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Ressonâncias da insígnia de periculosidade em adolescentes com trajetórias de acolhimento institucionalCosta, Laís Flores Santos Lopes 17 September 2018 (has links)
Submitted by LAIS FLORES SANTOS (lai_flores@hotmail.com) on 2018-09-26T13:44:16Z
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Dissertação Final Laís Flores.pdf: 1260643 bytes, checksum: 5a94ea572c2e94a16da65d102d69ef63 (MD5) / Este trabalho objetiva analisar as ressonâncias do discurso de periculosidade nas trajetórias de
adolescentes que passaram por acolhimento institucional. Para atender aos objetivos, utilizamos
a história de vida de dois adolescentes que tiveram vivência de acolhimento institucional e
envolvimento com o tráfico de drogas como ferramenta metodológica, a partir da análise dos
prontuários de algumas instituições de acolhimento as quais os adolescentes tiveram passagem,
bem como das entrevistas abertas e em profundidade realizadas com profissionais que os
acompanharam no momento da institucionalização. Um adolescente do estudo também foi
entrevistado, a fim de dar visibilidade à sua voz. Os dados encontrados foram analisados a partir
da perspectiva teórica da psicanálise e da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Como
marco teórico, utilizamos as noções de indivíduo perigoso, poder disciplinar e biopoder
analisadas por Foucault, os conceitos de homo sacer, de vida nua e de campo desenvolvidos
por Agamben e a ideia de vida precária defendida por Butler. A partir da psicanálise, resgatamos
os conceitos de adolescência, constituição e estruturação psíquicas e lei simbólica. Para situar
historicamente o problema de pesquisa, fizemos um panorama sobre as leis brasileiras de
proteção à infância que vigeram no país, sobre a noção de família, sobre a institucionalização
de crianças e adolescentes e sobre as imagens que foram sendo construídas sobre a infância
institucionalizada. Os casos apresentados possuem características comuns, como vivências de
abandono e de violências muito precocemente na vida, dificuldade em se submeter às regras
institucionais, a concepção de que são desafiadores das normas, ao passo que também
comportam singularidades, como a extensão da circulação familiar e institucional, a posição
ocupada nos discursos institucionais e a incorporação da ideia de sua suposta periculosidade.
Discutimos que a lógica institucional de atendimento ainda está voltada para a disciplina e que
isso fragiliza seu trabalho, que o olhar unívoco sobre o agir adolescente não abre espaço para
novas identificações e que a precarização de uma vida a torna mais vulnerável à determinadas
contingências. Por fim, esperamos contribuir para a desconstrução da essencialização da
periculosidade atribuída a estes adolescentes, trazendo novas perspectivas sobre a travessia
adolescente, sobre a função do acolhimento institucional para este público e sobre a discussão
da redução da maioridade penal. / This work aims to analyze the resonance of the dangerousness speech in the trajectory of
teenagers who had experienced sheltering. To comprehend the goals, we used as
methodological tool the life histories of two teenagers who had experience with sheltering and
drug traffic, according to the analysis of some host institution’s charts where the teenagers were
at, as well as open interviews with professionals that followed these teenagers in the moment
of their institutionalization. One of the teenagers were also interviewed in the will of making
his voice heard. The data found were analyzed according to the theoretical perspective of
psychoanalysis and inspired by Foucault’s Discourse Analysis. As a theoretical mark, we used
the ideas of dangerous individual, disciplinary power and biopower analyzed by Foucault, the
concepts of homo sacer, of bare life and field developed by Agamben and the idea of precarious
life from Butler. From the psychoanalysis, we rescued the concepts of adolescence, constitution
and psychic structure and symbolical law. To historically situate the researcher's problem, we
made a panorama about Brazilian laws for childhood protection, about the idea of family, about
institutionalization of children and teenagers and about the images built of the institutionalized
childhood. The cases presented have common characteristics, like abandonment and violence
early on in life, difficulty to submit to institutional rules, the concept that they oppose the norms
while they also show their singularities, like the extension of familiar and institutional
circulation, the position occupied in institutional speeches and the incorporation of the idea of
their supposed dangerousness. We discussed that the institutional logic of work is still turned
to the discipline and this weakens it's work, that the unequivocal look on the teenagers acts do
not open space for new identities and that the precariousness of a life makes it more vulnerable
to certain contingencies. At last, we hope to contribute to the deconstruction of the idea of
essentialized dangerousness to these adolescents, bringing new perspectives about the
adolescence passage, about the role of the shelter for this public and about the discussion of the
reduction of penal age.
