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Caracterização do papel da integrina CD11d/CD18 na injúria pulmonar aguda durante a malária experimentalAzevedo, Isaclaudia Gomes de January 2012 (has links)
Submitted by Alessandra Portugal (alessandradf@ioc.fiocruz.br) on 2013-09-20T15:55:54Z
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Previous issue date: 2012 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A malária é uma doença parasitária causada pelo protozoário do gênero Plasmodium e é um
grande problema de saúde pública. Por volta de 40% da população mundial está em área de risco
de malária. A malária cerebral é a principal complicação, mas o edema pulmonar e a injúria
pulmonar (ARDS) podem ser desencadeadas pela infecção com P. falciparum, P. vivax e P.
knowlesi, e ocorrem frequentemente durante ou após o início do tratamento antimalárico. Os
mecanismos moleculares e celulares de indução de injúria pulmonar, como da malária cerebral
permanecem indefinidos. Previamente, nós encontramos que a deleção genética da integrina
CD11d/CD18, que é expressa em leucócitos mieloides, desencadeia uma maior sobrevida no
animais infectados com Plasmodium berghei Anka (PbA), que é uma modelo de malária grave.
Tal resultado sugere que a molécula CD11d/CD18 tenha um papel determinante na
imunopatogênese da malária. Perguntamos se CD11d/CD18 determina eventos fisiopatológicos na
ARDS desencadeadas por infecção PbA. Realizamos análises da expressão da subunidade CD11d
e de parâmetros inflamatórios, como da permeabilidade da barreira vascular por exclusão do
corante azul de Evans, e citocinas por ELISA. Proteínas e leucócitos foram mensurados no lavado
broncoalveolar (LAB). A migração celular foi medida pela contagem de células ao microscópio e
por citometria de fluxo. Também foi avaliada a expressão do ligante de CD11d, VCAM-1 e a
função respiratória dos animais. A Análise da expressão do mRNA da subunidade CD11d sugere
um acúmulo de leucócitos e/ou que a expressão da subunidade CD11d é aumentada em
macrófagos pulmonares e/ou em outras células mieloides pulmonares após a infecção. Nós
também observamos um acumulo de leucócitos, hemácias e fluido nos pulmões de CD11d+/+
mice. A inflamação e a hemorragia foram menos intensas nos pulmões dos animais CD11d-/-. Em
paralelo, a integridade da barreira vascular foi prejudicada nos animais CD11d+/+, enquanto os
animais CD11d-/- tinham menor extravazamento de azul de Evans no tecido pulmonar e níveis
mais baixos de proteína no LAB em comparação com CD11d+/+, apesar de o número total de
leucócitos no LBA ter sido semelhante. Observamos níveis mais baixos de citocinas inflamatórias
que estavam associadas com a malária experimental e clínica, em amostras de animais CD11d-/-
quando comparados com os animais CD11d+/+. A maior parte dos leucócitos dos camundongos
CD11d-/- ficavam retidos na medula óssea e também havia menos células CD14+ no sangue
periférico, quando comparado com os camundongos CD11d+/+. Os nossos resultados demonstram
que a ausência da subunidade CD11d não interfere na expressão de VCAM-I e acarreta uma
melhor função respiratória após a infecção. Podemos observar que a integrina CD11d/CD18
influência nos principais eventos fisiopatológicos na ARDS desencadeada pela malária
experimental, incluindo ruptura da barreira vascular pulmonar, inflamação e hemorragia. / Malaria is a parasitic disease caused by protozoa of the genus Plasmodium and is a major public
health problem. 40% or more of the global population is at risk for malaria. Cerebral malaria is
the most feared complication, but pulmonary edema and lung injury (ARDS) are also triggered by
the infection with Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, and Plasmodium knowlesi, and
often occur during or after the begin of anti-malarial therapy. The molecular and cellular
mechanisms of pulmonary injury, like those of CM, remain incompletely defined. Previously, we
found that genetic deletion of integrin CD11d/CD18, which is expressed on myeloid leukocytes,
improves survival in mice infected with P. berghei Anka (PbA), a model of severe malarial
infection. Thus, CD11d/CD18 may be a critical determinant in injurious innate immune responses
to malarial parasites. We asked if CD11d/CD18 is involved in pathophysiologic events in ARDS
triggered by PbA infection. We measured CD11d subunit expression, vascular barrier function by
Evans blue dye (EBD) exclusion, and cytokines by ELISA. Protein and leukocytes were measured
in bronchoalveolar lavage (BAL) samples. Cell migration was measured by microscope counting
and flow cytometry. We also analyzed the expression of the ligand to CD11d, VCAM-1, and
respiratory function of animals. Analysis of CD11d mRNA suggested that CD11d subunit
expressing leukocytes accumulate and/or that CD11d subunit expression is increased in lung
macrophages or other pulmonary myeloid cells early after infection. We showed a dramatic
accumulation of leukocytes, red blood cells, and fluid in the lungs of CD11d+/+ mice.
