Comme d`autres expressions de la lyrique chrétienne française du XXe siècle, les Cinq Grandes Odes de Paul Claudel ont fait l`objet de peu d`études de la critique littéraire lusophone et demeurent peu connues au Brésil. Cette thèse de doctorat a pour dessein de présenter un commentaire littéraire des Odes suivi d`une traduction intégrale qui les donne à connaître au public brésilien. Ce commentaire se divise en deux parties. Dans la première partie, nous procédons à une lecture de chaque ode de manière à en dégager l`architecture et à faire voir le principe de composition du livre. Nous l`avons identifié dans la dynamique de rapprochement et de prise de distance à l`égard de Dieu, une présence constante au long de ces poèmes, tantôt évoqué indirectement, tantôt interlocuteur à qui le poète confie son monde intérieur. Dans la deuxième partie, après une exposition sur l`usage du symbole en poésie, sur la conception du symbole chez Claudel et sur les observations de la critique claudélienne à ce sujet, on en vient à une analyse de quelques symbolismes qui parsèment le texte. Méritent notre attention le symbolisme pyrique, tellurique, aérien, lumineux, ouranien, des ténèbres et des eaux. Nous indiquons comment ces symbolismes (exception faite au symbolisme ouranien) se situent par rapport à la structure même du livre, reflétant également, dans sa signification, les pôles opposés de rapprochement et de prise de distance quant à Dieu. Nous illustrons, ainsi, l`usage poétique du symbole dans les Odes et nous mettons en relief l’approche dynamique, anti-didactique et polysémique de Claudel. L`étude de la polysémie des Odes sur le plan des symboles permet de traiter aussi de la polysémie dans le langage poétique du livre. Cette polysémie se trouve à la source de quelques-unes des principales difficultés auxquelles nous nous sommes heurtés au long du processus de traduction du livre, traduction laquelle constitue le deuxième moment de cette thèse et qui cherche à récréer en portugais le rythme, la force rhétorique et l`impact des images du poème français. / Como outras expressões da lírica cristã francesa do século XX, as Cinq Grandes Odes (1910), de Paul Claudel, foram objeto de raros estudos da crítica lusófona e permanecem pouco conhecidas no Brasil. A presente tese de doutoramento tem por intuito apresentar um comentário literário das Odes, seguido de uma tradução integral que as dê a conhecer ao público brasileiro. Esse comentário divide-se em duas partes. Na primeira parte, procede-se a uma leitura de cada ode, a bem de extrair sua arquitetura e de dar a ver o princípio de composição do conjunto do livro. Identificamo-lo na dinâmica de aproximação e de afastamento do sujeito poético com relação a Deus, presença constante ao longo dos poemas, ora evocado indiretamente, ora interlocutor a quem o poeta confia seu mundo interior. Na segunda parte, após uma exposição sobre o uso do símbolo em poesia, sobre a própria concepção de Claudel sobre o símbolo e sobre as observações de sua fortuna crítica acerca do tema, é levada a bom termo uma análise de alguns simbolismos que permeiam o texto. Merecem nossa atenção o simbolismo pírico, telúrico, aéreo, aquático, tenebroso, luminoso e urânico. Indicamos como esses simbolismos (exceção feita ao urânico) situam-se na mesma estrutura o livro, refletindo igualmente, em sua significação, os polos opostos de aproximação e de distanciamento quanto a Deus. Ilustramos, assim, o uso poético do símbolo nas Odes, sublinhando a abordagem dinâmica, anti-didática e polissêmica de que se serve Claudel. O estudo da polissemia nas odes no plano dos símbolos permite tratar igualmente do problema da polissemia na própria linguagem poética das Odes, fonte de algumas das principais dificuldades encontradas no processo de tradução do livro, tradução essa que constitui o segundo momento desta tese e que busca recriar em português o ritmo, a força retórica e o impacto das imagens do poema francês.