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Reféns da subjetividade: a definição de indivíduo perigoso pela psiquiatria forenseBotti, Elizabeth Valle 27 June 2011 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-05-18T15:45:40Z
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Previous issue date: 2011-06-27 / É fato o vertiginoso crescimento das taxas de criminalidade e da população carcerária no ocidente nas últimas três décadas, população essa eminentemente pobre. Da mesma forma observa-se o aumento e a especialização dos contingentes policiais, a disseminação e a sofisticação de mecanismos de vigilância, a ampliação dos poderes dos órgãos de controle social, além do desenvolvimento e da adoção de instrumentos, tecnologias e saberes científicos que procedam a avaliações e exames técnicos de criminosos. Dos estudos que buscam entender essa realidade dois conceitos se destacam especialmente, o de “cultura do controle”, de David Garland (2004); e o de “governo através do crime”, de Jonathan Simon (2007), esse último conjugando os conceitos de biopolítica e de “governamentalidade”, de Michel Foucault (1992, 1979). Tomando esse arcabouço teórico como referência para pensar o modelo brasileiro de tratamento da criminalidade e do criminoso, e considerando que uma das formas de vigilância e controle social na contemporaneidade se dá através da punição dos criminosos tidos como perigosos para o convívio social, por força de transtornos mentais ou de comportamento - avaliação a cargo do psiquiatra forense -, a presente pesquisa dá visibilidade ao discurso psiquiátrico presente em laudos oriundos de exames de sanidade mental, dependência toxicológica e de verificação de periculosidade produzidos em processos criminais. Sugere-se que a psiquiatria, ao identificar o indivíduo perigoso repete o padrão do encarceramento em geral, o fazendo sustentada em argumentação de cunho eminentemente subjetivo e incompatível com os avanços técnico-científicos que apregoa, inclusive o da antipsiquiatria ou reforma psiquiátrica, mostrando-se de fácil adequação tanto a um contexto de controle social rígido, quanto a uma proposta de governamentalidade através do crime. / In the past three decades, the huge growth in crime rates and prison population -- this predominantly a poor one -- in the West is indisputable. Likewise there is an increase and specialization of police contingents, the espread and sophistication of surveillance mechanisms, expanding the powers of social control, and the development and adoption of tools, technologies and scientific knowledge to undertake assessments and technical examinations of criminals. Among the studies seeking to understand this reality, two concepts stand out especially: the "culture of control" by David Garland (2004), and the "government through crime", by Jonathan Simon (2007). The latter combines the Michel Foucault´s (1992, 1979) concepts of biopolitics and governmentality. Taking this theoretical framework as a reference for thinking about the Brazilian model of treatment of crime and criminal, and considering that one of the forms of surveillance and social control in contemporary society is undertaken through the punishment of offenders regarded as dangerous to the social environment, by virtue of mental or behavioral - evaluation of forensic psychiatrist in charge - this research gives visibility to this psychiatric discourse in findings from examinations of mental health, addiction and verification of dangerousness made in criminal cases. It is suggested that psychiatry, to identify the dangerous individual repeats the pattern of incarceration in general, in making sustained argument eminently subjective and inconsistent with the technical-scientific advances that proclaims, include the psychiatric reformation, the being both an easy adaptation to an environment of tough social control and a proposal of governmentality through crime.
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