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Resposta de genótipos de citros à leprose e variabilidade genética da ORF p29 do vírus da leprose dos citros C (CiLV-C) / Response of citrus genotypes to leprosis and genetic variability of ORF p29 from Citrus leprosis virus C (CiLV-C)Juliana Aparecida Pereira 16 May 2012 (has links)
Os vírus possuem potencial de variabilidade genética muito alto, isso porque necessitam divergir seu material genético suficientemente para se adaptar às inúmeras mudanças às quais são submetidos. Portanto, a variabilidade genética é essencial para a sobrevivência desses organismos; é o primeiro passo para a adaptação em um novo hospedeiro, quebra de resistência, alterações nos sintomas e virulência, o que justifica o interesse em estudos nessa área. Os estudos de variabilidade consistem numa excelente ferramenta para a compreensão da evolução dos vírus e busca pelo manejo adequado de doenças virais. Por isso objetivou-se estudar a variabilidade genética da ORF p29 do CiLV-C, a fim de gerar informações relevantes acerca do patossistema e da preponderância de isolados, com possíveis implicações na epidemiologia da doença e seu manejo no campo, além de uma melhor compreensão sobre a evolução desse vírus, que até então nunca havia sido explorada. Neste trabalho foram avaliadas plantas de citros e outras hospedeiras potenciais do CiLV-C. Os resultados sugerem que as plantas de tangerina Cravo, Tardia da Sicília, Cleópatra, Vermelha, tangor Ortanique, laranja Azeda e trapoeraba são suscetíveis à doença e também podem servir como fontes de inóculo do vírus para citros. Já as plantas de limão Siciliano e Cravo, e limas ácidas Tahiti e Galego e Mimosa caesalpiniaefolia mostraram-se resistentes à doença, mas não à colonização do ácaro vetor. As plantas de Malvaviscus arboreus e Solanum violaefolium não apresentaram sintomas, mas mostraram-se possíveis fontes de inóculo do vírus para plantas de citros. Além disso, foram avaliadas as respostas de 62 genótipos de tangerinas e seus híbridos à doença, sendo que 15 mostraram-se resistentes e podem, posteriormente, ser utilizados em programas de melhoramento genético, que é uma das alternativas para reduzir o uso de pesticidas para o controle do vetor. Foi identificada baixa variabilidade genética entre os isolados do CiLV-C, independentemente do hospedeiro ou localidade, entretanto, o isolado de São José do Rio Preto pareceu ser o mais divergente e capaz de passar suas alterações durante sua transmissão a outros hospedeiros. Mais estudos devem ser feitos para que conclusões inquestionáveis sejam tiradas desse assunto, mas os resultados obtidos abriram um novo leque de possibilidades para futuros estudos nessa área até então pouco explorada. / Viruses have, potentially, broad genetic variability because of their need to adapt to several changes that they are exposed to. Therefore, genetic variability is essential for their survival; it is the first step to adapt to a new host, to break resistance down, to change symptoms and virulence, which justifies the interest in studies in this area. These studies consist in a great tool for a better understanding on the virus evolution and the search for a proper management of viral diseases. Hence, it was aimed to study the genetic variability of ORF p29 from CiLV-C in order to generate relevant information about the pathosystem and the predominance of isolates with possible implications on the epidemiology of the disease and its management in the field, besides a better understanding on the evolution of this virus, which has never been explored before. In this work, we evaluated citrus plants and potential hosts for CiLV-C. The results suggest that the plants of Cravo, Tardia da Sicília, Cleopatra, and Vermelha mandarin, Ortanique tangor, Sour orange and spiderwort are susceptible to the disease and can also serve as sources of inoculum of the virus to citrus. Siciliano lemon, Rangpur, Tahiti, and Mexican limes, and Mimosa caesalpiniaefolia were resistant to the disease, but not to the colonization of the mite vector. Malvaviscus arboreus and Solanum violaefolium plants did not present symptoms, but can be considered possible sources of CiLV-C inoculum to citrus plants. In addition, we evaluated the response of 62 mandarin genotypes and their hybrids to the disease. Fifteen of them were considered resistant and could be used in breeding programs with the objective to reduce the use of pesticides to control the vector. Low genetic variability was found amongst CiLV-C isolates, regardless of the host or geographic region; however, the São José do Rio Preto isolate was the most divergent and the changes in nucleotides were transmitted to the other hosts. Further studies should be conducted before unquestionable conclusions can be drawn from this issue, but the results obtained here have opened a new range of possibilities for future studies in this area so far almost unexplored.
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Obtenção e uso de mutantes com alterações no balanço auxina/citocinina no estudo da competência organogênica em micro-tomateiro (Lycopersicon esculentum cv Micro-Tom). / Generation and utilization of mutants with altered auxin/cytokinin ratio in the study of organogenic competence in micro-tomato (Lycopersicon esculentum CV Micro-Tom).Pino-Nunes, Lilian Ellen 14 April 2005 (has links)
Uma das abordagens mais utilizadas atualmente para se estudar o metabolismo e a transdução de sinais hormonais é o uso de mutantes com alterações nos genes que codificam os principais componentes desses processos. A cultivar miniatura de tomateiro (Lycopersicon esculentum) denominada Micro-Tom (MT) possui porte reduzido (8 cm) e ciclo de apenas 75 dias, constituindo-se em um excelente modelo para uma abordagem genética de estudos fisiológicos. Mutantes com alterações no balanço auxina/citocinina, ou na capacidade de resposta a esse balanço, podem ser utilizados para desvendar o papel da interação entre esses hormônios no controle do desenvolvimento, inclusive no que se refere à capacidade de regeneração in vitro. O presente trabalho teve como objetivo criar um modelo para se estudar o papel do balanço auxina/citocinina endógeno na competência para regeneração in vitro, através da incorporação das mutações dgt, brt, gf, lutescent, ls e bu, as quais sugerem alterações no metabolismo e/ou sensibilidade hormonal, na cultivar MT. Essas mutações foram caracterizadas quanto à sensibilidade à auxina e citocinina através da obtenção de curvas de dose-resposta, utilizando-se diferentes concentrações de AIA (0; 0.1; 1; 10 e 100 µM) e TDZ (0; 0.01; 0.1; 1; 10 e 100 µM), em segmentos de pecíolo e plântulas germinadas em gerbox, respectivamente. As mutações caracterizadas para auxina e citocinina, bem como o controle MT, foram testadas in vitro, quanto à sua capacidade de regeneração, em meio de cultura MS, suplementado com 5µM de BAP (explantes cotiledonares e segmentos de hipocótilo) e 4,5 µM de Zeatina (segmentos de raiz). Os mutantes lutescent, gf e bu, apesar de possuírem fenótipo bastante interessante, não parecem ser relacionados à sensibilidade à auxina e citocinina, bem como ao etileno. Já os mutantes dgt e brt apresentaram respostas típicas de mutantes com pouca sensibilidade à auxina e citocinina, respectivamente. Dessa forma, a resposta ao balanço AIA/Cks é alterado nesses mutantes, afetando o processo de regeneração. Nos segmentos de hipocótilo, houve formação de calos em