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Mitos sobre a origem do ser humano em livros didáticos de História: a escola e a transmissão do conhecimento

Torresan, Carla 16 May 2018 (has links)
Submitted by JOSIANE SANTOS DE OLIVEIRA (josianeso) on 2018-10-04T13:56:56Z No. of bitstreams: 1 Carla Torresan_.pdf: 780786 bytes, checksum: 58491309a3bdb6d3143b601c68d4daee (MD5) / Made available in DSpace on 2018-10-04T13:56:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Carla Torresan_.pdf: 780786 bytes, checksum: 58491309a3bdb6d3143b601c68d4daee (MD5) Previous issue date: 2018-05-16 / Nenhuma / O presente estudo tem como objetivo analisar como os mitos sobre a origem do ser humano se fazem presentes em livros didáticos do 6º ano do Ensino Fundamental e que tensionamentos são produzidos entre os interesses de grupos religiosos relacionados a esses mitos e a função da escola na transmissão do conhecimento. Os aportes teóricos que lhe dão sustentação encontram-se, principalmente, nas contribuições de Inés Dussel e Walter Kohan acerca da função da escola, a partir do debate gerado com as ideias de Jan Masschelein e Marteen Simons. O material de pesquisa consiste em: a) documentos, que tratam direta ou indiretamente sobre a origem do ser humano, tais como projetos de lei, leis e decretos sobre o Ensino Religioso e, em alguns casos mais específicos, sobre o ensino do Criacionismo nas escolas; b) matérias jornalísticas e entrevistas que tratam desse tema e de experiências pedagógicas em escolas públicas e privadas, envolvendo o ensino do Criacionismo; c) treze livros de História destinados aos professores referentes ao 6º ano do Ensino Fundamental, que integram o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2017. A discussão desse material possibilitou problematizar a função da escola na transmissão do conhecimento, evidenciando a forte atuação da bancada religiosa do Congresso Brasileiro, da atualidade, no campo político. Essa bancada, de modo organizado, tem criado tensionamentos na instituição escolar, na tentativa de alterar o currículo escolar, para atender a seus interesses. A análise dos textos, imagens, exercícios e orientações destinadas aos professores mostra que os livros examinados privilegiam os conteúdos relacionados ao Evolucionismo, que é considerado como ciência, diferenciando-se das demais explicações, que são identificadas como mitos. O Criacionismo é abordado de modo secundário e é dado pouco (ou nenhum) destaque a outros mitos sobre a origem do ser humano. Os autores que abordam outros mitos, usualmente, os apresentam como curiosidades, ou como sugestões, para que sejam trabalhados pelos professores, demonstrando um encorajamento ao embate entre ciência e religião. A análise do material de pesquisa permitiu a identificação de uma atitude de resistência: a escola busca resistir às pressões externas que atuam principalmente por meio de movimentos religiosos organizados no campo político, visando introduzir conteúdos religiosos dentre aqueles a serem por ela transmitidos, e essa resistência está expressa nos livros didáticos. / The research aims to analyze how the myths about the origin of the human being are present in textbooks of the 6th year of elementary school and that tensions are produced between the interests of religious groups related to these myths and the role of the school in the transmission of knowledge. The theoretical contributions that support it are found mainly in the contributions of Inés Dussel and Walter Kohan on the role of school, from the debate generated with the ideas of Jan Masschelein and Marteen Simons. The research material consists of: a) documents, which deal directly or indirectly with the origin of the human being, such as law projects, laws and decrees on religious teaching, and in some specific cases, on the teaching of creationism in schools; b) journalistic materials and interviews that deal with this subject and pedagogical experiences in public and private schools, involving the teaching of creationism; c) thirteen history books for teachers referring to the 6th year of elementary education, which are part of the National Textbook Program (PNLD) of 2017. The discussion of this material made it possible to problematize the school function in the transmission of knowledge, evidencing the strong performance of the religious bench of the Brazilian congress, nowadays, in the political field. This group, in an organized way, has created tensions in the school institution, in an attempt to change the school curriculum, to serve its interests. The analysis of texts, images, exercises and guidelines for teachers shows that the books examined privilege contents related to evolutionism, which is considered as science, differing from other explanations, which are identified as myths. Creationism is approached in a secondary way and little (or no) emphasis is given to other myths about the origin of the human being. Authors who approach other myths usually present them as curiosities, or as suggestions, to be worked on by teachers, demonstrating an encouragement to the clash between science and religion. The analysis of the research material allowed the identification of an attitude of resistance: the school seeks to resist the external pressures that act mainly through religious movements organized in the political field, aiming to introduce religious contents among those to be transmitted by it, and this resistance is expressed in textbooks.
