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De rio-grandense a gaúcho : o triunfo do avesso : um processo de representação regional na literatura do século xix (1847-1877)

Gomes, Carla Renata Antunes de Souza January 2006 (has links)
Este estudo quer, através do cruzamento de várias manifestações literárias sobre o Rio Grande do Sul do século XIX, acompanhar o percurso dos termos “rio-grandense” e “gaúcho”, principalmente, na Literatura regional e de viagem, buscando observar as alternâncias de sentido nas formas de designar o habitante do Rio Grande do Sul, iniciando em 1847 com José Antonio do Vale Caldre e Fião e o romance “A Divina Pastora”, que inaugura o gênero regionalista, estendendo-se até “O vaqueano”, de 1872, além de outros contos de Apolinário Porto Alegre. Assim, o problema central desta pesquisa foi descobrir quando e porquê o ser social “riograndense” assimila e é convertido no ser cultural denominado “gaúcho” e que circunstâncias históricas contribuem para esta transformação, que intenções contribuíram para a construção da imagem do gaúcho tal como a conhecemos hoje e como esta fabricação foi iniciada e se perpetuou ao longo da história.Tendo em vista que o capital cultural dos rio-grandenses é fruto de uma construção histórica, assentada em guerras e lutas que não foram fabricadas, nem imaginadas pelos homens das “belas letras”, foram, isto sim, representadas em prosa e verso, reconstituídas e embelezadas, recontadas à sua maneira, no firme propósito de perpetuação de uma memória, o que, sem embargo, exige um perseverante culto ao passado através de uma sempre seletiva memória histórica, pois se à historiografia cabe evidenciar e trazer à tona determinados fatos, também não é menos verdadeiro que quem a escreve também pode calar quando for conveniente. Considerando, portanto, que na Província do Rio Grande de São Pedro, o século XIX viera e se fora sob o signo da guerra, onde sob constante fogo cruzado se estabeleceram os parâmetros identitários dos rio-grandenses, e que nestas lutas alguns deles entraram como “monarcas” e “gaúchos”, outros se enfrentaram como “luso-brasileiros” e “hispano-platinos” e entre uns e outros surgiram os “gaúchos brasileiros”. E constatando ainda que a Literatura do período tratará com igual fervor este estado de permanente atuação militar, em que restará consagrada pela pena dos autores, a grande revolução de 1835, mas sem embargo da autoridade histórica deste fato, não foram de somenos importância as inúmeras guerras de manutenção das fronteiras, assim como a Guerra do Paraguai (1865 a 1870) e ainda, a Federalista (1893 a 1895), que constituíram os momentos mais tensos do processo de afirmação política nacional e regional, registrando na memória coletiva sul-riograndense o cheiro de pólvora e sangue que permeou um século de história do extremo sul do Brasil. De modo que a História forneceu os subsídios necessários à fabricação do estilo riograndense de ser e à Literatura coube forjar um caráter, um comportamento e um nome, num processo contínuo de construção cultural, que aderiu de tal modo ao imaginário social, que hoje é praticamente impensável outra denominação aos habitantes do Rio Grande do Sul, que não seja a de gaúchos, e que, todavia, não são caricaturas nem de guascas da cidade, nem de janotas do campo. / This study aims at, through crossing different literary expressions on Rio Grande do Sul in the XIXth Century, following the course of terms “rio-grandense” and “gaucho”, mainly in regional and journey literature. By doing this, I intend to find changes in meaning of calling the inhabitants of Rio Grande do Sul, from 1847, with José Antonio de Vale Caldre Fião, the author of novel “A Divina Pastora”, which opens regional genre, to “O Vaqueano” and other stories by Apolinário Porto Alegre, in 1872. Thus, the main question of this research was to find when and why “rio-grandense” social being incorporates and is converted into a cultural being called “gaucho”, and which historical circumstances contribute to that change, which intentions guided the construction of the gaucho’s image as seen nowadays and how this making of has began and persisted along history.This rio-grandense’s cultural capital is the result of a historical construction, founded in struggles and fights nor produced neither conceived before by men of “belles lettres”, but rather represented in prose and verse, restored and embellished, retold according to their own visions in order to perpetuate memory. Nevertheless, it demands a constant cult to the past through a historical selective memory, once if historiography must bring some facts into light, it’s also true that those who write history can also be silent when necessary. Considering that in Província do Rio Grande de São Pedro the XIXth Century has come and gone under the spell of war, when constant crossfire was a backcloth to establishing of people’s identities, and that some of them were “monarchs” or “gauchos”, otheres fought as “Lusitanian-Brazilians” or “Hispanic-Platines”, and others were “Braziliangauchos”; and considering that Literature at that time deals with this continuous warlike condition in which the history of 1835’s Great Revolution will be acclaimed by the author’s writings in spite of historic authority, the many struggles for border maintainance like Paraguay War (1865-1870) and Federalism War (1893-1895) were relevant likewise. These were the most tense facts in the process of regional and national political assertion, recording in sul-rio-grandenses’ colective memory the smell of gun powder which pervaded the history of deep South of Brazil. Thus, History provided the necessary instruments to constitution of rio-grandenses’ way of being, and it’s a task for Literature to shape character, behavior and a name, in a continuous process of cultural constitution so attached to social imaginary, that today another name is unthinkable to call “gauchos” the inhabitants of Rio Grande do Sul. These “gauchos” are not caricatures of neither natives from the city, nor fops from the country.
