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Análise de strain está associado com tolerância ao exercício em pacientes com insuficiência cardíaca sistólicaMAIA, Rafael José Coelho 02 September 2016 (has links)
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Dissertação Mestrado Rafael Maia.pdf: 2018572 bytes, checksum: 1fd2981eea7dfeaa8eede2da7df21624 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-02-02T18:34:54Z (GMT). No. of bitstreams: 2
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Dissertação Mestrado Rafael Maia.pdf: 2018572 bytes, checksum: 1fd2981eea7dfeaa8eede2da7df21624 (MD5)
Previous issue date: 2016-09-02 / Introdução: Pacientes com insuficiência cardíaca (IC) com disfunção sistólica de grau
moderado a importnate apresentam importante redução na capacidade ao exercício físico
quando comparados àqueles com disfunção leve, e, consequentemente, piores desfechos
cardiovasculares. O teste cardiopulmonar de esforço (TCPE) é o método padrão-ouro para
avaliação da capacidade funcional em pacientes com IC, além de ser capaz de determinar
prognóstico neste perfil de pacientes. Entretanto, este método ainda permanece pouco
disponível para uso rotineiro. O marcador ecocardiográfico mais usado apara avaliação na IC
é a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE). Entretanto, ela não é capaz de traduzir o
real grau de lesão cardíaca, além de não conseguir refletir a aptidão cardiorrespiratória destes
indivíduos. A análise da deformação miocárdica (strain), descrita inicialmente para avaliação
da contratilidade regional cardíaca, é uma nova ferramenta da ecocardiografia que vem sendo
muito estudada nos últimos anos. Trabalhos recentes sugerem que ela seja capaz de avaliar, de
forma mais objetiva, o real grau de injúria miocárdica. Entretanto, ainda não existem
trabalhos relacionando esta análise com o desempenho funcional em pacientes com IC
sistólica. Objetivo: Avaliar o grau de correlação entre o strain global longitudinal (SLG) com
parâmetros funcionais do TCPE em pacientes com IC com disfunção sistólica de grau
moderado a importante. Métodos: Estudo de corte transversal que selecionou 26 pacientes
(média de idade 47 anos, sendo 57,7% do gênero masculino) com FEVE <45%, em classe
funcional II e III (NYHA). Parâmetros do TCPE, como consumo máximo de oxigênio (VO2
máximo), a inclinação da curva do VE/VCO2 (VE/VCO2 slope), recuperação da frequência
cardíaca no primeiro minuto após esforço físico (RFC1) e tempo necessário para haver queda
de VO2 em 50% após esforço físico (T1/2VO2), foram comparados com o valor do SLG. Foi
feita a curva ROC, para avaliar o grau de sensibilidade e especificidade do SLG em predizer
VO2<14mL/kg/min e/ou VE/VCO2 slope>35. Foi considerado significativo p<0,05.
Resultados: A FEVE apresentou correlação com VO2 máximo e T1/2VO2, entretanto, não se
correlacionou com as demais variáveis do TCPE. Já o índice do SLG apresentou correlação
direta com VO2 máximo (r=0,671; p=0,001) e RFC1 (r=0,466; p=0,016); e correlação inversa
com T1/2VO2 (r=-0,696; p=0,001) e com o VE/VCO2 slope (r=-0,513; p=0,007). A área sob a
curva ROC para o valor do SLG em predizer VO2<14mL/kg/min e VE/VCO2slope>35 foi
0,88 (sensibilidade 74%; especificidade 83%; valor preditivo positivo de 67% e valor
preditivo negativo de 88%) para um ponto de corte de -5,7%, p=0,03. Conclusão: Em
pacientes com IC sistólica moderada a grave, o índice SLG mostrou associação significante
com os principais parâmetros do TCPE e foi capaz de predizer pacientes com baixa
capacidade funcional. Desta forma, a análise do strain parece ser mais preciso do que a FEVE
em classificar pacientes com IC sistólica, e assim contribuir para melhor seleção de pacientes
para tratamento clínico diferenciado, como transplante cardíaco. / Introduction: Patients with heart failure (HF) with systolic dysfunction of moderate to severe
degree show significant reduction in the ability to exercise compared to those with mild
dysfunction, and hence worse cardiovascular outcomes. The cardiopulmonary exercise testing
(CPET) is the gold standard method for assessing functional capacity in patients with HF, as
well as being able to determine prognosis in this patients. However, this method still
uncommonly for routine use. The echocardiographic marker most used in HF evaluation is
left ventricular ejection fraction (LVEF). However, it is not able to translate the actual degree
of cardiac injury, and cannot reflect the cardiorespiratory fitness of these individuals. The
analysis of myocardial deformation (strain), initially described for the evaluation of regional
contractility of the heart, is a new echocardiography tool that has been widely studied in
recent years. Recent studies suggests that it is able to evaluate more objectively, the real
degree of myocardial injury. However, there are no studies relating this method with
functional performance of these patients. Objective: To evaluate the correlation between the
global longitudinal strain (GLS) with functional parameters of CPET in HF patients with
moderate to severe systolic dysfunction. Methods: Cross-sectional study that selected 26
patients (average age of 47 years, 57.7% male) with LVEF <45% in functional class II and III
(NYHA). Parameters of CPET as maximum oxygen consumption (maxVO2), VE/VCO2
slope, heart rate recovery after the first minute after physical exertion (HRR1) and time to be
VO2 drop by 50% after physical exertion (T1/2VO2) were compared with the value of the GLS.
