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A constituição do sujeito em contextos de privação de liberdade

Seidel, Carolina Cunha [UNESP] 03 September 2009 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:24:19Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2009-09-03Bitstream added on 2014-06-13T19:10:48Z : No. of bitstreams: 1 seidel_cc_me_arafcl.pdf: 839735 bytes, checksum: 536cff7c3609b85f66a823d6706b3baf (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A partir da experiência vivida como integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia para Crianças (GEPFC-Unesp de Araraquara), surgiu o interesse de investigar como se dá a constituição do sujeito em contextos de privação de liberdade. De início, realizamos uma série de encontros de filosofia com adolescentes infratores cumprindo medidas socioeducativas, prática essa desenvolvida através do contato com textos literários e obras de arte. Nossa hipótese era a de que esses encontros nos ajudariam a compreender - e a tornar compreensível - como se dá a formação da subjetividade neste grupo, investigando, em seus discursos, as práticas vividas por eles e para eles, os olhares deles e para eles, os espaços, as relações, a compreensão e elaboração de novos códigos de conduta e comunicação, a formulação de mecanismos de resistência, entre outros. Duas perspectivas nos chamaram atenção: percebe-se o olhar da instituição centrado no discurso da cidadania, da inserção social, da normatização e homogeneização de comportamentos; já pelo olhar dos adolescentes a violência física e simbólica aparece como possível forma de emancipação e resistência. No cruzamento desse olhar de dentro e desse olhar de fora, nota-se ainda a escola enquanto um forte dispositivo disciplinar, que compõe as experiências vividas pelo grupo, uma vez que a presença ou ausência neste espaço é levada em consideração de forma decisiva no curso dos processos judiciais. Temos então a materialização da oposição proposta entre a formação da subjetividade pelo assujeitamento ou pela busca de práticas de liberação. Buscamos na obra de M. Foucault alicerces teóricos que venham a elucidar essa experiência, ajudando-nos nessa reflexão sobre essas criações singulares que constroem outros espaços, tempos e práticas em relação ao contexto referido, e na identificação... / Based on the experience as member of the GEPFC (Group for Studies and Research of Philosophy for Children – São Paulo State University of Araraquara), the interest to investigate how is being formed the state of a subject in the context of imprisonment, was developed. First, we carried out a series of encounters of philosophy with adolescent violators of the law, who were serving socio-educative penalties. The practice was realized by contact with literary texts and with pieces of art. Our hypothesis was that these encounters would help us to understand – and to turn comprehensible – the process of formation of the group’s subjectivity. Investigated, besides others, were in their discourses: the practices lived by them and for them; glances, cast between and at them; spaces; relations; the comprehension and elaboration of new codes of conduct and communication; and finally the formulation of mechanisms of resistance. Two perspectives attracted our attention: The institution’s eye, centred in the discourses of citizenship, of social insertion, and of standardization and homogenizing of comportment, is being perceptible; Already by the look of the adolescents, physic and symbolic violence appears to be a possible form of emancipation and resistance. At the tangential point of the two eyes – one intern and the other extern – can still be noticed the school as a strong disciplinary institution which organizes the experiences lived by the group, once the presence or absence in this space is taken in consideration in a decisive way in the course of legal proceeding. We find then the materialization of the proposed opposition in subjectivity, formed by subjugation or by the search for practices of liberation. We searched the works of Michel Foucault for a theoretical basis which would explain our experience, helping us reflect on these singular creations which offer new space... (Complete abstract click electronic access below)
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A constituição do sujeito em contextos de privação de liberdade /

Seidel, Carolina Cunha. January 2009 (has links)
Orientador: Paula Ramos de Oliveira / Banca: Denis Domeneghetti Badia / Banca: Silvio Gallo / Resumo: A partir da experiência vivida como integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia para Crianças (GEPFC-Unesp de Araraquara), surgiu o interesse de investigar como se dá a constituição do sujeito em contextos de privação de liberdade. De início, realizamos uma série de encontros de filosofia com adolescentes infratores cumprindo medidas socioeducativas, prática essa desenvolvida através do contato com textos literários e obras de arte. Nossa hipótese era a de que esses encontros nos ajudariam a compreender - e a tornar compreensível - como se dá a formação da subjetividade neste grupo, investigando, em seus discursos, as práticas vividas por eles e para eles, os olhares deles e para eles, os espaços, as relações, a compreensão e elaboração de novos códigos de conduta e comunicação, a formulação de mecanismos de resistência, entre outros. Duas perspectivas nos chamaram atenção: percebe-se o olhar da instituição centrado no discurso da cidadania, da inserção social, da normatização e homogeneização de comportamentos; já pelo olhar dos adolescentes a violência física e simbólica aparece como possível forma de emancipação e resistência. No cruzamento desse olhar de dentro e desse olhar de fora, nota-se ainda a escola enquanto um forte dispositivo disciplinar, que compõe as experiências vividas pelo grupo, uma vez que a presença ou ausência neste espaço é levada em consideração de forma decisiva no curso dos processos judiciais. Temos então a materialização da oposição proposta entre a formação da subjetividade pelo assujeitamento ou pela busca de práticas de liberação. Buscamos na obra de M. Foucault alicerces teóricos que venham a elucidar essa experiência, ajudando-nos nessa reflexão sobre essas criações singulares que constroem outros espaços, tempos e práticas em relação ao contexto referido, e na identificação... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: Based on the experience as member of the GEPFC (Group for Studies and Research of Philosophy for Children - São Paulo State University of Araraquara), the interest to investigate how is being formed the state of a subject in the context of imprisonment, was developed. First, we carried out a series of encounters of philosophy with adolescent violators of the law, who were serving socio-educative penalties. The practice was realized by contact with literary texts and with pieces of art. Our hypothesis was that these encounters would help us to understand - and to turn comprehensible - the process of formation of the group's subjectivity. Investigated, besides others, were in their discourses: the practices lived by them and for them; glances, cast between and at them; spaces; relations; the comprehension and elaboration of new codes of conduct and communication; and finally the formulation of mechanisms of resistance. Two perspectives attracted our attention: The institution's eye, centred in the discourses of citizenship, of social insertion, and of standardization and homogenizing of comportment, is being perceptible; Already by the look of the adolescents, physic and symbolic violence appears to be a possible form of emancipation and resistance. At the tangential point of the two eyes - one intern and the other extern - can still be noticed the school as a strong disciplinary institution which organizes the experiences lived by the group, once the presence or absence in this space is taken in consideration in a decisive way in the course of legal proceeding. We find then the materialization of the proposed opposition in subjectivity, formed by subjugation or by the search for practices of liberation. We searched the works of Michel Foucault for a theoretical basis which would explain our experience, helping us reflect on these singular creations which offer new space... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre

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