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Estabelecimento e caracterização de modelo xenotransplantável de mastocitoma canino para estudo de antineoplásicos / Establishment and characterization of xenotransplantable model of canine mast cell tumor for study of antineoplastic agents

Márcia Kazumi Nagamine 18 March 2011 (has links)
O mastocitoma é um dos mais freqüentes neoplasmas que acometem a pele do cão, e novas modalidades terapêuticas vêm sendo buscadas visando seu controle. O presente trabalho descreve o estabelecimento e caracterização do modelo xenotransplantável de mastocitoma canino para testes de substâncias com potencial antineoplásico in vitro e in vivo. O animal doador da amostra tumoral apresentava um mastocitoma grau 3. O mastocitoma canino foi estabelecido com sucesso nos camundongos atímicos BALB/c nu/nu. O tumor apresenta as mesmas características histológicas do fragmento tumoral daquele do animal doador ao longo das passagens. Em média, 7 dias a 3 semanas são necessários para o aparecimento do nódulo palpável e cerca de 60 dias para o volume tumoral alcançar mais de 500 mm3. O cultivo celular das células de mastocitoma canino se mantém por aproximadamente 1 mês, às vezes mais, mas o tempo de cultivo é limitado. Há perda progressiva das características iniciais de cultivo como perda de granulação, aumento de adesão e diminuição de células em suspensão. A seguir, foram realizados testes in vitro e in vivo neste modelo com as substâncias de origem natural epigalocatequina-3-galato (EGCG, principal composto do chá-verde), tricostatina A (TSA, produto metabólico da bactéria Streptomyces sp) e resíduo butanólico da Pfaffia paniculata (RBPP) (Ginseng brasileiro). Nas doses utilizadas, a EGCG mostrou efeito estimulatório, não tendo sido testada in vivo. A TSA e o RBPP apresentaram efeitos inibitórios sobre as células de mastocitoma canino in vitro com diminuição da viabilidade celular detectada com o corante vital Azul de Tripan e diminuição do crescimento celular avaliada com o ensaio do MTT. A avaliação morfológica das células pela coloração Laranja de Acridina/Brometo de Etídio mostrou vários debris celulares e células apoptóticas no tratamento com TSA, e alterações morfológicas como vacuolização nas células tratadas com RBPP, incluindo células apoptóticas. A avaliação do ciclo celular avaliada por citometria de fluxo mostrou aumento das células em fase sub-G1 nas células tratadas com TSA, e diminuição nas fases G1 e G2, e aumento nas fases sub-G1 e S no tratamento com RBPP. As substâncias foram então testadas no modelo xenotransplantável de mastocitoma canino. Apesar do marcante efeito inibitório da TSA nos ensaios in vitro, o mesmo não aconteceu in vivo com as doses investigadas, não demonstrando diferença em relação ao controle. Já o RBPP mostrou efeito inibitório com a dosagem de 1,5 mg/animal com tratamento intratumoral no modelo in vivo. Estes dados mostram que o modelo estabelecido é estável e viável e a importância da complementação com os ensaios in vivo para a confirmação dos efeitos observados in vitro. / The mast cell tumor is one of the most common neoplasms that involve the skin of the dog, and new treatment modalities have been searched for its control. This paper describes the establishment and characterization of a xenotransplantable canine mast cell tumor model for testing substances with anticancer potential in vitro and in vivo. The tumor sample was original from a donor animal that showed a grade 3 mast cell tumor. The canine mast cell tumor was successfully established in athymic mice BALB/c nu/nu. The tumor has same histological characteristics retained during their passages in culture. On average, 7 days to 3 weeks are needed for the appearance of a palpable mass and about 60 days for tumor volume reaching more than 500 mm3. Cell cultivation of canine mast cell tumor is maintained for approximately one month, sometimes more, but the cultivation time is limited. There is progressive loss of the initial features of culture such as loss of granulation, increased adhesion and decreased cell suspensions. The following tests were performed in vitro and in vivo in this model, by using the naturally occurring substance epigallocatechin-3-gallate (EGCG, the major compound of green tea), trichostatin A (TSA, metabolic product of the fungus Streptomyces sp) and butanolic residue of the Pfaffia paniculata (RBPP) (Brazilian ginseng). At the used doses, EGCG showed stimulatory effect in vitro, but has not been tested in vivo. The TSA and RBPP showed inhibitory effects on the canine mastocytoma cells in vitro with a decrease in cell viability detected with the vital dye Trypan blue and a decrease in cell growth assessed by the MTT assay. The morphological evaluation of cells stained by Acridine Orange/Ethidium Bromide showed several cellular debris and apoptotic cells in the treatment with TSA, and morphological changes such as vacuolization in cells treated with RBPP, including apoptotic cells. The evaluation of the cell cycle measured by flow cytometry showed an increase of cells in sub-G1 phase in cells treated with TSA, and a decrease in both G1 and G2 phases and increased sub-G1 and S in the treatment RBPP. The substances were then tested in the xenotransplantable model of canine mast cell tumor. Despite the remarkable inhibitory effect of TSA in vitro, it did not happen in vivo with the doses studied, showing no difference compared to control. RBPP already had an inhibitory effect with the dosage of 1.5 mg/animal treatment with intratumoral in vivo model. These data show that the established model of murine xenotransplantable mastocytoma is stable and viable and has importance as a complement in vivo of the tests with antineoplastic drugs performed in vitro.
