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Experiências temporais constitutivas do ser professora: uma leitura bergsonianaMonteiro, Sandrelena da Silva 28 March 2014 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-02-22T13:43:51Z
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Previous issue date: 2014-03-28 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Que experiências temporais são constitutivas do ser professora? Esta foi a questão
que provocou este exercício de pesquisa permeado por encontros, sujeitos,
professoras, espírito, matéria, tempo, experiências. Palavras que dizem e se dizem ao
longo de toda a escrita deste trabalho que teve como objetivos conhecer quais
experiências cada professora considera que sejam constitutivas do seu modo de ser e
estar no mundo, e, buscar uma aproximação, através dos relatos destas experiências,
com a duração de cada professora. Na apresentação da trajetória pude ver com
clareza os encontros que me trouxeram até este momento: o encontro com a
docência, o encontro com o tempo na docência, o encontro com o filósofo francês
Henri Bergson (1859-1941). Do encontro com Bergson surgiu a necessidade de um
estudo mais aprofundado sobre o tempo, agora visto não mais como fruto dos
relógios e calendários, mas como duração; sobre o ser humano – agora visto
enquanto um ser que se constitui em uma complexa relação entre corpo e espírito,
relação em constante devir; sobre a docência, uma vez que, mudando-se a concepção
de tempo e ser humano, inevitavelmente questiona-se sobre a prática educativa. A
busca pela aproximação com o campo da educação me levou à revisão de literatura, o
que me possibilitou o encontro com diversos pesquisadores e suas pesquisas. A
escolha metodológica também se deu em um encontro, agora entre a investigação
narrativa (CONELLY e CLANDININ, 2008) e o processo intuitivo (BERGSON,
1934/2006), no qual, busquei uma aproximação entre os pontos convergentes de uma
e outra proposta. E, finalmente, o encontro com as professoras que participaram
nesse exercício de pesquisa: Creuza, Vivian, Elosaine, Tatiane, Aline, Fabiana. A
elas, a proposta para contarem o que as constituía professoras. Que experiências
consideravam significativas nessa constituição? A construção de portfólios aconteceu
como uma forma de registro; destes, as crônicas, como um exercício intuitivo. Os
estudos teóricos permitiram, por uma aproximação simpática, um encontro com a
duração de cada uma destas professoras, e, nestes, um pensar outro na relação com a
formação docente. Formação pautada no respeito à duração do ser, que lhe permita ir
cada vez mais longe, sabedor que há sempre algo mais a conhecer. Assim, pensamos
também a formação continuada do professor. Há que existir, mas uma formação que
se faça de forma a lhe permitir adentrar no movimento de duração da própria escola,
da turma na qual trabalha, de cada aluno e aluna com o qual se relaciona e da própria
sociedade na qual vive. Não teríamos mais cursos relâmpagos, aulas shows, ou
palestras surreais... Teríamos sim estudo, discussão, reflexão, experimentação, um
viver a escola e a docência em sua própria constituição, sabendo-nos e sentindo-nos
partes integrantes daquele movimento, daquela vida que pulsa, daquela obra que,
como a própria vida sendo vivida, se faz em uma evolução criadora. / Which temporal experiences are constitutive of a teacher being? This was the
question that sparked this research that was permeated by encounters, subjects,
teachers, spirit, matter, time, experiences. Words they say and say itself throughout
the writing of this paper which aims to identify which experiences each teacher
considers to be constitutive of their way of being in the world, and seek to approach,
through the accounts of these experiments, the duration of each teacher. In the
presentation of the trajectory I could see clearly the encounters that have brought me
so far: meeting with teaching, meeting with the teaching time, meeting with the
French philosopher Henri Bergson (1859-1941). Of the Bergson's meeting, the need
for further study about the time arose, now no longer seen as the fruit of clocks and
calendars, but as duration; about the human being now it seen as a being which
constitutes itself in a complex relationship between body and spirit, relationship
constantly becoming; about teaching, since changing the conception of time and
human, inevitably raises questions about educational practice. The quest for
rapprochement with the field of education led me to the literature review, which
enabled me to meet many researchers and their research. The methodological choice
was also made in a meeting between narrative investigations (CONELLY e
CLANDININ, 2008) and the intuitive process (BERGSON, 1934/2006) in which I
sought a rapprochement between the converging points of one and another proposal.