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De rio-grandense a gaúcho : o triunfo do avesso : um processo de representação regional na literatura do século xix (1847-1877)

Gomes, Carla Renata Antunes de Souza January 2006 (has links)
Este estudo quer, através do cruzamento de várias manifestações literárias sobre o Rio Grande do Sul do século XIX, acompanhar o percurso dos termos “rio-grandense” e “gaúcho”, principalmente, na Literatura regional e de viagem, buscando observar as alternâncias de sentido nas formas de designar o habitante do Rio Grande do Sul, iniciando em 1847 com José Antonio do Vale Caldre e Fião e o romance “A Divina Pastora”, que inaugura o gênero regionalista, estendendo-se até “O vaqueano”, de 1872, além de outros contos de Apolinário Porto Alegre. Assim, o problema central desta pesquisa foi descobrir quando e porquê o ser social “riograndense” assimila e é convertido no ser cultural denominado “gaúcho” e que circunstâncias históricas contribuem para esta transformação, que intenções contribuíram para a construção da imagem do gaúcho tal como a conhecemos hoje e como esta fabricação foi iniciada e se perpetuou ao longo da história.Tendo em vista que o capital cultural dos rio-grandenses é fruto de uma construção histórica, assentada em guerras e lutas que não foram fabricadas, nem imaginadas pelos homens das “belas letras”, foram, isto sim, representadas em prosa e verso, reconstituídas e embelezadas, recontadas à sua maneira, no firme propósito de perpetuação de uma memória, o que, sem embargo, exige um perseverante culto ao passado através de uma sempre seletiva memória histórica, pois se à historiografia cabe evidenciar e trazer à tona determinados fatos, também não é menos verdadeiro que quem a escreve também pode calar quando for conveniente. Considerando, portanto, que na Província do Rio Grande de São Pedro, o século XIX viera e se fora sob o signo da guerra, onde sob constante fogo cruzado se estabeleceram os parâmetros identitários dos rio-grandenses, e que nestas lutas alguns deles entraram como “monarcas” e “gaúchos”, outros se enfrentaram como “luso-brasileiros” e “hispano-platinos” e entre uns e outros surgiram os “gaúchos brasileiros”. E constatando ainda que a Literatura do período tratará com igual fervor este estado de permanente atuação militar, em que restará consagrada pela pena dos autores, a grande revolução de 1835, mas sem embargo da autoridade histórica deste fato, não foram de somenos importância as inúmeras guerras de manutenção das fronteiras, assim como a Guerra do Paraguai (1865 a 1870) e ainda, a Federalista (1893 a 1895), que constituíram os momentos mais tensos do processo de afirmação política nacional e regional, registrando na memória coletiva sul-riograndense o cheiro de pólvora e sangue que permeou um século de história do extremo sul do Brasil. De modo que a História forneceu os subsídios necessários à fabricação do estilo riograndense de ser e à Literatura coube forjar um caráter, um comportamento e um nome, num processo contínuo de construção cultural, que aderiu de tal modo ao imaginário social, que hoje é praticamente impensável outra denominação aos habitantes do Rio Grande do Sul, que não seja a de gaúchos, e que, todavia, não são caricaturas nem de guascas da cidade, nem de janotas do campo. / This study aims at, through crossing different literary expressions on Rio Grande do Sul in the XIXth Century, following the course of terms “rio-grandense” and “gaucho”, mainly in regional and journey literature. By doing this, I intend to find changes in meaning of calling the inhabitants of Rio Grande do Sul, from 1847, with José Antonio de Vale Caldre Fião, the author of novel “A Divina Pastora”, which opens regional genre, to “O Vaqueano” and other stories by Apolinário Porto Alegre, in 1872. Thus, the main question of this research was to find when and why “rio-grandense” social being incorporates and is converted into a cultural being called “gaucho”, and which historical circumstances contribute to that change, which intentions guided the construction of the gaucho’s image as seen nowadays and how this making of has began and persisted along history.This rio-grandense’s cultural capital is the result of a historical construction, founded in struggles and fights nor produced neither conceived before by men of “belles lettres”, but rather represented in prose and verse, restored and embellished, retold according to their own visions in order to perpetuate memory. Nevertheless, it demands a constant cult to the past through a historical selective memory, once if historiography must bring some facts into light, it’s also true that those who write history can also be silent when necessary. Considering that in Província do Rio Grande de São Pedro the XIXth Century has come and gone under the spell of war, when constant crossfire was a backcloth to establishing of people’s identities, and that some of them were “monarchs” or “gauchos”, otheres fought as “Lusitanian-Brazilians” or “Hispanic-Platines”, and others were “Braziliangauchos”; and considering that Literature at that time deals with this continuous warlike condition in which the history of 1835’s Great Revolution will be acclaimed by the author’s writings in spite of historic authority, the many struggles for border maintainance like Paraguay War (1865-1870) and Federalism War (1893-1895) were relevant likewise. These were the most tense facts in the process of regional and national political assertion, recording in sul-rio-grandenses’ colective memory the smell of gun powder which pervaded the history of deep South of Brazil. Thus, History provided the necessary instruments to constitution of rio-grandenses’ way of being, and it’s a task for Literature to shape character, behavior and a name, in a continuous process of cultural constitution so attached to social imaginary, that today another name is unthinkable to call “gauchos” the inhabitants of Rio Grande do Sul. These “gauchos” are not caricatures of neither natives from the city, nor fops from the country.
