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Iluminar a inteligência e educar a afetividade

Vojniak, Fernando January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em História / Made available in DSpace on 2012-10-22T06:16:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 209404.pdf: 8506069 bytes, checksum: e1a17b8b5eb25f7fe4cb3dc99ce91507 (MD5) / História da problematização do gênero masculino no Oeste Catarinense nas décadas de 1950 e 1960. Em meados do século XX a região estava associada a uma imagem de lugar "não civilizado", violento, carente da presença do poder público, "fora da lei" e de forte presença de "coronéis" e "caudilhos". Neste momento, um conjunto de enunciados, temas e conceitos procuraram constituí-la em oposição a esta imagem, ou seja, como uma região progressista, civilizada e com uma população trabalhadora e igualmente progressista e civilizada. Neste quadro, o masculino mostra-se bastante representativo, pois parecia ser necessário definir um modelo de masculinidade, adequado ao ideal de civilização que se pretendia implantar e, ao mesmo tempo, que contribuísse para a sua implantação. Portanto este trabalho analisa, a partir de pesquisas em jornais impressos, textos históricos, literários e memorialísticos e através de pesquisa oral e iconográfica as imagens, os temas, os enunciados e os conceitos que construíram o gênero masculino na região e o tornam representativo e constitutivo desta nova realidade do Oeste Catarinense.
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Um homem para chamar de seu : uma perspectiva genealógica da emergência da Política Nacional de Ação Integral à Saúde do Homem

Santos, Helen Barbosa dos January 2013 (has links)
Quem é o homem que a Política Nacional de Atenção Integral à saúde do homem (PNAISH) chamará de seu? Com este questionamento tomamos a “saúde do homem” como um problema, ou seja, buscamos compreender o diagrama dos diversos movimentos que colocaram uma determinada compreensão do homem e do masculino na constituição da Política, analisando as tensões e as linhas de força que a constituem. Enquanto estratégia biopolítica, o enunciado de que o homem não cuida de sua saúde e outros discursos sobre o corpo social masculino marcam a produção social de masculinidades inscritas na história da saúde no Brasil. Para estas problematizações, fundamentamo-nos nas ferramentas teóricas e metodológicas da Psicologia Social, a partir do prisma pós-estruturalista, especialmente ao pensamento de Michel Foucault, na forma como o autor desenvolveu uma análise dos discursos e da emergência dos saberes na sua articulação com mecanismos e tecnologias de poder, em especial acerca do dispositivo da medicalização. Ademais, nos baseamos em autores que discutem as masculinidades, em especial pela analítica queer. O desenvolvimento da pesquisa tem primeiramente como corpus de análise o documento oficial da PNAISH, bem como leis, portarias e diário de campo dos Seminários de Saúde do Homem que ocorreram no Rio Grande do Sul. Em um segundo momento, a fim de conferir visibilidade à produção social das distintas figuras do masculino moralmente hierarquizadas na história da saúde no Brasil, parte-se de estudos que tanto retratam a saúde pública no país, bem como autores que problematizam os arranjos de masculinidades em determinados contextos histórico-sociais. Também nos utilizamos de personagens da literatura e da música brasileira como parte do campo de análise, inspirado pelos preceitos epistemológicos do personagem conceitual proposto na filosofia de Felix Guattari e Gilles Deleuze. A partir destes elementos, buscamos fazer uma releitura da história, onde masculinidades sujeitadas pelas ações eugênicas da medicalização dos corpos no país adquirem seu estatuto infame perante a sociedade. Percebe-se que estratégias de normalização colocam as masculinidades em movimento, onde a compartimentalização entre masculinidades legitimas e ilegítimas se constrói sobre o imperativo de homem ideal para a nação: trabalhador, pai de família, provedor. Estes preceitos, ancorados nos ideários de raça e classe social se ancoram em uma conjuntura da desigualdade social. Nesse processo de produção de masculinidades, muitas vezes, o último ponto de ancoragem social que inscrevem esses homens socialmente é uma virilidade violenta que se evidencia nos altos índices de morte por causas externas entre os homens. Em suma, evidenciamos a produção de masculinidades desprovidas de acesso aos direitos à saúde como direitos à vida, enquanto efeitos de uma longa história de medicalização do corpo social masculino, aspecto este, que adquire pouca visibilidade nas pesquisas que têm como cerne a saúde coletiva e/ou as relações de gênero e sexualidade. / Who is the man attended by the Brazilian Policy of Integral Attention of Men’s Health? With this question in mind, we consider “men’s health” as a problem, in other words, we aim at understanding the diagram of several movements that built a determined comprehension of man and the masculinity in the political constitutions, analyzing its tensions and forces. As a biopolitical strategy, the statement that men do not take care of their health and other discourses on men’s social body underline the social production of masculinities inscribed in the health history of Brazil. To answer these questions, we