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Influência das variantes genéticas do proto-oncogene RET na apresentação clínica da neoplasia endócrina múltipla tipo 2Siqueira, Débora Rodrigues January 2012 (has links)
O carcinoma medular de tireóide (CMT) é uma neoplasia das células C ou parafoliculares da tireóide, correspondendo a 5–8% dos tumores malignos da glândula. O CMT apresenta-se como um tumor esporádico (75-80%) ou na forma hereditária (20-25%). Na forma familiar é um dos componentes de uma síndrome genética de herança autossômica dominante, apresentando-se isoladamente, como carcinoma medular de tireóide familiar (CMTF) ou como um dos componentes da neoplasia endócrina múltipla (NEM) 2A ou 2B. A síndrome genética NEM 2A caracteriza-se pela presença de CMT (95%), feocromocitoma (30 – 50%) e hiperparatireoidismo (10-20%), enquanto que pacientes com NEM 2B podem aprensentar CMT (90%), feocromocitoma (45%), ganglioneuromatose (100%) e hábito marfanóide (65%). O proto-oncogene RET, gene responsável pela NEM 2, codifica um receptor tirosinoquinase expresso nas células derivadas da crista neural. Mutações germinativas no RET são descritas principalmente nos exons 10, 11 e 16. Diversos estudos demonstraram a associação entre mutações específicas (genótipo) e idade no diagnóstico ou agressividade do CMT hereditário (fenótipo). No entanto, pacientes portadores da mesma mutação no proto-ongene RET podem apresentam quadros clínicos diferentes. Por esta razão, os polimorfismos do RET têm sido investigados como possíveis modificadores do fenótipo clínico em pacientes com NEM 2. Porém, os dados existentes na literatura sobre o papel dos polimorfismos do RET ainda são controversos. O objetivo do nosso estudo foi avaliar o papel das variantes genéticas do RET na apresentação clínica do CMT (Siqueira DR et al, Endocr Relat Cancer 2010; 17:953-963). Dentro deste contexto, realizamos uma revisão do conhecimento atual sobre a associação dos polimorfismos do RET com o risco de desenvolver ou modificar a evolução do CMT (Ceolin L et al, Int J Mol Sci 2012; 13:221-239). A melhor compreensão dos diferentes mecanismos moleculares envolvidos na patogênese tumoral permitiu o desenvolvimento de novos tratamentos, direcionados principalmente aos pacientes com doença metastática. Dentre as diversas classes de novas drogas, destacam-se os inibidores tirosina quinase; essas drogas inibem a ação de vários receptores, entre eles o RET. O crescente número de estudos publicados avaliando o efeito de inibidores tirosina-quinase no manejo de pacientes com CMT metastático determinou um estudo da literatura sobre este tema (artigo submetido à publicação).
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Influência das variantes genéticas do proto-oncogene RET na apresentação clínica da neoplasia endócrina múltipla tipo 2Siqueira, Débora Rodrigues January 2012 (has links)
O carcinoma medular de tireóide (CMT) é uma neoplasia das células C ou parafoliculares da tireóide, correspondendo a 5–8% dos tumores malignos da glândula. O CMT apresenta-se como um tumor esporádico (75-80%) ou na forma hereditária (20-25%). Na forma familiar é um dos componentes de uma síndrome genética de herança autossômica dominante, apresentando-se isoladamente, como carcinoma medular de tireóide familiar (CMTF) ou como um dos componentes da neoplasia endócrina múltipla (NEM) 2A ou 2B. A síndrome genética NEM 2A caracteriza-se pela presença de CMT (95%), feocromocitoma (30 – 50%) e hiperparatireoidismo (10-20%), enquanto que pacientes com NEM 2B podem aprensentar CMT (90%), feocromocitoma (45%), ganglioneuromatose (100%) e hábito marfanóide (65%). O proto-oncogene RET, gene responsável pela NEM 2, codifica um receptor tirosinoquinase expresso nas células derivadas da crista neural. Mutações germinativas no RET são descritas principalmente nos exons 10, 11 e 16. Diversos estudos demonstraram a associação entre mutações específicas (genótipo) e idade no diagnóstico ou agressividade do CMT hereditário (fenótipo). No entanto, pacientes portadores da mesma mutação no proto-ongene RET podem apresentam quadros clínicos diferentes. Por esta razão, os polimorfismos do RET têm sido investigados como possíveis modificadores do fenótipo clínico em pacientes com NEM 2. Porém, os dados existentes na literatura sobre o papel dos polimorfismos do RET ainda são controversos. O objetivo do nosso estudo foi avaliar o papel das variantes genéticas do RET na apresentação clínica do CMT (Siqueira DR et al, Endocr Relat Cancer 2010; 17:953-963). Dentro deste contexto, realizamos uma revisão do conhecimento atual sobre a associação dos polimorfismos do RET com o risco de desenvolver ou modificar a evolução do CMT (Ceolin L et al, Int J Mol Sci 2012; 13:221-239). A melhor compreensão dos diferentes mecanismos moleculares envolvidos na patogênese tumoral permitiu o desenvolvimento de novos tratamentos, direcionados principalmente aos pacientes com doença metastática. Dentre as diversas classes de novas drogas, destacam-se os inibidores tirosina quinase; essas drogas inibem a ação de vários receptores, entre eles o RET. O crescente número de estudos publicados avaliando o efeito de inibidores tirosina-quinase no manejo de pacientes com CMT metastático determinou um estudo da literatura sobre este tema (artigo submetido à publicação).
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Influência das variantes genéticas do proto-oncogene RET na apresentação clínica da neoplasia endócrina múltipla tipo 2Siqueira, Débora Rodrigues January 2012 (has links)
O carcinoma medular de tireóide (CMT) é uma neoplasia das células C ou parafoliculares da tireóide, correspondendo a 5–8% dos tumores malignos da glândula. O CMT apresenta-se como um tumor esporádico (75-80%) ou na forma hereditária (20-25%). Na forma familiar é um dos componentes de uma síndrome genética de herança autossômica dominante, apresentando-se isoladamente, como carcinoma medular de tireóide familiar (CMTF) ou como um dos componentes da neoplasia endócrina múltipla (NEM) 2A ou 2B. A síndrome genética NEM 2A caracteriza-se pela presença de CMT (95%), feocromocitoma (30 – 50%) e hiperparatireoidismo (10-20%), enquanto que pacientes com NEM 2B podem aprensentar CMT (90%), feocromocitoma (45%), ganglioneuromatose (100%) e hábito marfanóide (65%). O proto-oncogene RET, gene responsável pela NEM 2, codifica um receptor tirosinoquinase expresso nas células derivadas da crista neural. Mutações germinativas no RET são descritas principalmente nos exons 10, 11 e 16. Diversos estudos demonstraram a associação entre mutações específicas (genótipo) e idade no diagnóstico ou agressividade do CMT hereditário (fenótipo). No entanto, pacientes portadores da mesma mutação no proto-ongene RET podem apresentam quadros clínicos diferentes. Por esta razão, os polimorfismos do RET têm sido investigados como possíveis modificadores do fenótipo clínico em pacientes com NEM 2. Porém, os dados existentes na literatura sobre o papel dos polimorfismos do RET ainda são controversos. O objetivo do nosso estudo foi avaliar o papel das variantes genéticas do RET na apresentação clínica do CMT (Siqueira DR et al, Endocr Relat Cancer 2010; 17:953-963). Dentro deste contexto, realizamos uma revisão do conhecimento atual sobre a associação dos polimorfismos do RET com o risco de desenvolver ou modificar a evolução do CMT (Ceolin L et al, Int J Mol Sci 2012; 13:221-239). A melhor compreensão dos diferentes mecanismos moleculares envolvidos na patogênese tumoral permitiu o desenvolvimento de novos tratamentos, direcionados principalmente aos pacientes com doença metastática. Dentre as diversas classes de novas drogas, destacam-se os inibidores tirosina quinase; essas drogas inibem a ação de vários receptores, entre eles o RET. O crescente número de estudos publicados avaliando o efeito de inibidores tirosina-quinase no manejo de pacientes com CMT metastático determinou um estudo da literatura sobre este tema (artigo submetido à publicação).
