo e Outros Negócios Arthur Miller recorre à comédia, à imagética bíblica e a fragmentos de narrativas do midrash para compor com uma linguagem simples e popular, porém altamente significativa, (re)interpretações da História Primeva dotadas de um profundo senso crítico fortemente influenciado pelo pensamento existencialista. O dramaturgo expõe nesta comédia, igualmente como faz em outros escritos, questões contundentes do mundo contemporâneo, alertando, permanentemente, a partir de uma perspectiva humanista, para a necessidade de consciência e responsabilidade humanas. Desde o início de sua carreira o autor norte-americano emprega metáforas bíblicas que, de forma consciente ou não, refletem sua identidade, intimamente ligada às narrativas absorvidas no meio social. Ao associá-las ao pensamento existencialista que permeia sua obra dramatúrgica, Miller compõe um mosaico de idéias que opera dialogicamente diferentes significações e permite as mais diversas interpretações e leituras. Assim, valendo-se de ironia, humor e sarcasmo, iniciando pelo mito da Criação bíblica, passando pela história de Adão e Eva e da tentação, culminando com o fratricídio cometido por Caim, contra seu irmão Abel, o dramaturgo recria, à sua maneira e incorporando um complexo de preocupações temáticas que permeiam a literatura ocidental, os primeiros eventos da Bíblia descritos no livro de Gênesis. Para fazê-lo, o autor se serve habilmente de um estilo que se assemelha à exegese rabínica justamente por buscar nas narrativas e imagens dessa tradição as bases que dão forma e conteúdo à peça, criando uma alegoria simbólica que exibe mito e história ao mesmo tempo em que revela uma profunda frustração moral proveniente da filosofia existencialista absorvida de textos de Sartre e Camus. A investigação do riso como uma reflexão sobre a linguagem e o pensamento, bem como a percepção de que os conceitos e a crítica presentes na tessitura da comédia são tão contundentes e incisivos quanto os encontrados em outras obras suas, evidencia que o cômico não implica ausência de seriedade e que, a despeito de algumas falhas na concepção, a peça oferece mais do que risos e reflexões. Ela proporciona uma aventura intelectual sobre a investigação do mal moral e exige do público e dos críticos um desdobramento para além do material encenado. Portanto, A Criação do Mundo e Outros Negócios demanda um aprofundamento analítico que perscrute nos textos que com ela se inter-relacionam o subsídio necessário para se fazer um exame crítico mais apurado de toda a carga semântica proveniente do conteúdo bíblico, das narrativas do midrash, dos elementos existencialistas, da linguagem coloquial e do próprio gênero cômico, para assim, ao final, reconhecer seu valor artístico e sua significação no conjunto da obra daquele que foi considerado um dos maiores dramaturgos do século XX. / In the play The Creation of the World and Other Business Arthur Miller uses comic genre, biblical imagery and excerpts from midrash texts to compose, in an everyday, informal style, although deeply meaningful, (re)interpretations of Primeval (Hi)story characterized by a profound critical sense which is greatly influenced by existentialism. The playwright expresses in this comedy, as in his other works, important issues of contemporary world, by permanently taking a humanist standpoint and warning about the necessity for human consciousness and responsibility. From the beginning of his literary career the North-American dramatist applies biblical metaphors that reflect - consciously or not - his intimately connected identity to narratives absorbed in the social milieu. By relating these metaphors with existentialist thinking woven into his dramas, Miller composes a series of ideas that links dialogically different meanings and allows many interpretation and readings. Thus, with irony, humor and sarcasm, starting with the biblical myth of Creation, describing Adam and Eve\'s (hi)stories and the temptation, culminating in Cain\'s fratricide of Abel, the writer recreates in his own way and comprising an intricate web of themes from western literature, the first events of the Bible narrated in the book of Genesis. In order to accomplish his intent, the author makes use of a writing technique that resembles the rabbinical exegesis following the narratives and images of midrash to find the basis for his play, creating symbolic allegory, that presents myth and history at the same time. This exposes intense moral frustration from his readings of Sartre and Camus existential texts. The inquiry of laughter as a reasoning in language and thought as well as the perception that concepts and criticism found in the pattern of this play are as trenchant and incisive as in Miller\'s other works reveals that comedy does not imply the absence of seriousness and regardless of some misconceptions, found in the structure of its plot, the play offers more than laughter and insight. It provides an intellectual adventure through the questioning of evil and it demands - from the audience and critics - a new approach beyond dramatic performance. Therefore, \'The creation of the world and other business\' requires a thoroughgoing analysis based on texts interrelated to it to find the necessary support for a more precise critique considering all the semantic aspects from biblical and Midrash narratives, existentialist features, colloquial language and the comic genre, so that, in the end, the artistic merit and place of this play can be recognized among the works of an author who was considered to be one of the greatest 20th century playwrights.