todos os explantes, entretanto, poucos explantes formaram gemas adventícias, sendo que o mutante dgt foi o que apresentou menor taxa de regeneração. Nos explantes cotiledonares, a taxa de regeneração foi menor ainda no MT e no mutante dgt, e ausente no mutante brt. Não houve regeneração em nenhum dos genótipos em segmentos de raiz. Esses resultados sugerem que, embora a competência para regeneração in vitro possa ser dependente do balanço AIA/Cks, ou da resposta a esse balanço, existem interações mais complexas entre esses hormônios e seus efeitos na regeneração. A exemplo disso, era de se esperar uma maior formação de gemas caulinares em dgt, já que sua capacidade de resposta ao balanço está voltada para Cks. Um estudo mais aprofundado para a correta interpretação dessa interação deve levar em conta que a sensibilidade à auxina é necessária também no processo de desdiferenciação. Além disso, auxinas e citocininas não só atuam na diferenciação, mas também podem interferir na regeneração, independente do balanço AIA/Cks, já que são necessárias para a expansão e divisão celular. / To date, one of approaches more used to study the metabolism and transduction of hormone signals are the mutants with alterations in genes which encode the principal components of this process. The miniature cultivar of tomato (Lycopersicon esculentum) named Micro-Tom (MT) possesses reduced size (8 cm) and a life cycle of just 75 days, constituting an excellent model for a genetic approach of physiology studies. Mutants with altered auxin/cytokinin ratio, or in the response capacity to this ratio, can be used to clear up the role of interactions between these hormones in the control of development, including those concerning the in vitro regeneration capacity. The current work aimed to produce a model to study the role of endogenous auxin/cytokinins ratio in the competence for in vitro regeneration, through incorporation of the dgt, brt, gf, lutescent, ls and bu mutations, which concern altered hormone metabolism and/or sensibility, in the MT cultivar. These mutations were tested for the hypothesis of being related to auxin and cytokinin sensibility by means of dose-response curves, using different concentrations of IAA (0; 0.1; 1; 10 e 100 µM) and TDZ (0; 0.01; 0.1; 1; 10 e 100 µM), in petiole segments and gerbox-germinated seedlings, respectively. The mutations confirmed to be auxin and cytokinin related, as well the MT control, were tested in vitro for regeneration capacity, in MS culture media, with either 5µM de BAP (cotyledon explants and hypocotyl segments) or 4,5 µM Zeatin (root segments). The luescent, gf and bu mutants, despite showing an interesting phenotype, do not seem to be related to auxin and cytokinin sensibility, as well as to ethylene. However, the dgt and brt mutants showed typical responses of reduced auxin and cytokinin sensibility, respectively. Thus, the response to auxin/cytokinin is altered in these mutants, affecting the regeneration process. Calli were observed in all hypocotyl segments, however few explants formed adventitious buds, with the dgt mutant presenting the least regeneration ratio. In the cotyledon explants, the regeneration ratio was even less than in MT and in dgt, and absent in the brt mutant. There was no regeneration whatsoever from root segments in any genotype. These results suggest that, although the competence for in vitro regeneration might be dependent on the IAA/Cks ratio, or the response to this ratio, interactions far more complex exist between these hormones and their effects on regeneration. For instance, a greater adventitious buds formation was expected in dgt, because its response ability is biased toward Cks. A deeper study for the correct interpretation of these data should consider that the sensibility to auxin is also necessary in the process of undifferentiation. Besides, both auxins and cytokinins have roles not only in differentiation, but also can interfere with regeneration independent of the IAA/Cks ratio, as they are required for cell division and expansion.
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Uso de mutantes fotomorfogenéticos no estudo da competência para regeneração in vitro em micro-tomateiro (Lycopersicon esculentum CV Micro-Tom. / Use of photomorphogenenic mutants in the study of the competence for in vitro regeneration in micro-tomato (lycopersicon esculentum cv micro-tom).Carvalho, Rogério Falleiros 22 January 2004 (has links)
Paralelamente ao modelo Arabidopsis thaliana, o tomateiro (Lycopersicon esculentum) tem sido crescentemente utilizados em abordagens genéticas de questões fisiológicas. Uma das principais vantagens de Arabidopsis como "planta de laboratório" tem sido seu pequeno porte e ciclo de vida curto. Contudo, a cultivar Micro-Tom (MT) de tomateiro possui tamanho muito reduzido (8 cm) e pode produzir até 5 gerações por ano. Mutantes fotomorfogenéticos em tomateiro deficientes na síntese do cromóforo do fitocromo (au), mutantes deficientes na síntese das apoproteínas PHYA e PHYB1 (fri e tri, respectivamente) e mutantes superexpressando o fitocromo (hp, atv e Ip) constituem-se em um modelo para estudos da fotomorfogênese. No que se refere à capacidade de regeneração in vitro como uma resposta fotomorfogenética, poucos trabalhos têm sido realizados. O presente trabalho teve como objetivo transferir as mutações au, fri, tri, hp, Ip e atv, bem como o locus de regeneração (Rg1) da cultivar MsK, para a cultivar Micro-Tom. As linhagens obtidas foram utilizadas para verificar o efeito da fotomorfogênese na competência para regeneração in vitro. Para tanto, foram realizados tratamentos com luz branca, vermelho (V) e vermelho-extremo (VE) em explantes radiculares, caulinares e foliares do genótipo micro-MsK em meio MS mais 5mM de BAP e tratamentos com luz branca em explantes radiculares, caulinares e foliares de micro-mutantes fotomorfogenéticos também em meio MS mais 5mM de BAP. Para todos os tratamentos utilizou-se a cultivar MT como controle. Sob V, as raízes de micro-MsK apresentaram-se diferenciadas, enquanto sob VE não ocorreu diferenciação. O maior número de gemas formadas tanto para caule quanto para folhas de micro-MsK ocorreu sob V, enquanto sob VE foi observado um decréscimo na formação de gemas. A partir destes resultados sugere-se que a forma ativa do fitocromo, induzida pelo V, interage com o Rg1 na aquisição de competência para regeneração. Nos tratamentos com luz branca, raízes de micro-MsK e de mutantes micro-hp, micro-atv e micro-Ip apresentaram-se diferenciadas, enquanto não houve diferenciação para o mutante micro-au ou para o controle MT. O número de gemas formadas alcançou maiores valores para folhas de micro-hp e micro-Ip e a para caules de micro-atv. Apenas um número muito reduzido de gemas foi formado a partir de folhas de micro-au. Com base na alta competência para regeneração de micro-MsK e de mutantes que superexpressam o fitocromo, sugere-se que o fitocromo promove, em uma via de sinalização, a indução de fatores de regeneração (Rg1). Alternativamente, o locus Rg1 poderia promover a alta capacidade regenerativa tornando os explantes mais competentes ao efeito da superexpressão do fitocromo, o qual poderia induzir outros fatores de regeneração. / Parallel to Arabidopsis thaliana model, the tomato (Lycopersicon esculentum) has been increasingly used as a genetic approach to address physiological questions. One of the main advantages of Arabidopsis as a "laboratory plant" has been its