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Avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial de indivíduos sob-risco de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 na microrregião do Baixo Jaguaribe do estado do Ceará / Epidemiological, clinical and laboratory evaluation of individuals under risk for multiple endocrine neoplasia type 1 in baixo Jaguaribe micro-region of Ceará stateSouza, Michele Renata de 04 September 2015 (has links)
SOUZA, M. R. Avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial de indivíduos sob-risco de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 na microrregião do Baixo Jaguaribe do estado do Ceará. 2015. 101 f. Dissertação (Mestrado em Farmacologia) – Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015. / Submitted by Erika Fernandes (erikaleitefernandes@gmail.com) on 2016-01-25T11:35:10Z
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Previous issue date: 2015-09-04 / The Multiple Endocrine Neoplasia type 1 (MEN1) is a genetic disorder with autosomal dominant inheritance with high penetrance (near 100% at 50 years) caused by a mutation that inactivates the MEN1 gene. It is defined by the combined occurrence of two of the three major endocrine tumors related to MEN1: Primary hyperparathyroidism (HPT), pituitary tumors (PT) and enteropancreatic endocrine tumors (PET). It is classified as familial MEN1 when there is one patient with MEN1 and at least one first degree relative with one of the three classic tumors. Due to this inheritance pattern, the first degree relatives of patients with MEN1 have a theoretical 50% risk of being carriers of the mutation. In a previous study conducted at the University Hospital Walter Cantídio were clinically diagnosed 56 patients with MEN1, divided into 12 families and four sporadic cases. Of the 12 families, six are coming from two cities located in micro-region of Ceará state known as Baixo Jaguaribe. In this work we aimed to perform clinical and laboratory screening and evaluating associations between epidemiological, clinical and laboratory data on the impact on the diagnosis of MEN1 in relatives under-risk MEN1 from that region and measuring the degree of correlation between clinical research by applying the questionnaire and the biochemical diagnosis. Collection of clinical data of first-degree relatives ≥ 20 years-old under-risk through clinical and epidemiological questionnaire and biochemical evaluation were performed for diagnosis of the main tumors-related syndrome (serum glucose, insulin, total calcium, ionized calcium, phosphorus, PTH, 25-hydroxyvitamin D, prolactin, IGF-1 and gastrin). Of the 27 individuals at-risk evaluated the average age was 45,1 ± 13.1 (22-65) years-old, 59% of them performed activities related to network weaving. Of the total sample, 11/27 (40,7%) had at least one clinical complaints possibly related to the presence of HPT, while the biochemical diagnosis of this was done in 13/27 (48,1%). 18/27 (66,6%) of subjects had one or more signs/symptoms that may be associated with PET, while the biochemical diagnosis was made in only 2/27 (7,4%) of the subjects (01 gastrinoma and 01 insulinoma). Suggestive complaint of PT were found in 17/27 (62,9%), while the biochemical confirmation was made in 5/27 (18,5%), all with hyperprolactinemia. We found a correlation between the clinical and biochemical research for HPT in 8/11 (72,7%) of the subjects (kappa = 0,40, p = 0,054), which is considered moderate and on the other hand there were a weak correlation to both PET in 2/ 18 (11,1%; kappa = 0,076 and p = 0.054) and PT in 5/17 (29,4%; kappa = 0,23 and p = 0,124). In conclusion, we found 14/27 (51,8%) new cases diagnosed with MEN1 in a population considered high risk, which is consistent with the pattern of disease transmission. On average the diagnosis was made in the fifth decade of life, showing a delay in diagnosis. The clinical questionnaire had a poor applicability for diagnosis since the relationship between the presence of a sign and/or a symptom and biochemical diagnosis showed low consistency, with only moderate concordance considered for diagnosis of HPT. / A Neoplasia Endócrina Múltipla Tipo 1 (NEM1) é um patologia genética com padrão de herança autossômico dominante de alta penetrância (próximo 100% aos 50 anos) causada por uma mutação que inativa o gene MEN1. Define-se pela ocorrência combinada de dois dos três principais tumores endócrinos relacionados à NEM1: hiperparatireoidismo primário (HPT), tumores hipofisários (TH) e tumores endócrinos enteropancreáticos (TEP). Classifica-se como NEM1 familiar quando há um paciente com NEM1 e pelo menos um familiar com um dos três tumores clássicos. Devido ao padrão de herança os parentes de primeiro grau dos indivíduos afetados apresentam um risco teórico de 50% de serem portadores da mutação. Em estudo prévio realizado no Hospital Universitário Walter Cantídio foram diagnosticados clinicamente 56 pacientes com NEM1, sendo oriundos de 12 famílias e 4 casos esporádicos. Das 12 famílias, seis são procedentes de dois municípios situados numa microrregião do estado do Ceará conhecida como Baixo Jaguaribe. No presente trabalho objetivamos realizar rastreamento clínico-laboratorial e avaliar associações entre dados epidemiológicos, clínicos e laboratoriais sob o impacto no diagnóstico de NEM1 em parentes sob-risco de NEM1 provenientes da região supracitada e aferir o grau de concordância entre a pesquisa clínica através da aplicação de questionário e o diagnóstico bioquímico. Foram realizadas coleta dos dados clínicos dos parentes de primeiro grau ≥ 20 anos sob-risco, através de questionário clínico-epidemiológico e avaliação bioquímica, para diagnóstico dos principais tumores relacionados à síndrome (dosagem sérica de glicemia, insulina, cálcio total, cálcio ionizado, fósforo, PTH, 25-hidroxivitamina D, prolactina, IGF-1 e gastrina). Dos 27 indivíduos sob-risco avaliados a idade média foi de 45,1 ± 13,1(22-65) anos, 59% destes realizavam atividade relacionada à tecelagem de rede. Do total da amostra, 11/27 (40,7%) apresentaram pelo menos uma queixa clínica possivelmente relacionada à presença de HPT, enquanto o diagnóstico bioquímico deste foi feito em 13/27(48,1%). 18/27(66,6%) dos indivíduos apresentaram um ou mais sinais/sintomas que podem estar associados aos TEP, enquanto o diagnóstico bioquímico foi feito em apenas 02/27(7,4%) dos indivíduos (01 gastrinoma e 01 insulinoma). Manifestações sugestivas de TH foram encontradas em 17/27 (62,9%), enquanto a confirmação bioquímica foi feita em 05/27(18,5%), todos com hiperprolactinemia. Encontramos uma concordância entre o diagnóstico clínico e bioquímico para pesquisa de HPT em 8/11(72,7%) dos indivíduos (kappa = 0,40, p=0,054) que é considerada moderada, sendo a mesma considerada fraca para TEP com 2/18 (11,1%; kappa = 0,07 e p=0,054) e TH em 5/17 (29,4%; kappa = 0,23 e p=0,124). Em conclusão, encontramos 14/27(51,8%) novos casos com diagnóstico de NEM1 em uma população considerada de alto risco, estando de acordo com o padrão de transmissão da doença. Em média, o diagnóstico foi feito na quinta década de vida, demonstrando um atraso no diagnóstico. A aplicabilidade do questionário clínico mostrou-se de baixa confiabilidade para o diagnóstico uma vez que a relação entre a presença de um sinal e/ou sintoma e a confirmação bioquímica apresentou baixa concordância, havendo apenas uma concordância considerada moderada para o diagnóstico de HPT.