use as a basis the theoretical and methodological tools of social psychology, from the poststructuralist perspective, especially the studies of Michel Foucault, in which the author developed an analysis of discourses and the emergence of knowledge in their relationship with mechanisms and technologies of power, especially on the device of medicalization. Furthermore, we also reviewed the studies of other authors on masculinities, especially in the queer analytical approach. The development of this research has, firstly, as its corpus of analysis, the official documentation of the Brazilian Policy of Integral Attention of Men’s Health, as well as related legislation and field diaries on the Men’s Health seminars that occurred in Rio Grande do Sul state. Afterwards, to highlight the social production of distinct male figures that are morally hierarchical in the history of health care in Brazil, we considered studies that portray public health in Brazil as well as authors that have questioned the arrangements of masculinities in specific historical and social contexts. Characters from Brazilian literature and music were used as part of the field of analysis, inspired by the epistemological precepts of the conceptual character proposed by the studies of Gilles Deleuze and Felix Guattari. Based on these elements, we made a re-reading of the history, in which masculinities subjected by eugenicactions of medicalization of bodies in Brazil acquired its infamous status in society. It is noticeable that the standardization strategies put masculinities in motion, in which compartmentalization between legitimate and illegitimate masculinities are build on the requirements of the ideal man for the nation: worker, father, provider. These precepts, anchored in the ideals of race and social class are anchored in a juncture of social inequality. In this process of production of masculinities, often the last point of social anchorage in which these men are socially inscribed is a violent virility that becomes evident in the high rates of death from external causes among men. To briefly summarize, we argue that the production of masculinities devoid of access to health rights as well as the right to live, as an effect of a long history of social medicalization of the male body. We should also consider that this topic is understudied in researches that have as their core public health and/or relations of gender and sexuality.
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Com a palavra, o prover

Tagliamento, Grazielle January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia / Made available in DSpace on 2012-10-23T07:41:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1 243849.pdf: 398548 bytes, checksum: ce1149fca95169b7620058ff4517a996 (MD5) / Esta pesquisa teve como objetivo a análise dos processos de subjetivação e das produções de masculinidades por/para famílias de camadas médias nas quais a mãe é a provedora do sustento financeiro, enquanto que o pai encontra-se desempregado e, por vezes, sem trabalho, bem como verificar quais as normas e resistências engendradas em tais procedimentos. Para tanto foram realizadas entrevistas com os membros de duas famílias, que, posteriormente, foram transformadas em discursos familiares acerca de suas práticas cotidianas, tendo como pano de fundo o enunciado do prover. O exame deste material possibilitou uma contextualização das idiossincrasias e congruências entre as práticas destas famílias, o que viabilizou a verificação de que ante as mesmas normas, num jogo de agonísmo entre estas e as contingências impossibilitadoras de reiterá-las, subjetividades e masculinidades múltiplas afloraram. Nestas lutas ocorreram subversões aos mandatos que determinam posições e atributos específicos para homens e mulheres, os quais, no entanto, por desejarem o reconhecimento do outro, almejavam reiterá-los e sofriam por não o conseguirem. Contudo, a (re)criação dos modos de existência destas organizações familiares, foi potencializada pelos afetos que permeavam seus vínculos. This research had as its objective the analysis of the subjectivation process and production of masculinities by/for medium class families in which the mother is the sole provider of financial sustenance, while the father is unemployed and, sometimes, without work, as well as verifying which are the norms and resistances engineered in such procedures. Inasmuch interviews were conducted with the members of two families, which, posterior to that, were transformed into family discourses about their daily practices, having as a background the enunciate of providing. The examination of this material allowed the contextualization of the idiosyncrasies and congruencies between the practices of these families, which allowed the verification that under the same norms, in a game of agonists between these and the reiteration impossibilitating contingencies, multiple subjectivities and masculinities emerged. In these fights subversions to the position determining mandates of specific attributes and positions of men and women occurred, but that, by desiring the recognition of the other, individuals wanted to reiterate it and suffered when they could not. However, the (re-)creation of the existence modes of these family organizations, was multiplied by the affection that permeated its links.