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Conflitos, medos e dores na literatura infanto-juvenil israelense: análise de obras selecionadas entre as décadas de 70 e 90 / Conflicts, fears and sorrows in Israeli children\'s and youth literature: analysis of works selected from the 70\'s to the 90\'s of the 20th centuryClaudia Regina Gama Garcia 05 November 2010 (has links)
A proposta desta dissertação é investigar a literatura infanto-juvenil israelense, especificamente em obras selecionadas das décadas de 70 a 90 do século XX. Neste estudo, pretendemos também observar como operam os conceitos de mímesis e verossimilhança nestas obras com intuito de verificá-los através das análises destes textos a partir da representação ficcional quanto da veracidade histórica. Desta forma, organizamos uma pesquisa centrada na questão dos conflitos, medos e dores que permearam a literatura infanto-juvenil israelense que funciona como mola propulsora de nosso trabalho. Pretendemos, a partir das análises teóricas realizadas, localizar esses questionamentos e apresentar alguns apontamentos para a discussão sobre a natureza de nosso tema e seu desenvolvimento. Para isso, nossa pesquisa se baseará nas obras selecionadas Sumri (1978) e Pantera no porão (1995), ambas do escritor Amós Oz; além destas, também analisaremos a obra O Monstro da Escuridão (1976) de Uri Orlev. Por fim, desejamos apresentar nossas reflexões e, na medida do possível, avançar, mediante a descrição e a compreensão acerca dos conflitos, medos e dores que permeiam a literatura infanto-juvenil israelense. / Our aim is to investigate Israeli childrens and youth literature, especially in some works selected from the 70s to the 90s of the 20th century. In this study, we intend to observe how the concepts of mimesis and verisimilitude are presented in these works by means of analyses regarding both the fictional representation and the historical veracity. Our research is focused on the question of the conflicts, fears and sorrows that pervade Israeli childrens and youth literature, which are the aspects that motivate our study. Based on the theoretical analyses carried out, we identify these issues and present some reflections for the discussion on the nature of our theme and its development. The works analyzed are Sumchi (1978) and A panther in the basement (1995), both by Amós Oz, and The monster in the darkness (1976), by Uri Orlev. Through the description and comprehension of the conflicts, fears and sorrows in the works mentioned, our study may contribute to the scientific inquiry on Israeli childrens and youth literature.