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Caracterização do fenótipo e rastreamento gênico em famílias com neoplasia endócrina múltipla tipo 2A devido à nova dupla mutação germinativa C634Y/Y791F no proto-oncogene RET / Phenotype characterization and genetic screening in multiple endocrine neoplasia type 2A families associated with the new double germline mutation C634Y/Y791F in the RET proto-oncogeneCoutinho, Flávia Lima 25 April 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A imensa maioria dos casos com Neoplasia Endócrina Múltipla Tipo 2 (NEM2) é causada por uma única mutação germinativa no proto-oncogene RET. Entretanto, há alguns poucos casos descritos na literatura (~16) que apresentam duplas mutações/polimorfismos no gene RET, geralmente associados a fenótipos atípicos. OBJETIVOS: Os objetivos deste projeto são: a) caracterizar os aspectos clínicos de pacientes advindos de cinco famílias não relacionadas com diagnóstico de NEM2A, nas quais se documentou a presença de uma nova dupla mutação germinativa RET nos códons 634 e 791 e b) realizar rastreamento gênico familiar dos casos sob-risco com a finalidade de identificarmos possíveis casos com esta nova mutação. PACIENTES: Cinco casos-índice foram recentemente descobertos albergando a dupla mutação germinativa RET C634Y/Y791F. Nestas famílias há relato de 208 parentes, potencialmente, sob-risco (~50%) de serem portadores desta mutação. Dentre estes 208 indivíduos, 81 (38,9%) aceitaram participar do rastreamento gênico. MÉTODOS: O estudo foi realizado na Disciplina de Endocrinologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O DNA do sangue periférico dos pacientes e de seus parentes sob- risco foi obtido após a obtenção do consentimento livre e esclarecido. Após PCR, foi realizado o sequenciamento gênico direto (ABI 3130x/l Sequencer, Applied Biosystems), abrangendo todos os 20 éxons do RET. Foram investigados potenciais polimorfismos e mutações no RET. Os tumores NEM2-relacionados (carcinoma medular de tireoide, CMT; feocromocitoma, FEO; hiperparatireoidismo primário, HPT) foram estudados quanto a vários parâmetros clínicos, como: sinais/sintomas; dimensão, penetrância e agressividade dos tumores; porcentagem de remissão bioquímica do CMT, e recidiva ou persistência dos tumores. RESULTADOS: Dentre os 81 indivíduos que participaram do rastreamento gênico, documentamos 28 casos (34,5%) como portadores da dupla mutação RET C634Y/Y791F. Além disso, as mutações foram testadas in vitro e um gene de efeito fundador foi descartado. Observou-se que: a) os cinco casos-índice (100%) com mutação germinativa RET C634Y/Y791F apresentaram FEO com características tais como, tumores medindo acima de 5,0 cm, e quatro dentre os cinco casos (80%) tiveram o diagnóstico com idades inferiores a 35 anos. A frequência de FEO nos parentes adultos (a partir da terceira década) foi de 73% e eram bilaterais em 80%; b) as características do CMT nos afetados albergando a mutação RET 634/791 eram similares às que ocorrem em pacientes com a mutação 634 isolada. Adicionalmente, estudo in vitro desta dupla mutação revelou que o grau de fosforilação das células com a dupla mutação celular 634/791 era significativamente maior (p=0,04), quando comparada com a capacidade fosforilativa das mutações 634 e 791 avaliadas individualmente. CONCLUSÃO: Diante dos presentes achados, conclui-se que os pacientes com esta nova dupla mutação tenderam a apresentar FEO de maior agressividade (precocidade, tumores volumosos e bilaterais), enquanto que o CMT, nestes casos, apresentava características usuais aos portadores de mutação RET no códon 634. A nossa hipótese é que os achados relativos ao FEO, nos presentes pacientes, foram influenciados pela presença da segunda mutação RET Y791F, a qual teria atuado como fator modulador do fenótipo. Esta hipótese foi suportada pelos estudos in vitro. Além disso, a ausência de um efeito fundador levou-nos a prever que esta dupla mutação RET pode não ser rara, na área geográfica estudada. Ainda que estes achados devam ser validados, os presentes dados podem ser úteis no diagnóstico genético e no manejo clínico e terapêutico dos pacientes com NEM2A / INTRODUCTION: The vast majority of cases with multiple endocrine neoplasia type 2A (MEN2A) is caused by a single germline mutation in the RET proto-oncogene. However, some instances (~16) of double germline RET mutations have been reported, most frequently associated with atypical phenotypes. OBJECTIVES: The main goals of this project were: a) to characterize the phenotype of patients from five unrelated MEN2A families harboring a new RET double germline in codons 634 and 791; b) perform the genetic screening in at-risk family members attempting to search for new similarly affected cases. PATIENTS: Five affected index-cases were recently found with this new double RET mutation C634Y/Y791F. In these five families, 208 first-degree relatives were reported and they were at-risk (~50%) to develop this mutation. Eighty-one individuals out of the 208 at-risk relatives (38.9%) were available and signed the informed consent. METHODS: The present investigation was performed at the Department of Endocrinology, School of Medicine, University of São Paulo. DNA was obtained from the peripheral blood of patients and at-risk relatives, after obtaining the informed consent of all individuals. After PCR, the direct genetic sequence was performed (ABI 3130x/l Sequencer, Applied Biosystems), involving all 20 exons of the RET proto-oncogene. Potential mutations and polymorphisms were investigated. In addition, the mutations were tested in vitro and a potential founder effect was evaluated. The MEN2A- related tumors (medullary thyroid carcinoma, MTC; pheochromocytoma, PHEO; and primary hyperparathyroidism, HPT) were approached using several clinical parameters, as: signs and symptoms; age at the diagnosis; tumor size and aggressiveness; biochemical remission of MTC; tumor relapse or persistence; RESULTS: Within the 81 genetically screened individuals, 28 cases (34.5%) were documented harboring the RET C634Y/Y791F germline mutation. It was observed that: a) the five affected index-cases (100%) were presented with PHEOs with features such as tumors measuring more than 5.0cm, and four out of the five cases (80%) had this diagnosis under the age of 35 years old. The frequency of PHEO in the adult affected relatives was also high (73%), from the third decade on, and were bilateral in 80%; b) the features and outcome of MTC in the affected C634Y/Y791F cases were similar to those MEN2A cases harboring the RET 634 mutation only. In addition, in vitro studies verified that cells with the 634/791 mutation had a significantly higher capacity of phosphorylation than cells harboring each individual mutation (p=0.04). Also, a founding gene was ruled out in these families. CONCLUSION: Our present data indicated that the earlier and more aggressive PHEOs seen in the present cases were most probably due to a phenotype modulation of the second RET 791 mutation. This hypothesis was supported by data from in vitro studies. Also, the absence of a founding couple led us to predict that this double RET mutation may not be rare, in the studied geographic area. Although these findings need to be validated, the present data may be useful in the genetic diagnosis as well as in the clinical and therapeutic management of MEN2A