The ROC curve was done to evaluate the sensitivity and specificity of the GLS in predicting
maxVO2<14mL/kg/min and/or VE/VCO2 slope> 35. A result of p <0.05 was considered
significant. Results: The LVEF correlated with maxVO2 and T1/2VO2, however, did not
correlate with the other CPET variables. After correlation with the GLS ergospirometric
variables, it was found that it showed a direct correlation with maxVO2 (r=0.671; p=0.001)
over time to achieve the ventilatory threshold (r=0.555; p=0.03) and HRR1 (r=0.466;
p=0.016). Furthermore, it showed an inverse correlation with T1/2VO2 (r = -0.696; p = 0.001)
in VE/VCO2 slope (r=-0.513; p=0.007). The area under the ROC curve for the GLS value as
low functional capacity predictor and worse prognosis was 0.88 with a sensitivity of 74% and
specificity of 83% for the GLS cut-off - 5.7% (p = 0.03) and predictive positive value of 67%
and preditive negative value of 82%. Conclusion: In patients with HF moderate to severe
systolic dysfunction the GLS show significant associated with parameters of CPET and could
predict low functional capacity. So, the GLS may be more accurate than LVEF to classify
patients with systolic dysfunction, and may contribute to select patients to specific treatment,
like heart transplant.
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Estudo de fatores envolvidos no remodelamento ventricular em pacientes com diferentes formas clínicas de insuficiência cardíacaBiolo, Andreia January 2008 (has links)
Resumo não disponível
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Estudo de fatores envolvidos no remodelamento ventricular em pacientes com diferentes formas clínicas de insuficiência cardíacaBiolo, Andreia January 2008 (has links)
Resumo não disponível
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Estudo de fatores envolvidos no remodelamento ventricular em pacientes com diferentes formas clínicas de insuficiência cardíacaBiolo, Andreia January 2008 (has links)
Resumo não disponível
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Papel de polimorfismos das metaloproteinases de matriz na insuficiência cardíaca sistólica na suscetibilidade à doença, nas características fenotípicas e no prognósticoVelho, Fábio Michalski January 2010 (has links)
A insuficiência cardíaca (IC) é, ainda nos dias de hoje, um problema de saúde pública, pois apesar dos definidos avanços terapêuticos sua morbi-mortalidade persiste elevada. Dados do sistema único de saúde do Brasil demonstram taxa de mortalidade intrahospitalar de 8.5%. Trata-se de uma síndrome clínica com herança multifatorial caracterizada, do ponto de vista fisiopatológico, pelo remodelamento das cavidades cardíacas. Neste processo, ocorre uma reestruturação da matriz extracelular, mediada em grande parte, pelas metaloproteinases de matriz (MMPs). Estudos têm evidenciado que os polimorfismos nas regiões promotoras dos genes da MMP-1 (- 1607 1G/2G), da MMP-3 (-1171 5A/6A) e da MMP-9 (-1562 C/T) (afetam a expressão desses genes e têm sido implicados em doenças cardíacas como a aterosclerose, infarto agudo do miocárdio (IAM) e arritmias cardíacas. Sugere-se que a presença dos alelos 2G, 5A e T podem estar relacionados a susceptibilidade à IC e com a mortalidade nos pacientes com IC. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o papel desses polimorfismos genéticos na fisiopatologia da IC e no prognóstico dos pacientes. Para isto, foram estudados 313 pacientes com IC por disfunção sistólica do ventrículo esquerdo e 367 indivíduos saudáveis. A genotipagem foi realizada utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase e restrição enzimática de fragmentos. Curvas de sobrevida foram construídas por meio do método de Kaplan-Meier para avaliar os desfechos de interesse (morte súbita cardíaca ou morte por progressão da IC). As freqüências alélicas e genotípicas observadas para os polimorfismos -1607 1G/2G (MMP-1), -1171 5A/6A (MMP-3) e - 1562 C/T (MMP-9) foram semelhantes nos casos e controles (p> 0,05 para todas as comparações). Encontramos que os carreadores do alelo 2G da MMP1 foram associados a etiologia isquêmica, história de infarto agudo do miocárdio e procedimentos de revascularização miocárdica (todos os valores de p < 0.05). Durante um acompanhamento médio de 37 meses (variação entre quartis 16 a 62 