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Sonho desfeito: anencefalia e experiência emocional dos pais / A broken dream: anencephaly and parents emotional experience

Cia, Walkiria Cordenonssi 28 April 2014 (has links)
O desenvolvimento tecnológico contemporâneo permite a detecção precoce de malformações fetais, tais como a anencefalia, que inviabilizam a sobrevivência do bebê. Tal constatação implica imediata revelação diagnóstica aos pais, que deverão decidir pela continuidade ou interrupção da gravidez. O presente trabalho tem como objetivo investigar a experiência emocional de casais que se deparam com o diagnóstico de anencefalia fetal, tendo em vista trazer subsídios para um melhor atendimento psicológico. A investigação organizou-se como pesquisa qualitativa, com método psicanalítico, estruturada ao redor de procedimentos investigativos de acesso, registro, interpretação e interlocuções reflexivas sobre atendimentos clínicos. A partir de sessões com casais parentais, realizadas ao longo de oito anos, foram elaboradas duas narrativas transferenciais ficcionais, que preservam elementos essenciais da dramática em pauta. Uma das narrativas aborda uma situação de opção por interrupção gestacional, enquanto a outra focaliza uma decisão de continuidade. Os procedimentos interpretativos permitiram a \"criação/encontro\" dos seguintes campos de sentido afetivo-emocional ou inconscientes relativos: É um pesadelo?, Quem ou o quê está aí?, É preciso decidir. O quadro geral aponta que grande parte do trabalho clínico tem lugar num campo bastante singular, É preciso decidir, que se define pela urgência de tomada de decisão relativa à eventual interrupção de processos vitais. O campo É um pesadelo? aponta para o fato deste tipo de revelação diagnóstica, derivada do uso de uma tecnologia, que detecta problemas que não estão sendo vivenciados como sinais ou sintomas físicos, gerar muito frequentemente reações dissociativas, cujo manejo torna-se, assim, clinicamente indispensável. O outro campo, Quem ou o quê está aí?, assume uma posição de centralidade, nesta clínica, na medida em que porta consigo uma interrogação radical acerca do estatuto ontológico do feto, vivido como um bebê ou como um não-bebê. Uma compreensão sensível e atenta acerca dos diferentes modos como cada casal habita este campo parece fundamental para a provisão de um cuidado psicoterapêutico / The contemporary technological development allows the early detection of fetal malformations, such as anencephaly, which makes the babys survival unfeasible. This assumption leads to the immediate revelation of the diagnosis to the parents who will decide either to continue or interrupt the pregnancy. This paper focuses on the investigation of the emotional experience that couples have when facing a fetal anencephaly diagnosis, bringing instruments for a better psychological care. The investigation process was organized as a qualitative research, through psychoanalytic approach, based on the investigation procedures of access, register, interpretation and reflexive interlocution on clinical care sessions. From the sessions with couples, during eight years, two transferential fictional narratives, that preserve essential elements of drama at stake, were created. One of the narratives approaches a situation of choice for pregnancy interruption, while the other aims at the decision to keep it. The interpretative procedures allowed the \"creation / finding\" of the following fields of affective-emotional sense or relative unconscious: Is it a nightmare?, Who or what is there?, We have to make a decision. The big picture shows that great part of the clinical work takes place in a singular field, We have to make a decision, defined by the sense of urgency around the decision about the eventual interruption of vital processes. The field Is it a nightmare? leads to the fact that this kind of diagnosis revelation, derived from the technology which detects problems that were not being lived as physical signals or symptoms, frequently generates dissociative reactions, making the clinical care mandatory. The other field Who or what is there? has a central role, in this clinic, as soon as it contains an extreme question around the fetuss ontological statute, being a baby or a non-baby. A sensible and attentive comprehension of the different ways in which couples deal with this field is essential for a psychotherapeutic care
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Sonho desfeito: anencefalia e experiência emocional dos pais / A broken dream: anencephaly and parents emotional experience

Walkiria Cordenonssi Cia 28 April 2014 (has links)