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Rastreamento clínico de tumores endócrinos em jovens portadores de mutação MEN1 germinativa: avaliação do impacto clínico em relação aos critérios do consenso internacional de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 / Clinical screening of endocrine tumors in children and adolescents harboring germline MEN1 mutation: analysis of clinical impact applying criteria adopted for International Consensus on multiple endocrine neoplasia type 1Gonçalves, Tatiana Denck 26 June 2013 (has links)
Contexto: A neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1) é uma doença familiar com padrão de herança autossômica dominante, caracterizada por uma susceptibilidade genética aumentada ao desenvolvimento de tumores nas paratireóides (HPT), hipófise (PIT) e células endócrinas do pâncreas e do duodeno (PET). A descoberta do gene MEN1 propiciou a identificação de mutação nos casos- índices e nos familiares sob-risco. O Consenso Internacional de NEM1 (2001) sugeriu a realização periódica de exames hormonais e radiológicos em portadores de mutação germinativa MEN1, visando o diagnóstico precoce de tumores. As idades de início do rastreamento se basearam na descrição do caso mais jovem para cada tipo tumoral. O novo Consenso internacional de NEM1 (2012), mantendo este critério, sugeriu antecipar o início do rastreamento de tumores endócrinos pancreáticos não funcionantes (NF-PET) dos 20 para os 10 anos de idade, baseando-se no relato de dois casos jovens. A penetrância, a prevalência e o fenótipo dos tumores NEM1 em jovens com idade <21 anos ainda não foram satisfatoriamente determinados Objetivo: Avaliar a penetrância, a prevalência e o impacto clínico de tumores diagnosticados na 2ª década de vida em portadores de mutação germinativa MEN1 Casuística: É constituída por 113 portadores de mutação MEN1. Dois subgrupos foram selecionados para avaliar a penetrância e a prevalência na 2ª década: 27, avaliados durante a 2ª década e; 24, com início de sintomas relacionados à NEM1 nesta faixa etária (< 21anos) e diagnóstico após esta idade. Resultados: Considerando os 113 casos com NEM1, a distribuição percentual de casos diagnosticados ou com sintomas relacionados que se iniciaram na 2ª década de vida com HPT, PET, insulinoma, gastrinoma, NF-PET, PIT, prolactinoma e NF-PIT foi respectivamente: 29,5; 10,5; 25; 0; 10; 33,9; 48,5, e; 15,8%. Na segunda década, a penetrância de HPT, PET e PIT foi 66,7%, 42,1 % e 54,5% enquanto que a prevalência destes tumores foi de 76,2% %, 50% e 60%. A metade dos casos deste grupo jovem, com presença de tumores na 2ª década, era sintomática (52.4%; 11/21) sendo que os sintomas relacionados ao prolactinoma eram os mais prevalentes na admissão (81,8%) seguidos dos relacionados ao insulinoma (18,2%) e HPT (9%). Prolactinoma foi o tumor hipofisário mais prevalente (75%) e clinicamente relevante, sendo que 55,6% deles eram macroadenomas (>= 10 mm). PITs não funcionantes (NF-PIT) foram menos frequentes (3/12; 25%) e se apresentaram como microadenomas incipientes. NF-PETs foram frequentes na segunda década (8/16; 50%) e clinicamente relevantes uma vez que 62,5% dos casos tinha indicação cirúrgica. Insulinomas basicamente representaram os PETs funcionantes nesta faixa etária. Apesar da maioria dos casos com HPT serem assintomáticos ao diagnóstico (15/16; 93.8%), um quarto deles (25%) apresentaram nefrolitíase antes dos 20 anos. Conclusões: HPT, prolactinomas, insulinomas e NF-PETs representam os tumores relacionados à NEM1 de maior relevância clínica durante a 2ª década de vida. Nossos dados indicam que um rastreamento clínico/hormonal e radiológico ostensivo deve ser conduzido direcionado ao diagnóstico destes tumores em jovens portadores de mutação germinativa MEN1 / Context: Multiple endocrine neoplasia type 1 (MEN1) is an autosomal dominant inherited disorder with high susceptibility to developing endocrine tumors in pituitary (PIT) and parathyroids glands (HPT) and endocrine cells from duodenum and pancreatic islets (PET). Genetic status of index cases and at-risk familial members was possible after MEN1 gene discovery. Genetic screening of MEN1 families has substantially improved the clinical management of MEN1. In order to reach an early diagnosis, the Consensus on MEN1 (2001) established periodic hormonal/radiological exams in MEN1 carriers with beginning to each tumor type based on younger case age reported so far. Recently, non-functioning PETs (NF- PET) were described in two cases in younger ages (2nd decade) than that defined by Consensus (20 y-old or more). Recently, the 2012 clinical practice guideline on MEN1 suggested the anticipation of the screening for NF-PETs from 20 to 10 years of age. However, data on the penetrance of MEN1-related tumors in young MEN1 patients (<21y-old) are scarce. Objective: Estimate the penetrance, prevalence and clinical impact resultant of the early diagnosis of MEN1-related tumors in young MEN1 carriers. Design: Data obtained from a MEN1 screening program (1996- 2012). Setting: Tertiary academic reference center. Patients: 27 young MEN1 cases prospectively followed during the first two decades of life, belonging to an overall casuistic of 113 MEN1 cases harboring MEN1 germline mutations; Methods: Appropriate biochemical and imaging studies. Results: In the present setting, the percentage values of the each one of the MEN1-related tumors recognized during 2nd decade in our 113 MEN1 cases were: HPT (29.5%); PET (10.5%); insulinoma (25%); gastrinoma (0%), non-functioning PET (10%); PIT (33.9%), prolactinoma (48.5%); and NF-PIT (15.8%). In 27 MEN1-mutation positive patients younger than 21y-old, the penetrance and prevalence of HPT, PET and PIT were, respectively, 66.7%, 42.1%, 54.5% and 76.2%, 50%, 60%. Half of young cases were asymptomatic. Symptoms were mostly related with prolactinoma (81.8%), insulinoma (18.2%) and HPT (9%). Prolactinoma was highly prevalent (75%) and most (55.5%) were macroadenoma. NF-PITs (25%) had no clinical relevance. Asymptomatic NF-PETs were frequent (50%) and relevant clinically (62.5%). Considering the functioning PETs, only insulinoma was present in young MEN1 subset. One quarter of all HPT patients exhibited MEN1-related urolithiasis in the second decade. Conclusions: Our MEN1 series documented a high prevalence of clinically relevant HPT, prolactinoma, insulinoma and NF-PETs and its comorbidities during the second decade of life. These data suggest the need for strict surveillance of these tumors in MEN1 mutation carriers during late childhood and adolescence
