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Qualidade de vida e ajustamento psicossocial de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 submetidos ao transplante de células-tronco hematopoéticas: um estudo de acompanhamento / Quality of life and psychosocial adjustment of patients with type 1 diabetes mellitus who underwent hematopoietic stem cell transplantation: A follow-up study.Letícia Aparecida da Silva Marques 01 June 2012 (has links)
O transplante de células-tronco hematopoéticas tem surgido como alternativa ao tratamento de doenças autoimunes como artrite reumatóide, lúpus eritematoso sistêmico, esclerose múltipla e diabetes mellitus tipo 1. No diabetes mellitus tipo 1, uma síndrome de etiologia múltipla, o transplante de células-tronco hematopoéticas, na sua modalidade autóloga, tem sido utilizado como alternativa ao tratamento convencional (insulinoterapia), já que este retarda, mas não elimina as consequências da doença como disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos. Apesar disso, o transplante é um procedimento altamente invasivo que acarreta repercussões intensas na qualidade de vida desses pacientes exigindo dos mesmos uma readaptação à essas repercussões. O presente estudo teve por objetivo avaliar a qualidade de vida e o ajustamento psicossocial de participantes com diabetes mellitus tipo 1. Participaram do estudo 22 pacientes que foram submetidos consecutivamente ao transplante de células-tronco hematopoéticas na Unidade de Transplante de Medula Óssea do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, no período de 2006 a 2008. Os instrumentos aplicados para a coleta de dados: Questionário Genérico de Avaliação de Qualidade de Vida Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form Health Survey (SF-36), Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar - Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) e Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). As avaliações ocorreram em três momentos distintos: na admissão do paciente, um ano após a realização do procedimento e dois anos após o transplante no retorno ambulatorial. A análise dos instrumentos aconteceu de acordo com as recomendações específicas preconizadas pela literatura. Os resultados obtidos mostraram, que para a maioria dos participantes deste estudo, após um ano do procedimento, os índices de qualidade de vida melhoraram significativamente principalmente os domínios Aspectos Físicos (p=0,0003), Estado Geral de Saúde (p=0,0142), Aspectos Sociais (p=0,0018) e Aspectos Emocionais (p=0,0316). Decorrido dois anos, o transplante teve um impacto também positivo sobre a qualidade de vida principalmente nos domínios Aspectos Físicos (p<0,0001), Aspectos Sociais (p=0,0235) e Aspectos Emocionais (p=0,0270). Em relação ao ajustamento psicossocial os resultados mostraram redução dos sintomas de ansiedade após o primeiro ano de transplante (p<0,01) e depressão nos dois momentos após o transplante (p<0,01). Observou-se ainda a diminuição dos sintomas de estresse nos momentos avaliados (p<0,01). Tais resultados podem representar uma possibilidade de retomada da vida e dos planos futuros que foram interrompidos por uma doença crônica que impunha inevitáveis dificuldades e limitações para esses participantes. Os resultados deste estudo oferecem subsídios para a equipe multidisciplinar de saúde refletir sobre as implicações dessa terapêutica inovadora em aspectos essenciais da vida do participante que vão além da dimensão biomédica, considerando as repercussões sobre sua qualidade de vida e ajustamento psicossocial. / Transplantation of hematopoietic stem cells has emerged as an alternative to the treatment of autoimmune diseases such as rheumatoid arthritis, systemic lupus erythematosus, multiple sclerosis and type 1 diabetes mellitus. In the latter, a syndrome of multiple etiology, the hematopoietic stem cell transplantation, in its autologous method, has been used as an alternative to conventional treatment (therapy with insulin), once it slows, but does not eliminate the consequences of the disease such as dysfunction and failure of various organs, especially kidneys, eyes, nerves, heart and blood vessels. Nevertheless, transplantation is a highly invasive procedure that carries severe repercussions on the quality of life of these patients, requiring from them a readjustment to these repercussions. The present study aimed to evaluate the quality of life and psychosocial adjustment of participants with type 1 diabetes mellitus. The study included 22 patients who underwent consecutive hematopoietic stem cell transplantation in the Bone Marrow Transplantation Ward of the Hospital das Clinicas of the University of Sao Paulo at Ribeirao Preto Medical School, between 2006 and 2008. The following instruments were used for data collection: Medical Outcomes Study 36 Item Short-Form Health Survey (SF-36), Hospital Anxiety and Depression Scale (HAD) and Lipp Stress Symptoms Inventory for Adults (LSSI). Assessments were performed at three different moments: at patient admission, one year after the performance of the procedure and two years after transplantation at the post-transplant outpatient clinic. Analysis of the instruments was done according to specific recommendations proposed in the literature. Results showed that, for most participants of the study, one year after the procedure, the indices of quality of life improved significantly, mainly the domains Physical Functioning (p=0.0003), General Health (p=0.0142), Social Functioning (p=0.0018) and Role-Emotional (p=0.0316). After two years, the transplant also had a positive impact on the quality of life, especially in the domains Physical Functioning (p<0.0001), Social Functioning (p=0.0235) and Role-Emotional (p=0.0270). In relation to psychosocial adjustment, results showed a reduction in symptoms of anxiety after the first year of transplantation (p<0.01) and depression at the two moments after transplantation (p<0.01). A decrease in symptoms of stress at the studied moments (p <0.01) was also observed. These results may represent a possibility of renewed life and future plans that were interrupted by a chronic illness that imposed inevitable difficulties and limitations to these participants. Results of this study provide support to the multidisciplinary health team reflect on the implications of this innovative therapy in essential aspects of participants life that go beyond the biomedical dimension, considering the repercussions on their quality of life and psychosocial adjustment.
