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Por nações afirmativas : o estado plurinacional na constituição Boliviana de 2009 e o papel da Confederación de Pueblos Indígenas de Bolívia (CIDOB)Bessa, Juliana Pinheiro Nogueira 13 April 2015 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, 2015. / Desde os anos 90 do século XX, o movimento indígena do oriente boliviano, representado pela Confederación de Pueblos Indígenas del Oriente Boliviano - CIDOB, tem lutado pela garantia dos seus direitos sobre suas terras e territórios. Em 2002 os indígenas do oriente cruzaram o país em sua quarta marcha, uma de suas reivindicações era então uma Assembleia Constituinte originária. Fazendo parte do Pacto de Unidade colaboraram na escrita do projeto do texto que orientaria parte do texto final da Nova Constituição Política do Estado (CPE). Até 2009, momento em que a constituição foi referendada pelos bolivianos, os indígenas das terras baixas seguiam próximos ao governo de Evo Morales. Enquanto muitos celebravam o primeiro marco de "criação"do novo Estado Plurinacional da Bolívia, a CIDOB sabia que conquistas posteriores, como o marco regulatório de autonomias de 2010, seriam tão importantes quanto a CPE. Com o mesmo espírito de luta contínua, a questão da consulta prévia e do atropelo das políticas de desenvolvimento é colocada em debate, e em 2012, David Críspin afirma: "sem autonomias, não há Estado Plurinacional". Para Luís Tapia a Marcha em defesa do TIPNIS poderia ser encarada como segundo marco para um ―Estado Plurinacional‖. É fato que a autonomia sempre esteve presente na defesa por um Estado Plurinacional e aparece nas propostas logo anteriores a ACN. A partir da perspectiva dos indígenas das terras baixas essa dissertação visa compreender a luta por autonomias e a sua conexão com a demanda de uma Constituição para um Estado Plurinacional de modo a acessarmos os sentidos êmicos de "plurinacionalidade" na Bolívia. A partir dos intelectuais orgânicos e do debate que ocorre diante dos eventos recentes se fará uma revisão bibliográfica, colocando a estratégia da CIDOB – e a sua particularidade regionais e étnicas como estudo de caso. / The indigenous movement of lowland Bolivia has fought for the guarantee of their rights over their lands and territories, that movement is represented by the Confederación de Pueblos Indígenas del Oriente Boliviano – CIDOB, since the 90s of the XXth century. In 2002 the indigenous peoples from the east crossed over the country in its fourth manifestation march, one of their claim was then a Originary Constituent Assembly. Part of the Pacto de Unidad, CIDOB collaborated in the writing of the text design that would guide part of the final text of the New Political Constitution of the State (CPE). By 2009, time the constitution was ratified by Bolivians, indigenous lowland still followed near the Evo Morales government. While part of the Bolivian people celebrated the first landmark of "creation" of the new Plurinational State of Bolivia, CIDOB knew that later achievements, such as the 2012 Infra Law on Indigenous Autonomy, would be as important as the CPE. In the spirit of continuous fighting, the issue of previous consultation and the hustle of development policies is placed in debate, and in 2012, David Crispin says: "no Indigenous Autonomy, no Plurinational State". In turn, Luis Tapia considered the campaign for the defense of the TIPNIS territory the second landmark for a "Plurinational State". It is a fact that for Amazonic peoples the autonomy issue has always been present in the defense for a Plurinational State and it appears in the earlier proposals of CIDOB to ACN. From the perspective of indigenous movements of lowland Bolivia this Master‘s thesis aims to understand the struggle for autonomy and its connection with the demand for a Constitution towards a Plurinational State. In this sense, it presents emic senses of ―plurinationality‖ in Bolivia. This work will be a literature review after the contribuition of organic intellectuals and the recents debates in Bolivia, having the strategy of CIDOB - and its regional and ethnic particularity as a case study.