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História e memória nos limites do (in) visível: reflexões sobre o saber histórico escolar nos livros didáticos de História

Almeida, Fabiana Rodrigues de 28 June 2012 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2017-02-22T17:39:03Z No. of bitstreams: 1 fabianarodriguesdealmeida.pdf: 1765398 bytes, checksum: 5a96c4754a8dde57bc5321f28a7b2d65 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-02-23T11:59:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 fabianarodriguesdealmeida.pdf: 1765398 bytes, checksum: 5a96c4754a8dde57bc5321f28a7b2d65 (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2017-02-23T11:59:54Z (GMT) No. of bitstreams: 1 fabianarodriguesdealmeida.pdf: 1765398 bytes, checksum: 5a96c4754a8dde57bc5321f28a7b2d65 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-02-23T11:59:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1 fabianarodriguesdealmeida.pdf: 1765398 bytes, checksum: 5a96c4754a8dde57bc5321f28a7b2d65 (MD5) Previous issue date: 2012-06-28 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O apelo à Memória, na contemporaneidade, tem chamado a atenção de muitos pesquisadores quanto aos seus usos e apropriações por parte de diferentes grupos e movimentos sociais, seja como forma de conter as avalanches de esquecimentos próprias de um mundo em constantes mudanças, seja como elemento de fortalecimento de identidades múltiplas. Os efeitos que tais discursos e práticas de Memória produzem na sociedade, normalmente, compõem o universo de significação do aluno, antes mesmo de ele entrar na escola e se deparar com o saber histórico de referência presente, por exemplo, nos livros didáticos de História. À luz de Pierre Nora, a relação entre História e Memória, enquanto campos de saberes específicos, mas que, em certa medida, se complementam, constitui o principal campo de reflexão nesta pesquisa. Considerando, sobretudo, a forma como esses saberes são refletidos no Ensino de História brasileiro. Portanto, a presente dissertação tem por objetivo analisar o acervo de livros didáticos de História aprovados pelo Programa Nacional de Livro Didático 2011, a fim de perceber como a distinção entre os campos de saber da Memória e da História é evidenciada e teorizada pelos autores no interior dos livros didáticos de História. O percurso de investigação pautou-se, primeiramente, na leitura individual das dezesseis coleções didáticas de História, cada uma composta de quatro volumes referentes aos 6º, 7º, 8º e 9º anos do ensino fundamental, além dos 9 PPGE/UFJF – HISTÓRIA E MEMÓRIA NOS LIMITES DO (IN) VISÍVEL: Reflexões do saber histórico escolar nos livros didáticos de História. Manuais do Professor, a fim de perceber, através das regularidades e ausências, a frequência com que ambos os campos de saber são mobilizados conceitualmente e enquanto estratégia didática por parte dos autores para a formação do pensamento histórico. Posteriormente, tornou-se possível produzir um olhar de conjunto sobre o perfil das obras didáticas de História em circulação no território nacional, mapeando os cenários de invisibilidade ou visibilidade em que a distinção entre os campos da Memória e da História assumem nesses livros. Como fonte de embasamento teórico, busquei referências em autores que se dedicam especificamente aos estudos do campo da Memória. Entre eles, destaco os diálogos com Paul Ricoeur, para discutir as operações de lembranças e esquecimentos; Maurice Halbwachs, para pensar a questão da Memória como construção coletiva que se dá no interior de uma comunidade afetiva; Andreas Huysen e Michael Pollak, para discutir a temática da Memória na contemporaneidade. Entre outros grandes interlocutores, ressalto, também, o diálogo fundamental que estabeleci com o historiador Jorn Rüsen, dada a sua reflexão sobre os processos de formação da consciência histórica nos sujeitos, nos quais as operações de Memória assumem lugar de destaque. / The recurrence to memory, nowadays, has drawn researchers’ attention to their uses and appropriations by different groups and social movements as a way to contain the forgetting avalanche, typical of a constant changes’ world, also as an element of the multiple identities’ consolidation. The effects that such discourses and memory practices produce in