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Análise palinoestratigráfica e paleoambiental de Depósitos Aptianos-Albianos (Cretáceo Inferior) da Bacia do Espírito Santo, Brasil

Michels, Fernando Heck January 2017 (has links)
A Bacia do Espírito Santo possui importantes campos de petróleo e gás em exploração, entretanto poucos trabalhos micropaleontológicos estão disponíveis para esta região uma vez que a maior parte deste conhecimento é relativo a relatórios internos de empresas de petróleo e gás. Este trabalho apresenta uma análise bioestratigráfica e paleoambiental de sucessões sedimentares do intervalo Aptiano-Albiano das formações Mariricu (Membro Itaúnas), São Mateus e Regência. A amostragem é derivada de dois poços (BES-01 e BES-02) perfurados na porção emersa da bacia. Dentre as 24 amostras, 18 revelaram assembleias palinológicas diversificadas, incluindo 51 táxons de plantas terrestres (23 de esporos e 28 de grãos de pólen), 4 táxons de algas (3 dinocistos e 1 alga clorofícea), bem como táxons não determinados de palinoforaminíferos, fungos, escolecodontes e acritarcos. Os grãos de pólen de gimnospermas são dominantes em ambos os poços, principalmente representados pela abundância e diversidade de Classopollis; outros gêneros de grãos de pólen e esporos ocorrem subordinados. A análise bioestratigráfica se baseou nos intervalos cronoestratigráficos de espécies-guias comparadas com biozoneamentos estabelecidos principalmente para a própria Bacia do Espírito Santo, como também para as demais bacias marginais brasileiras As amostras do BES-01 apresentaram idade Albiano inferior, enquanto para as amostras do poço BES-02 foi atribuída idades entre o Aptiano superior e o Albiano inferior (sem distinção). Os dinocistos e os palinoforaminíferos são restritos a alguns níveis do poço BES-01; a assembleia monoespecífica distinta do gênero Subtilisphaera representa o primeiro registro da Ecozona Subtilisphaera na Bacia do Espírito Santo, indicando a ocorrência mais ao sul desta ecozona nas bacias marginais brasileiras. Comparando a frequência da matéria orgânica particulada nas amostras (palinomorfos, fitoclastos e matéria orgânica amorfa), se interpretou o ambiente deposicional como uma região costeira ocasionalmente influenciada por transgressões marinhas. A palinoflora representa a fase final da Província Dicheiropollis etruscus/Afropollis documentada em várias bacias marginais no Brasil e na África, principalmente definida por elementos gimnospérmicos fortemente adaptados a condições climáticas quentes e secas. / The Espírito Santo Basin comprises important oil and gas fields, mostly in active exploration. However, few micropaleontological contributions are available for this region, once most part of its knowledge is concerning to internal reports of oil and gas companies. This work presents a biostratigraphic and paleoenvironmental analysis from an Aptian-Albian succession of Mariricu (Itaúnas Member), São Mateus and Regência formations. Sampling is derived from two wells (BES-01 and BES-02), drilled in the onshore portion of the basin. Among 24 samples, 18 revealed abundant and diverse assemblages of palynomorphs, including 51 taxa related to terrestrial plants (23 of fern spores, and 28 of gimnospermic pollen grains), 4 algae (3 of dinocysts and 1 chlorophicean), as well as no determined taxa of foraminiferal linings, fungi, scolecodonts and acritarch. Gimnospermic pollen grains are dominant in both wells, mainly represented by an expressive abundance and diversity of Classopollis; other gimnospermic pollen grains and pteridophitic spores are subordinate. Biostratigraphic assignments are based on the ranges of certain guide species compared with schemes mainly established for the Espírito Santo Basin, as well as to other Brazilian marginal basins The samples of BES-01 were defined as early Albian in age, whereas an age from late Aptian to early Albian (without distinction) was assigned for the samples of well BES-02. Dinocysts (mainly Subtilisphaera) and foraminiferal linings are restricted to certain levels of the well BES-01. A distinctive monospecific assemblage of the Subtilisphaera in some samples reflects the first record of the Subtilisphaera Ecozone in the Espírito Santo Basin, representing its most meridional occurrence in the Brazilian marginal basins. Comparing the frequency of palynological content in both wells (palynomorphs, phytoclasts and amorphous organic matter), the depositional environment is interpreted as a coastal area, episodically influenced by marine transgressions. The palynofloral content of the assemblages is assumed to represent the final stage of the Dicheiropollis etruscus/Afropollis Province, which is well documented in several marginal basins of Brazil and Africa, mainly defined by a gimnospermic elements, strongly adapted to warm and dry climate conditions.