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Movimento Indígena no Equador: a Conaie na Conformação de um Projeto de Estado (1980-2000)Sousa, Adilson Amorim de January 2015 (has links)
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Tese de Adilson.pdf: 1853730 bytes, checksum: 427bf6f1f05ee7d9db9024a6f21cd8ea (MD5) / CAPES / O movimento indígena equatoriano tem conduzido, nas últimas décadas, diversas
manifestações políticas no país, tendo como pauta a luta por mudanças na estrutura
política do Estado e a construção de um modelo alternativo de organização social e
política, pautada no respeito aos diferentes padrões e valores culturais. Este trabalho
objetiva compreender as novas feições assumidas pelo movimento indígena no Equador,
nas décadas de 1980 e 1990, a partir da principal organização indígena do país, a
Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), entidade criada em
novembro de 1986, com o objetivo de unificar as lutas dos distintos grupos étnicos do
país, e que se consolidou como uma das mais fortes organizações populares da América
Latina. Especificamente objetivamos entender as estratégias políticas assumidas por
essa organização, sua pauta reivindicativa, com destaque para o estudo da sua proposta
política e o modelo de Estado, defendido pela entidade que exige a reestruturação
político-administrativa do poder público central com o reconhecimento dos grupos
indígenas como agentes ativos do país e, consequentemente, a adoção do caráter
multiétnico e plurinacional do Estado equatoriano que significa a garantia de autonomia
e autodeterminação para os distintos povos e nacionalidades existentes no país.
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Os Povos Indígenas e a ação missionária do Catolicismo no Alto Rio Negro: evangelização X autodeterminação e sobrevivência culturalCezar De Paula, Nilton January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Esta dissertação tem como objetivo refletir a problemática da relação
dos Índios com a Igreja Católica no Alto Rio Negro, município de São
Gabriel da Cachoeira, numa abordagem intersocietária; a estruturação
histórica da prática missionária, suas implicações e conseqüências no
processo de contato interétnico e intersocietário; o entendimento dos indígenas
frente a essa prática missionária e identificar as estratégias de sobrevivência
cultural, desenvolvidas pela população indígena frente à prática missionária.
Nosso enfoque principal incidirá sobre a Prefeitura Apostólica do Rio Negro,
hoje Diocese de São Gabriel da Cachoeira, confiada aos missionários salesianos em
1914. Dois pontos serão abordados: a instalação dos Centros Missionários com
característica civilizatória e sua interferência no universo cultural e cosmológico dos
povos indígenas; as mudanças ocorridas na linha missionária da Diocese de São Gabriel.
A presença das missões católicas, de diversas instituições governamentais ou
não, dos projetos desenvolvimentistas, levaram os indígenas a incorporar em
sua identidade, novas categorias e a estabelecer as bases de uma autonomia
e política indígena. Por um lado a Igreja Católica esteve na origem do
discurso e das políticas civilizatórias, por outro participou da elaboração do
discurso de autonomia e politização dos povos indígenas do Alto Rio Negro
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A invisibilidade do indígena no processo eleitoral brasileiro : as organizações indígenas e a luta pela representação políticaConceição, Keyla Francis de Jesus da 05 March 2018 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Pós-Graduação em Geociências Aplicadas, 2018. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2018-05-11T21:10:26Z
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Previous issue date: 2018-05-28 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). / O presente trabalho tem como objetivo o estudo da ausência de participação indígena nos espaços de poder e o papel fundamental que as Organizações Indígenas possuem para suprir essa ausência nos lugares de tomada de decisão. As principais dificuldades de inserção do indígena no sistema eleitoral serão apresentadas. O problema da falta de representação política será exposto no nível municipal e nas eleições gerais. A pesquisa se baseia no potencial representativo que os indígenas possuem através de suas organizações, acreditando no potencial transformador que o reconhecimento da legitimidade das Organizações Indígenas irá exercer sobre a democracia. Assim, será possível a concretização da democracia que acontece quando o grupo de atingidos pelas leis terão a oportunidade de também participarem da construção das mesmas. Nesse contexto, serão expostas as estruturas das organizações indígenas e suas implicações na representatividade frente ao governo, bem como será analisada as formas alternativas que os indígenas usam para alcançar a participação. A Convenção 169 e a Declaração sobre os