meses) ocorreram 58 mortes relacionadas a IC. Sobrevida relacionada a IC foi significativamente melhor nos pacientes carreadores do alelo 2G da MMP1 (73% versus 44% para pacientes 1G/1G, p=0.003) e nos carreadores do alelo 6A da MMP-3 (71% versus 61% para pacientes 5A/5A, p=0.05), particularmente em pacientes de etiologia não isquêmica (p=0.03). Os portadores do genótipo 1G1G da MMP1 foram independentemente associados a mortalidade por IC depois de ajustados para vários preditores de risco (RR 2.1, IC 95% 1.2-3.6; p=0.01). A despeito destes achados, concluímos que os polimorfismos das MMP -1, -3 e -9 não foram associados a suscetibilidade a IC. Os carreadores do alelo 2G da MMP -1 apresentam maior etiologia isquêmica e a presença dos alelos 1G/1G e 5A/5A estão relacionados a pior sobrevida dos pacientes com IC.
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Análise da função sistólica ventricular esquerda em pacientes com doença de Chagas e função sistólica global e segmentar do ventrículo esquerdo normais através de um novo método de imagem em ecocardiografiaanálise da deformação bidimensionalGomes, Victor Augusto Marins January 2013 (has links)
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Previous issue date: 2015-11-23 / Fundamento: Apesar dos avanços no controle da transmissão da doença de Chagas, estima-se que ainda existam cerca de 2,5 milhões de portadores crônicos no Brasil. A forma crônica cardíaca desta doença apresenta alta morbimortalidade e estratégias que possam reconhecer o dano ao miocárdio de forma precoce podem ter grande utilidade. A análise da deformação do miocárdio quantifica a contratilidade miocárdica regional e global e recentemente foram desenvolvidos programas que permitem que essa análise possa ser feita pelo ecocardiograma. Objetivos: Determinar se pacientes com doença de Chagas crônica com fração de ejeção do ventrículo esquerdo (VE) normal possuem alterações da função sistólica do VE identificadas pela análise da deformação miocárdica bidimensional (\201Cstrain\201D ou \03B5). Metodologia: Pacientes com doença de Chagas crônica sem lesão cardíaca aparente (SLC) ou no estágio A da forma cardíaca (eletrocardiograma alterado com função sistólica global e segmentar normais no ecocardiograma) foram examinados usando-se ecocardiógrafo Vivid 7 (GE Medical Systems). A análise do \03B5 global e segmentar (direções longitudinal, circunferencial e radial) foi realizada através do programa Echopac (GE Medical Systems). Voluntários saudáveis (exame físico, eletrocardiograma e ecocardiograma normais e sorologia para doença de Chagas negativa) constituíram o grupo controle (C). Os grupos foram comparados por análise de variância (ANOVA). Os pacientes tinham idade entre 18 e 60 anos
Resultados: Foram avaliados 52 pacientes SLC, 29 no estágio A e 25 controles que não diferiram entre si nas variáveis de idade, diâmetros cavitários e fração de ejeção de VE. O \03B5 global longitudinal (C: -19 ± 3%; SLC: -19 ± 2%; A: -20 ± 2%), o circunferencial (C: -20 ± 3%; SLC: -20 ± 3%; A: -19 ± 3%) e o radial (C: 43 ± 9%; SLC: 44 ± 13%; A:42 ± 14%) não diferiram entre os grupos. A análise segmentar revelou que o \03B5 x circunferencial do segmento ínfero-lateral medial era menor em pacientes SLC e no estágio A que em controles (C: -19 ± 8%; SLC: -15 ± 7%; A: -14 ± 6%; p=0,04). O \03B5 circunferencial do segmento ântero-lateral medial também foi menor em pacientes no estágio A que em controles (C: -17 ± 5%; SLC: -14 ± 6%; A: -13 ± 7%; p=0,04). Conclusões: Pacientes com doença de Chagas crônica com fração de ejeção do VE normal apresentam strain global longitudinal, circunferencial e radial similar a de controles, porém apresentaram redução do \03B5 circunferencial segmentar em relação aos controles. Novos estudos são importantes para elucidar o valor prognóstico de tais achados / Background:
Despite advances in the control of
Chagas disease transmission, 2.5
millions of Brazilians are estimated to be chronic infected by
Trypanosoma cruzi
. The
cardiac form of the chronic Chagas dise
ase present high morbimortality and any
strategy able to detect early myocardial da
mage is welcome. Myo
cardial contractility
can be noninvasively quantified by speckle
tracking analysis yiel
ding values of global
and segmental two-dimensional deformation or strain.
