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A leitura literária em espaços não escolares e a universidade: diálogos possíveis para novas questões na formação de professoresSILVA, L. C. E. 19 November 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-11-19 / A pesquisa tem como objetivo o ensino de literatura na formação de professores, no que diz respeito às relações estabelecidas entre a Universidade e os espaços não escolares, a partir da crença no viés social da literatura e da leitura que não se configura apenas no interior do ambiente escolar, perpassando, pois, nossas relações e práticas sociais (BENJAMIN, 1996; FREIRE, 1987, 1996). Buscam-se responder questões como: é possível estabelecermos diálogos entre a literatura trabalhada na Universidade e a literatura vivida em espaços não escolares? Que professor de Literatura e Língua Portuguesa pretende-se formar nos cursos de graduação? Que mudanças poderiam ser realizadas nos estágios supervisionados de Letras-Português e Pedagogia a partir da inserção da leitura literária em projetos sociais que extrapolam o universo escolar? Para desenvolver esta pesquisa, utilizou-se como metodologia a pesquisa qualitativa, cujo foco centra-se na observação participante, com intervenção e com algumas particularidades da pesquisa-ação. Nossas ações investigativas aconteceram por meio de oficinas literárias com graduandos de Letras e Pedagogia, em espaços não formais de educação asilos, casas de passagem, casas de cultura e outros espaços que nos permitiram um movimento exotópico (BAKHTIN, 2000, 2010) a partir da articulação entre as diferenças advindas dessas práticas de leitura e as questões provocadoras de uma redefinição da profissionalidade docente (NÓVOA, 1992, 2002, 2009; ZEICHNER, 1997, 2000, 2008). Os resultados apontam para a reformulação dos estágios supervisionados devem estar pautadas em debates que promovam a integração do professor de Literatura em qualquer espaço social que permita seu movimento consciente e responsável de participação na cultura.
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O devir-menor de Alice: linhas de escrita, linhas de vida sobre a aprendizagem da linguagem na educação infantil.HOLZMEISTER, A. P. P. 05 December 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-12-05 / As linhas de escrita que conformam o Devir Menor de Alice constituem-se a partir da necessidade de investigar o devir-criança dos corpos aprendentes no processo de aprendizagem da linguagem como potência capaz de engendrar, na imanência dos encontros educativos, um currículo que funcione como plano de constituição de um estilo singular de inscrição de si e do mundo no âmbito da educação infantil. Impulsionado por forças que se desdobram em um campo problemático que orienta um percurso investigativo de caráter cartográfico, o estudo busca problematizar: Por quais processos o problema da escrita pode ordenar um movimento expressivo de aprendizagem da linguagem? Em torno dessa problemática, concebe três questões centrais: (1) De que modo as práticas diferenciais de linguagem traçadas no movimento imanente do currículo deslocam de modo positivo o processo de aprendizagem da linguagem na educação infantil? (2) Do que trata concretamente o conceito de linguagem no movimento expressivo e de aprendizagem afetiva? (3) Por que é relevante abordar o movimento expressivo de aprendizagem da linguagem e por que fazer isso a partir do problema da escrita? Nesse processo investigativo, afirma que a aprendizagem da linguagem implica processos de subjetivação pelos quais a ideia do delírio, do sonho, do sonambulismo de Alice traz para a leitura e a escrita a necessária relação com a tradução: uma leitura que, ao invés de ler o real, o traduz com as forças intensivas do mundo, produzindo afecções nos corpos envolvidos (o leitor, o escritor, o texto, o próprio entorno) e fazendo variar sua potência; uma leitura que envolve as artistagens tradutórias de um agenciamento coletivo de enunciação pelo traçado de linhas de escrita e de vida; uma escrita como invenção: inscrição singular de um si-mundo; traçado desejante de criação. Pretende, portanto, defender que a aprendizagem da linguagem acontece como atividade expressiva quando há composição de um bloco de devir-aprendente por meio da criação de um estilo. Para tanto, recorre a algumas ferramentas conceituais produzidas por Gilles Deleuze (1925-1995) e Félix Guattari (1930-1992), Gilbert Simondon (1924-1989), Baruck Spinoza (1632-1677), Suely Rolnik (2006), Sandra Corazza (2013), Virginia Kastrup (1999) e Walter Kohan (2007), de modo a tentar intervir concretamente nas discussões em torno dos conceitos de aprendizagem, linguagem, tempo, signos, acontecimento, devir, escrita e estilo, seguindo pelo conceito de individuação e pelos movimentos de exploração intensiva dos meios cartografados nos encontros educativos estabelecidos em um Centro de Educação Infantil de Vitória.