Direitos dos Povos Indígenas serão a base para a discussão da falta de representatividade nos espaços de decisão. Assim, o Novo Constitucionalismo será abordado pela ótica da representação política. Dessa forma, concluir-ser-á que a democracia, se entendida de maneira correta, jamais irá ignorar as diferenças culturais do país. / The objective of this thesis is the study of the absence of indigenous participation in power spaces and the fundamental role that Indigenous Organizations have to overcome this absence in the places of decision making. The main difficulties of insertion of the indigenous in the electoral system will be presented. The problem of lack of political representation will be exposed at the municipal level and in the general elections. The research is based on the representative potential that indigenous people have through their organizations, believing in the transformative potential that the recognition of the legitimacy of Indigenous Organizations will exert on democracy. Thus, it will be possible to achieve the democracy that happens when the group of those affected by the laws will have the opportunity to also participate in the construction of the same. In this context, the structures of indigenous organizations and their implications for representativeness vis-à-vis the government will be exposed, as well as an analysis of the alternative ways that indigenous people use to achieve participation. Convention 169 and the Declaration on the Rights of Indigenous Peoples will be the basis for discussion of the lack of representativeness in decision-making areas. Thus, the New Constitutionalism will be approached from the perspective of political representation. In this way, it will be concluded that democracy, if understood correctly, will never ignore the cultural differences of the country. / El presente trabajo tiene como objetivo el estudio de la ausencia de participación indígena en los espacios de poder y el papel fundamental que las Organizaciones Indígenas poseen para suplir esa ausencia en los lugares de toma de decisión. Las principales dificultades de inserción del indígena en el sistema electoral serán presentadas. El problema de la falta de representación política se expondrá a nivel municipal y en las elecciones generales. La investigación se basa en el potencial representativo que los indígenas poseen a través de sus organizaciones, creyendo en el potencial transformador que el reconocimiento de la legitimidad de las Organizaciones Indígenas ejercerá sobre la democracia. Así, será posible la concreción de la democracia que ocurre cuando el grupo de afectados por las leyes tendrán la oportunidad de participar también en la construcción de las mismas. En ese contexto, se expondrán las estructuras de las organizaciones indígenas y sus implicaciones en la representatividad frente al gobierno, así como se analizará las formas alternativas que los indígenas usan para alcanzar la participación. La Convención 169 y la Declaración sobre los Derechos de los Pueblos Indígenas serán la base para la discusión de la falta de representatividad en los espacios de decisión. Así, el Nuevo Constitucionalismo será abordado desde la óptica de la representación política. De esta forma, se concluirá que la democracia, si entendida de manera correcta, jamás ignorará las diferencias culturales del país. / L'objectif de cette dissertation est l'étude de l'absence de participation autochtone dans les espaces de pouvoir et le rôle fondamental que les Organisations Autochtones ont pour surmonter cette absence dans les lieux de prise de décision. Les principales difficultés d'insertion des autochtones dans le système électoral seront présentées. Le problème du manque de représentation politique sera exposé au niveau municipal et aux élections générales. La recherche est basée sur le potentiel représentatif que les peuples autochtones ont à travers leurs organisations, croyant au potentiel de transformation que la reconnaissance de la légitimité des Organisations Indigènes exercera sur la démocratie. Ainsi, il sera possible de réaliser la démocratie qui se produit lorsque le groupe des personnes touchées par les lois aura l'occasion de participer également à la construction de celles-ci. Dans ce contexte, les structures des organisations autochtones et leurs implications pour la représentativité vis-à-vis du gouvernement seront exposées, ainsi qu'une analyse des formes alternatives utilisées par les peuples autochtones pour atteindre leur participation. La Convention 169 et la Déclaration sur les droits des peuples autochtones serviront de base à la discussion sur le manque de représentativité dans les domaines de décision. Ainsi, le nouveau constitutionnalisme sera abordé du point de vue de la représentation politique. De cette façon, on peut conclure que la démocratie, si elle est comprise correctement, n'ignorera jamais les différences culturelles du pays.
