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A escrita feminina na lírica de Maria Teresa HortaSouza, Natália Salomé de 07 December 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-12-07 / CAPES / Na busca de uma escrita que falasse do corpo feminino pela própria mulher,
encontrei a lírica de Maria Teresa Horta. Em seus poemas, a eu-lírica dá voz a um
corpo, de forma a desamarrá-lo de um jugo patriarcal. Há, portanto, uma voz e uma
escrita feminina que partem de uma imanência, analisadas, a princípio, a partir de
um movimento interior que nos responderá perguntas essenciais, tais como: o que
torna esta escrita verdadeiramente feminina? Em quais aspectos ela diverge de uma
escrita masculina? Esta escrita é uma manifestação biológica ou seu conceito não
se funda nesta perspectiva? Na concepção de Hélène Cixous e Luce Irigaray,
teóricas do feminismo da diferença, há um ser mulher que foi constantemente
apagado pela lei do pai e do logos, portanto a escrita e a fala feminina precisariam
subverter o falogocentrismo e deixarem-se fluir através do próprio corpo feminino.
Seria a retomada da linguagem semiótica de Kristeva, essencialmente feminina e
circular, que não se prende na denominação e estaticidade do nome. Numa
linguagem poética e erótica, encontramos esta fala do corpo que em si ultrapassa
uma ordem imposta à sociedade, e isto nos leva ao segundo movimento – um
movimento exterior. As implicações de uma retomada do corpo feminino pelas
mulheres fora da soberania patriarcal levariam a uma mudança completa da
sociedade, em que homens e mulheres não ocupariam espaços verticais; antes
disso, suas posições sociais dar-se-iam num eixo horizontal em que não haveria
hierarquia, logo as mulheres não seriam subalternas aos homens e vice-versa.
Haveria respeito mútuo dentro da diferença e politicamente a diferença de gênero
não seria motivo de discriminação e subalternidade. A poesia representa, portanto, a
possibilidade de subversão da ordem patriarcal, da ordem do falo, desde que,
quando produzida por mulheres, seja uma escrita do corpo feminino, uma escrita
feminina que se diz a partir da voz de uma eu-lírica. Da mesma forma que do devir
mulher surge uma lírica feminina, emerge também a ginocrítica – teoria literária que
marca uma tradição feminina nos estudos da literatura que rejeita a crítica
tradicional. / In the search for writings by women that talked about the female body I found Maria
Teresa Horta’s lyric. In her poems, the eu-lírica gives voice to a body as a way to
untie it from the patriarchal domain. Thus, there is a woman’s voice and a woman’s
writing that derive from an immanence. They are analyzed, at first, from an internal
movement that will answer some essential questions, such as: what makes this
writing truly feminine? In what aspects is it different from a masculine one? Is it a
biological manifestation or is this concept not founded in such perspective?
According to the ideas of Hélène Cixous and Luce Irigaray, theoreticians of the
difference feminism, there is a ‘woman being’ that has constantly been erased by the
“father”’s and the logos’s laws, therefore women’s writing and speech need to
subvert phallogocentrism and let themselves flow through female body. It would be
the return of the semiotic language of Kristeva, essentially feminine and circular,
which is not tied to the denomination and immobility of the name. In a poetic and
erotic language, we find this speech of the body that surpasses an imposed social
order, thus leading us to a second movement – an external one. The implications of a
recovery of the female body by women outside the patriarchal sovereign would lead
to a complete change in society, in which men and women would not occupy vertical
spaces; on the contrary, their social positions would be established in a horizontal
axis with no hierarchy, so women would not be subordinated to men and vice-versa.
There would be mutual respect inside the difference. Politically, gender difference
would not be a reason for discrimination and subordination. Hence, poetry represents
the possibility of subversion of the patriarchal order from the phallus, as long as,
when produced by women, it is the writing of a female body, a woman’s writing that
voices the eu-lírica. From the becoming of a woman, women’s lyrics is born.
Similarly, there comes gynocritics– a literary theory that marks a women’s tradition in
the literary studies that rejects traditional criticism.
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Senhoras da palavra: a reivindicação da voz e do corpo nas obras de Maria Teresa Horta e Ana Luísa Amaral / Word ladies: the appropriation of voice and body in the works of Maria Teresa Horta and Ana Luisa AmaralOliveira, Nicole Guim de 01 November 2017 (has links)
Maria Teresa Horta e Ana Luísa Amaral são duas autoras que constroem suas poéticas a partir de temas pouco privilegiados pelo cânone literário português. Neste trabalho, procuramos analisar alguns textos das obras Minha Senhora de Mim (1971) e Os Anjos (1983), de Maria Teresa Horta; Novas Cartas Portuguesas (1972), de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta; e Minha Senhora de Quê (1990), Vozes (2013) e Escuro (2015), de Ana Luísa Amaral, observando como a literatura de autoria feminina tende a atuar a partir de seu potencial de desconstrução de discursos não necessariamente literários já canonizados. Nesse sentido, trabalhamos com o conceito de paródia elaborado por Linda Hutcheon em Uma Teoria da Paródia (1985), a fim de perceber de que modo a reconfiguração de textos canônicos, feita pelas autoras, subverte não apenas a tradição literária, como também as estruturas sociais cristalizadas em uma sociedade patriarcal. / Maria Teresa Horta and Ana Luísa Amaral are two authors that build their poetics around themes that are viewed as less important by the Portuguese canon. This study seeks to analyze texts chosen from Minha Senhora de Mim (1971) and Os Anjos (1983), by Maria Teresa Horta; Novas Cartas Portuguesas (1972), by Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa and Maria Teresa Horta; and Minha Senhora de Quê (1990), Vozes (2013) and Escuro (2015), by Ana Luísa Amaral; noticing how the literature written by women tends to act using its potential to deconstruct canonized speeches literary or not. On that subject, the concept of parody proposed by Lynda Hutcheon in Uma Teoria da Paródia (1985) was chosen to examine how the reconfiguration of canonical texts subverts not only the literary tradition, but also stablished social structures in a patriarchal society.
