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Linhas partidas: viuvez, gênero e geração em Salvador (1850 - 1920)

Brandão, Silmária Souza January 2013 (has links)
Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2015-10-15T14:32:50Z No. of bitstreams: 1 Tese - Silmaria Souza Brandão.pdf: 4696730 bytes, checksum: db02d750f4a043ba2ed3a9d65c89ca8a (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela (anapoli@ufba.br) on 2016-01-25T13:11:48Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese - Silmaria Souza Brandão.pdf: 4696730 bytes, checksum: db02d750f4a043ba2ed3a9d65c89ca8a (MD5) / Made available in DSpace on 2016-01-25T13:11:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese - Silmaria Souza Brandão.pdf: 4696730 bytes, checksum: db02d750f4a043ba2ed3a9d65c89ca8a (MD5) / Ao longo da História, as mulheres foram consideradas como desprovidas de poder. Submetidas ao domínio de relações patriarcais, vivenciaram, por muito tempo, a autoridade do pai, do marido e, em algumas instâncias, a autoridade do padre. Distanciadas do poder formal, encontraram no Estado, na Igreja e na sociedade agentes que legitimavam a sua opressão. Entre os séculos XVIII e início do século XIX, esta situação de opressão vivenciada pelas mulheres sofreu variações. Despontando como um grupo heterogêneo, formalmente excluído das instâncias do poder, encontramos as mulheres viúvas. Discute-se, aqui, a noção corrente de “não poder”, a partir do exercício da atividade comercial exercidas pelas mulheres viúvas em Salvador, no período de 1850 até 1920, demonstrando como buscaram conquistar e manter sua autonomia pessoal e financeira a partir da ocupação habitual em pequenos comércios e até em estabelecimentos e negócios de maior envergadura. As estratégias de resistência que desenvolveram são demonstradas a partir do exame dos inventários e testamentos dos falecidos maridos, momento em que foram identificadas como protagonistas das suas histórias de vida, exercendo papéis inusitados para boa parte das suas congêneres, pois, de viúvas abandonadas e desamparadas se transmutaram em provedoras da família, exercendo o papel de pai e mãe, além de manterem a atividade comercial no trato diário com clientes, fornecedores, empregados e escravos, sem deixarem, no entanto, de ser a “viúva de Fulano de Tal”. O recorte no espaço que dura o inventário e, em alguns casos, a existência destas mulheres, revela muito mais que o silêncio e a invisibilidade que, à primeira vista, pode-se imaginar. O diálogo entre o feminismo, através de categorias de análise como gênero, classe e geração, e a micro-história permite uma abordagem multidisciplinar, ensejando dar visibilidade às mulheres viúvas, figuras pouco interessantes mesmo para os cientistas sociais, consideradas improdutivas do ponto de vista da (re)produção, silenciadas por uma estrutura patriarcal bem definida e que pouca margem deixou para uma atuação diferenciada. As viúvas que compõem este estudo são a exceção à regra, o contraponto, o singular dentro da ordem vigente. Longe de fazer a revolução, estas personagens nos fazem refletir sobre a dissimulação, os contrapoderes utilizados pelas mulheres e a prática cotidiana dos micropoderes, no silêncio, na obstinação e na força que caracterizaram suas condutas. Through history women have been considered powerless. They have been under the domination of patriarchal relations; women have lived for a long time the authority of their fathers, husbands and, in some cases, priests. They have been set apart from the formal power and have found on State, on Church and on society agents that legitimated their oppression. Between the 18th and the beginning of the 19th century this situation deeply experienced by women has been through variations. Emerging as a heterogeneous group, formally excluded from the power instances, we can find the widows. The notion of “non-power” has been discussed from the commercial activity made for these widows in Salvador during 1850 until 1920, showing how they searched to have and keep their personal and financial autonomy from working in small business or even big businesses. The resistance strategies that these women developed are shown from the examination of inventories and testaments from their deceased husbands, the moment when they were identified as main characters of their life stories, playing unusual roles for a good part of their relatives, because they went from abandoned and helpless to family providers, playing the role of mothers and fathers, and also keeping a commercial activity, working face to face with customers, suppliers, employees and slaves, without leaving the image of being someone’s widow. The outline in space of the inventory time and, in some cases, the existence of these women, reveal much more than the silence and the invisibility that can be imagined at first sight. The dialogue between the feminism through categories of analysis as gender, group and generation and the micro history allow a multidisciplinary approach, offering visibility to the widows, seen as less interesting even for the social scientists, considered unproductive from the point of view of (re)production, silenced one by one by a well-defined patriarchal structure which let little space for a different performance. The widows who took part in this study are the exception for the rule, the counterpoint, the singular inside the present order. Far from doing a revolution, these characters make us reflect about the dissimulation, the reverse power used by women, and the everyday practice of micro powers, in the silence, in the stubbornness and in the strength that portray their attitudes. Nel corso della storia, le donne furono considerate prive di potere. Soggette al dominio delle relazioni patriarcali, hanno vissuto per lungo tempo sotto l’autorità del padre, del marito e, in alcuni casi, quella del prete. Allontanate dal potere formale, hanno trovato nello Stato, nella Chiesa e nella società agenti che hanno leggitimato la loro oppressione. Tra il XVIII e l’inizio del XIX secolo questa situazione di oppressione ha subito delle variazioni. Da un gruppo eterogeneo, formalmente escluso dalle istanze di potere, emersero delle vedove. Qui se discute il concetto attuale di “non potere”, a partire dall’esercizio dell’attività commerciale svolta dalle donne vedove a Salvador, nel periodo tra il 1850 fino al 1920, dimostrando come hanno cercato di conquistare e mantenere la loro autonomia personale e finanziaria a partire dall’occupazione abituale in piccoli commerci fino ad arrivare alle grandi imprese. Le strategie di resistenza che hanno sviluppato sono state dimostrate dall’esame degli inventari e dei testamenti dei mariti morti, momenti in cui sono state identificate come protagoniste delle loro storie di vita, assumendo dei ruoli inconsueti per la maggior parte delle loro congeneri, perché, da vedove abbandonate e indifese, si sono tramutate in sostenitrice della famiglia, esercitando il ruolo di padre e di madre, oltre che mantenere l’attività commerciale nei rapporti quotidiani con clienti, fornitori, dipendenti e schiavi, senza lasciare, tuttavia, la vedovanza del Signor “X”. Lo zoom nello spazio in cui dura l’inventario dei beni lasciati dal defunto e, in alcuni casi, l’esistenza di queste donne rivela molto di più il silenzio e l’invisibilità che, a prima vista, si può immaginare. Il dialogo tra il femminismo, attraverso le categorie di analisi come il genere, la classe, la generazione e la micro storia, consente un approccio multidisciplinare, permettendo di dare visibilità alle donne vedove, figure poco interessanti anche per gli scienziati sociali, considerate improduttive in termini di ri/produzione, silenziate da una struttura patriarcale ben definita e che poco spazio ha lasciato per una performance differenziata. Le vedove che compongono questo studio sono l’eccezione alla regola, il contrappunto, il singolare dentro l’ordine stabilito. Lontani dalla rivoluzione, questi personaggi ci fanno riflettere sulla dissimulazione, sui contro poteri utilizzati dalle donne e sulla pratica quotidiana dei micro poteri, nel silenzio, nell’ostinazione e nella forza che hanno caratterizzato il loro comportamento.

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