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Avaliação da rede de atenção ao câncer de colo uterino: um estudo na perspectiva da integralidadePONTES, Taciana Leão 31 August 2016 (has links)
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Previous issue date: 2016-08-31 / CAPES / Apesar dos avanços do Sistema Único de Saúde na efetivação dos seus princípios, a integralidade ainda apresenta limites e desafios importantes que precisam ser superados. O modelo fragmentado de atenção à saúde traz consequências danosas ao sistema e não é capaz de acompanhar os desafios sanitários atuais e nem de atender às condições crônicas. Neste sentido, as Redes de Atenção à Saúde (RAS) constituem uma importante estratégia para modificar a conformação do sistema de saúde, numa tentativa de superar essa fragmentação da atenção. Nessa estratégia, as ações e serviços de saúde estão distribuídos em diferentes densidades tecnológicas e se articulam por meio de mecanismos de apoio técnico e logístico na busca da integralidade do cuidado. Na discussão dessa temática, o Câncer de Colo Uterino (CCU) se apresenta como uma condição para avaliação da rede, pois além de ampla magnitude no cenário epidemiológico, tem sua inclusão entre as redes prioritárias do Ministério da Saúde e seu cuidado perpassa os diferentes níveis de atenção. Nesse contexto o presente estudo tem como objetivo avaliar a Rede de Atenção à Saúde (RAS) de um município, sob a perspectiva da integralidade na linha de cuidado ao Câncer de Colo Uterino (CCU). Trata-se de uma pesquisa avaliativa, com abordagem qualitativa do tipo estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de entrevistas individuais semiestruturadas com auxílio de um roteiro elaborado pela pesquisadora. Para a análise dos dados foi utilizada a técnica de análise de conteúdo. Categorias temáticas foram criadas e posteriormente agrupadas sob os critérios de potencialidades e limitações da rede de CCU do município, para o alcance da integralidade. Dentre os resultados encontrados, verificou-se a existência de um fluxo formal entre os pontos da rede, refletindo de forma positiva na continuidade do cuidado. No intuito de fortalecer essa rede, foram identificadas iniciativas de gestão, como a adesão a alguns programas ministeriais. Na APS, apesar de acesso facilitado, foi identificada uma baixa resolutividade, principalmente pelo excesso de encaminhamentos realizados para a atenção secundária. A contrarreferencia apresentou-se de forma não institucionalizada, ocorrendo apenas em alguns casos. Além disso, foi observada uma sobrecarga dos serviços do município por demandas de cidades vizinhas. Desta forma, admite-se que o controle efetivo deste câncer está relacionado à estruturação de uma rede de saúde que permita acesso aos diferentes níveis de atenção, desde o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção até as ações de reabilitação. Identificar potencialidades e limitações na rede corresponde a uma ferramenta importante para aprimorar a atenção ao CCU. / In spite of the advances of the Unified Health System (SUS) regarding the concretization of its principles, the implementation of integration is still quite limited, and great challenges are yet to be overcome. The fragmented system of health care poses harmful consequences on itself and is not capable of keeping up with the present sanitary challenges and with the assistance of chronic conditions. Thus, the Networks of Health Care (RAS) are an important strategy for the transformation of the health system, as they wish to overcome the fragmentation of health care. In a network-organized system, the actions and services are distributed within different densities and technologies, articulated through mechanisms of technical and logistic support aimed at integrating care. In this context, Endometrial Cancer (CGU) is a condition that should be taken into account in the evaluation of the network, due to its large epidemic feature and to the fact that it is a priority for the Health Ministry, which means that attention to it involves different levels of care. That being said, the present study wishes to evaluate the RAS of a town from an integrated perspective of CGU care. Hence, it is an evaluative piece of research with a case-study qualitative approach. The data were collected through individual semi-structured interviews with the help of guidelines assembled by the researcher. For the data analysis, the content analysis technique was used. Thematic categories were created and later grouped according to the potentials and limitations of the town’s CGU network. Among the findings, a formal flux between the networks’ zones was observed, which has a positive reflex for the continuation of the medical care. In order to strengthen the CGU care network, some initiatives were identified, such as the joining in some ministerial programs. At Primary Health Care (APS), despite the facilitated access, results were not satisfying, mostly due to the excess of follow-ups designated to secondary attention. Counter reference appeared in a non-institutionalized form and happened in few cases. Moreover, the following were observed: an overload of services that the town hired from nearby cities and the absence of an agreement. Hence, the effective control of this type of cancer is related to the structuring of a health network that allows access to the different levels of care, from the development of promotional actions and prevention to rehabilitation actions. Identifying the potentials and limitations of the network is an important tool for the improvement of CGU care.