small size and short life cycle. However, the tomato cultivar Micro-Tom (MT) possesses reduced size (8 cm) and can produce up to 5 generations per year. Tomato photomorphogenic mutants deficient for the synthesis of phytochrome chromophore (au) or the apoprotein PHYA and PHYB1 (fri and tri, respectively), as well as mutants superexpressing phytochrome (hp, atv and Ip) consist on a model to study photomorphogenesis. Concerning the in vitro regeneration capacity as a photomorphogenic response, fewer works have been carried through. The current work aimed at transfering the mutations au, fri, tri, hp, Ip and atv, as well as the regeneration locus (Rg1) of cv MsK to the cv Micro-Tom (MT). The genotypes obtained were used to verify the effect of photomorphogenesis on the competence for in vitro regeneration. Root, stem and leaf explants from MT and Micro-MsK were incubated in MS plus 5mM BAP under white, red (R) and far-red (FR) light. Root, stem and leaf explants from MT and photomorphogenic micro-mutants were incubated in MS plus 5mM BAP under white light. Under R, roots of micro-MsK were presented differentiation, while under FR the differentiation did not occur. Under R, stem explants from micro-MsK formed more shoots than did leaf explants, while under FR was observed a decrease in shoot formation for all types of explants. These results suggest that the active form of phytochrome, induced by R, interacts with the Rg1 in the acquisition of competence for regeneration. In the treatments with white light, roots of micro-MsK and of mutants micro-hp, micro-atv and micro-Ip presented differentiation, while no differentiation was observed for the mutant micron-au or control MT. The number of shoots formed reached the highest values for leaf explants of micro-hp and micro-Ip and for stem explants of micron -atv. Only a low number of shoots was formed from micro-au leaf explants. On the basis of the high competence for regeneration of micro-MsK and mutants that super express phytochrome, it is suggested that the phytochrome promotes, in a signaling pathway, the induction of regeneration factors ( Rg1 ). Alternatively, the Rg1 locus may turn the explant most competent to respond to phytochrome, which could induces others regeneration factors.
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Estudo de alterações gênicas em amostras de sarcomas e carcinossarcomas uterinos: identificação de mercadores para diagnóstico diferencial e tratamento / Study of gene alterations in uterine sarcomas and carcinosarcoma samplesCosta, Leonardo Tomiatti da 29 March 2018 (has links)
Os sarcomas uterinos são tumores mesodérmicos raros que compreendem cerca de 3% de todos os cânceres nesse órgão. Apresentam diversidade histológica, comportamento agressivo, disseminação precoce e altas taxas mortalidade. Recentemente, os carcinossarcomas (CS) foram reclassificados histologicamente como carcinomas. Neste trabalho, os CS foram incluídos na casuística tanto para fins de comparação de seu componente mesenquimal, como por ainda fazerem parte da maioria dos estudos sobre sarcomas de corpo uterino e também da última classificação da WHO (Word Health Organization). Devido à sua diversidade e raridade, não há consenso relacionado aos fatores de risco para pior prognóstico e tratamento adequados para esses tumores. Informações sobre seus perfis gênicos e proteicos poderiam contribuir na caracterização de marcadores moleculares que auxiliassem no diagnóstico e prognóstico desses tumores, bem como no entendimento de sua biologia e comportamento clínico. Assim, nos propusemos a avaliar a presença de alterações gênicas nesses tumores, utilizando um painel de 409 genes, oncogenes e supressores de tumor, frequentemente mutados em tumores sólidos. Para isso, foram selecionadas 66 amostras, das quais 14 foram sequenciadas, incluindo, 5 carcinossarcomas (CCS), 4 leiomiossarcomas (LMS), 4 sarcomas de estroma endometrial (SEE) e 1 adenossarcoma (ADS). As reações foram realizadas utilizando a plataforma Ion Proton System (ThermoFisher) de Sequenciamento de Nova Geração. Nas 14 amostras encontramos 27 LoF e 40 mutações missenses, numa média de 39 inserções e 52 deleções por amostra, totalizando 70 mutações. Dessas, 25 encontram-se no banco de dados COSMIC. Os genes mais comumente mutados em nossa amostragem foram: TP53 (50%), KMT2D (36%), ATM (29%), DICER1 (21%), PIK3CA (21%), TRRAP (21%). Nosso objetivo principal era encontrar mutações específicas para cada subtipo histológico, porém apenas os SEEs (PDE4DIP) e os CCS (ERBB4 e PIK3CA) tiveram mutações especificas. Em outra análise, observamos que todos os subtipos histológicos compartilham o gene KMT2D. Embora não tenha sido possível estabelecer um perfil mutacional para cada subtipo histológico avaliado, nossos resultados abrem perspectivas para uma nova linha de pesquisa nos sarcomas de corpo do útero e certamente contribuem para um melhor entendimento dessas neoplasias / Uterine sarcomas are rare mesodermal tumors that comprise about 3% of all cancers in this organ. They present histological diversity, aggressive behavior, early dissemination and high mortality rates. Recently, carcinosarcomas (CCS) were histological reclassified as carcinomas. Here, we have included them in our series for purposes of comparison of the mesenchymal component and also because these tumors still form part of both the majority of studies and the WHO\'s latest classification for uterine sarcomas (Word Health Organization). Because of their diversity and rarity, there is no consensus regarding the risk factors for poor prognosis and appropriate treatment for these tumors. Thus, information about their gene and protein profiles can help in the diagnosis and prognosis of these tumors, as well as in the understanding of their biology and clinical behavior. We performed the New Generation Sequencing of 14 samples of uterine sarcomas (5 CCS, 4 LMS, 4 SEE and 1 ADS, using the Ion Proton System platform (ThermoFisher).) Among the 14 samples, we found 27 LoF (loss of gene function) and 40 missense mutations, with a mean of 39 insertions and 52 deletions per sample, totaling 70 mutations, 25 described in the COSMIC database. The most commonly mutated genes in our sample were TP53 (50%), KMT2D (36%), ATM (29%), DICER1 (21%), PIK3CA (21%), TRRAP (21%).Our main objective was to find specific mutations for each histological subtype, but only SEEs (PDE4DIP) and CCS (ERBB4 and PIK3CA) had specific mutations. In another analysis, we observed that all the histological subtypes share the KMT2D gene, which will be studied in future analyzes. Others analyzes, using a custom panel, are necessary to understand these mutations and its biological implication in uterine carcinosarcoma and sarcomas
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Resposta de genótipos de citros à leprose e variabilidade genética da ORF p29 do vírus da leprose dos citros C (CiLV-C) / Response of citrus genotypes to leprosis and genetic variability of ORF p29 from Citrus leprosis virus C (CiLV-C)Pereira, Juliana Aparecida 16 May 2012 (has links)