Comme d`autres expressions de la lyrique chrétienne française du XXe siècle, les Cinq Grandes Odes de Paul Claudel ont fait l`objet de peu d`études de la critique littéraire lusophone et demeurent peu connues au Brésil. Cette thèse de doctorat a pour dessein de présenter un commentaire littéraire des Odes suivi d`une traduction intégrale qui les donne à connaître au public brésilien. Ce commentaire se divise en deux parties. Dans la première partie, nous procédons à une lecture de chaque ode de manière à en dégager l`architecture et à faire voir le principe de composition du livre. Nous l`avons identifié dans la dynamique de rapprochement et de prise de distance à l`égard de Dieu, une présence constante au long de ces poèmes, tantôt évoqué indirectement, tantôt interlocuteur à qui le poète confie son monde intérieur. Dans la deuxième partie, après une exposition sur l`usage du symbole en poésie, sur la conception du symbole chez Claudel et sur les observations de la critique claudélienne à ce sujet, on en vient à une analyse de quelques symbolismes qui parsèment le texte. Méritent notre attention le symbolisme pyrique, tellurique, aérien, lumineux, ouranien, des ténèbres et des eaux. Nous indiquons comment ces symbolismes (exception faite au symbolisme ouranien) se situent par rapport à la structure même du livre, reflétant également, dans sa signification, les pôles opposés de rapprochement et de prise de distance quant à Dieu. Nous illustrons, ainsi, l`usage poétique du symbole dans les Odes et nous mettons en relief l’approche dynamique, anti-didactique et polysémique de Claudel. L`étude de la polysémie des Odes sur le plan des symboles permet de traiter aussi de la polysémie dans le langage poétique du livre. Cette polysémie se trouve à la source de quelques-unes des principales difficultés auxquelles nous nous sommes heurtés au long du processus de traduction du livre, traduction laquelle constitue le deuxième moment de cette thèse et qui cherche à récréer en portugais le rythme, la force rhétorique et l`impact des images du poème français. / Como outras expressões da lírica cristã francesa do século XX, as Cinq Grandes Odes (1910), de Paul Claudel, foram objeto de raros estudos da crítica lusófona e permanecem pouco conhecidas no Brasil. A presente tese de doutoramento tem por intuito apresentar um comentário literário das Odes, seguido de uma tradução integral que as dê a conhecer ao público brasileiro. Esse comentário divide-se em duas partes. Na primeira parte, procede-se a uma leitura de cada ode, a bem de extrair sua arquitetura e de dar a ver o princípio de composição do conjunto do livro. Identificamo-lo na dinâmica de aproximação e de afastamento do sujeito poético com relação a Deus, presença constante ao longo dos poemas, ora evocado indiretamente, ora interlocutor a quem o poeta confia seu mundo interior. Na segunda parte, após uma exposição sobre o uso do símbolo em poesia, sobre a própria concepção de Claudel sobre o símbolo e sobre as observações de sua fortuna crítica acerca do tema, é levada a bom termo uma análise de alguns simbolismos que permeiam o texto. Merecem nossa atenção o simbolismo pírico, telúrico, aéreo, aquático, tenebroso, luminoso e urânico. Indicamos como esses simbolismos (exceção feita ao urânico) situam-se na mesma estrutura o livro, refletindo igualmente, em sua significação, os polos opostos de aproximação e de distanciamento quanto a Deus. Ilustramos, assim, o uso poético do símbolo nas Odes, sublinhando a abordagem dinâmica, anti-didática e polissêmica de que se serve Claudel. O estudo da polissemia nas odes no plano dos símbolos permite tratar igualmente do problema da polissemia na própria linguagem poética das Odes, fonte de algumas das principais dificuldades encontradas no processo de tradução do livro, tradução essa que constitui o segundo momento desta tese e que busca recriar em português o ritmo, a força retórica e o impacto das imagens do poema francês.

