Spelling suggestions: "subject:"dicho (ecologia)"" "subject:"nicho (ecologia)""
41 |
Ecologia trófica de pequenos mamíferos não voadores em uma área contínua de Mata AtlânticaRodarte, Raisa Reis de Paula [UNESP] 14 June 2013 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:30:16Z (GMT). No. of bitstreams: 0
Previous issue date: 2013-06-14Bitstream added on 2014-06-13T19:39:37Z : No. of bitstreams: 1
rodarte_rrp_me_rcla.pdf: 985150 bytes, checksum: cf9b6a3beccee748ed0b1ab7f2e24360 (MD5) / Ao longo de décadas ecólogos tentam entender quais são os mecanismos que promovem coexistência de espécies. Florestas tropicais abrigam a maior diversidade de pequenos mamíferos do planeta, portanto espécies dentro deste grupo podem compartilhar recursos similares. Nesse trabalho buscamos entender as relações tróficas entre roedores e marsupiais através da análise de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio em três áreas contínuas de Mata Atlântica brasileira. Nosso principal objetivo foi compreender como diferentes espécies são capazes de coexistir em uma rica comunidade de pequenos mamíferos em relação a recursos alimentares. Nós verificamos se o tamanho corporal está relacionado às razões isotópicas de carbono e nitrogênio para cada espécie e testamos a hipótese de que espécies de tamanho corpóreo similar apresentam nichos tróficos distintos. Para isso, coletamos amostras de pelos de 57 indivíduos de marsupiais e 204 indivíduos de roedores. Encontramos que roedores apresentam nicho trófico mais amplo com espécies distribuídas em três níveis tróficos (granívoras, onívoras e insetívoras) enquanto os marsupiais estão inseridos em um único nível trófico, alimentando-se exclusivamente de invertebrados. Observamos também alta sobreposição de dieta entre marsupiais e alguns roedores onívoros, provavelmente devido ao consumo de invertebrados e fungos. Em geral, não houve correlação entre o tamanho corporal e os valores isotópicos dos marsupiais, mas para três espécies de roedores (Euryoryzomys russatus, Thaptomys nigrita e Trinomys iheringi) houve correlação significativa entre o tamanho do corpo e um dos isótopos. Para os marsupiais, a dieta por si só não explica a coexistência entre espécies, que parece estar mais relacionada à separação de uso do espaço vertical. Por outro lado, para os... / For many decades ecologists try to understand what the mechanisms that promote species coexistence are. Tropical rainforests support the greatest diversity of small mammals in the world, therefore species within that group may share similar resources. In this paper we seek to understand the trophic relationship between rodents and marsupials through the analysis of stable carbon and nitrogen isotopes within three continuous areas of the Atlantic forest of Brazil. We were particularly interested in understanding how different species are able to coexist in a rich small-mammal community with respect to sharing food resources. We verified if body size is related to carbon and nitrogen stable isotope ratios for each of the species and tested the hypothesis that species with similar body size have distinct trophic niches. We collected hair samples for isotopic analysis from 57 individuals of marsupials and 204 individuals of rodents. We found that rodents have a broad trophic niche with species distributed in three trophic levels (granivores, omnivores and insectivores) while marsupials are mainly within one trophic level, feeding exclusively on invertebrates. We found a strong diet overlap among marsupials and some omnivorous rodents, probably due to consumption of invertebrates and fungi. In general, there was no correlation between body size and isotopic values for marsupials, but for three species of rodents (Euryoryzomys russatus, Thaptomys nigrita and Trinomys iheringi) there was significant correlation between body size and one of the isotopes. For marsupials, diet by itself does not seem to explain species coexistence. Marsupials seem to be more related to different vertical use of space. On the other hand, for rodents diet together with body size was sufficient to elucidate the high number of coexisting species because we could... (Complete abstract click electronic access below)
|
42 |
Ecologia de ofiuroides associados a microhabitats biologicos / Ecology of brittle stars associated with biological microhabitatMajer, Alessandra Pereira 31 January 2008 (has links)
Orientadores: Luiz F. L. Duarte, Jose R. Trigo / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-10T12:31:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Majer_AlessandraPereira_D.pdf: 3030551 bytes, checksum: c6e4365a950d0e0b881c6e1fb0773cf6 (MD5)
Previous issue date: 2008 / Resumo: A associação de ofiuróides com outras espécies marinhas é uma estratégia comum, entretanto, a influência das características do microhabitat sobre parâmetros populacionais e respostas comportamentais dos ofiuróides ainda é pouco conhecida. Este trabalho teve como objetivo investigar esta influência sobre as espécies de ofiuróides associadas às algas Amphiroa beauvoisii, Dictyota cervicornis, Galaxaura stupocaulon e Sargassum furcatum, às esponjas Amphimedon viridis e Mycale angulosa e à ascídia Phalusia nigra. Em ordem de abundância os ofiuróides observados foram: Ophiactis savignyi, Amphipholis squamata, Ophiothrix angulata, Ophiactis lymani, Ophioplocus januarii, Ophiothela sp. e Amphiodia atra. As quatro mais abundantes foram coletadas em todos os substratos amostrados, especialmente como juvenis e, de modo geral, experimentos de quimiorrecepção não indicaram uma preferência dos ofiuróides por nenhum dos hospedeiros testados. Portanto, maior abundância de ofiuróides em alguns microhabitats não pode ser atribuída a seleção ativa pelo hospedeiro, talvez sendo resultado de predação diferenciada. O maior risco de predação associado à alga calcária A. beauvoisii foi indiretamente evidenciado a partir dos resultados referentes à sinalização de alarme. Tanto A. squamata, como indivíduos de O. savignyi coletados neste microhabitat, apresentaram um reconhecimento amplo deste sinal, tanto intra como interespecífico. O mesmo não se deu para indivíduos desta última espécie amostrados em esponjas, um tipo de hospedeiro que forneceria refúgio tanto físico como químico contra a predação. O microhabitat também afetou diretamente o