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A negociação de sentidos sobre masculinidades e paternidades em contextos populares de Florianópolis

Beiras, Adriano January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia / Made available in DSpace on 2012-10-23T15:17:26Z (GMT). No. of bitstreams: 1 242933.pdf: 672116 bytes, checksum: 3c1e8f2bdbda91cb7f1aee2118fd381a (MD5) / Estudos sobre paternidades e masculinidades têm adquirido maior visibilidade na literatura científica brasileira nos últimos anos. No que se refere à paternidade, diversas pesquisas buscam compreender a interação entre pais e filhos no ambiente familiar, compreender seus sentidos, práticas e configurações. Com relação aos estudos de masculinidades, ocorreu uma significativa intensificação destas pesquisas nos anos 80 e 90, impulsionadas principalmente pelos estudos de gênero. Esta dissertação de mestrado se propôs investigar a negociação de sentidos sobre masculinidade e paternidade em contextos populares de Florianópolis, a partir de pesquisa exploratória. O trabalho de campo foi realizado através de entrevistas livres, inspiradas no modo etnográfico de pesquisar, com jovens homens e seus pais. A população pesquisada constituiu-se de cinco jovens, os pais de três deles, duas mães, o irmão de um e a companheira do pai de outro dos informantes. A concepção de sujeito e a orientação teórica da dissertação fundamenta-se no diálogo com a psicanálise freudo-lacaniana e com teóricos/as dos estudos de gênero, masculinidades e paternidades, com especial atenção à produção latino-americana, no que se refere aos dois últimos temas. As tensões entre diferentes práticas de ser pai e homem com a ruptura de um modelo ideal hegemônico e o fortalecimento de novas formas de expressão de paternidade e masculinidade, marcam as histórias dos sujeitos estudados, conforme seus relatos. Se um modelo hegemônico de masculinidade persiste e se ressignifica em alguns dos discursos analisados, já não o faz com exclusividade. Em meio à complexidade dos processos identificatórios e à constatação de uma história de rupturas e transformações, a paternidade, em suas práticas e sentidos, é reinventada. Os discursos sobre paternidade e masculinidade apontam para um momento de mudanças, onde o antigo e o novo convivem e se superpõem nos relatos dos entrevistados. As posições de pai e de homem dos sujeitos desta pesquisa encontram-se e desencontram-se na construção das subjetividades dos informantes, ampliando a arena de possibilidades de expressão de masculinidades e de exercícios de paternidade, evidenciando, em alguns casos, movimentos de mudanças. Os modos tradicionais de ser homem reinventam-se e mesclam-se a novos modelos de masculinidades. Neste campo de possibilidades de novas subjetivações, as mulheres tiveram fundamental participação, influenciando e definindo mudanças, sendo importante ressaltar o seu lugar na construção dos sentidos atribuídos à masculinidade e à paternidade, pelos jovens homens entrevistados e seus pais.
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Como ser homens nestes tempos? pedagogias de gênero no manual h

Guerra, Oscar Ulloa January 2015 (has links)
O Programa H foi um projeto desenvolvido em 1999 por várias ONGs em diversos contextos da América Latina, Índia, nos Balcãs e em várias localidades da África subsaariana para engajar homens jovens em reflexões sobre masculinidades. Dentre os resultados do Programa H, destaca-se o Manual H (MH), um guia elaborado para orientar o trabalho grupal com homens jovens e que constitui o material de análise desta tese. A partir do seu conteúdo, considero que o MH tem muito a dizer sobre as masculinidades e as relações de gênero e desempenha uma função educativa na medida em que ensina como ser homens. O manual, segundo determinados sistemas de julgamento e interesses, desaprova alguns comportamentos (violência, não participação do cuidado dos filhos/as, não se cuidar, não utilizar os serviços de saúde) e valoriza outros (cuidar de si e de outras pessoas, usar o diálogo e a negociação ao invés da violência, assumir a paternidade), definindo e avaliando modos de ser homens, senão melhores, pelo menos mais adequados, exercendo uma pedagogia de gênero, uma pedagogia de masculinidade. Nessa direção, pareceme potencialmente interessante discutir questões sobre gênero, educação, masculinidades e poder na contemporaneidade a partir da análise do MH. Para tanto, proponho como objetivo examinar as pedagogias de gênero do MH voltadas ao público masculino a partir da questão central desta tese: como o MH investe pedagogicamente para produzir mudanças, segundo um dado entendimento de gênero pautado numa agenda feminista, que visa a transformar determinados comportamentos em outros? No estudo, resgato algumas contribuições teóricas dos estudos culturais e de gênero que considero relevantes para as análises empreendidas. A análise documental constituiu a ferramenta principal que possibilitou a problematização do Manual H, permitindo analisar os questionamentos, propostas e paradoxos do material que assinalam a internacionalização do imperativo de produzir mudanças nos comportamentos e práticas nos homens, parecendo privilegiar uma masculinidade e paternidade transnacionais, reiterando a heteronormatividade e ignorando as particularidades dos contextos culturais. / The H program was a project developed in 1999 by several non-governmental organizations in different contexts in Latin America, India, Balkans and various Sub-Saharan Africa places to engage the young men in the reflection about masculinities. Within the H Program results, stand out the H Manual (MH), a guide developed to lead the work with young men which is formed to be the main analysis support equipment in this thesis. From its content, I take in consideration that MH has a lot to say about masculinities and gender relations and it plays an educational role by showing to teach how to be men. The Manual, as certain value systems and interests, disapproves some behaviours (violence, nonparticipation in childcare, non-use of health services) and give value other ones (take care of themselves and others, use of conversation and the