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O conceito de natureza em Santo AgostinhoRêgo, Marlesson Castelo Branco do January 2015 (has links)
Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Florianópolis, 2015 / Made available in DSpace on 2015-06-02T04:09:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / O propósito dessa tese é mostrar que o conceito de natura em Santo Agostinho contribui para uma filosofia da natureza. Para tanto, três perspectivas são consideradas: 1 - A controvérsia entre Agostinho e o Maniqueísmo, que atribuía o mal à matéria; 2 - O debate contra o monge bretão Pelágio em torno da natureza humana; 3 - A visão ambiental de Agostinho nas relações entre natureza humana e natura creata. Nessa trajetória, o conceito de natura permanece ligado à noção de graça divina e adquire quatro significados: teológico, existencial, histórico e ambiental. Em um contexto de inquietações morais e políticas, o Bispo de Hipona desenvolve uma noção ontológica de natura, cuja síntese se expressa no trinômio ontológico Deus - natureza humana - natura creata e contribui para uma filosofia da natureza, enquanto discurso racional do ser submetido à mudança.<br> / Abstract: The purpose of this thesis is to show that the concept of natura to Saint Augustine contributes to a philosophy of nature. For this, three perspectives are considered: 1 - The controversy against the Manichaeism, which assigned evil to the material substance; 2 - The dispute between Augustine and Pelagio about the human nature; 3 - The environmental point of view of Augustine on the relations between human nature and natura creata. Following this course, the concept of natura remains attached to the notion of divine grace and acquire four meanings: theological, existential, historical and environmental. Among moral and political problems, the Bishop of Hipona expands their ontic notion of natura according to the trinomial God - human nature - natura creata, and contributes to a philosophy of nature while arational discourse about the being in change.
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O discurso de Agostinho de Hipona contra o pelagianismo a partir da obra De gestis Pelagii: identidade, diferença, católicos e hereges no século V d.C.REIS, R. L. 26 September 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-09-26 / Em 415 d.C., o concílio de Dióspolis (ou Lydda) absolveu Pelágio de todas as acusações de heresia que lhe foram feitas e o monge bretão foi considerado ortodoxo, isto é, portador da verdadeira fé católica, de acordo com os catorze bispos orientais presentes no processo. Esse fato agravou ainda mais a controvérsia com os pelagianos, já que aproximadamente quatro anos antes o movimento pelagiano foi condenado como herético por um sínodo realizado na cidade de Cartago, dando início à polêmica. Segundo Agostinho de Hipona, que juntamente com os bispos africanos foi um dos principais opositores ao movimento e impingiu árduos esforços em seu enfrentamento, os cristãos seguidores de Pelágio teriam se aproveitado da absolvição do asceta perante o concílio católico para legitimar as ideias acerca da natureza humana perfeita e isenta do pecado original e acerca do livre arbítrio da vontade humana independente da graça de Cristo, como ortodoxas e, consequentemente, católicas. Para a Igreja africana, o pelagianismo era heresia justamente porque negava a corrupção da natureza humana a partir do pecado de Adão e porque, assim, ao tomar o homem como plenamente capaz de alcançar a salvação e a perfeição por suas próprias forças, acabava por desprezar a graça de Cristo e negá-la como única condição possível para a salvação humana, tornando vã a cruz de Cristo (símbolo máximo do cristianismo). Se Agostinho e os bispos africanos condenavam os pelagianos como hereges e o pelagianismo como heresia, o fato de Pelágio ter sido absolvido no concílio oriental indicaria uma ruptura da Igreja? Os bispos orientais poderiam ser considerados favoráveis às
ideias pelagianas uma vez que inocentaram Pelágio? O que poderia ser tomado como ortodoxia e como heresia em termos de doutrina e de identidade cristãs no início do século V? Com o intuito de tentarmos nos aproximar dessas questões em busca de possíveis soluções, selecionamos uma fonte histórica do período que trata precisamente desse momento da controvérsia: De Gestis Pelagii obra escrita por Agostinho cerca de dois anos após o sínodo de Dióspolis na qual o bispo buscou apurar os procedimentos ocorridos no julgamento tentando melhor compreender o processo e a sentença final. Por meio desta pesquisa pretendemos, então, analisar o discurso do bispo de Hipona na referida obra atentando para sua posição sobre a controvérsia, sobre o pelagianismo e sobre a absolvição de Pelágio no concílio oriental. Para tanto, buscamos auxílio teórico em Chartier e seu conceito de representação, em Woodward e Silva e seus conceitos de identidade e de diferença, em Kochakwicz e sua conceitualização de ortodoxia e de heresia, e metodológico em Orlandi e seu método de análise de discurso.
