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Identidad narrativa en “detectives” de Roberto Bolaño y “el espejo” de Machado de Assis

Martinez, Claudia Lucía Rodezno 23 May 2017 (has links)
Submitted by Fabiano Vassallo (fabianovassallo2127@gmail.com) on 2017-05-08T17:46:46Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DissertaçãoUFF_CLRodeznoM.pdf: 649169 bytes, checksum: 26c253bb69bbd1c7f71e7df6e25195bf (MD5) / Approved for entry into archive by Josimara Dias Brumatti (bcgdigital@ndc.uff.br) on 2017-05-23T20:22:51Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DissertaçãoUFF_CLRodeznoM.pdf: 649169 bytes, checksum: 26c253bb69bbd1c7f71e7df6e25195bf (MD5) / Made available in DSpace on 2017-05-23T20:22:51Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) DissertaçãoUFF_CLRodeznoM.pdf: 649169 bytes, checksum: 26c253bb69bbd1c7f71e7df6e25195bf (MD5) / Organização dos Estados Americanos / Nas histórias de vida, estão constituídas as diferentes instâncias que indicam as identidades dos que executam a ação, ou seja, os personagens. Apesar disso, tais instâncias costumam estar emaranhadas com o texto, no ambiente e na ação mesma. Numa última análise, estão ocultas pelo lugar primordial que, em vários momentos, tacitamente, se outorga ao desenvolvimento da trama. Além disso, as identidades mesmas estão configuradas na, e desde a, construção da trama, já que é na narração dos acontecimentos – na elaboração e no desenlace do conflito dramático – que se revela o “quem” do texto. Paul Ricoeur (1996c) propõe que o reconhecer e recuperar a identidade de quem conta se estabelece a partir da narrativa. No processo de leitura e de empreender esta busca, aparece que ditas identidades – o “quem” em um sentido amplo – estão estabelecidas nos diálogos, nas lembranças e, inclusive, na opinião que um personagem tem do outro. Ao analisar os momentos de configuração narrativa na trama, podem aparecer desdobramentos de identidade que não se contemplam na execução de uma leitura superficial. Poderá surgir, por exemplo, aquilo que está em jogo quando um personagem narra sobre uma experiência própria: Quem é o narrador e quem é o narrado?; São a mesma pessoa?; Compartilham a mesma identidade? Ao ler um conto sem narrador, escrito completamente em diálogos, poderão aparecer perguntas do tipo: Quem ou o que estabelece a identidade dos personagens?; Na falta de um narrador, por meio de que recursos se conhece a identidade dos personagens? Enquanto os desdobramentos da identidade narrativa trazem consigo estas interrogações, também se entreveem estados de alteridade, por exemplo, em um personagem que não reconhece a si mesmo frente a um espelho, ainda que saiba que é seu próprio reflexo. Nestas situações, a tensão da identidade, que progressivamente se converte em latência, chega a um ponto em que se concretiza numa alteridade e desestabiliza – ainda que por pouco tempo – toda a recomposição da identidade conquistada até o momento. Estará, então, na narrativa o recuperar a noção de “quem” dos personagens que dialogam. Este trabalho busca desentranhar as instâncias de configuração de identidade, seus desdobramentos e as manifestações de alteridade e intersubjetividade nos contos “O espelho”, de Machado de Assis, e “Detectives”, de Roberto Bolaño. Utiliza nas análises as teorias que integram o discurso narrativo com a experiência humana, especificamente as de Paul Ricoeur, incorporando por sua vez estudos literários sobre a intersubjetividade / En las historias de vida están constituidas las diferentes instancias que apuntan hacia la identidad de los que ejecutan la acción, o sea los personajes, sin embargo, estas suelen estar enmarañadas con el texto, en el ambiente y en la misma acción. En última instancia, están ocultas por el lugar primordial que, en ocasiones, tácitamente se le otorga al desarrollo de la trama. Más allá de eso, dichas identidades están configuradas en y desde la construcción de la trama, ya que es en la narración de los acontecimientos –en la elaboración y resolución del conflicto dramático– que se da a conocer el “quién” del texto. Paul Ricoeur (1996c), propone que el reconocer y recuperar la identidad de quienes cuentan se establece desde la narrativa. En el proceso de lectura y de emprender esta búsqueda, surge que dichas identidades –el “quién” en un sentido amplio– estén establecidas en los diálogos, en los recuerdos, incluso en la opinión que un personaje tenga sobre otro. Al analizar los momentos de configuración narrativa en la trama, pueden aparecer desdoblamientos de identidad que no se contemplan al hacer una lectura superficial. Podrá surgir, por ejemplo, lo que está en juego cuando un personaje narra sobre una experiencia propia: ¿Quién es el narrador y quién es el narrado?, ¿son la misma persona?, ¿comparten la misma identidad? Al estar de frente a un cuento que carece de narrador, escrito completamente en diálogo, aparecerán preguntas de la índole: ¿Quién establece la identidad de los personajes? ¿Por medio de qué recursos se conoce la identidad de los personajes al carecer de narrador? Mientras los desdoblamientos de la identidad narrativa acarrean consigo estas interrogantes, también se entrevén estados de alteridad, por ejemplo, en un personaje que no se reconoce a sí mismo frente a un espejo aunque sabe que es su propio reflejo. En estas situaciones, la tensión de la identidad, que progresivamente se ha convertido en latente, llega a un punto donde se concretiza en una alteridad y desestabiliza –aunque brevemente– toda recomposición de identidad lograda hasta ese momento. Estará, entonces, en la narrativa el recuperar la noción del “quién” de los personajes que cuentan. Este trabajo busca desentrañar las instancias de configuración de identidad, sus desdoblamientos y las manifestaciones de alteridad e intersubjetividad en dos cuentos: “El espejo” de Machado de Assis y “Detectives” de Roberto Bolaño. Se utilizan en el análisis, teorías que integran el discurso narrativo con la experiencia humana, específicamente las de Paul Ricoeur, incorporando a la vez estudios literarios sobre la intersubjetividad
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Do ponto de virada das narrativas literárias à intervenção psicanalítica