And finally, the meeting with the teachers who participated in this research: Creuza,
Vivian, Elosaine, Tatiane, Aline, Fabiana. To them, the proposal to tell what
constituted themselves as teachers. What experiences they considered significant in
this constitution? The construction of portfolios happened as a form of registration;
these, the chronicles, as an exercise intuitive. Theoretical studies led by a friendly
approach, a meeting with the duration of each of these teachers, and in these, another
way of thinking in relation to teacher formation. Formation based on respect for the
duration of being, allowing it to go farther and farther away, knowing that there is
always something more to know. Thus, we also think about continuing teacher
formation. That must exist, but a formation that do so allow him enter to the school
movement duration, the class in which works, of each student to which it relates and
the society where he lives. We would have no more lightning strokes, show classes
or surreal lectures ... Instead, we would have study, discussion, reflection,
experimentation, a way of living school and teaching in their own constitution,
knowing and feeling us as an integral part of that movement, that life which pulsates,
that work, as life itself being lived, is done in a creativity evolution.
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Ao sabor das narrativas: sujeitos, cotidiano e práticas de cozinha / To the flavor of narratives: subjects, everyday life and kitchen practicesSilveira, Juzelia de Moraes 26 February 2015 (has links)
Submitted by Cláudia Bueno (claudiamoura18@gmail.com) on 2015-10-19T18:05:28Z
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Previous issue date: 2015-02-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The present thesis consists in reports of four participants as well as my own personal
reports in order to think how these subjects produce themselves and are produced
through their cooking practices. This way, it departs from the perspective of narrative
inquiry as methodological approach. As main authors to subsidize the methodological
web, I highlight Brockemeier and Harré (2003), Bruner (1990; 1995), Connelly and
Clandinin (1990; 1995) and Ellingson and Ellis (2008). I adopt the purposes of
Quotidian and Visual Culture Studies to think how the participants’ narratives bring
argumentations and notes about how their quotidian is marked by micro-resistances
that individuals developed by means of their ways of doing. Thus, I understand that
subjects are constituted by references and discourses, which structure their
sociocultural contexts, creating with their distinct ways of relating to a practice ways
of playing with normative and homogenizing principles. I consider micro-resistances
above all through considerations of Michel de Certeau and Luce Giard (2000; 2003)
drawn from “A invenção do Cotidiano”, which comprehend the plurality of ways of
doing as potencies for subverting the sociocultural impositions. As research
references on Everyday life Studies I dialogue mainly with Alves (1998; 2001; 2009;
2012), Victorio Filho (2005; 2007; 2013) and Pais (2003; 2007). Through the reports
produced by participants and myself the “visual events” (ILLERIS; ARVEDSEN,
2011) that constituted the experiences that derived from the cooking practices are
recovered and observed, thinking how the relation between seeing and being seen is
mediated by the whole visual system that composes each lived context. Before this
conception, I find the theoretical framework in the writings of Mitchell (2002; 2005),
Mirzoeff (2003) and Hernández (2007; 2013). In the chapters developed along this
dissertation, I approach issues which, due to being more recurrent in the notes taken
by the participants, figure as theme of analysis. These are: “Swiss Lemonade or
Micro-resistances through micro-existences”, in which I discuss how small narratives
that inhabit the quotidian are constituted as modes of resistance through the way the
subjects construct themselves in dialogue with the environment; “Baião de dois – or
Kitchen and gender production”, in which I argue on how discursive constructions on
gender surround and reinforce the norms that base as well as question them;
“Filhoses – or Kitchens as space of affection and socialization”, which traces a
reflection on the constant relation between the referred practice and the interaction
processes between family and friends through cooking and feeding along with other
subjects. / A presente tese desenha-se a partir dos relatos de quatro participantes, bem como
de meus relatos pessoais, para pensar como os sujeitos produzem-se e são
produzidos a partir de suas práticas de cozinha. Para tanto, parto da perspectiva da
Investigação Narrativa como viés metodológico. Como principais autores que
subsidiaram a rede metodológica destaco Brockemeier e Harré (2003), Bruner
(1990, 1995), Connelly e Clandinin (1990, 1995) e Ellingson e Ellis (2008). Valho-me
dos propósitos dos Estudos do Cotidiano e da Cultura Visual para pensar como as
narrativas dos sujeitos da pesquisa trazem argumentações e apontamentos sobre
como os cotidianos são marcados por microrresistências que os indivíduos
desenvolvem a partir de suas formas de fazer. Para tanto, compreendo que os
sujeitos são constituídos mediante referências e discursos que estruturam seus
contextos socioculturais, criando com seus modos distintos de relacionar-se com
uma prática, maneiras de jogar com normativas e preceitos homogeneizadores.