sucesso de recrutamento, com uma maior variabilidade sendo observada em populações associadas à alga calcária, mesmo para espécies com adaptações que resultem num aumento do número de recrutas ou numa maior chance de sobrevivência destes. Houve também uma tendência de maior mortalidade neste substrato, assim como uma menor taxa de crescimento quando comparada a populações associadas a esponjas / Resumo: A associação de ofiuróides com outras espécies marinhas é uma estratégia comum, entretanto, a influência das características do microhabitat sobre parâmetros populacionais e respostas comportamentais dos ofiuróides ainda é pouco conhecida. Este trabalho teve como objetivo investigar esta influência sobre as espécies de ofiuróides associadas às algas Amphiroa beauvoisii, Dictyota cervicornis, Galaxaura stupocaulon e Sargassum furcatum, às esponjas Amphimedon viridis e Mycale angulosa e à ascídia Phalusia nigra. Em ordem de abundância os ofiuróides observados foram: Ophiactis savignyi, Amphipholis squamata, Ophiothrix angulata, Ophiactis lymani, Ophioplocus januarii, Ophiothela sp. e Amphiodia atra. As quatro mais abundantes foram coletadas em todos os substratos amostrados, especialmente como juvenis e, de modo geral, experimentos de quimiorrecepção não indicaram uma preferência dos ofiuróides por nenhum dos hospedeiros testados. Portanto, maior abundância de ofiuróides em alguns microhabitats não pode ser atribuída a seleção ativa pelo hospedeiro, talvez sendo resultado de predação diferenciada. O maior risco de predação associado à alga calcária A. beauvoisii foi indiretamente evidenciado a partir dos resultados referentes à sinalização de alarme. Tanto A. squamata, como indivíduos de O. savignyi coletados neste microhabitat, apresentaram um reconhecimento amplo deste sinal, tanto intra como interespecífico. O mesmo não se deu para indivíduos desta última espécie amostrados em esponjas, um tipo de hospedeiro que forneceria refúgio tanto físico como químico contra a predação. O microhabitat também afetou diretamente o sucesso de recrutamento, com uma maior variabilidade sendo observada em populações associadas à alga calcária, mesmo para espécies com adaptações que resultem num aumento do número de recrutas ou numa maior chance de sobrevivência destes. Houve também uma tendência de maior mortalidade neste substrato, assim como uma menor taxa de crescimento quando comparada a populações associadas a esponjas / Doutorado / Doutor em Ecologia
|
43 |
Nicho trofico de Gracilinanus microtarsus (Didelphimorphia: Didelphidae) : variação intra-populacional e inter-individual / Trophic niche of Gracilinanus microtarsus (Didelphimorphia: Didelphidae): intra-population and inter-individual variationCruz, Leonardo Dominici 02 May 2007 (has links)
Orientador: Sergio Furtado dos Reis / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-08T02:08:46Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Cruz_LeonardoDominici_M.pdf: 940936 bytes, checksum: 81e2b8fe5609409fcde008e36b285281 (MD5)
Previous issue date: 2007 / Resumo: A teoria do nicho ocupa uma posição central na Ecologia, tendo um papel fundamental nos modelos de dinâmicas populacionais e de comunidades. Apesar disso, sua formalização tradicional é baseada nos princípios da aproximação do campo médio e da lei da ação das massas, os quais presumem que os indivíduos de uma espécie são ecologicamente equivalentes e suas interações são proporcionais às suas densidades. Esta abordagem tem se mostrado inadequada em descrever as dinâmicas do nicho trófico, visto que tanto fatores endógenos quanto exógenos contribuem de forma significativa para a variação do nicho populacional. Desse modo o presente estudo teve como objetivo investigar a dieta, a dinâmica do nicho trófico populacional do marsupial Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) em uma área de cerradão em São Paulo, assim como investigar a influência da variação inter-individual neste fenômeno. A dieta de G. microtarsus foi composta de invertebrados e frutos, com a predominância de insetos. As amplitudes de nicho trófico de machos e fêmeas foram maiores na estação quente-úmida do que na fria-seca. Entre os sexos, a amplitude do nicho de machos e fêmeas aparentemente não diferiu na estação quente-úmida. Na estação fria-seca, fêmeas apresentaram nichos mais amplos do que os machos. No nível individual, os nichos tróficos de machos e fêmeas foram similarmente proporcionais ao nicho de sua população. No entanto, esta similaridade foi maior na estação fria-seca. Nem o tamanho amostral, nem o número de categorias alimentares detectadas nas fezes influenciaram estes resultados. Isto indica que, no geral, os indivíduos de G. microtarsus se comportam de forma oportunística, utilizando os recursos de acordo com sua disponibilidade no ambiente / Abstract: The niche theory occupies a central position in the Ecology, having a fundamental role in the population and community dynamic models. Despite this, its traditional formalization is based on the principles of the mean-field and on the law of mass action, which presume that the individuals of a species are ecologically equivalent and their interactions are proportional to their densities. This approach is inadequate in describing the dynamics of trophic niche, since many endogenous and exogenous factors contribute significantly to the variation of the population niche. This study aimed to investigate the diet, the dynamics of the population trophic niche of the gracile mouse opossum Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) in a ¿cerradão¿ area of São Paulo state, as well as to investigate the influence of the inter-individual variation in this phenomenon. The diet of G. microtarsus was composed of invertebrates and fruits, with the predominance of insects. The trophic niche width of males and females was higher in the warm-wet season than in the cool-dry season. Between sexes, the niche width of males and females did not differ in the warm-wet season and in the cool-dry season. Females presented larger niche width than males. At the individual level, the niches of males and females were similarly proportional to their populations. However, in the cool-dry season, this similarity was higher. Neither amostral size nor number of food resource types detected in faeces influenced these results. This indicates that, in general, the individuals of G. microtarsus behave as opportunistic foragers, using the resources in according to with their availability in the environment / Mestrado / Mestre em Ecologia