Os vírus possuem potencial de variabilidade genética muito alto, isso porque necessitam divergir seu material genético suficientemente para se adaptar às inúmeras mudanças às quais são submetidos. Portanto, a variabilidade genética é essencial para a sobrevivência desses organismos; é o primeiro passo para a adaptação em um novo hospedeiro, quebra de resistência, alterações nos sintomas e virulência, o que justifica o interesse em estudos nessa área. Os estudos de variabilidade consistem numa excelente ferramenta para a compreensão da evolução dos vírus e busca pelo manejo adequado de doenças virais. Por isso objetivou-se estudar a variabilidade genética da ORF p29 do CiLV-C, a fim de gerar informações relevantes acerca do patossistema e da preponderância de isolados, com possíveis implicações na epidemiologia da doença e seu manejo no campo, além de uma melhor compreensão sobre a evolução desse vírus, que até então nunca havia sido explorada. Neste trabalho foram avaliadas plantas de citros e outras hospedeiras potenciais do CiLV-C. Os resultados sugerem que as plantas de tangerina Cravo, Tardia da Sicília, Cleópatra, Vermelha, tangor Ortanique, laranja Azeda e trapoeraba são suscetíveis à doença e também podem servir como fontes de inóculo do vírus para citros. Já as plantas de limão Siciliano e Cravo, e limas ácidas Tahiti e Galego e Mimosa caesalpiniaefolia mostraram-se resistentes à doença, mas não à colonização do ácaro vetor. As plantas de Malvaviscus arboreus e Solanum violaefolium não apresentaram sintomas, mas mostraram-se possíveis fontes de inóculo do vírus para plantas de citros. Além disso, foram avaliadas as respostas de 62 genótipos de tangerinas e seus híbridos à doença, sendo que 15 mostraram-se resistentes e podem, posteriormente, ser utilizados em programas de melhoramento genético, que é uma das alternativas para reduzir o uso de pesticidas para o controle do vetor. Foi identificada baixa variabilidade genética entre os isolados do CiLV-C, independentemente do hospedeiro ou localidade, entretanto, o isolado de São José do Rio Preto pareceu ser o mais divergente e capaz de passar suas alterações durante sua transmissão a outros hospedeiros. Mais estudos devem ser feitos para que conclusões inquestionáveis sejam tiradas desse assunto, mas os resultados obtidos abriram um novo leque de possibilidades para futuros estudos nessa área até então pouco explorada. / Viruses have, potentially, broad genetic variability because of their need to adapt to several changes that they are exposed to. Therefore, genetic variability is essential for their survival; it is the first step to adapt to a new host, to break resistance down, to change symptoms and virulence, which justifies the interest in studies in this area. These studies consist in a great tool for a better understanding on the virus evolution and the search for a proper management of viral diseases. Hence, it was aimed to study the genetic variability of ORF p29 from CiLV-C in order to generate relevant information about the pathosystem and the predominance of isolates with possible implications on the epidemiology of the disease and its management in the field, besides a better understanding on the evolution of this virus, which has never been explored before. In this work, we evaluated citrus plants and potential hosts for CiLV-C. The results suggest that the plants of Cravo, Tardia da Sicília, Cleopatra, and Vermelha mandarin, Ortanique tangor, Sour orange and spiderwort are susceptible to the disease and can also serve as sources of inoculum of the virus to citrus. Siciliano lemon, Rangpur, Tahiti, and Mexican limes, and Mimosa caesalpiniaefolia were resistant to the disease, but not to the colonization of the mite vector. Malvaviscus arboreus and Solanum violaefolium plants did not present symptoms, but can be considered possible sources of CiLV-C inoculum to citrus plants. In addition, we evaluated the response of 62 mandarin genotypes and their hybrids to the disease. Fifteen of them were considered resistant and could be used in breeding programs with the objective to reduce the use of pesticides to control the vector. Low genetic variability was found amongst CiLV-C isolates, regardless of the host or geographic region; however, the São José do Rio Preto isolate was the most divergent and the changes in nucleotides were transmitted to the other hosts. Further studies should be conducted before unquestionable conclusions can be drawn from this issue, but the results obtained here have opened a new range of possibilities for future studies in this area so far almost unexplored.
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Estudo da interação entre fitocromo e hormônios vegetais no controle do desenvolvimento / Analysis of the interactions between phytochrome and plant hormones in plant developmentCarvalho, Rogério Falleiros 24 January 2008 (has links)
Muitas respostas moduladas pela luz durante o desenvolvimento das plantas também são reguladas por hormônios vegetais, levando à hipótese da interação entre ambos os fatores. Uma ferramenta valiosa para testar tal interação seria o uso de mutantes fotomorfogenéticos e hormonais, bem como duplos mutantes combinando ambos. Em tomateiro, embora sejam disponíveis mutantes com alterações na biossíntese de fotorreceptores e/ou na transdução do sinal da luz, bem como mutantes no metabolismo e/ou sensibilidade hormonal, esses estão presentes em cultivares diferentes, o que pode limitar seu uso de modo integrado e a construção de duplos mutantes. No presente trabalho, foram introgredidas em uma única cultivar de tomateiro, Micro-Tom (cv. MT), dezenove mutações afetando a biossíntese ou a resposta a fitocromo, bem como aos hormônios auxina (AUX), citocinina (CK), giberelina (GA), ácido abscísico (ABA), etileno (ET) e brassinoesteróides (BR). Tomando-se vantagem de tal coleção, duas respostas notadamente controladas tanto pela luz quanto por hormônios foram estudadas: alongamento e acúmulo de antocianinas em hipocótilos. Para tal, foram utilizadas as seguintes abordagens: i) tratamentos exógenos de diferentes classes hormonais em mutantes fotomorfogenéticos, ii) observação de hipocótilos de mutantes hormonais crescidos na luz e no escuro, iii) observação de duplos mutantes combinando mutações hormonais e fotomorfogenéticas. Assim, o acúmulo de antocianinas foi promovido pela CK e ABA e inibido pela GA, concordando com a redução no mutante deficiente em ABA (notabilis ou not) e no mutante hipersensível à GA (procera ou pro). Apesar do mutante com baixa sensibilidade à AUX (diageotropica ou dgt) acumular exageradamente antocianinas, a aplicação exógena não evidenciou o papel da AUX, sendo, porém, coerente com a sugestão de que esse mutante possui um balanço AUX/CK voltado para CK. Tanto a aplicação exógena quanto a avaliação nos mutantes epinastic (epi), super produção de ET, e Never ripe (Nr), baixa sensibilidade ao ET, sugerem uma função limitada desse hormônio na biossíntese de antocianinas. Na luz e no escuro, AUX, CK, ABA e ET exógenos resultaram na inibição do alongamento do hipocótilo, sendo coerente com a promoção em dgt (luz), promoção em sit (luz), inibição em epi (luz e escuro). Por outro lado, GA promoveu o alongamento corroborando a promoção em pro. Contrariando o efeito exógeno da CK, brt reduziu o alongamento na luz e no escuro. No escuro, o único mutante que apresentou alongamento do hipocótilo superior a MT foi o mutante deficiente na biossíntese do phy (aurea ou au). A utilização de duplos mutantes combinando phy- e alterações hormonais mostrou uma interação aditiva (au epi, au Nr, au dgt e au sit), sinergística (au pro) e epinástica (au brt) no acúmulo de antocianinas e alongamento do hipocótilo na luz, porém nessa última resposta, au dgt e au sit indicaram uma interação sinergística. Juntos, esses resultados indicam que, embora phy possui vias