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A ação espasmolítica do óleo essencial de Lippia microphylla Cham. e de seus constituintes majoritários envolve o bloqueio do influxo de cálcio em íleo de cobaia / Spasmolytic action of Lippia microphylla Cham. essential oil and its major compounds involves blocking calcium influx on guinea pig ileumOliveira, Gislaine Alves de 18 February 2014 (has links)
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Previous issue date: 2014-02-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The essential oil extracted from aerial parts of Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) (LM-OE) presents as major compounds thymol and carvacrol. The aim of this study was to investigate and to characterize oil LM-OE spasmolytic effect on guinea pig ileum, as well to verify if this effect is due its major compunds, thymol and carvacrol. Were performed measures of isometric and isotonic contractions and cytosolic calcium. LM-OE inhibited phasic contractions induced by 10-6 M of histamine or carbachol (CCh) (IC50 = 15.8 ± 2.3 e 24.4 ± 2.9 μg/mL, respectively). In a similar manner, thymol, carvacrol and thymol/carvacrol mixture antagonized histamine- (IC50 = 14.2 ± 1.6; 13.6 ± 1.3 e 13 ± 2.1 μg/mL, respectively) ou CCh- (IC50 = 21.3 ± 3.8; 16 ± 2.6 e 27.9 ± 4.8 μg/mL, respectively) induced phasic contractions. Compared with LM-OE, in neither case was difference. In the same way, LM-OE relaxed pre-contracted organ by 40 mM of KCl, 10-5 M of CCh or 10-6 M of histamine (EC50 = 7.6 ± 0.8; 7.2 ± 1.3 e 6.8 ± 0.6 μg/mL, respectively), being equipotent in the three situations. As CaV are common step on pathway of these three contractile agents, we hypothesized that somehow LM-OE would blocking Ca2+ influx by these channels. Once probably the major compounds are biological markers for this specie, we evaluated their effect upon tonic contraction induced by 40 mM of KCl. We found that thymol, carvacrol and thymol/carvacrol mixture relaxed the ileum in a significant and concentration-dependent manner (EC50 = 5.1 ± 1.1; 11.5 ± 1 e 5.1 ± 1.1 μg/mL, respectively), being carvacrol the least potent among the three, they did not showed statistic difference when compared with LM-OE. To confirm the hypothesis of CaV participation on LM-OE spasmolytic action, were performed cumulative concentration-response curves to CaCl2 in a nominal without Ca2+ depolarizing medium in absence (control) and LM-OE presence, witch one antagonize these contractions besides to relaxes the organ when it was pre-contracted by S-(-)-Bay K 8644 (EC50 = 8.5 ± 1.5 μg/mL), a selective CaV 1, agonist confirming that the CaV subtype involved is CaV 1. The fact of CsCl, a K+ channels nonselective blocker, has not changed the relaxing potency of LM-OE oil on ileum pre-contracted with 10-5 M CCh, discard the hypothesis of positive modulation of these channels, which would lead to an indirect blockade of CaV. In experiments with ileum circular layer, LM-OE antagonized phasic contractions induced by 10-6 M of CCh (IC50 = 30.1 ± 1.5 μg/mL), that suggests a negative modulation of the Ca2+ intracellular signaling by LM-OE oil to exert its spasmolytic effect. Viability of layer longitudinal smooth muscle cells was evaluated in the absence and presence of 81 μg/mL LM-OE oil, and no cell death was verify during 2 h of contact with cells LM-OE oil. In the presence of LM-OE oil, the intensity of fluorescence in intestinal guinea pig myocytes stimulated by histamine was reduced as a result of the reduction of calcium cytosolic concentration ([Ca2+]c). In conclusion, the LM-OE oil act by blocking calcium influx through CaV1, possibly by inhibiting intracellular Ca2+ signaling and reducing [Ca2+]c, to promote its spasmolytic effect in guinea pig ileum / O óleo essencial extraído das partes aéreas de Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) (LM-OE) apresenta como componentes majoritários o timol e o carvacrol. O objetivo deste trabalho foi investigar e caracterizar o efeito espasmolítico do óleo LM-OE em íleo de cobaia, bem como verificar se este efeito era devido aos seus constituintes majoritários. Foram realizadas medidas de contrações isotônicas e isométricas e do cálcio citosólico. O óleo LM-OE inibiu as contrações