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Estudo dos mecanismos imunológicos do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com esclerose sistêmica / Evaluation of immunological mechanisms associated with autologous hematopoietic stem cell transplantation in systemic sclerosis patientsLucas Coelho Marlière Arruda 06 September 2017 (has links)
O transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (TACTH) tem se mostrado mais eficaz como tratamento das formas graves da esclerose sistêmica (ES) do que a imunossupressão convencional (IS), porém os mecanismos imunológicos envolvidos com a resposta terapêutica não estão completamente elucidados. Células mononucleares do sangue periférico e soro/plasma foram coletados de 31 pacientes com ES antes e semestralmente, até 36 meses pós-transplante, e de 16 pacientes com ES não-transplantados tratados com IS. A função tímica foi avaliada por RT-qPCR dos valores de b- e signal joint (sj)-T-cell receptor excision circles (TREC), sendo a taxa de proliferação intratímica (n) calculada pela fórmula: n=LOG(sjTREC/bTREC)/LOG2. A história replicativa das células B e a função medular foram quantificadas pelos valores de coding-joint (Cj) e sj-kappa-deleting recombination excision circles (sjKREC) e a taxa de proliferação das células B no sangue periférico (N) foi calculada pela fórmula: N=LOG(Cj/sjKREC)/LOG2. O comprimento telomérico foi avaliado por RT-qPCR e estimado pela razão T/S (Telomere repeat copy number/Single-copy gene copy number). As células recém-emigradas do timo (RET) CD3+CD4+CD31+CD45RA+, T reguladoras (Tregs) CD4+CD25hiFoxP3+(GITR+/CTLA-4+), naïve CD19+CD27-IgD+, Bm2 CD19+CD38lowIgD+, B reguladoras (Bregs) CD19+CD24hiCD38hi, senescentes CD8+CD28- CD57+ e exaustas PD1+ foram quantificadas por citometria de fluxo. O TCR foi sequenciado por sequenciamento de nova geração e o perfil de citocinas séricas inflamatórias e pró- fibróticas foi avaliado por CBA-Flex e ELISA. Observamos que os valores de sjTREC e bTREC diminuíram aos 6 meses pós-TACTH, retornando a valores basais aos 12 meses, correlacionando com o número de RET e promovendo maior diversidade do TCR. Não houve mudança na taxa de divisão de timócitos. A contagem de Tregs aumentou aos 12 meses pósTACTH, correlacionando com valores de sjTREC e apresentando maior expressão de GITR e CTLA-4. A partir dos 12 meses, até o final do acompanhamento, os valores de sjKREC aumentaram, enquanto que os de Cj permaneceram estáveis, correlacionando com aumento da contagem de células B naïve e Bm2, e resultando em uma menor taxa de divisão de células B. Houve aumento de Bregs de 6 meses a um ano após o TACTH, cujos níveis correlacionaramse com aqueles de sjKREC, e apresentando maior produção de IL-10 mediante estímulo com CPG±CD40L do que antes do transplante. O comprimento telomérico diminuiu aos 6 meses pós-TACTH e correlacionou-se com níveis elevados de células senescentes que expressavam FoxP3, aliado a um aumento de expressão de PD1 pelas células T e redução dos níveis séricos de IL-6, IL-1b e proteína C reativa. Seis pacientes recaíram após o transplante, apresentando menor expressão de FoxP3, GITR e CTLA-4 pelas Tregs, diminuição da contagem de Breg e da diversidade do TCR. Adicionalmente, a remissão clínica foi associada a maior expressão de PD1 por células T e B e baixos níveis séricos de TGF-b, IL-6, IL-1b, IL-17A, MIP-1a, GCSF e IL-12. Portanto, o aumento de células T e B reguladoras geradas de novo pós-TACTH, associado à renovação do repertório de células T, alta expressão de PD1 e baixos níveis séricos de mediadores inflamatórios e prófibróticos, estão relacionadas com a resposta clínica dos pacientes com ES ao transplante. / Autologous hematopoietic stem cell transplantation (AHSCT) is more effective for patients with severe systemic sclerosis (SSc) than conventional immunosuppression (IS). However, the immunological mechanisms associated with the therapeutic efficacy of AHSCT are not fully elucidated. Peripheral blood mononuclear cells and serum/plasma were collected from 31 SSc patients before and semiannually, until 36 months post-transplant, and from 16 nontransplanted SSc patients treated with IS. Thymic function was measured by RT-qPCR quantification of ?- and signal joint (sj)-T-cell receptor excision circles (sjTREC) and intrathymic T-cell division (n) was calculated by the formula: n=LOG(sjTREC/?TREC)/LOG2. Bcell replication history and bone marrow function were assessed by coding-joint (Cj) and sjkappa-deleting recombination excision circles (sjKREC). B-cell divisions in the peripheral blood (N) were calculated by the formula: N=LOG(Cj/sjKREC)/LOG2. CD3+CD4+CD31+CD45RA+ recent thymic emigrants (RTE), CD4+CD25hiFoxP3+ (GITR+/CTLA-4+) regulatory T-cells (Tregs), CD19+CD27-IgD+ naïve B-cells, CD19+CD38lowIgD+ Bm2 B-cells, CD19+CD24hiCD38hi regulatory B-cells (Bregs), CD8+CD28-CD57+ senescent cells and PD1+ exhausted cells were quantified by FACS (fluorescence-activated cell sorting). The T-cell receptor (TCR) was sequenced by New Generation Sequencing and the profile of inflammatory and pro-fibrotic serum cytokines was evaluated by CBA-Flex (cytometric bead-array) and ELISA (enzyme-linked immunosorbent assay). sjTREC and ?TREC values decreased at 6 months post-AHSCT, returning to pretransplant values at 12 months, correlating with RTE counts and associated with higher diversity of the TCR. There was no change in thymocyte division rates. At 12 months postAHSCT, Treg counts increased and correlated with sjTREC values, presenting increased expression of GITR and CTLA-4 when compared to pre-transplant levels. From 12 months until the end of follow-up, sjKREC values increased, while those of Cj remained stable, correlating with increased counts of naïve and Bm2 B-cells, resulting in reduced rate of B-cell division. There was an increase of Breg frequency from 6-months until one-year after AHSCT, correlating with sjKREC values and presenting higher IL-10 production after stimulation with CPG±CD40L than before transplantation. Telomere length decreased at 6 months post-transplant and correlated with elevated levels of FoxP3-expressing senescent cells, together with increased expression of PD1 by T-cells and reduced serum IL-6, IL-1b and C-reactive protein levels. Six patients relapsed after transplantation, presenting lower expression of FoxP3, GITR, CTLA-4 by Tregs, decreased Breg counts and reduced TCR diversity. In addition, clinical remission was associated with increased PD1 expression by T and B cells and low serum levels of TGF-?, IL-6, IL-1, IL-17A, MIP-1, G-CSF and IL-12. Therefore, newly-generated regulatory T and B cells after AHSCT, associated with T-cell repertoire renewal, high PD1 expression and low serum levels of inflammatory and profibrotic mediators associate with clinical outcomes of SSc patients after AHSCT.