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“Por dentro e por fora do Estado” : estratégias e desafios no processo político de constituição do Movimento Indígena no Brasil contemporâneoSilva, Felipe Henrique Porfirio 24 May 2017 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2017. / Submitted by Raquel Almeida (raquel.df13@gmail.com) on 2017-08-01T18:06:08Z
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Previous issue date: 2017-08-25 / Neste trabalho me proponho a refletir sobre como tem se dado a participação do Movimento Indígena na atual arena política da sociedade brasileira. Para tanto busco, então, observar o modo como são construídas as relações entre militantes do Movimento Indígena com agentes e órgãos estatais a partir de uma análise etnográfica e comparada entre dois eventos: a 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista (ocorrida ao longo de todo o ano de 2015) e o 13º Acampamento Terra Livre (ocorrido em maio de 2016). A importância de uma análise comparada entre esses eventos está no fato deles representarem duas formas distintas de participação social, respectivamente, uma que se dá “por dentro” do Estado e outra que se dá “por fora” de seus mecanismos institucionais. Fornecendo-nos, com isso, algumas pistas para compreendermos algo sobre as diferentes estratégias políticas implicadas nessa complexa e heterogênea relação que se constrói entre Movimento Indígena e Estado. Refletir sobre Movimento Indígena, todavia, não é das tarefas mais fáceis e isso por conta da própria dimensão e diversidade interna que compõem esse Movimento. É preciso levar em conta que dentro da ideia de um Movimento Indígena (referido no singular pelos seus próprios militantes) existem na verdade muitos movimentos indígenas que, por sua vez, refletem a diversidade das situações sociais vividas pelos indígenas no Brasil. Mas se estas situações sociais são tão diversas, por que, então, esses militantes, durante os eventos acima mencionados, faziam questão de destacarem constantemente a ideia de que faziam parte de um mesmo Movimento? Qual a importância estratégica dessa denominação na atual luta política dos povos indígenas? E, assim, quais as possibilidades e os desafios que estão, portanto, implicados nessa estratégia? São estas algumas das questões principais que tomo como base para desenvolver este trabalho. / In this work, I propose a reflection upon how the Indigenous Movement participates in the current state of affairs of the Brazilian political situation. For that purpose, I seek to observe how indigenous political activists build a relationship with federal agents and agencies through the comparative ethnographic analysis of two events: the 1st National Conference on Indigenous Politics (that took place in many venues during 2015) and the 13th Terra Livre Camping (set in May 2016). The relevance in comparing these two events lies in the fact that they represent two distinct ways of social participation. One that happens within the Administration boundaries and the other around its institutional devices. The resulting analysis provides us with signs pointing to the different political strategies in use during the negotiation of a sometimes complex and heterogeneous relationship between the Indigenous Movement and the State. However, to ponder over the Indigenous Movement is no simple task because of its large dimension and diversity held within its cause. It is necessary to take into account that inside the idea of an Indigenous Movement (referred strictly by its members in the singular) there contains many others indigenous movements, that, in turn, reflects the diversity of social backgrounds that the present indigenous populations found themselves. That leads us to some questions: Notwithstanding the fact that the needs of this movement are so plural, why do they insist on stressing the idea that they all belong to the same movement? What is the strategic importance of this denomination in the present political struggle? Moreover, what are the possibilities and challenges implied in that strategy? Those are some of the questionings that I took as support to elaborate this dissertation.
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Plurinacionalidade e interculturalidade na regulação da mídia : o caso do EquadorPassos, Ana Maria Simões 31 March 2016 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados sobre as Américas, 2016. / Submitted by Fernanda Percia França (fernandafranca@bce.unb.br) on 2016-07-01T16:39:03Z
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2016_AnaMariaSimõesPassos.pdf: 1059743 bytes, checksum: e5e375b542e92bc9a22318abb740a3a1 (MD5) / No Equador, a partir da eleição do presidente Rafael Correa foi aberta a possibilidade de construção de um novo modelo de comunicação, como vinha sendo reivindicado há pelo menos três décadas por movimentos sociais que defendem a democratização da mídia. Na nova Constituição, aprovada em 2008, o direito à comunicação foi entrelaçado aos princípios da plurinacionalidade e da interculturalidade. O reconhecimento do Estado plurinacional a partir da interculturalidade é a base da proposta do movimento indígena para superar a matriz colonial de poder que foi reproduzida na formação do Estado equatoriano. De acordo com a noção de hegemonia de Gramsci, os projetos que visam à transformação social precisam elaborar novas concepções de mundo e conquistar a opinião pública a seu respeito. Devido à centralidade da mídia na produção de bens simbólicos nos dias atuais, nas lutas contra-hegemônicas é preciso repensar o sistema midiático para dar espaço a distintas vozes. O debate em torno da elaboração de uma nova lei de comunicação que desse conta desses desafios foi marcado por