distintas da AUX, ET, ABA e GA no controle do acúmulo de antocianinas e alongamento do hipocótilo, parece que esse fotorreceptor partilha vias comuns com CK em ambas as respostas. / Many responses regulated by light during plant development are also regulated by plant hormones, suggesting an interaction between these factors. One important approach to test this hypothesis is the use of photomorphogenic and hormonal mutants and double mutant analysis. Mutants with altered photoreceptor biosynthesis, light signal transduction, hormonal metabolism and hormonal sensitivity are available in tomato. However, since they are in different cultivars, this can be a limitation for their use in a comprehensive study, as well as, for the construction of double mutants. In this work we performed the introgression of nineteen mutations in a single cultivar of tomato, Micro- Tom (cv. MT). These mutations affect biosynthesis or response to phytochrome (phy), auxin (AUX), cytokinin (CK), gibberellin (GA), abscisic acid (ABA), ethylene (ET) and brassinosteroid (BR). Using this collection of hormone mutants, we studied two responses which are controlled by light and hormones: elongation and anthocyanin accumulation in hypocotyls. For this purpose, we used three approaches: i) hormonal treatment in the photomorphogenic mutants, ii) measurement of hypocotyl lengths from hormonal mutants grown under light and dark conditions and iii) double mutant (photomorphogenic-hormonal) analysis. Anthocyanin accumulation was promoted by CK and ABA and inhibited by GA. This is in accordance with the reduction of anthocyanin accumulation in the ABA deficient mutant (not) and in the GA hypersensitive mutant (pro). Although the diageotropica (dgt), auxin-insensitive mutant, showed a high anthocyanin accumulation, the addition of auxin did not supported a role for this hormone in anthocyanin accumulation. On the other hand, this could be due to a low auxin-tocytokinin ratio presented by dgt. Data from mutants with altered metabolism and sensitivity of ethylene, epinastic (epi) and Never ripe (Nr) respectively, and from plants treated with this hormone suggest a limited role of ethylene in the anthocyanin biosynthesis. Exogenous AUX, CK, ABA and ET inhibited the hypocotyl elongation. This is coherent with the promotion of hypocotyl elongation in dgt and sit mutants under light conditions and inhibition of hypocotyl elongation in the epi mutant in the light and dark. On the other hand, GA promoted the hypocotyl elongation corroborating the same effect seen in pro. The brt mutant showed a reduced hypocotyl elongation in light and dark conditions, which contradicts the effect of exogenous cytokinin. The phytochromedeficient aurea (au) mutant was the only one to show an enhanced hypocotyl elongation in the dark compared to the wild type (MT). The combination between photomorphogenic and hormonal mutants (double mutants) showed additive (au epi, au Nr, au dgt e au sit), synergistic (au pro) and epistatic (au brt) interactions considering the anthocyanin accumulation and hypocotyl elongation. Synergistic interaction was observed in the elongation hypocotyl of the au dgt and au sit double mutants. These results indicate that phy and CK may share some signaling/metabolic pathways in the control of anthocyanin accumulation and hypocotyl elongation. On the other hand, our data do not support an interaction between phy and the hormones AUX, ET, ABA and GA in the control of hypocotyls elongation or anthocyanin accumulation.
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Estudo de alterações gênicas em amostras de sarcomas e carcinossarcomas uterinos: identificação de mercadores para diagnóstico diferencial e tratamento / Study of gene alterations in uterine sarcomas and carcinosarcoma samplesLeonardo Tomiatti da Costa 29 March 2018 (has links)
Os sarcomas uterinos são tumores mesodérmicos raros que compreendem cerca de 3% de todos os cânceres nesse órgão. Apresentam diversidade histológica, comportamento agressivo, disseminação precoce e altas taxas mortalidade. Recentemente, os carcinossarcomas (CS) foram reclassificados histologicamente como carcinomas. Neste trabalho, os CS foram incluídos na casuística tanto para fins de comparação de seu componente mesenquimal, como por ainda fazerem parte da maioria dos estudos sobre sarcomas de corpo uterino e também da última classificação da WHO (Word Health Organization). Devido à sua diversidade e raridade, não há consenso relacionado aos fatores de risco para pior prognóstico e tratamento adequados para esses tumores. Informações sobre seus perfis gênicos e proteicos poderiam contribuir na caracterização de marcadores moleculares que auxiliassem no diagnóstico e prognóstico desses tumores, bem como no entendimento de sua biologia e comportamento clínico. Assim, nos propusemos a avaliar a presença de alterações gênicas nesses tumores, utilizando um painel de 409 genes, oncogenes e supressores de tumor, frequentemente mutados em tumores sólidos. Para isso, foram selecionadas 66 amostras, das quais 14 foram sequenciadas, incluindo, 5 carcinossarcomas (CCS), 4 leiomiossarcomas (LMS), 4 sarcomas de estroma endometrial (SEE) e 1 adenossarcoma (ADS). As reações foram realizadas utilizando a plataforma Ion Proton System (ThermoFisher) de Sequenciamento de Nova Geração. Nas 14 amostras encontramos 27 LoF e 40 mutações missenses, numa média de 39 inserções e 52 deleções por amostra, totalizando 70 mutações. Dessas, 25 encontram-se no banco de dados COSMIC. Os genes mais comumente mutados em nossa amostragem foram: TP53 (50%), KMT2D (36%), ATM (29%), DICER1 (21%), PIK3CA (21%), TRRAP (21%). Nosso objetivo principal era encontrar mutações específicas para cada subtipo histológico, porém apenas os SEEs (PDE4DIP) e os CCS (ERBB4 e PIK3CA) tiveram mutações especificas. Em outra análise, observamos que todos os subtipos histológicos compartilham o gene KMT2D. Embora não tenha sido possível estabelecer um perfil mutacional para cada subtipo histológico avaliado, nossos resultados abrem perspectivas para uma nova linha de pesquisa nos sarcomas de corpo do útero e certamente contribuem para um melhor entendimento dessas neoplasias / Uterine sarcomas are rare mesodermal tumors that comprise about 3% of all cancers in this organ. They present histological diversity, aggressive behavior, early dissemination and high mortality rates. Recently, carcinosarcomas (CCS) were histological reclassified as carcinomas. Here, we have included them in our series for purposes of comparison of the mesenchymal component and also because these tumors still form part of both the majority of studies and the WHO\'s latest classification for uterine sarcomas (Word Health Organization). Because of their diversity and rarity, there is no consensus regarding the risk factors for poor prognosis and appropriate treatment for these tumors. Thus, information about their gene and protein profiles can help in the diagnosis and prognosis of these tumors, as well as in the understanding of their biology and clinical behavior. We performed the New Generation Sequencing of 14 samples of uterine sarcomas (5 CCS, 4 LMS, 4 SEE and 1 ADS, using the Ion Proton System platform (ThermoFisher).) Among the 14 samples, we found 27 LoF (loss of gene function) and 40 missense mutations, with a mean of 39 insertions and 52 deletions per sample, totaling 70 mutations, 25 described in the COSMIC database. The most commonly mutated genes in our sample were TP53 (50%), KMT2D (36%), ATM (29%), DICER1 (21%), PIK3CA (21%), TRRAP (21%).Our main objective was to find specific mutations for each histological subtype, but only SEEs (PDE4DIP) and CCS (ERBB4 and PIK3CA) had specific mutations. In another analysis, we observed that all the histological subtypes share the KMT2D gene, which will be studied in future analyzes. Others analyzes, using a custom panel, are necessary to understand these mutations and its biological implication in uterine carcinosarcoma and sarcomas