Objectives:
We sought to determine if patients w
ith chronic Chagas disease and normal
left ventricular (LV) ejection fraction pres
ent abnormalities in myocardial contractility
identified by two-dimensional strain (
ε
) analysis.
Methods:
Echocardiograms of patients at the chr
onic phase of the Ch
agas disease with
unapparent cardiac damage (ICD) or with the stage A of the cardiac form (changes in
electrocardiogram but with normal global an
d segmental LV systolic function at the
echocardiogram) were performed using Vivi
d 7 (GE Medical Systems) machine. Two-
dimensional global and segmental LV longitudinal, circumferential and radial
ε
were
determined by off-line analysis using Echop
ac software (GE medical System). Healthy
volunteers with normal physical examinati
on, electrocardiograms and echocardiograms
and negative serology for Chagas disease
composed the control group (C). Data
between groups were compared using
one-way ANOVA followed by Student-Newman-
Keuls post-hoc analysis. Patients ag
ed between 18 and 60 years old.
Results:
A total of 52 ICD and 29 stage A patient
s and 25 controls were evaluated.
There were no significant diffe
rences regarding age, cavity
dimensions and LV ejection
fraction among the group
s. Global longitudinal
ε
(C: -19 ± 3%; ICD:
-19 ± 2%; A: -20 ±
2%), circumferential
ε
(C: -20 ± 3%; ICD: -20 ± 3%
; A: -19 ± 3%) and radial
ε
(C: 43 ±
9%; ICD: 44 ± 13%; A:
42 ± 14%) were also similar among the studied groups. Segmental LV
ε
analysis revealed that circumferential
ε
of the medial inferolateral wall
was lower in both ICD and stage A groups than
in controls (C: -19 ± 8%; ICD: -15 ±
7%; A: -14 ± 6%; p=0.04). Circumferential
ε
of the medial anterolateral wall was also
lower in the stage A group than in controls
(C: -17 ± 5%; SLC: -14 ± 6%; A: -13 ± 7%;
p=0.04).
Conclusions:
Patients with chronic Chagas disease and normal LV ejection fraction
show global longitudinal,
circumferential e radial
ε
similar to controls, but present
reduced segmental circumferential
ε
against controls. Further
studies should be done to
evaluate the potential prognos
tic value of these findings.
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Papel de polimorfismos das metaloproteinases de matriz na insuficiência cardíaca sistólica na suscetibilidade à doença, nas características fenotípicas e no prognósticoVelho, Fábio Michalski January 2010 (has links)
A insuficiência cardíaca (IC) é, ainda nos dias de hoje, um problema de saúde pública, pois apesar dos definidos avanços terapêuticos sua morbi-mortalidade persiste elevada. Dados do sistema único de saúde do Brasil demonstram taxa de mortalidade intrahospitalar de 8.5%. Trata-se de uma síndrome clínica com herança multifatorial caracterizada, do ponto de vista fisiopatológico, pelo remodelamento das cavidades cardíacas. Neste processo, ocorre uma reestruturação da matriz extracelular, mediada em grande parte, pelas metaloproteinases de matriz (MMPs). Estudos têm evidenciado que os polimorfismos nas regiões promotoras dos genes da MMP-1 (- 1607 1G/2G), da MMP-3 (-1171 5A/6A) e da MMP-9 (-1562 C/T) (afetam a expressão desses genes e têm sido implicados em doenças cardíacas como a aterosclerose, infarto agudo do miocárdio (IAM) e arritmias cardíacas. Sugere-se que a presença dos alelos 2G, 5A e T podem estar relacionados a susceptibilidade à IC e com a mortalidade nos pacientes com IC. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o papel desses polimorfismos genéticos na fisiopatologia da IC e no prognóstico dos pacientes. Para isto, foram estudados 313 pacientes com IC por disfunção sistólica do ventrículo esquerdo e 367 indivíduos saudáveis. A genotipagem foi realizada utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase e restrição enzimática de fragmentos. Curvas de sobrevida foram construídas por meio do método de Kaplan-Meier para avaliar os desfechos de interesse (morte súbita cardíaca ou morte por progressão da IC). As freqüências alélicas e genotípicas observadas para os polimorfismos -1607 1G/2G (MMP-1), -1171 5A/6A (MMP-3) e - 1562 C/T (MMP-9) foram semelhantes nos casos e controles (p> 0,05 para todas as comparações). Encontramos que os carreadores do