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Aspectos nutricionais e prevalência de lesões intraepiteliais cervicais de uma coorte de mulheres referenciadas a um pólo de atenção para câncer ginecológico no Rio de Janeiro / Nutritional aspects and prevalence of cervical intraepithelial lesions from a cohort of women referred to a center of attention for gynecological cancer in Rio de JaneiroParreira, Viviane Gomes January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / Introdução: O câncer de colo de útero é a segunda neoplasia mais comum entre as mulheres em todo o mundo, tendo como o principal fator de risco, o Papillomavirus Humano (HPV), do tipo oncogênico. Diversos estudos internacionais sugerem que os fatores nutricionais têm um importante papel na redução do risco de lesões intraepiteliais cervicais. Objetivos: Os objetivos foram: a) Determinar o padrão dietético das mulheres com lesões precursoras do câncer de colo do útero em uma coorte referenciada a um pólo de atendimento para câncer ginecológico no período de outubro de 2004 à maio de 2006; b) Caracterizar a coorte de mulheres segundo a distribuição das variáveis epidemiológicas (idade, escolaridade, tabagismo, uso de pílula anticoncepcional, índice de massa corporal) e clínica (citologia); c) Determinar as razões de prevalência (RP) entre lesão intraepitelial de baixo e alto grau e as variáveis nutricionais.Metodologia: Foi realizado um estudo observacional exploratório para determinação dos padrões dietéticos em uma coorte de mulheres com lesões intraepiteliais de colo do útero. Para avaliar a freqüência usual do consumo alimentar foi utilizado um Questionário de Freqüência Alimentar validado de 27 itens validado. As relações entre lesão intraepitelial de baixo e alto grau e as variáveis independentes (nutricionais) foram exploradas por razões de prevalência (RP) com intervalos de confiança (IC) de 95 por cento. Procedeu-se a análise fatorial para a determinação dos padrões alimentares. Resultados: A coorte de estudo foi composta por 267 pacientes. A média de idade foi de 34,9 anos e a mediana de 32 anos. A prevalência de tabagismo atual ou no passado foi de 42,5 por cento e 79,8 por cento das mulheres relataram uso atual de contraceptivos orais. Em relação ao Índice de Massa Corporal, 45,3 por cento foram classificadas como sobrepeso ou obesidade (> 24,9 Kg/m2). / Introduction: Cervix cancer is the second commom neoplasia between women around the world, having as major risk factor the Human Papillomairus (HPV), from oncogenic tipe. Several international studies suggest that nutritional factors have an important paper in reducing the risks of intraepithelial cervical lesions. Objectives: This study shows the following objectives: a) Detemine the dietary patterns of women with precursory lesions from cervix cancer in a cohort referred to an attending pole for ginecologic cancer among october 2004 and may 2006; b) Describe the women cohort according a distribution of epidemiological variables (age, schooling, smoking, use of contraceptive pills, body mass index) and clinic (citology); c) Determine prevalence reasons (RP) among intraepithelial low lesions and high grade and nutritional variables. Methodology: It was realized an exploratory study for determination of dietary patterns in a women cohort with intra epithelial lesions from uterine cervix. To evaluate the usual frequency of alimentary consumption was used Food Frequency Questionnaire validated of 27 item. The relations among low intraepithelial lesion and high grade and independent variables (nutritionals) were explored prevalence reasons (RP) with confidence intervals (IC) of 95%. We proceed the factor analisys for determination of dietary patterns.
Results: The cohort study was compound by 267 pacients. The average age was 34,9 years and median of 32 years. Actual or past smoking prevalence was 42,5% and 79,8% of women mentioned actual use of oral contraceptives. In relation to body mass index, 43,5% were classified as overweight or obesity (> 24,9 Kg/m2). Women with highest tertiles consumption of red meat presented 62% risk of developing intraepithelial cervical lesion when compared with lowest tertile. Increased dietary intakes of potatoes, corn, tomato, crude salad, carrot, juice, and dessert presented as protective factor to high grade lesion, without statisc significance. Were identified three dietary patterns, being the first pattern of great percentage to explain the variance (12,09). Conclusion: The results of the present study were not sufficiency to indicate the association among nutritional aspects and the intraepithelial cervicals lesions.
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Adesão ao método de auto coleta para rastreio de lesões precursoras do câncer do colo do úteroOliveira, Rebecca Guimarães January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A citologia convencional apresenta importantes limitações em relação a sua
sensibilidade e cobertura populacional, o que limita a maior redução das taxas de
mortalidade por câncer de colo do útero. Por estas razões, métodos diagnósticos
moleculares como a Captura Híbrida têm sido apontados como possíveis substitutos ou
complementos do rastreio primário do câncer cervical. O objetivo desse estudo foi
investigar a adesão de uma população feminina, residente da comunidade do Morro dos
Macacos, Vila Isabel, Rio de Janeiro, ao método da autocoleta da Captura Híbrida em
comparação ao método da citologia oncótica cervical. Realizamos um ensaio clínico
controlado randomizado no qual mulheres recrutadas através de visitas domiciliares
foram aleatoriamente alocadas para autocoleta da CH (51%) ou para realização da
citologia (49%). Nossa amostra foi constituída por 100 mulheres e verificamos que a
adesão entre as pacientes que receberam o kit da autocoleta da CH foi
significativamente maior do que a adesão entre as pacientes convidadas para realizar a
citologia (68,6% e 32,7% respectivamente; p < 0,001). Os dados aqui apresentados
apontam a autocoleta da CH como uma possibilidade de atingir mulheres resistentes ou
que têm dificuldade de acesso aos programas de rastreio do câncer do colo do útero
baseados na citologia. / The Pap smears has major limitations on its sensitivity and coverage, which limits the
greatest reduction in mortality rates of cervical cancer. For these reasons, molecular
diagnostic methods such as Hybrid Capture have been mentioned as possible substitutes
or additions of primary screening of cervical cancer. The aim of the present
investigation was to examine the adhesion of a female population, living in the
community of the Morro dos Macacos, Vila Isabel, Rio de Janeiro, for self-collection of
specimens for Hybrid Capture compared to the Pap smear. We performed a randomized
controlled clinical trial in which women were recruited through home visits and
randomly allocated to self-collection samples (51%) or for the Pap smear (49%). A
hundred women participated and the adhesion between the patients who were allocated
to self-collection was significantly higher than among patients invited to be submitted
Pap smear (68.8% and 32.7% respectively; p < 0.001). Our findings suggest the self-collection of specimens for Hybrid Capture can be an opportunity to reach women who
are resistant or have difficulty of access to cervical cancer prevention programs based
on cytology.