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Mutações inativadoras no gene MKRN3 são causa de puberdade precoce central familial / Inactivating mutations in the MKRN3 gene are cause of familial central precocious pubertyFrancisca Delanie Bulcão de Macêdo 26 April 2016 (has links)
A maioria dos casos de puberdade precoce central (PPC) em meninas permanece idiopática. A hipótese de uma causa genética vem se fortalecendo após a descoberta de alguns genes associados a este fenótipo, sobretudo aqueles implicados com o sistema kisspeptina (KISS1 e KISS1R). Entretanto, apenas casos isolados de PPC foram relacionados à mutação na kisspeptina ou em seu receptor. Até recentemente, a maioria dos estudos genéticos em PPC buscava genes candidatos selecionados com base em modelos animais, análise genética de pacientes com hipogonadismo hipogonadotrófico, ou ainda, nos estudos de associação ampla do genoma. Neste trabalho, foi utilizado o sequenciamento exômico global, uma metodologia mais moderna de sequenciamento, para identificar variantes associadas ao fenótipo de PPC. Trinta e seis indivíduos com a forma de PPC familial (19 famílias) e 213 casos aparentemente esporádicos foram inicialmente selecionados. A forma familial foi definida pela presença de mais de um membro afetado na família. DNA genômico foi extraído dos leucócitos do sangue periférico de todos os pacientes. O estudo de sequenciamento exômico global realizado pela técnica ILLUMINA, em 40 membros de 15 famílias com PPC, identificou mutações inativadoras em um único gene, MKRN3, em cinco dessas famílias. Pesquisa de mutação no MKRN3 realizada por sequenciamento direto em duas famílias adicionais (quatro pacientes) identificou duas novas variantes nesse gene. O MKRN3 é um gene de um único éxon, localizado no cromossomo 15 em uma região crítica para a síndrome de Prader Willi. O gene MKRN3 sofre imprinting materno, sendo expresso apenas pelo alelo paterno. A descoberta de mutações em pacientes com PPC familial despertou o interesse para a pesquisa de mutações nesse gene em 213 pacientes com PPC aparentemente esporádica por meio de reação em cadeia de polimerase seguida de purificação enzimática e sequenciamento automático direto (Sanger). Três novas mutações e duas já anteriormente identificadas, incluindo quatro frameshifts e uma variante missense, foram encontradas, em heterozigose, em seis meninas não relacionadas. Todas as novas variantes identificadas estavam ausentes nos bancos de dados (1000 Genomes e Exome Variant Server). O estudo de segregação familial em três dessas meninas com PPC aparentemente esporádica e mutação no MKRN3 confirmou o padrão de herança autossômica dominante com penetrância completa e transmissão exclusiva pelo alelo paterno, demonstrando que esses casos eram, na verdade, também familiares. A maioria das mutações encontradas no MKRN3 era do tipo frameshift ou nonsense, levando a stop códons prematuros e proteínas truncadas e, portanto, confirmando a associação com o fenótipo. As duas mutações missenses (p.Arg365Ser e p.Phe417Ile) identificadas estavam localizadas em regiões de dedo ou anel de zinco, importantes para a função da proteína. Além disso, os estudos in silico dessas duas variantes demonstraram patogenicidade. Todos os pacientes com mutação no MKRN3 apresentavam características clínicas e hormonais típicas de ativação prematura do eixo reprodutivo. A mediana de idade de início da puberdade foi de 6 anos nas meninas (variando de 3 a 6,5) e 8 anos nos meninos (variando de 5,9 a 8,5). Tendo em vista o fenômeno de imprinting, análise de metilação foi também realizada em um subgrupo de 52 pacientes com PPC pela técnica de MS-MLPA, mas não foram encontradas alterações no padrão de metilação. Em conclusão, este trabalho identificou um novo gene associado ao fenótipo de PPC. Atualmente, mutações inativadoras no MKRN3 representam a causa genética mais comum de PPC familial (33%). O MKRN3 é o primeiro gene imprintado associado a distúrbios puberais em humanos. O mecanismo preciso de ação desse gene na regulação da secreção de GnRH necessita de estudos adicionais / Most cases of central precocious puberty (CPP) in girls remain idiopathic. The hypothesis of a genetic cause has been strengthened after the discovery of some genes associated with this phenotype, particularly those involved with the kisspeptin system (KISS1 and KISS1R). However, genetic defects in KISS1 and its receptor are rare and have been identified in only a few patients with CPP.over the past years. To date, most genetic studies in CPP was based mainly on a candidate gene approach, including genes selected in animal studies, human models of patients with hypogonadotropic hypogonadism or in genome wide association studies. In the present study, we used whole exome sequencing, a more advanced method of sequencing, to identify variants associated with CPP. Thirty-six patients with the familial form of CPP (19 families) and 213 apparently sporadic cases were initially selected. The familial form was defined by the presence of more than one member affected in the family. Genomic DNA was extracted from peripheral blood leukocytes in all patients. Whole exome sequencing performed by ILLUMINA technique in 40 members of 15 families with CPP, identified inactivating mutations in a single gene, MKRN3, in five out of these families. Analysis of MKRN3 mutations performed by automatic sequencing in two additional families (four patients) identified two novel mutations. MKRN3 is an introless gene located on chromosome 15, in the Prader Willi syndrome critical region, and it is expressed only by the paternal allele due to the maternal imprinting. Following the initial findings, we searched for MKRN3 mutations in 213 patients with apparently sporadic CPP using polymerase chain reaction followed by direct enzymatic purification and automated sequencing (Sanger). Three new mutations and two previously reported, including four frameshifts and one missense variant was identified in six unrelated girls with CPP. All variants were not described in the two databases (1000 Genomes and Exome Variant Server). The familial segregation analysis performed in three out of these girls with apparently sporadic CPP and MKRN3 mutations confirmed the autosomal dominant inheritance with complete penetrance and exclusive transmission through the paternal allele, revealing familial inheritance in apparently sporadic cases. Most of these MKRN3 mutations were frameshifts or nonsense, leading to premature stop codons and truncated proteins, thus demonstrating positive genotype- phenotype correlation. The two missense mutations (p.Arg365Ser and p.Phe417Ile) identified were located within zinc finger motifs, regions predicted to be essential for the protein function. Besides that, all missense mutations were predicted to be pathogenic by in silico analysis. All patients carrying MKRN3 mutations exhibited typical clinical and hormonal features of premature activation of the reproductive axis. The median age of puberty onset was 6.0 years in girls (ranging from 3.0 to 6.5) and 8.0 years in boys (ranging from 5.9 to 8.5). In view of the imprinting phenomenon, methylation analysis was also performed in a subgroup of 52 patients with CPP by MSMLPA technique, but no methylation abnormalities were detected. In conclusion, our work has identified a new gene associated with CPP. Currently, inactivating mutations in MKRN3 represent the most common genetic cause of familial CPP (33%). MKRN3 is the first imprinted gene associated with pubertal disorders in humans. However, its precise mechanism of action in the regulation of GnRH secretion needs further studies