fásicas induzidas por 10-6 M de histamina ou de carbacol (CCh) (CI50 = 15,8 ± 2,3 e 24,4 ± 2,9 μg/mL, respectivamente). Da mesma forma, o timol, o carvacrol e a mistura timol/carvacrol antagonizaram as contrações fásicas induzidas por histamina (CI50 = 14,2 ± 1,6; 13,6 ± 1,3 e 13,0 ± 2,1 μg/mL, respectivamente) ou por CCh (CI50 = 21,3 ± 3,8; 16,0 ± 2,6 e 27,9 ± 4,8 μg/mL, respectivamente). Quando comparado com o óleo, não houve diferença em nenhum dos casos. Do mesmo modo, o óleo LM-OE relaxou, de maneira equipotente, o órgão pré-contraído com 40 mM de KCl, com 10-5 M de CCh ou com 10-6 M de histamina (CE50 = 7,6 ± 0,8; 7,2 ± 1,3 e 6,8 ± 0,6 μg/mL, respectivamente). Como o passo comum na via de sinalização destes agentes contráteis são os canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV), hipotetizou-se que de alguma forma o óleo estaria impedindo o influxo de Ca2+ através destes canais. Visto que provavelmente os componentes majoritários são os marcadores biológicos para esta espécie, avaliou-se o efeito dos mesmos sobre a contração tônica induzida por 40 mM de KCl. Observou-se que o timol, o carvacrol e a mistura timol/carvacrol relaxaram o órgão de maneira significante e dependente de concentração (CE50 = 5,1 ± 1,1; 11,5 ± 1 e 5,1 ± 1,1 μg/mL, respectivamente), sendo o carvacrol o menos potente entre os três, os quais se mostraram equipotentes ao óleo LM-OE. Para confirmar a hipótese da participação dos CaV no mecanismo espasmolítico do óleo LM-OE, foram feitas curvas concentrações-resposta cumulativas ao CaCl2 em meio despolarizante nominalmente sem Ca2+ na ausência (controle) e na presença do óleo LM-OE, o qual antagonizou essas contrações, além de relaxar o órgão pré-contraído com S-(-)-Bay K 8644 (CE50 = 8,5 ± 1,5 μg/mL), agonista seletivo dos CaV1, confirmando assim que o subtipo de CaV envolvido é o CaV1. O fato do CsCl, um bloqueador não seletivo dos canais de K+, não ter alterado a potência relaxante do óleo LM-OE no íleo pré-contraído com 10-5 M de CCh, descarta a hipótese da modulação positiva desses canais, o que levaria a um bloqueio indireto dos CaV. Em experimentos utilizando a camada circular do íleo de cobaia, o óleo antagonizou as contrações fásicas induzidas por 10-6 M de CCh (CI50 = 30,1 ± 1,5 μg/mL), o que sugere uma possível inibição da sinalização intracelular de Ca2+ para exercer seu efeito espasmolítico. A viabilidade das células musculares lisas da camada longitudinal foi avaliada na ausência e na presença de 81 μg/mL do óleo LM-OE, não havendo morte celular no período 2 h de contato das células com o óleo LM-OE. Na presença do óleo LM-OE, a intensidade de fluorescência em miócitos intestinais de cobaia estimulados por histamina foi reduzida em consequência da redução da [Ca2+]c. Em conclusão, o óleo LM-OE age por impedir o influxo de cálcio através dos CaV1, por possivelmente inibir a sinalização intracelular de Ca2+ e redução da concentração citosólica desse íon, para promover seu efeito espasmolítico em íleo isolado de cobaia
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Estudo do potencial antitumoral do óleo essencial das folhas de Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae) e sua toxicidadeXavier, Aline Lira 23 April 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-04-23 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Cancer is a complex genetic disease that is a major public health problem worldwide accounting for about seven million of deaths each year. Many anticancer drugs currently used in clinical medicine have been isolated from plant species, or they are based on substances isolates of these species. But natural products, as anticancer agents, can also cause damage to the organism, requiring toxicity studies. Lippia microphylla is a plant popularly known as alecrim-de-tabuleiro, rarely reported in literature. There are several reports of constituents isolated from species of this genus that have antitumor activity, which sparked interest in the investigation of a possible antitumor activity of Lippia microphylla. Additionally, essential oils isolated from different species are known to have different biological activities, among them anticancer activity. Therefore this study aimed to evaluate the antitumor activity and toxicity of essential