Penso as microrresistências partindo, sobretudo, das considerações de Michel de
Certeau e Luce Giard (2000, 2003) traçadas em “A invenção do Cotidiano”, que
compreendem a pluralidade de maneiras de fazer como potências de subversão das
imposições socioculturais. Como referências da pesquisa sobre os Estudos do
Cotidiano dialogo principalmente com Alves (1998, 2001, 2009, 2012), Victorio Filho
(2005, 2007, 2013) e Pais (2003, 2007). A partir dos relatos produzidos pelos
colaboradores e por mim são retomados e observados os “eventos visuais” (ILLERIS
E ARVEDSEN, 2011) que constituíram as experiências derivadas das práticas de
cozinhas, pensando como a relação do ver e ser visto é mediada e oriunda de todo o
sistema visual que compõe cada contexto vivido. Diante dessa concepção, busco
aporte teórico nos escritos de Mitchell (2002, 2005), Mirzoeff (2003) e Hernández
(2007, 2013). Nos capítulos desenvolvidos ao longo da tese abordo as questões
que, por serem mais recorrentes nos apontamentos realizados pelos participantes,
configuram-se como mote de análise. São eles: “Limonada Suíça ou
Microrresistências a partir de microexistências”, em que discuto como as pequenas
narrativas que habitam o cotidiano constituem-se como formas de resistência, a
partir da forma com que o sujeito constrói a si mesmo em diálogo com seu meio;
“Baião de dois – ou A cozinha e produção de gêneros”, no qual argumento sobre
como as construções discursivas sobre gênero circundam e reiteram as normativas
que os fundamentam, tanto quanto as indagam; “Filhoses – ou As cozinhas como
espaço de afeto e socialização”, que traça uma reflexão sobre a relação constante
entre a referida prática e os processos de interação entre família e amigos, a partir
do cozinhar e alimentar-se com outros sujeitos.
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Sobre mudar de paisagens, sobre mirar com outros olhos – narrativas a partir de deslocamentos territoriais / Sobre cambiar de paisaje, sobre mirar con otros ojos - narrativas desde desplazamientos territorialesRosa, Aline Nunes da 24 February 2015 (has links)
Submitted by Cláudia Bueno (claudiamoura18@gmail.com) on 2015-10-26T15:26:59Z
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Previous issue date: 2015-02-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Presentando como foco investigativos los desplazamientos territoriales, experimentados como tránsitos y mudanzas de
orden geográfica y subjetiva vividas en el transcursos de esta tesis, mi intención con este estudio es explorar qué ocurre
y cómo los sujetos implicados en este trabajo perciben este movimiento. Motiva por la pregunta “Qué variaciones y giros
son producidos y experimentados a partir de los desplazamientos territoriales?” la presente tesis fue desarrollada en un
formato narrativo a través del cruce de relatos autobiográficos de ocho sujetos nómada, entre los cuales me incluyo. La
construcción de la tesis se realizó por medio de diferentes caminos que producen encuentros: con autores cuyo
pensamiento y escrita transitan por la perspectiva de los Estudios de la Cultura Visual; con literaturas diversas que me
facilitaron pensar y ampliar las nociones sobre el tema problematizado; con imágenes producidas en medio de los
desplazamientos y halladas al azar; de aquellos que despiertan ciertas películas, en un paseo a la deriva, en una visita a
un museo y en las conversaciones con aquellos que colaboraron con la investigación. Metodológicamente, la tesis fue
realizada de acuerdo a los presupuestos de la Investigación Narrativa y de la Investigación Cartográfica. La orientación
teórica y argumentativa del tema fue tramada con bases en las nociones de nomadismo, a través de autores como
Deleuze y Guattari, Rosi Braidotti y Onfray. El concepto deleuzo-guatariano de desterritorialización fue también
incorporado al estudio como una manera de cartografiar los movimientos realizados por los participantes de la
investigación. Adicionalmente, en medio de mis recorridos teóricos propongo algunas reflexiones en torno a los
desplazamientos en diálogo con Rolnik; Preciosa; Lopes; Maffesoli, entre otros. Esta tesis defiende en su escrita la
posibilidad de reinvención potenciada por el acto de dejar un territorio, inicialmente geográfico, pero que aquí fue
entendido como otro tipo de dominio, es decir, dejar aquello que se instaura como seguro y familiar, con el fin de
lanzarse en busca de algo todavía no vivido, que está latente y se configura como territorio de experimentación. En este
sentido, tales movimientos se configuran como tres paisajes que titulo de la siguiente manera: “Callejeo”; “Uno en la
casa, otro”; “Quién dentro de si no sale…Todos ellos tan mutables y movedizos como la condición de estar viviendo un
desplazamiento. A través de estos paisajes presento algunos desarrollos conceptuales que posibilitan, a mi modo de
ver, una comprensión de lo que se desplaza en nosotros cuando nos desplazamos. / By presenting as research focus territorial movements lived as transits and changes of subjective and geographical
nature, the effort permeating this PhD dissertation has been in the search for exploring what happens, and how the work
subjects experience this moment. Boosted by the question “What changes and twists are produced and experienced
through territorial movements?”, this dissertation was developed in a narrative format through the interweaving of
autobiographical reports from eight nomadic subjects, among whom I am included. The dissertation construction was
made by different paths, which promote encounters: with authors whose thinking and writing transit through the
perspective of Visual Cultural Studies; with several literatures which promote thinking and widening the notion on the
problematized theme; with images produced within the movements and found lurking around; what is felt in certain
movies in a drifting stroll, in a visit to the museum, and in conversations with those who collaborate to the investigation.