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Estudo da interação entre fitocromo e hormônios vegetais no controle do desenvolvimento / Analysis of the interactions between phytochrome and plant hormones in plant developmentRogério Falleiros Carvalho 24 January 2008 (has links)
Muitas respostas moduladas pela luz durante o desenvolvimento das plantas também são reguladas por hormônios vegetais, levando à hipótese da interação entre ambos os fatores. Uma ferramenta valiosa para testar tal interação seria o uso de mutantes fotomorfogenéticos e hormonais, bem como duplos mutantes combinando ambos. Em tomateiro, embora sejam disponíveis mutantes com alterações na biossíntese de fotorreceptores e/ou na transdução do sinal da luz, bem como mutantes no metabolismo e/ou sensibilidade hormonal, esses estão presentes em cultivares diferentes, o que pode limitar seu uso de modo integrado e a construção de duplos mutantes. No presente trabalho, foram introgredidas em uma única cultivar de tomateiro, Micro-Tom (cv. MT), dezenove mutações afetando a biossíntese ou a resposta a fitocromo, bem como aos hormônios auxina (AUX), citocinina (CK), giberelina (GA), ácido abscísico (ABA), etileno (ET) e brassinoesteróides (BR). Tomando-se vantagem de tal coleção, duas respostas notadamente controladas tanto pela luz quanto por hormônios foram estudadas: alongamento e acúmulo de antocianinas em hipocótilos. Para tal, foram utilizadas as seguintes abordagens: i) tratamentos exógenos de diferentes classes hormonais em mutantes fotomorfogenéticos, ii) observação de hipocótilos de mutantes hormonais crescidos na luz e no escuro, iii) observação de duplos mutantes combinando mutações hormonais e fotomorfogenéticas. Assim, o acúmulo de antocianinas foi promovido pela CK e ABA e inibido pela GA, concordando com a redução no mutante deficiente em ABA (notabilis ou not) e no mutante hipersensível à GA (procera ou pro). Apesar do mutante com baixa sensibilidade à AUX (diageotropica ou dgt) acumular exageradamente antocianinas, a aplicação exógena não evidenciou o papel da AUX, sendo, porém, coerente com a sugestão de que esse mutante possui um balanço AUX/CK voltado para CK. Tanto a aplicação exógena quanto a avaliação nos mutantes epinastic (epi), super produção de ET, e Never ripe (Nr), baixa sensibilidade ao ET, sugerem uma função limitada desse hormônio na biossíntese de antocianinas. Na luz e no escuro, AUX, CK, ABA e ET exógenos resultaram na inibição do alongamento do hipocótilo, sendo coerente com a promoção em dgt (luz), promoção em sit (luz), inibição em epi (luz e escuro). Por outro lado, GA promoveu o alongamento corroborando a promoção em pro. Contrariando o efeito exógeno da CK, brt reduziu o alongamento na luz e no escuro. No escuro, o único mutante que apresentou alongamento do hipocótilo superior a MT foi o mutante deficiente na biossíntese do phy (aurea ou au). A utilização de duplos mutantes combinando phy- e alterações hormonais mostrou uma interação aditiva (au epi, au Nr, au dgt e au sit), sinergística (au pro) e epinástica (au brt) no acúmulo de antocianinas e alongamento do hipocótilo na luz, porém nessa última resposta, au dgt e au sit indicaram uma interação sinergística. Juntos, esses resultados indicam que, embora phy possui vias distintas da AUX, ET, ABA e GA no controle do acúmulo de antocianinas e alongamento do hipocótilo, parece que esse fotorreceptor partilha vias comuns com CK em ambas as respostas. / Many responses regulated by light during plant development are also regulated by plant hormones, suggesting an interaction between these factors. One important approach to test this hypothesis is the use of photomorphogenic and hormonal mutants and double mutant analysis. Mutants with altered photoreceptor biosynthesis, light signal transduction, hormonal metabolism and hormonal sensitivity are available in tomato. However, since they are in different cultivars, this can be a limitation for their use in a comprehensive study, as well as, for the construction of double mutants. In this work we performed the introgression of nineteen mutations in a single cultivar of tomato, Micro- Tom (cv. MT). These mutations affect biosynthesis or response to phytochrome (phy), auxin (AUX), cytokinin (CK), gibberellin (GA), abscisic acid (ABA), ethylene (ET) and brassinosteroid (BR). Using this collection of hormone mutants, we studied two responses which are controlled by light and hormones: elongation and anthocyanin accumulation in hypocotyls. For this purpose, we used three approaches: i) hormonal treatment in the photomorphogenic mutants, ii) measurement of hypocotyl lengths from hormonal mutants grown under light and dark conditions and iii) double mutant (photomorphogenic-hormonal) analysis. Anthocyanin accumulation was promoted by CK and ABA and inhibited by GA. This is in accordance with the reduction of anthocyanin accumulation in the ABA deficient mutant (not) and in the GA hypersensitive mutant (pro). Although the diageotropica (dgt), auxin-insensitive mutant, showed a high anthocyanin accumulation, the addition of auxin did not supported a role for this hormone in anthocyanin accumulation. On the other hand, this could be due to a low auxin-tocytokinin ratio presented by dgt. Data from mutants with altered metabolism and sensitivity of ethylene, epinastic (epi) and Never ripe (Nr) respectively, and from plants treated with this hormone suggest a limited role of ethylene in the anthocyanin biosynthesis. Exogenous AUX, CK, ABA and ET inhibited the hypocotyl elongation. This is coherent with the promotion of hypocotyl elongation in dgt and sit mutants under light conditions and inhibition of hypocotyl elongation in the epi mutant in the light and dark. On the other hand, GA promoted the hypocotyl elongation corroborating the same effect seen in pro. The brt mutant showed a reduced hypocotyl elongation in light and dark conditions, which contradicts the effect of exogenous cytokinin. The phytochromedeficient aurea (au) mutant was the only one to show an enhanced hypocotyl elongation in the dark compared to the wild type (MT). The combination between photomorphogenic and hormonal mutants (double mutants) showed additive (au epi, au Nr, au dgt e au sit), synergistic (au pro) and epistatic (au brt) interactions considering the anthocyanin accumulation and hypocotyl elongation. Synergistic interaction was observed in the elongation hypocotyl of the au dgt and au sit double mutants. These results indicate that phy and CK may share some signaling/metabolic pathways in the control of anthocyanin accumulation and hypocotyl elongation. On the other hand, our data do not support an interaction between phy and the hormones AUX, ET, ABA and GA in the control of hypocotyls elongation or anthocyanin accumulation.