oil of this species through in vitro and in vivo. Initially was evaluated the in vitro antitumor activity against cell lines sarcoma 180 and K562. The IC50 values obtained were 100, 1 μg/mL and 60.05 μg/mL for the two strains respectively. Investigation of the mechanism of cytotoxicity (intrinsic pathway of apoptosis and involvement of oxidative stress) through supplementation of culture medium with cyclosporin A and the antioxidants glutathione and N-acetylcysteine resulted in IC50 of 118,3 μg/mL, 107,3 μg/mL e 109,2 μg/mL for sarcoma 180 respectively, and 51.94 μg/mL, 55.49 μg/mL and 94.18 μg/ml for K562, respectively. The CH50 value obtained in the experiment of cytotoxicity against erythrocytes was 300.2 μg/mL. In the evaluation of antitumor activity the in vivo inhibition rates of tumor growth were 38.2% for the dose of 50 mg/kg and 59.8% for 100 mg/kg of essential oil of Lippia microphylla (OEL). The toxicological analysis showed moderate gastrointestinal and hematological toxicity, and alterations in liver function, as evidenced by an increase in AST and ALT, corroborated with histopathological analysis, for both groups treated with OEL. However the changes are reversible and not considered substantial when compared with several widely anticancer drugs used in clinical medicine. Therefore, we can infer that the O.E.L. displays antitumor activity in vitro and in vivo with moderate toxicity, which is not a limiting factor for its possible pharmacology applicability. / O câncer é uma doença genética complexa que constitui um importante problema de saúde pública em todo mundo sendo responsável por cerca de sete milhões de óbitos a cada ano. Muitos dos fármacos antineoplásicos utilizados atualmente na clínica médica foram isolados de espécies vegetais ou são baseados em protótipos isolados das mesmas. Porém, agentes antineoplásicos, naturais ou sintéticos, podem ocasionar sérios danos ao organismo, o que justifica a necessidade de avaliação de sua toxicidade. Lippia microphylla é uma planta conhecida popularmente como alecrim-de-tabuleiro e é pouco relatada na literatura. Existem vários relatos de constituintes isolados de espécies desse gênero que apresentam atividade antitumoral, o que despertou o interesse para a investigação de uma possível atividade antitumoral de Lippia microphylla. Adicionalmente, óleos essenciais isolados de diferentes espécies, são conhecidos por apresentarem diferentes atividade biológicas, dentre elas atividade antitumoral. Diante disso, esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antitumoral e toxicidade do óleo essencial das folhas de L. microphylla (O.E.L.), através de ensaios in vitro e in vivo. Inicialmente foi avaliada a atividade antitumoral in vitro frente células das linhagens sarcoma 180 e K562. Os valores de CI50 obtidos foram de 100,1 μg/mL e 60,05 μg/mL para as duas linhagens, respectivamente. A investigação do mecanismo de citotoxicidade (via intrínseca da apoptose e envolvimento de estresse oxidativo) por meio da suplementação do meio de cultura com ciclosporina A (um inibidor do poro de transição de permeabilidade mitocondrial) e os antioxidantes glutationa e N-acetilcisteína resultou em CI50 de 118,3 μg/mL, 107,3 μg/mL e 109,2 μg/mL para a linhagem sarcoma 180, respectivamente, e 51,94 μg/mL, 55,49 μg/mL e 94,18 μg/mL para a linhagem K562, respectivamente. O valor de CH50 obtido no experimento de citotoxicidade frente eritrócitos de camundongos foi 300,2 μg/mL. Na avaliação da atividade antitumoral in vivo as taxas de inibição do crescimento tumoral foram de 38,2 % e 59,8 % para a dose de 50 mg/kg e 100 mg/kg do O.E.L., respectivamente. As análises toxicológicas demonstraram leve toxicidade gastrointestinal e hematológica, e alteração significativa na função hepática, evidenciada por aumento de AST e ALT, e corroborada com a análise histopatológica, para ambos os grupos tratados com o O.E.L. No entanto, as alterações são consideradas reversíveis e não substanciais quando comparados àquelas produzidas por diversos antineoplásicos largamente utilizados na clínica médica. Portanto, é possível inferir que o O.E.L. apresenta atividade antitumoral in vitro e in vivo com moderada toxicidade, o que não representa um fator limitante para sua aplicabilidade terapêutica.