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Reconstituição imunológica após transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e esclerose múltipla / Immune reconstitution after autologous hematopoietic stem cell transplantation in type 1 diabetes and multiple sclerosis patients.Lucas Coelho Marliére Arruda 16 August 2013 (has links)
Ensaios clinicos tem demonstrado que a imunossupressao em altas doses (IAD) seguida de transplante autologo de celulas tronco hematopoeticas (TACTH) e capaz de suprimir a atividade inflamatoria em pacientes com doencas autoimunes (DAIs) e induzir remissoes clinicas prolongadas nesses pacientes, porem os mecanismos de acao do TACTH ainda nao estao bem esclarecidos. O racional dessa terapia baseia-se na eliminacao das celulas autorreativas pela IAD e na reconstituicao de um sistema imunologico novo e tolerante apos o transplante a partir dos precursores hematopoeticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reconstituicao imunologica em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 (DM1, N=21) e pacientes com esclerose multipla (EM, N=37) sequencialmente apos o TACTH, e correlacionar os dados imunologicos com a resposta clinica dos pacientes ao transplante. Os pacientes com EM e DM1 foram divididos em dois grupos com base na resposta clinica apos o transplante: respondedores (EM-R; N=22) e nao-respondedores (EM-NR; N=15); livres de insulina por periodo maior ou igual a 3 anos (DM13 anos; N=11) e livres de insulina por periodo menor que 3 anos (DM1<3 anos; n=10); e acompanhados clinica e imunofenotipicamente por seis anos. Em relacao ao periodo pre-transplante, todos os grupos de pacientes com DM1 e EM apresentaram: 1, diminuicao do numero absoluto de celulas T CD3+ praticamente em todos os periodos pos-transplante avaliados, indicando uma intensa linfopenia decorrente da IAD; 2, aumento acentuado do numero de linfocitos T CD8+ e a diminuicao dos linfocitos T CD4+, resultando na inversao da razao CD4:CD8 durante todo o seguimento pos-transplante avaliado; 3, aumento significativo no primeiro ano apos o transplante das subpopulacoes de celulas T CD8+ de memoria central CD27+CD45RO+ e memoria efetora CD27- CD45RO+; 4, normalizacao dos numeros de linfocitos T CD4+ e CD8+ naive CD27+CD45RO- somente cinco anos apos o transplante, enquanto o numero de celulas T CD4+CD45RA+CD31+ recem- emigrantes do timo manteve-se abaixo dos valores pre-transplante durante todo o periodo avaliado, demonstrando que durante os seis anos de seguimento apos a IAD/TACTH predominaram mecanismos timo-independentes de reconstituicao imunologica; 5, normalizacao dos numeros de linfocitos B CD19+ entre dois a tres meses pos-transplante. O grupo de pacientes com DM1 que obteve melhor resposta clinica apos o tratamento com IAD/TACTH (DM13anos) apresentou, em comparacao ao periodo pre-transplante, numero diminuido de celulas T CD3+ (linfopenia) em varios periodos pos-transplante, numero aumentado de celulas T CD8+CD28- supressoras no primeiro ano pos-transplante principalmente, numero diminuido de celulas T CD4+ de memoria efetora nos periodos 2 a 9 meses pos-transplante e numero aumentado de celulas T reguladoras CD4+CD25hiFOXP3+ pos-transplante. O grupo de pacientes com EM com melhor resposta clinica apos o tratamento com IAD/TACTH (EM-R) apresentou, em comparacao ao periodo pre-transplante, numero diminuido de celulas T CD3+ (linfopenia) em varios periodos pos-transplante e numeros aumentados de celulas T reguladoras CD4+CD25hiFOXP3+ e CD8+CD28- supressoras nos primeiros tres anos pos-transplante. Vale ressaltar que os pacientes com DM1 e EM que apresentaram melhor resposta clinica permaneceram linfopenicos por maiores periodos de tempo apos o transplante. Desse modo, esse estudo revelou que a resposta terapeutica dos pacientes com DM1 e EM ao TACTH depende de uma linfopenia persistente, alem do aumento de celulas T reguladoras e supressoras e diminuicao de celulas T CD4+ de memoria apos o transplante. / Clinical trials have shown that high-dose immunosuppression (HDI) followed by autologous hematopoietic stem cell transplantation (AHSCT) is able to suppress the inflammatory activity in patients with autoimmune diseases (AID) and induce prolonged clinical remissions in these patients, but the mechanisms of action of AHSCT are still not well understood. The rationale of this therapy is based on the elimination of autoreactive cells by HDI and on the reconstitution of a new tolerant immune system after transplantation from hematopoietic precursors. The aim of this study was to evaluate the immune reconstitution in patients with type 1 diabetes mellitus (T1D, N=21) and patients with multiple sclerosis (MS, N=37) sequentially after the AHSCT, and correlate the immunological data with the clinical response of these patients to the transplant. Patients with MS and T1D were divided into two groups based on clinical response following transplantation: response (MS-R, N=22) and non-response (MS-NR, N=15); insulin-free for a period longer or equal to 3 years (T1D3 years, n=11) and insulin-free for less than 3 years (T1D<3 years, n=10); and accompanied clinical and immunophenotypically by six years. Regarding the pre-transplant period, all groups of patients with T1D and MS showed: 1, decreased absolute number of CD3+ T cells in virtually all post-transplant periods evaluated, indicating an intense lymphopenia resulting from HDI; 2, sharp increase in the number of CD8+ T lymphocytes and decreased CD4+ T lymphocytes, resulting in inversion of CD4:CD8 ratio throughout the follow-up post-transplant evaluation; 3, a significant increase, in the first year after transplantation, of CD8+ T central memory CD27+CD45RO+ and effector memory CD27-CD45O+ cell subpopulations; 4, normalization of CD4+ and CD8+ T naive CD27+CD45RO- lymphocytes numbers only five years after transplantation, whereas the number of CD4+CD45RA+CD31+ T cells newly emigrants from the thymus remained below the values pre- transplant during the study period, showing that during the six years of follow-up after the HDI/AHSCT mechanisms thymus-independent immune reconstitution were predominant; 5, normalization of CD19+ B lymphocytes numbers in two to three months post-transplant. The group of patients with DM1 that had the best clinical response after treatment with IAD/AHSCT (T1D 3years) showed, in comparison with the pre-transplant period, decreased number of CD3+ T cells (lymphopenia) at various times after transplantation, increased CD8+CD28- suppressor T cells numbers in the first year post-transplant, decreased number of CD4+ effector memory in periods of 2 and 9 months post-transplant and increased number of CD4+CD25hiFOXP3+ regulatory T cells after transplantation. The group of MS patients with better clinical response after treatment with IAD/AHSCT (MS-R) showed, in comparison to the pre-transplant period, decreased number of CD3+ T cells (lymphopenia) at various times after transplantation and increased numbers of CD4+CD25hiFOXP3+ regulatory Tcell and CD8+CD28- suppressor in the first three years post- transplant. It is noteworthy that patients with T1D and MS which showed better clinical response remained lymphopenic for longer periods of time after transplantation. Thus, this study revealed that the therapeutic response of patients with T1D and MS depend on a AHSCT to persistent lymphopenia, and increased regulatory and suppressor T cells and decreased number of CD4+ effector memory after transplantation.