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Indústria e estruturação do espaço regional : agentes da estruturação espacial na aglomeração urbana do nordeste do Rio Grande do Sul

Borba, Sheila Villanova January 2003 (has links)
O papel da indústria na determinação de características estruturais da organização espacial é um tema que tem sido amplamente tratado nas Ciências Sociais, e que recobrou importância, a partir dos anos 80, em função das mudanças tecnológicas e organizacionais na produção industrial, as quais vêm provocando transformações territoriais em diferentes escalas - regional, das redes urbanas e intra-urbanas. O estágio atual do debate teórico (caracterizado pela ausência de teorias gerais) e da pesquisa empírica sobre tais fenômenos, recomenda a multiplicação das análises de situações concretas que, através da identificação de semelhanças e diferenças, continuidade ou descontinuidade de tais processos, permitam a formulação de novas hipóteses interpretativas. Neste trabalho, a escolha recai sobre a Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul – AUNE/RS (integrada pelos municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos, Monte Belo do Sul, Santa Teresa e Nova Pádua), por tratar-se de região altamente urbanizada e industrializada, onde se observa, nas últimas duas décadas, um aumento da conurbação e da interdependência entre as áreas urbanas, tendentes a formar uma aglomeração. Trabalha-se com a hipótese de que essa nova forma de organização do espaço urbano-regional constitui-se em suporte indispensável às atividades da indústria, nas condições de produção e competição que estão postas pela economia globalizada. Na formação histórica da região encontram-se elementos que explicam suas características atuais: o potencial de desenvolvimento industrial teve por base o processo de colonização por imigrantes italianos (do final do século XIX até a segunda década do século XX), fase em que se dá a ocupação da área rural em um sistema de pequenas propriedades, surgem os primeiros núcleos urbanos (base da rede urbana regional) e são abertas as vias que originaram os principais eixos do sistema viário atual. Simultaneamente, criam-se as condições que irão propiciar o posterior desenvolvimento das atividades industriais, na região. Da década de 1930 aos anos 1970, o crescimento industrial é acompanhado pela expansão das áreas urbanas e Caxias do Sul afirma-se como principal centro regional. A partir dos anos 80, sob o influxo das transformações tecnológicas e organizacionais implementadas pelas empresas (em especial as do setor industrial), ocorrem mudanças na organização do espaço regional, com a consolidação do aglomerado urbano. A reconstituição histórica revela que o processo de estruturação do espaço regional é, também, uma questão de poder (econômico e político) de determinados agentes sociais, cuja influência na definição das características da organização espacial pode ser percebida através da atuação de suas organizações representativas. Constata-se uma ação constante das classes empresariais no sentido de construir um espaço urbano-regional adequado às suas atividades que, bem sucedida, vem reforçar a posição de predomínio (na produção/no mercado) e liderança (na ação política) desse segmento na sociedade regional. As características distintivas da AUNE e que fundamentam a identidade regional resultam, em grande medida, dessa atuação. / The industry’s role on the determination of structural characteristic’s of spatial arrangement is a subject which has been much debated on social sciences, and which recovered importance, since the eighties, on technological and structural changes consequence’s on the industrial production, which has been causing territorial alterations on different regional–scales, of urban and intra- urban networks. The theorical discussion nowadays, characterized by the abscense of current opinions, and empirical research about this occurrences, suggest the analysis of material situations to (through agreements and disagreements, continuity and discontinuity process) form new interpretative hypothesis. In this paper, the choice falls back into the urban agglomeration in the northeast of Rio Grande do Sul northeast (Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul – AUNE-RS) formed by Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos, Monte Belo, Santa Tereza e Nova Pádua), because its a very urbanized and industrialized area, where we could see, in the last two decades, a raise of conurbation and interdependence in urban areas, going towards the agglomeration. It’s considered that the new way of regional space organization is an essential support for industry for the production and competition at globalized economy. On the historical formation of this area we have evidences which explain its actual characteristics: the industry’s progress potential is a consequence of the Italian settlement process (which started in the end of 19th century and finish in the following century), when there has been the rural area occupation occurs in a small property system, in this moment the first urban nucleus appears (base of the regional urban system), and the first roads in this area which originated the actual roads network. Simultaneously, the conditions which will propitiate the later development on industrial activities in the area are created. From the thirties until the seventies, the industrial growth is followed by the expansion of urban areas and Caxias do Sul takes place as the main regional center. Since the eighties, with technological and structural transformation introduced by the companies (essentially in the industrial segment) changes occur on the regional space arrangement, and with the urban agglomeration consolidation. The historical reconstitution unveal that the regional space organization is also a power matter (economical and political), which influences the spatial arrangement characteristic which can be seen through representative company performances. Managerial classes try effortlessly to build an urban regional space suitable for their necessity and to provide a favorable position (on production / on market) and leadership (on politics actions) in the regional society. The distinctive AUNE characteristic, which ground the regional identity, is result of this attitude.