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Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes com hiperparatireoidismo primário hereditário associado à neoplasia endócrina múltipla tipo 1, antes e após paratireoidectomia / Bone mineral density analysis in patients with primary hyperparathyroidism associated with multiple endocrine neoplasia type 1, before and after parathyroidectomyCoutinho, Flavia Lima 12 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Hiperparatireoidismo primário (HPT) é uma doença endócrina relativamente comum, caracterizada por hipercalcemia associada a concentrações de PTH elevadas ou inapropriadamente normais. A maioria dos pacientes (90%-95%) apresenta a forma esporádica da doença, enquanto a forma familiar pode ocorrer associada à neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1) e tipo 2, HPT-tumor de mandíbula, HPT neonatal severo e HPT isolada familiar. HPT associado com NEM1 (HPT/NEM1) difere da forma esporádica em vários aspectos, entre eles: acometimento multiglandular das paratireóides (hiperplasia x adenoma); início da doença mais precoce (20 x 40 anos); afeta homens e mulheres em proporção semelhante (1:1), em contraste a 1:3 no HPT esporádico; diferentes tratamentos cirúrgicos (paratireoidectomia total ou subtotal x adenomectomia); maior taxa de recorrência após paratireoidectomia (PTx); e tende a ser menos agressivo que o HPT esporádico. No HPT esporádico, o perfil da perda mineral óssea e o impacto do tratamento cirúrgico na densidade mineral óssea (DMO) estão bem definidos. Por outro lado, dados sobre perda óssea no HPT/NEM1 e sua potencial recuperação após PTx são escassamente relatados. O objetivo deste estudo é avaliar o perfil densitométrico e o impacto do tratamento cirúrgico na DMO em pacientes com HPT/NEM1. MÉTODOS: Neste estudo, avaliamos inicialmente 36 pacientes (18 homens e 18 mulheres) com diagnóstico de HPT/NEM1 (média de idade ao diagnóstico de HPT de 38,99 ± 14.46 anos, 20-74 anos). Estes pacientes pertenciam a oito famílias não relacionadas previamente caracterizadas clinicamente e portadoras de mutações germinativas MEN1. Avaliamos a DMO no terço proximal do rádio distal (1/3 RD), fêmur (colo do fêmur e fêmur total) e coluna lombar (L1-L4) destes 36 pacientes. A DMO foi medida pela densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X (DXA) e os valores expressos em índice T, índice Z e em valores absolutos (g/cm2). Após esta avaliação da DMO, vinte e quatro pacientes foram submetidos à paratireoidectomia total seguida por auto-implante em antebraço não dominante. Em um grupo selecionado de 16 pacientes foi avaliada a densidade mineral óssea antes e após (período médio de 15 meses) o tratamento cirúrgico. RESULTADOS: Desmineralização óssea (osteoporose/osteopenia) foi observada no 1/3 RD (28/34, 79,4%); colo do fêmur (26/36, 72,7%) e na coluna lombar (25/36, 69,4%). Osteopenia foi principalmente observada no colo do fêmur (19/36, 52,8%), seguida pelo 1/3 RD (14/34, 41,2%) e coluna lombar (11/36, 30,5%). Osteoporose foi observada principalmente na coluna lombar (14/36, 38,9%) e 1/3 RD (14/34, 41,2%); enquanto no colo do fêmur (7/36, 19,4%) a prevalência foi menor . Valores médios de índice T estavam severamente reduzidos no 1/3 RD (- 2,46±1,436 DP), seguido pela coluna lombar (-2,05±1,539 DP). O colo do fêmur foi o menos afetado (-1,60±1,138 DP). Nos 16 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico, no período médio de 15 meses após PTx, a DMO (g/cm2) aumentou significativamente na coluna lombar de 0,843 para 0,909 g/cm2 (+ 8,4%; p=0,001). A DMO (g/cm2) no colo do fêmur também aumentou significativamente de 0,745 para 0,798 g/cm2 (+ 7,7%; p=0.0001). No 1/3 RD não houve modificação estatisticamente significante da DMO (0,627 ± 0,089 para 0,622 ± 0,075; p=0,76). CONCLUSÃO: Nossos dados demonstraram que o rádio distal é o sítio ósseo preferencial para desmineralização óssea e que a coluna lombar pode não estar relativamente protegida na HPT/MEN1, como descrito no HPT esporádico. Um aumento significante foi observado na coluna lombar e no colo do fêmur em pacientes com HPT/NEM1, em um período médio de 15 meses após paratireoidectomia; enquanto no terço proximal do radio distal, não houve melhora significativa durante este estudo / INTRODUTION: Primary hyperparathyroidism (HPT) is a relatively common endocrine disorder, which is characterized by hypercalcemia and elevated or inappropriately normal levels of PTH. Most patients (90-95%) present with the sporadic form of the disease, whereas familial cases may occur associated with multiple endocrine neoplasias type 1 (MEN1) and type 2, jaw tumours, as well as severe neonatal form and familial isolated HPT. HPT associated with MEN1 (HPT/MEN1) differs from sporadic primary HPT (s- HPT) in the following aspects: it presents as a multiglandular parathyroid neoplasia (hyperplasia vs adenoma); it has an earlier disease onset (20 vs. 40 years of age); there is a sex ratio of 1:1 in contrast to the 1:3 ratio for s- HPT; different surgical treatment (total or subtotal parathyroidectomy x adenomectomy); there are higher recurrence rates after a parathyroidectomy (PTx); and it frequently tends to be less aggressive than s-HPT. In s-HPT, the bone loss profile and the impact of parathyroid surgery are well defined. In contrast, data on bone losses in HPT/MEN1 and the potential bone recovery after PTx have been scarcely reported. The aim of this study is to evaluate the bone mineral status and the impact of surgical treatment on bone mineral density (BMD) in HPT/MEN1 patients. METHODS: We studied 36 cases (18 males and 18 females) diagnosed with HPT/MEN1 (average age at the HPT diagnosis of 38.9 ± 14.46 years; range, 20-74 years). These patients belonged to eight unrelated MEN1 families previously clinically characterized and harboring germline MEN1 mutations. We have assessed the values of BMD in the proximal one third distal radius (1/3 distal radius), femoral (femoral neck and total) and lumbar spine (L1-L4) of these 36 HPT/MEN1 cases. BMD values were measured by dual-energy X-ray absorptiometry and the values expressed in T, Z-score and in absolute values. After BMD analyses, twenty four out of them were submitted to total parathyroidectomy followed by autoimplant in the non-dominant forearm. BMD measurements were evaluated before and in a mean period of 15 months after surgery, in a subset of 16 patients. RESULTS: Bone demineralization (osteoporosis/osteopenia) was seen at the proximal third of distal radius (28/34, 79.4%); femoral neck (26/36, 72.7%) and in the lumbar spine (25/36, 69.4%). Osteopenia was mostly found in femoral neck (19/36, 52.8%), whereas 1/3 distal radius (14/34, 41.2%) and lumbar spine (11/36, 30.5%) were also represented. Osteoporosis was mostly marked at lumbar spine (14/36, 38.9%) and 1/3 DR (14/34, 41.2%), but femoral neck (7/36, 19.4%) was also affected. Mean T score values at the 1/3 DR were severely reduced (-2.46±1.436 SD), followed by lumbar spine (-2.05 ± 1.539 SD). The femoral neck was the least affected site (-1. 60 ± 1.138 SD). In the 16 cases submitted to surgical treatment, in a mean period of 15 months after PTX, BMD (g/cm2) significantly increased at the lumbar spine from 0.843 to 0.909 g/cm2 (+ 8.4%; p=0.001). Femoral neck BMD (g/cm2) also increased significantly from 0.745 to 0.798 g/cm2 (+ 7.7%; p=0.0001). In the proximal one third of distal radius, BMD (g/cm2) remained unchanged (baseline, 0.627 ± 0.089 to 0.622 ± 0.075; p=0.76). CONCLUSION: Our data confirmed distal radius as the preferential site of bone demineralization and that lumbar spine may not be relatively protected in HPT/MEN1, as related in the s-HPT. A significant increase in the BMD has been verified in the lumbar spine and femoral neck BMD in 16 patients with HPT/MEN1, in a mean period of 15 months after parathyroidectomy. However, the proximal one third of distal radius BMD did not present significant improvement during this study