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Avaliação funcional de pacientes com esclerose sistêmica submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas / Functional evaluation of systemic sclerosis patients after autologous hematopoietic stem cell transplantationKarla Ribeiro Costa Pereira 13 December 2017 (has links)
Esclerose sistêmica (ES) é uma doença autoimune caracterizada por fibrose cutânea associada a envolvimento visceral, levando a diminuição da capacidade física, limitação no desempenho das atividades de vida diária e prejuízo na qualidade de vida. O transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (TACTH) vem sendo estudado como uma alternativa terapêutica para pacientes com ES, proporcionando melhora do acometimento cutâneo e ao menos estabilização do quadro pulmonar. O objetivo deste estudo é avaliar o impacto do TACTH no acometimento da pele, capacidade funcional e qualidade de vida em pacientes com ES. Trata-se de um estudo longitudinal e prospectivo, conduzido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Os pacientes com ES submetidos ao TACTH foram avaliados inicialmente, e reavaliados 6 e 12 meses após o tratamento. A avaliação consistiu dos seguintes itens: acometimento da pele, avaliado pelo escore modificado de Rodnan (mRSS), função pulmonar (capacidade vital forçada, CVF e capacidade de difusão do monóxido de carbono, DLCO), força muscular respiratória (pressão inspiratória máxima - PImáx, e pressão expiratória máxima - PEmáx), mobilidade tóraco-abdominal pela cirtometria, avaliação funcional dos membros superiores (força de preensão das mãos, amplitude de movimento pela goniometria, distância finger-to-palm - FTP, questionários Disabilities of the arm, shoulder and hands - DASH, e Cochin hand functional scale - CHFS), abertura oral, teste de caminhada de seis minutos (TC6) e questionário de qualidade de vida Medical Outcomes Study - 36 item short-form (SF-36). Vinte e sete pacientes com ES foram avaliados antes e 6 meses após o transplante, e 22 desses pacientes foram adicionalmente avaliados aos 12 meses pós-transplante. Quando comparadas com os valores iniciais, pré-transplante, observou-se melhora significativa das variáveis mRSS, PImáx, PEmáx, cirtometria, força de preensão das mãos dominante e não-dominante, amplitudes de movimento articulares, FTP das mãos dominante e não-dominante, DASH, CHFS, abertura oral, distância percorrida no TC6, domínios capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais e saúde mental do SF-36 e medidas sumárias de componentes físico e mental do SF-36, após o transplante. Houve estabilização da função pulmonar após o transplante. Houve correlação significativa entre o mRSS e medidas de amplitude de movimento de punho, entre a capacidade física avaliada pelo TC6 e o componente físico do SF-36 e entre o questionário DASH e o componente físico do SF-36. Em conclusão, o TACTH promove melhora significativa do acometimento da pele, da capacidade funcional e da qualidade de vida de pacientes com ES, até pelo menos 1 ano de seguimento após o transplante. Embora a função pulmonar tenha apenas se estabilizado, os pacientes apresentaram significativa melhora da capacidade física. / Systemic sclerosis (SSc) is an autoimune disease characterized by skin fibrosis, associated with internal organ involvement, leading to decreased physical capacity, limitations in daily life activities and impairment of quality of life. Autologous hematopoietic stem cell transplantation (AHSCT) has been studied as an alternative treatment for patients with severe SSc, and promotes improvement of skin involvement and, at least, pulmonary function stabilization. The aim of this study is to evaluate the impact of AHSCT in skin involvement, functional capacity and quality of life in SSc patients. This is a prospective and longitudinal study, conducted at the Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, University of São Paulo. SSc patients were evaluated before, and 6 and 12 months after transplant for skin involvement by modified Rodnan skin score (mRSS), pulmonary function (forced vital capacity, FVC, carbon monoxide diffusion capacity, DLCO), respiratory muscle strength (maximal inspiratory pressure - MIP, and maximal expiratory pressure - MEP), thoracoabdominal mobility by cirtometry, functional evaluation of upper limbs (hand grip strength, range of motion by goniometry, finger-to-palm distance - FTP, Disabilities of the arm, shoulder and hands questionnaire - DASH, and Cochin hand functional scale questionnaire - CHFS), mouth opening, six-minute walk test (6MWT) and quality of life by the Medical Outcomes Study - 36 item short-form (SF-36). Twenty-seven patients were evaluated before and at 6 months after transplant, 22 of which were additionally evaluated at 12 months after transplant. When compared to pre-transplant evaluations, patients presented significant improvement of mRSS, MIP, MEP, cirtometry, hand grip strength, range of motion measurement, FTP distance, DASH, COCHIN, mouth opening, distance in 6MWT, physical functioning, role-physical, bodily pain, general health, vitality, social functioning and mental health domains of SF-36, and summary measures of the SF-36 Physical Component score and Mental Component score after AHSCT. The pulmonary function stabilized after transplant. Significant correlations were observed between skin involvement and range of motion measures, physical capacity and quality of life, and DASH and quality of life. In conclusion, AHSCT significantly improves the functional status of SSc patients in the first year of follow-up. Although the pulmonary function remained stable after AHSCT, there was significant increase in the physical capacity of patients.