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Palinotaxonomia em espécies brasileiras de Beslerieae Bartl e Napeantheae Wiehler (Gesneriaceae) - caracteres evolutivos e influência fitogeográfica / Palynotaxonomy in brazilian species of Beslerieae Bartl and Napeantheae Wiehler (Gesneriaceae) - evolutionary and phytogeographical characters

Belonsi, Talita Kely 30 October 2018 (has links)
Foram estudadas a morfologia polínica de 20 espécies de Beslerieae Bartl. (Anetanthus, Besleria e Tylopsacas) e quatro espécies de Napeantheae Wiehler (Napeanthus), nativas no território brasileiro e encontradas principalmente nos biomas da Amazônia e/ou Mata Atlântica. O objetivo deste trabalho é contribuir com a caracterização morfológica das espécies, identificando dados polínicos que possam auxiliar na taxonomia do grupo, ampliando desta forma os conhecimentos sobre a diversidade polínica nos gêneros estudados e fornecendo subsídios para o melhor entendimento das relações entre as tribos brasileiras de Gesneriaceae e da evolução dos caracteres polínicos nestes gêneros. Também foi discutida a relação entre a morfologia polínica de Besleria e sua distribuição fitogeográfica. O material analisado foi obtido a partir de espécimes depositados nos herbários INPA, SP e MBM. Os grãos de pólen foram acetolisados, medidos, fotografados em microscopia óptica, microscopia eletrônica de varredura e transmissão e descritos qualitativamente. Os dados quantitativos foram analisados por meio de estatísticas descritiva e multivariada. Os grãos de pólen são mônades; isopolares; de tamanho pequeno; com grande variação de forma, podendo ser, oblatos, suboblatos, oblatos-esferoidais, prolatos-esferoidais, subprolatos ou prolatos; âmbitos circulares, circulares-lobados, subcirculares a subtriangulares. As aberturas são 3-colpadas, 3- (4) colpadas ou 3-colporadas; colpos longos, curtos ou muito curtos; estreitos a largos; extremidades afiladas ou arredondadas, algumas vezes possuindo margem, colpo constrito ou membrana ornamentada; endoabertura predominantemente lolongada, as vezes circulares. Ornamentação da exina fossulada, microrreticulada, microrreticulada-rugulada, microrreticulada-fossulada, rugulada, rugulada-perfurada. Exina variando de muito fina, fina a espessa, sexina sempre mais espessa que a nexina. Variações no tipo de abertura e nos padrões da ornamentação da exina dos grãos de pólen contribuíram para a distinção das espécies estudadas e confirmam o caráter euripolínico de Beslerieae e Napeantheae. / The pollen morphology of 24 Brazilian species of Beslerieae Bartl. (Anetanthus, Besleria and Tylopsacas) and Napeantheae Wiehler (Napeanthus) was studied, these species are native to the Amazon and / or Atlantic Forest biomes. The objective of this study is to contribute to the morphological characterization of the species, identifying pollen data that may help in the taxonomy of the group, thus increasing the knowledge about the pollen diversity and evolution in the studied genera and providing subsidies for a better understanding of the relations between the Brazilian tribes of Gesneriaceae. Also we discussed the relationship between the pollen morphology of Besleria and its phytogeographic distribution. The material analyzed was obtained from specimens deposited in the INPA, SP and MBM herbaria. The pollen grains were acetolysed, measured, photographed under light microscopy, scanning and transmission electron microscopy and described qualitatively. Quantitative data were analyzed using descriptive and multivariate statistics. The pollen grains are monads; isopolar; small size; with variation in shape, oblate, suboblate, oblate-spheroidal, prolate-spheroidal, subprolate or prolate; circular, circular-lobed, subcircular to subtriangular amb. The apertures are 3-colpate, 3-(4) colpate or 3-colporate; long, short or very short colpi and narrow to wide; with or without margo, rounded or tapered at the polar ends, sometimes constricted or with ornate membrane; endoapertures lolongate or circular. Exine fossulate, microrreticulate, microreticulate-rugulate, microreticulate-fossulate, rugulate, rugulate-perforate. Very thin, thin to thick exine, sexine always thicker than nexin. Variations in the type of aperture and patterns of exine ornamentation of the pollen grains contributed to the distinction of the species studied and confirmed the eurypalynous character of Beslerieae and Napeantheae.
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Dinâmica da vegetação da região de Humaitá - AM durante o Pleistoceno tardio e o Holoceno

FRIAES, Yuri Souza 30 January 2013 (has links)
Submitted by Edisangela Bastos (edisangela@ufpa.br) on 2015-02-27T16:14:38Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_DinamicaVegetacaoRegiao.pdf: 2043474 bytes, checksum: 2c51de3b6837ddfcb23c23a285297bb9 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Rosa Silva (arosa@ufpa.br) on 2015-02-27T17:04:37Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_DinamicaVegetacaoRegiao.pdf: 2043474 bytes, checksum: 2c51de3b6837ddfcb23c23a285297bb9 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-02-27T17:04:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 22974 bytes, checksum: 99c771d9f0b9c46790009b9874d49253 (MD5) Dissertacao_DinamicaVegetacaoRegiao.pdf: 2043474 bytes, checksum: 2c51de3b6837ddfcb23c23a285297bb9 (MD5) Previous issue date: 2013 / CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / A dinâmica da vegetação oeste da Amazônia durante os últimos 42000 anos AP foi estudada por pólen, fácies sedimentares, datação por 14C, δ13C e C/N. Dois testemunhos foram coletados, o primeiro próximo da cidade de Humaitá no sul do Estado do Amazonas e o segundo nas proximidades de Porto velho, norte de Rondônia. Os pontos de amostragem estão localizados em uma região coberta por campos naturais e vegetação de floresta tropical, respectivamente. Os sedimentos depositados são predominantemente compostos por areia compacta, lama e areia com estratificação heterolítica, lama laminada e compacta representando sedimentos acumulados em um canal ativo, planície aluvial e lago em ferradura representando os ambientes sedimentares. Nessa configuração, as condições subaquáticas são desenvolvidas em um ambiente de baixa energia, favorecendo localmente a preservação da comunidade de grãos de pólen de vegetação herbácea e de floresta glacial representado principalmente por Alnus, Drymis, Hedyosmum, Podocarpus e Weinmannia com ocorrência entre > 42.033 – 43.168 cal anos AP e 34.804 – 35.584 cal anos AP. A vegetação arbórea e herbácea formam um ecótono que persiste do Holoceno Inferior ao Médio, enquanto a assembleia de vegetação adaptada ao frio se extingue. Os resultados desse trabalho sugerem a presença de uma significativa população de plantas de origem glacial nas planícies baixas do leste da Amazônia antes do Máximo Glacial Pleistocênico, as quais, na atualidade estão restritas aos Andes (2000-3000 m), sugerindo que nesse intervalo de tempo podem ter ocorrido temperaturas com valores inferiores aos que foram propostos para essa região. / Vegetation dynamics of Western Amazonia during the past 42000 cal yr BP was studied by pollen, sedimentary facies, 14C dating δ13C and C/N. Two sediment cores were sampled from Humaitá in southern Amazonas state, and Porto Velho, northern Rondônia. These sites, located in western Brazilian Amazonia, are covered by grassland and tropical rainforest vegetation, respectively. The sedimentary deposits are predominantly composed of massive sand, heterolithic mud/sand, and laminated or massive mud representative of sediment accumulation in floodplain, active channel, abandoned channel, and oxbow lake sedimentary environments. In these settings, reducing and low energy subaqueous conditions were developed, locally favoring preservation of a pollen community of herbaceous vegetation and glacial forest represented mainly by Alnus, Drymis, Hedyosmum, Podocarpus, and Weinmannia trees at least between > 42,033 – 43,168 cal yr BP and <34,804 – 35,584 cal yr BP. The herbaceous and arboreal vegetation ecotone persisted from the early to mid-Holocene, whilst the cold pollen assemblage became extinct. In this work, we record a significant plant population, at present restricted to Andean areas located at altitudes higher than 2000 - 3000 m, in areas of the Amazonia lowland toward the onset of the Last Glacial Maximum. This suggests that this time interval might have seen temperatures lower than previously proposed for this region.