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Risco de lesão intra-epitelial escamosa de alto grau e câncer cervical nas pacientes com diagnóstico citológico de células escamosas atípicas, quando não se pode excluir lesão intra-epitelial de alto grauCytryn, Andréa January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Fernandes Figueira. Departamento de Ensino. Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e da Mulher. Rio de Janeiro, RJ, Brasil / A classificação citológica cérvico-vaginal mais atualizada, e que tem sido
empregada em quase todo o mundo, é a do Sistema Bethesda. Sua última atualização,
em 2001, subdividiu a categoria de células escamosas atípicas de significado
indeterminado (Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance – ASCUS) em
ASC-US (de significado indeterminado) e ASC-H (quando não se pode excluir lesão
intra-epitelial de alto grau), na qual espera-se maior probabilidade de se encontrar lesão
precursora do câncer do colo. No Brasil, esta subdivisão foi adotada oficialmente pelo
SUS (Sistema Único de Saúde) em junho de 2006, fazendo parte da Nomenclatura
Brasileira para Laudos Citopatológicos.
Esta pesquisa tem por objetivo medir a prevalência de lesão intra-epitelial
escamosa de alto grau e câncer cervical em pacientes encaminhadas do SUS com
citologia ASC-H, e comparar o risco desta lesão nas subcategorias de células escamosas
atípicas (Atypical Squamous Cells - ASC) através do cálculo da Razão de Prevalências.
Sua metodologia é baseada em casos com citologias ASCUS do SITEC (Sistema
Integrado de Tecnologia em Citopatologia) recebidos no IFF (Instituto Fernandes
Figueira) no período de agosto de 1998 a setembro de 2007, que foram revisados de
acordo com o Sistema Bethesda 2001 até que se chegasse a um diagnóstico de
consenso. Os casos ASC-H e ASC-US resultantes desta revisão, bem como os casos
novos recebidos a partir de 2004, foram incluídos e analisados em relação ao desfecho.
Para esta análise, incluíram-se os casos com diagnóstico histológico. Nos casos sem
histologia, a colposcopia e a citologia foram consideradas como padrão-ouro.
A prevalência da lesão de alto grau na citologia ASC-H foi de 19,29% (IC 95%
9,05 – 29,55%) e a possibilidade de doença de alto grau foi maior entre as pacientes
com citologia ASC-H comparado às pacientes com citologia ASC-US (RP = 10,42 ICvii
95% 2,39 – 45,47) p = 0,0000764. Encontrou-se lesão de alto grau com maior
freqüência nas pacientes abaixo dos 50 anos (RP = 2,67 IC 95% 0,38 – 18,83) porém
sem significância estatística (p = 0,2786998). Não foram encontrados casos de câncer
do colo do útero.
A prevalência de lesão de alto grau em pacientes com citologia ASC-H foi
significativa e a divisão em subcategorias do diagnóstico ASC se mostrou com boa
capacidade para discriminar a presença de lesões de alto grau. / The Bethesda System is the most recent cervical and vaginal citopathology
classification used almost worldwide. The Bethesda System’s last revision (2001)
subdivided the category of Atypical Squamous Cells of Undetermined Significance
(ASCUS) in ASC-US (of undetermined significance) and ASC-H (cannot exclude highgrade intraepithelial lesion), the last one carrying greater probability of finding
precursors lesions of cervical cancer.
This subdivision was adopted oficially by Brasilian Public Health System (SUS)
in June 2006, becoming part of the Brasilian Nomenclature for Citopathological
Reports.
The aim of the study was measure the prevalence of High-grade Squamous
Intraepithelial Lesion (HSIL) and cervical cancer, in patients whit citology of ASC-H and
compare the risk of HSIL in the subcategories of ASC-H and ASC-US by Prevalence
Ratio. The metodology was based in cases with citology ASCUS from SITEC (Integrated
System of Tecnology in Citopatology) received in IFF (Fernandes Figueira Institute)
from August 1998 to September 2007. The cytologies were reviwed by Bethesda System
2001 until a consensus diagnostic. The resultant cases of ASC-H and ASC-US from this
review and the new cases recived from 2004, were included and analysed in relation to
final diagnostic. This analysis included histology (gold standard) and those cases
without histology, citology and colposcopy were the gold standard.
We found 19,29% (CI 95% 9,05 – 29,55%) of prevalence of HSIL in ASC-H
citology and the possibility of HSIL was greater in ASC-H cytology than in ASC-US
(PR= 10,42, CI 95% 2,39 – 45,47%). We did not find cervical cancer.
The prevalence of high-grade intraepithelial lesion in patients with ASC-H
citology was significant and the subdivision of ASC (Atypical Squamous Cells) was
good in discriminating the presence of HSIL.