O desenvolvimento tecnológico contemporâneo permite a detecção precoce de malformações fetais, tais como a anencefalia, que inviabilizam a sobrevivência do bebê. Tal constatação implica imediata revelação diagnóstica aos pais, que deverão decidir pela continuidade ou interrupção da gravidez. O presente trabalho tem como objetivo investigar a experiência emocional de casais que se deparam com o diagnóstico de anencefalia fetal, tendo em vista trazer subsídios para um melhor atendimento psicológico. A investigação organizou-se como pesquisa qualitativa, com método psicanalítico, estruturada ao redor de procedimentos investigativos de acesso, registro, interpretação e interlocuções reflexivas sobre atendimentos clínicos. A partir de sessões com casais parentais, realizadas ao longo de oito anos, foram elaboradas duas narrativas transferenciais ficcionais, que preservam elementos essenciais da dramática em pauta. Uma das narrativas aborda uma situação de opção por interrupção gestacional, enquanto a outra focaliza uma decisão de continuidade. Os procedimentos interpretativos permitiram a \"criação/encontro\" dos seguintes campos de sentido afetivo-emocional ou inconscientes relativos: É um pesadelo?, Quem ou o quê está aí?, É preciso decidir. O quadro geral aponta que grande parte do trabalho clínico tem lugar num campo bastante singular, É preciso decidir, que se define pela urgência de tomada de decisão relativa à eventual interrupção de processos vitais. O campo É um pesadelo? aponta para o fato deste tipo de revelação diagnóstica, derivada do uso de uma tecnologia, que detecta problemas que não estão sendo vivenciados como sinais ou sintomas físicos, gerar muito frequentemente reações dissociativas, cujo manejo torna-se, assim, clinicamente indispensável. O outro campo, Quem ou o quê está aí?, assume uma posição de centralidade, nesta clínica, na medida em que porta consigo uma interrogação radical acerca do estatuto ontológico do feto, vivido como um bebê ou como um não-bebê. Uma compreensão sensível e atenta acerca dos diferentes modos como cada casal habita este campo parece fundamental para a provisão de um cuidado psicoterapêutico / The contemporary technological development allows the early detection of fetal malformations, such as anencephaly, which makes the babys survival unfeasible. This assumption leads to the immediate revelation of the diagnosis to the parents who will decide either to continue or interrupt the pregnancy. This paper focuses on the investigation of the emotional experience that couples have when facing a fetal anencephaly diagnosis, bringing instruments for a better psychological care. The investigation process was organized as a qualitative research, through psychoanalytic approach, based on the investigation procedures of access, register, interpretation and reflexive interlocution on clinical care sessions. From the sessions with couples, during eight years, two transferential fictional narratives, that preserve essential elements of drama at stake, were created. One of the narratives approaches a situation of choice for pregnancy interruption, while the other aims at the decision to keep it. The interpretative procedures allowed the \"creation / finding\" of the following fields of affective-emotional sense or relative unconscious: Is it a nightmare?, Who or what is there?, We have to make a decision. The big picture shows that great part of the clinical work takes place in a singular field, We have to make a decision, defined by the sense of urgency around the decision about the eventual interruption of vital processes. The field Is it a nightmare? leads to the fact that this kind of diagnosis revelation, derived from the technology which detects problems that were not being lived as physical signals or symptoms, frequently generates dissociative reactions, making the clinical care mandatory. The other field Who or what is there? has a central role, in this clinic, as soon as it contains an extreme question around the fetuss ontological statute, being a baby or a non-baby. A sensible and attentive comprehension of the different ways in which couples deal with this field is essential for a psychotherapeutic care
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Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento / Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life

Consonni, Elenice Bertanha 26 April 2013 (has links)