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Caracterização do fenótipo e rastreamento gênico em famílias com neoplasia endócrina múltipla tipo 2A devido à nova dupla mutação germinativa C634Y/Y791F no proto-oncogene RET / Phenotype characterization and genetic screening in multiple endocrine neoplasia type 2A families associated with the new double germline mutation C634Y/Y791F in the RET proto-oncogeneFlávia Lima Coutinho 25 April 2013 (has links)
INTRODUÇÃO: A imensa maioria dos casos com Neoplasia Endócrina Múltipla Tipo 2 (NEM2) é causada por uma única mutação germinativa no proto-oncogene RET. Entretanto, há alguns poucos casos descritos na literatura (~16) que apresentam duplas mutações/polimorfismos no gene RET, geralmente associados a fenótipos atípicos. OBJETIVOS: Os objetivos deste projeto são: a) caracterizar os aspectos clínicos de pacientes advindos de cinco famílias não relacionadas com diagnóstico de NEM2A, nas quais se documentou a presença de uma nova dupla mutação germinativa RET nos códons 634 e 791 e b) realizar rastreamento gênico familiar dos casos sob-risco com a finalidade de identificarmos possíveis casos com esta nova mutação. PACIENTES: Cinco casos-índice foram recentemente descobertos albergando a dupla mutação germinativa RET C634Y/Y791F. Nestas famílias há relato de 208 parentes, potencialmente, sob-risco (~50%) de serem portadores desta mutação. Dentre estes 208 indivíduos, 81 (38,9%) aceitaram participar do rastreamento gênico. MÉTODOS: O estudo foi realizado na Disciplina de Endocrinologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O DNA do sangue periférico dos pacientes e de seus parentes sob- risco foi obtido após a obtenção do consentimento livre e esclarecido. Após PCR, foi realizado o sequenciamento gênico direto (ABI 3130x/l Sequencer, Applied Biosystems), abrangendo todos os 20 éxons do RET. Foram investigados potenciais polimorfismos e mutações no RET. Os tumores NEM2-relacionados (carcinoma medular de tireoide, CMT; feocromocitoma, FEO; hiperparatireoidismo primário, HPT) foram estudados quanto a vários parâmetros clínicos, como: sinais/sintomas; dimensão, penetrância e agressividade dos tumores; porcentagem de remissão bioquímica do CMT, e recidiva ou persistência dos tumores. RESULTADOS: Dentre os 81 indivíduos que participaram do rastreamento gênico, documentamos 28 casos (34,5%) como portadores da dupla mutação RET C634Y/Y791F. Além disso, as mutações foram testadas in vitro e um gene de efeito fundador foi descartado. Observou-se que: a) os cinco casos-índice (100%) com mutação germinativa RET C634Y/Y791F apresentaram FEO com características tais como, tumores medindo acima de 5,0 cm, e quatro dentre os cinco casos (80%) tiveram o diagnóstico com idades inferiores a 35 anos. A frequência de FEO nos parentes adultos (a partir da terceira década) foi de 73% e eram bilaterais em 80%; b) as características do CMT nos afetados albergando a mutação RET 634/791 eram similares às que ocorrem em pacientes com a mutação 634 isolada. Adicionalmente, estudo in vitro desta dupla mutação revelou que o grau de fosforilação das células com a dupla mutação celular 634/791 era significativamente maior (p=0,04), quando comparada com a capacidade fosforilativa das mutações 634 e 791 avaliadas individualmente. CONCLUSÃO: Diante dos presentes achados, conclui-se que os pacientes com esta nova dupla mutação tenderam a apresentar FEO de maior agressividade (precocidade, tumores volumosos e bilaterais), enquanto que o CMT, nestes casos, apresentava características usuais aos portadores de mutação RET no códon 634. A nossa hipótese é que os achados relativos ao FEO, nos presentes pacientes, foram influenciados pela presença da segunda mutação RET Y791F, a qual teria atuado como fator modulador do fenótipo. Esta hipótese foi suportada pelos estudos in vitro. Além disso, a ausência de um efeito fundador levou-nos a prever que esta dupla mutação RET pode não ser rara, na área geográfica estudada. Ainda que estes achados devam ser validados, os presentes dados podem ser úteis no diagnóstico genético e no manejo clínico e terapêutico dos pacientes com NEM2A / INTRODUCTION: The vast majority of cases with multiple endocrine neoplasia type 2A (MEN2A) is caused by a single germline mutation in the RET proto-oncogene. However, some instances (~16) of double germline RET mutations have been reported, most frequently associated with atypical phenotypes. OBJECTIVES: The main goals of this project were: a) to characterize the phenotype of patients from five unrelated MEN2A families harboring a new RET double germline in codons 634 and 791; b) perform the genetic screening in at-risk family members attempting to search for new similarly affected cases. PATIENTS: Five affected index-cases were recently found with this new double RET mutation C634Y/Y791F. In these five families, 208 first-degree relatives were reported and they were at-risk (~50%) to develop this mutation. Eighty-one individuals out of the 208 at-risk relatives (38.9%) were available and signed the informed consent. METHODS: The present investigation was performed at the Department of Endocrinology, School of Medicine, University of São Paulo. DNA was obtained from the peripheral blood of patients and at-risk relatives, after obtaining the informed consent of all individuals. After PCR, the direct genetic sequence was performed (ABI 3130x/l Sequencer, Applied Biosystems), involving all 20 exons of the RET proto-oncogene. Potential mutations and polymorphisms were investigated. In addition, the mutations were tested in vitro and a potential founder effect was evaluated. The MEN2A- related tumors (medullary thyroid carcinoma, MTC; pheochromocytoma, PHEO; and primary hyperparathyroidism, HPT) were approached using several clinical parameters, as: signs and symptoms; age at the diagnosis; tumor size and aggressiveness; biochemical remission of MTC; tumor relapse or persistence; RESULTS: Within the 81 genetically screened individuals, 28 cases (34.5%) were documented harboring the RET C634Y/Y791F germline mutation. It was observed that: a) the five affected index-cases (100%) were presented with PHEOs with features such as tumors measuring more than 5.0cm, and four out of the five cases (80%) had this diagnosis under the age of 35 years old. The frequency of PHEO in the adult affected relatives was also high (73%), from the third decade on, and were bilateral in 80%; b) the features and outcome of MTC in the affected C634Y/Y791F cases were similar to those MEN2A cases harboring the RET 634 mutation only. In addition, in vitro studies verified that cells with the 634/791 mutation had a significantly higher capacity of phosphorylation than cells harboring each individual mutation (p=0.04). Also, a founding gene was ruled out in these families. CONCLUSION: Our present data indicated that the earlier and more aggressive PHEOs seen in the present cases were most probably due to a phenotype modulation of the second RET 791 mutation. This hypothesis was supported by data from in vitro studies. Also, the absence of a founding couple led us to predict that this double RET mutation may not be rare, in the studied geographic area. Although these findings need to be validated, the present data may be useful in the genetic diagnosis as well as in the clinical and therapeutic management of MEN2A