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Efetividade e toxicidade de protocolo de condicionamento em transplante autólogo de célula-tronco hematopoética para pacientes com linfomaSantos, Kelli Borges dos 27 November 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-27 / Introdução: Nas últimas décadas, o transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (auto-TCTH) tem sido utilizado como uma potencial terapia de salvamento para pacientes portadores de linfomas. Atualmente, inúmeros tipos de protocolos de condicionamento para a realização do auto-TCTH são conhecidos e utilizados com a intenção de melhorar a sobrevida global (SG) e livre de doença (SLD) destes pacientes. Até os dias atuais, nenhum protocolo tem sido considerado superior, com melhores resultados que os outros. Objetivo: Determinar a dose máxima de lomustina tolerada em protocolo de condicionamento (lomustina, etoposide, citarabina e melfalan – LEAM) e avaliar as toxicidades deste protocolo em comparação a série histórica do serviço. Método: Trata-se de uma coorte prospectiva, do tipo 3:3, quantitativa. A primeira etapa do estudo foi realizada para a determinação da dose máxima tolerada (DMT) de lomustina. A segunda etapa, consistiu na comparação com a série histórica de pacientes submetidos ao transplante que utilizaram CBV (carmustina, etoposide e ciclofosfamida) previamente ao auto-TCTH. Resultados: Para determinar a dose máxima tolerada (DMT) de lomustina administrada no D-4, seguida de etoposide (1 g/m2 D-3), citarabina (4g/m2 D-2), e melfalano (140 mg/m2 D-1), foram submetidos ao protocolo um total de 14 pacientes. Foi realizado escalonamento da dose de lomustina a cada 200 mg/m2. A coorte inicial consistiu de lomustina na dose de 200 mg/m2 (L200), seguida de uma coorte com lomustina 400 mg/m2 (L400). Como L400 excedeu a DMT, uma terceira coorte foi criada com lomustina 300 mg/m2 (L300). Seis pacientes foram tratados em L200 (1 Toxicidade Limitante de Dose (TLD) – óbito por sepse), dois pacientes foram tratados em L400 (2 TLD, toxicidade gastrointestinal grau 4) e 6 pacientes foram tratados em L300 (1 TLD, neurológica grau 4, reversível), sendo lomustina 300mg/m2 considerada a DMT. Na segunda fase do estudo participaram 32 pacientes submetidos ao protocolo LEAM. As principais toxicidades encontradas entre os pacientes foram mucosite (53,1%), diarreia (68,8%) e toxicidade cutânea (34,4%). A seguir, os pacientes foram comparados a séria histórica, em que 64 pacientes foram submetidos ao protocolo CBV. Os grupos eram similares no que diz respeito ao estádio, diagnóstico médico idade e sexo. O início da neutropenia e o tempo de duração da mesma foi estatisticamente menor no grupo LEAM em comparação ao grupo CBV, p = 0,00 e 0,035 respectivamente. Não houve diferença entre as toxicidades encontradas nos
dois grupos, no entanto, a sobrevida global dos pacientes submetidos ao protocolo LEAM foi superior em comparação ao grupo CBV (p = 0,050). Conclusão: O protocolo LEAM mostrou-se como um regime de condicionamento factível, de rápida administração, associado a curto período de neutropenia e aceitável toxicidade. A sobrevida global foi melhor no protocolo LEAM quando comparada a série histórica do serviço. / Introduction: In recent decades, Autologous Hematopoietic Stem Cell Transplantation (auto-HSCT) has been used as a potential rescue therapy for patients with lymphoma. Currently, numerous types of conditioning protocols for performing auto-HSCT are known and used in order to improve the overall survival (OS) and disease-free survival (DFS) of these patients. Until today, no protocol has been considered superior and produced better results than the others. Objective: Determine the maximum tolerated dose of lomustine in a conditioning protocol (lomustine, etoposide, cytarabine and melphalan – LEAM) and evaluate the toxicities of this protocol in comparison to the historical series of the service. Method: A quantitative, type 3.3 prospective cohort. The first step of the study was carried out to determine the maximum tolerated dose (MTD) of lomustine. The second step consisted in comparing it with the historical series of patients undergoing transplantation who used CBV (carmustine, etoposide and cyclophosphamide) prior to auto-HSCT. Results: To determine the maximum tolerated dose (MTD) of lomustine administered on D-4, followed by etoposide (1 g/m2 (D-3), cytarabine (4 g/m2 (D-2), and melphalan (140 mg/m2 (D-1), a total of 14 patients were submitted to the protocol. The lomustine dose was escalated according to 200 mg/m2 intervals. The initial cohort consisted of lomustine at a dose of 200 mg/m2 (L200), followed by a cohort with lomustine 400 mg/m2 (L400). Because L400 exceeded the MTD, a third cohort with lomustine in a dose of 300 mg/m2 was created (L300). Six patients were treated in L200 (1 DLT, died of sepsis), two patients were treated in L400 (2 DLT, grade 4 gastrointestinal toxicity) and 6 patients were treated in L300 (1 DLT, neurological grade 4, reversible), with lomustine 300mg/m2 being considered the MTD. In the second phase of the study, 32 patients submitted to the LEAM protocol participated. The main toxicities found among the patients were mucositis (53.1%), diarrhea (68.8 %) and dermal toxicity (34.4%). The patients were then compared to the historical series, in which 64 patients were submitted to the CBV protocol. The groups were similar with regard to the stage, medical diagnosis, age and sex. The beginning of neutropenia and its duration was statistically lower in the LEAM group when compared to the CBV group, p = 0.00 and 0.035, respectively. There was no difference between the toxicities found in the two groups, but the overall survival of the patients submitted to the LEAM protocol was higher when compared to the CBV group (p = 0.050). Conclusion: The LEAM protocol proved to be a viable conditioning regimen of
rapid administration, associated with a short duration of neutropenia and acceptable toxicity. Overall survival was better in the LEAM protocol when compared to the historical series of the service.