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Efeitos Hipotensor e Vasorrelaxante do Óleo Essencial de Lippia microphylla Cham. e de seu Constituinte Principal Timol: Envolvimento do Bloqueio de Canais para Cálcio / Hypotensive and vasorelaxant effects of the essential oil of Lippia microphylla Cham. and its main constituent thymol: involvement of calcium channel blockadeAraújo, Islania Giselia Albuquerque 25 March 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011-03-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The genus Lippia (Verbenaceae) has yielded a great number of medicinal and economically important species that are frequently used in folk medicine for treatment of several diseases, such as: coughs, bronchitis, liver disorders and hypertension. L. microphylla Cham. is a plant of the genus Lippia found in the Northeast of Brazil, and there is no information in the literature concerning its cardiovascular effects. Therefore, this study aimed to evaluate the cardiovascular effects of the essential oil of L. microphylla Cham. (EOLM) and of its main constituent, thymol. In normotensive non-anaesthetized rats, EOLM injections produced hypotension (ED50=5.5 (4.1-7.3) mg/Kg, n=5) and bradycardia (ED50=5.2 (4.3-6.2) mg/Kg, n=5). Isometric tension recordings revealed that EOLM (1 300 μg/mL) caused concentration-dependent relaxation in isolated mesenteric rings, with functional endothelium, pre-contracted with phenylephrine (10 μM) (EC50=28.2 (25.3-31.4) μg/mL, n=5) and this effect was not attenuated by removal of the vascular endothelia layer. In preparations without endothelium, pre-incubated with KCl 20 mM, the relaxantion was not changed. Furthermore, EOLM caused relaxation in mesenteric rings pre-contracted with KCl 60 mM and inhibited Ca2+ -induced vasoconstriction in a concentration-dependent manner. In addition, EOLM relaxed the contractions elicited by the L-type Ca2+ channel activator, S(-)-Bay K 8644, indicating that the vasodilatation is related to the inhibition of Ca2+ influx through L-type Ca2+ channels. To confirm this hypothesis, whole-cell L-type Ca2+ currents were recorded in freshly dispersed rat mesenteric artery myocytes. EOLM (1-100 μg/mL) significantly inhibited Ba2+ currents in a concentration-dependent manner (EC50=11.9 (9.4-15.0) μg/mL, n=4).These results suggest that OELM induce vasorelaxant effect in rat mesenteric artery due to the inhibition of the Ca2+ influx via voltage-dependent L-type Ca2+ channels. Interestingly, the relaxantion induced by thymol (EC50=9.3 (8.3-10.4) μg/mL, n=5, p<0.01) was more potent than that observed to EOLM (EC50=23.9 (22.0-26.0) μg/mL, n=5), indicating that the vascular actions of EOLM could be attributed to its main constituent, thymol. The cardiovascular responses evoked by thymol were investigated in SHR and WKY rats. In SHR and WKY non-anaesthetized rats, intravenous administration of thymol (0.1; 0.3; 1; 3; 6; 12 and 15 mg/Kg, i.v.) produced hypotension and bradycardia in a dose-dependent manner. Isometric tension recordings, the pharmacological profile of arterial relaxant effects of thymol was compared in rings of mesenteric arteries and aorta from SHR and WKY. In preparations without endothelium, thymol (1 μM 1 mM) produced relaxation in mesenteric arteries from SHR (pD2=4.40.04, n=5) and WKY (pD2=4.30.02, n=5) and aorta from SHR (pD2 = 4.40.03, n=5) and WKY (pD2=4.30.03, n=5) and this effect was not altered in preparations with functional endothelium. Furthermore, thymol relaxed the vasoconstriction induced by high K+ solution, U46619 and S(-)-Bay K 8644 in mesenteric arteries and aorta from SHR and WKY. The addition of thymol also inhibited Ca2+ -induced vasoconstriction in a concentration-dependent manner in mesenteric and aorta segments from SHR and WKY. In electrophysiological recordings, L-type Ca2+ current (ICa,L) was decreased by thymol in a concentration-dependent manner in cardiomyocytes isolated from SHR (pD2=3.40.06, n=4, p<0.05) and WKY (pD2=4.70.05, n=4). In addition, thymol