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Prurigo pós radioterapia: estudo clínico, histológico e imunohistoquímico / Post radiotherapy prurigo: clinical, histologic and immunohistochemical studyValle, Fabio Francesconi do 27 November 2018 (has links)
Introdução: Prurigo é uma terminologia de conotação sindrômica que tem o prurido como sintoma incondicional. O sinal é dermatológico, caracteristicamente manifestado por pápulas que se distribuem com relativa simetria pelo tegumento. Do ponto de vista clínico é uma condição de fácil suspeita, mas de difícil conclusão causal. Na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON), quadro de prurigo em pacientes oncológicos eram ocasionalmente identificados após início da radioterapia para o tratamento do tumor de base, contexto epidemiológico que não é classicamente relacionado ao prurigo. Objetivos: Descrever os aspectos clínicos, histopatológicos e imunoistoquímicos dos casos pósradioterapia. Métodos: estudo transversal, descritivo, de janeiro de 2006 a dezembro de 2012, com seleção de pacientes com CID de prurigo na FCECON. Serão descritas as características clínicas, histopatológicas e imunoistoquimicas dos casos com pesquisa de DNA viral do EBV, CMV e parvovírus B19. Resultados: Foram 35 mulheres e um homem, com idade média de 47 anos, sempre com queixa de prurido. A pelve sempre foi o campo irradiado com mediana de 28 dias para o surgimento dos sintomas. Foram 34 tumores ginecológicos com 31 casos de colo de útero. Ao todo ocorreram 13.339 lesões (média de 371), com 535 do grupo 1 (vesículas e urticas), 4.934 do grupo 2 (pápulas), 4.218 do grupo 3 (escoriações) e 3.652 do grupo 4 (residuais). Os membros inferiores foram acometidos em todos os casos e em 27 casos houve acometimento dos membros superiores. A histologia das 27 lâminas disponíveis identificou epiderme normal em cinco pacientes, atrofia em dois, espongiose em oito e alteração secundária ao prurido nas demais. Espongiose folicular e/ou espongiose do acrossiríngeo foram identificadas por nove ocasiões. Infiltrado perivascular superficial, profundo e intersticial composto por linfócitos e eosinófilos com distribuição perianexial foi o padrão mais encontrado na derme. O padrão do infiltrado foi de linfócitos T CD4 e ausência de linfócitos CD20 e linfócitos CD56. Não foi identificado DNA viral nas amostras examinadas. Discussão: O quadro de prurigo pós-radioterapia possui as mesmas características clínicoepidemiológicas e histológicas da síndrome EPPER. Histologicamente pode ser inclusa dentro das doenças inflamatórias eosinofílicas da pele, com padrão imunoistoquímico do infiltrado sugestivo de reação de hipersensibilidade mediada por linfócitos no padrão Th2. Como reação a picada de mosquitos foi o diagnóstico histológico de todos os casos, postula-se que o prurigo pós radioterapia, ou síndrome EPPER, seja reação imunológica precipitada pela exposição aos antígenos salivares do mosquito em um ambiente imune induzido pelo efeito abscopal secundário a irradiação pélvica. A natureza do estudo não permite confirmar esta conclusão, que deverá ser fruto de pesquisas futuras. Conclusões: O quadro de prurigo pós radioterapia esteve associado a irradiação da pelve, especialmente de tumores ginecológicos, com predomínio do câncer de colo de útero. Clinicamente semelhante a erupção pruriginosa, polimórfica, eosinofílica associada a radioditerapia (EPPER), pode ser classificado como prurigo agudo. As manifestações clínicas, histológicas e imunoistoquímicas são semelhantes ao quadro de hipersensibilidade a picada de mosquito do padrão celular, mediado por linfócitos Th2, sem evidencia de co-participação viral nos casos examinados / Introduction: Prurigo, a terminology used with a syndromic connotation, is characterized by pruritus, as an unconditional symptom, and papules usually distributed with relative symmetry by the integument. From the clinical point of view, it is a condition of easy suspicion, but of difficult causal conclusion. At the Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON), prurigo was occasionally identified in cancer patients after radiation therapy for the treatment of the underlying tumor, an epidemiological context that is not classically related to prurigo. Objectives: To describe the clinical, histopathological and immunohistochemical aspects of post-radiotherapy prurigo. Methods: a cross-sectional, descriptive study, from January 2006 to December 2012, with the selection of patients with prurigo as classified by international classification of diseases in FCECON. The clinical, histopathological and immunohistochemical characteristics of the cases with viral DNA screening by RT-PCR EBV, CMV and parvovirus B19 is described. Results: There were 35 women and one man, with an average age of 47 years. Pruritus was always present. The pelvis was invariably the irradiated field with a median of 28 days for the onset of symptoms. There were 34 cases with gynecological tumors with 31 of the uterine cervix. A total of 13,339 lesions (mean of 371), with 535 of group 1 (vesicles and urticas), 4,934 of group 2 (papules), 4,218 of group 3 (excoriations) and 3,652 of group 4 (residual). The lower limbs were affected in all cases, and in 27 cases there was involvement of the upper limbs. The histology of the 27 available slides identified normal epidermis in five patients, atrophy in two, spongiosis in eight and alteration secondary to pruritus in the others. Follicular spongiosis or spongiosis of the acrosyringium were identified on nine occasions. A superficial, deep and interstitial perivascular