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Alunos com paralisia cerebral na escola: linguagem, comunicação alternativa e processos comunicativosCORREIA, V. G. P. 24 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-24 / O estudo assume como problema de investigação analisar as contribuições da Comunicação Alternativa e Ampliada (CAA) aos processos comunicativos de alunos sem fala articulada no contexto da escola, destacando nesses processos o papel potencializador dos interlocutores. Fundamenta-se na abordagem de linguagem e na noção de enunciado discutidas por Bakhtin e nas contribuições de Vigotski sobre a relação entre desenvolvimento e aprendizagem, postulando que a aquisição e o desenvolvimento da linguagem ocorrem no curso das aprendizagens, ao longo da vida. As análises e reflexões empreendidas evidenciam uma discussão acerca da linguagem que se desloca da dimensão orgânica para a dimensão da constituição do sujeito como humano. Sob essa visão, outros conceitos, como os de língua, fala, interação verbal, dialogia, enunciação, aprendizagem e desenvolvimento são problematizados e também considerados como elementos fundantes e presentes nas relações comunicativas entre os sujeitos sem fala articulada e seus interlocutores. Na primeira etapa, o estudo busca conhecer as formas organizativo-pedagógicas de cinco Secretarias Municipais de Educação da Região Metropolitana de Vitória e da Secretaria de Estado da Educação no que diz respeito à identificação dos alunos com Paralisia Cerebral, sem fala articulada, ao acompanhamento técnico-pedagógico e à formação de professores que atuam na Educação Especial. Na segunda etapa, objetiva conhecer a processualidade da organização do trabalho pedagógico instituída nos contextos escolares e investiga os processos comunicativos em/com dois alunos com severos comprometimentos motores e de fala em duas escolas de Ensino Fundamental, localizadas no município de Serra e de Vitória. Nesta etapa, opta pela pesquisa-ação colaborativo-crítica por contribuir, teórica e metodologicamente, para sustentar os fazeres individuais e coletivos nos lócus de investigação. Os resultados revelam que, institucionalmente, ainda não se conhece quem são e quantos são os alunos com Paralisia Cerebral sem fala articulada no contexto de suas reais necessidades. Esse desconhecimento é atribuído pelas gestoras das Secretarias Municipais de Educação investigadas ao considerarem que, via de regra, são tomadas apenas as informações do Educacenso-INEP. As identificações pontuais, quando ocorrem, são decorrentes de estratégias internas adotadas, sendo uma delas o assessoramento pedagógico das equipes às escolas. No que tange ao ensino, à aprendizagem e à avaliação, o estudo constata que são atravessados por concepções equivocadas sobre os sujeitos com Paralisia Cerebral sustentadas, sobretudo, pela baixa expectativa e pelo pouco esforço quanto à sua escolarização. Constata também que o uso dos recursos de CAA potencializa os processos comunicativos dos alunos investigados e, movimentados pela linguagem, possibilita-lhes enunciar e fixar posições, opiniões e decisões, assegurando-lhes mais autonomia e fluidez do processo comunicacional. As formas de mediação dos interlocutores assim como as dinâmicas dialógicas por eles utilizadas com os alunos se constituem como elementos importantes nos processos de comunicação e interação. A espera do outro, o apoio e o incentivo à reformulação daquilo que se quer expressar, as modificações e alterações no jogo dialógico são exemplos dessa mediação. Quanto às ações de reorganização do trabalho pedagógico, o estudo registra maior articulação e colaboração entre professores da classe, professora da Educação Especial e estagiária no planejamento das aulas, dos conteúdos, com a inserção no notebook para um dos alunos; o uso das pranchas de comunicação, por ambos os alunos e seus interlocutores, como ação inovadora nos contextos escolares; a realização de atividades pelos alunos, com gradativa autonomia, a partir da disponibilização de recursos de TA/CAA (pasta de conteúdos temáticos, figuras imantadas, quadro metálico, ponteira, plano inclinado, notebook); a proposição de ações intencionais de alfabetização, a partir da reorganização de espaços-tempos no cotidiano da escola. Conclui que as discussões teóricas e práticas das questões relacionadas com a linguagem, com os processos cognitivos e com o uso de recursos de TA/CAA alavancam mudanças na concepção dos profissionais das escolas pesquisadas que, ainda, sob uma visão reducionista quanto às formas de comunicação e de interação verbal, impõem limites à escolarização dos alunos com deficiência.