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A faculdade da vontade na polêmica antipelagiana em Santo AgostinhoReis, Émilien Vilas Boas January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / This paper is a study of the theory of will in the thought of St. Augustine. It seeks to show how the power of will is "discovered" by Augustine in De Libero Arbitrio. Dealing with Confessions, Book VIII, the paper shows how the will is fallen and no longer has the ability to do what they want. In the De Diversis Quaestionibus ad Simplicianum is shown the cause of fallen of will, the original sin, and what is the solution to overcome this problem: grace. Finally, drawing upon the works of the period called antipelaginism, the paper makes a comparison between a theory of the will of the pelagianism and a theory of the will in Augustine / Este trabalho é um estudo sobre a teoria da vontade dentro do pensamento de Santo Agostinho. Procura mostrar com a faculdade da vontade é "descoberta" por Agostinho De Libero Arbitrio. Utilizando o livro VIII da obras Confessiones, mostra como a vontade está decaída e não tem mais a capacidade de fazer o que quer. Com o De Diversis Quaestionibus ad Simplicianum é mostrado qual a causa da vontade estar decaída, o pecado original, e a solução para superar tal problema: a graça. Por fim, valendo-se das obras do chamado período antipelagiano, faz um estudo comparativo entre uma teoria da vontade dos pelagianos e uma teoria da vontade em Agostinho.
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A construção do ethos cristão nas polêmicas de Agostinho de Hipona / Building the Christian Ethos in Augustine of Hippo religious polemicsFreitas, Lucas Jorge de 07 March 2019 (has links)
Nos séculos IV e V ocorreram contínuos esforços por uma unificação e homogenização do credo cristão, algo que provocou o embate e o confronto entre as diversas vertentes, cada qual arrogava para si o título de verdadeiros cristãos e imputando aos seus adversários a alcunha de falsos cristãos. O ethos retórico cristão é constituído a partir da premissa de que haveria uma única Verdade, assim sendo, na medida em que ser cristão é, por definição, empreender a imitatio Christi, tentava-se determinar aquele que advoga por Cristo do dito herege. Em meio a estas intensas disputas retóricas, Agostinho de Hipona foi um dos autores de maior destaque, participando dos principais debates de sua época. O donatismo, o arianismo e o pelagianismo foram três dos seus principais adversários. Cada qual representando um diferente desafio, Agostinho necessitava responder e enfrentar estas vertentes na defesa do que ele acreditava ser a verdadeira via salvífica cristã. O donatismo foi considerado como um desdobramento das perseguições perpetradas por Diocleciano; estas teriam causado um cisma político e doutrinário, cindindo a Igreja cristã na África romana. O arianismo, uma dissidência trinitária e protagonista inconteste do século IV, defendia uma hierarquia dentro da Trindade e contestava sua própria definição. O pelagianismo, uma frequente preocupação de Agostinho nos seus últimos 20 anos, negava o conceito do pecado original e questionava papel da Graça divina na salvação. A partir da premissa de que o que estava realmente em jogo era a definição de qual das vertentes era verdadeiramente a portadora do legado de Cristo, a presente pesquisa procura comparar o processo de construção do ethos retórico destas três vertentes. Almeja-se, portanto, investigar o ethos retórico imputado por Agostinho aos seus adversários, cotejando os tratados polêmicos feitos pelo bispo de Hipona contra donatista, arianos e pelagianos. / There were continuous efforts in the 4th and 5th centuries aiming to unify and homogeneity of the Christian faith, causing clashes between different doctrines each one claiming to be the true Christians and calling the adversaries as false Christians. The Christian rhetorical ethos is constituted by the fundament that there is only one Truth: to be Christian is, by definition, undertaking the imitatio Christi. Then it would be possible to distinguish the one who preached for Christ and the one so -called heretical. Among those intense rhetorical disputes, Augustine of Hippo was one the most prominent authors, contributing to the greatest discussions from his time. Donatism, Arianism, and Pelagianism were his main enemies. Each one of them representing a different challenge, Augustine needed to answer and defy those three branches in defence of his own belief as the Christian redemption. The Donatism was seen as a development from the persecutions made by Emperor Diocletian, causing a political and doctrinal breaking causing the Christian Roman African Church division. The Arianism, a Trinitarian schism and without any doubt protagonist of the 4th century doctrinal debate, defending a hierarchy among the people of the Trinity, challenging its own concept. Pelagianism, a recurrent Augustines preoccupation in his last twenty years of life, denied the idea of original sin and defied the role of divine grace in the redemption. Based on the starting point the was actually in dispute was which one of these three branches were the true bearer of Christ legacy, this research aims to compare the construction process of the rhetoric ethos from those tree branches. In order to do that, this thesis investigates the rhetoric ethos ascribed for Augustine of Hippo to his adversaries, focusing on the polemic tracts made by Augustine of Hippo against the Donatists, Arians, and, Pelagians.