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De rio-grandense a gaúcho : o triunfo do avesso : um processo de representação regional na literatura do século xix (1847-1877)

Gomes, Carla Renata Antunes de Souza January 2006 (has links)
Este estudo quer, através do cruzamento de várias manifestações literárias sobre o Rio Grande do Sul do século XIX, acompanhar o percurso dos termos “rio-grandense” e “gaúcho”, principalmente, na Literatura regional e de viagem, buscando observar as alternâncias de sentido nas formas de designar o habitante do Rio Grande do Sul, iniciando em 1847 com José Antonio do Vale Caldre e Fião e o romance “A Divina Pastora”, que inaugura o gênero regionalista, estendendo-se até “O vaqueano”, de 1872, além de outros contos de Apolinário Porto Alegre. Assim, o problema central desta pesquisa foi descobrir quando e porquê o ser social “riograndense” assimila e é convertido no ser cultural denominado “gaúcho” e que circunstâncias históricas contribuem para esta transformação, que intenções contribuíram para a construção da imagem do gaúcho tal como a conhecemos hoje e como esta fabricação foi iniciada e se perpetuou ao longo da história.Tendo em vista que o capital cultural dos rio-grandenses é fruto de uma construção histórica, assentada em guerras e lutas que não foram fabricadas, nem imaginadas pelos homens das “belas letras”, foram, isto sim, representadas em prosa e verso, reconstituídas e embelezadas, recontadas à sua maneira, no firme propósito de perpetuação de uma memória, o que, sem embargo, exige um perseverante culto ao passado através de uma sempre seletiva memória histórica, pois se à historiografia cabe evidenciar e trazer à tona determinados fatos, também não é menos verdadeiro que quem a escreve também pode calar quando for conveniente. Considerando, portanto, que na Província do Rio Grande de São Pedro, o século XIX viera e se fora sob o signo da guerra, onde sob constante fogo cruzado se estabeleceram os parâmetros identitários dos rio-grandenses, e que nestas lutas alguns deles entraram como “monarcas” e “gaúchos”, outros se enfrentaram como “luso-brasileiros” e “hispano-platinos” e entre uns e outros surgiram os “gaúchos brasileiros”. E constatando ainda que a Literatura do período tratará com igual fervor este estado de permanente atuação militar, em que restará consagrada pela pena dos autores, a grande revolução de 1835, mas sem embargo da autoridade histórica deste fato, não foram de somenos importância as inúmeras guerras de manutenção das fronteiras, assim como a Guerra do Paraguai (1865 a 1870) e ainda, a Federalista (1893 a 1895), que constituíram os momentos mais tensos do processo de afirmação política nacional e regional, registrando na memória coletiva sul-riograndense o cheiro de pólvora e sangue que permeou um século de história do extremo sul do Brasil. De modo que a História forneceu os subsídios necessários à fabricação do estilo riograndense de ser e à Literatura coube forjar um caráter, um comportamento e um nome, num processo contínuo de construção cultural, que aderiu de tal modo ao imaginário social, que hoje é praticamente impensável outra denominação aos habitantes do Rio Grande do Sul, que não seja a de gaúchos, e que, todavia, não são caricaturas nem de guascas da cidade, nem de janotas do campo. / This study aims at, through crossing different literary expressions on Rio Grande do Sul in the XIXth Century, following the course of terms “rio-grandense” and “gaucho”, mainly in regional and journey literature. By doing this, I intend to find changes in meaning of calling the inhabitants of Rio Grande do Sul, from 1847, with José Antonio de Vale Caldre Fião, the author of novel “A Divina Pastora”, which opens regional genre, to “O Vaqueano” and other stories by Apolinário Porto Alegre, in 1872. Thus, the main question of this research was to find when and why “rio-grandense” social being incorporates and is converted into a cultural being called “gaucho”, and which historical circumstances contribute to that change, which intentions guided the construction of the gaucho’s image as seen nowadays and how this making of has began and persisted along history.This rio-grandense’s cultural capital is the result of a historical construction, founded in struggles and fights nor produced neither conceived before by men of “belles lettres”, but rather represented in prose and verse, restored and embellished, retold according to their own visions in order to perpetuate memory. Nevertheless, it demands a constant cult to the past through a historical selective memory, once if historiography must bring some facts into light, it’s also true that those who write history can also be silent when necessary. Considering that in Província do Rio Grande de São Pedro the XIXth Century has come and gone under the spell of war, when constant crossfire was a backcloth to establishing of people’s identities, and that some of them were “monarchs” or “gauchos”, otheres fought as “Lusitanian-Brazilians” or “Hispanic-Platines”, and others were “Braziliangauchos”; and considering that Literature at that time deals with this continuous warlike condition in which the history of 1835’s Great Revolution will be acclaimed by the author’s writings in spite of historic authority, the many struggles for border maintainance like Paraguay War (1865-1870) and Federalism War (1893-1895) were relevant likewise. These were the most tense facts in the process of regional and national political assertion, recording in sul-rio-grandenses’ colective memory the smell of gun powder which pervaded the history of deep South of Brazil. Thus, History provided the necessary instruments to constitution of rio-grandenses’ way of being, and it’s a task for Literature to shape character, behavior and a name, in a continuous process of cultural constitution so attached to social imaginary, that today another name is unthinkable to call “gauchos” the inhabitants of Rio Grande do Sul. These “gauchos” are not caricatures of neither natives from the city, nor fops from the country.