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Senhoras da palavra: a reivindicação da voz e do corpo nas obras de Maria Teresa Horta e Ana Luísa Amaral / Word ladies: the appropriation of voice and body in the works of Maria Teresa Horta and Ana Luisa AmaralNicole Guim de Oliveira 01 November 2017 (has links)
Maria Teresa Horta e Ana Luísa Amaral são duas autoras que constroem suas poéticas a partir de temas pouco privilegiados pelo cânone literário português. Neste trabalho, procuramos analisar alguns textos das obras Minha Senhora de Mim (1971) e Os Anjos (1983), de Maria Teresa Horta; Novas Cartas Portuguesas (1972), de Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa e Maria Teresa Horta; e Minha Senhora de Quê (1990), Vozes (2013) e Escuro (2015), de Ana Luísa Amaral, observando como a literatura de autoria feminina tende a atuar a partir de seu potencial de desconstrução de discursos não necessariamente literários já canonizados. Nesse sentido, trabalhamos com o conceito de paródia elaborado por Linda Hutcheon em Uma Teoria da Paródia (1985), a fim de perceber de que modo a reconfiguração de textos canônicos, feita pelas autoras, subverte não apenas a tradição literária, como também as estruturas sociais cristalizadas em uma sociedade patriarcal. / Maria Teresa Horta and Ana Luísa Amaral are two authors that build their poetics around themes that are viewed as less important by the Portuguese canon. This study seeks to analyze texts chosen from Minha Senhora de Mim (1971) and Os Anjos (1983), by Maria Teresa Horta; Novas Cartas Portuguesas (1972), by Maria Isabel Barreno, Maria Velho da Costa and Maria Teresa Horta; and Minha Senhora de Quê (1990), Vozes (2013) and Escuro (2015), by Ana Luísa Amaral; noticing how the literature written by women tends to act using its potential to deconstruct canonized speeches literary or not. On that subject, the concept of parody proposed by Lynda Hutcheon in Uma Teoria da Paródia (1985) was chosen to examine how the reconfiguration of canonical texts subverts not only the literary tradition, but also stablished social structures in a patriarchal society.
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Tatuagem da palavra : educa??o sentimental do corpo no corpus po?tico de Maria Teresa HortaOliveira, Juliana Batista de 14 December 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006-12-14 / While looking to the body and finding it engraved by cultural, imaginary and power-related texts through a discourse embodied in itself, this research proposes a new vertiginous approach to it by analyzing the following works: Poesia completa II, more specifically, Educa??o sentimental, and Novas cartas portuguesas. Such transgressive and performatic works are from Maria Teresa Horta (1937-), Portuguese writer, who proposes a new education by a renewed language: a sentimental education spawned from the erotic element. Starting from the deconstruction of the view over the spoiled body and exposed in Novas cartas portuguesas, from the poetic texts in Educa??o sentimental, as well as in remaining ones in Poesia completa II, Horta disassembles and reassembles the body, giving a new meaning to the symbols that surround us and our experiences. Other than proposing to all, men and women, such new meaning of the behavior and current practices models, Horta s education allows, through a performance action, the construction of a stage for female identity, free from the phallic influence. A new identity, able to handle all holy and profane characteristics of women, discarding the chromatic lens of sin. Horta s poetry emerges as a new proposal of literary labor / Esta pesquisa, ao passo que olha para o corpo e o enxerga tatuado pelos textos da cultura, do imagin?rio e do poder, atrav?s de um discurso que se inscreve nele, vem propor uma vertigem do olhar sobre o mesmo atrav?s da an?lise das obras: Poesia completa II, especificamente, Educa??o sentimental, e Novas cartas portuguesas. Tais obras transgressoras e perform?ticas s?o de Maria Teresa Horta (1937-), escritora portuguesa, a qual vem propor, ao n?vel de uma linguagem renovada, uma educa??o outra: uma educa??o sentimental, a qual nasce do elemento er?tico. Partindo da desconstru??o do olhar sobre o corpo marcado e denunciado atrav?s de Novas cartas portuguesas, e dos textos po?ticos da obra Educa??o sentimental, bem como dos demais que v?m compor a obra Poesia completa II, Horta desmonta e remonta o corpo, re-significando a m?scara signal?tica a qual nos envolve e envolve as nossas viv?ncias. Al?m de propor a todos, homens e mulheres, tal re-significa??o dos modelos de comportamentos e pr?ticas vigentes, a educa??o horteana vem possibilitar, atrav?s da performance, a constru??o de um espa?o para a identidade feminina, livre da clausura do poder f?lico. Uma nova identidade a qual possa envolver todas as caracter?sticas sagradas e profanas da mulher, descartando a lente crom?tica do pecado. A po?tica horteana surge ent?o, como uma nova proposta do fazer liter?rio
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