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As práticas de alfabetização de duas escolas de ensino fundamental do município de VitóriaCOSTA, K. W. C. 29 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-29 / Este trabalho consiste em um estudo de caso, que tem como objetivo analisar as práticas de alfabetização das professoras de duas escolas do Sistema Municipal de Ensino de Vitória, ES. Compreendemos a alfabetização como uma prática social e cultural que envolve o trabalho de produção de textos orais e escritos, de leitura e conhecimentos sobre o sistema de escrita. Sob a égide dessa concepção procuramos saber quais dimensões da alfabetização são mais privilegiadas pelas professoras alfabetizadoras a fim de concluir sobre o conceito que orienta as práticas das professoras. Utilizamos para coleta dos dados a observação participante em sala de aula, entrevistas e gravações em audiovisual e fotografias. Com base nos dados selecionamos os eventos destinados ao ensino da língua materna e organizamos as categorias conceituais que evidenciam as práticas das docentes. Para análise dos eventos, tomamos como base os pressupostos teóricos da perspectiva bakhtiniana de linguagem, dialogando também com diferentes autores que partem dessa perspectiva. Consideramos que as práticas de alfabetização das professoras apresentam semelhanças, pois nas duas salas de aula foram privilegiados o ensino dos conhecimentos sobre o sistema de escrita, a leitura e a produção de textos. Entretanto, a ênfase no primeiro conhecimento evidencia que a alfabetização é concebida como um processo de aquisição das habilidades de ler e escrever decodificação e codificação.
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Práticas de produção de texto numa turma de cinco anos da Educação Infantil.COSTA, M. C. M. 20 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-20 / Este trabalho integra estudos desenvolvidos no campo da linguagem, numa abordagem histórica, cultural e social, pela linha de pesquisa Educação e Linguagens, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Espírito Santo. Trata de um estudo de caso que tem por objetivo a investigação e a problematização das práticas desenvolvidas nos eventos mediados pela linguagem escrita, numa turma de crianças cinco anos de idade de uma Unidade de Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino de Vila Velha/ ES. Considera que a apropriação da linguagem escrita é uma forma de experiência histórica e cultural que se inicia desde os primeiros anos de vida da criança e se potencializa nas experiências sociais que são mediadas pela palavra e pelo outro. Discute as relações de ensino observadas na sala de aula durante as produções dos textos, enfatizando as condições de produção, os processos ocorridos durante as produções e os textos que resultaram desse processo. A partir dos dados coletados por meio da observação participante em sala de aula, entrevistas com os sujeitos, gravações em audiovisual e fotografias, seleciona, para análise, as produções que, especificamente, estavam dirigidas para um destinatário. Para análise dos eventos, parte da perspectiva bakhtiniana de linguagem, buscando dialogar com a realidade observada a partir de seis situações: a produção de listas de palavras, reportagem, convite, cartão, carta e recado. Considera que as análises efetuadas contribuem no sentido de perceber as implicações do conceito de gênero textual para o processo de alfabetização, e que a escrita tem que ser incorporada como uma necessidade da criança de escrever, devendo a escola criar situações para que isso ocorra.