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Estabelecimento e caracterização de modelo xenotransplantável de mastocitoma canino para estudo de antineoplásicos / Establishment and characterization of xenotransplantable model of canine mast cell tumor for study of antineoplastic agents

Nagamine, Márcia Kazumi 18 March 2011 (has links)
O mastocitoma é um dos mais freqüentes neoplasmas que acometem a pele do cão, e novas modalidades terapêuticas vêm sendo buscadas visando seu controle. O presente trabalho descreve o estabelecimento e caracterização do modelo xenotransplantável de mastocitoma canino para testes de substâncias com potencial antineoplásico in vitro e in vivo. O animal doador da amostra tumoral apresentava um mastocitoma grau 3. O mastocitoma canino foi estabelecido com sucesso nos camundongos atímicos BALB/c nu/nu. O tumor apresenta as mesmas características histológicas do fragmento tumoral daquele do animal doador ao longo das passagens. Em média, 7 dias a 3 semanas são necessários para o aparecimento do nódulo palpável e cerca de 60 dias para o volume tumoral alcançar mais de 500 mm3. O cultivo celular das células de mastocitoma canino se mantém por aproximadamente 1 mês, às vezes mais, mas o tempo de cultivo é limitado. Há perda progressiva das características iniciais de cultivo como perda de granulação, aumento de adesão e diminuição de células em suspensão. A seguir, foram realizados testes in vitro e in vivo neste modelo com as substâncias de origem natural epigalocatequina-3-galato (EGCG, principal composto do chá-verde), tricostatina A (TSA, produto metabólico da bactéria Streptomyces sp) e resíduo butanólico da Pfaffia paniculata (RBPP) (Ginseng brasileiro). Nas doses utilizadas, a EGCG mostrou efeito estimulatório, não tendo sido testada in vivo. A TSA e o RBPP apresentaram efeitos inibitórios sobre as células de mastocitoma canino in vitro com diminuição da viabilidade celular detectada com o corante vital Azul de Tripan e diminuição do crescimento celular avaliada com o ensaio do MTT. A avaliação morfológica das células pela coloração Laranja de Acridina/Brometo de Etídio mostrou vários debris celulares e células apoptóticas no tratamento com TSA, e alterações morfológicas como vacuolização nas células tratadas com RBPP, incluindo células apoptóticas. A avaliação do ciclo celular avaliada por citometria de fluxo mostrou aumento das células em fase sub-G1 nas células tratadas com TSA, e diminuição nas fases G1 e G2, e aumento nas fases sub-G1 e S no tratamento com RBPP. As substâncias foram então testadas no modelo xenotransplantável de mastocitoma canino. Apesar do marcante efeito inibitório da TSA nos ensaios in vitro, o mesmo não aconteceu in vivo com as doses investigadas, não demonstrando diferença em relação ao controle. Já o RBPP mostrou efeito inibitório com a dosagem de 1,5 mg/animal com tratamento intratumoral no modelo in vivo. Estes dados mostram que o modelo estabelecido é estável e viável e a importância da complementação com os ensaios in vivo para a confirmação dos efeitos observados in vitro. / The mast cell tumor is one of the most common neoplasms that involve the skin of the dog, and new treatment modalities have been searched for its control. This paper describes the establishment and characterization of a xenotransplantable canine mast cell tumor model for testing substances with anticancer potential in vitro and in vivo. The tumor sample was original from a donor animal that showed a grade 3 mast cell tumor. The canine mast cell tumor was successfully established in athymic mice BALB/c nu/nu. The tumor has same histological characteristics retained during their passages in culture. On average, 7 days to 3 weeks are needed for the appearance of a palpable mass and about 60 days for tumor volume reaching more than 500 mm3. Cell cultivation of canine mast cell tumor is maintained for approximately one month, sometimes more, but the cultivation time is limited. There is progressive loss of the initial features of culture such as loss of granulation, increased adhesion and decreased cell suspensions. The following tests were performed in vitro and in vivo in this model, by using the naturally occurring substance epigallocatechin-3-gallate (EGCG, the major compound of green tea), trichostatin A (TSA, metabolic product of the fungus Streptomyces sp) and butanolic residue of the Pfaffia paniculata (RBPP) (Brazilian ginseng). At the used doses, EGCG showed stimulatory effect in vitro, but has not been tested in vivo. The TSA and RBPP showed inhibitory effects on the canine mastocytoma cells in vitro with a decrease in cell viability detected with the vital dye Trypan blue and a decrease in cell growth assessed by the MTT assay. The morphological evaluation of cells stained by Acridine Orange/Ethidium Bromide showed several cellular debris and apoptotic cells in the treatment with TSA, and morphological changes such as vacuolization in cells treated with RBPP, including apoptotic cells. The evaluation of the cell cycle measured by flow cytometry showed an increase of cells in sub-G1 phase in cells treated with TSA, and a decrease in both G1 and G2 phases and increased sub-G1 and S in the treatment RBPP. The substances were then tested in the xenotransplantable model of canine mast cell tumor. Despite the remarkable inhibitory effect of TSA in vitro, it did not happen in vivo with the doses studied, showing no difference compared to control. RBPP already had an inhibitory effect with the dosage of 1.5 mg/animal treatment with intratumoral in vivo model. These data show that the established model of murine xenotransplantable mastocytoma is stable and viable and has importance as a complement in vivo of the tests with antineoplastic drugs performed in vitro.
