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Os sentidos do não aprender na perspectiva de alunos do ensino fundamental I, professores e familiares / The senses of not learning from the perspective of elementary students I, teachers and family membersMarques, Jaqueline Belga [UNESP] 27 February 2018 (has links)
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Previous issue date: 2018-02-27 / A heterogeneidade humana tem sido corrompida por um amplo processo de ajustamento e padronização que, no campo da educação, dá visibilidade a uma rede de explicações medicalizadoras que buscam justificar o não aprender. Em alunos na fase inicial do processo de apropriação da linguagem escrita, o não aprender apresenta-se, cada vez mais, associado a diagnósticos de doenças e, como consequência, o processo de medicalização aumenta demasiadamente na escola. Com base em tais ideias, o presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de compreender os sentidos atribuídos ao não aprender por alunos dos anos iniciais do ensino fundamental I, identificados por seus professores como aqueles que apresentam doenças do não aprender, seus familiares e professores. De natureza descritivo-interpretativa, a presente pesquisa, subsidiada pela abordagem qualitativa, foi realizada com nove protagonistas (três alunos, três familiares e três professores). A pesquisa foi realizada com uma aluna do 1º ano, com idade de 6 anos; uma aluna de 2° ano, com 8 anos de idade e um aluno do 3º ano, com 9 anos. Para a geração de dados foi utilizado o discurso livre produzido pelos protagonistas, bem como os prontuários dos alunos. A análise empreendida se deu a partir de duas dimensões: os discursos orais e os discursos escritos, dos quais se depreenderam os seguintes eixos de análise: “Os sentidos do não aprender: implicações na constituição do aluno”; “Rótulos e classificações: implicações nos discursos estigmatizantes”; “A consequência do fracasso escolar - a doença, o medicamento e os encaminhamentos”. Os dados obtidos possibilitaram a discussão acerca das implicações do processo de medicalização na educação. Os resultados indicaram que o aluno vai se constituindo discursivamente, assimilando as vozes sociais. Tanto os discursos orais dos protagonistas, quanto os discursos escritos produzidos nos prontuários acerca dos alunos apontados por seus professores como aqueles com doenças do não aprender, revelaram que o processo de medicalização se torna cada vez mais abrangente na escola, pois como o sujeito se refrata através do discurso do outro, todos são envolvidos, a família e a escola e, consequentemente, o aluno toma para si o rótulo do não aprender, dando continuidade ao movimento de medicalização. Portanto, com esse trabalho espera-se contribuir para a ampliação da discussão acerca dos sentidos do não aprender, com vistas a uma maior conscientização, por parte de profissionais da área da educação e saúde, sobre os malefícios da medicalização de causas sociais e educacionais no contexto escolar. / A broad process of adjustment and standardization that, in the field of education, gives visibility to a network of medicalizing explanations that seek to justify not learning has corrupted human heterogeneity. In students in the initial phase of the process of appropriation of written language, non-learning is increasingly associated with diagnoses of diseases and, as a consequence, the medicalization process increases too much in school. Based on these ideas, the present study was developed with the purpose of understanding the meanings attributed to not learning by students from the initial years of elementary school I, identified by their teachers as those who have not learned diseases, their families and teachers. From a descriptive-interpretative nature, the present research, subsidized by the qualitative approach, was carried out with nine protagonists (three students, three family members and three teachers). The research was carried out with a student of the first year, aged 6 years; a 2 nd year old student with 8 years of age and a 3 year old student with 9 years old. For the generation of data was used the free speech produced by the protagonists, as well as the student records. The analysis was carried out in two dimensions: oral discourses and written discourses, from which the following axes of analysis emerged: "The senses of not learning: implications in the constitution of the student"; "Labels and classifications: implications in stigmatizing discourses"; "The consequence of school failure - the disease, the medicine and referrals." The data obtained allowed the discussion about the implications of the medicalization process in education. The results indicated that the student is developing discursively, assimilating the social voices. Both the oral discourses of the protagonists and the written discourses produced in the medical records about the students pointed out by their teachers as those with diseases of not learning, revealed that the medicalization process becomes more and more comprehensive in the school, because as the subject refracts through the discourse of the other, everyone is involved, the family and the school and, consequently, the student takes to himself the label of not learning, giving continuity to the medicalization movement. Therefore, this work hopes to contribute to the broadening of the discussion about the senses of non-learning, with a view to raising awareness among professionals in the area of education and health about the harmful effects of the medicalization of social and educational causes in the school context.