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Análise palinoestratigráfica e paleoambiental de Depósitos Aptianos-Albianos (Cretáceo Inferior) da Bacia do Espírito Santo, Brasil

Michels, Fernando Heck January 2017 (has links)
A Bacia do Espírito Santo possui importantes campos de petróleo e gás em exploração, entretanto poucos trabalhos micropaleontológicos estão disponíveis para esta região uma vez que a maior parte deste conhecimento é relativo a relatórios internos de empresas de petróleo e gás. Este trabalho apresenta uma análise bioestratigráfica e paleoambiental de sucessões sedimentares do intervalo Aptiano-Albiano das formações Mariricu (Membro Itaúnas), São Mateus e Regência. A amostragem é derivada de dois poços (BES-01 e BES-02) perfurados na porção emersa da bacia. Dentre as 24 amostras, 18 revelaram assembleias palinológicas diversificadas, incluindo 51 táxons de plantas terrestres (23 de esporos e 28 de grãos de pólen), 4 táxons de algas (3 dinocistos e 1 alga clorofícea), bem como táxons não determinados de palinoforaminíferos, fungos, escolecodontes e acritarcos. Os grãos de pólen de gimnospermas são dominantes em ambos os poços, principalmente representados pela abundância e diversidade de Classopollis; outros gêneros de grãos de pólen e esporos ocorrem subordinados. A análise bioestratigráfica se baseou nos intervalos cronoestratigráficos de espécies-guias comparadas com biozoneamentos estabelecidos principalmente para a própria Bacia do Espírito Santo, como também para as demais bacias marginais brasileiras As amostras do BES-01 apresentaram idade Albiano inferior, enquanto para as amostras do poço BES-02 foi atribuída idades entre o Aptiano superior e o Albiano inferior (sem distinção). Os dinocistos e os palinoforaminíferos são restritos a alguns níveis do poço BES-01; a assembleia monoespecífica distinta do gênero Subtilisphaera representa o primeiro registro da Ecozona Subtilisphaera na Bacia do Espírito Santo, indicando a ocorrência mais ao sul desta ecozona nas bacias marginais brasileiras. Comparando a frequência da matéria orgânica particulada nas amostras (palinomorfos, fitoclastos e matéria orgânica amorfa), se interpretou o ambiente deposicional como uma região costeira ocasionalmente influenciada por transgressões marinhas. A palinoflora representa a fase final da Província Dicheiropollis etruscus/Afropollis documentada em várias bacias marginais no Brasil e na África, principalmente definida por elementos gimnospérmicos fortemente adaptados a condições climáticas quentes e secas. / The Espírito Santo Basin comprises important oil and gas fields, mostly in active exploration. However, few micropaleontological contributions are available for this region, once most part of its knowledge is concerning to internal reports of oil and gas companies. This work presents a biostratigraphic and paleoenvironmental analysis from an Aptian-Albian succession of Mariricu (Itaúnas Member), São Mateus and Regência formations. Sampling is derived from two wells (BES-01 and BES-02), drilled in the onshore portion of the basin. Among 24 samples, 18 revealed abundant and diverse assemblages of palynomorphs, including 51 taxa related to terrestrial plants (23 of fern spores, and 28 of gimnospermic pollen grains), 4 algae (3 of dinocysts and 1 chlorophicean), as well as no determined taxa of foraminiferal linings, fungi, scolecodonts and acritarch. Gimnospermic pollen grains are dominant in both wells, mainly represented by an expressive abundance and diversity of Classopollis; other gimnospermic pollen grains and pteridophitic spores are subordinate. Biostratigraphic assignments are based on the ranges of certain guide species compared with schemes mainly established for the Espírito Santo Basin, as well as to other Brazilian marginal basins The samples of BES-01 were defined as early Albian in age, whereas an age from late Aptian to early Albian (without distinction) was assigned for the samples of well BES-02. Dinocysts (mainly Subtilisphaera) and foraminiferal linings are restricted to certain levels of the well BES-01. A distinctive monospecific assemblage of the Subtilisphaera in some samples reflects the first record of the Subtilisphaera Ecozone in the Espírito Santo Basin, representing its most meridional occurrence in the Brazilian marginal basins. Comparing the frequency of palynological content in both wells (palynomorphs, phytoclasts and amorphous organic matter), the depositional environment is interpreted as a coastal area, episodically influenced by marine transgressions. The palynofloral content of the assemblages is assumed to represent the final stage of the Dicheiropollis etruscus/Afropollis Province, which is well documented in several marginal basins of Brazil and Africa, mainly defined by a gimnospermic elements, strongly adapted to warm and dry climate conditions.