The critical analysis section of this dissertation seeks to define the ode using examples in translation from Greek and Latin odes and examples in English written from the 1500s to the 2000s. Although most definitions of the ode contend that this subgenre of the lyric is an occasional poem of praise that includes a meditative or mythological element, the ode is far more complex. An ode is an occasional poem, but it works to privilege rather than strictly praise its subject, allowing for the speaker's ambivalence toward the subject. Meditation is a key element of the ode, since the poet uses the subject as a means for moving to the meditation or as a conduit through which the meditation occurs. The meditation in the poem is also a way for the poet or speaker to negotiate the relationship between the subject and herself; thus, the ode is concerned with power, since the poet must place herself or the speaker in relation to the subject. Power thus may be granted to either the speaker or the subject; the poet names and speaks of the subject, and often the poet names and speaks of himself in relation to the subject. Additionally, odes usually contain some exhortation, generally directed to the subject if not to those surrounding the reader or capable of "listening in" to the performance of the poem. This definition, it should be noted, is intended to be fluid. In order for a poem to be relevant to its age, it must either adhere to or usefully challenge the contemporary concerns. Thus, while many of the odes discussed will contain the elements of this definition, others will work against the definition. In the remainder of the introduction, I examine ancient models and twentieth- and twenty-first century examples of the ode as a means of exploring what an ode is and how it can undermine the elements of the definition and still work as a poem of this subgenre. In the second section of the dissertation are lyric poems, many of which fit in varying degrees the definition laid out in the critical analysis.

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A finalidade deste trabalho é realizar um comentário à 7ª Ode Olímpica de Píndaro. Adicionalmente, procura demonstrar a maneira como a obra desse autor foi citada ou aludida no mundo de língua grega, até a publicação, em 1515, da edição de Zacarias Calierges, e como se formou a crítica pindárica nos séculos XIX e XX. / This work aims to present a comment to Pindar\'s 7th Olympian Ode. Additionally, it intents not only to demonstrate the way Pindar\'s work was mentioned or referred to in Greek language until the publication of Zacarias Calierges\' edition, in 1515, but also show how the pindaric criticism of XIX and XX centuries was shaped.

Este trabalho propõe uma leitura em mosaico das Odes, em três níveis: (a) a ordem das palavras, (b) organização do poema e (c) disposição do(s) livro(s). Em seguida, diante dos efeitos produzidos por esses níveis, a tese pretende justifica e apresentar uma tradução poética que tenha a função crítica que elucidar pela prática poética os problemas críticos apontados na parte teórica / This work proposes a reading in mosaics of the Odes, in three levels: (a) word-order, (b) organization of the poem and (c) disposition of the book(s). After that, in face of the effects produced by those levels, this thesis aims at justifying and presenting a poetic translation that also bears a critical function through clarifying by the poetical praxis the critical problems pointed in the theoretical section

Este trabalho propõe uma leitura em mosaico das Odes, em três níveis: (a) a ordem das palavras, (b) organização do poema e (c) disposição do(s) livro(s). Em seguida, diante dos efeitos produzidos por esses níveis, a tese pretende justifica e apresentar uma tradução poética que tenha a função crítica que elucidar pela prática poética os problemas críticos apontados na parte teórica / This work proposes a reading in mosaics of the Odes, in three levels: (a) word-order, (b) organization of the poem and (c) disposition of the book(s). After that, in face of the effects produced by those levels, this thesis aims at justifying and presenting a poetic translation that also bears a critical function through clarifying by the poetical praxis the critical problems pointed in the theoretical section

A finalidade deste trabalho é realizar um comentário à 7ª Ode Olímpica de Píndaro. Adicionalmente, procura demonstrar a maneira como a obra desse autor foi citada ou aludida no mundo de língua grega, até a publicação, em 1515, da edição de Zacarias Calierges, e como se formou a crítica pindárica nos séculos XIX e XX. / This work aims to present a comment to Pindar\'s 7th Olympian Ode. Additionally, it intents not only to demonstrate the way Pindar\'s work was mentioned or referred to in Greek language until the publication of Zacarias Calierges\' edition, in 1515, but also show how the pindaric criticism of XIX and XX centuries was shaped.