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Práticas de Leitura em um hospital do Município de Vitória -ESSANTANA, C. 27 September 2012 (has links)
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Previous issue date: 2012-09-27 / Esta dissertação tem por objetivo analisar as práticas de leitura que são realizadas no hospital com crianças e adolescentes em tratamento de saúde. Busca compreender o que leem esses sujeitos, qual concepção de leitura, linguagem, texto e sujeito fundamenta essas práticas e, ainda, quais são os suportes e gêneros textuais mais utilizados pelos professores da classe hospitalar. A pesquisa fundamentou-se na concepção bakhtiniana de linguagem como interação verbal, e a metodologia caracterizou-se como um estudo de caso de caráter qualitativo. Utilizou o recurso de observação participante e de entrevista individual com as professoras, as crianças e os adolescentes para caracterizá-los, bem como registros do diário de campo durante observação, fotografia e filmagem dos eventos de leitura para a produção das análises. Foi possível saber que as crianças e adolescentes no hospital leem uma variedade de gêneros discursivos, tais como: conto, fábula, crônica, informativo, explicativo, opinião, verbetes, poema, poesia, música, Histórias em Quadrinhos, curiosidades, mito, lenda, aventura, rima, jogral e outros. As professoras possibilitaram que a leitura desses gêneros fosse realizada de diferentes maneiras: leitura individual em voz alta e silenciosa, leitura coletiva e leitura ajudada pela professora para aqueles em fase de alfabetização. Para o trabalho de leitura, as professoras utilizaram também vários suportes, como jornal, quadro-branco, revistas, livros de literatura e folha xerocopiada. A pesquisa analisou as leituras de contos, lendas e verbetes e verificou que as concepções de leitura, linguagem e texto que fundamentaram as práticas das professoras não eram homogêneas, pelo contrário, elas variavam. A leitura era trabalhada, ora restrita à simples decifração de signos, ou seja, como decodificação da escrita, ora de forma mais ampla, quando o diálogo era muito explorado, levando a leitura a uma atividade complexa de produção de sentidos.
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Clarice Lispector - Nos confins do simbólico, a invenção do sujeitoFERREIRA, L. M. 29 June 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-06-29 / Este trabalho aborda a narrativa de Clarice Lispector através de uma articulação entre o discurso literário e o discurso psicanalítico. As obras selecionadas para maior aprofundamento foram os contos Miopia progressiva, A legião estrangeira, que fazem parte do livro Felicidade clandestina e o conto Amor, do livro Laços de família. Utilizamos alguns conceitos da teoria psicanalítica, principalmente os três registros lacanianos para situar e elaborar um ponto de ruptura recorrente da narrativa de Clarice, que denominamos confins do simbólico, como lugar da invenção do sujeito. Borda ou litoral situada entre o Real e o Simbólico, momento ambíguo da linguagem, porque toca o limite onde o sentido vacila e o novo se anuncia como virtualidade, este é o lugar originário do sujeito. Os personagens de Clarice Lispector se encontram repetidamente lançados na ambigüidade deste ponto que ilustra, na interface dos discursos, Literário e Psicanalítico, o saber sobre o sujeito da linguagem, que é também o sujeito do inconsciente.