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Indústria e estruturação do espaço regional : agentes da estruturação espacial na aglomeração urbana do nordeste do Rio Grande do Sul

Borba, Sheila Villanova January 2003 (has links)
O papel da indústria na determinação de características estruturais da organização espacial é um tema que tem sido amplamente tratado nas Ciências Sociais, e que recobrou importância, a partir dos anos 80, em função das mudanças tecnológicas e organizacionais na produção industrial, as quais vêm provocando transformações territoriais em diferentes escalas - regional, das redes urbanas e intra-urbanas. O estágio atual do debate teórico (caracterizado pela ausência de teorias gerais) e da pesquisa empírica sobre tais fenômenos, recomenda a multiplicação das análises de situações concretas que, através da identificação de semelhanças e diferenças, continuidade ou descontinuidade de tais processos, permitam a formulação de novas hipóteses interpretativas. Neste trabalho, a escolha recai sobre a Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul – AUNE/RS (integrada pelos municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos, Monte Belo do Sul, Santa Teresa e Nova Pádua), por tratar-se de região altamente urbanizada e industrializada, onde se observa, nas últimas duas décadas, um aumento da conurbação e da interdependência entre as áreas urbanas, tendentes a formar uma aglomeração. Trabalha-se com a hipótese de que essa nova forma de organização do espaço urbano-regional constitui-se em suporte indispensável às atividades da indústria, nas condições de produção e competição que estão postas pela economia globalizada. Na formação histórica da região encontram-se elementos que explicam suas características atuais: o potencial de desenvolvimento industrial teve por base o processo de colonização por imigrantes italianos (do final do século XIX até a segunda década do século XX), fase em que se dá a ocupação da área rural em um sistema de pequenas propriedades, surgem os primeiros núcleos urbanos (base da rede urbana regional) e são abertas as vias que originaram os principais eixos do sistema viário atual. Simultaneamente, criam-se as condições que irão propiciar o posterior desenvolvimento das atividades industriais, na região. Da década de 1930 aos anos 1970, o crescimento industrial é acompanhado pela expansão das áreas urbanas e Caxias do Sul afirma-se como principal centro regional. A partir dos anos 80, sob o influxo das transformações tecnológicas e organizacionais implementadas pelas empresas (em especial as do setor industrial), ocorrem mudanças na organização do espaço regional, com a consolidação do aglomerado urbano. A reconstituição histórica revela que o processo de estruturação do espaço regional é, também, uma questão de poder (econômico e político) de determinados agentes sociais, cuja influência na definição das características da organização espacial pode ser percebida através da atuação de suas organizações representativas. Constata-se uma ação constante das classes empresariais no sentido de construir um espaço urbano-regional adequado às suas atividades que, bem sucedida, vem reforçar a posição de predomínio (na produção/no mercado) e liderança (na ação política) desse segmento na sociedade regional. As características distintivas da AUNE e que fundamentam a identidade regional resultam, em grande medida, dessa atuação. / The industry’s role on the determination of structural characteristic’s of spatial arrangement is a subject which has been much debated on social sciences, and which recovered importance, since the eighties, on technological and structural changes consequence’s on the industrial production, which has been causing territorial alterations on different regional–scales, of urban and intra- urban networks. The theorical discussion nowadays, characterized by the abscense of current opinions, and empirical research about this occurrences, suggest the analysis of material situations to (through agreements and disagreements, continuity and discontinuity process) form new interpretative hypothesis. In this paper, the choice falls back into the urban agglomeration in the northeast of Rio Grande do Sul northeast (Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul – AUNE-RS) formed by Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos, Monte Belo, Santa Tereza e Nova Pádua), because its a very urbanized and industrialized area, where we could see, in the last two decades, a raise of conurbation and interdependence in urban areas, going towards the agglomeration. It’s considered that the new way of regional space organization is an essential support for industry for the production and competition at globalized economy. On the historical formation of this area we have evidences which explain its actual characteristics: the industry’s progress potential is a consequence of the Italian settlement process (which started in the end of 19th century and finish in the following century), when there has been the rural area occupation occurs in a small property system, in this moment the first urban nucleus appears (base of the regional urban system), and the first roads in this area which originated the actual roads network. Simultaneously, the conditions which will propitiate the later development on industrial activities in the area are created. From the thirties until the seventies, the industrial growth is followed by the expansion of urban areas and Caxias do Sul takes place as the main regional center. Since the eighties, with technological and structural transformation introduced by the companies (essentially in the industrial segment) changes occur on the regional space arrangement, and with the urban agglomeration consolidation. The historical reconstitution unveal that the regional space organization is also a power matter (economical and political), which influences the spatial arrangement characteristic which can be seen through representative company performances. Managerial classes try effortlessly to build an urban regional space suitable for their necessity and to provide a favorable position (on production / on market) and leadership (on politics actions) in the regional society. The distinctive AUNE characteristic, which ground the regional identity, is result of this attitude.