|
44 |
Variação interindividual no uso de recursos em populações naturais : novos padrões e implicações. / Interindividual variation in resource use in natural populations : new patterns and implicationsAraújo, Marcio Silva 30 July 2007 (has links)
Orientadores: Sergio Furtado dos Reis, Glauco Machado / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-09T02:04:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Araujo_MarcioSilva_D.pdf: 2407731 bytes, checksum: 8775de8c335558a4381e1293aad0f17e (MD5)
Previous issue date: 2007 / Resumo: A teoria ecológica clássica, em especial a teoria de nicho, foi construída sob a suposição de que os indivíduos de uma população são equivalentes em termos da utilização de recursos. Entretanto, é sabido que os indivíduos de uma população podem variar no uso de recursos e que essa variação pode ter importantes implicações ecológicas e evolutivas. Essa variação interindividual pode dar origem a morfotipos discretos (¿polimorfismo de recursos¿) ou ser contínua (¿especialização individual¿). O presente estudo teve como objetivo investigar a variação interindividual no uso de recursos em quatro populações de rãs do Cerrado brasileiro (Leptodactylus sp., L. fuscus, Eleutherodactylus cf. juipoca e Proceratophrys sp.), uma população de vespas-caçadoras de uma área de Mata Atlântica (Trypoxylon albonigrum) e uma população do peixe lacustre Gasterosteus aculeatus da Columbia Britânica, Canada. Houve evidência de variação interindividual em todas as populações estudadas, indicando que esse fenômeno não é exclusivo de comunidades temperadas de baixa diversidade. Houve uma associação entre a amplitude dos nichos populacionais e o grau de variação interindividual, indicando que os nichos individuais permanecem estreitos apesar da expansão do nicho populacional. Esse padrão é consistente com a presença de trade-offs funcionais associados ao uso dos recursos. A base dos trade-offs permanece desconhecida no caso das rãs e das vespas, mas é provavelmente comportamental. No caso de G. aculeatus, os trade-offs têm base morfológica, mas são mediados pelo comportamento. Além disso, foi identificado um padrão de partição de recursos inédito nesses peixes, em que os indivíduos formam microguildas que representam subdivisões dos recursos litorâneos e pelágicos. São propostos dois novos métodos para a investigação da variação intrapopulacional no uso de recursos, um deles baseado no uso de isótopos estáveis de carbono (d13C) e o outro na teoria de redes complexas / Abstract: Ecological theory, and specially niche theory, was built on the assumption that individuals are equivalent in terms of resource use. However, the individuals in a population may vary in their resources, and this interindividual variation may have important ecological and evolutionary implications. Such variation may give rise to discrete morphological groups (¿resource olymorphism¿) or it may be more continuous (¿individual specialization¿). In the present study, we investigated interindividual variation in resource use in four populations of frogs inhabiting the Brazilian Cerrado (Leptodactylus sp., L. fuscus, Eleutherodactylus cf. juipoca e Proceratophrys sp.), one population of hunting-wasp of the Atlantic Rainforest (Trypoxylon albonigrum), and one population of sticklebacks (Gasterosteus aculeatus) from British Columbia, Canada. We found evidence of interindividual diet variation in all studied populations, indicating that such variation is not restricted to temperate, depauperate comunities. There was an association between niche width and the degree of interindividual variation, indicating that individual niches remain constrained as the population niche expands. This pattern is consistent with the presence of functional trade-offs associated with resource use. In the case of the frogs and the wasps, the nature of the trade-offs remains unknown, but are likely to be behavioral. In the sticklebacks, the trade-offs have a morphological basis, but are mediated by behavior. We found that individual sticklebacks partition resources within littoral and within pelagic prey, which represents a finer pattern of resource partitioning than the traditional ¿littoral-pelagic¿ dichotomy. Two new methods for the quantification of interindividual diet variation are proposed, one based on carbon stable isotopes (d13C) and another based on complex-network theory / Doutorado / Ecologia / Doutor em Ecologia
|
45 |
Mecanismos de coexistência em florestas tropicais = variações ontogenéticas de arquitetura aérea, padrão espacial e performance de espécies congenéricas simpátricas em uma floresta tropical úmida de terras baixas / Coexistence mechanisms in tropical forests : ontogenetic variation in aboveground architecture, spatial patterns and performance of sympatric congeneric species in a lowland tropical rain forestCosta, Rafael Carvalho da, 1978- 19 August 2018 (has links)
Orientador: Flávio Antonio Maes dos Santos / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-19T20:07:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Costa_RafaelCarvalhoda_D.pdf: 1311824 bytes, checksum: 85743140022a2ac62af3db32ea1dcf15 (MD5)
Previous issue date: 2011 / Resumo: A alta diversidade em florestas tropicais tem motivado questionamentos sobre a importância da diferenciação de nicho como mecanismo de coexistência. Nessa hipótese, a heterogeneidade ambiental proporcionaria eixos de diferenciação que facilitariam a coexistência, sendo, portanto, esperadas diferenças entre espécies na associação a gradientes espaciais de recursos e condições. Estudos em pequenas escalas têm encontrado muita variação no percentual de espécies associadas a microambientes, deixando dúvidas sobre a relevância da divergência de nicho como mecanismo de coexistência nessa escala. Neste estudo, avaliamos evidências da importância da divergência de nicho como mecanismo de coexistência investigando padrões de divergência ecológica em dimensões verticais e horizontais, ao longo da ontogenia, de duas espécies arbóreas congenéricas simpátricas em uma floresta tropical úmida. Esse é um sistema útil para este objetivo pois, dada a similaridade