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A previdência rural e o benefício de prestação continuada na proteção social ao idoso brasileiro: uma análise das mudanças institucionais na década de 1990 / The rural securit and the benefit of installment continued in the social protection to the Brazilian elderly: an analysis of the institutional changes in the decade of 1990Siqueira, Sandra Aparecida Venâncio de January 2006 (has links)
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Previous issue date: 2006 / Este estudo analisou a Previdência Rural e o Benefício de Prestação Continuada programas implementados nos anos de 1990 pelo governo federal com o objetivo de compreender se foi alterado o padrão marcadamente excludente de proteção ao idoso brasileiro, historicamente assumido no país, com a incorporação de mecanismos redistributivos. Buscou, ainda, discutir os desafios que a sua adoção colocam para a Seguridade Social. Para tal utilizou, como instrumentos de análise, os documentos legais, produzidos pelo governo federal, que nortearam a implementação desses programas, bem como os dados estatísticos relativos aos benefícios que instituíram. Para a análise empregou-se o instrumental da estatística descritiva. Os resultados confirmaram a hipótese deste estudo, de que a incorporação de mecanismos redistributivos no arranjo institucional, tal como definido na Constituição Federal de 1988, alterou o padrão de proteção social ao idoso brasileiro. A partir da análise observou-se que a combinação de políticas universais e focalizadas constituiu estratégia eficiente para proteger esses idosos tanto na área rural quanto na urbana, além de possibilitar a superação da fragmentação histórica entre os idosos com capacidade contributiva e aqueles sem capacidade de contribuir para a Previdência Social. Apesar desses avanços, a estratégia adotada pelo governo federal para sustentar o Plano Real impôs um teto à elevação do gasto social nos anos de 1990. Foram então adotados critérios mais rígidos para a concessão do benefício na área urbana, o que impossibilitou a universalização da proteção social ao idoso nessa área. (...) Entretanto, permanecem desafios à sustenilidade desses programas, os quais somente poderão ser superados através de alternativas criadas pela sociedade brasileira para resolver o dilema entre conciliar a necessidade de disciplina fiscal e a realização de investimentos em infra-estrutura e a manutenção e ampliação dos gastos sociais.
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Construção social do espaço, identidades e territórios em processos de remoção : o caso do bairro Restinga - Porto Alegre / RSZamboni, Vanessa January 2009 (has links)
Este trabalho objetiva, sobretudo, conhecer como grupos sociais pertencentes à classe popular, removidos por políticas públicas, constroem suas identidades em um novo território. Para tanto, realizou-se um estudo de caso que teve como universo de pesquisa antigos moradores da Ilhota e da Vila Santa Luzia que, removidos de seus territórios, participaram do processo inicial de ocupação do bairro Restinga em Porto Alegre. Privilegiou-se o emprego de uma abordagem referenciada tanto na Antropologia como nos Estudos Urbanos, tendo como elementos de destaque a etnografia, as entrevistas semi-estruturadas e a investigação da formação dos territórios envolvidos a partir de uma análise histórico-documental. Tal empreendimento, procurou conjugar, não livre de tensões, perspectivas amparadas em repertórios teórico-metodológicos bastante distintos. Tendo como momento central o evento da remoção, procurou-se, em primeiro lugar, conhecer como os atores sociais vivenciavam cotidianamente o espaço em seus territórios de origem, enfatizando suas estratégias de subsistência e formas de sociabilidade, para, em seguida, avaliar o processo de remoção em si e as conseqüências decorrentes deste, em especial, para os grupos removidos. Em um segundo momento, buscou-se, através dos relatos dos moradores, apreender como construíram suas vidas/espaços nesse novo território. Nesse ínterim, refletindo-se sobre a construção de identidades destes grupos, tanto em relação aos antigos territórios quanto ao atual, verificou-se a importância que a “identidade territorial” assume na construção do quem sou “eu” /quem somos “nós”. Ademais, observou-se que tal identidade, além de contrastiva, é mobilizada em múltiplos níveis por ser, também, situacional. Isto é, a noção do “nós”, quando referida aos territórios de origem, remete ao compartilhamento tanto de estilos quanto de trajetórias de vida, nesse caso específico aos processos de remoção. Porém, por outro lado, a noção de “eles” pode ser determinada pela condição de não-residentes do bairro Restinga, em contraposição a um “nós” que engloba todos os moradores do bairro indistintamente. Com isso, percebe-se que os territórios de origem permanecem vivos em suas lembranças, dando-lhes nome e identidade, diferenciando-os, enfim, ocupando lugar de destaque na constituição do “quem sou eu” ou do quem “somos nós”. Evidenciou-se, também, que as remoções, ao serem impostas de forma arbitrária, desconsiderando aspectos fundantes desses grupos sociais, tais como os laços de pertença aos territórios e ao próprio grupo, tornam-se eventos traumáticos, com seqüelas irrecuperáveis, devido ao caráter violento e autoritário com que se revestem. Por fim, no que diz respeito aos agentes sociais que participam das decisões e implementações de políticas públicas, aqui, especificamente, intervenções urbanas, ao partilharem de “olhares” estigmatizantes dos espaços/indivíduos/grupos de classe popular, acabam por reproduzir e agravar as desigualdades sociais. / The main purpose of this study is to know how low income social groups, removed by public policies, construct their identities in a new territory. Therefore, a case study is presented whose universe of research is a group of old dwellers of Ilhota and Vila Santa Luiza removed to Restinga in Porto Alegre as its first occupants. The study has an anthropologic approach based in both anthropology and urban studies, having as its main elements of research method, ethnography, semi-structured questionnaire and investigation about the formation of the referred territories, taking as a point of departure an