Consonni, E. B. (2013). Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. O desenvolvimento das técnicas de diagnóstico pré natal possibilita detecção acurada de anomalias letais no feto, colocando o casal frente à difícil decisão de interromper ou não a gestação. O presente estudo teve por objetivo compreender o significado das vivências de mulheres que interromperam a gestação sob autorização judicial, devido à malformação fetal incompatível com a vida. Participaram do estudo dez mulheres atendidas no Setor de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas de Botucatu. Para coleta dos dados foram realizadas duas entrevistas semi-estruturadas, uma durante a gestação e outra quarenta dias após a interrupção. As entrevistas foram audiogravadas, transcritas na íntegra e tiveram os dados analisados na perspectiva da análise de conteúdo. Os resultados revelaram que o contato com o diagnóstico desencadeou reações de choque, incredulidade e esperança. As imagens do feto na ultrassonografia, especialmente nos casos de anomalias externas, causaram espanto e sofrimento, ao mesmo tempo em que, junto a outras imagens e informações obtidas pelas mães na internet, colaboraram para que melhor compreendessem o diagnóstico fetal. Os relatos apontaram dificuldades das gestantes na esfera social, como ao responder perguntas e comentários sobre a gravidez e o bebê e ao ouvir opiniões a respeito da malformação e da interrupção. Desde o diagnóstico pré-natal até o puerpério, as mães buscaram explicações e significados para a condição fetal e a perda do filho, sendo muito frequentes respostas religiosas e auto culpabilizantes. Os relatos mostram a existência de forte vinculação materno-fetal, tanto antes como após o diagnóstico, e as mulheres optaram pela interrupção da gestação na intenção de não se vincular ainda mais ao bebê e evitar sofrimento maior, sem que isso no entanto significasse o rompimento do vínculo. As mães que optaram por conhecer e se despedir do bebê após o nascimento, enfatizaram a importância deste momento, lembrado como positivo pela possibilidade de ver, despedir-se e guardar para sempre uma lembrança. Os relatos no puerpério marcaram sentimentos de tristeza, saudade e sensação de vazio pela perda do filho, revelando também a necessidade das mães manterem-se ligadas a ele. Na opinião destas mulheres, mediante a confirmação médica da impossibilidade de sobrevida após o nascimento, a mãe e/ou casal deveria ter autonomia para decidir sobre a interrupção da gestação, sendo a autorização judicial percebida como desnecessária e um fator de mais angústia para a situação vivida. Conclui-se que o diagnóstico fetal de malformação incompatível com a vida causou sofrimento para essas mulheres, pois precedeu inúmeras perdas e desencadeou complexo processo de luto. As mães estavam e continuaram vinculadas aos seus filhos; a interrupção da gestação, embora tenha sido uma escolha que evitasse a intensificação do vínculo e minimizasse a dor de uma perda inevitável, não as poupou de vivências de grande sofrimento. O estudo traz subsídios para a discussão e planejamento de abordagens e cuidados com a saúde de gestantes que recebem diagnóstico de malformação fetal letal. / Consonni, E. B. (2013). Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. The development of prenatal diagnostic techniques has enabled lethal fetal anomalies to be detected with accuracy, thus leaving couples with the difficult decision of whether or not to terminate the pregnancy. The objective of the present study was to gain understanding on what these experiences meant to those women who were granted legal authorization to terminate their pregnancy due to a fetal malformation incompatible with life. Ten women receiving care at the fetal medicine unit of the Botucatu Teaching Hospital participated in the study. Two semi-structured interviews were held for the purpose of collecting data, the first during pregnancy and the second forty days after termination. The interviews were audio-recorded and transcribed in their entirety. The data were analyzed according to the content analysis methodology. Results showed that becoming aware of their diagnosis triggered reactions of shock, disbelief and hope in these women. The ultrasound images of the fetus, particularly in those cases in which the abnormalities were external, caused shock and distress; however, together with other images and information obtained by the mothers from the internet, they contributed towards providing a better understanding of the fetal diagnosis. The women\'s accounts highlighted their difficulties in the social sphere, for example, when having to answer questions and respond to comments on their pregnancy and on their baby, and when listening to opinions on fetal malformation and pregnancy termination. Between the time of prenatal diagnosis and the puerperium, the mothers