alelo 2G da MMP1 foram associados a etiologia isquêmica, história de infarto agudo do miocárdio e procedimentos de revascularização miocárdica (todos os valores de p < 0.05). Durante um acompanhamento médio de 37 meses (variação entre quartis 16 a 62 meses) ocorreram 58 mortes relacionadas a IC. Sobrevida relacionada a IC foi significativamente melhor nos pacientes carreadores do alelo 2G da MMP1 (73% versus 44% para pacientes 1G/1G, p=0.003) e nos carreadores do alelo 6A da MMP-3 (71% versus 61% para pacientes 5A/5A, p=0.05), particularmente em pacientes de etiologia não isquêmica (p=0.03). Os portadores do genótipo 1G1G da MMP1 foram independentemente associados a mortalidade por IC depois de ajustados para vários preditores de risco (RR 2.1, IC 95% 1.2-3.6; p=0.01). A despeito destes achados, concluímos que os polimorfismos das MMP -1, -3 e -9 não foram associados a suscetibilidade a IC. Os carreadores do alelo 2G da MMP -1 apresentam maior etiologia isquêmica e a presença dos alelos 1G/1G e 5A/5A estão relacionados a pior sobrevida dos pacientes com IC.
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Papel de polimorfismos das metaloproteinases de matriz na insuficiência cardíaca sistólica na suscetibilidade à doença, nas características fenotípicas e no prognósticoVelho, Fábio Michalski January 2010 (has links)
A insuficiência cardíaca (IC) é, ainda nos dias de hoje, um problema de saúde pública, pois apesar dos definidos avanços terapêuticos sua morbi-mortalidade persiste elevada. Dados do sistema único de saúde do Brasil demonstram taxa de mortalidade intrahospitalar de 8.5%. Trata-se de uma síndrome clínica com herança multifatorial caracterizada, do ponto de vista fisiopatológico, pelo remodelamento das cavidades cardíacas. Neste processo, ocorre uma reestruturação da matriz extracelular, mediada em grande parte, pelas metaloproteinases de matriz (MMPs). Estudos têm evidenciado que os polimorfismos nas regiões promotoras dos genes da MMP-1 (- 1607 1G/2G), da MMP-3 (-1171 5A/6A) e da MMP-9 (-1562 C/T) (afetam a expressão desses genes e têm sido implicados em doenças cardíacas como a aterosclerose, infarto agudo do miocárdio (IAM) e arritmias cardíacas. Sugere-se que a presença dos alelos 2G, 5A e T podem estar relacionados a susceptibilidade à IC e com a mortalidade nos pacientes com IC. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o papel desses polimorfismos genéticos na fisiopatologia da IC e no prognóstico dos pacientes. Para isto, foram estudados 313 pacientes com IC por disfunção sistólica do ventrículo esquerdo e 367 indivíduos saudáveis. A genotipagem foi realizada utilizando a técnica de reação em cadeia da polimerase e restrição enzimática de fragmentos. Curvas de sobrevida foram construídas por meio do método de Kaplan-Meier para avaliar os desfechos de interesse (morte súbita cardíaca ou morte por progressão da IC). As freqüências alélicas e genotípicas observadas para os polimorfismos -1607 1G/2G (MMP-1), -1171 5A/6A (MMP-3) e - 1562 C/T (MMP-9) foram semelhantes nos casos e controles (p> 0,05 para todas as comparações). Encontramos que os carreadores do alelo 2G da MMP1 foram associados a etiologia isquêmica, história de infarto agudo do miocárdio e procedimentos de revascularização miocárdica (todos os valores de p < 0.05). Durante um acompanhamento médio de 37 meses (variação entre quartis 16 a 62 meses) ocorreram 58 mortes relacionadas a IC. Sobrevida relacionada a IC foi significativamente melhor nos pacientes carreadores do alelo 2G da MMP1 (73% versus 44% para pacientes 1G/1G, p=0.003) e nos carreadores do alelo 6A da MMP-3 (71% versus 61% para pacientes 5A/5A, p=0.05), particularmente em pacientes de etiologia não isquêmica (p=0.03). Os portadores do genótipo 1G1G da MMP1 foram independentemente associados a mortalidade por IC depois de ajustados para vários preditores de risco (RR 2.1, IC 95% 1.2-3.6; p=0.01). A despeito destes achados, concluímos que os polimorfismos das MMP -1, -3 e -9 não foram associados a suscetibilidade a IC. Os carreadores do alelo 2G da MMP -1 apresentam maior etiologia isquêmica e a presença dos alelos 1G/1G e 5A/5A estão relacionados a pior sobrevida dos pacientes com IC.