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Efeito de recurso floral na composição qualitativa de apitoxina

Lomele, Renata Leonardo [UNESP] 13 June 2014 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-08-13T14:51:00Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2014-06-13Bitstream added on 2014-08-13T17:59:43Z : No. of bitstreams: 1 000775857.pdf: 960836 bytes, checksum: 8e683a2cad5b9e5d051eb153e3f065d0 (MD5) / As características migratórias e defensivas das abelhas Apis mellifera africanizadas e seu contato com a população podem ocasionar acidentes, em que o tratamento muitas vezes é ineficiente, ressaltando a necessidade do desenvolvimento de um soro antiveneno eficaz e abrangente. Para isso, os fatores que podem resultar em possíveis alterações qualitativas na apitoxina precisam ser avaliados, como é o caso da fonte alimentar das abelhas. Neste estudo verificamos diferenças nas médias da quantidade e intensidade dos picos estudados gerados pela análise da apitoxina por CLAE/FR, proveniente de colmeias mantidas em diferentes recursos florais. A alimentação proveniente da florada de Citrus sp., gerou picos correspondentes a apamina, fosfolipase, isoforma da fosfolipase e melitina com maiores intensidade e maior quantidade total de picos (44); porém, duas amostras não apresentaram a isoforma da melitina, fato este que pode estar associado a genética do enxame. Diferentemente, as abelhas mantidas em vegetação de Eucalyptus sp. apresentaram a apitoxina com menores intensidades para os picos correspondentes a estes compostos, e menor quantidade total de picos (33). A apitoxina das abelhas mantidas em vegetação silvestre associada à alimentação artificial teve a maior intensidade do pico correspondente a isoforma da melitina e aquela proveniente apenas da vegetação silvestre não apresentou picos dominantes. Estas variações sugerem a influência da alimentação na composição da apitoxina, porém as pesquisas precisam ser aprofundadas considerando diferentes recursos florais disponíveis em outras regiões. Estas informações podem contribuir para o futuro desenvolvimento de um soro antiveneno representativo, específico e seguro para o tratamento de ferroadas de abelhas. / The migratory and highly defensive behavior of the africanized honeybees and their close contact with human populations can result in accidents, where treatment is often inefficient, emphasizing the need for the development of an effective honeybee antivenom. For this, the factors that may cause possible qualitative changes in apitoxin need to be evaluated, such as the food source of bees. In this study we verify differences in the mean number and intensity of the studied peaks generated by the HPLC/RF analysis of apitoxin, from hives kept in different floral sources. The feed from the flowering of Citrus sp., generated peaks corresponding to apamin, phospholipase, melittin and phospholipase isoform with higher intensity and higher total amount of peaks, but two samples not presented melittin isoform, a fact that can be associated to the genetic hive. Differently, the bees maintained in the area of Eucalyptus sp. showed the apitoxin with lower intensities for the peaks corresponding to these compounds, and also lower the total amount of peaks. The apitoxin of bees maintained in wild vegetation associated with artificial feeding had the highest peak intensity corresponding to melittin isoform and that originates from wild vegetation showed no dominant peaks. This variations suggest the diet influence in the composition of apitoxin, however the researches need to be deepened considering different floral resources available in other regions. This information can contribute to the future development of a representative, specific and safe antivenom for the treatment of bee’s stings.
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Efeito de recurso floral na composição qualitativa de apitoxina /

Lomele, Renata Leonardo, 1987- January 2014 (has links)
Orientador: Ricardo de Oliveira Orsi / Coorientador: Rui Seabra Ferreira Junior / Banca: Daniel Nicodemo / Banca: Nabor Veiga / Resumo: As características migratórias e defensivas das abelhas Apis mellifera africanizadas e seu contato com a população podem ocasionar acidentes, em que o tratamento muitas vezes é ineficiente, ressaltando a necessidade do desenvolvimento de um soro antiveneno eficaz e abrangente. Para isso, os fatores que podem resultar em possíveis alterações qualitativas na apitoxina precisam ser avaliados, como é o caso da fonte alimentar das abelhas. Neste estudo verificamos diferenças nas médias da quantidade e intensidade dos picos estudados gerados pela análise da apitoxina por CLAE/FR, proveniente de colmeias mantidas em diferentes recursos florais. A alimentação proveniente da florada de Citrus sp., gerou picos correspondentes a apamina, fosfolipase, isoforma da fosfolipase e melitina com maiores intensidade e maior quantidade total de picos (44); porém, duas amostras não apresentaram a isoforma da melitina, fato este que pode estar associado a genética do enxame. Diferentemente, as abelhas mantidas em vegetação de Eucalyptus sp. apresentaram a apitoxina com menores intensidades para os picos correspondentes a estes compostos, e menor quantidade total de picos (33). A apitoxina das abelhas mantidas em vegetação silvestre associada à alimentação artificial teve a maior intensidade do pico correspondente a isoforma da melitina e aquela proveniente apenas da vegetação silvestre não apresentou picos dominantes. Estas variações sugerem a influência da alimentação na composição da apitoxina, porém as pesquisas precisam ser aprofundadas considerando diferentes recursos florais disponíveis em outras regiões. Estas informações podem contribuir para o futuro desenvolvimento de um soro antiveneno representativo, específico e seguro para o tratamento de ferroadas de abelhas. / Abstract: The migratory and highly defensive behavior of the africanized honeybees and their close contact with human populations can result in accidents, where treatment is often inefficient, emphasizing the need for the development of an effective honeybee antivenom. For this, the factors that