sought explanations and meanings for the fetal condition and for the loss of their child, with religious and self-blame attributions being very common. These testimonies reveal the existence of a strong maternalfetal attachment, both prior to and following diagnosis. The women opted to terminate their pregnancy to interrupt this process of increasing attachment and to prevent even greater suffering; however, this did not mean that the bond was broken. Those mothers who took the decision to see their baby after he/she was born and to say goodbye emphasized the importance of this moment, remembering it as positive because they had been able to see the child, say farewell to him/her and keep that memory of the child for ever. The statements made by the women during the puerperium were marked by feelings of sadness, nostalgia and emptiness evoked by the loss of their child, which also emphasized the mothers\' need to preserve this attachment. In these women\'s opinions, when faced with medical confirmation that the fetus will not survive after delivery, the mother or the couple should have the autonomy to decide whether or not to terminate the pregnancy, with legal authorization being perceived as unnecessary and a source of further anguish under these circumstances. In conclusion, fetal diagnosis of a malformation incompatible with life led to suffering in these women, since it preceded innumerous losses and triggered a complex grieving process. The mothers were and continue to be attached to their children. Pregnancy termination, although representing a choice made to avoid intensifying the degree of this attachment and to minimize the pain of an unavoidable loss, did not save them from having to experience great suffering. This study adds to the debate on the subject and provides further data for use in planning the management and care of the health of pregnant women who receive a diagnosis of a lethal fetal malformation.
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Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento / Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life

Elenice Bertanha Consonni 26 April 2013 (has links)
Consonni, E. B. (2013). Vínculo e perda: vivências de mulheres que interromperam a gestação por malformação fetal incompatível com a vida após o nascimento. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. O desenvolvimento das técnicas de diagnóstico pré natal possibilita detecção acurada de anomalias letais no feto, colocando o casal frente à difícil decisão de interromper ou não a gestação. O presente estudo teve por objetivo compreender o significado das vivências de mulheres que interromperam a gestação sob autorização judicial, devido à malformação fetal incompatível com a vida. Participaram do estudo dez mulheres atendidas no Setor de Medicina Fetal do Hospital das Clínicas de Botucatu. Para coleta dos dados foram realizadas duas entrevistas semi-estruturadas, uma durante a gestação e outra quarenta dias após a interrupção. As entrevistas foram audiogravadas, transcritas na íntegra e tiveram os dados analisados na perspectiva da análise de conteúdo. Os resultados revelaram que o contato com o diagnóstico desencadeou reações de choque, incredulidade e esperança. As imagens do feto na ultrassonografia, especialmente nos casos de anomalias externas, causaram espanto e sofrimento, ao mesmo tempo em que, junto a outras imagens e informações obtidas pelas mães na internet, colaboraram para que melhor compreendessem o diagnóstico fetal. Os relatos apontaram dificuldades das gestantes na esfera social, como ao responder perguntas e comentários sobre a gravidez e o bebê e ao ouvir opiniões a respeito da malformação e da interrupção. Desde o diagnóstico pré-natal até o puerpério, as mães buscaram explicações e significados para a condição fetal e a perda do filho, sendo muito frequentes respostas religiosas e auto culpabilizantes. Os relatos mostram a existência de forte vinculação materno-fetal, tanto antes como após o diagnóstico, e as mulheres optaram pela interrupção da gestação na intenção de não se vincular ainda mais ao bebê e evitar sofrimento maior, sem que isso no entanto significasse o rompimento do vínculo. As mães que optaram por conhecer e se despedir do bebê após o nascimento, enfatizaram a importância deste momento, lembrado como positivo pela possibilidade de ver, despedir-se e guardar para sempre uma lembrança. Os relatos no puerpério marcaram sentimentos de tristeza, saudade e sensação de vazio pela perda do filho, revelando também a necessidade das mães manterem-se ligadas a ele. Na opinião destas mulheres, mediante a confirmação médica