the society, typically, make up the student’s universe of meaning, even before he enters school and face with their historical knowing reference, for example, in history textbooks. According to Pierre Nora, the relationship between history and memory, in the specific knowledge domain, but I some way complement each other, is the major consideration in this research, especially considering how such knowledge is reflected in the Teaching of History in Brazil. Therefore, this paper aims to examine the collection of history books, approved by the National Textbook 2011 in order to understand how the distinction between domain of memory and history knowledge is evidenced by the authors and theorized within of history textbooks. The investigation method was based, primarily, on sixteen teaching history collections individual reading, each consisting of four volumes, on the 6th, 7th, 8th and 9th primary education grades, in addition to the Professor’s Manual, in order to realize through the regularities and absences, the frequency with which both domains of knowledge are conceptually mobilized and while teaching strategy, according with the authors, to the formation of historical thinking. Later, it became possible to produce an overall view about the history textbooks 11 PPGE/UFJF – HISTÓRIA E MEMÓRIA NOS LIMITES DO (IN) VISÍVEL: Reflexões do saber histórico escolar nos livros didáticos de História. profiles in circulation above the country, mapping out of invisibility or visibility scenarios that the distinction between memory and history domains in these books are assume. As a theoretical support source, has been quest for references from authors who dedicated specifically to memory domain studies. It is possible to highlight the dialogue with Paul Ricoeur, to discuss the operations of memory and forgetfulness; Maurice Halbwachs, to question the assume of memory as a collective construction that occurs within an affective community; Huysen Andreas and Michael Pollak, to discuss the theme of memory in contemporary times. Among other major stakeholders, it is also essential to emphasize that the dialogue established with the historian Rüsen Jorn, given its reflection on the processes of historical consciousness formation in the subjects in which the operations of memory assume a prominent position.
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Interrogando discursos raciais em livros didáticos de história: entre Brasil e Moçambique - 1950-1995 / Questioning racial speeches on didactic Books of History: between Brazil and Mozambique, 1950 to 1995

Conceição, Maria Telvira da 05 March 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-27T19:31:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Maria Telvira da Conceicao.pdf: 5316994 bytes, checksum: 1b2675f93f32a9d45c023cc5530409da (MD5) Previous issue date: 2015-03-05 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis attend to practices and expressions of racialization on the ambit of didactic books of History in Brazil and Mozambique, produced between 1950 and 1995, with theobjective of contribute with analyzesabout the role of that reported literature in the compellation of racists bases speeches related to africans and afro-brazilians, interpolating colonial fundaments in the escolar cultural ambit. In sights of this question comprehension, in two singular historic contexts, wee come up with the following query: which speeches presume to assign to the escolar literature of History, in Brazil and Mozambique, a distinct role on racial problematic concern?Uponwhich conceptions of History were anchored those righting practices, and in watt measurement does it represent a fundamental element, or not, in those contents arrangements? Having as main support theory, based on discussions and questions amongactualquestioningsabout coloniality knowledge and power, and the criticizes to the eurocentrism as an perspective of knowledge, the study methodological basement aforesaid as main procedures the analyses of curriculums contents and the inventoryof contextual informations, based on authorship school manuals from Brazil and Manzabique in the period of matter, time documents and authors interviews. The racializing matrix speeches and their reverberations on those didactic booksof History in Brazil