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Rastreamento clínico de tumores endócrinos em jovens portadores de mutação MEN1 germinativa: avaliação do impacto clínico em relação aos critérios do consenso internacional de neoplasia endócrina múltipla tipo 1 / Clinical screening of endocrine tumors in children and adolescents harboring germline MEN1 mutation: analysis of clinical impact applying criteria adopted for International Consensus on multiple endocrine neoplasia type 1Tatiana Denck Gonçalves 26 June 2013 (has links)
Contexto: A neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1) é uma doença familiar com padrão de herança autossômica dominante, caracterizada por uma susceptibilidade genética aumentada ao desenvolvimento de tumores nas paratireóides (HPT), hipófise (PIT) e células endócrinas do pâncreas e do duodeno (PET). A descoberta do gene MEN1 propiciou a identificação de mutação nos casos- índices e nos familiares sob-risco. O Consenso Internacional de NEM1 (2001) sugeriu a realização periódica de exames hormonais e radiológicos em portadores de mutação germinativa MEN1, visando o diagnóstico precoce de tumores. As idades de início do rastreamento se basearam na descrição do caso mais jovem para cada tipo tumoral. O novo Consenso internacional de NEM1 (2012), mantendo este critério, sugeriu antecipar o início do rastreamento de tumores endócrinos pancreáticos não funcionantes (NF-PET) dos 20 para os 10 anos de idade, baseando-se no relato de dois casos jovens. A penetrância, a prevalência e o fenótipo dos tumores NEM1 em jovens com idade <21 anos ainda não foram satisfatoriamente determinados Objetivo: Avaliar a penetrância, a prevalência e o impacto clínico de tumores diagnosticados na 2ª década de vida em portadores de mutação germinativa MEN1 Casuística: É constituída por 113 portadores de mutação MEN1. Dois subgrupos foram selecionados para avaliar a penetrância e a prevalência na 2ª década: 27, avaliados durante a 2ª década e; 24, com início de sintomas relacionados à NEM1 nesta faixa etária (< 21anos) e diagnóstico após esta idade. Resultados: Considerando os 113 casos com NEM1, a distribuição percentual de casos diagnosticados ou com sintomas relacionados que se iniciaram na 2ª década de vida com HPT, PET, insulinoma, gastrinoma, NF-PET, PIT, prolactinoma e NF-PIT foi respectivamente: 29,5; 10,5; 25; 0; 10; 33,9; 48,5, e; 15,8%. Na segunda década, a penetrância de HPT, PET e PIT foi 66,7%, 42,1 % e 54,5% enquanto que a prevalência destes tumores foi de 76,2% %, 50% e 60%. A metade dos casos deste grupo jovem, com presença de tumores na 2ª década, era sintomática (52.4%; 11/21) sendo que os sintomas relacionados ao prolactinoma eram os mais prevalentes na admissão (81,8%) seguidos dos relacionados ao insulinoma (18,2%) e HPT (9%). Prolactinoma foi o tumor hipofisário mais prevalente (75%) e clinicamente relevante, sendo que 55,6% deles eram macroadenomas (>= 10 mm). PITs não funcionantes (NF-PIT) foram menos frequentes (3/12; 25%) e se apresentaram como microadenomas incipientes. NF-PETs foram frequentes na segunda década (8/16; 50%) e clinicamente relevantes uma vez que 62,5% dos casos tinha indicação cirúrgica. Insulinomas basicamente representaram os PETs funcionantes nesta faixa etária. Apesar da maioria dos casos com HPT serem assintomáticos ao diagnóstico (15/16; 93.8%), um quarto deles (25%) apresentaram nefrolitíase antes dos 20 anos. Conclusões: HPT, prolactinomas, insulinomas e NF-PETs representam os tumores relacionados à NEM1 de maior relevância clínica durante a 2ª década de vida. Nossos dados indicam que um rastreamento clínico/hormonal e radiológico ostensivo deve ser conduzido direcionado ao diagnóstico destes tumores em jovens portadores de mutação germinativa MEN1 / Context: Multiple endocrine neoplasia type 1 (MEN1) is an autosomal dominant inherited disorder with high susceptibility to developing endocrine tumors in pituitary (PIT) and parathyroids glands (HPT) and endocrine cells from duodenum and pancreatic islets (PET). Genetic status of index cases and at-risk familial members was possible after MEN1 gene discovery. Genetic screening of MEN1 families has substantially improved the clinical management of MEN1. In order to reach an early diagnosis, the Consensus on MEN1 (2001) established periodic hormonal/radiological exams in MEN1 carriers with beginning to each tumor type based on younger case age reported so far. Recently, non-functioning PETs (NF- PET) were described in two cases in younger ages (2nd decade) than that defined by Consensus (20 y-old or more). Recently, the 2012 clinical practice guideline on MEN1 suggested the anticipation of the screening for NF-PETs from 20 to 10 years of age. However, data on the penetrance of MEN1-related tumors in young MEN1 patients (<21y-old) are scarce. Objective: Estimate the penetrance, prevalence and clinical impact resultant of the early diagnosis of MEN1-related tumors in young MEN1 carriers. Design: Data obtained from a MEN1 screening program (1996- 2012). Setting: Tertiary academic reference center. Patients: 27 young MEN1 cases prospectively followed during the first two decades of life, belonging to an overall casuistic of 113 MEN1 cases harboring MEN1 germline mutations; Methods: Appropriate biochemical and imaging studies. Results: In the present setting, the percentage values of the each one of the MEN1-related tumors recognized during 2nd decade in our 113 MEN1 cases were: HPT (29.5%); PET (10.5%); insulinoma (25%); gastrinoma (0%), non-functioning PET (10%); PIT (33.9%), prolactinoma (48.5%); and NF-PIT (15.8%). In 27 MEN1-mutation positive patients younger than 21y-old, the penetrance and prevalence of HPT, PET and PIT were, respectively, 66.7%, 42.1%, 54.5% and 76.2%, 50%, 60%. Half of young cases were asymptomatic. Symptoms were mostly related with prolactinoma (81.8%), insulinoma (18.2%) and HPT (9%). Prolactinoma was highly prevalent (75%) and most (55.5%) were macroadenoma. NF-PITs (25%) had no clinical relevance. Asymptomatic NF-PETs were frequent (50%) and relevant clinically (62.5%). Considering the functioning PETs, only insulinoma was present in young MEN1 subset. One quarter of all HPT patients exhibited MEN1-related urolithiasis in the second decade. Conclusions: Our MEN1 series documented a high prevalence of clinically relevant HPT, prolactinoma, insulinoma and NF-PETs and its comorbidities during the second decade of life. These data suggest the need for strict surveillance of these tumors in MEN1 mutation carriers during late childhood and adolescence
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Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes com hiperparatireoidismo primário hereditário associado à neoplasia endócrina múltipla tipo 1, antes e após paratireoidectomia / Bone mineral density analysis in patients with primary hyperparathyroidism associated with multiple endocrine neoplasia type 1, before and after parathyroidectomyFlavia Lima Coutinho 12 March 2009 (has links)