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ANOTAÇÕES SOBRE A FILOSOFIA DA PSICOLOGIA EM LUDWIG WITTGENSTEINSILVA, F. M. E. 24 May 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-05-24 / Fundamentada nos escritos sobre a filosofia da psicologia, redigidos por Wittgenstein ao final da década de 40, o objetivo central desta pesquisa constituirá na análise do modo como Wittgenstein entende a significação dos conceitos psicológicos, bem como a relação desses com outros problemas a eles relacionados. Na primeira parte da pesquisa, serão ponderados preliminarmente os conceitos nos quais o filósofo se baseia para realizar suas considerações sobre a filosofia da psicologia. A atenção dada a esses conceitos se justifica na medida em que, sem os mesmos, o entendimento do modo como Wittgenstein trata as questões presentes em seus escritos sobre a filosofia da psicologia estaria comprometido. Uma vez destacadas as noções que circundam os escritos sobre a filosofia da psicologia de Wittgenstein, será avaliada então a crítica afirmada por ele à noção tradicional de significação por introspecção. Feito isso, abre-se então margem para o entendimento da crítica de Wittgenstein a tal modelo e, em seguida, para o estudo da solução dada pelo filósofo ao problema da significação dos termos mentais. Na segunda parte da pesquisa, será analisada a maneira como Wittgenstein propõe a ligação dos termos psicológicos com a experiência sensível. Para isso, será apresentada a crítica de Wittgenstein à concepção de mente enquanto cenário privado, concepção esta que propõe que apenas o indivíduo que sente uma determinada sensação tem acesso ao suposto objeto privado da experiência no qual o conceito da sensação estaria referenciado. Pontuada a crítica de Wittgenstein à mente enquanto cenário mental privado, no que se refere à significação dos termos psicológicos, parte-se então para outro problema ligado intimamente com dois conceitos psicológicos distintos, a saber, a questão do notar um aspecto (revelação do aspecto), questão essa que possui em seu fundamento uma confusão gramatical concernente aos conceitos de ver [sehen] e interpretar. Esse problema, presente em destaque nos escritos sobre a filosofia da psicologia de Wittgenstein, torna possível perceber como certos problemas referentes ao mental são, na verdade, confusões gramaticais oriundas do uso equivocado dos termos psicológicos, principalmente quando estes estão estabelecidos por uma compreensão unilateral da linguagem. Em resumo, após se ter considerado alguns dos principais pontos referentes aos escritos de Wittgenstein sobre a filosofia da psicologia, serão feitas considerações finais que levarão em conta o modo como o filósofo vê a relação entre mente e linguagem no que tange aos conceitos psicológicos. Serão ressaltados os principais apontamentos realizados na pesquisa e, após isso, será avaliado o modo como tais considerações serviram para indicar uma nova proposta de tratamento para problemas filosóficos tradicionais, a saber, um tratamento dado pela análise da linguagem.
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Interpretação Automatizada de Textos: Processamento de AnáforasFREITAS, S. A. A. 11 April 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005-04-11 / Esta tese apresenta uma solução para a interpretação de anáforas nominais definidas. Considere o seguinte texto:
(1) a. Mariana comprou um carro novo.
b. O motor veio danificado.
A frase (1a) apresenta duas entidades: Mariana e um carro novo. Já a frase (1.2b) tem apenas uma entidade - o motor. No processo de interpretação, humano ou computacional, a utilização do artigo definido " o" é um indicativo de que a entidade já havia sido introduzida no discurso, i.e. apresenta um caráter anafórico. Resolver uma anáfora é, a priori, identificar a quem ou a que se refere esta anáfora. Mas no caso acima é mais do que isto: sem dúvida o motor existe no texto por causa da existência de um carro, porém a interpretação do motor deve ir além disto e identificar como este motor está ligado com aquele carro. Isto é uma anáfora nominal definida.
A interpretação das anáforas nominais definidas ou de qualquer fenômeno anafórico pode ser generalizada como um processo que atribui valores aos itens da seguinte equação: R(A, T ) (2)
onde: A denota a entidade introduzida pela interpretação fora de contexto de um pronome, de uma elipse ou de um sintagma nominal definido, T denota o seu antecedente e R é a relação existente entre A e T . O processo de resolução da equação, que é propriamente o processo de resolução de anáforas, consiste em descobrir T e R dado A. Nesta tese é proposta uma metodologia computacional que interpreta as anáforas nominais definidas cuja relação R é uma dentre: parte de, membro de, subcategorizado por e coreferência. A obtenção das relações é feita por um conjunto de regras pragmáticas [Freitas, Lopes e Menezes 2004, Filho e Freitas 2003] (cap. 3). Caso seja constatado que A não seja anafórica então ela é acomodada no contexto.