Inflammation and hemorrhage were reduced in the lungs of CD11d-/- animals. In parallel, vascular
barrier integrity was impaired in CD11d+/+ animals; once CD11d-/- animals had less accumulation
of EBD in extravascular lung tissue and lower levels of BAL protein compared to CD11d+/+,
although the total number of BAL leukocytes was similar. Compared to CD11d+/+, there were
lower levels of inflammatory cytokines that are associated with experimental and clinical malaria
in samples from CD11d-/- mice. Most of the leukocytes in CD11d-/- mice are retained in the bone
marrow and also there is less CD14+ in the peripheral blood when compared to CD11d+/+ mice.
Our findings demonstrate that the absence of CD11d integrin does not interfere in VCAM-I
expression and correlates with a better respiratory function in infected CD11d-/- when compared to
CD11d+/+ mice. We observed that CD11d/CD18 influences key pathophysiologic events in ARDS
in experimental malaria, including pulmonary vascular barrier disruption, inflammation, and
hemorrhage.
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Efeito do ácido anacárdico in vitro e em modelos experimentais da maláriaCascaes, Andréia Cristina Gonçalves 14 July 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Pós-graduação em Medicina Tropical, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-03-01T17:34:13Z
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Previous issue date: 2018-03-09 / No ano de 2015 a malária 214 milhões de pessoas e causou 438 mil mortes. No Brasil ocorreram 142.967 casos da doença, no mesmo ano. A doença pode apresentar-se de forma assintomática, sintomática e pode evoluir para as formas graves. O Plasmodium falciparum pode causar malária cerebral, a forma mais seria da doença. Os eritrócitos parasitados são capazes de ligar-se a outros eritrócitos e ao endotélio vascular resultando na hiperativação do sistema imunitário. Mesmo com os tratamentos atuais eficientes usados na pratica clinica, a doença pode desenvolver-se para as formas graves, facilitada pela resistência do parasito às drogas disponíveis. Espécies vegetais tem sido testados como alternativas terapêuticas. O ácido anacárdico (AA) é extraído da castanha de caju e tem mostrado atividades microbicidas, imunomoduladoras e parasiticida. Esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do ácido anacárdico in vivo em modelos animais da malária e in vitro. Nos modelos susceptíveis a malária cerebral (CBA e C57BL/6) e não susceptíveis (BALB/c) infectados pelo P. berghei Anka tratados com 150, 100, 50 mg/kg/dia e 25 mg/kg/ duas doses. Foram analisados sobrevida, parasitemia, hematócrito e perda progressiva de peso. A citotoxicidade nas células J774 foi avaliada pelo teste de MTT usando utilizadas várias concentrações de ácido anacárdico. O efeito do ácido anacárdico na produção de óxido nítrico foi avaliado através da reação de Griess e a expressão de corpúsculos lipídicos foi realizadda pela coloração de Oil red O. O efeito de 50μM ácido anacárdico na produção de citocinas foi avaliado depois de estimulação in vitro das células J774 com eritrócitos parasitados ou não. A produção de citocinas foi avaliada com o estimulo de LPS e eritrócitos parasitados ou não com 50 μM de ácido anacárdico. Quando os animais CBA foram tratados com 150 e 100mg/Kg/dia de AA foi observado aumento da sobrevida dos animais após infecção com P.berghei ANKA. O AA não mostrou toxicidade para as células J774. O AA inibiu a produção do óxido nítrico quando associado com o LPS e eritrócitos parasitados. O aumento da expressão de corpúsculos lipídicos aumentou na presença de eritrócitos parasitados e LPS. O AA não mostrou efeito na produção de FNT-a, porém aumentou a produção de IL-10, e de IL-6 e MCP-1 quando