lowed-down both the fast and slow time constants for L-type Ca2+ current inactivation. In conclusion, these results suggest that the vascular effects induced by EOLM and thymol are probably due to the inhibition of the Ca2+ influx via voltage-dependent L-type Ca2+ channels. / O gênero Lippia (Verbenaceae) contém um grande número de espécies medicinais e economicamente importantes, que são frequentemente utilizadas na medicina popular para o tratamento de várias doenças, tais como: tosse, bronquite, disordens hepáticas e hipertensão. L. microphylla Cham. é uma espécie do gênero Lippia encontrada no Nordeste brasileiro e não há informações na literatura a respeito de suas ações cardiovasculares. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos cardiovasculares do óleo essencial de L. microphylla Cham (OELM) e seu constituinte principal, o timol. Em ratos normotensos não-anestesiados, OELM produziu hipotensão (DE50=5,5 (4,1-7,3) mg/Kg, n=5) e bradicardia (DE50=5,2 (4,3-6,2) mg/Kg, n=5). Experimentos de tensão isométrica revelaram que o OELM (1 300 μg/mL) promove relaxamento dependente de concentração em anéis mesentéricos, com endotélio funcional, pré-contraídos com fenilefrina (10 μM) (EC50=28,2 (25,3-31,4) μg/mL, n=5), e este efeito não foi atenuado pela remoção do endotélio vascular. Em preparações pré-incubadas com KCl 20 mM, o relaxamento do OELM não foi alterada. Além disso, o OELM promoveu relaxamento em anéis mesentéricos pré-contraídos com KCl 60 mM e inibiu a vasoconstrição indizuda pelo Ca2+ de maneira dependente de concentração. O OELM relaxou as contrações induzidas pelo ativador de canais para Ca2+ tipo-L, o S(-)-Bay K 8644, indicando que a vasodilatação induzida pelo OELM está relacionada com a inibição do influxo de Ca2+ via canais para Ca2+ tipo-L. Para confirmar esta hipótese, correntes macroscópicas de Ca2+ foram registradas em miócitos de artéria mesentérica recém dispersas. O OELM (1 100 μg/mL) inibiu significantemente as correntes de Ba2+ de maneira dependente de concentração (CE50=11,9 (9,4-15,0) μg/mL, n=4). Estes resultados surgerem que o OELM induz efeito relaxante em artéria mesentérica de rato devido à inibição do influxo de Ca2+ via canais para Ca2+ dependente de voltage tipo-L. Interessantemente, o efeito relaxante induzido pelo timol (CE50=9,3 (8,3-10,4) μg/mL, n=5, p<0,01) foi mais potente do que o induzido pelo OELM (CE50=23,9 (22,0-26,0) μg/mL, n=5), indicando que os efeitos vasculares do OELM são provavelmente atribuídos ao seu principal constituinte, o timol. A partir dessas premissas, os efeitos cardiovasculares induzidos pelo timol foram investigados em ratos SHR e WKY. Em ratos SHR e WKY não-anestesiados, a administração intravenosa de timol (0,1; 0,3; 1; 3; 6; 12 e 15 mg/kg, i.v.) produziu hipotensão e bradicardia de maneira depedente de dose. Em experimentos de tensão isométrica, o perfil do efeito relaxante induzido pelo timol foi comparado entre artéria mesentérica e aorta isoladas de ratos SHR e WKY. Em preparações sem endotélio vascular, o timol (1 μM 1 mM) induziu relaxamento de maneira concentração dependente em artéria mesentérica isolada de SHR (pD2=4,40,04, n=5) e WKY (pD2=4,30,02, n=5) e aorta de SHR (pD2=4,40,04, n=5) e WKY (pD2=4,30,03, n=5) e este efeito não foi alterado em preparações com o endotélio. Além disso, o timol relaxou as contrações induzidas por KCl, U46619 e S(-)-Bay K 8644 em artéria mesentérica e aorta de ratos SHR e WKY. A adição do timol inibiu a vasoconstrição induzida por Ca2+ em anéis de artéria mesentérica e aorta de ratos SHR e WKY. O timol diminuiu as correntes de Ca2+ tipo-L de maneira concentração dependente em cardiomiócitos de SHR (pD2=3,40,06, n=4, p<0,05) e WKY (pD2=4,70,05, n=4). Além disso, o timol diminuiu a constante de tempo rápida e lenta para inativação das correntes de Ca2+. Em conclusão, estes resultados surgerem que os efeitos cardiovasculares induzidos pelo o OELM e timol são provavelmete devido a inibição do influxo de Ca2+ via canais para Ca2+ dependentes de voltage tipo-L.