negotiation rather use of violence, assume paternity), defining and evaluating ways to be men, sometimes not better, but at least more appropriate, exerting a gender pedagogy, a masculinity pedagogy. In this sense, it seems potentially interesting argue some questions about gender, education, masculinity and power in the actual society from the MH analysis. I assume as goal, examined the gender pedagogies in the MH that are destined to men and as a main thesis question: how the MH invest pedagogically to produce changes, according to one gender notion determinate that is scheduled in a feminist agenda that is looking for change some behaviours in other ones? In the study, I use some theoretical contributions from cultural studies and others gender studies that I consider relevant to make the analysis and understanding about studied matter. The documental analysis was the main tool to make the MH analytic description and it made possible problematize the question, proposals and paradoxes of this documents that show the internationalization of the necessity of produce changes in the behaviour and men customs, seeming that there is a privilege in the masculinity and transnational parenthood, reiterating the heteronormativity and ignoring the distinctive feature about cultural contexts. / El Programa H fue un proyecto desarrollado en 1999 por varias organizaciones no gubernamentales en diferentes contextos de América Latina, India, los Balcanes y varios lugares de África subsahariana para involucrar a los hombres jóvenes en la reflexión sobre masculinidades. Entre los resultados del Programa H, se destaca el Manual H (MH), una guía elaborada para orientar el trabajo en grupo con hombres jóvenes y que constituye el principal material de análisis en esta tesis. A partir de su contenido, considero que el MH tiene mucho que decir acerca de las masculinidades y las relaciones de género y desempeña una función educativa al enseñar a enseñar cómo ser hombres. El manual, según determinados sistemas valorativos e intereses, desaprueba algunos comportamientos (violencia, no participación en el cuidado de la infancia, no utilización de los servicios de salud) y valoriza otros (cuidar de sí mismos y de los demás, el uso el diálogo y la negociación en lugar de la violencia, asumir la paternidad), definiendo y evaluando formas de ser hombres, si no mejores, al menos más apropiadas, ejerciendo una pedagogía de género, una pedagogía de la masculinidad. En este sentido, me parece potencialmente interesante discutir algunas cuestiones sobre género, educación, masculinidad y poder en la sociedad contemporánea a partir del análisis del MH. Asumo como objetivo examinar las pedagogías de género en el MH destinadas a los hombres y como pregunta central de la tesis: como el MH invierte pedagógicamente para producir cambios, según una determinada noción de género pautada en una agenda feminista que busca transformar determinados comportamientos en otros? En el estudio, rescato algunos aportes teóricos de los estudios culturales y de género que considero relevantes para los análisis y comprensión del objeto de estudio. El análisis documental fue la herramienta principal para la descripción analítica del MH y posibilitó problematizar los cuestionamientos, propuestas y paradojas del material que indican la internacionalización del imperativo de producir cambios en los comportamientos y prácticas en los hombres, pareciendo privilegiar una masculinidad y paternidad transnacionales, reiterando la heteronormatividad e ignorando las particularidades de los contextos culturales.
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Um homem para chamar de seu : uma perspectiva genealógica da emergência da Política Nacional de Ação Integral à Saúde do Homem

Santos, Helen Barbosa dos January 2013 (has links)
Quem é o homem que a Política Nacional de Atenção Integral à saúde do homem (PNAISH) chamará de seu? Com este questionamento tomamos a “saúde do homem” como um problema, ou seja, buscamos compreender o diagrama dos diversos movimentos que colocaram uma determinada compreensão do homem e do masculino na constituição da Política, analisando as tensões e as linhas de força que a constituem. Enquanto estratégia biopolítica, o enunciado de que o homem não cuida de sua saúde e outros discursos sobre o corpo social masculino marcam a produção social de masculinidades inscritas na história da saúde no Brasil. Para estas problematizações, fundamentamo-nos nas ferramentas teóricas e metodológicas da Psicologia Social, a partir do prisma pós-estruturalista, especialmente ao pensamento de Michel Foucault, na forma como o autor desenvolveu uma análise dos discursos e da emergência dos saberes na sua articulação com mecanismos e tecnologias de poder, em especial acerca do dispositivo da medicalização. Ademais, nos baseamos em autores que discutem as masculinidades, em especial pela analítica queer. O desenvolvimento da pesquisa tem primeiramente como corpus de análise o documento oficial da PNAISH, bem como leis, portarias e diário de campo dos Seminários de Saúde do Homem que ocorreram no Rio Grande do Sul. Em um segundo momento, a fim de conferir visibilidade à produção social das distintas figuras do masculino moralmente hierarquizadas na história da saúde no Brasil, parte-se de estudos que tanto retratam a saúde pública no país, bem como autores que problematizam os arranjos de masculinidades em determinados contextos histórico-sociais. Também nos utilizamos de personagens da literatura e da música brasileira como parte do campo de análise, inspirado pelos preceitos epistemológicos do personagem conceitual proposto na filosofia de Felix Guattari e Gilles Deleuze. A partir destes elementos, buscamos fazer uma releitura da história, onde masculinidades sujeitadas pelas ações eugênicas da medicalização dos corpos no país adquirem seu estatuto infame perante a sociedade. Percebe-se que estratégias de normalização colocam as masculinidades em movimento, onde a compartimentalização entre masculinidades legitimas e ilegítimas se constrói sobre o imperativo de homem ideal para a nação: trabalhador, pai de família, provedor. Estes preceitos, ancorados nos ideários