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Avaliação de células CD34+ por citometria de fluxo em pacientes em mobilização com G-CSF e a associação com a leucometriaSantos, Patricia Elkiki dos 08 April 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-04-08 / Introdução: O uso de células progenitoras hematopoéticas mobilizadas no sangue periférico tornaram-se a fonte preferencial para transplante autólogo. Alguns fatores podem afetar a mobilização de células CD34+ no transplante autólogo de células progenitoras hematopoéticas (TACPH). Este estudo teve como objetivo avaliar a influência desses fatores e correlacionar com a contagem de células CD34+ pré-aférese. Método: Estudo prospectivo que envolveu a avaliação de pacientes submetidos a mobilização de células progenitoras hematopoéticas com fator de crescimento de granulócitos (G-CSF) para realizar o transplante autólogo. Foi realizada quantificação de células CD34+ no sangue periférico pré-aférese e no produto final. Foi determinado a quantidade de células CD34+ relacionada com menor número de coletas para se obter o valor necessário para a realização do transplante, além da associação com os dados clínicos e laboratoriais. Resultados: Do total de 34 pacientes, 85% tinham mais que 20.000 leucócitos/μl. Dos pacientes que apresentaram falha na mobilização, 100% apresentaram leucometria inferior a 20.000 leucócitos/μl. Houve diferença estatisticamente significativa na associação entre o CD34+ pré-aférese e as variáveis idade (p=0,025), leucometria (p<0,001) e células mononucleares (p=0,001) do sangue periférico. O CD34+ ≥ 14 células/μl pré-aférese teve relação com um melhor rendimento dessas células no produto final e com a necessidade de apenas uma coleta para se obter a quantidade necessária para realizar o TACPH. Conclusão: Esse estudo demonstra que a contagem de células CD34+ relacionada com a idade e a leucometria pré-aférese do paciente, foi o único fator associado estatisticamente com o número de coletas e com rendimento do produto final. / Introduction: The use of hematopoietic progenitor cells mobilized in the peripheral blood became the preferred source for autologous transplantation Some factors may affect the mobilization of CD34+ cells in autologous transplantation of hematopoietic progenitor cell (ATHPC). This study aimed to evaluate the influence of these factors and to correlate with the pre-apheresis CD34+ cell count. Method: This is a prospective study evaluating 34 patients submitted to the mobilization of hematopoietic progenitor cells with granulocyte growth factor (G-CSF). Quantification of CD34+ cells in the peripheral blood pre-apheresis and in the final product of the apheresis was performed. The amount of CD34+ cells related to fewer collections was determined to obtain the value needed for the transplantation, in addition to the association with clinical and laboratory data. Results: Out of the 34 patients, 85% had more than 20,000 leukocytes / μl. Of the patients who presented failure during mobilization, all presented < 20,000 leukocytes / μl. There was a statistically significant difference in the association between pre-apheresis CD34+ and the variables age (p = 0.025), leukocyte count (p <0.001) and mononuclear cells (p = 0.001) in peripheral blood. Pre-apheresis CD34+ ≥14 cells/μl was related to better yield of these cells in the final product and with the need for only one collection to obtain the minimum cumulative yield of 2 x 106 CD34+/Kg. Conclusion: This study demonstrates that the age-related CD34+ cell count and patient pre-apheresis leukocyte count was the only factor statistically associated with the number of collections and yield of the final product.
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O citomegalovírus humano (HCMV) no transplante de células-tronco hematopoéticas : o uso da PCR em tempo real no monitoramento da infecção e doença causada pelo HCMV / Human cytomegalovirus (HCMV) in hematopoietic stem cell transplantation : the use of real-time PCR in monitoring the infection and disease causad by HCMVPeres, Renata Maria Borges 25 August 2018 (has links)
Orientador: Sandra Cecília Botelho Costa / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-25T18:24:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 / Resumo: Introdução: Considerando-se que o transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) está associado à significativa morbidade e mortalidade devido à toxicidade do regime de condicionamento, sepse, doença do enxerto-contra-hospedeiro (DECH), entre outras complicações, sua indicação requer uma avaliação cuidadosa do risco. As infecções estão associadas a elevados índices de óbitos no pós-transplante, e seu aparecimento pode estar associado a fatores como o regime de condicionamento, imunodepressão para a prevenção da DECH, a própria DECH e a terapia adicional para a doença de base após o transplante. Dentre as infecções virais, o citomegalovírus humano (HCMV) é o patógeno mais importante no pós-TCTH pela morbidade e mortalidade associadas a ele. Por este motivo os pacientes submetidos ao TCTH são monitorados por testes laboratoriais sensíveis e específicos para o diagnóstico precoce da infecção ativa causada pelo HCMV, permitindo assim, a administração imediata da terapia antiviral. A antigenemia tem sido indicada como "padrão ouro" para guiar o tratamento precoce desta infecção. Embora a PCR em tempo real seja outra técnica muito utilizada para este fim, esta pode ser demasiadamente sensível para uso clínico, podendo haver diagnósticos positivos em pacientes que não apresentam risco de desenvolvimento da doença causada pelo HCMV. Objetivos: Determinar um valor de cutoff para diferenciar infecção latente de infecção ativa, além do risco do desenvolvimento da doença causada pelo HCMV. Métodos: Neste trabalho, 49 pacientes submetidos ao TCTH do tipo alogênico foram monitorados desde o dia do transplante até o dia +150 pelas técnicas de antigenemia e pela PCR em tempo real. Resultados: Após a construção da curva ROC o cutoff encontrado para indicar a reativação do HCMV foi 116 cópias. Baseado nesta determinação, os resultados positivos da PCR em tempo real (?116 cópias) foram comparados com resultados positivos da antigenemia (? 