associado ao LPS. Foi observado aumento da produção de MCP-1 das células J774 tratadas com AA e estimuladas com eritrócitos parasitados obtidos de camundongos BALB/c infectados com P.berghei ANKA quando comparado com células estimuladas apenas com eritrócitos parasitados. As células J774 mostraram que o tratamento com AA e estimulo com eritrócitos parasitados obtidos de camundongos BALB/c infectados por P. berghei ANKA aumenta da produção de MCP-1 em relação às células estimuladas apenas com eritrócitos parasitados. O AA aumentou a produção de IL-10 nas células estimuladas com eritrócitos parasitados de BALB/c, porém diminuiu a produção nas células tratadas com eritrócitos de CBA. Concluímos que os diferentes efeitos do AA na malária experimental provavelmente ocorrem pelos diferentes tipos de desencadeamento das respostas inflamatórias dos modelos experimentais. / About 214 million cases of malaria occurred in 2015, leading to 438,000 deaths. In Brazil, 142,967 cases of malaria occurred in this same year. The disease can present as asymptomatic or asymptomatic form and severe disease can develop in some people. Plasmodium falciparum can cause cerebral malaria, the most serious form of the disease. Infected red blood cells can bind each other and to endothelial vascular cells, leading in hyperactivation of immune system. Even though the effective current treatments used in clinical practice, disease can evolve to severe forms due to the parasite ability to present drug resistance. Some vegetal species have been tested as alternative treatments. Anacardic acid (AA) is obtained from the cashew nut and has shown some activity against bacteria, parasites and it also has immunomodulatory activity. This work aimed to evaluate the in vivo activity in experimental animal models and in vitro activity of the anacardic acid as well as its. In cerebral malaria-susceptible CBA and C57BL/6 and resistant BALB/c mice infected with Plasmodium berghei ANKA and treated with 150, 100, 50 mg/kg/day and 25 mg/kg/day twice by day anacardic acid were assessed the survival rates, parasitemia curves, hematocrit and weight evolution. Cytotoxicity to J774 cells was evaluated using several concentrations of anacardic acid by MTT test. Effect of anacardic acid on nitric oxide production by J774 cells was evaluated by Griess reaction and lipid bodies expression was tested with oil red O. Effect of 50μM anacardic acid on cytokine production was evaluated after in vitro stimulation with or without parasitized erythrocyte and LPS. When CBA mice were treated with 100 and 150 mg/kg/day of AA, it was observed an increased survival of the animals after infection with P. berghei ANKA. Anacardic acid showed no toxicity to J774 cells. Anacardic acid inhibited NO production when associated with LPS and parasitized erythrocytes. The increase expression of lipid bodies was enhanced in presence of parasitized erythrocytes and LPS. AA have no effect in tumor necrosis factor-a production, it increased IL-10 production and increased the IL-6 and MCP-1 production only when associated to LPS. There was an increased production of MCP-1 by J774 cells treated with AA + parasitized erythrocytes that were obtained from BALB/c P. berghei-infected mice when compared with to J774 cells incubated only with parasitized erythrocytes. AA increased IL-10 production when J774 cells were stimulated with parasitized erythrocytes obtained from BALB/c mice;; however, it decreased IL-10 production when J774 cells were stimulated with parasitized erythrocytes obtained from CBA mice. We conclude that the differing effects of AA in the different malaria experimental models could occur because these different strains of mice use different pathways of the inflammatory response.