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Indústria e estruturação do espaço regional : agentes da estruturação espacial na aglomeração urbana do nordeste do Rio Grande do Sul

Borba, Sheila Villanova January 2003 (has links)
O papel da indústria na determinação de características estruturais da organização espacial é um tema que tem sido amplamente tratado nas Ciências Sociais, e que recobrou importância, a partir dos anos 80, em função das mudanças tecnológicas e organizacionais na produção industrial, as quais vêm provocando transformações territoriais em diferentes escalas - regional, das redes urbanas e intra-urbanas. O estágio atual do debate teórico (caracterizado pela ausência de teorias gerais) e da pesquisa empírica sobre tais fenômenos, recomenda a multiplicação das análises de situações concretas que, através da identificação de semelhanças e diferenças, continuidade ou descontinuidade de tais processos, permitam a formulação de novas hipóteses interpretativas. Neste trabalho, a escolha recai sobre a Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul – AUNE/RS (integrada pelos municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos, Monte Belo do Sul, Santa Teresa e Nova Pádua), por tratar-se de região altamente urbanizada e industrializada, onde se observa, nas últimas duas décadas, um aumento da conurbação e da interdependência entre as áreas urbanas, tendentes a formar uma aglomeração. Trabalha-se com a hipótese de que essa nova forma de organização do espaço urbano-regional constitui-se em suporte indispensável às atividades da indústria, nas condições de produção e competição que estão postas pela economia globalizada. Na formação histórica da região encontram-se elementos que explicam suas características atuais: o potencial de desenvolvimento industrial teve por base o processo de colonização por imigrantes italianos (do final do século XIX até a segunda década do século XX), fase em que se dá a ocupação da área rural em um sistema de pequenas propriedades, surgem os primeiros núcleos urbanos (base da rede urbana regional) e são abertas as vias que originaram os principais eixos do sistema viário atual. Simultaneamente, criam-se as condições que irão propiciar o posterior desenvolvimento das atividades industriais, na região. Da década de 1930 aos anos 1970, o crescimento industrial é acompanhado pela expansão das áreas urbanas e Caxias do Sul afirma-se como principal centro regional. A partir dos anos 80, sob o influxo das transformações tecnológicas e organizacionais implementadas pelas empresas (em especial as do setor industrial), ocorrem mudanças na organização do espaço regional, com a consolidação do aglomerado urbano. A reconstituição histórica revela que o processo de estruturação do espaço regional é, também, uma questão de poder (econômico e político) de determinados agentes sociais, cuja influência na definição das características da organização espacial pode ser percebida através da atuação de suas organizações representativas. Constata-se uma ação constante das classes empresariais no sentido de construir um espaço urbano-regional adequado às suas atividades que, bem sucedida, vem reforçar a posição de predomínio (na produção/no mercado) e liderança (na ação política) desse segmento na sociedade regional. As características distintivas da AUNE e que fundamentam a identidade regional resultam, em grande medida, dessa atuação. / The industry’s role on the determination of structural characteristic’s of spatial arrangement is a subject which has been much debated on social sciences, and which recovered importance, since the eighties, on technological and structural changes consequence’s on the industrial production, which has been causing territorial alterations on different regional–scales, of urban and intra- urban networks. The theorical discussion nowadays, characterized by the abscense of current opinions, and empirical research about this occurrences, suggest the analysis of material situations to (through agreements and disagreements, continuity and discontinuity process) form new interpretative hypothesis. In this paper, the choice falls back into the urban agglomeration in the northeast of Rio Grande do Sul northeast (Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul – AUNE-RS) formed by Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi, Farroupilha, Flores da Cunha, São Marcos, Monte Belo, Santa Tereza e Nova Pádua), because its a very urbanized and industrialized area, where we could see, in the last two decades, a raise of conurbation and interdependence in urban areas, going towards the agglomeration. It’s considered that the new way of regional space organization is an essential support for industry for the production and competition at globalized economy. On the historical formation of this area we have evidences which explain its actual characteristics: the industry’s progress potential is a consequence of the Italian settlement process (which started in the end of 19th century and finish in the following century), when there has been the rural area occupation occurs in a small property system, in this moment the first urban nucleus appears (base of the regional urban system), and the first roads in this area which originated the actual roads network. Simultaneously, the conditions which will propitiate the later development on industrial activities in the area are created. From the thirties until the seventies, the industrial growth is followed by the expansion of urban areas and Caxias do Sul takes place as the main regional center. Since the eighties, with technological and structural transformation introduced by the companies (essentially in the industrial segment) changes occur on the regional space arrangement, and with the urban agglomeration consolidation. The historical reconstitution unveal that the regional space organization is also a power matter (economical and political), which influences the spatial arrangement characteristic which can be seen through representative company performances. Managerial classes try effortlessly to build an urban regional space suitable for their necessity and to provide a favorable position (on production / on market) and leadership (on politics actions) in the regional society. The distinctive AUNE characteristic, which ground the regional identity, is result of this attitude.