ligada a ancestralidade comum, a coexistência seria mais difícil entre essas espécies. Estudamos padrões ao longo do desenvolvimento, utilizando uma classificação de estádios ontogenéticos. Para isso, descrevemos estádios e verificamos o quanto marcadores morfológicos são indicadores adequados de mudanças ontogenéticas de tamanho, sobrevivência, reprodução e crescimento. Para avaliar divergências relacionadas à gradientes verticais de luz, testamos diferenças ontogenéticas de alometria e arquitetura aérea sob a expectativa de que as espécies tivessem morfologias adequadas à sobrevivência na sombra ou ao ganho de altura. Para avaliar divergências em gradientes horizontais, testamos a segregação espacial interespecífica de indivíduos e da mortalidade e crescimento por estádio ontogenético. As espécies apresentaram marcadores morfológicos semelhantes que permitiram identificar os estádios plântula, juvenil e reprodutivo ramificado. Na fase pré-reprodutiva, as características morfológicas sinalizam adequadamente diferenças de tamanho e sobrevivência, mas não crescimento, enquanto a entrada na fase reprodutiva foi melhor indicada pela altura. As trajetórias ontogenéticas dos aspectos demográficos analisados sugerem histórias de vida semelhantes entre espécies. Não encontramos diferenças de alometria e arquitetura aérea conforme as expectativas. Isso ocorreu principalmente por semelhanças ontogenéticas nas dimensões de troncos e copa. No entanto, houve diferenças na forma como as espécies preenchem suas copas, enquanto uma espécie tem copas muito ramificadas com folhas menores, a outra tem copas pouco ramificadas com folhas maiores. Estudos posteriores são necessários para verificar se essas diferenças conferem vantagem diferencial, contribuindo para a coexistência. As expectativas de segregação espacial interespecífica só foram confirmadas em estádios iniciais. Porém, não foi possível excluir a influência da dispersão no estabelecimento desses padrões. Raramente houve segregação espacial interespecífica nos estádios posteriores e não houve evidência de melhor desempenho em microhabitats preferenciais. Ao contrário, as localidades propícias ao crescimento foram comumente semelhantes. A grande variabilidade dos padrões interespecíficos entre estádios e localidades, e a aderência a modelos nulos de sobrevivência e mudança de estádios espacialmente aleatórios sugerem que as relações espaciais interespecíficas são dependentes de eventos estocásticos (tempo e espaço), sendo a mortalidade e crescimento correntes aparentemente incapazes de alterar padrões espaciais pré-existentes na escala temporal estudada. Neste estudo, as expectativas de divergências ecológicas entre espécies não foram corroboradas. Os resultados apontam para a possibilidade de que a diferenciação de nicho não seja essencial para a coexistência de espécies arbóreas em florestas tropicais / Abstract: High biodiversity in tropical forests has motivated an extensive debate on the importance of niche divergence as a coexistence mechanism. According to this hypothesis, coexistence would be promoted by specialization to portions of niche axis and, therefore, spatial associations of species in gradients of resources and conditions are expected. The spatial evidence for niche divergence is doubtful, because small scale studies have been finding large differences in the percentage of species associated with microhabitats. In this study, we aimed to search for evidences of niche divergence as a coexistence mechanism by investigating ecological divergence related to vertical and horizontal dimensions between a pair of sympatric congeneric tree species in a wet tropical forest. Congeneric species are useful for our objectives because due to common heritage, coexistence should be more difficult for such species. Because we chose to study a broad developmental coverage, we adopted an ontogenetic stage classification. To utilize this approach, we described stages and verified the suitability of morphological markers as indicators of size and performance transitions. Divergence related to vertical light gradients was assessed by tests of aboveground alometric and architectural differences under the expectation of morphological differences related to either survival in shade or rapid height gain. Divergence in horizontal gradients was assessed by tests of interspecific spatial segregation (ISS) of individuals and performance in ontogentic stages. We found similar morphological markers between species that enabled us to recognize seedling, juvenile, and branched reproductive stages. Morphological markers were able to indicate size and performance (except for growth) transitions at vegetative phase, but they were not efficient in indicating the onset of reproduction, of which size was a better indicator. Similarities in ontogenetic trajectories of size and performance suggests life history coincidence between species. Our expectations on allometry and architecture were not met, mainly because both species had similarly constructed crowns and trunks throughout ontogeny. However, we found differences among species in the mode of crown filling. One species had small leafed, intensely ramified crowns, whereas the other seemed to compensate for low branching levels by having large leaves. Future studies are needed to verify whether this can be related to a differential advantage contributing to coexistence. The expected ISS was only common in early stages, but we were not able to exclude the possibility of dispersal driven patterns. In later stages, we rarely found ISS, and there was no evidence of better performance of either species in preferred microhabitats. Otherwise, we found that suitable sites for growth often coincided. High variability of interspecific spatial patterns among stages and sites and adherence to null models of spatially random survival and transition to other stages suggests that spatial relationships between species are mainly due to stochastic events (space, time) and that current mortality and growth are not able to change preceding spatial patterns during the studied timescale. In summary, the general expectations of ecological divergence between species were not met. Our results point to the possibility that niche divergence should not be an essential requisite for tree species coexistence in tropical forests / Doutorado / Biologia Vegetal / Doutor em Biologia Vegetal