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O Éden de Arthur Miller - elementos bíblicos e existencialistas na peça \'A Criação do Mundo e Outros Negócios\': seriedade e crítica em uma obra cômica / The Arthur Miller\' s Eden - biblical and existentialists elements in the play \' The creation of the world and other business\': seriousness and critics in a comic workAlexandre Daniel de Souza Feldman 18 September 2006 (has links)
Na peça A Criação do Mundo e Outros Negócios Arthur Miller recorre à comédia, à imagética bíblica e a fragmentos de narrativas do midrash para compor com uma linguagem simples e popular, porém altamente significativa, (re)interpretações da História Primeva dotadas de um profundo senso crítico fortemente influenciado pelo pensamento existencialista. O dramaturgo expõe nesta comédia, igualmente como faz em outros escritos, questões contundentes do mundo contemporâneo, alertando, permanentemente, a partir de uma perspectiva humanista, para a necessidade de consciência e responsabilidade humanas. Desde o início de sua carreira o autor norte-americano emprega metáforas bíblicas que, de forma consciente ou não, refletem sua identidade, intimamente ligada às narrativas absorvidas no meio social. Ao associá-las ao pensamento existencialista que permeia sua obra dramatúrgica, Miller compõe um mosaico de idéias que opera dialogicamente diferentes significações e permite as mais diversas interpretações e leituras. Assim, valendo-se de ironia, humor e sarcasmo, iniciando pelo mito da Criação bíblica, passando pela história de Adão e Eva e da tentação, culminando com o fratricídio cometido por Caim, contra seu irmão Abel, o dramaturgo recria, à sua maneira e incorporando um complexo de preocupações temáticas que permeiam a literatura ocidental, os primeiros eventos da Bíblia descritos no livro de Gênesis. Para fazê-lo, o autor se serve habilmente de um estilo que se assemelha à exegese rabínica justamente por buscar nas narrativas e imagens dessa tradição as bases que dão forma e conteúdo à peça, criando uma alegoria simbólica que exibe mito e história ao mesmo tempo em que revela uma profunda frustração moral proveniente da filosofia existencialista absorvida de textos de Sartre e Camus. A investigação do riso como uma reflexão sobre a linguagem e o pensamento, bem como a percepção de que os conceitos e a crítica presentes na tessitura da comédia são tão contundentes e incisivos quanto os encontrados em outras obras suas, evidencia que o cômico não implica ausência de seriedade e que, a despeito de algumas falhas na concepção, a peça oferece mais do que risos e reflexões. Ela proporciona uma aventura intelectual sobre a investigação do mal moral e exige do público e dos críticos um desdobramento para além do material encenado. Portanto, A Criação do Mundo e Outros Negócios demanda um aprofundamento analítico que perscrute nos textos que com ela se inter-relacionam o subsídio necessário para se fazer um exame crítico mais apurado de toda a carga semântica proveniente do conteúdo bíblico, das narrativas do midrash, dos elementos existencialistas, da linguagem coloquial e do próprio gênero cômico, para assim, ao final, reconhecer seu valor artístico e sua significação no conjunto da obra daquele que foi considerado um dos maiores dramaturgos do século XX. / In the play The Creation of the World and Other Business Arthur Miller uses comic genre, biblical imagery and excerpts from midrash texts to compose, in an everyday, informal style, although deeply meaningful, (re)interpretations of Primeval (Hi)story characterized by a profound critical sense which is greatly influenced by existentialism. The playwright expresses in this comedy, as in his other works, important issues of contemporary world, by permanently taking a humanist standpoint and warning about the necessity for human consciousness and responsibility. From the beginning of his literary career the North-American dramatist applies biblical metaphors that reflect - consciously or not - his intimately connected identity to narratives absorbed in the social milieu. By relating these metaphors with existentialist thinking woven into his dramas, Miller composes a series of ideas that links dialogically different meanings and allows many interpretation and readings. Thus, with irony, humor and sarcasm, starting with the biblical myth of Creation, describing Adam and Eve\'s (hi)stories and the temptation, culminating in Cain\'s fratricide of Abel, the writer recreates in his own way and comprising an intricate web of themes from western literature, the first events of the Bible narrated in the book of Genesis. In order to accomplish his intent, the author makes use of a writing technique that resembles the rabbinical exegesis following the narratives and images of midrash to find the basis for his play, creating symbolic allegory, that presents myth and history at the same time. This exposes intense moral frustration from his readings of Sartre and Camus existential texts. The inquiry of laughter as a reasoning in language and thought as well as the perception that concepts and criticism found in the pattern of this play are as trenchant and incisive as in Miller\'s other works reveals that comedy does not imply the absence of seriousness and regardless of some misconceptions, found in the structure of its plot, the play offers more than laughter and insight. It provides an intellectual adventure through the questioning of evil and it demands - from the audience and critics - a new approach beyond dramatic performance. Therefore, \'The creation of the world and other business\' requires a thoroughgoing analysis based on texts interrelated to it to find the necessary support for a more precise critique considering all the semantic aspects from biblical and Midrash narratives, existentialist features, colloquial language and the comic genre, so that, in the end, the artistic merit and place of this play can be recognized among the works of an author who was considered to be one of the greatest 20th century playwrights.