may cause possible qualitative changes in apitoxin need to be evaluated, such as the food source of bees. In this study we verify differences in the mean number and intensity of the studied peaks generated by the HPLC/RF analysis of apitoxin, from hives kept in different floral sources. The feed from the flowering of Citrus sp., generated peaks corresponding to apamin, phospholipase, melittin and phospholipase isoform with higher intensity and higher total amount of peaks, but two samples not presented melittin isoform, a fact that can be associated to the genetic hive. Differently, the bees maintained in the area of Eucalyptus sp. showed the apitoxin with lower intensities for the peaks corresponding to these compounds, and also lower the total amount of peaks. The apitoxin of bees maintained in wild vegetation associated with artificial feeding had the highest peak intensity corresponding to melittin isoform and that originates from wild vegetation showed no dominant peaks. This variations suggest the diet influence in the composition of apitoxin, however the researches need to be deepened considering different floral resources available in other regions. This information can contribute to the future development of a representative, specific and safe antivenom for the treatment of bee's stings. / Mestre
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Análise palinoestratigráfica e paleoambiental de Depósitos Aptianos-Albianos (Cretáceo Inferior) da Bacia do Espírito Santo, Brasil

Michels, Fernando Heck January 2017 (has links)
A Bacia do Espírito Santo possui importantes campos de petróleo e gás em exploração, entretanto poucos trabalhos micropaleontológicos estão disponíveis para esta região uma vez que a maior parte deste conhecimento é relativo a relatórios internos de empresas de petróleo e gás. Este trabalho apresenta uma análise bioestratigráfica e paleoambiental de sucessões sedimentares do intervalo Aptiano-Albiano das formações Mariricu (Membro Itaúnas), São Mateus e Regência. A amostragem é derivada de dois poços (BES-01 e BES-02) perfurados na porção emersa da bacia. Dentre as 24 amostras, 18 revelaram assembleias palinológicas diversificadas, incluindo 51 táxons de plantas terrestres (23 de esporos e 28 de grãos de pólen), 4 táxons de algas (3 dinocistos e 1 alga clorofícea), bem como táxons não determinados de palinoforaminíferos, fungos, escolecodontes e acritarcos. Os grãos de pólen de gimnospermas são dominantes em ambos os poços, principalmente representados pela abundância e diversidade de Classopollis; outros gêneros de grãos de pólen e esporos ocorrem subordinados. A análise bioestratigráfica se baseou nos intervalos cronoestratigráficos de espécies-guias comparadas com biozoneamentos estabelecidos principalmente para a própria Bacia do Espírito Santo, como também para as demais bacias marginais brasileiras As amostras do BES-01 apresentaram idade Albiano inferior, enquanto para as amostras do poço BES-02 foi atribuída idades entre o Aptiano superior e o Albiano inferior (sem distinção). Os dinocistos e os palinoforaminíferos são restritos a alguns níveis do poço BES-01; a assembleia monoespecífica distinta do gênero Subtilisphaera representa o primeiro registro da Ecozona Subtilisphaera na Bacia do Espírito Santo, indicando a ocorrência mais ao sul desta ecozona nas bacias marginais brasileiras. Comparando a frequência da matéria orgânica particulada nas amostras (palinomorfos, fitoclastos e matéria orgânica amorfa), se interpretou o ambiente deposicional como uma região costeira ocasionalmente influenciada por transgressões marinhas. A palinoflora representa a fase final da Província Dicheiropollis etruscus/Afropollis documentada em várias bacias marginais no Brasil e na África, principalmente definida por elementos gimnospérmicos fortemente adaptados a condições climáticas quentes e secas. / The Espírito Santo Basin comprises important oil and gas fields, mostly in active exploration. However, few micropaleontological contributions are available for this region, once most part of its knowledge is concerning to internal reports of oil and gas companies. This work presents a biostratigraphic and paleoenvironmental analysis from an Aptian-Albian succession of Mariricu (Itaúnas Member), São Mateus and Regência formations. Sampling is derived from two wells (BES-01 and BES-02), drilled in the onshore portion of the basin. Among 24 samples, 18 revealed abundant and diverse assemblages of palynomorphs, including 51 taxa related to terrestrial plants (23 of fern spores, and 28 of gimnospermic pollen grains), 4 algae (3 of dinocysts and 1 chlorophicean), as well as no determined taxa of foraminiferal linings, fungi, scolecodonts and acritarch. Gimnospermic pollen grains are dominant in both wells, mainly represented by an expressive abundance and diversity of Classopollis; other gimnospermic pollen grains and pteridophitic spores are subordinate. Biostratigraphic assignments are based on the ranges of certain guide species compared with schemes mainly established for the Espírito Santo Basin, as well as to other Brazilian marginal basins The samples of BES-01 were defined as early Albian in age, whereas an age from late Aptian to early Albian (without distinction) was assigned for the samples of well BES-02. Dinocysts (mainly Subtilisphaera) and foraminiferal linings are restricted to certain levels of the well BES-01. A distinctive monospecific assemblage of the Subtilisphaera in some samples reflects the first record of the Subtilisphaera Ecozone in the Espírito Santo Basin, representing its most meridional occurrence in the Brazilian marginal basins. Comparing the frequency of palynological content in both wells (palynomorphs, phytoclasts and amorphous organic matter), the depositional environment is interpreted as a coastal area, episodically influenced by marine transgressions. The palynofloral content of the assemblages is assumed to represent the final stage of the Dicheiropollis etruscus/Afropollis Province, which is well documented in several marginal basins of Brazil and Africa, mainly defined by a gimnospermic elements, strongly adapted to warm and dry climate conditions.