Chaves, Anna Barreto Campello Carvalheira 27 July 2017 (has links)
Submitted by Biblioteca Central (biblioteca@unicap.br) on 2018-01-23T14:10:30Z No. of bitstreams: 1 anna_barreto_campelo_carvalheira_chaves.pdf: 3393838 bytes, checksum: a8f9f04d47b0885738b08fcd6c07a0d4 (MD5) / Made available in DSpace on 2018-01-23T14:10:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 anna_barreto_campelo_carvalheira_chaves.pdf: 3393838 bytes, checksum: a8f9f04d47b0885738b08fcd6c07a0d4 (MD5) Previous issue date: 2017-07-27 / The interest in this work From the turning point of the literary narratives to the psychoanalytic intervention arose from the psychoanalytic service performed on Bianca, Jean and Beatriz. Bianca is an illustrative case of psychosis, while the Jean and Beatriz cases are illustrative of autism. The methodology used was the study of the features of the case. In the cases cited, the mark is a solid double bond. The double, according to Lacan, originates from an idealized image, without holes, constituted by the Other and makes reference to the Freudian Unheimlich. Bianca presents a destructive specular image, while in the Jean and Beatriz cases the specular image is still under construction. In all three clinical cases, something surprising has occurred. Even with the presence of the destructive mark of the double, there were unexpected body metamorphoses. Such modifications in their lives brought the idea of a "turning point" as it occurs in literary narratives. The aim of the thesis is, therefore, to analyse how the literature resource, the "turning point", can contribute to interventions in the psychoanalytic clinic in cases whose mark is the massive collage with the double. The turning point refers to the presence of an element that maintains a coherence with the story and, at the same time, brings about changes in the direction and in the very sense of the narrative. This surprising element seems at first glance an accessory, but it becomes fundamental. The twist performs a subversion to what is expected in the story, transforming the relationship between the figure and the background of the narrative and the images constituted by it. The work of this thesis points to the idea of a psychoanalyst, who uses the transference to weave patchwork from the clinical case narrative. The patchwork is an accessory, initially impossible to see or hear. The psychoanalyst, while weaving the patchwork, creates holes in the narrative, thus generating a subversion to a destructive image. The environment generates the literary narrative image after the turning point. In the same way, in the constitution of the subject, it is what is around the subject that determines its specular image. In this way, if the background changes, the figure will also become different. By means of interventions that promote an inversion between figure and background in the constituent narrative of the subject, the destructive image constituted, or even still under construction, may have the route modified and will provide body metamorphoses. / O interesse a respeito deste trabalho Do ponto de virada das narrativas literárias à intervenção psicanalítica surgiu do atendimento psicanalítico realizado a três pacientes: Bianca, Jean e Beatriz (nomes fictícios). Bianca é um caso ilustrativo de psicose, já os casos de Jean e de Beatriz são ilustrativos de autismo. A metodologia utilizada foi a do estudo do traço do caso. Nos casos citados, o que se faz marca é uma colagem maciça ao duplo. O duplo, conforme Lacan, é originado de uma imagem idealizada, sem furos, constituída pelo Outro e faz referência ao Unheimlich freudiano. Bianca apresenta uma imagem especular destrutiva, enquanto em Jean e Beatriz a imagem especular ainda está em construção. Nos três casos clínicos, ocorreu algo de surpreendente. Mesmo com a presença da marca destrutiva do duplo, houve metamorfoses corporais inesperadas. Tais modificações na vida de cada um trouxeram a ideia de um “ponto de virada” tal qual ocorre em narrativas literárias. O objetivo da tese é, portanto, analisar como um recurso da literatura, o “ponto de virada”, pode contribuir para intervenções na clínica psicanalítica em casos cuja marca é a colagem maciça com o duplo. O ponto de virada ou peripécia diz respeito à presença de um elemento que mantém uma coerência com a história e, ao mesmo tempo, traz modificações na direção e no próprio sentido da narrativa. Esse elemento surpreendente parece, à primeira vista, acessório, mas se torna fundamental. A peripécia realiza uma subversão ao que é esperado na história, transformando a relação entre a figura e o fundo da narrativa e das imagens constituídas por esta. O trabalho de tese aponta para a ideia de um psicanalista, que se utiliza da transferência para tecer retalhos da narrativa do caso clínico. Os retalhos são elementos acessórios, inicialmente impossíveis de serem vistos ou escutados. O psicanalista, ao mesmo tempo em que tece os retalhos, ocasiona furos na narrativa, gerando, dessa forma, uma subversão a uma imagem destrutiva. É o entorno que gera a própria imagem nas narrativas literárias após o ponto de virada, como também na constituição do sujeito é o que está em volta do sujeito que determina sua imagem especular. Desse modo, se o fundo se modifica, a figura também se tornará diferente. Por meio de intervenções que propiciam uma inversão entre figura e fundo na narrativa constituinte do sujeito, a imagem destrutiva constituída, ou mesmo ainda em construção, poderá ter o rumo modificado e propiciará metamorfoses corporais.

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