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O óleo essencial de lippia microphylla cham. (verbenaceae) modula a via do Óxido nítrico para exercer efeito tocolítico em rataSilva, Maria da Conceição Correia 31 March 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-03-31 / Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae), known as “alecrim-do-mato”,
“alecrim-de-tabuleiro” and “alecrim-pimenta”, is populary used as antiseptic or to treat
respiratory disorders. From its leaves, the essential oil (LM-OE) was extracted, that,
according to Silva (2013), presented tocolytic effect on rat, with a probably indirect
inhibition of Ca2+ influx through voltage-gated calcium channels (CaV). Thus, the aim
of this work was to characterize the tocolytic action mechanism of LM-OE on rat.
Isometric contractions were recorded to determine and compare the relative efficacy
and potency (n = 5). Considering that the NO pathway can negatively modulate the
CaV, we decided to evaluate this participation on rat uterus pre-contracted by
oxytocin. For that, it was employed L-NAME, a non-selective inhibitor of NO synthase
(NOS). The results show that the tocolytic potency of LM-OE
(EC50 = 2.7 ± 0.6 μg/mL) was approximately 9.5-fold attenuated in the presence of
L-NAME (EC50 = 25.6 ± 3.9 μg/mL). Furthermore, this reduction was reversed in the
presence of the L-arginine (EC50 = 6.2 ± 1.7 μg/mL), a NOS substrate, and
simultaneous presence of the L-arginine and L-NAME (EC50 = 7.2 ± 1.4 μg/mL),
confirming the participation of NO pathway in the tocolytic action of LM-OE. Similarly,
the relaxant potency of LM-OE was approximately 3.7-fold reduced in the presence
of ODQ (EC50 = 10.1 ± 0.9 μg/mL), a soluble guanylate cyclase (sGC) inhibitor, and
3.3-fold in the presence of Rp-8-Br-PET-cGMPS (EC50 = 8.9 ± 0.9 μg/mL), a protein
kinase G (PKG) inhibitor. Thus, LM-OE positively modulates the NO/sGC/PKG
pathway to promote its tocolytic effect on rat. Given that this pathway can activate the
K+ channels, it was questioned if these channels would be involved on tocolytic effect
of LM-OE. To confirm this hypothesis, experiments were made in the presence of
CsCl, a non-selective K+ channels blocker, and it was observed that the
concentration-response curve of LM-OE (EC50 = 2.7 ± 0.6 μg/mL) was rightward
shifted with an approximately 4.3-fold reduction on its relaxant potency, confirming
the participation of K+ channels on tocolytic effect of essential oil. In order to verify
the subtypes involved, it was employed selective blockers of K+ channels. Control
concentration-response curve was also shifted to the right and the tocolytic potency
of LM-OE was attenuated in the presence of tetraethylammonium
(EC50 = 10.5 ± 0.3 μg/mL), apamin (EC50 = 10.0 ± 1.0 μg/mL), 4-aminopyridine
(EC50 = 12.4 ± 2.0 μg/mL) and glibenclamide (EC50 = 9.7 ± 0.9 μg/mL), the large
(BKCa) and small conductance (SKCa) calcium-activated, voltage-gated (KV) and
adenosine triphosphate-sensitive (KATP) potassium channels blockers, respectively.