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Langues et identités : l’écriture romanesque en hébreu des palestiniens d'Israël (1966 – 2013) / ( שפות וזהויות : הסיפורת העברית של הפלסטינים בישראל ( 1966־2013 / Languages and identities : the fictional writing in hebrew by Palestinians in Israel (1966-2013)Agsous, Sadia 28 January 2015 (has links)
Cette recherche porte sur l’analyse des problématiques des langues et des identités dans le roman composé en hébreu par des membres de la minorité palestinienne d’Israël – (Texte hybride selon Yassir Suleiman, 2013). Elle combine deux volets, l’un diachronique et l’autre analytique. D’une part, elle examine l’histoire du roman palestinien en hébreu, et les différents lieux dans lesquels l’hébreu et l’arabe, le Palestinien et le Juif israélien, minorité et majorité se rencontrent. D’autre part, l’approche comparative des œuvres d’Atallah Mansour (1935), d’Anton Shammas (1950) et de Sayed Kashua (1975) est proposée à partir de leur double appartenance, hébraïque et palestinienne. Elle envisage ces œuvres dans le cadre de la littérature mineure, de l’identité hybride postcoloniale et de l’espace tiers formulé par Mahmoud Darwich. L’enjeu est d’étudier les contours d’une narration palestinienne minoritaire engagée par des écrivains dans un processus de déconstruction, de reconfiguration et de correction de la représentation du personnage Palestinien dans la littérature hébraïque. / This research focuses on the analysis of the issues of language and identity in novels written in Hebrew by members of the Palestinian minority in Israel ("hybrid texts" according to Yassir Suleiman). It combines two components, one diachronic and one analytical. First, it examines the history of the Palestinian novel in Hebrew and the different fields where Hebrew and Arabic, Palestinian and Israeli Jew as well as minority and majority meet. Second, the analytical, comparative approach of the works of Atallah Mansour (1935), Anton Shammas (1950) and Sayed Kashua (1975) is examined from their dual, Israeli and Palestinian, affiliation. It sets these works in the context of Minor Literature, post-colonial hybrid identity and Mahmoud Darwich’s third space. The aim is to outline the Palestinian narrative initiated by minority writers as a process of deconstruction, reconfiguration and correction of the representation of the Palestinian character in Hebrew literature.
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L'arbre sans tronc : Les Fleurs du mal de Charles Baudelaire en hébreu : présence, influence, traductions / The trunkless tree : Baudelaire's Flowers of Evil in hebrewManor, Dory 02 March 2017 (has links)
La présente thèse cherche à étudier l’histoire de la réception et de la présence de Charles Baudelaire dans l'univers poétique de l'hébreu moderne, à travers l'influence de son œuvre sur la création poétique en hébreu comme à travers les traductions hébraïques de sa poésie. Cette dernière partie inclut une analyse comparative approfondie de différentes traductions de la poésie de Baudelaire parues en hébreu au courant du XXe siècle.À travers cette approche nous cherchons à voir dans quelle mesure il existe des corrélations entre la traduction et la réception poétique de Baudelaire d'une part, et l'évolution particulièrement rapide du langage poétique de l'hébreu moderne d'autre part.Dans toutes les générations de la poésie de l’hébreu moderne, des auteurs majeurs ont traduit Baudelaire. Ce grand intérêt pour sa poésie s'explique, entre autres raisons, par le motif suivant : traduire Baudelaire en hébreu constitue un projet singulier de par le statut unique de son œuvre qui est à la fois la pierre angulaire de la Modernité poétique en général, et le point de départ de la poésie hébraïque moderne en particulier.La poésie hébraïque moderne peut être comparée à un arbre sans tronc ; ses racines, les textes de l'hébreu classique, sont profondes et séculaires. Sa cime, la nouvelle création poétique des 120 dernières années, est fraîche et verdoyante. Mais s'il tient debout, c'est grâce à ses branches qui sont suspendues sur les riches ramifications de ses voisins – les corpus poétiques étrangers qui ont toujours alimenté ce jeune