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Viguiera Kunth (Asteraceae, Heliantheae) na América do Sul e sistemática das espécies do Brasil. / Viguiera Kunth (Asteraceae, Heliantheae) on South America and systematic of species from Brasil

Mara Angelina Galvão Magenta 29 March 2006 (has links)
É apresentada aqui a revisão taxonômica das espécies de Viguiera Kunth que ocorrem no Brasil, com inclusão de descrições, ilustrações, mapas de distribuição e comentários. Também são providas chaves de identificação para grupos relacionados e para as espécies sul-americanas. O estudo da anatomia foliar forneceu novos subsídios para a delimitação de espécies ou grupo de espécies. As análises polínicas também apresentam informações parciais úteis à taxonomia. Foi elaborada uma investigação sobre Viguiera sensu lato, através de três análises envolvendo diferentes números de táxons terminais, com uso de dados morfológicos; a primeira visou o esclarecimento da real posição taxonômica de seus representantes e as duas últimas pleitearam uma melhor delimitação dos grupos de espécies no continente. A análise dos padrões de distribuição geográfica possibilitou a delimitação de dois grupos com características morfológicas distintas, além de um intermediário; o primeiro exclusivo da região dos Andes, o segundo extra-andino e o terceiro andino com pequenas intrusões em outras localidades. Os resultados também corroboram a hipótese de outros autores, de que a origem do gênero é recente no Brasil. Em relação às condições edáficas, existem dois grupos de espécies no Brasil; o primeiro encontrado em regiões com clima do tipo Cwa e o segundo no clima do tipo Aw, da classificação de Köpen; apenas 4 espécies ocorrem em clima Cfa, mas não são exclusivamente brasileiras. Não houve respaldo para a transferência das espécies sul-americanas para o gênero Rhysolepis. / This study presents a taxonomic review of the species Viguiera Kunth that occur in Brazil, and includes descriptions, illustrations, distribution maps and comments. Identification keys are also provided for related groups and to the South American species. The leaf anatomy study supplied new subsidies for the delimitation of the species or of species groups. The pollinic analysis either presents useful partial information in taxonomy. An investigation was elaborated on Viguiera sensu lato, through three analyses, involving different numbers of terminal taxa and using morphological data; the first one tried to explain the real taxonomic position of its representative members and the last two sought for a better delimitation of the groups of species in the Continent. The analysis of the patterns of geographic distribution made possible the delimitation of two groups with different morphological characteristics, and a intermediate one; the first group is exclusive from Andean region, the second not happens in the Andes, and the third do not occur in the Andes, with a few intrusions in other localities. The results also corroborate others author\'s hypothesis, that the origin of the genus is recent in Brazil. In relation of the edaphic conditions, there are two groups of species in Brazil: the first one is found in regions with climate of the type Cwa and the second in the climate of the type Aw, of the Köpen classification; only 4 species happen in climate Cfa, but they are not exclusively Brazilian. There was no support for the transfer of the South American species to the genus Rhysolepis.
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Sedimentologia, estratigrafia, palinologia, diatomáceas e geoquímica de depósitos quaternários na margem leste da Ilha de Marajó, Pará, Brasil / Sedimentology, stratigraphy, palinology, diatoms and geochemisty of Quaternary deposits in eastern Marajó Island, Pará, Brazil

Castro, Darcilea Ferreira 15 December 2010 (has links)
O registro de depósitos quaternários tem aumentado em áreas costeiras da região Amazônica. No entanto, estudos detalhados são ainda necessários visando interpretar seus ambientes de deposição, bem como reconstituir sua evolução ao longo do Quaternário. Em particular, faltam informações sobre a reconstituição das variações do nível relativo do mar ao longo da margem equatorial brasileira de modo a possibilitar a inclusão dessa área em discussões de interesse regional e global enfocando clima, tectônica e eustasia. O presente trabalho representa um esforço de integração de vários tipos de dados, i.e., sedimentologia, estratigrafia, palinologia, diatomácea, datação 14C, \'delta\'\'ANTPOT.13 C\', \'delta\'\'ANTPOT.15 N\' e C/N, objetivando reconstituir a evolução de paisagens no leste da Ilha do Marajó durante o final do Quaternário. Aspectos ligados a paleoambientes de sedimentação, padrões de vegetação, flutuações climáticas e variação do nível do mar serão abordados. Um total de 98 amostras de sedimentos argilosos e arenosos foi obtido de 85 m de testemunhos coletados com a sonda à percusão Robotic Key System (RKS). Estes testemunhos derivam de cinco poços (TSM4, TSM8, TSM10, TSM11 e TSM12) variando entre 10 e 24 m de profundidade, que foram distribuídos em um transecto proximal-distal correspondente a uma paleomorfologia em funil relacionada a um paleoestuário. As idades registradas variam entre 42.580 (±1430) anos A.P. e 3.184 (±37) anos A.P. Análises de fácies indicaram depósitos de areias grossas a finas, com estratificações plano-paralelas ou cruzadas, e argilas, maciças ou laminadas, intercaladas por camadas heterolíticas. Estas sucessões apresentam padrão granocrescente e/ou granodecrescente ascendente. Valores de \'delta\'\'ANTPOT.13 C\', \'delta\'\'ANTPOT.15 N\' e C/N sugerem matéria orgânica oriunda de fontes diversas, com contribuição de plantas terrestres (principalmente plantas \'C IND.3\'), bem como fitoplâncton marinho e de água doce, como tipicamente esperado em estuários. A