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Nossa terra em outras terras: os descendentes de eslavos na zona da mata rondoniense

Paula, Jania Maria de, 69-98418-4418 20 February 2017 (has links)
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Among the population included in the processes of compulsory migration that have moved to the Amazon in search of land are the descendants of Slavs (Polish and Ukrainian), during the last three decades this group of colonists has been contributing to the production of social-geographical space in the State Of Rondônia and more specifically of the region known as Forest Zone from Rondonia formed by the union of seven towns, among them Rolim de Moura, Novo Horizonte do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste that covers the geographic cut of this research. Under the context of the reoccupation of the land, the Forest Zone of Rondonia can be understood as a singular face of the Amazon where the conceptions of the traditional peasant world still naturally reveal themselves to both the rural and the urban dwellers. Although they have access to the globalized world, these peculiarities of the local population make it a microcosm of the southern peasant universe, they have some cultural manifestations which are already absent in the great cities of the South. This research analyzed a portion of the local population that still shows traces of their cultures, that way this study aimed to understand the lifestyle of the Slavic descendants of Parana, identifying the strong presence of the Slavic peasant habitus in its manifestations of identity. In order to do so, it was necessary to investigate the processes of deterritorialization and reterritoliralization that involved its migratory trajectories, the construction of the new territory based on the peasant and Slavic customs and the (re) construction of its regional identity. / O movimento migratório dirigido a Rondônia a partir da década de 1970 levou para aquele estado populações de todas as regiões brasileiras, porém em maiores números as originárias dos estados do centro sul do país e que foram se fixando nas áreas de abrangências dos projetos de colonização implantados e administrados pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Dentre as populações inseridas nos processos de migração compulsória que se deslocaram para a Amazônia em busca de terras estão os paranaenses descendentes de eslavos (poloneses e ucranianos), durante as últimas três décadas este grupo de colonos vem contribuindo para a produção do espaço sociogeográfico no Estado de Rondônia e mais especificamente da região conhecida como Zona da Mata Rondoniense formada pelo conjunto de sete municípios, dentre eles Rolim de Moura, Novo Horizonte do Oeste, Nova Brasilândia do Oeste que compõem o recorte geográfico desta pesquisa. Sob o contexto da reocupação da terra, a Zona da Mata Rondoniense pode ser compreendida como uma face singular da Amazônia onde as concepções do mundo tradicional camponês ainda se revelam naturalmente, tanto aos moradores do campo quanto aos da cidade. Embora com acesso ao mundo globalizado, estas particularidades da população local fazem dela um microcosmo do universo camponês sulino, contam com algumas manifestações culturais já desaparecidas nas grandes cidades do Sul. Esta pesquisa analisou uma parcela da população local que ainda manifesta traços de suas culturas de origem, deste modo, teve como objetivo compreender o modo de vida dos migrantes paranaenses descendentes de eslavos, identificando a forte presença do habitus camponês eslavo em suas manifestações de caráter identitário. Para tanto, foi necessário averiguar os processos de desterritorialização e reterritoliralização que envolveram suas trajetórias migratórias, a construção do novo território embasado nos costumes camponeses e eslavos e a reelaboração de sua identidade regional.
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Claridade - o canto e o louvor de um povo no percurso da construção identitária: o diálogo como regionalismo / Claridade - a people\'s song and praise in its identity construction: dialogue with regionalism

Rocha, Elisangela Aparecida da 06 March 2015 (has links)
Claridade - revista de letras e artes é considerada um dos principais marcos do desenvolvimento literário no arquipélago de Cabo Verde. O lema fincar os pés no chão crioulo fulgurou como estratégia na busca de temas que refletissem a realidade social das ilhas. O contato com escritores brasileiros (modernistas e regionalistas), a partir dos anos de 1930, foi a força motriz para o desenvolvimento e modernização literária cabo-verdiana. Nesse processo, os estudos de Gilberto Freyre, notadamente o Manifesto Regionalista, foram especialmente significativos por oferecerem o arcabouço teórico e metodológico para a valorização das raízes culturais das ilhas e de sua formação social. O presente trabalho estrutura-se na análise das ações envolvendo o grupo claridoso, questionadoras da identidade cultural e literária do arquipélago, por meio da valorização dos aspectos regionais, cujos registros figuram nas publicações de Claridade, entre os anos de 1936 e 1960. / Claridade - literature and arts journal - is considered a landmark in the literary development of Cape Verde. The motto set feet into creoule ground remained a strategy in the search of themes that reflected the social reality of the islands. The contact with Brazilian writers (modernists and regionalists), from the 1930s on, was a driving force to the development and modernization of Cape Verde literature. Gilberto Freyre\'s works, particularly his Regionalista Manifesto, played a significant role since they provided a theoretical and methodological framework to the acknowledgment of cultural roots and the islands\' social formation. This study centers on the analysis of Claridadoso group, whose activities questioned the Literary and cultural identity of the islands by taking into account the regional aspects, as shown by Claridade editions from 1930s to 1960s.
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O CONSUMO DE MÚSICA REGIONAL COMO MEDIADOR DA IDENTIDADE / THE USE OF THE REGIONAL MUSIC AS THE IDENTITY MEDIATOR

Dias, Valton Neto Chaves 02 March 2008 (has links)
This essay tries to understand how the Rio Grande do Sul identity is built concerning two kinds of regional music: rural music and tchê music .In the means of communication these styles are presented as rivals. They oppose the countryside to the city and the tradition to the modernity. This research is based in a case study with theory and methodological beginning in Latin American culture studies through the perspective of the cultural use offered by García Canclini . For the performance of this research were used as mediation of the familiar daily and cultural competence suggested by Martín Barbero. It was verified during the process of the culture establishment in Rio Grande do Sul by the public dominion by the Gaucho traditionalist movement and by the means of communication pass the use of different kinds. It can be important to the identity definition of these consumers. In this way it is possible to analyze the use of these musical kinds in daily routine. It was observed the contradictory and complemented tendencies: The use while distinction and communication (García Canclini, 1996). In this way it is available that social groups face each other and be competitors but in other way the contradiction between the cult and popular, modern and traditional is used to join and communicate different experiences. Concluding, it is understood that in the articulation between social position and cultural use is possible to analyze and understand the constitution of the identities in contemporary. / O trabalho procura compreender como se constitui a identidade no Rio Grande do Sul a partir do consumo de dois movimentos de música regional: a música campeira e a tchê music. Nos meios de comunicação, estes gêneros apresentam-se como concorrentes, opondo o campo à cidade e a tradição à modernidade. A pesquisa configura-se como um estudo de caso, tendo como princípio teórico e metodológico os estudos culturais latino-americanos através da perspectiva do consumo cultural, proposta por García Canclini. Para a execução da pesquisa foram utilizadas as linhas de mediação cotidianidade familiar e competência cultural, sugeridas por Martín Barbero. Verificou-se durante o processo que a institucionalização da cultura no Rio Grande do Sul pelo Poder Público, pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho e pelos meios de comunicação perpassa o consumo de gêneros distintos, sendo determinante na definição de identidade destes consumidores. Neste sentido, ao se analisar o consumo dos gêneros musicais na vida cotidiana, o que se observa são tendências contraditórias e complementares: o consumo enquanto distinção e enquanto comunicação (García Canclini, 1996). Por um lado, ele permite que grupos sociais se confrontem e se mantenham como opositores; por outro, as hibridações entre o culto e o popular entre o moderno e o tradicional servem para unir e comunicar experiências diferenciadas e desiguais. Por fim, entendemos que é na articulação entre posição social e consumo cultural que se pode analisar e compreender a constituição das identidades na contemporaneidade.