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Estudo retrospectivo, índice AgNOR e níveis séricos de vitamina D em cães com mastocitoma / Retrospective study, agnor index and serum levels of vitamin D in dogs with mast cell tumor

Mann, Thaís Rapachi 23 December 2016 (has links)
Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq / Mast cell tumors (MCT) are neoplastic tumors of mast cells of unknown etiopathogenesis, representing up to 21% of all canine cutaneous cancers. This tumor varies widely in biological presentations and behaviors, ranging from benign to extremely aggressive, leading to metastasis and death. The cytological identification of MCT is a highly recommended method for initial detection of the tumor, it is inexpensive, can be performed with conscious animal and allows to suspect a tumor of high degree according to the cellular features. In addition to the histological grading, which is the gold standard for establishing the prognosis of MCT, additional markers are recommended, among them the AgNOR count, an indicator of cell proliferation. Additionally, some studies focus on the relationship between MCT and vitamin D, since mast cell tumors express vitamin D receptors (VDR). Thus, the aim of this research is to characterize the occurrence of canine MCT diagnosed by cytological examination in the region of Santa Maria/RS, to describe a protocol for determining AgNOR index in cytological samples of MCT and to investigate the relationship between vitamin D levels and AgNOR index in dogs with this tumor, since the AgNOR index is already consolidated as a prognostic marker for mastocytoma and vitamin D has been reported as a target for MCT management. Regarding to the occurrence profile of this tumor, we found results similar to those described in the literature, with some peculiarities referring to breeds and clinicopathological findings, allowing to suspected of MCT and planning more appropriate therapeutic interventions for each case. Referring to the AgNOR index, a protocol adapted from techniques already described was applied to cytological samples. Also has been observed that vitamin D and AgNOR index in dogs with MCT are negatively and moderatelycorrelated (P=0,011), suggesting that vitamin D levels can be measured in dogs with this tumor. In addition, follow-up studies of dogs with MCT and monitoring their outcoming are necessary, so that the vitamin D can be proposed as a prognostic marker and therapeutic agent for this neoplasm. / Mastocitomas são proliferações neoplásicas de mastócitos, de etiopatogênese desconhecida, que representam até 21% de todos os tumores cutâneos caninos. Este tumor possui uma grande variedade de apresentações e comportamentos biológicos, os quais vão desde benignos a extremamente agressivos levando à metástase e morte. A identificação citológica do mastocitoma um método bastante recomendado para detecção inicial do tumor, é de baixo custo, pode ser realizada com o animal consciente e permite suspeitar de um tumor de alto grau conforme as características celulares. Além da graduação histológica, que é o padrão-ouro para estabelecer o prognóstico do mastocitoma, marcadores adicionais são recomendados, como a contagem de AgNOR, um indicador de proliferação celular. Adicionalmente, alguns estudos enfocam a relação entre mastocitoma e vitamina D, uma vez que mastocitomas expressam receptores de vitamina D (VDR). Assim, a finalidade desta pesquisa é caracterizar a ocorrência de mastocitoma canino diagnosticado por exame citológico na região de Santa Maria/RS, descrever um protocolo para determinação de índice AgNOR em amostras citológicas de mastocitoma e investigar a relação entre níveis de vitamina D e índice AgNOR em cães com este tumor, visto que o índice AgNOR já é consolidado como marcador prognóstico para o mastocitoma e a vitamina D vem sendo apontada como alvo de intestigação neste tumor. Em relação ao perfil de ocorrência do mastocitoma canino, neste trabalho encontraram-se resultados semelhantes aos descritos na literatura, com algumas particularidades referentes a raças e achados clínico-patológicos, permitindo o direcionamento para suspeita de mastocitoma e planejamento de intervenções terapêuticas mais adequadas para cada caso. Referente ao índice AgNOR, foi especificado um protocolo adaptado, a partir de técnicas já descritas, aplicável a amostras citológicas. Também pode-se observar que a vitamina D e o índice AgNOR em cães com mastocitoma estão correlacionados de forma negativa e moderada (P=0,011), sugerindo-se que os níveis de vitamina D sejam avaliados nos cães com este tumor. Em adição, estudos de acompanhamento de cães com mastocitoma e monitoramento de seu tempo de sobrevida são necessários para que a dosagem de vitamina D possa ser proposta como marcador prognóstico e agente terapêutico para esta neoplasia
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Estudo crítico de mastocitomas caninos e avaliação termográfica de técnicas de anaplastia / Critical study of canine mast cell tumors and thermographic evaluation of reconstructive surgery

Melo, Samanta Rios 26 July 2017 (has links)
Em grande parte das vezes, a excisão cirúrgica apropriada de mastocitomas em cães requer a realização de técnicas de reconstrução para o fechamento da ferida resultante, e o seu conhecimento se torna essencial para todo o cirurgião. Alcançar margens livres tem uma influência significativa sobre o tempo de sobrevida, e deve ser o objetivo para a maioria dos pacientes. A avaliação da evolução de retalhos cutâneos e a mensuração da aderência e neovascularização do tecido no local intencionado é extremamente importante para diagnóstico precoce de falhas na implantação do tecido. Não há evidências em literatura de trabalhos relacionados a avaliação da perfusão tecidual de retalhos cutâneos em animais de companhia, com o uso de técnicas de termografia. Neste trabalho, foram obtidas imagens, do tipo padrão e do tipo termográficas, de 63 mastocitomas, provenientes de 60 cães. A classificação histológica determinada neste estudo foi significativa na influência à sobrevida (p<0,001). A pontuação prognóstica (0-13) aqui proposta, adaptada de Melo e colaboradores (2015) teve forte associação com sobrevida (p<0,001). A presença de metástase foi observada em 17% dos casos, e de recidiva em 14%. Em ambas as ocorrências 90% dos animais acometidos vieram a óbito. Por meio de analises estatísticas comprovamos a associação entre esses dois fatores (metástase e recidiva) com o tempo de sobrevida (em ambas p<0,001). Dentro do nosso estudo foi observado que, em tumores com a presença de AIM (agrupamentos independentes de mastócitos) há um risco de mortalidade 8,57 vezes maior do que animais com margens livres ou mesmo comprometidas. Esse risco é inclusive maior do que o risco de óbito em animais com recidiva (HR 5,13). VEGF-A se mostrou de significância estatística perante sobrevida; confirmando estudo anteriores e sugerido mais uma vez a inclusão desse marcador no perfil prognóstico do mastocitomas. Todas as formações apresentadas neste estudo tiveram análise termográfica concluída e documentada. Nota-se que mesmo quando considerado ponto central ou quando considerada toda área tumoral, 65 e 67% respectivamente, dos mastocitomas eram mais quentes que a pele sadia circundante. A causa destas mudanças de temperatura não é totalmente compreendida, mas sugere-se que esteja associada a neoangiogênese e inflamação local (XIE et al., 2004). Por meio das análises estatísticas é possível afirmar que as regiões tumoral e não tumoral são significativamente diferentes, tanto na avaliação