historic-documental analysis. In such attempt we tried to conjugate, not without some tensions, some perspectives supported by rather distinct theoretical and methodological repertories. Having as a central point the removal event, we tried in first place to know the quotidian of the social actors in their original territories, giving emphasis in their strategies for survival and forms of sociability for, afterwards, to evaluate the process of removal and its consequences for the people removed. In a second moment it was searched, through an account of the dwellers, to find how they constructed their lives and social space in the new territory. Meanwhile, meditating about the construction of the identities of these groups, both in relation to their old and new territories, it was verified the importance of a territorial identity in the construction of who I am/who we are. In addition, it was observed that such identity, yonder of contradistinctive, is mobilized in a multiplicity of levels, as well as multiplicity of situations. That is, the conception of the we, when referred to the original territories, addresses to both the share of stiles and trajectories of life in this specific case to the removal processes. But in another way, the notion of “they” may be determined by the condition of non-residents of the Restinga borough in contraposition to the “we” which embody all the dwellers of the borough indistinctively. With this, it may be perceived that the original territories remain alive in their memories, giving them name and identity, distinguishing them at last, putting them in a detached place in the constitution of the “who I am” or of the “who we are”. It also became evident that, as far as the removals were imposed in an arbitrary way, not considering fundamental aspects of these social groups such as appurtenant ties to the territories and to the group itself, they became traumatic with irrecoverable consequences as a result of its violent and authoritarian character. At last, taking in account the social agents involved in the decisions and implementation of public policies such as the removal of low income social classes, it may be said that while sharing the same depreciative stigmatization in relation to this spaces/individuals/groups, they will remain reproducing and aggravating existing social inequalities only.
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Construção social do espaço, identidades e territórios em processos de remoção : o caso do bairro Restinga - Porto Alegre / RSZamboni, Vanessa January 2009 (has links)
Este trabalho objetiva, sobretudo, conhecer como grupos sociais pertencentes à classe popular, removidos por políticas públicas, constroem suas identidades em um novo território. Para tanto, realizou-se um estudo de caso que teve como universo de pesquisa antigos moradores da Ilhota e da Vila Santa Luzia que, removidos de seus territórios, participaram do processo inicial de ocupação do bairro Restinga em Porto Alegre. Privilegiou-se o emprego de uma abordagem referenciada tanto na Antropologia como nos Estudos Urbanos, tendo como elementos de destaque a etnografia, as entrevistas semi-estruturadas e a investigação da formação dos territórios envolvidos a partir de uma análise histórico-documental. Tal empreendimento, procurou conjugar, não livre de tensões, perspectivas amparadas em repertórios teórico-metodológicos bastante distintos. Tendo como momento central o evento da remoção, procurou-se, em primeiro lugar, conhecer como os atores sociais vivenciavam cotidianamente o espaço em seus territórios de origem, enfatizando suas estratégias de subsistência e formas de sociabilidade, para, em seguida, avaliar o processo de remoção em si e as conseqüências decorrentes deste, em especial, para os grupos removidos. Em um segundo momento, buscou-se, através dos relatos dos moradores, apreender como construíram suas vidas/espaços nesse novo território. Nesse ínterim, refletindo-se sobre a construção de identidades destes grupos, tanto em relação aos antigos territórios quanto ao atual, verificou-se a importância que a “identidade territorial” assume na construção do quem sou “eu” /quem somos “nós”. Ademais, observou-se que tal identidade, além de contrastiva, é mobilizada em múltiplos níveis por ser, também, situacional. Isto é, a noção do “nós”, quando referida aos territórios de origem, remete ao compartilhamento tanto de estilos quanto de trajetórias de vida, nesse caso específico aos processos de remoção. Porém, por outro lado, a noção de “eles” pode ser determinada pela condição de não-residentes do bairro Restinga, em contraposição a um “nós” que engloba todos os moradores do bairro indistintamente. Com isso, percebe-se que os territórios de origem permanecem vivos em suas lembranças, dando-lhes nome e identidade, diferenciando-os, enfim, ocupando lugar de destaque na constituição do “quem sou eu” ou do quem “somos nós”. Evidenciou-se, também, que as remoções, ao serem impostas de forma arbitrária, desconsiderando aspectos fundantes desses grupos sociais, tais como os laços de pertença aos territórios e ao próprio grupo, tornam-se eventos traumáticos, com seqüelas irrecuperáveis, devido ao caráter violento e autoritário com que se revestem. Por fim, no que diz respeito aos agentes sociais que participam das decisões e implementações de políticas públicas, aqui, especificamente, intervenções urbanas, ao partilharem de “olhares” estigmatizantes dos espaços/indivíduos/grupos de classe popular, acabam por reproduzir e agravar as desigualdades sociais. / The main purpose of this study is to know how low income social groups, removed by public policies, construct their identities in a new territory. Therefore, a case study is presented whose universe of research is a group of old dwellers of Ilhota and Vila Santa Luiza removed to Restinga in Porto Alegre as its first occupants. The study has an anthropologic approach based in both anthropology and urban studies, having as its main elements of research method, ethnography, semi-structured questionnaire and investigation about the formation of the referred territories, taking as a point of departure an historic-documental analysis. In such attempt we tried to conjugate, not without some tensions, some perspectives supported by