corpus. Traduire Baudelaire en hébreu moderne, c'est – symboliquement – contribuer à greffer, rétroactivement, un tronc sur cet arbre. / This thesis examines the history of the reception and of the immanence of Charles Baudelaire in Modern Hebrew poetry through the influence of his work on original poetic work in Hebrew and through the translations of his poems into Hebrew. As part of the latter, a detailed comparative analysis is offered of some of Baudelaire’s poems translated into Hebrew and published through the 20th century.In examining these questions we wish to examine the extent to which one may trace a correlation between, on the one hand, the translation and reception of Baudelaire’s poetry and, on the other hand, the exceptionally rapid evolution of Modern Hebrew poetic language.In every generation of Modern Hebrew poetry, Baudelaire was translated by major authors. This significant interest in his poetry can be attributed, among other reasons, to the constructive role that such translation plays in Hebrew. For, in the Hebrew context, Baudelaire's poetry has a unique role: he is both a keystone of Modern poetry in general and the starting point of Modern Hebrew poetry in particular.Modern Hebrew poetry can be compared to a tree without a trunk: Its roots – the classical Hebrew texts – are ancient and deep. Its crown – the New Hebrew creation of the last 120 years – is fresh and green. But what keeps it standing are its branches that lean on the rich offshoots of its neighbours in the forest: the foreign poetic corpora which have always nourished this young literature, born modern. Translating Baudelaire into Modern Hebrew implies, symbolically, a contribution to the retrospective grafting of a trunk to the tree.
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Langues et identités : l’écriture romanesque en hébreu des palestiniens d'Israël (1966 – 2013) / ( שפות וזהויות : הסיפורת העברית של הפלסטינים בישראל ( 1966־2013 / Languages and identities : the fictional writing in hebrew by Palestinians in Israel (1966-2013)Agsous, Sadia 28 January 2015 (has links)
Cette recherche porte sur l’analyse des problématiques des langues et des identités dans le roman composé en hébreu par des membres de la minorité palestinienne d’Israël – (Texte hybride selon Yassir Suleiman, 2013). Elle combine deux volets, l’un diachronique et l’autre analytique. D’une part, elle examine l’histoire du roman palestinien en hébreu, et les différents lieux dans lesquels l’hébreu et l’arabe, le Palestinien et le Juif israélien, minorité et majorité se rencontrent. D’autre part, l’approche comparative des œuvres d’Atallah Mansour (1935), d’Anton Shammas (1950) et de Sayed Kashua (1975) est proposée à partir de leur double appartenance, hébraïque et palestinienne. Elle envisage ces œuvres dans le cadre de la littérature mineure, de l’identité hybride postcoloniale et de l’espace tiers formulé par Mahmoud Darwich. L’enjeu est d’étudier les contours d’une narration palestinienne minoritaire engagée par des écrivains dans un processus de déconstruction, de reconfiguration et de correction de la représentation du personnage Palestinien dans la littérature hébraïque. / This research focuses on the analysis of the issues of language and identity in novels written in Hebrew by members of the Palestinian minority in Israel ("hybrid texts" according to Yassir Suleiman). It combines two components, one diachronic and one analytical. First, it examines the history of the Palestinian novel in Hebrew and the different fields where Hebrew and Arabic, Palestinian and Israeli Jew as well as minority and majority meet. Second, the analytical, comparative approach of the works of Atallah Mansour (1935), Anton Shammas (1950) and Sayed Kashua (1975) is examined from their dual, Israeli and Palestinian, affiliation. It sets these works in the context of Minor Literature, post-colonial hybrid identity and Mahmoud Darwich’s third space. The aim is to outline the Palestinian narrative initiated by minority writers as a process of deconstruction, reconfiguration and correction of the representation of the Palestinian character in Hebrew literature.
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