de ponto central (SpT e SPNT) como na avaliação da área (AT e ANT) do tumor e pele circundante sadia (p < 0,001). Ainda por meio de termografia, pudemos estabelecer que retalhos cutâneos pediculados apresentaram chance de deiscência 5,57 vezes maior do que o uso de outras técnicas de anaplastia e deslizamento de tecidos. Por fim, conseguimos estabelecer uma curva térmica de evolução das feridas da nossa população do estudo, bem como diferenciar o comportamento térmico quando há ou não deiscência. Isso pode ser útil a estudos futuros ou mesmo à prática clínico-cirúrgica, de modo a comparar a evolução de pacientes com as curvas previamente aqui estabelecidas, sendo factível assim prever a cicatrização da ferida. Acreditamos, por meio deste estudo, que a análise termográfica da evolução de retalhos cutâneos pode ser usada como correspondente a perfusão tecidual, conforme indicado em literatura e ser usada como ferramenta de reconhecimento precoces de deiscência da ferida cirúrgica, conforme proposto por diversos autores (SALMI et al., 1995; EICHHORN et al., 2009; WEERD et al., 2009; WEERD et al., 2011). / In most cases, proper surgical excision of mast cell tumors in dogs requires reconstructive techniques for the closure of the resulting wound, and it knowledge becomes essential for the surgeon. Achieving free margins has a significant influence on survival time, and should be the goal for most patients. The evaluation of the evolution of cutaneous flaps and the measurement of tissue adherence and vascularization at the intended site is extremely important for early diagnosis of defects in tissue implantation. There is no evidence in literature of studies related to evaluate tissue perfusion of skin flaps in companion animals, using thermography techniques. In this study, standard images and thermographic ones were obtained from 63 mast cell tumors from 60 dogs. The histological classification of the tumors in this study was significant in survival time (p <0.001). The prognostic score (0-13) proposed here, adapted from Melo et al. (2015), had also strong association with survival time (p <0.001). The presence of metastasis was observed in 17% of cases, and relapse in 14%. In both cases, 90% of the affected animals died. By means of statistical analyzes, we verified the association between these two factors (metastasis and relapse) in survival time (for both p <0.001). Within our study it was observed that in tumors with the presence of AIM (independent mast cell groups) there is a mortality risk 8.57 times higher than animals with free or even compromised margins. This risk is even greater than the risk of death in animals with relapse (HR 5,13). Also, VEGF-A was shown to be statistically significant at survival time; confirming previous studys and leading us to suggets once again the inclusion of this marker in the prognostic profile of mast cell tumors. All the tumors presented in this study had a thermographic analysis completed and documented. It is noted that even when considered central point or tumor area, 65 and 67% respectively, of the mast cell tumors were warmer than the surrounding healthy tissue. The cause of these temperature changes is not fully understood, but it is suggested to be associated with neoangiogenesis and local inflammation (XIE et al., 2004). By means of the statistical analyzes it is possible to affirm that the tumoral and non-tumoral regions are significantly different, as well as in the evaluation of the central point (SpT and SPNT) and in the evaluation of the tumoral area (TA and ANT) im comparison with healthy surrounding skin (p <0.001 ). Also through thermography, we could establish that skin flaps had a chance of dehiscence 5.57 times greater than the use of other techniques of reconstructive surgery. Finally, we were able to establish a thermal curve of evolution of the wounds of our study population, as well as to differentiate the thermal behavior when there is or not dehiscence. This may be useful for future studies or even clinical-surgical practice, in order to compare the evolution of patients with the curves previously established here, and it is feasible to predict wound healing. We believe, by means of this study, that the thermographic analysis of the evolution of cutaneous flaps can be used as corresponding to tissue perfusion, as indicated in the literature and be used as an early recognition tool for surgical wound dehiscence, as proposed by several authors (SALMI et al., 1995; EICHHORN et al., 2009; WEERD et al., 2009; WEERD et al., 2011).
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Fatores prognósticos em mastocitoma canino: Correlação entre parâmetros clínicos, histológicos, marcadores de proliferação e análise termográfica / Prognostic factors in canine mast cell tumors: correlation between clinical and histological parameters, proliferation markers and thermographic analysis

Melo, Samanta Rios 21 June 2013 (has links)
Os objetivos deste trabalho foram: Analisar prospectivamente a eficácia da correlação entre parâmetros clínicos, histológicos, e marcadores de proliferação celular buscando melhores indicadores de prognóstico em casos de mastocitoma canino; Testar o uso de nova ferramenta diagnóstica e prognóstica para mastocitomas caninos: a termografia. Para isso, um total de 20 cães com diagnóstico citológico e histopatológico de mastocitoma tiveram suas formações excisadas e foram utilizados para estudo clínico e imunohistoquímico e dentre estes, 15 também para estudo termográfico. As avaliações imunohistoquímicas incluíram quantificação de AgNORs, PCNA, VEGF, localização de KIT. Os estudos termográficos incluíram análise e correlação das temperaturas no ponto central da formação (SpT), e na área da formação (AT) e em ponto de pele sadia (SpNT) e área equivalente, em pele sadia (ANT). Estatisticamente pode-se demonstrar uma correlação positiva significativa entre a classificação proposta determinada pela presença dos fatores prognósticos e o estadiamento proposto pela WHO. Não foi observada correlação estatística entre tempo livre de doença (óbito, novas formações, recidiva ou metástase) e o estadiamento ou fatores prognósticos. 95% (19/20) dos cães teve suas formações classificadas como Grau II e 5% (1/20) Grau I, segundo a classificação histológica de Patnaik (1984). Todos os cães tiveram suas formações classificadas como Baixo Grau, de acordo com a classificação proposta por Kiupell (2011). 5,6% (1/18) dos animais foi considerada padrão KIT - I, 44,4% (8/18) padrão KIT - II e 50% (9/18) padrão KIT - III. Não foi observada correlação estatística entre o padrão KIT e tempo livre de doença ou graduação histológica. Apesar de não significativo estatisticamente, foi notado menor tempo de sobrevida livre de doença nos animais com PCNA e AgNOR acima das medianas (p =0,089 e p = 0,080, respectivamente).O VEGF foi o único marcador a demonstrar relação significativa com o tempo livre de doença (p = 0,004). As análises termográficas indicaram média de temperatura do SpT de 33,18ºC, média de temperatura do SpNT de 33,39ºC, temperatura média de AT de 33,27ºC e temperatura média de ANT de 33,95ºC. A diferença entre os pontos mensurados foi em média -0,21ºC (variando entre -5,60ºC e +4,4ºC). A diferença entre os pontos mensurados foi em média -0,21ºC (variando entre -5,60ºC e +4,4ºC). Esta diferença foi negativa em 7/15 casos (47%) formações mais frias que a pele distante; e positiva em 8/15 casos (53%) formações mais quentes que a pele distante. Não foi possível correlacionar estatisticamente essas alterações de temperatura com a presença dos marcadores