de raça e classe social se ancoram em uma conjuntura da desigualdade social. Nesse processo de produção de masculinidades, muitas vezes, o último ponto de ancoragem social que inscrevem esses homens socialmente é uma virilidade violenta que se evidencia nos altos índices de morte por causas externas entre os homens. Em suma, evidenciamos a produção de masculinidades desprovidas de acesso aos direitos à saúde como direitos à vida, enquanto efeitos de uma longa história de medicalização do corpo social masculino, aspecto este, que adquire pouca visibilidade nas pesquisas que têm como cerne a saúde coletiva e/ou as relações de gênero e sexualidade. / Who is the man attended by the Brazilian Policy of Integral Attention of Men’s Health? With this question in mind, we consider “men’s health” as a problem, in other words, we aim at understanding the diagram of several movements that built a determined comprehension of man and the masculinity in the political constitutions, analyzing its tensions and forces. As a biopolitical strategy, the statement that men do not take care of their health and other discourses on men’s social body underline the social production of masculinities inscribed in the health history of Brazil. To answer these questions, we use as a basis the theoretical and methodological tools of social psychology, from the poststructuralist perspective, especially the studies of Michel Foucault, in which the author developed an analysis of discourses and the emergence of knowledge in their relationship with mechanisms and technologies of power, especially on the device of medicalization. Furthermore, we also reviewed the studies of other authors on masculinities, especially in the queer analytical approach. The development of this research has, firstly, as its corpus of analysis, the official documentation of the Brazilian Policy of Integral Attention of Men’s Health, as well as related legislation and field diaries on the Men’s Health seminars that occurred in Rio Grande do Sul state. Afterwards, to highlight the social production of distinct male figures that are morally hierarchical in the history of health care in Brazil, we considered studies that portray public health in Brazil as well as authors that have questioned the arrangements of masculinities in specific historical and social contexts. Characters from Brazilian literature and music were used as part of the field of analysis, inspired by the epistemological precepts of the conceptual character proposed by the studies of Gilles Deleuze and Felix Guattari. Based on these elements, we made a re-reading of the history, in which masculinities subjected by eugenicactions of medicalization of bodies in Brazil acquired its infamous status in society. It is noticeable that the standardization strategies put masculinities in motion, in which compartmentalization between legitimate and illegitimate masculinities are build on the requirements of the ideal man for the nation: worker, father, provider. These precepts, anchored in the ideals of race and social class are anchored in a juncture of social inequality. In this process of production of masculinities, often the last point of social anchorage in which these men are socially inscribed is a violent virility that becomes evident in the high rates of death from external causes among men. To briefly summarize, we argue that the production of masculinities devoid of access to health rights as well as the right to live, as an effect of a long history of social medicalization of the male body. We should also consider that this topic is understudied in researches that have as their core public health and/or relations of gender and sexuality.
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Razão, Honestidade e Sensibilidade: Novas Concepções sobre Masculinidade(s)

VICENTE, D. D. 15 August 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_471_.pdf: 717246 bytes, checksum: dd870c23c69522826599e65ac1b69e3b (MD5) Previous issue date: 2005-08-15 / Os estudos sobre masculinidade vêm ganhando espaço em diversos campos das ciências humanas e naturais. Esse interesse nos homens, no entanto, é recente, se comparado às várias décadas em que a categoria de gênero foi estudada tendo como foco quase exclusivo as mulheres. Este estudo teve como objetivo verificar as concepções de masculinidade que homens e mulheres jovens, de Vitória-E.S., possuem. Também se procurou verificar se e como essas concepções se articulam com algumas características do liberalismo e do modo de produção capitalista ocidental e ainda como os modelos de masculinidade podem fortalecer essas características e serem fortalecidos por elas. Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas realizadas com 20 participantes, sendo 10 homens e 10 mulheres de classe média, com idade entre 23 e 30 anos, com terceiro grau completo ou em curso. As entrevistas focalizaram diversos elementos que compõem o modelo hegemônico de masculinidade das sociedades ocidentais, como o caráter ativo do homem, a razão, a potência sexual e sua função de provedor. Os resultados foram agrupados em categorias elaboradas a partir da análise do conteúdo das entrevistas. Os resultados indicaram que as principais características presentes nas concepções sobre masculinidade foram a força, intimamente ligada ao suposto caráter ativo do homem, e a honestidade. Inexoravelmente articuladas entre si, ambas, apesar de aspectos positivos, estão ligadas a concepções retrógradas e essencialistas de superioridade masculina. Ao mesmo tempo, elementos tradicionalmente associados à masculinidade como a razão, a função de provedor e a potência sexual, mostram-se cada vez mais flexíveis. Conclui-se que várias das características que compõem as concepções identificadas articulam-se com práticas típicas do modo de funcionamento liberal capitalista, práticas essas muitas vezes pouco saudáveis, que levam a situações de exploração e dominação. Também se conclui que os dados evidenciaram uma busca por parte de homens e mulheres, por uma maior igualdade nas relações de gênero, mesmo que tal busca esteja cheia de contradições e ainda distante do que poderia ser considerado desejável.