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Avaliação ecocardiográfica da sincronia mecânica como marcador de eventos em portadores de insuficiência cardíaca. / Echocardiographic assessment of mechanical synchrony as predictor of events in patients with heart failure.Barretto, Rodrigo Bellio de Mattos 20 April 2012 (has links)
A ecocardiografia é um importante exame no diagnóstico de insuficiência cardíaca, avaliando as funções, sistólica e diastólica, comprometidas nesta síndrome. Pacientes com insuficiência cardíaca apresentando disfunção sistólica esquerda constituem uma população com alta morbidade e mortalidade, tendo sido descritos diversos parâmetros ecocardiográficos marcadores de prognóstico. Recentemente, desenvolveram-se metodologias que possibilitam avaliar a sincronia mecânica do coração que se apresenta especialmente comprometida nesta população. No entanto, o valor destas medidas em estimar o risco de eventos clínicos adversos é incerto. O objetivo deste estudo foi o de testar se estas medidas ecocardiográficas podem constituir marcadores de eventos cardíacos adversos em pacientes clinicamente estáveis com insuficiência cardíaca e disfunção sistólica esquerda. Duzentos e sete pacientes encaminhados consecutivamente dos ambulatórios de Insuficiência Cardíaca e Miocardiopatias, em condição clínica estável e com medicação otimizada realizaram um ecocardiograma, coletando-se nesta data: dados clínicos, eletrocardiográficos e amostras de sangue. No ecocardiograma, avaliaram-se além das medidas convencionais, aquelas que descrevem a sincronia: atrial esquerda, atrioventricular, interventricular, intraventriculares diastólica e sistólica, esta última por cinco metodologias distintas. Acompanharam-se estes pacientes por 1,5±0.9 anos. Por meio da regressão logística de Cox, analisaram-se estes dados como marcadores dependentes ou independentes de desfecho principal (óbito ou transplante cardíaco) e secundário (óbito, transplante cardíaco ou hospitalização por descompensação da insuficiência cardíaca). As características e frequências mais marcantes do grupo foram: sexo masculino - 64%, idade 58±13 anos, Classe funcional II/III - NYHA 70%, doença arterial coronariana 40%, uso de inibidores de enzima de conversão ou bloqueador dos receptores de angiotensina II 93%, uso de betabloqueadores 90%, intervalo QRS 148±31 ms, bloqueio de ramo esquerdo 57%, diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo 72±9 mm, fração de ejeção do ventrículo esquerdo 30±5 %, disfunção diastólica grau III ou IV 46%, insuficiência mitral mais que discreta 19%. Nenhuma variável ecocardiográfica que avalia a sincronia mecânica foi marcadora destes eventos. Na análise multivariada pelo modelo de Cox, as variáveis associadas ao desfecho primário foram: sexo feminino HR, 0,14 (p=0.01), Classe funcional III - NYHA, HR 14,64 (p<0.01), índice de massa cardíaca cada 10 g, HR 1,16 (p<0,01), fração de ejeção do ventrículo esquerdo cada 5%, HR 0,44 (<0,01) e a fração de esvaziamento ativo do átrio esquerdo cada 10%, HR 0,38 (p<0,01). Para o desfecho secundário, as variáveis que se associaram foram: Classe funcional III - NYHA, HR 8,50 (p<0,01), índice de massa cardíaca cada 10 g, HR 1,06 (p=0,04), fração de esvaziamento ativo do átrio esquerdo cada 10%, HR 0,69 (p=0,01) e a integral do Doppler da via de saída do ventrículo esquerdo cada 5 cm, HR 0,65 (p=0,03). Os resultados deste estudo indicam que as medidas ecocardiográficas de sincronia cardíaca não se apresentam como marcadores prognósticos de pacientes clinicamente estáveis, portadores de insuficiência cardíaca com disfunção sistólica esquerda. / Echocardiography is a diagnostic tool to establish clinical diagnosis of heart failure, accurately evaluating heart\'s dysfunction, systolic and/or diastolic, existing in this syndrome. Heart failure patients with systolic left ventricular dysfunction constitute a population with high morbidity and mortality, have being described several echocardiographic prognostic factors. Recently, new methodologies enable the evaluation of mechanical synchrony of the heart that compromises frequently this particular population. However, the value of these measurements to estimate risk of adverse clinical events in such patients is uncertain. The purpose of this study was to test whether these echocardiographic measurements can predict cardiac adverse events in heart failure patients, clinically stable, with left ventricular systolic dysfunction. Two hundred and seven patients