estudados, mas as análises estatísticas demonstram que a termografia na região tumoral é estatisticamente diferente da região não tumoral. / The objectives of this study were: To prospectively analyze the effectiveness of the correlation between clinical, histologic, and cell proliferation markers, seeking better indicators of prognosis in cases of canine mast cell tumor; and testing the use of new diagnostic and prognostic tool for canine mast cell tumor: thermography (infrared images); A total of 20 dogs with histopathological and cytological diagnosis of mast cell tumor were excised and their formations were used for immunohistochemical and clinical study, and 15 of those were also used for thermographic study. The evaluations included immunohistochemical quantification of AgNOR, PCNA, VEGF, KIT location. The studies included thermographic images analysis and correlation of the temperatures at the midpoint of tumor (SPT), and tumor area (AT) and point of healthy skin (SpNT) and equivalent area in healthy skin (ANT). We were able to demonstrate a statistically significant positive correlation between the proposed classification determined by the presence of prognostic factors and staging proposed by the WHO. No correlation was found between disease-free interval (death, new formations, recurrence or metastasis) staging, and prognostic factors. 95% (19/20) of the dogs had their tumors classified as Grade II and 5% (1/20) as Grade I, according to the histological classification of Patnaik (1984). All dogs had their tumors classified as low-grade, according to the classification proposed by Kiupell (2011). 5.6% (10/18) of the animals was graduated as KIT - I, 44.4% (8/18) as KIT - II and 50% (9/18) as KIT - III. No correlation was found between the KIT pattern and disease-free interval or histological grade. Although not statistically significant, we observed a shorter disease-free survival in animals with PCNA and AgNOR above the median (p = 0.089 and p = 0.080, respectively). VEGF was the only marker to show a significant relationship with disease-free interval (p = 0.004). The thermographic images analysis indicated average temperature on SpN of 33.18 º C, SpNT average temperature of 33.39 ° C, AT average temperature of 33.27 º C and ANT average temperature of 33.95 ° C. The difference between the measured points averaged -0.21 ° C (ranging between -5.60 ° C and +4.4 ° C). The difference between the measured points averaged -0.21 ° C (ranging between -5.60 ° C and + 4.4 ° C). This difference was negative in 7/15 cases (47%) - formations cooler than the healthy skin, and positive in 8/15 cases (53%) - formations warmer than the healthy skin. We could not statistically correlate these changes in temperature in the presence of the markers studied, but the statistical analyzes demonstrated that in the region thermography tumor is statistically different from non-tumor region.
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Valor prognóstico de marcadores imunohistoquímicos em mastocitomas cutâneos caninos / Prognostic value of immunohistochemical markers in canine cutaneous mast cell tumors

Jennifer Ostrand Freytag 22 February 2017 (has links)
O mastocitoma (MCT) é um dos tumores mais frequentes em cães, compreendendo de 16 a 21% de todas as neoplasias cutâneas nesta espécie. A graduação histológica é considerada o padrão ouro na avaliação prognóstica dos MCTs, porém seu comportamento biológico variado ressalta a necessidade de métodos complementares para uma avaliação precisa. Atualmente, identifica-se na literatura indexada uma série de estudos propondo novos marcadores moleculares como fatores prognósticos em MCTs caninos, porém poucos estão consolidados na rotina clínica e/ou diagnóstica. Assim, este trabalho teve como objetivo principal investigar o valor prognóstico de marcadores imunohistoquímicos publicados em artigos científicos através de uma revisão sistemática e meta-análise, assim como avaliar o valor prognóstico do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) em MCTs caninos. O processo de revisão sistemática se iniciou com 124 estudos identificados em 5 bases de dados e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 7 artigos foram selecionados para a meta-análise. Os resultados demonstraram que o marcador de proliferação celular Ki67 pode ser considerado um bom fator prognóstico nos MCTs caninos. Porém, a baixa qualidade dos artigos e a insuficiência de dados publicados impossibilitaram a avaliação de outros marcadores, incluindo o receptor de tirosina quinase KIT. No estudo retrospectivo, a imunoexpressão dos marcadores KIT, Ki67 e VEGF foi avaliada em MCTs cutâneos de 43 cães. O marcador Ki67 apresentou correlação significativa com a taxa de mortalidade e sobrevida e o marcador KIT apresentou diferença significativa de sobrevida entre o padrão membranoso e citoplasmático difuso, porém não foram observadas diferenças no VEGF. Em conclusão, estes estudos validaram os marcadores de proliferação celular Ki67 e o receptor de tirosina quinase KIT como principais fatores prognósticos em MCTs caninos, enquanto o VEGF não foi indicado. Por fim, a revisão sistemática permitiu uma análise crítica da qualidade dos trabalhos publicados na área, ressaltando a importância da padronização de metodologias analíticas e da documentação completa de dados clínicos, patológicos e estatísticos empregados em estudos controlados na oncologia veterinária. / Mast cell tumor (MCT) is one of the most frequent tumors in dogs, accounting for 16 to 21% of all cutaneous tumors in this species. Histological grading is considered the standard evaluation method to access the prognostic of MCTs. However, its varied biological behavior highlights the need of complementary methods for an accurate evaluation. Currently, a number of studies proposing new molecular markers as prognostic factors in canine MCTs is identified in the indexed literature, but few are consolidated in the clinical and/or diagnostic routine. The aim of this study was to investigate the prognostic value of immunohistochemical markers published in scientific articles through a systematic review and meta-analysis, as well as to evaluate the prognostic value of vascular endothelial growth factor (VEGF) in canine MCTs. The systematic review process has started with 124 studies identified in 5 databases and, after applying the inclusion and exclusion criteria, 7 articles were selected for the meta-analysis. The results demonstrated that the cell proliferation marker Ki67 can be considered a good prognostic factor in canine MCTs. However, poor quality of the articles and insufficient published data made it impossible to evaluate other markers, including the tyrosine kinase receptor KIT. In the retrospective study, immunoexpression of KIT, Ki67 and VEGF markers was evaluated in cutaneous MCTs from 43 dogs. The Ki67 marker showed a significant correlation with the mortality and survival rates, and the KIT marker showed a significant difference in survival between the membranous and diffuse cytoplasmic patterns groups, but no differences were observed in VEGF. In conclusion, these studies validated the cell proliferation marker Ki67 and the KIT tyrosine kinase receptor as major prognostic factors in canine MCTs, whereas VEGF was not indicated. Finally, the systematic review allowed a critical analysis of the quality of the published studies in this area, emphasizing the importance of the standardization of analytical methodologies and the complete documentation of clinical, pathological and statistical data used in controlled studies in veterinary oncology.