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A casa dos homens: passos de uma mulher entre as masculinidades na prisão

Santos, Cintia Helena dos [UNESP] 17 January 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:35:04Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2013-01-17Bitstream added on 2014-06-13T18:46:03Z : No. of bitstreams: 1 santos_ch_dr_assis.pdf: 661303 bytes, checksum: 9b55b17bf1a0358c8287163ed9de445b (MD5) / Este estudo trata da articulação entre os processos de subjetivação contemporâneos, as relações de poder e as formas sutis com que as tecnologias de gênero naturalizam e perpetuam ações nas relações, parcerias e lutas diárias que ocorrem em uma Penitenciária. Partindo da genealogia foucaultiana, como matriz epistemológica e metodológica, colocamos em análise documentos institucionais e entrevistas realizadas com funcionários do Sistema Penitenciário do Paraná, que atuam na cidade de Londrina. O entrelaçamento destas falas e forças engendra o impacto das tecnologias de gênero, em especial das masculinidades, na dinâmica das relações de poder e de resistência entre os que habitam a prisão. A forma como são caladas e/ou adequadas às diversidades humanas e às maquinarias que compõem os rígidos processos de subjetivação admitidos no cárcere e entre “carcereiros”, apresentaram-nos aprisionamentos mais precisos e danosos que as grades. Para além destas, apresentam-nos os modos de aprisionamentos de si e do outro, que cristalizam e empobrecem os corpos e suas possibilidades de novos encontros e afetações. De modo geral, apontam-nos para processos de subjetivação disciplinares e normalizadores. A problematização destas grades biopolitícas binárias tem permitido outros fluxos, no sentido de ampliar a percepção e superação das grades de ferro e de si mesmos. Esta pesquisa caracteriza-se pela decisão de fazer e manter algumas questões quanto aos processos de subjetivação daqueles que representam o Estado perante as pessoas presas, a partir dos passos de uma mulher entre as masculinidades. Em todo seu percurso, esta escolha mostrou-nos ser o caminho possível para o surgimento de linhas de fuga que possibilitam existências mais potentes e, assim, apontam para a concretização da proposta... / This study addresses the link between the processes of contemporary subjectification, the power association and the subtle ways in which the gender technologies naturalize and perpetuate actions in the relations, partnerships and daily struggles that take place in a penitentiary. From the Foucault‟s genealogy as an epistemological and methodological matrix, we analyze institutional documents and interviews performed with officials of the Penitentiary System of Paraná, in the city of Londrina. The intertwining of these speeches and forces engenders the impact of the technologies of gender - in especial of the masculinities, in the dynamics of the relations of power and resistance among those who inhabit prison. The way they are silenced and adequate to human diversity and to the machinery that make up the rigid processes of subjectivation allowed in prison and between jailers, showed us more effective and injurious incarcerations than the bars. Beyond that, they present us the ways of the self-incarcerations and the other‟s incarcerations that solidify and deplete their bodies and their chances of new findings and affectations. In general, they lead us to processes of disciplinary and normalizing subjectification. The problematization of these biopolitics, binary grids has allowed other fluxes, in the sense of broadening perception and overcoming the iron bars and themselves. This research is characterized by the decision of raising and keeping a few questions about the processes of subjectification of those who represent the State in the presence of the prisoners, and from the moves of a woman among the masculinities. Throughout its course, this choice proved to be the a possible way for the raise of escape lines that enable more powerful existence and thus leading to the completion of the proposed intention to make of the criminal... (Complete abstract click electronic access below)
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Cachaceiro e raparigueiro, desmantelado e largadão!: uma contribuição aos estudos sobre homens e masculinidades na região nordeste do Brasil

Honório, Maria das Dores [UNESP] 17 October 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:35:18Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012-10-17Bitstream added on 2014-06-13T19:46:29Z : No. of bitstreams: 1 honorio_md_dr_arafcl.pdf: 686638 bytes, checksum: 05836da6470e7ac67441d1bbb3da3099 (MD5) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / A presente tese sobre a masculinidade nas canções do forró eletrônico na região Nordeste do Brasil é uma contribuição aos estudos sobre homens e masculinidades sob uma perspectiva das relações de gênero. A partir da análise de algumas canções de forró eletrônico, objetiva-se desenvolver uma reflexão sobre os modelos de masculino e feminino transmitidos nestas músicas e como as relações entre os gêneros estão colocadas, bem como suas temáticas centrais. Isto nos possibilita pensar se há um novo modo de expressão da masculinidade ou uma afirmação da masculinidade dominante, tradicional, heterossexual. Para a análise proposta, utilizaremos como referenciais teóricos as definições de Joan Scott sobre gênero, para a qual o gênero, baseado nas diferenças percebidas entre os sexos, é um dos elementos constitutivos das relações sociais e uma primeira forma de dar significado às relações de poder; além disso, utilizaremos os conceitos elaborados por Pierre Bourdieu para o qual a dominação masculina é aquela exercida pelo homem, invisível