rather distinct theoretical and methodological repertories. Having as a central point the removal event, we tried in first place to know the quotidian of the social actors in their original territories, giving emphasis in their strategies for survival and forms of sociability for, afterwards, to evaluate the process of removal and its consequences for the people removed. In a second moment it was searched, through an account of the dwellers, to find how they constructed their lives and social space in the new territory. Meanwhile, meditating about the construction of the identities of these groups, both in relation to their old and new territories, it was verified the importance of a territorial identity in the construction of who I am/who we are. In addition, it was observed that such identity, yonder of contradistinctive, is mobilized in a multiplicity of levels, as well as multiplicity of situations. That is, the conception of the we, when referred to the original territories, addresses to both the share of stiles and trajectories of life in this specific case to the removal processes. But in another way, the notion of “they” may be determined by the condition of non-residents of the Restinga borough in contraposition to the “we” which embody all the dwellers of the borough indistinctively. With this, it may be perceived that the original territories remain alive in their memories, giving them name and identity, distinguishing them at last, putting them in a detached place in the constitution of the “who I am” or of the “who we are”. It also became evident that, as far as the removals were imposed in an arbitrary way, not considering fundamental aspects of these social groups such as appurtenant ties to the territories and to the group itself, they became traumatic with irrecoverable consequences as a result of its violent and authoritarian character. At last, taking in account the social agents involved in the decisions and implementation of public policies such as the removal of low income social classes, it may be said that while sharing the same depreciative stigmatization in relation to this spaces/individuals/groups, they will remain reproducing and aggravating existing social inequalities only.
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A Implantação do Programa Vila Viva em áreas de Belo Horizonte: uma análise documentalSilveira, Danielle Costa January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisa Rene Rachou. Belo Horizonte, MG, Brasil / O Programa Vila Viva, implantado em Belo Horizonte (BH), em 2005, caracteriza-se como uma política de inclusão social, a partir de intervenções integradas de urbanização, desenvolvimento social e de regularização de áreas destinadas à moradia de grupos de baixa renda, com objetivo de transformar essas áreas, integrando-as à cidade formal. O Vila Viva
tem suas ações planejadas por meio do Plano Global Específico (PGE), que é estruturado em três grandes setores – urbanístico-ambiental; socioeconômico e jurídico-legal. A integração desses três setores permite o diagnóstico detalhado das características de uma determinada
localidade, além de apresentar propostas de intervenção para os problemas e necessidades levantados pelos diferentes atores envolvidos. Essa pesquisa teve o objetivo de analisar o PGE das seguintes Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) de BH do Programa Vila Viva:
Aglomerados Barragem Santa Lúcia, Morro das Pedras, Serra e Vila São Tomás, tendo como marco teórico o conceito de Saúde Urbana. Os PGE foram tratados pela Análise Documental em três etapas: classificação de acordo com ano e fonte de publicação; análise preliminar considerando: contexto, autores, autenticidade, natureza, conceitos chave e lógica interna do
texto; análise de conteúdo norteada pelas dimensões teóricas, ambiente físico e social, moradia, equipamentos comunitários e públicos.
Observamos que os PGE foram elaborados entre 2000 e 2004, por empresas contratadas pela Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte – URBEL. Todos seguiram o mesmo padrão, com levantamento de dados urbanístico-ambientais, socioeconômicos e
jurídico-legais; diagnóstico; propostas e hierarquização das intervenções. O principal conceito-chave identificado foi o de participação comunitária. As demandas da população, nas quatro ZEIS, relacionaram-se ao saneamento básico, saúde, ações sanitárias, sistema viário,
segurança, educação, obras de infraestrutura e de regularização fundiária. O PGE representa um instrumento de caráter singular que, ao propor um diagnóstico integrado, considera o local
de moradia não apenas como um espaço físico, mas como um espaço geográfico ou
socialmente organizado, a partir de componentes históricos, sociais e culturais. Os resultados apontaram a adequação e efetiva contribuição do PGE como instrumento norteador de
intervenções nas ZEIS do município. / The Vila Viva Program was deployed in Belo Horizonte (BH) in 2005, and is characterized as a social inclusion policy, from integrated interventions of urbanization, social development and regulation of areas destined to house low-income groups, with the objective of
transforming these areas and integrating them into the formal city. The actions of Vila Viva are planned through the Specific Global Plan (PGE), which is structured into three major sectors: urban and environmental, socioeconomic, and judicial-legal. The integration of these
three sectors permits the detailed diagnosis of the characteristics of a particular locality, and the presentation of intervention proposals for the problems and the needs raised by the different actors involved. The objective of this research is to analyze, in the theoretical
framework of the concept of Urban Health, the PGE in the following Special Zones of Social Interest (ZEIS) of the Vila Viva Program in BH: Aglomerados Barragem Santa Lúcia, Morro das Pedras, Serra and Vila São Tomás. The PGE was treated by Documental Analysis in three steps: classification according to year and source of publication; preliminary analysis considering context, authors, authenticity, nature, key concepts, and internal logic of the text; and analysis of the content guided by theoretical dimensions, physical and social
environment, housing, and community and public facilities.