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A faculdade da vontade na pol?mica antipelagiana em Santo AgostinhoReis, ?milien Vilas Boas 29 October 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-10-29 / Este trabalho ? um estudo sobre a teoria da vontade dentro do pensamento de Santo Agostinho. Procura mostrar com a faculdade da vontade ? "descoberta" por Agostinho De Libero Arbitrio. Utilizando o livro VIII da obras Confessiones, mostra como a vontade est? deca?da e n?o tem mais a capacidade de fazer o que quer. Com o De Diversis Quaestionibus ad Simplicianum ? mostrado qual a causa da vontade estar deca?da, o pecado original, e a solu??o para superar tal problema: a gra?a. Por fim, valendo-se das obras do chamado per?odo antipelagiano, faz um estudo comparativo entre uma teoria da vontade dos pelagianos e uma teoria da vontade em Agostinho.
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Pecado Original: uma herança agostiniana?: o tema da falta das origens e suas consequênciasSilva, Dayvid da 22 September 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015-09-22 / This study intends to work up the origins fault topic and its consequences to human nature, which will be called in the 5th century Original Sin by Saint Augustine, directly in reference to Adam s sin. However, before dealing with Adam s sin, as related in Judeo-Christian Holy Writ, aiming at answering the question that names this dissertation Original Sin: an Augustinian inheritance? , it seemed advisable to increase research field, although moderately.
So the possibility of finding the idea of origins fault in other traditions is considered, as related in the Book of Genesis. As a result, before entering the biblical narration about Adam s and Eve s sin, this research studies other myths, namely: Prometheus s and Pandora s myth; Zoroastrian Myth on the world creation.
After analyzing the above mentioned myths, the study focuses on the biblical narration about Adam s and Eve s sin and its interpretation by Paul the Apostle and by Church Fathers, who had in Saint Augustine s thought their theological systemization under construction about Adam s sin. A systemization that takes place mainly because of Pelagian controversy, which denied human nature s defectibility attributed to the first parents sin, called by Augustine original sin .
Finally, the influence of Augustinian thought concerning the original sin in the Church will be studied; the first definitions; Augustinian thought through two great Scholastic theologians: Anselm of Canterbury and Thomas Aquinas; the Council of Trent and the dogmatic definition to all the Church about the original sin, based on Augustine s thought; the relation between two dogmas: Original Sin and Immaculate Conception; the concept of original sin in face of new scientific discovers and of the Second Vatican Council.
Thus this study intends to ponderate the concept of original sin not properly as an Augustinian idea, but an idea that is part of human thought, because when asking about the existing goods in the created reality, it is asked also about evil existence / O presente estudo tem por objetivo trabalhar o tema da falta das origens e suas consequências para a natureza humana, que, no século 5, será chamado por Santo Agostinho de Pecado Original , fazendo referência direta ao pecado de Adão. Porém, antes de se falar do pecado de Adão, como se encontra nas Escrituras judaico-cristãs, visando responder à questão que dá título à dissertação Pecado Original: uma herança agostiniana? , achou-se por bem ampliar, mesmo que de forma moderada, o campo de pesquisa.
Dessa forma, cogita-se a possibilidade de em outras tradições se encontrar o tema da falta das origens, como se faz presente no livro do Gênesis. Desta forma, antes de se adentrar no relato bíblico do pecado de Adão e Eva, esta pesquisa se detém em outros mitos, a saber: o mito de Prometeu e Pandora; o Mito de Tântalo; o Mito zoroástrico da criação do mundo. Analisados tais mitos, parte-se para o estudo do relato bíblico do pecado de Adão e Eva e a interpretação que se fizera deste pecado, principalmente pelo apóstolo Paulo e pelos padres da Igreja, que encontram em Santo Agostinho um sistematizador da teologia que se estava construindo sobre o pecado de Adão. Uma sistematização que acontece, principalmente, por causa da querela pelagiana, que negava a defectibilidade da natureza humana advinda com o pecado dos primeiros pais. A este pecado, Agostinho chamará pecado original .
Por fim, estudar-se-á a influência do pensamento agostiniano sobre o pecado original na Igreja; as primeiras definições; o pensamento de Agostinho em dois grandes teólogos da escolástica: Anselmo de Cantuária e Tomás de Aquino; o concílio de Trento e a definição dogmática para toda Igreja do pecado original, tendo como base o pensamento de Agostinho; o encontro de dois dogmas: Pecado Original e Imaculada Conceição; a ideia de pecado original diante das novas descobertas científicas e do concílio Vaticano II.
Assim, este estudo trabalha a ideia de pecado original não como uma ideia propriamente agostiniana, mas como tema da reflexão humana, pois, ao se questionar sobre os bens que existem na realidade criada, questiona-se também a existência do mal
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