e não questionada, legitimada pela ordem social e pela violência simbólica contida nesta dominação, que é sofrida pelas mulheres sem que estas se deem conta. As canções evidenciam relações entre homens e mulheres permeadas pelo gênero e o poder, que moldam comportamentos e práticas sexuais, reproduzindo e incentivando relações hierárquicas e assimétricas. Dessa forma, apontam uma nova expressão da masculinidade tradicional, um “novo rapaz”, um homem que renova as atitudes masculinas tradicionais, mas que se recusa diante do poder patriarcal. Trata-se de um homem que não quer assumir... / This thesis on masculinity in electronic forró songs in northeastern Brazil is a contribution to studies on men and masculinities from a perspective of gender relations. From the analysis of some electronic forró songs, the objective is to develop a reflection on the models of male and female broadcasted in these songs and how gender relations are placed, as well as its central themes. All this enables us to wonder if there is a new mode of expression of masculinity or an affirmation of dominant masculinity, traditional, heterosexual. For the proposed analysis, we use as theoretical referential Joan Scott definitions on gender, for which the genre, based on perceived differences between the sexes, is one of the constitutive elements of social relations and a first way to give meaning to the power relations; in addition, we use the concepts elaborated by Pierre Bourdieu, to which male domination is exercised by man, invisible and unquestioned, legitimized by social and symbolic violence contained in this rule, which is suffered by women without noticing. It appears that the songs reveal relationships between men and women permeated by the gender and power that shape sexual behavior and practices, and encouraging reproducing hierarchical and asymmetrical relations. Thus, point to a new expression of traditional masculinity, a new man, a man who renews traditional male attitudes, but refuses the patriarchal power, in other words, this is a man who does not want to make commitments or take responsibility, who will not be living for the home or be a or provider and runs away from intimacy. This new guy likes to party, loud music, excessive... (Complete abstract click electronic access below)
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“Ela não precisava chamar a polícia...” : anestesias relacionais e duplo-vínculos na perspectiva de homens autores de violência conjugal / “She did not need to call the police...” : relational anesthesia’s and double-binds from the perspective of men authors of marital violence

Guimarães, Fabrício Lemos 18 December 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Psicologia Clínica e Cultura, 2015. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-06-21T17:12:53Z No. of bitstreams: 1 2015_FabrícioLemosGuimarães.pdf: 3461566 bytes, checksum: eceb59291f2971852992cb6ea77c8158 (MD5) / Approved for entry into archive by Marília Freitas(marilia@bce.unb.br) on 2016-07-26T10:56:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_FabrícioLemosGuimarães.pdf: 3461566 bytes, checksum: eceb59291f2971852992cb6ea77c8158 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-26T10:56:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_FabrícioLemosGuimarães.pdf: 3461566 bytes, checksum: eceb59291f2971852992cb6ea77c8158 (MD5) / Essa pesquisa qualitativa teve o objetivo de identificar como homens autores de violência conjugal encaminhados pela Justiça para intervenção psicossocial manifestaram indícios de anestesias relacionais e de dimensões duplo-vinculares que favorecem processos de naturalização das agressões nas dinâmicas conjugais marcadas pela violência. Os instrumentos utilizados foram o livro “Mas ele diz que me ama”; dois questionários; ficha de evolução e formulários de acolhimento do SERAV e do NAFAVD; e “Controle de empréstimo dos livros”. A pesquisa foi realizada em duas etapas. Os participantes da primeira etapa foram 13 homens que estavam em acompanhamento psicossocial no SERAV/TJDFT. Os participantes da segunda etapa foram 45 homens em acompanhamento no NAFAVD/SEM/GDF (37) e no SERAV/TJDFT (oito). A primeira etapa consistiu em estudo piloto para fornecer subsídios para elaboração do questionário para a segunda. Na primeira etapa, os participantes realizaram leitura do livro e responderam o questionário durante a semana para realização de reflexão grupal sobre as suas respostas no segundo encontro. O procedimento da segunda etapa foi adaptado para ser aplicado em um único encontro grupal – que consistiu em leitura conjunta de resumo do livro, seguida de preenchimento individual do questionário e de reflexão grupal. A natureza qualitativa da pesquisa nos levou a privilegiar a análise de conteúdo das respostas aos questionários preenchidos pelos participantes. As respostas dos participantes mostraram um continuum de naturalização da violência ao comparar as vivências pessoais com a história do livro. A maioria dos participantes da segunda etapa apresentou respostas que apontaram as próprias vivências como menos graves que a história do livro: 16 homens negaram totalmente as agressões ao não conseguirem perceber aspectos da violência em suas relações; 14 participantes perceberam alguma dimensão da violência, mas minimizaram o seu impacto; 14 homens se desresponsabilizam – perceberam a violência no relacionamento, mas a justificaram ou externalizaram sua responsabilidade. Foram estabelecidas quatro categorias de anestesias que os próprios homens autores de violência criaram e/ou consideraram como mais influentes em suas vivências: desresponsabilização do homem; minimização da violência; negação da violência; e início do processo de reconhecimento da