3 células pp65 positivas), observando associação estatisticamente significante entre eles. Sendo assim, a PCR em tempo real com 116 cópias como cutoff foi adotada como o único critério para definir a infecção ativa causada pelo HCMV nos pacientes incluídos no estudo. Vinte (40,8%) dos 49 pacientes tiveram infecção ativa causada pelo HCMV durante o monitoramento, ocorrendo com maior frequência entre os dias +41 e +50 pós-TCTH. Dezoito (90%) desses 20 pacientes foram tratados com ganciclovir e 16 deles atingiram a negativação da PCR em tempo real numa mediana de 6 dias após o início do tratamento. Quatro (8,2%) pacientes tiveram doença causada pelo HCMV comprovada por biópsia do trato gastrointestinal, 1 deles sem diagnóstico da viremia. Dois (50%) dos 4 pacientes que tiveram doença causada pelo HCMV não responderam bem ao tratamento antiviral, evoluindo para o óbito por esta causa numa mediana de 6,5 dias após o início do tratamento com ganciclovir. Outros 15 pacientes morreram por infecções fúngicas e bacterianas, DECH, recidiva da doença de base ou doença veno-oclusiva hepática. Conclusões: Pacientes submetidos ao TCTH não aparentado apresentam maior risco de infecção ativa causada pelo HCMV, o aumento repentino da carga viral parece ter relação com o aparecimento da doença causada pelo HCMV, a gravidade desta doença pode estar associada com o tempo de resposta ao tratamento antiviral e a manifestação de doença causada pelo HCMV e provável doença causada pelo HCMV aumentam o risco de óbito no pós-TCTH / Abstract: Considering that allogeneic hematopoietic stem cell transplantation (HSCT) is associated with significant morbidity and mortality due to toxicity of the conditioning regimen, sepsis onset, graft versus host disease (GVHD) manifestation, among other complications, its indication requires careful risk assessment. Infections are associated with high rates of deaths after transplantation, and their appearance can be associated with factors such as conditioning regimen, immunosuppression to prevent GVHD, GVHD itself and additional therapy for the underlying disease after transplantation. Among the viral infections, human cytomegalovirus (HCMV) is the most significant pathogen after HSCT, considering morbidity and mortality associated with it. For this reason, patients submitted to HSCT are monitored by sensitive and specific laboratory tests for early diagnosis of HCMV reactivation, thus allowing immediate administration of antiviral therapy. The antigenemia method has been indicated as the gold standard for guiding the early treatment of this infection. Although real-time PCR is another technique widely used for this purpose, this may be too sensitive for clinical use, there may be positive diagnoses in patients without risk of developing HCMV disease. Objectives: Determining a cutoff value to distinguish latent infection from active infection and the risk of developing HCMV disease. Methods: In this study, 49 patients undergoing allogeneic HSCT were monitored from the day of transplantation until day +150 by antigenemia and real-time PCR. Results: After constructing the ROC curve, the cutoff found for HCMV reactivation was 116 copies. Based on this determination, the positive results of real-time PCR (? 116 copies) were compared with results of positive antigenemia (pp65 positive cells ? 3), observing statistically significant association between them. Thus, the real-time PCR with 116 copies as cutoff was adopted as the sole criterion to define the active infection in the patients included in the study. Twenty (40.8%) of the 49 patients had HCMV reactivation during monitoring, occurring most frequently between days +41 and +50 after HSCT. Eighteen (90%) of these 20 patients were treated with ganciclovir and 16 have reached their negative real-time PCR in a median of six days after the beginning of treatment. Four (8.2%) patients had positive gastrointestinal tract biopsy for HCMV disease, one of them with no diagnosis of viremia. Two (50%) of four patients who had HCMV disease have not responded well to antiviral therapy, progressing to death by HCMV disease at a median of 6.5 days after starting treatment with ganciclovir. Another 15 patients died from fungal bacterial infection, GVHD, underlying disease relapse or veno-occlusive hepatic disease. Conclusions: Patients undergoing unrelated HSCT had higher risk of HCMV reactivation; the sudden increase in viral load seems to be related to the onset of HCMV disease; the severity of HCMV disease may be associated with the response time to antiviral therapy; and HCMV disease manifestation and probable HCMV disease increase the risk of death after HSCT / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
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O impacto do evento competitivo após o transplante de células-tronco hematopoiéticas : comparação entre os métodos de incidência cumulativa e Kaplan-Meier / The impact of a competitive event after hematopoietic stem cell transplantation : comparison between cumulative incidence and Kaplan-Meier methodsMiranda, Eliana Cristina Martins, 1965 24 August 2018 (has links)
Orientador: Carmino Antonio De Souza / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T04:16:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: O estudo analisa duas metodologias que estão sendo usadas para estimar a probabilidade de eventos. Um método é a inversão do Kaplan-Meier (1-KM), o qual não considera eventos competitivos, e o outro método é a função da incidência cumulativa (FIC). O estudo contemplou a definição do conceito de risco competitivo e a aplicação dos métodos citados em um conjunto de dados de pacientes submetidos ao transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH). Os critérios de inclusão foram pacientes consecutivos transplantados no período de Janeiro de 1994 a Dezembro de 2010, com diagnóstico de leucemia aguda (LA) ou leucemia mieloide crônica (LMC). O evento de interesse foi a doença do enxerto contra o hospedeiro (DeCH) crônica, enquanto os eventos competitivos foram: recaída e morte prévia a DeCH crônica. O resultado após a aplicação do método 1-KM para o grupo de pacientes com LA foi de 52% e estratificado pelo tipo de enxerto foi 44% para medula óssea (MO) e 77% para sangue periférico (SP) p= 0.003. Quando aplicado o método FIC a probabilidade geral foi de 45% e por tipo de enxerto foi 17% para MO e 33% para SP, p= 0.00002. No grupo de pacientes diagnosticados com LMC, usando a mesma racional os resultados foram similares. Não há comparações entre os métodos estatísticos, principalmente porque o pressuposto de se considerar o evento competitivo é aplicado somente na metodologia FIC. A fonte de células SP cotejada com fonte de células MO conduzem a uma incidência cumulativa maior de DeCH, independente da doença de base. Os resultados apresentaram, na grande maioria, diferenças grandes entre os testes, indicando a importância de se averiguar os detalhes no momento da aplicação / Abstract: This study presents two methodologies that have been used to estimate the probability of events. One method is the Kaplan-Meier inversion (1-KM), which no consider the competitive events, and another one is the cumulative incidence function (CIF). The study showed the definition