INTRODUÇÃO: Hiperparatireoidismo primário (HPT) é uma doença endócrina relativamente comum, caracterizada por hipercalcemia associada a concentrações de PTH elevadas ou inapropriadamente normais. A maioria dos pacientes (90%-95%) apresenta a forma esporádica da doença, enquanto a forma familiar pode ocorrer associada à neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (NEM1) e tipo 2, HPT-tumor de mandíbula, HPT neonatal severo e HPT isolada familiar. HPT associado com NEM1 (HPT/NEM1) difere da forma esporádica em vários aspectos, entre eles: acometimento multiglandular das paratireóides (hiperplasia x adenoma); início da doença mais precoce (20 x 40 anos); afeta homens e mulheres em proporção semelhante (1:1), em contraste a 1:3 no HPT esporádico; diferentes tratamentos cirúrgicos (paratireoidectomia total ou subtotal x adenomectomia); maior taxa de recorrência após paratireoidectomia (PTx); e tende a ser menos agressivo que o HPT esporádico. No HPT esporádico, o perfil da perda mineral óssea e o impacto do tratamento cirúrgico na densidade mineral óssea (DMO) estão bem definidos. Por outro lado, dados sobre perda óssea no HPT/NEM1 e sua potencial recuperação após PTx são escassamente relatados. O objetivo deste estudo é avaliar o perfil densitométrico e o impacto do tratamento cirúrgico na DMO em pacientes com HPT/NEM1. MÉTODOS: Neste estudo, avaliamos inicialmente 36 pacientes (18 homens e 18 mulheres) com diagnóstico de HPT/NEM1 (média de idade ao diagnóstico de HPT de 38,99 ± 14.46 anos, 20-74 anos). Estes pacientes pertenciam a oito famílias não relacionadas previamente caracterizadas clinicamente e portadoras de mutações germinativas MEN1. Avaliamos a DMO no terço proximal do rádio distal (1/3 RD), fêmur (colo do fêmur e fêmur total) e coluna lombar (L1-L4) destes 36 pacientes. A DMO foi medida pela densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X (DXA) e os valores expressos em índice T, índice Z e em valores absolutos (g/cm2). Após esta avaliação da DMO, vinte e quatro pacientes foram submetidos à paratireoidectomia total seguida por auto-implante em antebraço não dominante. Em um grupo selecionado de 16 pacientes foi avaliada a densidade mineral óssea antes e após (período médio de 15 meses) o tratamento cirúrgico. RESULTADOS: Desmineralização óssea (osteoporose/osteopenia) foi observada no 1/3 RD (28/34, 79,4%); colo do fêmur (26/36, 72,7%) e na coluna lombar (25/36, 69,4%). Osteopenia foi principalmente observada no colo do fêmur (19/36, 52,8%), seguida pelo 1/3 RD (14/34, 41,2%) e coluna lombar (11/36, 30,5%). Osteoporose foi observada principalmente na coluna lombar (14/36, 38,9%) e 1/3 RD (14/34, 41,2%); enquanto no colo do fêmur (7/36, 19,4%) a prevalência foi menor . Valores médios de índice T estavam severamente reduzidos no 1/3 RD (- 2,46±1,436 DP), seguido pela coluna lombar (-2,05±1,539 DP). O colo do fêmur foi o menos afetado (-1,60±1,138 DP). Nos 16 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico, no período médio de 15 meses após PTx, a DMO (g/cm2) aumentou significativamente na coluna lombar de 0,843 para 0,909 g/cm2 (+ 8,4%; p=0,001). A DMO (g/cm2) no colo do fêmur também aumentou significativamente de 0,745 para 0,798 g/cm2 (+ 7,7%; p=0.0001). No 1/3 RD não houve modificação estatisticamente significante da DMO (0,627 ± 0,089 para 0,622 ± 0,075; p=0,76). CONCLUSÃO: Nossos dados demonstraram que o rádio distal é o sítio ósseo preferencial para desmineralização óssea e que a coluna lombar pode não estar relativamente protegida na HPT/MEN1, como descrito no HPT esporádico. Um aumento significante foi observado na coluna lombar e no colo do fêmur em pacientes com HPT/NEM1, em um período médio de 15 meses após paratireoidectomia; enquanto no terço proximal do radio distal, não houve melhora significativa durante este estudo / INTRODUTION: Primary hyperparathyroidism (HPT) is a relatively common endocrine disorder, which is characterized by hypercalcemia and elevated or inappropriately normal levels of PTH. Most patients (90-95%) present with the sporadic form of the disease, whereas familial cases may occur associated with multiple endocrine neoplasias type 1 (MEN1) and type 2, jaw tumours, as well as severe neonatal form and familial isolated HPT. HPT associated with MEN1 (HPT/MEN1) differs from sporadic primary HPT (s- HPT) in the following aspects: it presents as a multiglandular parathyroid neoplasia (hyperplasia vs adenoma); it has an earlier disease onset (20 vs. 40 years of age); there is a sex ratio of 1:1 in contrast to the 1:3 ratio for s- HPT; different surgical treatment (total or subtotal parathyroidectomy x adenomectomy); there are higher recurrence rates after a parathyroidectomy (PTx); and it frequently tends to be less aggressive than s-HPT. In s-HPT, the bone loss profile and the impact of parathyroid surgery are well defined. In contrast, data on bone losses in HPT/MEN1 and the potential bone recovery after PTx have been scarcely reported. The aim of this study is to evaluate the bone mineral status and the impact of surgical treatment on bone mineral density (BMD) in HPT/MEN1 patients. METHODS: We studied 36 cases (18 males and 18 females) diagnosed with HPT/MEN1 (average age at the HPT diagnosis of 38.9 ± 14.46 years; range, 20-74 years). These patients belonged to eight unrelated MEN1 families previously clinically characterized and harboring germline MEN1 mutations. We have assessed the values of BMD in the proximal one third distal radius (1/3 distal radius), femoral (femoral neck and total) and lumbar spine (L1-L4) of these 36 HPT/MEN1 cases. BMD values were measured by dual-energy X-ray absorptiometry and the values expressed in T, Z-score and in absolute values. After BMD analyses, twenty four out of them were submitted to total parathyroidectomy followed by autoimplant in the non-dominant forearm. BMD measurements were evaluated before and in a mean period of 15 months after surgery, in a subset of 16 patients. RESULTS: Bone demineralization (osteoporosis/osteopenia) was seen at the proximal third of distal radius (28/34, 79.4%); femoral neck (26/36, 72.7%) and in the lumbar spine (25/36, 69.4%). Osteopenia was mostly found in femoral neck (19/36, 52.8%), whereas 1/3 distal radius (14/34, 41.2%) and lumbar spine (11/36, 30.5%) were also represented. Osteoporosis was mostly marked at lumbar spine (14/36, 38.9%) and 1/3 DR (14/34, 41.2%), but femoral neck (7/36, 19.4%) was also affected. Mean T score values at the 1/3 DR were severely reduced (-2.46±1.436 SD), followed by lumbar spine (-2.05 ± 1.539 SD). The femoral neck was the least affected site (-1. 60 ± 1.138 SD). In the 16 cases submitted to surgical treatment, in a mean period of 15 months after PTX, BMD (g/cm2) significantly increased at the lumbar spine from 0.843 to 0.909 g/cm2 (+ 8.4%; p=0.001). Femoral neck BMD (g/cm2) also increased significantly from 0.745 to 0.798 g/cm2 (+ 7.7%; p=0.0001). In the proximal one third of distal radius, BMD (g/cm2) remained unchanged (baseline, 0.627 ± 0.089 to 0.622 ± 0.075; p=0.76). CONCLUSION: Our data confirmed distal radius as the preferential site of bone demineralization and that lumbar spine may not be relatively protected in HPT/MEN1, as related in the s-HPT. A significant increase in the BMD has been verified in the lumbar spine and femoral neck BMD in 16 patients with HPT/MEN1, in a mean period of 15 months after parathyroidectomy. However, the proximal one third of distal radius BMD did not present significant improvement during this study
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