violência. Na primeira etapa, 33 dentre as 35 anestesias listadas no livro foram marcadas pelo menos uma vez pelos participantes. Os homens conseguiram identificar 19 anestesias relacionais em suas próprias vivências sem os estímulos das anestesias do livro. Na segunda etapa, 30 dentre as 31 anestesias listadas no questionário criado a partir dos dados da primeira etapa foram marcadas pelo menos uma vez. Uma anestesia foi citada por mais da metade dos 45 participantes: “Ela não precisava chamar a polícia”. A análise dos títulos dados pelos homens à sua própria história revelou características duplo-vinculares dos relacionamentos. Quatro categorias de paradoxos entre o discurso de naturalização da violência e a presença de agressões na relação foram identificadas: desresponsabilização dos homens; minimização; negação; início do processo de reconhecimento da violência. Essas respostas revelaram que a história do livro “Mas ele diz que me ama” pode contribuir para a compreensão das vivências de homens autores de violência, facilitar a manifestação da naturalização da violência e apontar indícios de anestesias relacionais e características duplo-vinculares nas dinâmicas conjugais. Essa proposta metodológica favoreceu a escuta de homens de forma diferenciada e propiciou que eles mesmos conseguissem iniciar o processo de autorresponsabilização, de conscientização de anestesias e de paradoxos da dinâmica relacional marcada e estruturada pela violência. Esse é um passo estratégico para a superação da violência de gênero contra a mulher nas relações conjugais. / This qualitative research had the objective to identify how men referred to the judicial system to participate in a mandated psychosocial intervention due to their involvement in violent marital relationships manifested relational anesthesia’s and double-binds that favor processes of naturalization of the aggressions in marital dynamics structured by violence. The instruments were the book “But he says he loves me…”, two questionnaires, an intake and an evolution form of SERAV and NAFAVD, and a “Book lending Control Form”. The data collection was divided in two phases. The participants of the first phase were 13 men that were referred to SERAV/TJDFT. The participants of the second phase were 45 men referred to NAFAVD/SEM/GDF (37) and to SERAV/TJDFT (8). The first phase consisted of a pilot study to subsidize the elaboration of the questionnaire used in the second phase. In this first phase the participants read the book and were given a week to answer a questionnaire that was discussed at a group reflection meeting. This procedure was adapted to take one group meeting on the second phase. It consisted on a group reading of a summary of the book, followed by individual filling up of the questionnaire and a group reflection. Due to the qualitative nature of the research, content analysis was used to interpret the participant´s responses to the questionnaires. The answers revealed a continuum of naturalization of the violence when the participants compared their personal experiences with the experiences of the characters of the book. The majority of participants of the second gave answers that indicated that their experiences were less serious/graves than those of the characters in the story narrated in the book: 16 participants on both phases totally denied the aggressions and were not able to perceive any violence present in their relationships; 14 men were able to identify some violence but minimized its impact; 14 men denied having any responsibility for the violence – they perceived the presence of violence in the relationship, but justified or externalized the responsibility. Four categories of anesthesias were identified by the men as being most influential in their experiences: denial of having any responsibility for the violence; minimization of the violence; total denial of the presence of violence; initial recognition of the presence of violence. On the first phase, 33 among the 35 anesthesias listed in the book were marked at least one time by the participants. The men were able to identify 19 relational anesthesias in their own experiences apart from the stimulus offered by the book. On the second phase, 30 of the 31 anesthesias listed in the questionnaire created based on the data gathered on the first phase were checked at least one time. One anesthesia was cited by more than half of the 45 participants: “She did not need to call the police”. The analyses of the titles given by the men to their own story reveled the double bind characteristics of the relationships. Four categories of paradoxes were identified amidst the discourse of naturalization of the violence and of the presence of aggressions in the relationship: lack of responsibility for the violence on the part of the men; minimization; negation; indication of an initial process of recognition of the violence. The data revealed that the story of the book has the potential to help men in violent relationships to understand their own situation; to facilitate manifestations of the naturalization of violence; to point out the presence of relational anesthesias and double-binds in the marital dynamics. This methodological approach showed the following benefits: 1. it helped professionals in the judicial system to listen to men in a differentiated perspective; 2. it allowed the men to initiate the process of self-responsibilization for their acts; 3. they began to gain insight of the anesthesias and paradoxes present in the relational dynamic structured around violence. These results represent an strategic step towards the recognition and superation of gender violence against women in marital relationships.

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