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Obtenção e uso de mutantes com alterações no balanço auxina/citocinina no estudo da competência organogênica em micro-tomateiro (Lycopersicon esculentum cv Micro-Tom). / Generation and utilization of mutants with altered auxin/cytokinin ratio in the study of organogenic competence in micro-tomato (Lycopersicon esculentum CV Micro-Tom).Lilian Ellen Pino-Nunes 14 April 2005 (has links)
Uma das abordagens mais utilizadas atualmente para se estudar o metabolismo e a transdução de sinais hormonais é o uso de mutantes com alterações nos genes que codificam os principais componentes desses processos. A cultivar miniatura de tomateiro (Lycopersicon esculentum) denominada Micro-Tom (MT) possui porte reduzido (8 cm) e ciclo de apenas 75 dias, constituindo-se em um excelente modelo para uma abordagem genética de estudos fisiológicos. Mutantes com alterações no balanço auxina/citocinina, ou na capacidade de resposta a esse balanço, podem ser utilizados para desvendar o papel da interação entre esses hormônios no controle do desenvolvimento, inclusive no que se refere à capacidade de regeneração in vitro. O presente trabalho teve como objetivo criar um modelo para se estudar o papel do balanço auxina/citocinina endógeno na competência para regeneração in vitro, através da incorporação das mutações dgt, brt, gf, lutescent, ls e bu, as quais sugerem alterações no metabolismo e/ou sensibilidade hormonal, na cultivar MT. Essas mutações foram caracterizadas quanto à sensibilidade à auxina e citocinina através da obtenção de curvas de dose-resposta, utilizando-se diferentes concentrações de AIA (0; 0.1; 1; 10 e 100 µM) e TDZ (0; 0.01; 0.1; 1; 10 e 100 µM), em segmentos de pecíolo e plântulas germinadas em gerbox, respectivamente. As mutações caracterizadas para auxina e citocinina, bem como o controle MT, foram testadas in vitro, quanto à sua capacidade de regeneração, em meio de cultura MS, suplementado com 5µM de BAP (explantes cotiledonares e segmentos de hipocótilo) e 4,5 µM de Zeatina (segmentos de raiz). Os mutantes lutescent, gf e bu, apesar de possuírem fenótipo bastante interessante, não parecem ser relacionados à sensibilidade à auxina e citocinina, bem como ao etileno. Já os mutantes dgt e brt apresentaram respostas típicas de mutantes com pouca sensibilidade à auxina e citocinina, respectivamente. Dessa forma, a resposta ao balanço AIA/Cks é alterado nesses mutantes, afetando o processo de regeneração. Nos segmentos de hipocótilo, houve formação de calos em todos os explantes, entretanto, poucos explantes formaram gemas adventícias, sendo que o mutante dgt foi o que apresentou menor taxa de regeneração. Nos explantes cotiledonares, a taxa de regeneração foi menor ainda no MT e no mutante dgt, e ausente no mutante brt. Não houve regeneração em nenhum dos genótipos em segmentos de raiz. Esses resultados sugerem que, embora a competência para regeneração in vitro possa ser dependente do balanço AIA/Cks, ou da resposta a esse balanço, existem interações mais complexas entre esses hormônios e seus efeitos na regeneração. A exemplo disso, era de se esperar uma maior formação de gemas caulinares em dgt, já que sua capacidade de resposta ao balanço está voltada para Cks. Um estudo mais aprofundado para a correta interpretação dessa interação deve levar em conta que a sensibilidade à auxina é necessária também no processo de desdiferenciação. Além disso, auxinas e citocininas não só atuam na diferenciação, mas também podem interferir na regeneração, independente do balanço AIA/Cks, já que são necessárias para a expansão e divisão celular. / To date, one of approaches more used to study the metabolism and transduction of hormone signals are the mutants with alterations in genes which encode the principal components of this process. The miniature cultivar of tomato (Lycopersicon esculentum) named Micro-Tom (MT) possesses reduced size (8 cm) and a life cycle of just 75 days, constituting an excellent model for a genetic approach of physiology studies. Mutants with altered auxin/cytokinin ratio, or in the response capacity to this ratio, can be used to clear up the role of interactions between these hormones in the control of development, including those concerning the in vitro regeneration capacity. The current work aimed to produce a model to study the role of endogenous auxin/cytokinins ratio in the competence for in vitro regeneration, through incorporation of the dgt, brt, gf, lutescent, ls and bu mutations, which concern altered hormone metabolism and/or sensibility, in the MT cultivar. These mutations were tested for the hypothesis of being related to auxin and cytokinin sensibility by means of dose-response curves, using different concentrations of IAA (0; 0.1; 1; 10 e 100 µM) and TDZ (0; 0.01; 0.1; 1; 10 e 100 µM), in petiole segments and gerbox-germinated seedlings, respectively. The mutations confirmed to be auxin and cytokinin related, as well the MT control, were tested in vitro for regeneration capacity, in MS culture media, with either 5µM de BAP (cotyledon explants and hypocotyl segments) or 4,5 µM Zeatin (root segments). The luescent, gf and bu mutants, despite showing an interesting phenotype, do not seem to be related to auxin and cytokinin sensibility, as well as to ethylene. However, the dgt and brt mutants showed typical responses of reduced auxin and cytokinin sensibility, respectively. Thus, the response to auxin/cytokinin is altered in these mutants, affecting the regeneration process. Calli were observed in all hypocotyl segments, however few explants formed adventitious buds, with the dgt mutant presenting the least regeneration ratio. In the cotyledon explants, the regeneration ratio was even less than in MT and in dgt, and absent in the brt mutant. There was no regeneration whatsoever from root segments in any genotype. These results suggest that, although the competence for in vitro regeneration might be dependent on the IAA/Cks ratio, or the response to this ratio, interactions far more complex exist between these hormones and their effects on regeneration. For instance, a greater adventitious buds formation was expected in dgt, because its response ability is biased toward Cks. A deeper study for the correct interpretation of these data should consider that the sensibility to auxin is also necessary in the process of undifferentiation. Besides, both auxins and cytokinins have roles not only in differentiation, but also can interfere with regeneration independent of the IAA/Cks ratio, as they are required for cell division and expansion.
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