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Valor prognóstico de marcadores imunohistoquímicos em mastocitomas cutâneos caninos / Prognostic value of immunohistochemical markers in canine cutaneous mast cell tumors

Freytag, Jennifer Ostrand 22 February 2017 (has links)
O mastocitoma (MCT) é um dos tumores mais frequentes em cães, compreendendo de 16 a 21% de todas as neoplasias cutâneas nesta espécie. A graduação histológica é considerada o padrão ouro na avaliação prognóstica dos MCTs, porém seu comportamento biológico variado ressalta a necessidade de métodos complementares para uma avaliação precisa. Atualmente, identifica-se na literatura indexada uma série de estudos propondo novos marcadores moleculares como fatores prognósticos em MCTs caninos, porém poucos estão consolidados na rotina clínica e/ou diagnóstica. Assim, este trabalho teve como objetivo principal investigar o valor prognóstico de marcadores imunohistoquímicos publicados em artigos científicos através de uma revisão sistemática e meta-análise, assim como avaliar o valor prognóstico do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) em MCTs caninos. O processo de revisão sistemática se iniciou com 124 estudos identificados em 5 bases de dados e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 7 artigos foram selecionados para a meta-análise. Os resultados demonstraram que o marcador de proliferação celular Ki67 pode ser considerado um bom fator prognóstico nos MCTs caninos. Porém, a baixa qualidade dos artigos e a insuficiência de dados publicados impossibilitaram a avaliação de outros marcadores, incluindo o receptor de tirosina quinase KIT. No estudo retrospectivo, a imunoexpressão dos marcadores KIT, Ki67 e VEGF foi avaliada em MCTs cutâneos de 43 cães. O marcador Ki67 apresentou correlação significativa com a taxa de mortalidade e sobrevida e o marcador KIT apresentou diferença significativa de sobrevida entre o padrão membranoso e citoplasmático difuso, porém não foram observadas diferenças no VEGF. Em conclusão, estes estudos validaram os marcadores de proliferação celular Ki67 e o receptor de tirosina quinase KIT como principais fatores prognósticos em MCTs caninos, enquanto o VEGF não foi indicado. Por fim, a revisão sistemática permitiu uma análise crítica da qualidade dos trabalhos publicados na área, ressaltando a importância da padronização de metodologias analíticas e da documentação completa de dados clínicos, patológicos e estatísticos empregados em estudos controlados na oncologia veterinária. / Mast cell tumor (MCT) is one of the most frequent tumors in dogs, accounting for 16 to 21% of all cutaneous tumors in this species. Histological grading is considered the standard evaluation method to access the prognostic of MCTs. However, its varied biological behavior highlights the need of complementary methods for an accurate evaluation. Currently, a number of studies proposing new molecular markers as prognostic factors in canine MCTs is identified in the indexed literature, but few are consolidated in the clinical and/or diagnostic routine. The aim of this study was to investigate the prognostic value of immunohistochemical markers published in scientific articles through a systematic review and meta-analysis, as well as to evaluate the prognostic value of vascular endothelial growth factor (VEGF) in canine MCTs. The systematic review process has started with 124 studies identified in 5 databases and, after applying the inclusion and exclusion criteria, 7 articles were selected for the meta-analysis. The results demonstrated that the cell proliferation marker Ki67 can be considered a good prognostic factor in canine MCTs. However, poor quality of the articles and insufficient published data made it impossible to evaluate other markers, including the tyrosine kinase receptor KIT. In the retrospective study, immunoexpression of KIT, Ki67 and VEGF markers was evaluated in cutaneous MCTs from 43 dogs. The Ki67 marker showed a significant correlation with the mortality and survival rates, and the KIT marker showed a significant difference in survival between the membranous and diffuse cytoplasmic patterns groups, but no differences were observed in VEGF. In conclusion, these studies validated the cell proliferation marker Ki67 and the KIT tyrosine kinase receptor as major prognostic factors in canine MCTs, whereas VEGF was not indicated. Finally, the systematic review allowed a critical analysis of the quality of the published studies in this area, emphasizing the importance of the standardization of analytical methodologies and the complete documentation of clinical, pathological and statistical data used in controlled studies in veterinary oncology.