infiltrate composed of lymphocytes and eosinophils with perianexial distribution was the most common pattern found in the dermis. The composition of the infiltrate was of CD3 CD4 T lymphocytes and absence of CD20 lymphocytes and CD56 lymphocytes. There were no viral DNA identified in the samples examined. Discussion: Postradiotherapy prurigo has the same clinical-epidemiological and histological characteristics of eosinophilic, polymorphic, pruritic associated with radiotherapy (EPPER) syndrome. Histologically it can be included within the inflammatory eosinophilic diseases of the skin, and the immunohistochemestry pattern of the infiltrate suggests a hypersensitivity reaction mediated by Th2 lymphocytes. Since a reaction to mosquito bites was the clinicopathological diagnosis of all cases, the authors postulate that post-radiation prurigo, or EPPER syndrome, is an immunological reaction precipitated by exposure to the mosquito\'s salivary antigens in an immune environment induced by the abscopal effect secondary to irradiation of the pelvis. The nature of the study does not allow this conclusion, which should be the result of future research. Conclusions: Post-radiation prurigo was associated with irradiation of the pelvis especially to treat gynecological tumors, with cancer of the cervix predominance. Clinically similar to EPPER syndrome, it can be classified as acute prurigo. Clinical, histological and immunohistochemical manifestations are similar to the hypersensitivity of Th2 lymphocytemediated mosquito bites, with no evidence of viral co-participation in the cases examined
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Prurigo pós radioterapia: estudo clínico, histológico e imunohistoquímico / Post radiotherapy prurigo: clinical, histologic and immunohistochemical studyFabio Francesconi do Valle 27 November 2018 (has links)
Introdução: Prurigo é uma terminologia de conotação sindrômica que tem o prurido como sintoma incondicional. O sinal é dermatológico, caracteristicamente manifestado por pápulas que se distribuem com relativa simetria pelo tegumento. Do ponto de vista clínico é uma condição de fácil suspeita, mas de difícil conclusão causal. Na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON), quadro de prurigo em pacientes oncológicos eram ocasionalmente identificados após início da radioterapia para o tratamento do tumor de base, contexto epidemiológico que não é classicamente relacionado ao prurigo. Objetivos: Descrever os aspectos clínicos, histopatológicos e imunoistoquímicos dos casos pósradioterapia. Métodos: estudo transversal, descritivo, de janeiro de 2006 a dezembro de 2012, com seleção de pacientes com CID de prurigo na FCECON. Serão descritas as características clínicas, histopatológicas e imunoistoquimicas dos casos com pesquisa de DNA viral do EBV, CMV e parvovírus B19. Resultados: Foram 35 mulheres e um homem, com idade média de 47 anos, sempre com queixa de prurido. A pelve sempre foi o campo irradiado com mediana de 28 dias para o surgimento dos sintomas. Foram 34 tumores ginecológicos com 31 casos de colo de útero. Ao todo ocorreram 13.339 lesões (média de 371), com 535 do grupo 1 (vesículas e urticas), 4.934 do grupo 2 (pápulas), 4.218 do grupo 3 (escoriações) e 3.652 do grupo 4 (residuais). Os membros inferiores foram acometidos em todos os casos e em 27 casos houve acometimento dos membros superiores. A histologia das 27 lâminas disponíveis identificou epiderme normal em cinco pacientes, atrofia em dois, espongiose em oito e alteração secundária ao prurido nas demais. Espongiose folicular e/ou espongiose do acrossiríngeo foram identificadas por nove ocasiões. Infiltrado perivascular superficial, profundo e intersticial composto por linfócitos e eosinófilos com distribuição perianexial foi o padrão mais encontrado na derme. O padrão do infiltrado foi de linfócitos T CD4 e ausência de linfócitos CD20 e linfócitos CD56. Não foi identificado DNA viral nas amostras examinadas. Discussão: O quadro de prurigo pós-radioterapia possui as mesmas características clínicoepidemiológicas e histológicas da síndrome EPPER. Histologicamente pode ser inclusa dentro das doenças inflamatórias eosinofílicas da pele, com padrão imunoistoquímico do infiltrado sugestivo de reação de hipersensibilidade mediada por linfócitos no padrão Th2. Como reação a picada de mosquitos foi o diagnóstico histológico de todos os casos, postula-se que o prurigo pós radioterapia, ou síndrome EPPER, seja reação imunológica precipitada pela exposição aos antígenos salivares do mosquito em um ambiente imune induzido pelo efeito abscopal secundário a irradiação pélvica. A natureza do estudo não permite confirmar esta conclusão, que deverá ser fruto de pesquisas futuras. Conclusões: O quadro de prurigo pós radioterapia esteve associado a irradiação da pelve, especialmente de tumores ginecológicos, com predomínio do câncer de colo de útero. Clinicamente semelhante a erupção pruriginosa, polimórfica, eosinofílica associada a radioditerapia (EPPER), pode ser classificado como prurigo agudo. As manifestações clínicas, histológicas e imunoistoquímicas são semelhantes ao quadro de hipersensibilidade a picada de mosquito do padrão celular, mediado por linfócitos Th2, sem evidencia de co-participação viral nos casos examinados / Introduction: Prurigo, a terminology used with a syndromic connotation, is characterized by pruritus, as an unconditional symptom, and papules usually distributed with relative symmetry by the integument. From the clinical point of view, it is a condition of easy suspicion, but of difficult causal conclusion. At the