|
46 |
Partição de recursos hídricos em comunidades vegetais de campo rupestre e campo de altitude no Sudeste brasileiro / Partitioning of water resource in plant communities of campo rupestre and campo de altitude in Southeast BrazilBrum, Mauro, 1984- 22 August 2018 (has links)
Orientador: Rafael Silva Oliveira / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia. / Made available in DSpace on 2018-08-22T05:52:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1
BrumJr._Mauro_M.pdf: 3526243 bytes, checksum: 44324833dc08e57ffd87e138721c4c83 (MD5)
Previous issue date: 2013 / Resumo: A partição de recursos hídricos do solo é um dos modelos plausíveis para explicar os mecanismos que promovem a coexistência e a diferenciação de nicho entre espécies em comunidades vegetais. As raízes constituem a principal interface de troca de água entre a planta e o solo, de modo que profundidade radicular é um atributo chave que pode influenciar o funcionamento hidráulico das plantas. O campo rupestre e o campo de altitude são vegetações campestres que ocorrem em montanhas ou chapadas sob diferentes regimes de água devido às diferenças climáticas e pedológicas, sendo o campo rupestre mais árido que o campo de altitude. Essas comunidades são bem conhecidas devido à alta diversidade de espécies, mas pouco se sabe a respeito da diversidade de estratégias de uso de água. Entender as estratégias hidráulicas das plantas é importante para fazer previsões das respostas das comunidades em relação às mudanças climáticas. Diante disso, o nosso objetivo foi responder: quais são os padrões de aquisição e uso de água por plantas que coexistem em uma vegetação de campo rupestre e outra de campo de altitude? Além disso, quais são as estratégias de uso de água entre as plantas com sistemas subterrâneos contrastantes nessas comunidades? Nós avaliamos a composição de isótopos estáveis da água do solo e contrastamos com a composição isotópica da água do xilema de 15 espécies de plantas em cada comunidade. A composição isotópica da água do xilema foi usada como um indicador para estimar a profundidade do solo na qual as plantas estão absorvendo a água. Também fizemos escavações das raízes para verificar qual é o tipo morfológico de cada espécie e contrastar com os resultados da composição isotópica da água do xilema. Além disso, medimos o potencial hídrico da madrugada, do meio dia e a condutância estomática máxima três vezes durante a estação seca (junho, julho e agosto). Nós demonstramos que em ambas as comunidades há uma diversidade interespecífica de formas de sistemas subterrâneos, sendo que o campo rupestre apresentou maior variação interespecífica de uso de água em perfis verticais do solo. As plantas do campo de altitude apresentam raízes mais superficiais do que no campo rupestre. Além disso, demonstramos que a profundidade do sistema radicular é um bom preditor do potencial hídrico da madrugada e do grau de regulação estomática para as plantas do campo rupestre, mas não do campo de altitude. Não encontramos relação entre a profundidade do sistema radicular e o potencial hídrico do meio dia em ambas as comunidades / Abstract: Soil water partitioning is a plausible model to explain the mechanisms that allow species coexistence and niche segregation in plant communities. Roots are the main interface of water exchange between plant and soil, so rooting depth is a key trait that affects whole-plant hydraulic function. The campos rupestres and campos de altitude are two shrubland communities that occur in mountainous plateaus under contrasting water regimes due to differences in their climatic and pedological variables, campos rupestres being more arid than campos de altitude. These communities are well known for their high species diversity but little is known about the diversity of water use strategies. Understanding plant hydraulic strategies is important for improving predictions of community responses to changes in climate. Our goal was to respond: what are the patterns of water acquisition and use in campo rupestres and campo de altitude? Furthermore, what are the water use strategies of plants with contrasting rooting depths in these plants communities? We evaluated the ?D of soil water and xylem water of 15 species in each community. The ?D of xylem water was used as proxy of rooting depth. We also excavated the roots of all species to evaluate their root morphological pattern and to compare with the isotopic data. Furthermore, we measured pre-dawn and midday water potentials and stomatal conductance three times during the dry season (June, July and August, 2012). We found a high interespecific diversity of root types in both communities and higher variance of hydraulic traits at campo rupestre. Campo de altitude plants had shallower roots than campo rupestre. Moreover, we demonstrated that pre-dawn water potential is a good predictor of rooting depth, which in turn is a good predictor of the degree of stomatal control for campo rupestre community but these patterns were not found at campo de altitude. We did not find any relationship between rooting depth and midday water potential for both communities / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ecologia
|
47 |
Variação individual de nicho em espécies que coexistem /Costa-Pereira, Raul. January 2018 (has links)
Orientador: Márcio Silva Araujo / Coorientador: Franco L. de Souza / Banca: Tadeu de Siqueira Barros / Banca: Mathias Mistretta Pires / Banca: Ricardo Jannini Sawaya / Banca: Marco Aurelio Ribeiro de Mello / Resumo: Esta tese gravita em torno da ideia de que indivíduos de uma mesma espécie são ecologicamente diferentes. Apesar de esse fato não parecer surpreendente, a teoria ecológica tem historicamente negligenciado a variação intraespecífica em várias de suas frentes. Um exemplo claro é a teoria clássica de nicho, que implicitamente supõe que indivíduos conspecíficos utilizam exatamente os mesmos recursos. De modo similar, a teoria de comunidades considera que espécies são bem representadas em termos ecológicos pela média de atributos de seus indivíduos. Ao longo dos quatro capítulos que compõem esta tese, estudei os padrões, causas e consequências da diversidade ecológica entre indivíduos em um contexto de múltiplas espécies que coexistem. Utilizei quatro espécies de rãs do gênero Leptodactylus que coexistem em áreas do Pantanal e entorno como sistema de estudo. No Capítulo 1, mostro que diferenças de nicho trófico entre indivíduos e espécies são flexíveis e dependentes de contexto, o que pode ter implicações importantes para os padrões locais e regionais de biodiversidade. No Capítulo 2, elucido que a tremenda variação na alometria de interações tróficas entre e dentro de comunidades pode ser explicada por gradientes de limitação de presas. No Capítulo 3, estudei os nichos tróficos de espécies competidoras em uma perspectiva multidimensional, revelando interessantes mecanismos pelos quais indivíduos e espécies particionam recursos em duas dimensões tróficas. Finalmente, no Capítulo 4... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: This thesis gravitates around the idea that individuals from the same species are ecologically different. Although this fact does not seem surprising, ecological theory has historically neglected intraspecific variation. A clear instance is the classic niche theory, which implicitly assumes that conspecific individuals utilize the same resources. Accordingly, community theory considers that species are well represented by the mean of individuals' traits. Over the four chapters of this thesis, I studied the patterns, causes, and consequences of the ecological diversity between individuals in the context of multiple coexisting species. I studied four frog species from the genus Leptodactylus that coexist in the Pantanal wetlands and surrounding areas as model organisms. In Chapter 1, I show that trophic niche differences between individuals and species are flexible and context-dependent, which may have important implications to local and regional diversity patterns. In Chapter 2, I elucidate that the tremendous variation in the allometric scaling of trophic interactions within and between natural communities is predictable, responding to gradients of prey limitation. In Chapter 3, I studied trophic niches of competing species in a multidimensional perspective, revealing interesting mechanisms by which individuals and species partition resources in two trophic dimensions. Finally, Chapter 4 advances in the understanding of the underexplored consequences of individual niche varia... (Complete abstract click electronic access below) / Doutor
|
48 |
Recursos alimentares e local de forrageio de três espécies de Helicops wagler, 1830 (Serpentes: Dipsadidae) na Amazônia Oriental, Brasil / Food resources and foraging place of three species of Helicops wagler 1830 (Serpentes: Dipsadidae) in Eastern Amazonia, BrazilTEIXEIRA, Cássia de Carvalho January 2012 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2013-02-18T21:40:41Z
No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5)
Dissertacao_RecursosAlimentaresLocal.pdf: 787135 bytes, checksum: 0596792fdc536afe0541ed8394175217 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva(arosa@ufpa.br) on 2013-02-21T15:01:32Z (GMT) No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5)
Dissertacao_RecursosAlimentaresLocal.pdf: 787135 bytes, checksum: 0596792fdc536afe0541ed8394175217 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-02-21T15:01:32Z (GMT). No. of bitstreams: 2
license_rdf: 23898 bytes, checksum: e363e809996cf46ada20da1accfcd9c7 (MD5)
Dissertacao_RecursosAlimentaresLocal.pdf: 787135 bytes, checksum: 0596792fdc536afe0541ed8394175217 (MD5)
Previous issue date: 2012 / Espécies filogeneticamente aparentadas, que coexistem no ambiente com semelhanças na utilização dos recursos, são potencialmente competidoras. Assim, espera-se que apresentem diferenciação em algum dos principais eixos do nicho ecológico. Helicops angulatus, H. hagmanni e H. polylepis são cobras d’água abundantes no estado do Pará, Amazônia Oriental, e podem ser sintópicas, o que sugere que estas espécies apresentem alguma variação na dieta ou no local de forrageio. Esse estudo teve o objetivo de verificar variações na composição da dieta, a amplitude e sobreposição de nicho trófico, bem como variações no local de forrageio, baseadas em características ecomorfológicas dos peixes consumidos por três espécies de cobras d’água na Amazônia Oriental, Pará. Verificamos que a dieta das três espécies de Helicops é semelhante, contudo, as proporções em que os itens são consumidos diferem. Helicops angulatus é a espécie mais generalista e H. hagmanni a mais especialista, e a sobreposição alimentar entre as três espécies foi intermediária. De acordo com os dados ecomorfológicos dos peixes consumidos por H. angulatus, H. hagmanni e H. polylepis pôde-se concluir que estas espécies forrageiam os mesmos ambientes em meio aquático, principalmente microhábitats de águas lênticas nos estratos médio e superior da coluna d’água. A coexistência dessas espécies pode estar sendo favorecida pela abundância dos recursos consumidos. / Close related species that coexist in the same environment with similarities in the use of resources are potentially competitors. Therefore, it is expected that they present differentiation in some of the main axes of their ecological niche. Helicops angulatus, H. hagmanni and H. polylepis are abundant species found in the state of Pará, Eastern Amazonia, and they are sintopic sometimes, what suggests that these species present some variation in their diet or in the foraging place. This work aimed to verify variations in the composition of the diet, the width and overlap of food niche, as well as variations in the foraging place, based on ecomorphological characteristics of the consumed fishes of three species of the genus Helicops in the Eastern Amazonia, Pará state. We verified that the three species of snake possess similar diet composition, however, the proportions in that the items are consumed differ between them. Helicops angulatus is the most generalist species and H. hagmanni the most specialist. The food niche overlap between the three species was intermediate. In agreement with ecomorphological data of the fishes consumed by H. angulatus, H. hagmanni and H. polylepis, it can be concluded that these species forage in the same place, that would be the medium and superior strata of the water column, especially in the lentic waters of the margins. The coexistence of those species can be favored by the abundance of the consumed resources.