We observed that the PGE was developed between 2000 and 2004 for companies contracted by Urbanization Company and Belo Horizonte Housing- URBEL. All followed the same pattern with the collection of urban-environmental, socioeconomic, and judicial-legal data;
diagnostics; and proposals and prioritization of interventions. The main key-concept identified was that of community participation. The demands of the population in the four ZEIS were
related to basic sanitation, health, sanitary works, the road system, security, education, infrastructure projects, and land regulation. The PGE is an instrument of singular character that, by proposing an integrated diagnosis, considers the place of residence as not only the
physical space, but also as a geographic or socially organized space from historical, social, and cultural components. The results showed the adequacy and effective contribution of the
PGE as a guiding instrument of intervention in the ZEIS of the municipality.
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Construção social do espaço, identidades e territórios em processos de remoção : o caso do bairro Restinga - Porto Alegre / RSZamboni, Vanessa January 2009 (has links)
Este trabalho objetiva, sobretudo, conhecer como grupos sociais pertencentes à classe popular, removidos por políticas públicas, constroem suas identidades em um novo território. Para tanto, realizou-se um estudo de caso que teve como universo de pesquisa antigos moradores da Ilhota e da Vila Santa Luzia que, removidos de seus territórios, participaram do processo inicial de ocupação do bairro Restinga em Porto Alegre. Privilegiou-se o emprego de uma abordagem referenciada tanto na Antropologia como nos Estudos Urbanos, tendo como elementos de destaque a etnografia, as entrevistas semi-estruturadas e a investigação da formação dos territórios envolvidos a partir de uma análise histórico-documental. Tal empreendimento, procurou conjugar, não livre de tensões, perspectivas amparadas em repertórios teórico-metodológicos bastante distintos. Tendo como momento central o evento da remoção, procurou-se, em primeiro lugar, conhecer como os atores sociais vivenciavam cotidianamente o espaço em seus territórios de origem, enfatizando suas estratégias de subsistência e formas de sociabilidade, para, em seguida, avaliar o processo de remoção em si e as conseqüências decorrentes deste, em especial, para os grupos removidos. Em um segundo momento, buscou-se, através dos relatos dos moradores, apreender como construíram suas vidas/espaços nesse novo território. Nesse ínterim, refletindo-se sobre a construção de identidades destes grupos, tanto em relação aos antigos territórios quanto ao atual, verificou-se a importância que a “identidade territorial” assume na construção do quem sou “eu” /quem somos “nós”. Ademais, observou-se que tal identidade, além de contrastiva, é mobilizada em múltiplos níveis por ser, também, situacional. Isto é, a noção do “nós”, quando referida aos territórios de origem, remete ao compartilhamento tanto de estilos quanto de trajetórias de vida, nesse caso específico aos processos de remoção. Porém, por outro lado, a noção de “eles” pode ser determinada pela condição de não-residentes do bairro Restinga, em contraposição a um “nós” que engloba todos os moradores do bairro indistintamente. Com isso, percebe-se que os territórios de origem permanecem vivos em suas lembranças, dando-lhes nome e identidade, diferenciando-os, enfim, ocupando lugar de destaque na constituição do “quem sou eu” ou do quem “somos nós”. Evidenciou-se, também, que as remoções, ao serem impostas de forma arbitrária, desconsiderando aspectos fundantes desses grupos sociais, tais como os laços de pertença aos territórios e ao próprio grupo, tornam-se eventos traumáticos, com seqüelas irrecuperáveis, devido ao caráter violento e autoritário com que se revestem. Por fim, no que diz respeito aos agentes sociais que participam das decisões e implementações de políticas públicas, aqui, especificamente, intervenções urbanas, ao partilharem de “olhares” estigmatizantes dos espaços/indivíduos/grupos de classe popular, acabam por reproduzir e agravar as desigualdades sociais. / The main purpose of this study is to know how low income social groups, removed by public policies, construct their identities in a new territory. Therefore, a case study is presented whose universe of research is a group of old dwellers of Ilhota and Vila Santa Luiza removed to Restinga in Porto Alegre as its first occupants. The study has an anthropologic approach based in both anthropology and urban studies, having as its main elements of research method, ethnography, semi-structured questionnaire and investigation about the formation of the referred territories, taking as a point of departure an historic-documental analysis. In such attempt we tried to conjugate, not without some tensions, some perspectives supported by rather distinct theoretical and methodological repertories. Having as a central point the removal event, we tried in first place to know the quotidian of the social actors in their original territories, giving emphasis in their strategies for survival and forms of sociability for, afterwards, to evaluate the process of removal and its consequences for the people removed. In a second moment it was searched, through an account of the dwellers, to find how they constructed their lives and social space in the new territory. Meanwhile, meditating about the construction of the identities of these groups, both in relation to their old and new territories, it was verified the importance of a territorial identity in the construction of who I am/who we are. In addition, it was observed that such identity, yonder of contradistinctive, is mobilized in a multiplicity of levels, as well as multiplicity of situations. That is, the conception of the we, when referred to the original territories, addresses to both the share of stiles and trajectories of life in this specific case to the removal processes. But in another way, the notion of “they” may be determined by the condition of non-residents of the Restinga borough in contraposition to the “we” which embody all the dwellers of the borough indistinctively. With this, it may be perceived that the original territories remain alive in their memories, giving them name and identity, distinguishing them at last, putting them in a detached place in the constitution of the “who I am” or of the “who we are”. It also became evident that, as far as the removals were imposed in an arbitrary way, not considering fundamental aspects of these social groups such as appurtenant ties to the territories and to the group itself, they became traumatic with irrecoverable consequences as a result of its violent and authoritarian character. At last, taking in account the social agents involved in the decisions and implementation of public policies such as the removal of low income social classes, it may be said that while sharing the same depreciative stigmatization in relation to this spaces/individuals/groups, they will remain reproducing and aggravating existing social inequalities only.