da impossibilidade de sobrevida após o nascimento, a mãe e/ou casal deveria ter autonomia para decidir sobre a interrupção da gestação, sendo a autorização judicial percebida como desnecessária e um fator de mais angústia para a situação vivida. Conclui-se que o diagnóstico fetal de malformação incompatível com a vida causou sofrimento para essas mulheres, pois precedeu inúmeras perdas e desencadeou complexo processo de luto. As mães estavam e continuaram vinculadas aos seus filhos; a interrupção da gestação, embora tenha sido uma escolha que evitasse a intensificação do vínculo e minimizasse a dor de uma perda inevitável, não as poupou de vivências de grande sofrimento. O estudo traz subsídios para a discussão e planejamento de abordagens e cuidados com a saúde de gestantes que recebem diagnóstico de malformação fetal letal. / Consonni, E. B. (2013). Attachment and loss: the experiences of women who terminate a pregnancy due to fetal malformations incompatible with postnatal life. Tese de Doutorado, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. The development of prenatal diagnostic techniques has enabled lethal fetal anomalies to be detected with accuracy, thus leaving couples with the difficult decision of whether or not to terminate the pregnancy. The objective of the present study was to gain understanding on what these experiences meant to those women who were granted legal authorization to terminate their pregnancy due to a fetal malformation incompatible with life. Ten women receiving care at the fetal medicine unit of the Botucatu Teaching Hospital participated in the study. Two semi-structured interviews were held for the purpose of collecting data, the first during pregnancy and the second forty days after termination. The interviews were audio-recorded and transcribed in their entirety. The data were analyzed according to the content analysis methodology. Results showed that becoming aware of their diagnosis triggered reactions of shock, disbelief and hope in these women. The ultrasound images of the fetus, particularly in those cases in which the abnormalities were external, caused shock and distress; however, together with other images and information obtained by the mothers from the internet, they contributed towards providing a better understanding of the fetal diagnosis. The women\'s accounts highlighted their difficulties in the social sphere, for example, when having to answer questions and respond to comments on their pregnancy and on their baby, and when listening to opinions on fetal malformation and pregnancy termination. Between the time of prenatal diagnosis and the puerperium, the mothers sought explanations and meanings for the fetal condition and for the loss of their child, with religious and self-blame attributions being very common. These testimonies reveal the existence of a strong maternalfetal attachment, both prior to and following diagnosis. The women opted to terminate their pregnancy to interrupt this process of increasing attachment and to prevent even greater suffering; however, this did not mean that the bond was broken. Those mothers who took the decision to see their baby after he/she was born and to say goodbye emphasized the importance of this moment, remembering it as positive because they had been able to see the child, say farewell to him/her and keep that memory of the child for ever. The statements made by the women during the puerperium were marked by feelings of sadness, nostalgia and emptiness evoked by the loss of their child, which also emphasized the mothers\' need to preserve this attachment. In these women\'s opinions, when faced with medical confirmation that the fetus will not survive after delivery, the mother or the couple should have the autonomy to decide whether or not to terminate the pregnancy, with legal authorization being perceived as unnecessary and a source of further anguish under these circumstances. In conclusion, fetal diagnosis of a malformation incompatible with life led to suffering in these women, since it preceded innumerous losses and triggered a complex grieving process. The mothers were and continue to be attached to their children. Pregnancy termination, although representing a choice made to avoid intensifying the degree of this attachment and to minimize the pain of an unavoidable loss, did not save them from having to experience great suffering. This study adds to the debate on the subject and provides further data for use in planning the management and care of the health of pregnant women who receive a diagnosis of a lethal fetal malformation.

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