combinação de dados isotópicos, C/N e associações de fácies, permitiu identificar ambientes deposicionais correspondentes a canal fluvial, planície de inundação, canal e planície de maré, bacia central, delta de maré, complexo barreira/inlet e lago. A análise palinológica apresentou mistura de táxons típicos de floresta, de vegetação aberta e de mangue. Em geral, não se detectou mudanças drásticas nos padrões de vegetação no leste da Ilha de Marajó nos últimos 40.000 anos. A assembléia polínica foi melhor representada nos testemunhos dos poços TSM8 e TSM4. Neste último, as oito amostras basais (i.e., MR248 a MR258) registraram tipos arbóreos, como Alchornea, Euphorbiaceae, Euterpe, Malpighiaceae e Moraceae/Urticaceae. Na vegetação de mangue, Rhizophora constituiu o gênero mais comum, enquanto Poacea e Cyperaceae foram os mais freqüentes entre os táxons de ervas. A proporção entre pólen de floresta e de ervas mostrou-se constante em todas as zonas inseridas no Pleistoceno Tardio. Porém, aumento significativo de tipos herbáceos, com espécies pioneiras representadas por Alchornea e Moraceae/Urticaceae, foi registrado a partir de 6.790 (±60) anos A.P. Portanto, esta é a idade considerada para o estabelecimento de vegetação aberta do leste da Ilha de Marajó. Análises de diatomáceas dos testemunhos TSM8, TSM10 e TSM11, onde não houve registro polínico, foram consistentes com o valores isotópicos e de C/N, indicando intervalos com maior contribuição de matéria orgânica derivada de fitoplâncton marinho. Diatomáceas identificadas nestes testemunhos são, em grande parte, espécies e gêneros marinhos, como Actinoptychus splendens, Paralia sulcata, Coscinodiscus radiatus, Coscinodiscus sp e Thalassiosira sp. Táxons continentais como Actinella sp1, Aulacoseira, Eunotia zygodon, Desmogonium e Pinnularia foram registrados em uma única amostra no topo do testemunho TSM8. Informações faciológicas, juntamente com dados isotópicos, elementares, \'ANTPOT.14 C\', palinológicos e de diatomáceas, são consistentes com a existência de paleoestuário com domínio de onda no Pleistoceno Tardio e Holoceno no nordeste da Ilha do Marajó, previamente ao estabelecimento do lago Arari. As fases iniciais propostas para a interrupção do influxo fluvial para o paleoestuário Arari coincidem com a formação de vegetação aberta na ilha e a conseqüente diminuição das áreas de mangue no Holoceno médio. O efeito da tectônica regional parece ter sido de grande contribuição nas mudanças da paisagem do Marajó durante o Pleistoceno e Holoceno. Divergência do nível relativo do mar proposto para a Ilha do Marajó em relação ao padrão global, combinado com o aumento de registro de atividade tectônica no Pleistoceno Tardio e Holoceno, levaram à hipótese de que eventos transgressivos poderiam ter sido devidos à subsidência tectônica, e não à eustasia. A transgressão registrada antes de 29.000 anos A.P. ocorreu simultaneamente à forte tendência de queda eustástica após o Último Máximo Interglacial. Além disto, a transgressão holocênica no Marajó é registrada entre 9.000 e 5.000 anos A.P., portanto tendo início antes do pico transgressivo global do Holoceno médio. Durante este período de ascensão eustática, o nível relativo do mar na Ilha de Marajó começou a estabilizar, processo este que culminou com a significativa progradação da costa no final deste período. Da mesma forma, é improvável que a abertura da vegetação, com aumento significativo em espécies herbáceas, registrada a partir do Holoceno médio tenha efeito climático, uma vez que ela ocorreu simultaneamente à mudança de clima relativamente mais árido para relativamente mais úmido. A hipótese mais provável é que vegetação aberta tenha se estabelecido no leste da Ilha de Marajó em função de mudança hidrológicas, talvez promovida pela subsidência tectônica e subseqüente estabilização, culminada com a recente progradação da linha de costa. / The record of Quaternary deposits has increased in coastal areas of the Amazon region. However, detailed studies are still needed aiming to interpret their depositional environments, as well as reconstruct their evolution throughout the Quaternary. In particular, there is a lack of information about the reconstruction of relative sea level along the Brazilian equatorial margin to enable the inclusion of this area in discussions of regional and global interest focusing climate, tectonics and eustasy. The present work represents an effort to integrate vários types of data, i.e., sedimentology, stratigraphy, palinology, diatoms, \'ANTPOT.14 C\' dating, \'ANTPOT.13 C\', \'delta\' \'ANTPOT.15 N\' and C/N, aiming to reconstruct landscape evolution in eastern Marajó Island during the late Quaternary. Aspects related to sedimentary paleoenvironments, vegetation patterns, climate fluctuations and relative sea level changes will be approached. A total of 98 samples of muddy and sandy sediments was obtained from 85 m of cores collected with a percusion Robotic Key System (RKS). These cores derive from five drills (TSM12, TSM11, TSM10, TSM8 and TSM4) that reached depths ranging from 10 to 24 m, which were distributed in a proximal-distal transect corresponding to a funnel paleomorphology related to a paleoestuary. Reported ages range from 42, 580 ± (1430) \'ANTPOT.14 C\' yr B.P and 3,184 ± (37) \'ANTPOT.14 C\' yr B.P. Facies analysis showed parallel laminated or cross stratified, fine- to coarse-grained sands, massive or laminated muds and heterolithic deposits. These deposits are often arranged into coarsening and fining upward cycles. Values of \'delta\'\'ANTPOT.13 C\', \'delta\'\'ANTPOT.15 N\' and C/N suggest organic matter from several sources, with contributions from terrestrial plants (mainly \'C IND.3\' plants), as well as freshwater and marine phytoplankton, as typically expected in estuaries. Combination of isotope data, C/N and facies associations led to