Methodologically, the dissertation was developed according to the principles of Narrative Inquiry and Cartography. The
theoretical and argumentative orientation on the theme is based on the notions of nomadism, by means of authors such
as Deleuze and Guattari, Rosi Braidotti and Onfray. The deleuze-guattarian concept of deterritorialization is also
incorporated in the work in order to catograph the movements produced by the research participants. Among the
theoretical paths some reflections are proposed around the movements/displacements in dialogues with Rolnik;
Preciosa; Lopes; Maffesoli, among others. This dissertation defends in its writing the possibility of reinvention
potentialized by the act of leaving a territory, initially geographical, but understood here as other types of domain, that is,
leaving what presents itself as safe and familiar in order to go after something not lived yet, which is latent and
configured as territory of experimentation. In this sense, such movements are configured as three landscapes that I have
named: “Callejeo”; “Um em casa, outro”; “Quem de dentro de si não sai...” All of them are changeable and unstable in
terms of the condition to be living a displacement. By means of landscapes some unfoldings are presented, which make
possible a way of seeing and, to a certain extent, of understanding what changes in us while we move around. / Apresentando como foco investigativo os deslocamentos territoriais, vividos como trânsitos e mudanças de ordem
geográfica e subjetiva, no decorrer da tese o esforço esteve na busca por explorar o que passa, o que acontece, e como
os sujeitos implicados neste trabalho vivenciam este movimento. Tomada pela pergunta “Que mudanças e torções são
produzidas e experienciadas a partir de deslocamentos territoriais?” a tese foi desenvolvida num formato narrativo a
partir do entrecruzamento dos relatos autobiográficos de oito sujeitos nômades, entre os quais me incluo. A construção
da tese fez-se por diferentes caminhos que provocam encontros: com autores cujo pensamento e escrita transitam pela
perspectiva dos Estudos da Cultura Visual; com literaturas diversas que proporcionam pensar e ampliar as noções sobre
o tema problematizado; com imagens produzidas em meio aos deslocamentos e achadas à espreita; daquilo que é
sentido em certos filmes, num passeio à deriva, numa visita a um museu, e nas conversações com aqueles que
colaboram com a investigação. Metodologicamente, a tese foi realizada segundo os pressupostos da Investigação
Narrativa e da Cartografia. A orientação teórica e argumentativa acerca do tema aconteceu com base nas noções de
nomadismo, por meio de autores como Deleuze e Guattari, Rosi Braidotti e Onfray. O conceito deleuze-guattariano de
desterritorialização é também incorporado no trabalho como forma de cartografar os movimentos produzidos pelos
participantes da pesquisa. Ainda, em meio aos percursos teóricos são propostas algumas reflexões em torno aos
deslocamentos em diálogos com Rolnik; Preciosa; Lopes; Maffesoli, dentre outros. A tese defende em sua escrita a
possibilidade de reinvenção potencializada pelo ato de deixar um território, inicialmente geográfico, mas que aqui foi
entendido enquanto outros tipos de domínio, ou seja, deixar aquilo que se apresenta seguro e familiar, a fim de lançarse
em busca de algo ainda não vivido, que está latente e configura-se como território de experimentação. Neste sentido,
tais movimentos se configuram como três paisagens que intitulo: “Callejeo”; “Um em casa, outro”; “Quem de dentro de si
não sai...” Todas elas tão mutáveis e movediças quanto a condição de estar vivendo um deslocamento. A partir das
paisagens são apresentados alguns desdobramentos, que possibilitam um modo de ver e, em certa medida, de
compreender o que se desloca em nós quando nos deslocamos.
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