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Medi(ca)r para universalizar: o discurso médico-psicológico e a medicalização na educaçãoOliveira, Priscila Ferreira de 27 July 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-07-27 / A medicalização se refere à interferência da medicina no corpo social, produzindo
interpretações médicas e biológicas de questões humanas que, originalmente, seriam de outra
ordem. Nesse sentido, deparamos na atualidade com situações, próprias do campo educativo,
que são deslocadas para o campo médico, levando à medicalização de crianças e do fracasso
escolar. Ao olhar para origem da entrada do discurso médico na educação, deparamos com o
fato de que ela coincide com o início de uma proposta de universalização educacional. À
medida que a educação começou a se estabelecer como direito social e visou a se massificar,
ela se confrontou com um paradoxo: ao mesmo tempo em que se almejava ser extensível a
todos os cidadãos, o desafio de lidar com a diversidade se impôs. É o paradoxo entre a
igualdade e a diferença que começou a habitar a educação. É nesse contexto que a medicina e a
psicologia nascente, alicerçada no meio médico, começaram a se fazer presentes no meio
educativo e, com seus métodos de classificação e testagem, serviram à ordenação e à
homogeneização das diferenças que passaram a adentrar nas escolas. Diante disso, uma questão
se levanta: se o discurso médico-psicológico se introduziu na educação para responder ao
paradoxo igualdade/diferença no início do processo universalizante, podemos dizer que a
medicalização na educação seria uma das respostas, na atualidade, frente a esse mesmo
paradoxo? É somente num momento recente, das últimas décadas, que a universalização se
consolidou e se ratificou. E, justamente no momento em que ela se consolida, intensifica-se a
presença do discurso médico-psiquiátrico na educação, que tem levado à medicalização de
crianças e da prática educativa. Tudo isso nos faz interrogar sobre as possíveis relações entre a
medicalização na educação e o processo de universalização atual, haja vista termos a
interpolação entre o discurso da diversidade e da inclusão – presente na proposta de
universalização atual – e a medicalização, com seus mecanismos excludentes. O que faz, então,
conviverem lógicas tão antagônicas? Baseando-se no que a psicanálise traz sobre a linguagem e
a estrutura simbólica que nos cerca, buscamos discutir de que maneira a medicalização tem
mascarado as tensões presentes na sustentação desse paradoxo no campo educacional. Esta
dissertação é resultado de uma pesquisa bibliográfica, que, no entanto, caminha no rastro de
inquietações surgidas em experiências de trabalho, na clínica com crianças e na interlocução
com o campo educativo. / Medicalization refers to the interference of medicine in the social context, producing medical and
biological interpretations of human issues that would originally be of another order. In this sense, we
come across situations, typical of the educational field, being moved to the medical field, leading to
the medicalization of children and school failure. When looking at the origin of the entrance of
medical discourse in education, we observethat it coincides with the beginning of a proposal of
educational universalization. Thus, as education began to establish itself as a social rightaimed at
popularization, it was faced with a paradox:at the same time as education sought to extend to all
citizens, the challenge of dealing with the diversity was introduced. It is the paradox between equality
and difference that begins to occupy education. It is in this context that medicine and the nascent
psychology, originated in the medical environment, have become present in the educational scenario
and, with their methods of classification and testing, served to order and homogenize the differences
that began to enter the schools. Faced with this, a question arises: if the medical-psychological
discourse was introduced in education to answer to equality/difference paradox at the beginning of the
universalizing process, can we say that the medicalization in education would be one of the answers,
in the present, to this same paradox? It is only in recent decades that universalization has been
consolidated and ratified. And just at the moment when it is consolidated, the presence of medicalpsychiatric
discourse in education is intensified, leading to the medicalization of children and
educational practice. All this leads us to question the possible relationship between medicalization in
education and the current universalization process, considering that we have the interpolation between
the discourse of diversity and inclusion – present in the current universalization proposal – and the
medicalization, with its exclusion mechanisms. What does make such antagonistic logics coexist?
Based on what psychoanalysis brings about the language and the symbolic structure that surrounds us,
we seek to discuss how medicalization has masked the tensions present in the ratification of this
paradox in the educational environment. This thesisis the result of a bibliographical research.
However, it arose out of the concernsin work experiences, in the clinic with children and in the
interlocution with the educational field.
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