referred consecutively from outpatient heart failure clinics, in stable clinical condition, with optimized medication did an echocardiogram collecting also clinical, electrocardiographic data and blood samples. There were evaluated in addition to conventional echocardiographic measurements, those that describe the various types of synchrony: left atrial, atriovenricular, interventricular, intraventricular diastolic and systolic, the latter by five distinct methods. The follow up was 1.5 ± 0.9 years. By Cox regression, we analyzed if these data were dependent or independent predictors of primary (death or cardiac transplantation) and secondary outcome (death, heart transplantation or hospitalization for heart failure decompensation). The most remarkable features and frequencies of this group were: male gender- 64%, age 58 ± 13 years, functional class II / III - NYHA 70%, known coronary artery disease 40%, use of converting enzyme inhibitor or receptor blocker angiotensin II 93%, beta-blockers 90%, QRS interval 148 ± 31 ms, left bundle branch block 57%, left ventricular diastolic diameter 72 ± 9 mm, left ventricular ejection fraction 30 ± 5%, diastolic dysfunction grade III or IV 46%, mitral regurgitation - more than mild 19%. None of the echocardiographic variables that evaluate mechanical synchrony predicted these events. On Cox multivariate regression, the variables associated to the primary outcome were: female gender, HR 0.14 (p = 0.01), functional class III - NYHA, HR 14.64 (p <0.01), cardiac mass index - every 10 g, HR 1.16 (p <0.01), ejection fraction, left ventricular - every 5 %, HR 0.44 (p <0.01) and left atrial active emptying fraction - every 10%, HR 0.38 (p <0.01). For the secondary outcome, the variables associated were: functional class III - NYHA, HR 8.50 (p <0.01), cardiac mass index - every 10 g, HR 1, 06 (p = 0.04), left atrial active emptying fraction - every 10%, HR 0.69 (p = 0.01) and the integral of left ventricle outflow Doppler - every 5 cm, HR 0.65 (p= 0.03). The results of this study indicate that echocardiographic measurements of cardiac synchrony are not predictors of cardiac events of clinically stable heart failure patients with systolic left ventricular dysfunction.
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Avaliação ecocardiográfica da sincronia mecânica como marcador de eventos em portadores de insuficiência cardíaca. / Echocardiographic assessment of mechanical synchrony as predictor of events in patients with heart failure.Rodrigo Bellio de Mattos Barretto 20 April 2012 (has links)
A ecocardiografia é um importante exame no diagnóstico de insuficiência cardíaca, avaliando as funções, sistólica e diastólica, comprometidas nesta síndrome. Pacientes com insuficiência cardíaca apresentando disfunção sistólica esquerda constituem uma população com alta morbidade e mortalidade, tendo sido descritos diversos parâmetros ecocardiográficos marcadores de prognóstico. Recentemente, desenvolveram-se metodologias que possibilitam avaliar a sincronia mecânica do coração que se apresenta especialmente comprometida nesta população. No entanto, o valor destas medidas em estimar o risco de eventos clínicos adversos é incerto. O objetivo deste estudo foi o de testar se estas medidas ecocardiográficas podem constituir marcadores de eventos cardíacos adversos em pacientes clinicamente estáveis com insuficiência cardíaca e disfunção sistólica esquerda. Duzentos e sete pacientes encaminhados consecutivamente dos ambulatórios de Insuficiência Cardíaca e Miocardiopatias, em condição clínica estável e com medicação otimizada realizaram um ecocardiograma, coletando-se nesta data: dados clínicos, eletrocardiográficos e amostras de sangue. No ecocardiograma, avaliaram-se além das medidas convencionais, aquelas que descrevem a sincronia: atrial esquerda, atrioventricular, interventricular, intraventriculares diastólica e sistólica, esta última por cinco metodologias distintas. Acompanharam-se estes pacientes por 1,5±0.9 anos. Por meio da regressão logística de Cox, analisaram-se estes dados como marcadores dependentes ou independentes de desfecho principal (óbito ou transplante cardíaco) e secundário (óbito, transplante cardíaco ou hospitalização por descompensação da insuficiência cardíaca). As características e frequências mais marcantes do grupo foram: sexo masculino - 64%, idade 58±13 anos, Classe funcional II/III - NYHA 70%, doença arterial coronariana 40%, uso de inibidores de enzima de conversão ou bloqueador dos receptores