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Análise de polimorfismos associados ao índice de massa corpórea em uma população urbana / Association of Single Nucleotide Polymorphisms with Index Body Mass in an urban populationRibeiro, Diana Oliveira 28 August 2018 (has links)
A obesidade, que atinge uma grande parcela da população mundial é resultado do acumulo excessivo de gordura corporal, podendo afetar gravemente a saúde. É considerada multifatorial, com maior susceptibilidade ao ganho de massa em indivíduo que possuírem maior predisposição genética. Além disso, também está associada a doenças como diabetes, hipertensão, neoplasias e disfunções endócrinas. No Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 51,7% da população encontra-se com sobrepeso ou obesa. A literatura mostra que polimorfismos de nucleotídeos único (SNPs) são marcadores frequentemente usados em estudos de associação de doenças complexas, e trabalhos sobre obesidade focados em populações tri-híbridas, tal como é a brasileira, ainda são escassos. Este trabalho buscou identificar um conjunto de SNPs relacionados com o aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) a partir do exoma de ameríndios brasileiros e verificar se o padrão seria o mesmo na coorte de Ribeirão Preto - SP. O projeto desenvolvido foi devidamente aprovado pelo projeto pelo Comitê de Ética (CAAE 74509817.4.0000.5440). Um conjunto de 17 SNPs foi selecionado após o sequenciamento do exoma ameríndio, realizado pelo Dr. João Guerreiro, cada SNP foi validado posteriormente mediante a realização da genotipagem por PCR em tempo real, confirmando as mutações encontradas nos ameríndios. Para a coorte de Ribeirão Preto, utilizamos DNA genômico de 180 indivíduos, sendo 89 normais e 91 obesos, coletados previamente no Sistema Único de Saúde (SUS) por Barbieri et al (2006). A ancestralidade tri-híbrida de 45 indivíduos desses indivíduos foi confirmada por um conjunto de 15 polimorfismos do tipo inserção/deleção (InDels) escolhidos do painel desenvolvido por Santos et al. (2010), demostrando predominância europeia (87%), seguida de ameríndia (9%) e africana (4%). Os 17 SNPs selecionados apresentaram somente mutações sinônimas, onde rs2277552 e rs3731900 tiveram predição de patogenicidade positiva. A frequência do alelo mutante na coorte de Ribeirão Preto variou em função do SNP e da população comparada do banco de dados do Ensembl. A exemplo, rs8133052 exibiu diferença em seus valores quando a população comparada com a coorte de Ribeirão Preto era a total, 50% e 37% respectivamente. A análise de componentes principais (PCA) não foi sensível o bastante para separar o grupo obeso do controle. O teste de associação optou-se pelos modelos dominante e recessivo para todos os SNPs, porém nenhuma correlação foi observada quando o fenótipo observado era a obesidade (IMC>30). Entretanto, rs231591 para o MD e rs1824152 para o MR mostraram valores significativos de proteção para a obesidade central (razão entre cintura e estatura), com odds ratio de 0,27 (p = 0.0013) e 0.37 (p = 0.0056), respectivamente. Uma análise mais refinada considerando a influência do sexo dentro da coorte foi realizada e, dependendo do fenótipo e do sexo observado quatro SNPs (rs1824152, rs3732378, rs231591 e rs744224) apresentaram valores significativos de proteção. Destes três (rs1824152, rs231591 e rs744224) ainda não haviam sido relacionados diretamente com seu caráter protetivo para a obesidade. / Obesity affects a big portion of global population and it results from excessive accumulation of body fat, what can seriously affect health. It is known the obesity is multifactorial, and it will be stronger the greater is the individual genetic predisposition. Besides that, it is associated with many diseases like diabetes, hypertension, neoplasms, and endocrine dysfunctions. In Brazil, according to the World Health Organization, about 51.7% of the population is classified as being overweight or obese. Moreover, the literature shows that molecular markers called Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs) are widely used in association studies of complex diseases, like obesity, and there are still few genetic researches whose focus is the obesity in mixed populations such as Brazil\'s. Therefore, after we got the acceptance for this work by the Ethics Committee (CAAE 74509817.4.0000.5440), we looked for a set of SNPs, based the obese Brazilian\'s indigenous exome, related to the increase of the Body Mass Index (BMI) and aimed to verify if that pattern is the same in a cohort of Ribeirão Preto (SP, Brazil). A set of 17 SNPs was selected after the indigenous exome was sequenced by Dr. João Guerreiro and each SNP was posteriorly validated by Real-Time PCR and verified by genotyping of the indigenous samples. For the cohort of Ribeirão Preto (SP), we used genomic DNA obtained from 180 individuals (89 normal-weight and 91 obese) from Sistema Único de Saúde (SUS) of Ribeirão Preto, previously collected by Barbieri (2006). We then confirmed the trihybrid ancestry of 45 individuals from the cohort using a set of 15 Insertion Deletion Polymorphisms (InDels) selected from the panel developed by Santos et al. (2010), what showed to be predominantly European, followed by African and Amerindian, with frequencies of 87%, 9% and 4%, respectively. The 17 SNPs showed synonymous mutations, from which rs2277552 and rs3731900 presented pathogenicity prediction. The cohort mutant allele frequency compared to Ensembl database varied in function of the SNP and the population. For example, rs8133052 varied when total population and the Ribeirão Preto cohort were compared, with 37% and 50%, respectively. The Principal Component Analysis (PCA) was not sensitive enough to separate obese from non-obese. The association test used the dominant and the recessive models for all SNPs, and no correlation was observed for the obese phenotype (IBM>30), independently of the model. However, rs231591 and rs1824152, for dominant and recessive models, in this order, showed values significantly associated to the protection against central obesity (ratio between waist and height), with odds ratio of 0,27 (p = 0,0013) and 0,37 (p = 0,0056), respectively. A more refined analysis of the associated test was realized, considering the influence of sex in the observed phenotype within the cohort. Four SNPs (rs1824152, rs3732378, rs231591 and rs744224) showed significant protection values, depending on the sex and the model adopted. From theses, three SNPs (rs1824152, rs231591 e rs744224) had never been directly associated to protection against obesity.