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Fatores prognósticos em mastocitoma canino: Correlação entre parâmetros clínicos, histológicos, marcadores de proliferação e análise termográfica / Prognostic factors in canine mast cell tumors: correlation between clinical and histological parameters, proliferation markers and thermographic analysis

Samanta Rios Melo 21 June 2013 (has links)
Os objetivos deste trabalho foram: Analisar prospectivamente a eficácia da correlação entre parâmetros clínicos, histológicos, e marcadores de proliferação celular buscando melhores indicadores de prognóstico em casos de mastocitoma canino; Testar o uso de nova ferramenta diagnóstica e prognóstica para mastocitomas caninos: a termografia. Para isso, um total de 20 cães com diagnóstico citológico e histopatológico de mastocitoma tiveram suas formações excisadas e foram utilizados para estudo clínico e imunohistoquímico e dentre estes, 15 também para estudo termográfico. As avaliações imunohistoquímicas incluíram quantificação de AgNORs, PCNA, VEGF, localização de KIT. Os estudos termográficos incluíram análise e correlação das temperaturas no ponto central da formação (SpT), e na área da formação (AT) e em ponto de pele sadia (SpNT) e área equivalente, em pele sadia (ANT). Estatisticamente pode-se demonstrar uma correlação positiva significativa entre a classificação proposta determinada pela presença dos fatores prognósticos e o estadiamento proposto pela WHO. Não foi observada correlação estatística entre tempo livre de doença (óbito, novas formações, recidiva ou metástase) e o estadiamento ou fatores prognósticos. 95% (19/20) dos cães teve suas formações classificadas como Grau II e 5% (1/20) Grau I, segundo a classificação histológica de Patnaik (1984). Todos os cães tiveram suas formações classificadas como Baixo Grau, de acordo com a classificação proposta por Kiupell (2011). 5,6% (1/18) dos animais foi considerada padrão KIT - I, 44,4% (8/18) padrão KIT - II e 50% (9/18) padrão KIT - III. Não foi observada correlação estatística entre o padrão KIT e tempo livre de doença ou graduação histológica. Apesar de não significativo estatisticamente, foi notado menor tempo de sobrevida livre de doença nos animais com PCNA e AgNOR acima das medianas (p =0,089 e p = 0,080, respectivamente).O VEGF foi o único marcador a demonstrar relação significativa com o tempo livre de doença (p = 0,004). As análises termográficas indicaram média de temperatura do SpT de 33,18ºC, média de temperatura do SpNT de 33,39ºC, temperatura média de AT de 33,27ºC e temperatura média de ANT de 33,95ºC. A diferença entre os pontos mensurados foi em média -0,21ºC (variando entre -5,60ºC e +4,4ºC). A diferença entre os pontos mensurados foi em média -0,21ºC (variando entre -5,60ºC e +4,4ºC). Esta diferença foi negativa em 7/15 casos (47%) formações mais frias que a pele distante; e positiva em 8/15 casos (53%) formações mais quentes que a pele distante. Não foi possível correlacionar estatisticamente essas alterações de temperatura com a presença dos marcadores estudados, mas as análises estatísticas demonstram que a termografia na região tumoral é estatisticamente diferente da região não tumoral. / The objectives of this study were: To prospectively analyze the effectiveness of the correlation between clinical, histologic, and cell proliferation markers, seeking better indicators of prognosis in cases of canine mast cell tumor; and testing the use of new diagnostic and prognostic tool for canine mast cell tumor: thermography (infrared images); A total of 20 dogs with histopathological and cytological diagnosis of mast cell tumor were excised and their formations were used for immunohistochemical and clinical study, and 15 of those were also used for thermographic study. The evaluations included immunohistochemical quantification of AgNOR, PCNA, VEGF, KIT location. The studies included thermographic images analysis and correlation of the temperatures at the midpoint of tumor (SPT), and tumor area (AT) and point of healthy skin (SpNT) and equivalent area in healthy skin (ANT). We were able to demonstrate a statistically significant positive correlation between the proposed classification determined by the presence of prognostic factors and staging proposed by the WHO. No correlation was found between disease-free interval (death, new formations, recurrence or metastasis) staging, and prognostic factors. 95% (19/20) of the dogs had their tumors classified as Grade II and 5% (1/20) as Grade I, according to the histological classification of Patnaik (1984). All dogs had their tumors classified as low-grade, according to the classification proposed by Kiupell (2011). 5.6% (10/18) of the animals was graduated as KIT - I, 44.4% (8/18) as KIT - II and 50% (9/18) as KIT - III. No correlation was found between the KIT pattern and disease-free interval or histological grade. Although not statistically significant, we observed a shorter disease-free survival in animals with PCNA and AgNOR above the median (p = 0.089 and p = 0.080, respectively). VEGF was the only marker to show a significant relationship with disease-free interval (p = 0.004). The thermographic images analysis indicated average temperature on SpN of 33.18 º C, SpNT average temperature of 33.39 ° C, AT average temperature of 33.27 º C and ANT average temperature of 33.95 ° C. The difference between the measured points averaged -0.21 ° C (ranging between -5.60 ° C and +4.4 ° C). The difference between the measured points averaged -0.21 ° C (ranging between -5.60 ° C and + 4.4 ° C). This difference was negative in 7/15 cases (47%) - formations cooler than the healthy skin, and positive in 8/15 cases (53%) - formations warmer than the healthy skin. We could not statistically correlate these changes in temperature in the presence of the markers studied, but the statistical analyzes demonstrated that in the region thermography tumor is statistically different from non-tumor region.