de angiotensina II 93%, uso de betabloqueadores 90%, intervalo QRS 148±31 ms, bloqueio de ramo esquerdo 57%, diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo 72±9 mm, fração de ejeção do ventrículo esquerdo 30±5 %, disfunção diastólica grau III ou IV 46%, insuficiência mitral mais que discreta 19%. Nenhuma variável ecocardiográfica que avalia a sincronia mecânica foi marcadora destes eventos. Na análise multivariada pelo modelo de Cox, as variáveis associadas ao desfecho primário foram: sexo feminino HR, 0,14 (p=0.01), Classe funcional III - NYHA, HR 14,64 (p<0.01), índice de massa cardíaca cada 10 g, HR 1,16 (p<0,01), fração de ejeção do ventrículo esquerdo cada 5%, HR 0,44 (<0,01) e a fração de esvaziamento ativo do átrio esquerdo cada 10%, HR 0,38 (p<0,01). Para o desfecho secundário, as variáveis que se associaram foram: Classe funcional III - NYHA, HR 8,50 (p<0,01), índice de massa cardíaca cada 10 g, HR 1,06 (p=0,04), fração de esvaziamento ativo do átrio esquerdo cada 10%, HR 0,69 (p=0,01) e a integral do Doppler da via de saída do ventrículo esquerdo cada 5 cm, HR 0,65 (p=0,03). Os resultados deste estudo indicam que as medidas ecocardiográficas de sincronia cardíaca não se apresentam como marcadores prognósticos de pacientes clinicamente estáveis, portadores de insuficiência cardíaca com disfunção sistólica esquerda. / Echocardiography is a diagnostic tool to establish clinical diagnosis of heart failure, accurately evaluating heart\'s dysfunction, systolic and/or diastolic, existing in this syndrome. Heart failure patients with systolic left ventricular dysfunction constitute a population with high morbidity and mortality, have being described several echocardiographic prognostic factors. Recently, new methodologies enable the evaluation of mechanical synchrony of the heart that compromises frequently this particular population. However, the value of these measurements to estimate risk of adverse clinical events in such patients is uncertain. The purpose of this study was to test whether these echocardiographic measurements can predict cardiac adverse events in heart failure patients, clinically stable, with left ventricular systolic dysfunction. Two hundred and seven patients referred consecutively from outpatient heart failure clinics, in stable clinical condition, with optimized medication did an echocardiogram collecting also clinical, electrocardiographic data and blood samples. There were evaluated in addition to conventional echocardiographic measurements, those that describe the various types of synchrony: left atrial, atriovenricular, interventricular, intraventricular diastolic and systolic, the latter by five distinct methods. The follow up was 1.5 ± 0.9 years. By Cox regression, we analyzed if these data were dependent or independent predictors of primary (death or cardiac transplantation) and secondary outcome (death, heart transplantation or hospitalization for heart failure decompensation). The most remarkable features and frequencies of this group were: male gender- 64%, age 58 ± 13 years, functional class II / III - NYHA 70%, known coronary artery disease 40%, use of converting enzyme inhibitor or receptor blocker angiotensin II 93%, beta-blockers 90%, QRS interval 148 ± 31 ms, left bundle branch block 57%, left ventricular diastolic diameter 72 ± 9 mm, left ventricular ejection fraction 30 ± 5%, diastolic dysfunction grade III or IV 46%, mitral regurgitation - more than mild 19%. None of the echocardiographic variables that evaluate mechanical synchrony predicted these events. On Cox multivariate regression, the variables associated to the primary outcome were: female gender, HR 0.14 (p = 0.01), functional class III - NYHA, HR 14.64 (p <0.01), cardiac mass index - every 10 g, HR 1.16 (p <0.01), ejection fraction, left ventricular - every 5 %, HR 0.44 (p <0.01) and left atrial active emptying fraction - every 10%, HR 0.38 (p <0.01). For the secondary outcome, the variables associated were: functional class III - NYHA, HR 8.50 (p <0.01), cardiac mass index - every 10 g, HR 1, 06 (p = 0.04), left atrial active emptying fraction - every 10%, HR 0.69 (p = 0.01) and the integral of left ventricle outflow Doppler - every 5 cm, HR 0.65 (p= 0.03). The results of this study indicate that echocardiographic measurements of cardiac synchrony are not predictors of cardiac events of clinically stable heart failure patients with systolic left ventricular dysfunction.
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