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Alterações neuroquímicas no tecido retiniano murino em modelo de malária cerebral induzida pela infecção por Plasmodium berghei (ANKA)OLIVEIRA, Karen Renata Matos 21 July 2011 (has links)
Submitted by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2012-07-31T13:20:19Z
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Previous issue date: 2011 / FAPESPA - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A Malária Cerebral (MC) apresenta-se como uma severa complicação resultante da infecção por Plasmodium falciparum. Esta condição encontra-se comumente associada a disfunções cognitivas, comportamentais e motoras, sendo a retinopatia uma das mais graves conseqüências da doença. Diversos modelos experimentais já foram descritos no intuito de elucidar os mecanismos fisiopatológicos relacionados a esta síndrome, no entanto, estes ainda permanecem pouco compreendidos. Dentro deste contexto, o presente trabalho procurou investigar as alterações neuroquímicas envolvidas na patologia da MC. Os camundongos C57Bl/6 (fêmeas e machos) inoculados com ≈106 eritrócitos parasitados (PbA) apresentaram baixa parasitemia (15-20%) com sinais clínicos evidentes como: deficiência respiratória, ataxia, hemiplegia e coma seguido de morte, condizentes com o quadro de MC. A análise no tecido retiniano demonstrou uma diminuição nos níveis de GSH com 2 dias após a inoculação. Entretanto, essa diminuição não foi tão evidente com o decorrer da infecção (4º e 6º dias após infecção). Concomitante a este aumento durante o processo infeccioso, observamos um progressivo aumento na captação de 3H-glutamato (4º e 6º dia após infecção) por um sistema independente de Na+, sugerindo que o quadro de MC é responsável por um aumento na atividade de uma proteína transportadora. Dados obtidos com a imunofluorescência demonstram que além de aumentar a atividade do sistema de transporte, o quadro de MC também estimula o aumento na expressão do sistema xCG - no tecido retiniano. O presente trabalho demonstra ainda que estes eventos neuroquímicos no tecido retiniano são independentes de ativação inflamatória, visto que os níveis de TNF-α e expressão de NOS-2, apresentam-se alterados somente no tecido retiniano. / Cerebral Malaria (CM) is a severe complication resulting from Plasmodium falciparum infection. This condition has usually been associated with cognitive, behavioral and motor dysfunctions, being the retinopathy the most serious consequence resulting from the disease. The pathophysiologymechanisms underlying the complications of CM remain incompletely understood. Several experimental models of CM have already been developed in order to clarify those mechanisms related to this syndrome. In this context, the present work has been performed to investigate which possible neurochemistry alteration could be involved in the CM pathology. Male and female susceptible C57Bl/6 mice (6-8 week old) infected with ≈106 parasitized red blood cells (PbA), showed a low parasitaemia (15-20%), with evident clinical signs as: respiratory failure, ataxia, hemiplegia, and coma followed by animal death. In parallel to the clinical characterization of CM, retinal analysis demonstrated that the disease led to a decrease in the glutathione levels with 2 days post inoculation. However, this decrease was not so evident with the course of the infection (4º and 6º days post- infection). We further demonstrated that the increase in the glutathione levels during the infection is followed by the increase in the 3H-glutamate uptake rate (4º and 6º days post-infection), suggesting that CM condition causes an up-regulation of the transporters systems. Immunofluorescence data demonstrated that besides the activity increases, CM condition also stimulated the increase of the xCG- system expression in the retinal tissue. Furthermore, our findings also highlighted that in the retina the neurochemistries alterations occurs in a manner independent on the establishment of an inflammatory response, once TNF-α levels and NOS-2 expression were altered only in the cerebral tissue.
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Caracterização da resposta inflamatória e alterações neuroquímicas e eletrofisiológicas do tecido retiniano em modelo murino de malária cerebral induzido pela infecção por Plasmodium Berghei ANKALEÃO, Luana Ketlen Reis 19 February 2015 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-06-08T17:59:33Z