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Hipertensão arterial sistêmica na população urbana e rural de Sacramento/MG: prevalência e não adesão ao tratamento medicamentoso / Systemic arterial hypertension in urban and rural population of Sacramento/MG: prevalence and non-adherence to medication treatmentMagnabosco, Patricia 26 March 2015 (has links)
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública devido aos altos índices de prevalência da doença, baixa adesão ao tratamento medicamentoso e controle insatisfatório da Pressão Arterial (PA) na população hipertensa. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da HAS e identificar os índices e fatores relacionados à não adesão e abandono ao tratamento medicamentoso e não controle da PA nas áreas rural e urbana do município de Sacramento/MG. Trata-se de um inquérito epidemiológico de amostragem aleatória que envolveu 1.528 indivíduos com idade igual ou superior a 20 anos. Foram coletados dados relacionados a variáveis socioeconômicas, características clínicas e informações relativas a terapêutica medicamentosa e acesso ao serviço de saúde. A prevalência da HAS foi calculada a partir do relato do participante, uso declarado de anti- hipertensivos e constatação diagnóstica entre aqueles que desconheciam sua condição. A não adesão foi medida com o \"Questionário de Adesão a Medicamentos - Qualiaids\" (QAM-Q), validado no Brasil. Foi considerado abandono do tratamento a situação em que o participante informou estar há pelo menos uma semana sem tomar nenhum anti-hipertensivo; a avaliação do não controle considerou os hipertensos em tratamento que apresentaram a PA elevada no momento da entrevista. Na análise univariada utilizou-se o Odds ratio como medida de efeito. Para o ajuste das variáveis de confusão foi utilizado o modelo de regressão logística com nível de significância de p<0,05. Foram entrevistados 153 sujeitos residentes da área rural e 1375 da área urbana. A prevalência de HAS foi de 38,6%, sendo 38,6% na área urbana e 38,5% na rural. Entre os hipertensos (n=590), 8,5% desconheciam esta condição. Dentre os que conheciam sua condição de hipertenso (n=540), 90,6% estavam em tratamento, 58,9% não aderiam ao tratamento, 9,4% abandonaram a terapia medicamentosa e 47,4 % apresentaram a PA não controlada. As variáveis que apresentaram associação com a HAS foram: idade igual ou superior a 40 anos, obesidade, baixa escolaridade, falta de trabalho e histórico familiar de HAS. O desconhecimento da condição de hipertenso foi associado à baixa escolaridade. As variáveis associadas a não adesão foram: sedentarismo, uso do saleiro, consumo de alimentos industrializados, exercício do trabalho e não comparecimento às consultas médicas. O abandono do tratamento medicamentoso foi associado a: sexo masculino, idade jovem, baixa renda, tabagismo, consumo de alimentos industrializados, estresse, não comparecimento periódico a consultas médicas, medida esporádica da PA e viver sem companheiro (a). As variáveis associadas ao não controle da PA foram: renda per capita maior que um salário mínimo, etilismo, diagnóstico de HAS há mais de cinco anos, não comparecimento à consulta médica e não seguimento da prescrição medicamentosa. A identificação da prevalência e variáveis associadas à HAS e não adesão ao tratamento medicamentoso colabora para a elaboração de políticas públicas de saúde que visam reduzir complicações da doença e melhorar a qualidade de vida da população hipertensa / The Systemic Hypertension (SH) is a public health problem due to high rates of disease prevalence, low adherence to drug therapy and unsatisfactory control of Blood Pressure (BP) in the hypertensive population. The aim of this study was to evaluate the prevalence of SH and identify the indices and factors related to non- adherence and discontinuation of drug treatment, and lack of BP control, in rural and urban areas of Sacramento Municipality, Minas Gerais. This is an epidemiological survey of random sampling, involving 1,528 individuals aged 20 years or above. Data were collected based on socioeconomic variables, clinical characteristics and information related to drug therapy and access to health services. The prevalence estimate of SH was calculated based on: participant\'s information, declared use of antihypertensive drugs, and diagnostic confirmed among those who were unaware of their condition. Non-adherence was measured with the \"Questionnaire Adherence to Medications - Qualiaids\". (QAM-Q), validated in Brazil. It was considered abandoning treatment when the individual reported at least one week without taking any antihypertensive. The assessment of lack of hypertension control, took in account those who showed elevated BP when interviewed. The Odds Ratio was used, in the univariate analysis, as a causative factor. To adjust the confounding variables was used a logistics regression model with a significance level of p <0.05. 