|
49 |
Consequencias potenciais das mudanças climaticas globais para especies arboreas da Mata Atlantica / Potential consequences of global climate change to tree species of Atlantic ForestColombo, Alexandre Falanga 11 December 2007 (has links)
Orientador: Carlos Alfredo Joly / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-10T11:54:10Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Colombo_AlexandreFalanga_M.pdf: 5588594 bytes, checksum: 83b01e835775102ddb89b1b93563832d (MD5)
Previous issue date: 2007 / Resumo: Desde o início da colonização portuguesa, a Mata Atlântica, um dos dez biomas mais ricos e diversos do mundo, sofreu uma redução considerável em extensão e diversidade. O extrativismo, o avanço da agricultura extensiva e o rápido crescimento das cidades na faixa litorânea do país, foram e continuam sendo em algumas regiões, responsáveis pela redução da vegetação nativa. Dados recentes mostram que restam apenas 7% da cobertura florestal original, e menos do que 5% são efetivamente de florestas nativas pouco antropizadas. Esta situação pode estar sendo agravada devido às mudanças nos padrões climáticos terrestres. Exarcebados pela ação humana, o aquecimento global, a mudança do regime de chuvas, entre outras alterações atmosféricas, podem modificar substancialmente o padrão de distribuição das espécies arbóreas dos biomas nativos. Este processo pode resultar na diminuição da área de ocorrência ou mesmo na extinção de espécies. Este trabalho tem como objetivo, através de técnicas de modelagem preditiva, delinear áreas de distribuição geográfica futura de 38 espécies arbóreas típicas da Mata Atlântica lato sensu, considerando dois cenários de aquecimento global nos próximos 50 anos. No cenário otimista, que prevê um aumento anual de 0,5% na concentração de CO2 da atmosfera, o aumento médio da temperatura terrestre seria = 2 oC; já no cenário pessimista, com um aumento médio de 1% na concentração de CO2 atmosférico, o aumento médio da temperatura seria da ordem de 4 oC. Considerando estes parâmetros, e usando GARP-Genetic Algorithm for Rule-set Prediction, foram gerados três modelos para cada espécie: um de distribuição presente e dois de cenários futuros, um otimista e outro pessimista em relação às emissões de CO2 até 2050. Os resultados obtidos mostram, de forma alarmante, uma redução na área de ocorrência potencial das espécies estudadas, além de um possível deslocamento destas para regiões mais ao sul do que as atualmente observadas. Em média, no cenário otimista, a redução na área de ocorrência potencial é de 25%, e no cenário pessimista de 50%. Espécies como Euterpe edulis, Jacaranda puberula, Mollinedia schottiana, Virola bicuhyba, Inga sessilis, Ecclinusa ramiflora e Vochysia magnifica são as que poderão sofrer mais os efeitos do aumento da temperatura global. A geração de informação sobre as conseqüências das atividades humanas na terra vem aumentando, fornecendo subsídios técnicos para a tomada de decisões no âmbito político, econômico e acadêmico. Apesar de, no estágio atual, as ferramentas de modelagem não terem a precisão desejada, a consistência dos padrões de deslocamento e redução na área potencial de ocorrência reforçam a importância delas serem incorporadas à formulação e aperfeiçoamento das políticas de conservação de nossos ecossistemas nativos / Abstract: One of the top ten most diverse rich forests in the word, the Brazilian Atlantic Forest has been suffering significant losses since the Portuguese arrived in Brazil in 1500. Wood, palm hart and epiphytes extraction, extensive agriculture and the expansion of large cities still are the main threats. Recent data shows that there are less then 7% of native forest left, and from those only 5% can be considered pristine. Aggravated by human activities global warming, changes in rainfall patterns, among other changes may affect substantially native trees geographical distribution. The result of this process may be a reduction in the area of occurrence of species and, ultimately, in the extinction of a large number of them. In this study we used predictive modeling techniques to determine present and future geographical distribution of 38 species of tree that are typical of the Brazilian Atlantic Forest (Mata Atlântica lato sensu), considering two global warming scenarios. The optimistic scenario, based in a 0,5% increase in the concentration of CO2 in the atmosphere, predicts an increase of up to 2 oC in Earth¿s average temperature; in the pessimistic scenarios, based in a 1% increase in the concentration of CO2 in the atmosphere, temperature increase may reach 4 oC. Using these parameters and the Genetic Algorithm for Ruse-set Predictions/GARP three models were produced: one with the present distribution of the species based in occurrence points registered in literature, the other two were based in changes of Earth¿s mean temperature by 2050 using the optimistic and the pessimistic scenarios of CO2 emission. The results obtained show an alarming reduction in the area of possible occurrence of the species studied, as well as a shift towards the most southern part of Brazil. In average, using the optimistic scenario this reduction is of 25% while in the pessimistic scenario it reaches 50%. Among the species studied Euterpe edulis, Jacaranda puberula, Mollinedia schottiana, Virola bicuhyba, Inga sessilis, Ecclinusa ramiflora e Vochysia magnífica are the ones that will suffer the worst reduction in their possible area of occurrence. Nowadays scientific certainty about climate changes as a consequence of human activities is so strong, that it must be taken in account by all spheres of action: political, economic and academic. Although predictive models are not yet as precise as we would like and need, the consistency of patterns of shifts and reductions in areas of potential occurrence of tropical plant species strengthen the importance of incorporating them in planning and implementing native biodiversity policies / Mestrado / Ecologia / Mestre em Ecologia