conflitos de interesses. Na implantação de seu projeto político o presidente Correa considera que seus maiores adversários são os meios de comunicação privados e por isso trava com eles uma disputa que envolve a noção de liberdade de expressão. De outro lado, quando interpreta a plurinacionalidade e a interculturalidade nos seus discursos e programas de governo, não atende as expectativas de parte significativa do movimento indígena, que se tornou também seu opositor. Em meio a esses conflitos, os aspectos inovadores do novo marco regulatório para a mídia perdem a força. Prevalece uma avaliação negativa por parte de organismos internacionais que acompanham a regulação da comunicação na América Latina, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Esta dissertação percorre as trajetórias dos conceitos envolvidos na lei de comunicação e das disputas em torno da sua elaboração, proposição, institucionalização e enunciação. _______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Since the election of president Rafael Correa in Ecuador the opportunity of building a new communication model has been opened as had been claimed for three decades at least by social movements that advocate the democratization of the media. In the new Constitucion, that was approved in 2008, the right to communication was intertwined with the plurinacionality and interculturality principals. The recognition of the plurinational state from its interculturality aspect is the base of the indigenous movement proposal to overcome the colonial matrix of power which was reproduced in the formation of the ecuadorian state. The defense of the right to communication is part of the repertoire of the media democratization movement in Latin America. According to Gramsci's notion of hegemony, the projects that aim social transformation should elaborate new world conceptions and conquer the public opinion about it. Due to media centrality in the production of symbolic assets in current days, in the counter-hegemonic battles it is imperative to rethink the communication model in order to provide space for different voices. The debate on the drafting of a law that account of these challenges it was marked by conflicts of interest. In the deployment of his political project, the president considers its main adversaries to be the private communication media and because of that a dispute that involves the notion of freedom of speech takes place. On the other hand, when the plurinacionality and interculturality of his speeches and govern programs are interpreted, they don't rise to the expectations of a significant portion of the indigenous movement, which has also become his oposer. Amidst these conflicts, the innovative aspects of the new media regulatory mark loses their strength. A negative evaluation prevails amongst international organizations that accompany media regulation in Latin America, such as the Inter-American Comission on Human Rights. This dissertation goes through the concepts involved in the equatorial communication law and the dispute around its elaboration, proposal, institutionalization and enunciation.
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Estratégias sociais no Movimento Indígena : representações e redes na experiência da APOINMEEmanuelly de Oliveira, Kelly 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A presente pesquisa visa analisar a constituição de estratégias sociais na arena
política do Movimento Indígena, a partir de APOINME (Articulação dos Povos e
Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo), segunda maior
organização indígena do país, representando mais de 150 mil pessoas de 65 povos. O
estudo pretende observar as diferentes relações estabelecidas entre as lideranças
indígenas da APOINME na arena política de atuação da entidade, seja na esfera
regional, nacional ou internacional. Também centrei o processo de construção das
próprias lideranças, envolvendo os novos desafios de capacitação profissional em
demandas crescentes do movimento, como ainda problemáticas pessoais que surgem
nessa caminhada, como solidão, ausência em suas comunidades e da própria família.
Pretendo, a partir dessa observação, ampliar a compreensão da constituição das
organizações do Movimento Indígena no Nordeste e no Brasil, percebendo como as
tensões, disputas e alianças envolvidas no processo de representação política podem
interferir na constituição de projetos coletivos para as comunidades indígenas.
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Dinâmicas sociais e estratégias territoriais : a organização social Xukuru no processo de retomadaCeli Oliveira e Santos, Hosana 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Este trabalho pretende analisar as lutas políticas, a dinâmica social e as práticas organizacionais do povo indígena Xukuru do Orurubá, localizado entre os municípios pernambucanos de Pesqueira e Poção, a 216 quilômetros do Recife. Sua população somava, em 2008, 12 mil pessoas, segundo a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), residentes em uma Terra Indígena de 27.555ha, distribuída em 24 aldeias e dois bairros do município de Pesqueira. O trabalho de campo, de cunho etnográfico, se deu entre maio e agosto de 2008. Nossas considerações se atêm ao processo de territorialização tendo como foco as retomadas e as práticas rituais, considerando como essas estratégias políticas exerceram um papel central na modificação da forma de organização política do povo Xukuru, a partir das mudanças políticas de 1980. Um fator que evidencia essa mudança política é uma intensificação da participação das mulheres. Enfim, esse estudo se destina ao entendimento de como, diante deste campo modificado de atuação indígena, os Xukuru tem afirmado suas especificidades e estão envolvidos numa luta política que tem vários fatores convergindo. Entretanto, merece um olhar mais atento sobre como as mulheres Xukuru estão se articulando em cada um dos setores da luta. Uma vez que, verificamos que as estratégias utilizadas amenizam conflitos sociais, mas também refletem um novo momento implicando na criação de condições para manutenção da organização política e reforçando os laços de solidariedade dos Xukuru, bem como, proporcionando um novo olhar sobre as formas de atuação que envolvam homens e mulheres, inseridos nessa sociedade indígena