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Estudo crítico de mastocitomas caninos e avaliação termográfica de técnicas de anaplastia / Critical study of canine mast cell tumors and thermographic evaluation of reconstructive surgery

Samanta Rios Melo 26 July 2017 (has links)
Em grande parte das vezes, a excisão cirúrgica apropriada de mastocitomas em cães requer a realização de técnicas de reconstrução para o fechamento da ferida resultante, e o seu conhecimento se torna essencial para todo o cirurgião. Alcançar margens livres tem uma influência significativa sobre o tempo de sobrevida, e deve ser o objetivo para a maioria dos pacientes. A avaliação da evolução de retalhos cutâneos e a mensuração da aderência e neovascularização do tecido no local intencionado é extremamente importante para diagnóstico precoce de falhas na implantação do tecido. Não há evidências em literatura de trabalhos relacionados a avaliação da perfusão tecidual de retalhos cutâneos em animais de companhia, com o uso de técnicas de termografia. Neste trabalho, foram obtidas imagens, do tipo padrão e do tipo termográficas, de 63 mastocitomas, provenientes de 60 cães. A classificação histológica determinada neste estudo foi significativa na influência à sobrevida (p<0,001). A pontuação prognóstica (0-13) aqui proposta, adaptada de Melo e colaboradores (2015) teve forte associação com sobrevida (p<0,001). A presença de metástase foi observada em 17% dos casos, e de recidiva em 14%. Em ambas as ocorrências 90% dos animais acometidos vieram a óbito. Por meio de analises estatísticas comprovamos a associação entre esses dois fatores (metástase e recidiva) com o tempo de sobrevida (em ambas p<0,001). Dentro do nosso estudo foi observado que, em tumores com a presença de AIM (agrupamentos independentes de mastócitos) há um risco de mortalidade 8,57 vezes maior do que animais com margens livres ou mesmo comprometidas. Esse risco é inclusive maior do que o risco de óbito em animais com recidiva (HR 5,13). VEGF-A se mostrou de significância estatística perante sobrevida; confirmando estudo anteriores e sugerido mais uma vez a inclusão desse marcador no perfil prognóstico do mastocitomas. Todas as formações apresentadas neste estudo tiveram análise termográfica concluída e documentada. Nota-se que mesmo quando considerado ponto central ou quando considerada toda área tumoral, 65 e 67% respectivamente, dos mastocitomas eram mais quentes que a pele sadia circundante. A causa destas mudanças de temperatura não é totalmente compreendida, mas sugere-se que esteja associada a neoangiogênese e inflamação local (XIE et al., 2004). Por meio das análises estatísticas é possível afirmar que as regiões tumoral e não tumoral são significativamente diferentes, tanto na avaliação de ponto central (SpT e SPNT) como na avaliação da área (AT e ANT) do tumor e pele circundante sadia (p < 0,001). Ainda por meio de termografia, pudemos estabelecer que retalhos cutâneos pediculados apresentaram chance de deiscência 5,57 vezes maior do que o uso de outras técnicas de anaplastia e deslizamento de tecidos. Por fim, conseguimos estabelecer uma curva térmica de evolução das feridas da nossa população do estudo, bem como diferenciar o comportamento térmico quando há ou não deiscência. Isso pode ser útil a estudos futuros ou mesmo à prática clínico-cirúrgica, de modo a comparar a evolução de pacientes com as curvas previamente aqui estabelecidas, sendo factível assim prever a cicatrização da ferida. Acreditamos, por meio deste estudo, que a análise termográfica da evolução de retalhos cutâneos pode ser usada como correspondente a perfusão tecidual, conforme indicado em literatura e ser usada como ferramenta de reconhecimento precoces de deiscência da ferida cirúrgica, conforme proposto por diversos autores (SALMI et al., 1995; EICHHORN et al., 2009; WEERD et al., 2009; WEERD et al., 2011). / In most cases, proper surgical excision of mast cell tumors in dogs requires reconstructive techniques for the closure of the resulting wound, and it knowledge becomes essential for the surgeon. Achieving free margins has a significant influence on survival time, and should be the goal for most patients. The evaluation of the evolution of cutaneous flaps and the measurement of tissue adherence and vascularization at the intended site is extremely important for early diagnosis of defects in tissue implantation. There is no evidence in literature of studies related to evaluate tissue perfusion of skin flaps in companion animals, using thermography techniques. In this study, standard images and thermographic ones were obtained from 63 mast cell tumors from 60 dogs. The histological classification of the tumors in this study was significant in survival time (p <0.001). The prognostic score (0-13) proposed here, adapted from Melo et al. (2015), had also strong association with survival time (p <0.001). The presence of metastasis was observed in 17% of cases, and relapse in 14%. In both cases, 90% of the affected animals died. By means of statistical analyzes, we verified the association between these two factors (metastasis and relapse) in survival time (for both p <0.001). Within our study it was observed that in tumors with the presence of AIM (independent mast cell groups) there is a mortality risk 8.57 times higher than animals with free or even compromised margins. This risk is even greater than the risk of death in animals with relapse (HR 5,13). Also, VEGF-A was shown to be statistically significant at survival time; confirming previous studys and leading us to suggets once again the inclusion of this marker in the prognostic profile of mast cell tumors. All the tumors presented in this study had a thermographic analysis completed and documented. It is noted that even when considered central point or tumor area, 65 and 67% respectively, of the mast cell tumors were warmer than the surrounding healthy tissue. The cause of these temperature changes is not fully understood, but it is suggested to be associated with neoangiogenesis and local inflammation (XIE et al., 2004). By means of the statistical analyzes it is possible to affirm that the tumoral and non-tumoral regions are significantly different, as well as in the evaluation of the central point (SpT and SPNT) and in the evaluation of the tumoral area (TA and ANT) im comparison with healthy surrounding skin (p <0.001 ). Also through thermography, we could establish that skin flaps had a chance of dehiscence 5.57 times greater than the use of other techniques of reconstructive surgery. Finally, we were able to establish a thermal curve of evolution of the wounds of our study population, as well as to differentiate the thermal behavior when there is or not dehiscence. This may be useful for future studies or even clinical-surgical practice, in order to compare the evolution of patients with the curves previously established here, and it is feasible to predict wound healing. We believe, by means of this study, that the thermographic analysis of the evolution of cutaneous flaps can be used as corresponding to tissue perfusion, as indicated in the literature and be used as an early recognition tool for surgical wound dehiscence, as proposed by several authors (SALMI et al., 1995; EICHHORN et al., 2009; WEERD et al., 2009; WEERD et al., 2011).

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