|
50 |
Análise comparativa dos nichos espacial e alimentar de duas taxocenoses de lagartos de áreas de Caatinga e Mata Atlântica de SergipeConceição, Breno Moura da 27 February 2014 (has links)
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / A review on the process that governs the structure of assemblages of lizards requires several lines of studies, because there are several forces that can coordinate patterns of resources use. Within intra-population level the variation in the consumption of food items can be generated through individual specialization, this phenomenon is considered as a mechanism that reduces intraspecific competition because populations with a large niche breadth may consist of individuals who use different subsets of available resources. This work is divided into two chapters. The first experiment compared the use of space and food by the lizards in contrasting conditions, and the second assessed the degree of individual specialization of two populations of Tropidurus hispidus. The study was conducted between October/2012 and September/2013 in two areas, the Refugio da Vida Silvestre Mata do Junco (RVSMJ) in the Atlantic Forest, and the Monumento Natural Grota Angico (MNGA) in the Caatinga, both in the state Sergipe. Information about the spatial and food niches and their relationships with ecological and historical factors were used. The assemblages investigated were not structured in relation to the use of space and food resources. Smaller widths and larger niche overlaps (space and food) were observed in general for species in MNGA. Changes in vegetation during the rainy and dry periods provide different opportunities in the use of resources for this assemblage and the high diversity and abundance of species generate competitive pressures that cause greater diversification in the use of resources. In RVSMJ the large amount of resources available and the differences in the ecological aspects of the species show a lack of competition which enable a high niche overlap. The Influence of phylogeny was observed only for the microhabitat use by species in the RVSMJ, showing differences only for historical basal groups (Scleroglossa x Iguania). Adaptations to local conditions and resources were observed for the species Tropidurus hispidus that showed different amplitudes of niches in each area. The highest degree of specialization for individual populations of Tropidurus hispidus occurred in MNGA where this species was more abundant. / A avaliação dos processos que governam a estrutura das taxocenoses de lagartos requer diversas linhas de estudos, pois várias são as forças que podem coordenar os padrões na utilização de recursos. A nível intrapopulacional a variação no consumo de itens alimentares pode ser gerada através da especialização individual, este fenômeno é considerado um mecanismo que reduz a competição intraespecífica, pois populações com grande amplitude de nicho alimentar podem ser constituídas de indivíduos que usam diferentes subconjuntos de recursos disponíveis. O presente trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro comparou o uso do espaço e de alimentos de lagartos a condições contrastantes, e o segundo avaliou o grau de especialização individual utilizando duas populações de Tropidurus hispidus como modelo. O trabalho foi desenvolvido entre outubro/2012 a setembro/2013 em duas áreas, o Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco (RVSMJ), área de Mata Atlântica, e o Monumento Natural Grota do Angico (MNGA), área de Caatinga, ambas no estado de Sergipe. Foram utilizadas informações sobre os nichos espacial e alimentar e suas relações com fatores ecológicos e históricos. As taxocenoses investigadas não se mostraram estruturadas em relação ao uso dos recursos espaciais e alimentares. Maiores larguras e menores sobreposições de nicho (espacial e alimentar) foram observadas em geral para as espécies do MNGA. Variações na vegetação nos períodos de chuva e seca promovem diferentes oportunidades no uso de recursos para esta taxocenose e a alta diversidade e abundância de espécies geram pressões competitivas que causam maior diversificação no uso de recursos. No RVSMJ a grande quantidade de recursos disponível e as diferenças nos aspectos ecológicos das espécies evidenciam uma falta de competição que possibilitam uma alta sobreposição. A Influência da filogenia foi verificada apenas para o uso de microhábitats nas espécies do RVSMJ, mostrando diferenças históricas somente para os grupos mais basais (Scleroglossa x Iguania). Adequações as condições e recursos locais foram observadas para a espécie Tropidurus hispidus que mostrou diferentes amplitudes de nichos em cada área. O maior grau de especialização individual para as populações de Tropidurus hispidus ocorreu no MNGA onde esta espécie era mais abundante.
|
Page generated in 0.0606 seconds