153 subjects residents in rural areas were interviewed and 1375 in urban areas. The prevalence of hypertension was 38.6%; 38.6% in urban areas and 38,5% in rural areas. Among hypertensive (n = 590), 8.5% were unaware of this condition. Among those who knew their hypertensive condition (n = 540): 90.6% were in treatment, 58.9% did not adhered to treatment, 9.4% discontinued treatment with drugs, and 47.4% had uncontrolled BP. The variables that showed association with SH were: age equal to or greater than 40 years, obesity, low education, unemployment, and family history of hypertension. The ignorance of hypertension condition was associated with low education. The variables associated with non-adherence were: sedentariness, salt intake, consumption of processed foods, currently working, and not attending medical appointments. The abandonment of drug treatment was associated with: male gender, young age, low income, tobacco use, consumption of processed foods, stress, failure to appear periodically to medical appointments, sporadic BP measurement, and living without a partner. The variables associated with no BP control were: income per capita greater than a minimum wage, alcoholism, last testing for high hypertension done more than 5 years ago, not to attend to medical consultations, and not taking their medications as prescribed. Identifying the prevalence and variables associated with hypertension and non-adherence to medication, collaborated to develop public health policies that aim to reduce disease complications and to improve the quality of life in the hypertensive population
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Síndrome pré-menstrual: prevalência e fatores associados na populacao urbana de Pelotas.Silva, Celene Maria Longo da 01 November 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004-11-01 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Objetivo: Estudar a prevalência e fatores associados à Síndrome Pré-menstrual (SPM) e comparar a prevalência da SPM encontrada com a prevalência da SPM auto-referida.
Métodos: Em um estudo transversal, de base populacional, com mulheres de 15 a 49 anos, questionários domiciliares foram aplicados para medir a prevalência de SPM através de um escore, construído a partir de cinco sintomas pré-menstruais que interferiam na vida familiar ou levavam à falta ao trabalho ou a escola. Associações entre alguns fatores socioeconômicos, demográficos e comportamentais e SPM foram estudados. SPM auto referida foi investigada e considerando o escore de SPM como padrão ouro, sua sensibilidade e especificidade foram testadas.
Resultados: A prevalência de SPM foi de 25,2% (IC 95% 22,5; 27,9) e de SPM auto-referida 60,3% (IC 95% 57,4; 63,3). Os principais sintomas pré-menstruais foram: irritabilidade, desconforto abdominal, nervosismo, cefaléia, cansaço e mastalgia, todos acima de 50 % de prevalência. Mulheres de melhor nível
econômico, maior escolaridade, menores de 30 anos e com pele branca apresentaram risco mais elevado. As usuárias de psicofármacos e as que não usavam anticoncepção hormonal apresentaram maior prevalência. A sensibilidade do teste foi de 94%, a especificidade 51% e a acurácia 62%.
Conclusões: Foi alta a prevalência de SPM em Pelotas e, embora a percepção das mulheres seja maior do que aquela medida com o escore, ainda assim, um quarto das mulheres apresenta esse problema de saúde. / Objective: To study the prevalence and associated factors of the Pre Menstrual Syndrome (PMS), by characterizing its most common symptoms, and compare the prevalence with self-reported PMS.
Methods: In a cross-sectional population-based study, including women aged 15 to 49 years old, questionnaires were applied at home to measure PMS prevalence, through a score based on five premenstrual symptoms that interfered in family life or that led to work or school absence. The association
between some socioeconomic, demographic and behavioral variables and PMS were investigated. Self-reported PMS was investigated and taking into account PMS score as the gold standard, the sensitivity and specificity of the selfreported PMS were tested.
Results: The prevalence of PMS was of 25.2% (CI 95% 22,5; 27,9) and of the self-reported PMS was of 60.3% (CI 95% 57,4; 63,3). The main symptoms found were: irritability, stomachache, nervousness, headache, fatigue and mastalgia, all of them with more than 50% of prevalence. Women with white
skin, higher economic level, better education level and younger than 30 years old presented greater risk of PMS. Psychotropic drugs users, and women who were not in use hormonal contraceptive presented a higher prevalence of PMS. The self-reported PMS sensitivity was of 94%, the specificity was of 51% and
the accuracy of 62%.
Conclusions: Although self-reported PMS was higher than those measured by the symptoms score, about one quarter of women presented PMS based on five premenstrual symptoms and repercussions in women’s daily life.