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Os murais zapatistas e a estética tzotzil: pessoa, política e território em Polhó, México / The Zapatista murals and the tzotzil aesthetics: people, politics and territory in Polhó, MexicoMaciel, Lucas da Costa 26 February 2018 (has links)
Esta dissertação é um estudo etnográfico sobre a arte mural zapatista. Os murais com os quais trabalhamos se encontram pintados nas paredes dos edifícios públicos que abrigam as atividades organizativas do movimento. À pesquisa interessa perseguir uma filosofia do aparecimento entre os índios tzotziles de San Pedro Polhó. Nela, nos questionamos pelo estatuto da arte mural difundida pelos territórios autônomos buscando nos encontrar com a sua eficácia estética a partir de uma criatividade nativa, sob o olhar dos sanpedrinos. A pergunta central que a organiza é o que faz um mural zapatista?. Atentaremos, para isso, para o modo em que os tzotziles de San Pedro o entendem. Argumentamos que a arte mural é vista como uma técnica de variação ontológica e de produção da unidade virtual do movimento zapatista, indicando um acoplamento entre pessoas e a possibilidade da conjunção, o que permite que o zapatismo seja entendido como uma comunidade estendida. Neste contexto, o mural faz aparecer a condição zapatista, resultando e ativando relações ao torná-las visíveis. O território autônomo se configura, então, como uma rede de lugares, pontos em que os zapatistas emergem e podem encontra-se com outros zapatistas a partir de uma filosofia da assemelhação. / This research is an ethnographic study of Zapatista mural art. The murals we work with are painted on the walls of public buildings that house the movement\'s organizational activities. The research is interested in pursuing a philosophy of appearance among the Tzotzil Indians of San Pedro Polho. We question the status of mural art spreaded by the autonomous territories seeking to meet with its aesthetic effectiveness from a native point of view of creativity, conceived by the eyes of the sanpedrinos. The central question that organizes it is \"what does a Zapatista mural do?\", considering how the Tzotziles of San Pedro understand it. We argue that mural art is seen as a technique of ontological variation and production of the virtual unity of the Zapatista movement, indicating a coupling between people and the possibility of conjunction, which allows Zapatismo to be understood as an extended community. In this context, the mural makes the Zapatista condition evident and appearing, resulting in and activating relationships by making them visible. The autonomous territory then becomes a network of places, points where the Zapatistas emerge and can meet with other Zapatistas.
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Da aldeia para o Estado: os caminhos do empoderamento e o papel das lideranças Kaingang na conjuntura do movimento indígena / The village to the state: the ways of empowerment and the role of indigenous leaders in motion kaingangAlmeida, Antonio Cavalcante de 17 September 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013-09-17 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The present thesis on indigenous Kaingang leaders addresses interfaces and important aspects of the empowerment category within the indigenous movement in Southern Brazil. Therefore, the focus of the analysis was the traditional leaders and emerging leaders, who are externally engaged in different political spheres of the indigenous movement regionally, nationally and internationally. Thus, this study sought to address key political leaders working in the field of mediation that begins, particularly in active participations from the villages, with the traditional authorities (chiefs), going through institutions and spheres of dispute within the nation-state. At the end, the survey indicates that, even though there was strengthening, hence, the empowerment of indigenous leaders in many different arenas of dispute, it is not yet sufficiently important for the rupture of the Indian policy and the conquest of indigenous autonomy and emancipation / A presente tese sobre lideranças indígenas Kaingang abordou as interfaces e os aspectos importantes da categoria empoderamento dentro do movimento indígena na região Sul do Brasil. Para tanto, o foco da análise foram as lideranças tradicionais e as lideranças emergentes (externas) engajadas nas diferentes esferas políticas do movimento indígena regional, nacional e internacional. Assim, o estudo procurou abordar as principais lideranças políticas atuantes num campo de intermediação que se inicia, sobretudo, nas participações ativas desde as aldeias, com as autoridades tradicionais (caciques), perpassando pelas instituições e esferas de disputas dentro do Estado-nação. Ao final, a pesquisa apontou que, apesar de ocorrer o fortalecimento e o consequentemente empoderamento das lideranças indígenas, nas mais diferentes arenas de disputas, ainda não é suficientemente importante para romper a política indigenista e conquistar a autonomia e a emancipação indígena
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