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A querência fabril : o tradicionalismo gaúcho entre trabalhadores de empresas metal-mecânicas de Caxias do Sul da década de 1980 à de 2000

Kieling Júnior, Bolivar January 2015 (has links)
O tradicionalismo tem se estabelecido nas últimas décadas de forma bastante eficaz promovendo uma determinada versão acerca da identidade sul-rio-grandense. Seu surgimento inicia na segunda metade do século XX entre jovens urbanizados egressos do interior pastoril do estado e recém-estabelecidos em Porto Alegre. Em poucas décadas se espalha por várias cidades do estado através de clubes submetidos ao MTG, uma instituição hierarquizada com fins de controle e regulamentação das representações relativas a esta identidade. Na década de 1980 o movimento amplia sua penetração social através de festivais musicais e nesta e na próxima década, em virtude do apoio de variadas plataformas midiáticas, se massifica. O estabelecimento desta identidade regional não ocorreu de maneira uniforme nos diferentes grupos sociais que compunham a sociedade sul-rio-grandense, notadamente de caráter multiétnico devido às múltiplas correntes migratórias que a formaram e às diferentes dinâmicas sociais de estabelecimento de identidades étnicas destes grupos. No caso de Caxias do Sul, a segunda maior cidade do estado e polo regional da Região de Colonização Italiana, o tradicionalismo passou a ter uma quantidade significativa de adeptos e visibilidade social a partir da década de 1980. Ainda nos anos 2000, a cidade tornou-se reconhecida como a capital mundial dos CTGs, por ser a que concentra o maior número deste tipo de agremiação no mundo inteiro. Percebe-se num espaço de tempo de 30 anos uma popularização notável desta versão acerca da identidade regional. Um dos espaços que concentraram estas dinâmicas sociais de popularização do tradicionalismo na cidade e acompanharam este crescimento durante estes 30 anos são os CTGs formados por funcionários de grandes empresas metal mecânicas locais. Neste trabalho, objetiva-se investigar a história destes estabelecimentos na perspectiva de compreender o fenômeno do sucesso do tradicionalismo em Caxias, bem como a forma como foi construída esta identidade gaúcha neste lugar. Para efetuar a análise deste trabalho, serão apropriadas as ferramentas teóricas e conceitos de representação e de identidade de autores como Pierre Bourdieu, Roger Chartier, Stuart Hall, entre outros. Foram utilizados três tipos de fontes: documentação dos acervos dos CTGs, publicações sobre o tradicionalismo e sobre a identidade gaúcha na imprensa local no período da Semana Farroupilha e depoimentos de história oral de sujeitos que participaram dos CTGs abordados. / Traditionalism has been established in recent decades quite effectively due to the promotion of a particular version about the south rio grande identity. Its appearance begins at the second half of the twentieth century between urbanized young graduates of the pastoral upstate and recently established in Porto Alegre. In a few decades it spans for several cities in the state through clubs submitted to the MTG, a hierarchical institution that works in the control and regulation of the representations related to this regional identity. In the 1980’s the movement extends its social penetration through music festivals and in this and in the next decade, due to the support of various media platforms, it massifies. The establishment of this regional identity did not occur uniformly in the different social groups that composes the south rio grande society, notably multiethnic due to multiple migration flows that formed it and different social dynamics of establishment of ethnic identities of these groups. In the case of Caxias do Sul, the second largest city in the state and regional center of the Italian Colonization Region, traditionalism began to have a significant amount of supporters and social visibility from the decade of 1980. Still in the 2000 the city became recognized as the world capital of Centros de Tradições Gaúchas, for being that concentrate the largest number of this type of guild worldwide. It can be seen in a 30 year time span a remarkable popularization of this release about the regional identity. One of the places that concentrated these social dynamics of popularization of traditionalism in the city and accompanied this growth during these 30 years are the CTGs formed by employees of large local metal mechanical companies. This work aimed to investigate the history of these institutions in order to understand the successful phenomenon of traditionalism in Caxias, as well as the way it was built this gaucho identity in this place. To make the analysis of this work, the theoretical tools and concepts of representation and identity of authors such as Pierre Bourdieu, Roger Chartier, Stuart Hall, and others will be appropriate. Three types of sources were used: documentation of files of CTGs, publications on traditionalism and the gaucho identity in the local press in the period of the Semana Farroupilha and oral history testimonies of subjects who participated in the covered CTGs.

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