Fundação Centro de Controle de Oncologia do Amazonas (FCECON), prurigo was occasionally identified in cancer patients after radiation therapy for the treatment of the underlying tumor, an epidemiological context that is not classically related to prurigo. Objectives: To describe the clinical, histopathological and immunohistochemical aspects of post-radiotherapy prurigo. Methods: a cross-sectional, descriptive study, from January 2006 to December 2012, with the selection of patients with prurigo as classified by international classification of diseases in FCECON. The clinical, histopathological and immunohistochemical characteristics of the cases with viral DNA screening by RT-PCR EBV, CMV and parvovirus B19 is described. Results: There were 35 women and one man, with an average age of 47 years. Pruritus was always present. The pelvis was invariably the irradiated field with a median of 28 days for the onset of symptoms. There were 34 cases with gynecological tumors with 31 of the uterine cervix. A total of 13,339 lesions (mean of 371), with 535 of group 1 (vesicles and urticas), 4,934 of group 2 (papules), 4,218 of group 3 (excoriations) and 3,652 of group 4 (residual). The lower limbs were affected in all cases, and in 27 cases there was involvement of the upper limbs. The histology of the 27 available slides identified normal epidermis in five patients, atrophy in two, spongiosis in eight and alteration secondary to pruritus in the others. Follicular spongiosis or spongiosis of the acrosyringium were identified on nine occasions. A superficial, deep and interstitial perivascular infiltrate composed of lymphocytes and eosinophils with perianexial distribution was the most common pattern found in the dermis. The composition of the infiltrate was of CD3 CD4 T lymphocytes and absence of CD20 lymphocytes and CD56 lymphocytes. There were no viral DNA identified in the samples examined. Discussion: Postradiotherapy prurigo has the same clinical-epidemiological and histological characteristics of eosinophilic, polymorphic, pruritic associated with radiotherapy (EPPER) syndrome. Histologically it can be included within the inflammatory eosinophilic diseases of the skin, and the immunohistochemestry pattern of the infiltrate suggests a hypersensitivity reaction mediated by Th2 lymphocytes. Since a reaction to mosquito bites was the clinicopathological diagnosis of all cases, the authors postulate that post-radiation prurigo, or EPPER syndrome, is an immunological reaction precipitated by exposure to the mosquito\'s salivary antigens in an immune environment induced by the abscopal effect secondary to irradiation of the pelvis. The nature of the study does not allow this conclusion, which should be the result of future research. Conclusions: Post-radiation prurigo was associated with irradiation of the pelvis especially to treat gynecological tumors, with cancer of the cervix predominance. Clinically similar to EPPER syndrome, it can be classified as acute prurigo. Clinical, histological and immunohistochemical manifestations are similar to the hypersensitivity of Th2 lymphocytemediated mosquito bites, with no evidence of viral co-participation in the cases examined
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Avaliação do segmento de mulheres com alterações no exame citopatológico do colo do útero / Evaluation of the follow-up of women with alterations in the cytopathological examination of the cervixPaterra, Tatiana da Silva Vaz 06 August 2018 (has links)
O câncer do colo do útero tem alta incidência e ainda causa muitas mortes entre mulheres brasileiras. O objetivo deste estudo foi avaliar o seguimento de mulheres com exames citopatológicos alterados, a partir da Atenção Primária à Saúde (APS) de um município brasileiro. Trata-se de estudo quantitativo, retrospectivo, descritivo. Foram selecionadas 175 mulheres com exames alterados, realizados entre 2006 a 2014, a partir de dados oriundos do Sistema de Informação do Câncer do Colo do útero (SISCOLO), do Sistema de Informação do Câncer (SISCAN), e livros de registros. Foram analisadas variáveis sociodemográficas (idade, escolaridade, estado civil e cor); clínicas (resultados de exames e procedimentos clínicos realizados); de seguimento (conduta adotada pelos profissionais de saúde frente ao resultado de exame alterado); intervalos temporais (tempo entre a coleta do exame e retorno para verificação do resultado, tempo de repetição do exame, tempo para realização da colposcopia e biópsia; tempo entre o encaminhamento da APS e a primeira consulta no serviço de referência). Utilizou-se a análise descritiva com distribuição percentual das variáveis categóricas, medidas de tendência central e valores de dispersão para variáveis contínuas. As condutas imediatas dos profissionais frente ao exame alterado, foram avaliadas de acordo com a Diretriz Nacional de Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, vigente na data de coleta do exame. O índice de positividade dos exames foi baixo (1,5%) podendo indicar resultados falsos-negativos. A média de idade das mulheres foi de 43 anos, sendo 82,86% brancas. Mais de 85% não possuía informações registradas em prontuário sobre estado civil e escolaridade. Cerca de 90% retornou para verificar o resultado do exame com intervalo de tempo em torno de 42 dias. Verificou-se que 86% dos profissionais adotaram a conduta preconizada para ASCUS e LSIL. No entanto, a temporalidade de repetição do exame foi adequada em apenas 10% dos casos avaliados. Adicionalmente, 76% dos profissionais adotaram a conduta preconizada (solicitação de colposcopia) para