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De volta ao caos primordial Alteridade, indiferenciação e adoecimento entre os BaniwaVianna, João Jakson Bezerra 08 May 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-05-08 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / While the ethnographic literature of lowland South America has provided a vast amount of material, though scattered, on Amerindian illness, it has rarely been taken as a central theme. Many of the studies of this ethnographic area, especially those related to topics such as shamanism, show implicitly or explicitly, indigenous perceptions of the process of illness. This dissertation focuses precisely on the conceptualization of illness and way of becoming sick among the Baniwa of the Upper Rio Negro, in north-western Amazonia. This research does not only arise from theoretical concerns and concepts of illness but from a specific event that has been occurring in the indigenous school of differentiated education Baniwa e Coripaco (EIBC) Pamáali on the middle Içana river. The forms of illness concerned are of traditional nature and have affected the pupils of this school for eight years, causing concern for parents, teachers, leaders and others involved. This work aims to reveal aspects of Amerindian conceptions of illness and through these hopes to problematize current collaborative projects between indigenous and non-indigenous organizations / A literatura etnológica das terras baixas da América do Sul dedicou-se com pouco afinco ao estudo das doenças enquanto temática central, o que não significa, contudo, que esta mesma literatura não forneça um vasto material, ainda que disperso, sobre o adoecimento ameríndio. Muitos dos trabalhos realizados nesta paisagem etnográfica, principalmente aqueles ligados a temas como xamanismo, transparecem entre suas linhas, implícita ou explicitamente, as concepções que estes povos elaboram a respeito do processo de adoecimento. Esta dissertação tem justamente nas doenças e nas formas de adoecimento entre os Baniwa - Alto Rio Negro, Noroeste Amazônico - objeto privilegiado de estudo. A pesquisa, no entanto, não surge somente de preocupações teóricas a partir da constatação de problemáticas pouco estudadas, mas de um evento específico que está a ocorrer na escola indígena Baniwa e Coripaco (EIBC) Pamáali, na região do médio rio Içana. Trata-se de formas tradicionais de adoecimento que há oito anos incide em alunos desta escola modelo de educação diferenciada, provocando preocupação em pais, professores, lideranças e nos demais envolvidos. Este trabalho pretende revelar aspectos relacionados às concepções ameríndias de doença e, por meio delas, reflexões a respeito de projetos desenvolvidos por associações indígenas, em cooperação com entidades indigenistas
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Estado nutricional e fatores associados ao crescimento de crianças indígenas Xavante, Mato Grosso / Nutritional status and factors associated with the growth of indigenous children Xavante, Mato GrossoFerreira, Aline Alves January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Estudos sobre o perfil nutricional dos povos indígenas no Brasil têm apontado para elevadas prevalências de desnutrição infantil, principalmente crônica, superando os valores reportados para crianças não indígenas. O processo de transição epidemiológica que esses povos vêm atravessando está vinculado a modificações significativas no padrão de alimentação e subsistência. A investigação de fatores associados à desnutrição é um importante meio para a compreensão das transformações na saúde. Os complexos e múltiplos fatores que estão atrelados ao crescimento linear de crianças não indígenas já são reconhecidos. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi descrever o estado nutricional e analisar os fatores associados ao crescimento de crianças indígenas Xavante de Pimentel Barbosa/ Etênhiritipá (MT). Considerando o contexto de vida contemporâneo da comunidade, foram selecionadas variáveis socioeconômicas, ambientais, reprodutivas e demográficas. Realizou-se uma análise descritiva a partir da construção dos índices do estado nutricional infantil (P/I, E/I e P/E) de 225 crianças menores de dez anos. Utilizou-se as curvas de referência do National Center for Health Statistics (NCHS) e Organização Mundial de Saúde (2006). A partir da estatura (E) e idade (I) de 173 crianças menores de dez anos, foram conduzidas análises univariada e multivariada (significância = 5%), tendo o E/I como variável resposta por meio dos programas SPSS 9.0 e R 2.4.1. As variáveis independentes foram: sexo, idade, idade materna, estatura materna, IMC materno, índices socioeconômicos ( renda e riqueza , analisados separadamente), proporção de adultos e de crianças no domicílio. Os pressupostos paramétricos foram testados, assim como verificados os resíduos e a colinearidade utilizando VIF (Variance Inflation Factor), do modelo final. O baixo P/I e E/I, de acordo com o NCHS, atingem 5,6 e 14,7 por cento das crianças menores de 10 anos. Já entre as crianças menores de 5 anos, esses