Moreover, LM-OE had its tocolytic potency reduced in the same intensity when these
four blockers were simultaneously incubated (EC50 = 16.6 ± 2.6 μg/mL), not
observing synergistic effect. Therefore, the tocolytic action mechanism of LM-OE on
rat involves the positive modulation of the NO/sGC/PKG/K+ channels pathway,
suggesting the blockade of calcium influx through CaV, leading to the relaxation of
uterine smooth muscle. / Lippia microphylla Cham. (Verbenaceae), conhecida como “alecrim-do-mato”,
“alecrim-de-tabuleiro” e “alecrim-pimenta”, é usada popularmente como antisséptico
ou para tratar distúrbios respiratórios. Das folhas dessa espécie foi extraído o óleo
essencial (LM-OE) que, de acordo com Silva (2013), apresentou efeito tocolítico em
útero isolado de rata, indicando uma provável inibição indireta do influxo de Ca2+
através dos canais de cálcio dependentes de voltagem (CaV). Diante disso, o
objetivo deste trabalho foi caracterizar o mecanismo de ação tocolítica do LM-OE em
rata. As contrações isométricas foram monitoradas para determinar e comparar a
eficácia e a potência relativas (n = 5). Tendo em vista que os CaV podem ser
modulados negativamente pela via do óxido nítrico (NO), decidiu-se avaliar a
participação dessa via em útero de rata pré-contraído com ocitocina. Para tanto,
utilizou-se L-NAME, um inibidor não seletivo de sintase do NO (NOS). Os resultados
evidenciaram que a potência tocolítica do LM-OE (CE50 = 2,7 ± 0,6 μg/mL) foi
reduzida em aproximadamente 9,5 vezes, na presença de L-NAME
(CE50 = 25,6 ± 3,9 μg/mL), sendo essa redução revertida na presença de L-arginina
(CE50 = 6,2 ± 1,7 μg/mL), substrato para a NOS, e na presença simultânea de
L-arginina e de L-NAME (CE50 = 7,2 ± 1,4 μg/mL), confirmando o envolvimento da
via do NO na ação tocolítica do LM-OE. Semelhantemente, a potência relaxante do
LM-OE foi reduzida em aproximadamente 3,7 vezes na presença de ODQ
(CE50 = 10,1 ± 0,9 μg/mL), inibidor de ciclase de guanilil solúvel (sGC), e 3,3 vezes
na presença de Rp-8-Br-PET-cGMPS (CE50 = 8,9 ± 0,9 μg/mL), inibidor de proteína
cinase G (PKG). Sendo assim, o LM-OE modula positivamente a via do
NO/sCG/PKG para promover seu efeito tocolítico em rata. Uma vez que essa via
pode ativar canais de K+, questionou-se se esses canais estariam participando do
efeito tocolítico do LM-OE. Para confirmar essa hipótese, foram realizados
experimentos na presença de CsCl, bloqueador não seletivo de canais de K+, e
observou-se que a curva concentração-resposta do LM-OE (CE50 = 2,7 ± 0,6 μg/mL)
foi desviada para a direita com redução da potência relaxante
(CE50 = 11,7 ± 1,5 μg/mL) em aproximadamente 4,3 vezes, confirmando a
participação dos canais de K+ no efeito tocolítico do óleo essencial. Para verificar
quais seriam esses subtipos de canais utilizou-se bloqueadores seletivos. A curva
controle concentração-resposta também foi desviada para a direita e a potência
tocolítica reduzida na presença de tetraetilamônio (CE50 = 10,5 ± 0,3 μg/mL), de
apamina (CE50 = 10,0 ± 1,0 μg/mL), de 4-aminopiridina (CE50 = 12,4 ± 2,0 μg/mL) e
de glibenclamida (CE50 = 9,7 ± 0,9 μg/mL), bloqueadores de canais de potássio:
ativados por cálcio de grande (BKCa) e de pequena condutância (SKCa), dependentes
de voltagem (KV) e sensíveis ao trifosfato de adenosina (KATP), respectivamente.
Ademais, o LM-OE teve sua potência tocolítica reduzida quando esses quatro
bloqueadores foram pré-incubados simultaneamente (CE50 = 16,6 ± 2,6 μg/mL), não
sendo observado efeito sinérgico. Assim, o mecanismo de ação tocolítica do LM-OE
em rata envolve a modulação positiva da via NO/sGC/PKG/canais de K+, sugerindo
o bloqueio do influxo de cálcio via CaV e, consequentemente, o relaxamento do
músculo liso uterino.
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