The musical ode, which developed during the 1660s and 1670s as a means of celebrating occasions of particular significance (often by setting a specially written text), remained popular throughout the eighteenth century, and can be regarded as the earliest form of large-scale secular choral music to have developed in England. This dissertation discusses the nature of the genre (including its relationship with the poetical ode), and surveys the contexts in which odes were composed and performed. It is supplemented by a catalogue which lists some 270 examples of the genre. Among the earliest odes were those written for performance at the court in London. These have already been the subject of musicological study, but although they were the biggest stylistic influence on the other odes written during the late seventeenth and early eighteenth centuries, they were not quite the earliest examples of the species. At the University of Oxford, the practice of performing specially composed odes to enhance academic ceremonial dates from at least 1669, and the custom continued throughout the following century. The odes on St Cecilia's Day also originate in the late seventeenth century, but although the works performed in London between 1683 and 1701 have received some scholarly attention, odes on the same theme written later in the century, along with works performed at a number of provincial centres, have not hitherto been discussed in the context of the wider ode genre. Also neglected have been the birthday odes performed at the Vice-regal court in Dublin during the eighteenth century. These complement the London court odes, but have not previously been listed or discussed in detail. Other odes were written for charitable causes, and to commemorate a miscellaneous array of occasions, including military victories and the inauguration of new buildings. In addition, in the latter half of the eighteenth century, some composers responded to developments in the poetical ode by setting libretti which had no 'occasional' inspiration, but which were notable literary achievements in their own right.

L’objectif de cette thèse est d’étudier le rôle et la fonction de la gymnastique dans la tradition de la pensée classique. En établissant le contexte, dans lequel Platon et Aristote travaillent et développent leur avis sur la gymnastique, on comprend qu’il y a trois types de gymnastique dans la tradition grecque. Ces trois types sont la gymnastique militaire, qui s’associe aux épopées homériques, la gymnastique athlétique, qui s’associe aux odes pindariques et la gymnastique médicale, qui s’associe au corpus hippocratique. Platon et Aristote reprennent les catégories déjà existantes, en élaborant le concept de chaque catégorie reprise. Platon incorpore la gymnastique dans le programme éducatif, mais il rejette la gymnastique athlétique. Hippocrate influence la pensée du philosophe athénien, qui utilise bien des éléments de la gymnastique médicale. La gymnastique possède le pouvoir de fortifier le thymique. Platon condamne chaque excès à propos de la gymnastique, parce que ce manque de modération cultive le thymique, provoquant des déséquilibres psychologiques et civiques. La gymnastique joue un rôle essentiel dans le processus vers la Forme du Beau, dans la mesure où elle s’associe directement à la beauté corporelle qui déclenche ce processus d’ascension vers l’Idée du Κάλλος. Aristote incorpore aussi la gymnastique dans le programme de formation de « la cité la meilleure ». Aristote prend grand soin de la condition corporelle des enfants, montrant en quelque sorte les résultats négatifs de la gymnastique immodérée. Il critique ainsi la gymnastique athlétique, tandis qu’il souligne que la gymnastique militaire excessive conduit à la détérioration sociopolitique. / The purpose of this thesis is to study the role and the function of gymnastike in the tradition of Classical Greek thought. Studying the context in which Plato and Aristotle developed their ideas concerning gymnastike, we comprehend that there are three types of gymnastike in Greek tradition, the military gymnastike (related to the Homeric epics), the athletic gymnastike (related to the Pindaric odes) and the medical gymnastike (related to the Hippocratic corpus). Plato and Aristotle revisit and elaborate these categories. Plato incorporates gymnastike into his educational program, but he rejects the athletic gymnastike. Hippocrates influences Plato, who seems to utilize many elements of this type (medical gymnastike). It seems that gymnastike has the ability to fortify the thymic part of the soul, nevertheless, Plato condems every excessive use of gymnastike, since this lack of moderation cultivates the thymic part, provoking psychological and civic imbalances. Gymnastike is an important factor regarding the “ascension” towards the Form of Beauty (Κάλλος). Equally, Aristotle incorporates gymnastike in his educational program. He takes great care to protect children’s physical condition, indicating in a way the negative aspects of immoderate gymnastike. Thus, he criticizes the athletic gymnastike. Aristotle underlines that the excessive use of military gymnastike leads to a socio-political deterioration.