outros resultados (ASC-H, ASG-US, AGC-H, AOI 2, HSIL e HSIL não podendo excluir microinvasão). O tempo entre a data do encaminhamento e realização da colposcopia e biópsia foi de 40 e 50 dias, respectivamente. O tempo entre o encaminhamento da APS e a primeira consulta no serviço de referência apresentou mediana de 21 dias. Assim, a estrutura de seguimento de mulheres com alterações do exame citopatológico, a partir da APS, foi avaliada como adequada. A conduta dos profissionais de saúde, frente aos resultados alterados de exame citopatológico, foi adequada, na maioria dos casos avaliados, assim como o tempo entre as diferentes etapas de seguimento. A periodicidade de repetição do citopatológico foi inadequada. O rastreamento é oportunístico; algumas mulheres apresentaram perfil sugestivo de superrastreamento, enquanto outras podem estar com a coleta em atraso ou nunca ter realizado o exame; constatou-se baixa cobertura do exame, índice de positividade baixo, alimentação inadequada dos sistemas de informação e registro inadequado de informações no prontuário. Evidenciaram-se, portanto, aspectos do seguimento que podem ser aprimorados, visando à redução de iniquidades de acesso, incremento do diagnóstico precoce do CCU e favorecimento de bom prognóstico clínico dessas mulheres / Cervical cancer has a high incidence and still causes many deaths among Brazilian women. The objective of this study was to evaluate the follow-up of women with altered cytopathological exams from the Primary Health Care (PHC) of a Brazilian municipality. It is a quantitative, retrospective, descriptive study. 175 women with altered exams carried out between 2006 and 2014 were selected, based on data from the Cervical Cancer Information System (SISCOLO), the Cancer Information System (SISCAN), and records books. Sociodemographic variables (age, schooling, marital status and color) were analyzed; clinics (results of exams and performed clinical procedures); follow-up (conduct adopted by health professionals regarding the altered examination result); time intervals between the collection of the examination and return for verification of the result, time to repeat the examination, time to perform the colposcopy and biopsy, time between the referral of the PHC and the first consultation in the referral service). Descriptive analysis with a percentage distribution of categorical variables, central tendency measures and dispersion values for continuous variables were used. The immediate conduct of the professionals in face of the altered examination were evaluated according to the National Guideline for the Screening of Cervical Cancer, in effect on the date of collection of the exam. The positivity index of the exams was low (1.5%) and may indicate false-negative results. The mean age of the women was 43 years, being 82.86% white. More than 85% did not have information recorded in medical records on marital status and schooling. About 90% returned to check the result of the exam with a time interval of around 42 days. It was verified that 86% of the professionals adopted the recommended course for ASC-US and LSIL. However, the timing of repetition of the exam was adequate in only 10% of the evaluated cases. In addition, 76% of the professionals adopted the recommended conduct (colposcopy request) for other results (ASC-H, ASG-US, AGC-H, AOI 2, HSIL and HSIL not being able to exclude micro invasion). The time between the date of referral and performance of the colposcopy and biopsy was 40 and 50 days, respectively. The time between the PHC referral and the first referral visit had a median of 21 days. Thus, the follow-up structure of women with alterations in the cytopathological examination, from the PHC, was evaluated as adequate. The conduct of the health professionals, in face of the altered results of a cytopathological examination, was adequate, in most of the evaluated cases, as well as the time between the different stages of follow-up. The cytopathological recurrence periodicity was inadequate. Tracking is opportunistic; some women presented a profile suggestive of over tracking, while others may be overdue on collection or have never taken the test; low test coverage, low positivity index, inadequate feeding of information systems and inadequate recording of information in the medical record were found. Therefore, aspects of the follow-up that can be improved, aimed at reducing access inequalities, increasing the early diagnosis of CC and favoring a good clinical prognosis of these women
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Tratamento adjuvante do câncer de colo uterino em estadios iniciais : revisão sistemática quantitativaRosa, Daniela Dornelles January 2005 (has links)
Base teórica: Para pacientes com câncer de colo uterino em estádios iniciais (IA2-IIA) e fatores de risco para recorrência, a radioterapia pós-operatória diminui a incidência de recorrência local, embora sem impacto na sobrevida. Os fatores de risco incluem metástases em linfonodos, invasão do espaço linfovascular, invasão com profundidade maior do que 10mm, invasão microscópica de paramétrios, histologia não-escamosa e margens cirúrgicas comprometidas. Além disso, essas pacientes possivelmente estejam sob risco de disseminação subclínica da doença, o que não seria afetado pela radioterapia direcionada à pelve. Desta forma, esta revisão sistemática foi realizada com o objetivo de avaliar as evidências disponíveis para a adição de quimioterapia ao tratamento adjuvante radioterápico de pacientes com câncer de colo uterino em estádios iniciais com fatores de risco de