andMozambique mark the coloniality vision before all attached to a monotopic episteme and to an Occidental History vision that feeds the abidance of that speech / Esta tese trata de práticas e expressões de racialização no âmbito de livros didáticos de História do Brasil e de Moçambique, produzidos no período de 1950 a 1995, com o objetivo de contribuir com análises sobre o papel da referida literatura na produção de discursos de bases racistas em relação a africanos e afro-brasileiros, interpelando fundamentos coloniais no âmbito da cultura escolar. Com vistas à compreensão da questão em dois contextos históricos singulares, levantamos as seguintes indagações: quais discursos pressupõem atribuir à literatura escolar de História, no Brasil e em Moçambique, um papel distinto no que se refere à problemática racial? Sobre que concepções de História foram ancoradas essas práticas de escrita e, em que medida, representam um elemento fundamental, ou não, nos arranjos discursivos com esse teor?. Tendo como principal esteio uma malha teórica fundamentada em discussões e questões em torno de atuais questionamentos à colonialidade do saber e do poder, com críticas ao eurocentrismo enquanto perspectiva de conhecimento universal, a base metodológica do estudo referenciou-se, como procedimentos principais, a análise de conteúdos curriculares e inventários de informações contextuais, a partir de fontes como manuais escolares do Brasil e de Moçambique no período em questão, documentos de época e entrevistas com autores. A matriz de discursos racializantes e suas reverberações em livros didáticos de História, no Brasil e em Moçambique, marcam a colonialidade de uma visão antes de tudo atrelada a uma epistême monotópica e a uma visão de História Ocidental, que alimentam as permanências desse discurso
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Livros escolares e ensino de ciências na instrução pública elementar brasileira do século XIX ao XX

Takeuchi, Márcia Regina 27 April 2017 (has links)
Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-06-12T12:41:37Z No. of bitstreams: 1 Márcia Regina Takeuchi.pdf: 9341895 bytes, checksum: 7cbc503091f84b8b8f120f280c769f1e (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-12T12:41:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Márcia Regina Takeuchi.pdf: 9341895 bytes, checksum: 7cbc503091f84b8b8f120f280c769f1e (MD5) Previous issue date: 2017-04-27 / This work examines textbooks that presented science contents and have been destinated to elementary public education between the nineteenth and twentieth centuries. The objective of the analysis is to verify the selections that have been made and the methodology predicted and well as made effective for teaching. The work is part of the History of School Disciplines area led by Andre Chervel and Bruno Belhoste, which considers school textbooks a privileged resource of contents that affects pedagogical practice and constitute the school culture. I develop the material analysis of the books by taking Roger Chartier as a theoretical reference, to identify editorial devices that reveal strategies and intentions of the reader's use of the work. The research highlighted devices by which textbooks have come to guide readings and uses, as well as the ways in which they have appropriated notions known as "object lessons / Este trabalho analisa exemplares de livros escolares que veicularam conteúdos de ciências destinados à instrução pública elementar entre os séculos XIX e XX. O objetivo da análise é verificar os conteúdos selecionados e a metodologia prevista e efetivada para o ensino. O trabalho se insere na área da História das Disciplinas Escolares, tributária de André Chervel e Bruno Belhoste, que considera os livros escolares fontes privilegiadas de conteúdos que se inserem na prática pedagógica, constituindo a cultura escolar. Com base em Roger Chartier, fazem-se análises materiais dos livros para identificar dispositivos editoriais reveladores de estratégias e intencionalidades de usos da obra pelos leitores. A pesquisa evidenciou dispositivos pelos quais os livros escolares passaram a orientar leituras e usos, bem como as maneiras pelas quais eles se apropriaram de noções disseminadas como “lições de coisas”

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