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Previous issue date: 2015-02 / FAPESPA - Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A malária cerebral (MC) é uma das complicações mais graves resultante da infecção por P. falciparum e a principal causa de morte em crianças. O quadro de MC apresenta uma patogênese complexa, associado a complicações neurológicas provenientes de uma resposta imunológica exacerbada, bem como eventos hemorrágicos. Estudos descrevem uma retinopatia associada ao quadro, juntamente com um intenso processo de astrogliose nas proximidades de vasos que nutrem o tecido retiniano. O presente trabalho buscou caracterizar o processo inflamatório e as possíveis alterações neuroquímicas e eletrofisiológicas no tecido retiniano de camundongos albino suíço, quando inoculados com a cepa ANKA de Plasmodium berghei (PbA). Camundongos albino suíço foram infectados com cepa PbA. Para caracterização do quadro de malária cerebral experimental (MCE) foram avaliados diversos parâmetros, como surgimento dos sinais clínicos, curva de sobrevivência, parasitemia (%), ganho de massa corpórea, permeabilidade vascular e quantificação de citocinas (TNF-α, IL-6 e IL-10) no tecido cortical. Para avaliarmos alterações na funcionalidade do tecido retiniano, utilizamos eletrorretinograma de campo total. Para a avaliação dos sistemas de neurotransmissão foi realizado ensaio de liberação e captação de glutamato e GABA que, posteriormente foi quantificado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Para análise da resposta inflamatória foi realizada a quantificação de citocinas (TNF-α, IL-6 e IL-10) no tecido retiniano. Após a caracterização do quadro de MCE nós observamos a diminuição da amplitude de onda-b de cones e bastonetes, bem como aumento do tempo implícito de bastonetes, respostas mistas em diferentes intensidades e potencial oscilatório. Observamos aumento na liberação e captação de glutamato e, ainda, a ativação de uma via antiinflamatória no tecido retiniano. Este trabalho nos permitiu validar o modelo murino de MCE e caracterizar, pela primeira vez, alterações na funcionalidade do tecido retiniano, acompanhada de alterações no sistema glutamatérgico, bem como ativação de uma via antiinflamatória no tecido retiniano. / Cerebral malaria (CM) is one of the most serious complications resulting from infection by P. falciparum and the leading cause of death in children. The CM frame has a complex pathogenesis associated with neurological complications arising in an enhanced immune response as well as hemorrhagic events. Studies describing retinopathy associated with the frame, together with an intense process of astrogliosis in the vicinity of retinal vessels that nourish the tissue. This paper sought to characterize the inflammatory process and the possible neurochemical and electrophysiological changes in the retinal tissue of Swiss albino mice, when inoculated with Plasmodium berghei ANKA strain (PbA). Swiss albino mice were infected with PbA strain. To characterize the above experimental cerebral malaria (ECM) was evaluated several parameters, such as onset of clinical signs, survival curves parasitemia (%) and body mass gain, vascular permeability and quantification of cytokines (TNF-α, IL-6 and IL-10) in the cortical tissue. To evaluate changes in retinal tissue functionality, use full-field electroretinography. For the evaluation of neurotransmitter systems release assay was performed and uptake of glutamate and GABA which was then quantified by High Performance Liquid Chromatography. The inflammatory response analysis was performed to quantify the cytokines (TNF-α, IL-6 and IL-10) in retinal tissue. After characterizing the MCE framework we observe a reduction in the amplitude of b-wave of rods and cones, as well as increase the implicit time of rods, mixed responses at different intensities and oscillatory potential. We observed an increase in the release and glutamate uptake and also the activation of an anti-inflammatory pathway in retinal tissue. This study allowed us to validate the murine model of MCE and characterize for the first time, changes in the retinal function accompanied by changes in the glutamatergic system as well as activation of the inflammatory pathway in retinal tissue.
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Indução de imunidade com extrato proteico de Plasmodium berghei NK65 contra o desenvolvimento de malária cerebral por Plasmodium berghei ANKA em modelo murinoCarpinter, Bárbara Albuquerque 28 February 2018 (has links)
Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2018-09-20T13:42:20Z
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Previous issue date: 2018-02-28 / Devido à ampla distribuição da malária entre os continentes e ao elevado número de casos clínicos e óbitos registrados anualmente, o desenvolvimento de uma vacina antimalárica segura e eficaz contra a doença ainda é de extrema importância. Dentre os vários modelos propostos até o momento, aquelas compostas por parasitos vivos ou por extrato proteico têm sido as mais promissoras no desenvolvimento de imunidade antimalárica. Entretanto, ainda não claro se imunizações com cepas com baixo potencial de virulência seriam capazes de prevenir ou amenizar os sintomas associados à malária grave. Assim, o presente estudo teve como objetivo investigar se camundongos imunizados com extrato proteico de Plasmodium berghei NK65, cepa de baixa virulência e não indutora de malária cerebral nesse modelo, são protegidos contra o desenvolvimento de malária cerebral induzida pela cepa ANKA de Plasmodium berghei (PbA). Para isto, foram realizados dois ciclos de imunização utilizando extrato proteico de Plasmodium berghei associado ao adjuvante CPG-ODN, com intervalo de 21 dias, em camundongos fêmeas C57BL/6, com