mau prognóstico. Objetivos: Avaliar a sobrevida, a sobrevida livre de progressão e as taxas de recorrência do câncer de colo uterino em estádios iniciais (estádios IA2-IIA) com fatores de risco para recorrência, tratado com quimioterapia e radioterapia adjuvantes versus apenas radioterapia adjuvante. Estratégias de busca: Foram realizadas buscas no Cochrane Gynaecological Cancer Group Trials Register (busca realizada em dezembro de 2004), CENTRAL (a partir de 1993), MEDLINE (a partir de 1966), EMBASE (a partir de 1980), LILACS (a partir de 1982), Biological Abstracts (a partir de 1990), CINHAL (a partir de 1984), SciSearch (a partir de 1991) e Cancerlit (a partir de 1963). Também foram realizadas buscas em resumos de congressos. Critérios de seleção: Foram incluídos todos os ensaios clínicos randomizados controlados comparando quimioterapia e radioterapia adjuvantes (grupo intervenção) com radioterapia adjuvante apenas (grupo controle) no tratamento do câncer de colo uterino em estádio inicial. Extração dos dados e análise: Dois revisores avaliaram de maneira independente os critérios de elegibilidade e de qualidade de cada estudo e extraíram os dados. Resultados: Dois estudos randomizados preencheram os critérios de seleção, incluindo um total de 314 pacientes. As pacientes apresentaram diminuição significativa no risco de morte em 48 meses (hazard ratio 0,43, intervalo de confiança – IC 95% 0,25 – 0,76), o que representou uma redução de 57% no risco de morte e um benefício absoluto de 17%. Em 48 meses, o risco para sobrevida livre de progressão foi estimado em 0,45 (IC 95% 0,28 - 0,74), o que representa uma redução de 55% na razão de chances de progressão da doença e um benefício absoluto de 17%. A recorrência local em 48 meses foi menor no grupo da intervenção (hazard ratio 0,50; IC 95% 0,26 – 0,98). O risco de recorrência à distância não foi diferente entre os dois grupos de tratamento (hazard ratio 0,74; IC 95% 0,36 – 1,52). A recorrência global favoreceu o grupo de intervenção, com razão de chances (RC) de 0,54 (IC 95% 0,33 – 0,90) em 48 meses. A razão de chances para toxicidade grau 3 foi maior no grupo que recebeu quimioterapia (RC 5,19; IC 95% 2,90 – 9,29), da mesma forma que a razão de chances para toxicidade grau 4 (RC 4,62; IC 95% 1,96 - 10,86). Não foram encontrados dados a respeito de qualidade de vida nos estudos avaliados. Conclusão dos revisores: Nesta revisão sistemática, as evidências sugerem haver benefício clínico com a adição de quimioterapia ao tratamento adjuvante radioterápico de pacientes com câncer de colo uterino em estádios iniciais e fatores de risco para recorrência. No entanto, as evidências são limitadas devido ao pequeno número de pacientes incluídas nos estudos e ao curto período de seguimento. Há a necessidade de novos ensaios clínicos randomizados nesta área, com um maior número de pacientes, para que os desfechos possam ser adequadamente avaliados.
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Associação de biomarcadores a lesões intraepiteliais cervicais e risco de progressãoHammes, Luciano Serpa January 2006 (has links)
Resumo não disponível
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Rastreio citológico cervical : avaliação do dispositivo de autocoleta de Fournier®Rocha, Alexandre da Silva January 2012 (has links)
A manutenção de altas taxas de morbimortalidade devidas ao câncer cervical está relacionada à dificuldade dos programas de rastreio em “alcançar” todas as portadoras de lesões cervicais precursoras. A necessidade de organização do sistema de saúde, evitando o rastreio oportunístico e a necessária exposição do genital, vêm sendo apontadas como limitadores para o rastreio. O objetivo desta Tese foi testar a performance do dispositivo de Fournier® para o diagnóstico citológico das lesões cervicais precursoras ou neoplásicas a partir da coleta às cegas do fundo vaginal, realizada pelo examinador, e utilizando, como padrão-ouro, a colposcopia com biópsia cervical. Além disto, comparar os resultados das citologias obtidas com o dispositivo proposto em relação àquelas obtidas de forma tradicional, com o exame especular. Para tanto, foi desenvolvido estudo de casos e controles ambientado em ambulatório de Patologia Cervical no período de janeiro de 2008 a outubro de 2009. Lâminas de citologia de meio líquido, obtidas com o dispositivo proposto e coradas com a técnica de Papanicolaou e pela imunocitoquímica com anti-p16ink4a foram lidas por dois patologistas cegados quanto aos diagnósticos histológicos e colposcópicos. A sensibilidade para o diagnóstico de lesões intraepiteliais de baixo grau, a partir da técnica de Papanicolaou e com o dispositivo de Fournier®, variou entre 41,1% e 55,9% e, quando avaliados casos de lesões de alto grau e câncer cervical, a sensibilidade atingiu 68,7% e 75,0%. Com a utilização da imunocitoquímica com anti-p16ink4a a sensibilidade para o diagnóstico das lesões intraepiteliais de baixo grau, atingiu valores de 57,1% e 48,8% e, entre os casos de lesão de alto grau e câncer, 87,5% e 93,7%. Quanto à especificidade do método diagnóstico, verificam-se valores de 91,0% e 89,5% quando da utilização da técnica Papanicolaou além de 75,0% e 55,9% quando utilizada a imunocitoquímica com anti-p16ink4a. Os resultados mostram que, em ambiente ambulatorial e com coletas de citologias realizadas “às cegas” pelo próprio examinador, o dispositivo de Fournier® obteve sensibilidade e especificidade comparáveis àquelas obtidas pela citologia Papanicolaou coletadas da forma tradicional, mediante exame especular.
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