A metodologia computacional é construída sobre um ambiente de programação em lógica [Damásio, Nejdl e Pereira 1994] que permite raciocinar abdutivamente [Kakas, Kowalski e Toni 1992] sobre a representação semântica do texto [Kamp e Reyle 1993]. A partir da interpretação das entidades é construída a estrutura nominal do discurso [Lopes e Freitas 1994] (cap. 4), a qual permite: (1) fazer o acompanhamento das entidades mais salientes em cada frase [Freitas e Lopes 1994], (2) limitar o universo de escolha de possíveis antecedentes[Freitas e Lopes 1996] e (3) prover um resumo das entidades do discurso.
O resultado é uma metodologia que permite, de forma integrada, resolver anáforas e elipses, sendo que a estrutura nominal do discurso pode ser usada na busca de informações.
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Uma Metodologia para a utilização do processamento de Linguagem Natural na busca de informações em documentos digitaisPEREIRA, F. S. C. 07 August 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009-08-07 / Esta dissertação propõe uma metodologia para busca em textos digitais baseada na Estrutura Nominal do Discurso, originada da proposta de resolução de anáforas apresentada por Freitas[Freitas 2005]. O processo para resolução de anáforas permite a identificação da estrutura de formação do texto, criada pelo autor. A área de Recuperação de Informação (RI) propõe vários modelos para a representação e busca em documentos digitais, apesar de diferentes
em aspectos como a representação do texto ou metodologia para a realização de pesquisas todos têm como objetivo atender a necessidade de informação dos usuários de seus sistemas
de buscas. Os Modelos clássicos utilizados para Recuperação de Informação, como o modelo vetorial[Salton, Wong e Yang 1975] ou o LSI (Latent Semantic Indexing)[Deerwester et al. 1990],
consideram como elemento básico para a representação de um documento os termos que o compõem.
Nesses modelos uma query composta por um conjunto de termos T é comparada com os documentos indexados em busca de documentos que apresentem esses termos. Os documentos considerados como relevantes são então retornados como resultado a query.
Entretanto textos escritos em linguagem natural nem sempre possuem referências explícitas as suas entidades principais. Anáforas são um recurso freqüente em textos dessa natureza e seu uso diminui o poder de representação dos modelos clássicos, uma vez que entidades citadas no texto podem ser referenciadas por diferentes termos ou até serem omitidas.
Um modelo estrutural [Baeza-Yates e Ribeiro-Neto 1998] alternativo, que leva em consideração a utilização de anáforas na construção da representação computacional dos documentos, é o modelo apresentado por Seibel Júnior[Seibel Júnior e Freitas 2007]. Em [Seibel Júnior 2007]
o documento é representado pela Estrutura Nominal do Discurso para Buscas (ENDB) ou Estrutura para Buscas, criada a partir da Estrutura Nominal do Discurso (END) proposta por Freitas [Freitas 2005, Freitas e Lopes 1995, Freitas e Lopes 1994, Freitas e Lopes 1993, Freitas 1992]
com o objetivo de resolver anáforas. Uma vez que um documento tenha sua END construída, a metodologia proposta por Seibel Júnior [Seibel Júnior 2007] estabelece os mecanismos para transformá-la em uma estrutura voltada para a Recuperação de Informação e estabelece a metodologia para a realização de consultas à estrutura.
A construção da representação dos textos baseia-se na identificação dos focos, elementos centrais das frases do texto. Nenhuma informação, além dos focos, é levada em consideração
para a construção da Estrutura para Buscas, mas a END pode fornecer outras informações. A Estrutura Nominal armazena todas as entidades apresentadas no texto. Pereira et al apresentam em [Pereira, Seibel Júnior e Freitas 2009] uma nova metodologia para a RI baseada na resolução de anáforas de acordo com a proposta de Freitas[Freitas 2005].
Nesse trabalho, a construção da Estrutura para Buscas é realizada transpondo todas as entidades identificadas durante o processo de resolução anafórica, o que possibilita uma melhora na forma de representação do texto dos documentos e na qualidade dos resultados obtidos pelas pesquisas. Este trabalho detalha a proposta apresentada por Pereira et al, apresentando os algoritmos envolvidos na sua definição e experimentações sobre a nova metodologia de buscas.
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