valores, pela OMS, chegam a 4,5 e 29,9 por cento, respectivamente. A variação do estado nutricional das crianças menores de 2 anos teve a proporção do número de adultos na habitação e a idade da criança como fatores associados, nos dois modelos com os ISE diferentes. O IMC materno explicou 11,5 por cento da variabilidade do escore z nas crianças entre 2 e 5 anos. Naquelas acima de cinco anos os índices socioeconômicos renda e riqueza e a estatura da mãe mostraram-se associados ao estado nutricional. Na verificação do melhor modelo, através do teste Anova, observou-se que a contribuição de ambas as variáveis socioeconômicas foram significativas (p=0,004 e p=0,001, respectivamente) e todos os valores de VIF foram menores que 10. Também foi descartada a possibilidade de interação entre as variáveis. É possível que outros fatores, além dos analisados, estejam associados à baixa E/I de crianças Xavante. Os achados permitem uma melhor compreensão das condições devida e dos fatores que explicam, mesmo que parcialmente, o estado nutricional das crianças indígenas. As elevadas frequências de desnutrição encontradas evidenciam importantes implicações para os serviços de saúde, com necessidade de um acompanhamento contínuo a fim de minimizar os danos provocados pelos agravos nutricionais. Assim, os resultados dessa investigação podem auxiliar na implantação de propostas que visem a melhoria do quadro de saúde e nutrição e o delineamento de ações mais específicas para o tratamento e prevenção da desnutrição. / Studies of the nutritional profiles of indigenous peoples in Brazil indicate high prevalences of infant undernutrition, principally chronic, surpassing the values reported for non-indigenous children. The process of epidemiological nutrition being experienced by these peoples is associated with significant modifications in dietary and subsistence patterns. Investigating the factors associated with undernutrition is an
important means for understanding health change. The complex and multiple factors involved in linear growth of non-indigenous peoples are already recognized. Accordingly, the objective of this study was to describe the nutritional status of and analyze the factors associated with growth among indigenous Xavante children of Pimentel Barbosa/Etênhiritipá, Mato Grosso. Taking into consideration the contemporary context of life in the community, socioeconomic, environmental,
reproductive, and demographic variables were selected. Descriptive analysis began with
the construction of infant nutritional status indexes (weight-for-age, height-for-age, and
weight-for-height) for 225 children under 10 years of age. National Center for Health
Statistics (NCHS) and World Health Organization (2006) reference curves were employed. Based on the height and age of 173 children under 10 years of age, univariate and multivariate analyses were conducted (significance = 5%), with height-for-age as a response variable, using the software programs SPSS 9.0 and E 2.4.1. Independent
variables were: sex, age, maternal age, maternal height, maternal IMC, socioeconomic indices (income and wealth, analyzed separately), and proportion of adults and of children in the domicile. Parametric assumptions were tested, and the residuals and collinearity of the final model were verified using variance inflation factor (VIF). Low weight-for-age and height-for-age, according to NCHS reference curves, reached 5.6%
and 14.7% of children under 10 years of age. Among children less than 5 years of age,
these values, according to WHO reference curves, reached 4.5% and 29.9%, respectively. Variation in nutritional status among children less than 2 years of age was found to be associated with proportion of adults in the domicile and age of the child in the two models with different socioeconomic indices. Maternal BMI explained 11.5% of the variation in z-scores among children between 2 and 5 years of age. Among children 5 years of age and older, the socioeconomic indices (income and wealth) and maternal height were found to be associated with nutritional status. In verifying the best model by means of ANOVA test, it was observed that the contribution of both socioeconomic variables were significant (p=0.004 and p=0.001, respectively) and all
VIF values were less than 10. The possibility of interaction between the variables was also eliminated. It is possible that other factors that were not analyzed are associated with low height-for-age among Xavante children. The findings permit a better understanding of the life conditions and factors that explain, even partially, the nutritional status of indigenous children. The elevated frequencies of undernutrition encountered have important implications for health services, including the necessity of continuous accompaniment in order to minimize the harm caused by nutritional hardship. Thus, the results of this study may be useful for developing proposals that seek to better health and nutritional conditions and in delineating more specific actions for treating and preventing undernutrition.
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