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Hipertensão arterial sistêmica na população urbana e rural de Sacramento/MG: prevalência e não adesão ao tratamento medicamentoso / Systemic arterial hypertension in urban and rural population of Sacramento/MG: prevalence and non-adherence to medication treatmentPatricia Magnabosco 26 March 2015 (has links)
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública devido aos altos índices de prevalência da doença, baixa adesão ao tratamento medicamentoso e controle insatisfatório da Pressão Arterial (PA) na população hipertensa. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da HAS e identificar os índices e fatores relacionados à não adesão e abandono ao tratamento medicamentoso e não controle da PA nas áreas rural e urbana do município de Sacramento/MG. Trata-se de um inquérito epidemiológico de amostragem aleatória que envolveu 1.528 indivíduos com idade igual ou superior a 20 anos. Foram coletados dados relacionados a variáveis socioeconômicas, características clínicas e informações relativas a terapêutica medicamentosa e acesso ao serviço de saúde. A prevalência da HAS foi calculada a partir do relato do participante, uso declarado de anti- hipertensivos e constatação diagnóstica entre aqueles que desconheciam sua condição. A não adesão foi medida com o \"Questionário de Adesão a Medicamentos - Qualiaids\" (QAM-Q), validado no Brasil. Foi considerado abandono do tratamento a situação em que o participante informou estar há pelo menos uma semana sem tomar nenhum anti-hipertensivo; a avaliação do não controle considerou os hipertensos em tratamento que apresentaram a PA elevada no momento da entrevista. Na análise univariada utilizou-se o Odds ratio como medida de efeito. Para o ajuste das variáveis de confusão foi utilizado o modelo de regressão logística com nível de significância de p<0,05. Foram entrevistados 153 sujeitos residentes da área rural e 1375 da área urbana. A prevalência de HAS foi de 38,6%, sendo 38,6% na área urbana e 38,5% na rural. Entre os hipertensos (n=590), 8,5% desconheciam esta condição. Dentre os que conheciam sua condição de hipertenso (n=540), 90,6% estavam em tratamento, 58,9% não aderiam ao tratamento, 9,4% abandonaram a terapia medicamentosa e 47,4 % apresentaram a PA não controlada. As variáveis que apresentaram associação com a HAS foram: idade igual ou superior a 40 anos, obesidade, baixa escolaridade, falta de trabalho e histórico familiar de HAS. O desconhecimento da condição de hipertenso foi associado à baixa escolaridade. As variáveis associadas a não adesão foram: sedentarismo, uso do saleiro, consumo de alimentos industrializados, exercício do trabalho e não comparecimento às consultas médicas. O abandono do tratamento medicamentoso foi associado a: sexo masculino, idade jovem, baixa renda, tabagismo, consumo de alimentos industrializados, estresse, não comparecimento periódico a consultas médicas, medida esporádica da PA e viver sem companheiro (a). As variáveis associadas ao não controle da PA foram: renda per capita maior que um salário mínimo, etilismo, diagnóstico de HAS há mais de cinco anos, não comparecimento à consulta médica e não seguimento da prescrição medicamentosa. A identificação da prevalência e variáveis associadas à HAS e não adesão ao tratamento medicamentoso colabora para a elaboração de políticas públicas de saúde que visam reduzir complicações da doença e melhorar a qualidade de vida da população hipertensa / The Systemic Hypertension (SH) is a public health problem due to high rates of disease prevalence, low adherence to drug therapy and unsatisfactory control of Blood Pressure (BP) in the hypertensive population. The aim of this study was to evaluate the prevalence of SH and identify the indices and factors related to non- adherence and discontinuation of drug treatment, and lack of BP control, in rural and urban areas of Sacramento Municipality, Minas Gerais. This is an epidemiological survey of random sampling, involving 1,528 individuals aged 20 years or above. Data were collected based on socioeconomic variables, clinical characteristics and information related to drug therapy and access to health services. The prevalence estimate of SH was calculated based on: participant\'s information, declared use of antihypertensive drugs, and diagnostic confirmed among those who were unaware of their condition. Non-adherence was measured with the \"Questionnaire Adherence to Medications - Qualiaids\". (QAM-Q), validated in Brazil. It was considered abandoning treatment when the individual reported at least one week without taking any antihypertensive. The assessment of lack of hypertension control, took in account those who showed elevated BP when interviewed. The Odds Ratio was used, in the univariate analysis, as a causative factor. To adjust the confounding variables was used a logistics regression model with a significance level of p <0.05. 153 subjects residents in rural areas were interviewed and 1375 in urban areas. The prevalence of hypertension was 38.6%; 38.6% in urban areas and 38,5% in rural areas. Among hypertensive (n = 590), 8.5% were unaware of this condition. Among those who knew their hypertensive condition (n = 540): 90.6% were in treatment, 58.9% did not adhered to treatment, 9.4% discontinued treatment with drugs, and 47.4% had uncontrolled BP. The variables that showed association with SH were: age equal to or greater than 40 years, obesity, low education, unemployment, and family history of hypertension. The ignorance of hypertension condition was associated with low education. The variables associated with non-adherence were: sedentariness, salt intake, consumption of processed foods, currently working, and not attending medical appointments. The abandonment of drug treatment was associated with: male gender, young age, low income, tobacco use, consumption of processed foods, stress, failure to appear periodically to medical appointments, sporadic BP measurement, and living without a partner. The variables associated with no BP control were: income per capita greater than a minimum wage, alcoholism, last testing for high hypertension done more than 5 years ago, not to attend to medical consultations, and not taking their medications as prescribed. Identifying the prevalence and variables associated with hypertension and non-adherence to medication, collaborated to develop public health policies that aim to reduce disease complications and to improve the quality of life in the hypertensive population
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Fatores de risco para doenças cardiovasculares em uma coorte de adultos da região urbana de Porto AlegreMoraes, Renan Stoll January 2002 (has links)
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