idade entre 6 e 8 semanas. Após 30 dias da última imunização foi realizado o desafio experimental utilizando a cepa ANKA de P. berghei e iniciado o acompanhamento diário dos animais para avaliação do seu quadro clínico e da carga parasitária. Diante da presença de sinais neurológicos (escore clínico < 5), os animais foram pesados e eutanasiados para realização da coleta de sangue, baço e cérebro, enquanto animais sem esses sinais continuaram por ser acompanhados diariamente e, então, sacrificados a partir do 13º dia. A partir das amostras coletadas, foram determinados os níveis de anticorpos sorológicos, a frequência da população celular esplênica (células T CD4+ e CD8+, e linfócitos B), níveis de citocinas teciduais e análise histopatológica do tecido nervoso. Observouse que 46% dos animais imunizados com extrato de PbN e 69% dos animais imunizados com extrato de PbA foram protegidos do desenvolvimento de malária cerebral e tiveram sua taxa de sobrevivência prolongada, entretanto, estes animais desenvolveram hiperparasitemia sanguínea, com níveis de até 38% de parasitos circulantes. Estes animais não apresentaram sinais clínicos neurológicos, o que foi confirmado macroscopicamente pela ausência de hemorragia e reduzida inflamação no cérebro em relação aos animais que evoluíram para malária cerebral. Histopatologicamente, os animais com hiperparasitemia apresentaram poucos leucócitos aderidos ao endotélio vascular e ausência de vasos obstruídos. Em relação aos níveis de citocinas (IL-10, TNF-α, IFN-) e número de linfócitos esplênicos (T CD4+ e CD8+, e linfócitos B), estes estiveram significativamente reduzidos nos animais que desenvolveram hiperparasitemia em relação aos que desenvolveram malária cerebral. Interessantemente, os animais imunizados foram capazes de reconhecer tanto antígenos homólogos quanto heterólogos ao utilizado durante o processo de imunização, porém, esses anticorpos pareceram não influenciar o padrão clínico apresentado pelos animais. Portanto, nosso estudo demonstra que imunizações com parasitos de baixa virulência podem induzir imunidade capaz de proteger contra cepas altamente virulentas, mas os fatores que medeiam essa proteção ainda precisam ser melhor investigados. / The broad distribution of malaria around of the globe and the large number of clinical cases/deaths attributed to this disease turns the discovery of a safe and effective malaria vaccine an essential tool to halt the spread of the disease. Vaccines focused on the use of live parasites and crude parasites antigens have shown good results on the induction of antimalarial immunity, although it is still not clear if immunizations with low virulent strains are capable to prevent the development of symptoms of cerebral malaria. This research aim to investigate if immunizations with crude antigen of Plasmodium berghei NK65 (PbN), a low virulence strain noninductive of cerebral malaria in C57BL/6 mice, are able to protect the animals against the development of cerebral malaria after challenge with Plasmodium berghei ANKA (PbA). Mice were immunized twice with crude antigen associated to CPG-ODN adjuvant. Thirty days after the second immunization animals were challenged with 105 red blood cells infected with P. berghei ANKA. Animals were daily monitored to evaluate the clinical score and parasitaemia levels. If the presence of neurological signs (score < 5) were detected, animals were euthanized and blood samples, spleen and brain were collected; animals without neurological commitment were followed daily until the 14 day post-infection. Antibodies and cytokines levels, splenic cellular population (T CD4+, T CD8+ and B lymphocytes) and histopathological analysis were performed. The results showed that 46% of the animals immunized with crude antigen of PbN and 69% of the animals immunized with crude antigen of PbA were protected from the development of cerebral malaria and had their survival rate prolonged, however, these animals developed hyperparasitaemia, with levels up to 38% of circulating parasites. These animals did not present neurological signs which were confirmed macroscopically by the absence of hemorrhage and reduce brain inflammation in relation to the animals that evolved to cerebral malaria. Histopathologically, the animals with hyperparasitaemia presented few adhered leukocytes in the vascular endothelium and absence of obstructed vessels. In relation to cytokine levels and number of splenic lymphocytes, these were significantly reduced in animals that developed hyperparasitism in comparison with those who developed cerebral malaria. Interestingly, the immunized animals were able to recognize both homologous and heterologous antigens used during the immunization process, however, these antibodies did not appear to influence at the clinical condition presented by the animals. Therefore, our study demonstrates that immunizations with low virulence parasites may induce immunity capable of protecting against highly virulent strains, but the factors that mediate this protection still need to be better investigated.
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