of competitive risk concepts and its application in the database of patients submitted to the hematopoietic stem cell transplantation (HSCT). Inclusion criteria were consecutive transplanted patients in the period between January 1994 to December 2010, with acute leukemia (AL) or chronic myeloid leukemia (CML). The interest event was chronic graft versus host disease (GVHD), insofar, competitive events were relapse or early death previous to chronic GVHD. The results after 1-KM application in the AL group was 52% and stratified by source of graft was 44% in bone marrow (BM) and 77% in peripheral blood (PB) with p=0.003. When CIF test applied the results was 45% and by source of graft was 17% in BM and 33% in PB, p= 0.00002. In the CML group the results were similar. There is no comparison between the statistical tests, mainly because their assumptions are not the same. PB as source of graft induces a higher incidence of chronic GVHD, independent of disease. All results presented, in the mayor, huge differences among the tests, indicating the importance to check the details at time of application / Doutorado / Clinica Medica / Doutora em Clínica Médica
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Reações adversas durante condicionamento para transplante autólogo de células tronco hematopoéticas em vigência do uso de globulina antitimocitária / Adverse reactions during conditioning for autologous hematopoietic stem cell transplantation with the use of anti-thymocyte globulinLoren Nilsen 20 August 2012 (has links)
A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune desmielinizante progressiva imunomediada por linfócitos T auto-reativos, que provocam uma cascata imunológica, amplificando a inflamação local. No Diabetes mellitus tipo 1 (DM1), existem linfócitos T auto reativos destroem as células beta do pâncreas, causando deficiência na produção de insulina. O desenvolvimento de terapêuticas específicas fica limitado pela etiologia indefinida destas doenças, apesar de avanços na terapêutica antiinflamatória e imunossupressora. Uma alternativa de tratamento atual para tais doenças é o transplante autólogo de células tronco hematopoéticas (TACTH). O presente estudo, observacional do tipo transversal, com a coleta de dados de caráter retrospectivo, tem como objetivo identificar as reações adversas manifestadas pelos pacientes diabéticos ou de esclerose múltipla, submetidos ao TACTH no período de 2004 a dezembro de 2010. Para a coleta de dados elaborou-se dois instrumentos que foram submetidos à validação aparente e de conteúdo por três juízes. A amostra final do estudo foi constituída pela obtenção dos dados de 72 prontuários, sendo 23 de pacientes diabéticos e 49 de pacientes com EM. Em relação aos pacientes diabéticos 16 pertenciam ao sexo masculino e a idade média foi 18,26 anos. Todos possuíam positividade para o anticorpo anti-carboxilase do ácido glutâmico (antiGAD65). Quanto aos pacientes com EM, trinta e três pertenciam ao sexo feminino e idade média foi de 37,2 anos. O subtipo da doença mais frequente foi o surto-remissivo em 21 (42,9%) pacientes. A escala expandida do estado de incapacidade (EDSS) variou entre 3,0 e 6,5. Em relação às reações adversas manifestadas pelos pacientes diabéticos foram mais frequentes os calafrios, febre, cefaléia, náusea e vômito e nos pacientes com esclerose múltipla foram retenção hídrica e cefaléia. As principais intervenções de enfermagem identificadas para os pacientes diabéticos e com EM foram monitorização dos sinais vitais, coleta de hemocultura, otimização da administração de medicamentos antieméticos, controle da infusão da globulina antitimocitária, orientações sobre alimentação e para reduzir o risco de queda. Os pacientes com DM1 apresentam reações mais agudas e necessitam de monitorização contínua. Já os pacientes com EM são mais dependentes dos cuidados de enfermagem, exigindo maior tempo de cuidados prestados pelo profissional. Embora o DM1 e a EM sejam doenças distintas, percebe-se que na prática clínica, exigem do enfermeiro uma excelência no cuidado, quer pelas particularidades do tratamento realizado ou pelas singularidades de cada uma delas. / Multiple sclerosis (MS) is a progressive demyelinating autoimmune disease, immune- mediated by auto-reactive T lymphocytes, which provoke an immunological cascade, enhancing the local inflammation. In type 1 diabetes mellitus (DM1), self-reactive T lymphocytes exist that destroy ? cells in the pancreas, causing insulin production deficiency. The development of specific therapeutics is limited by these diseases\' undefined etiology, despite advances in anti-inflammatory and immunosuppressive therapy. A current treatment alternative for these diseases is autologous hematopoietic stem cell transplantations (AHSCT). The aim of this observational and cross-sectional study with retrospective data collection is to identify the adverse reactions manifested by diabetic or MS patients who were submitted to AHSCT between 2004 and December 2010. For data collection, two instruments were elaborated, submitted to face and content validation with the help of three experts. The final study sample comprised data from 72 patient files, 23 from diabetic and 49 from MS patients. As for the diabetic patients, 16 were male and the mean age was 18.26 years. All were positive for the anti-glutamic acid decarboxylase (antiGAD65) antibody. Concerning MS patients, 33 were female and the mean age was 37.2 years. The most frequent disease subtype was relapsing-remitting in 21 (42.9%) patients. The expanded disability status scale (EDSS) score ranged between 3.0 and 6.5. As for the adverse reactions the diabetic patients manifested, shivers, fever, migraine, nausea and vomiting were the most frequent, while fluid retention and migraine were the most frequent among multiple sclerosis patients. The main nursing interventions identified for the diabetic and MS patients were vital sign monitoring, blood culture collection, optimization of anti-emetic drug administration, control of anti- thymocyte globulin infusion, dietary orientations and advice to reduce the risk of falls. DM1 patients present more acute reactions and need continuous monitoring. MS patients are more dependent on nursing care, demanding lower professional care time. Although DM1 and MS are distinct conditions, in clinical practice, they demand excellent care from nurses, whether due to the particularities of the treatment or the singularities of each disease.
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Genetic Associations in Acute Leukemia Patients after Matched Unrelated Donor Allogeneic Hematopoietic Stem Cell TransplantationRizvi, Abbas Ali 03 July 2019 (has links)
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