identify depositional settings corresponding to fluvial channel, floodplain, tidal channel/tidal flat, central basin, tidal delta, inlet/barrier complex and lagoon. Pollen analysis showed a mixture of taxa typical of forest, open vegetation and mangrove. In general, drastic changes in vegetation patterns were not detected in eastern Marajó Island in the last 40,000 years. Pollen assemblages were better represented in cores TSM8 and TSM4. In the latter, the eight basal samples (i.e., MR248 to MR258) recorded arboreal types sucha as Alchornea, Euphorbiaceae, Euterpe, Malpighiaceae e Moraceae/Urticaceae. Among mangrove vegetation, Rhizophora constitutes the most common genera, while Poacea and Cyperacea were the most frequent among the herb taxa. The proportion between forest and herb pollen was constant in all zones inserted in the Late Pleistocene. However, significant increase of herbaceous pollen types, with pioneer species represented by Alchornea and Moraceae/Urticaceae, were recorded from 6,790 (±60) \'ANTPOT.14 C\' yr B.P. Thus, this is the age considered for the establishment of the open vegetation of eastern Marajó Island. Diatom analyses of the cores TSM8, TSM10 e TSM11, which did not record pollen, were consistent with the isotope and C/N values, indicating intervals with higher contribution of organic matter derived from marine phytoplankton. Diatoms identified from these cores are, in great part, marine species and genera, such as Actinoptychus splendens, Paralia sulcata, Coscinodiscus radiatus, Coscinodiscus sp and Thalassiosira sp. Continental taxa such as Actinella sp1, Aulacoseira, Eunotia zygodon, Desmogonium and Pinnularia were recorded only in one sample from the top of the core TSM8. Facies infomration, together with isotope, elementar, \'ANTPOT.14 C\', palinological, and diatom data, are consistent with the existence of a wave-dominated paleoestuary during the Late Pleistocene and Holocene in northeastern Marajó Island, previously to the establishment of Lake Arari. The initial stages proposed for the interruption of fluvial inflow to the paleoestuary Arari coincide with the formation of open vegetation in the island and the consequent reduction of mangrove areas at the mid Holocene. The effect of regional tectonics seems to have been of a great contribution to change the Marajó landscape during Pleistocene and Holocene. Divergency of relative sea level proposed for the Marajó Island with respect to the global pattern, combined with the increased record of tectonic activity in the Late Pleistocene and Holocene, led to the hypothesis of successive transgressions linked to tectonic subsidence as opposed to eustary. The transgression recorded before nearly 29,000 yr B.P. took place simultaneously to the pronounced tendency of sea level drop after the Last Interglacial Maximum. Additionally, the Holocene transgression in Marajó is recorded between 9,000 and 5,000 yr. B.P., thus it initiated before the global transgressive peak of the mid Holocene. During this period of eustatic rise, the relative sea level in Marajó Island started to stabilize, a process that culminated with a significant coast progradation at the end of this period. It is also unlikely that the change to open vegetation recorded from the mid Holocene had a climatic response, as this change took place simultaneously to climate fluctuation from relatively more arid to relatively more humid. The most likely hypothesis is that the open vegetation became established in eastern Marajó Island in response to hydrological changes, perhaps promoted by tectonic subsidence and subsequent estabilization, culminated with the recent coastline progradation.
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Sedimentologia, isótopos estáveis e palinologia de depósitos quaternários no leste da Ilha do Marajó, Estado do Pará / Sedimentology, stable isotopes and palinology of quaternary deposits from eastern of Marajó Island, Pará State

Miranda, Maria Carolina da Cruz 05 April 2010 (has links)
Análise de depósitos sedimentares quaternários da Região Amazônica é de grande interesse para a reconstituição da dinâmica de evolução de sua bacia de drenagem, bem como para subsidiar discussões relacionadas com paleoclima, nível do mar e tectônica. Existem, ainda, poucos estudos dedicados a este tipo de abordagem, o que se deve, principalmente, à ausência de exposições naturais devido à baixa topografia da área. Este trabalho integra análise de fácies, datação radiogênica, e análise de 13C, 15N e C/N de um testemunho de 124 m de espessura, obtido próximo ao Lago Arari, nordeste da Ilha do Marajó, Estado do Pará. Os sedimentos estudados foram depositados nos últimos 50 ka, e registram os seguintes ambientes deposicionais: canal fluvial, representado por areia maciça fina a grossa, localmente conglomerática, moderadamente selecionada e, subordinadamente, argilas laminadas plano-paralelas, arranjados em vários ciclos granodecrescente ascendentes com espessuras de até 8 m; bacia estuarina externa a marinho raso, consiste principalmente em argila com laminação paralela a streaky, intercalada com camadas heterolíticas lenticular e wavy/flaser, formando sucessões granocrescente ascendentes; bacia estuarina proximal, litofaciologicamente similar aos depósitos de bacia estuarina externa, tendo espessura menor (até 10 m), com estratos arranjados em ciclos granocrescente e granodecrescente ascendentes; planície de maré, formada por camadas heterolíticas dos tipos lenticular e wavy/flaser, o localmente interacamadadas com pacotes de areia maciça de até 1 m de espessura, formando ciclos granodecrescentes ascendentes de até 4 m de espessura; canal estuarino, formado por sucessão com cerca de 15 m de espessura, constituída de areias finas a grossas e, secundariamente, depósitos heterolíticos, arranjados em ciclos com adelgaçamento e granodecrescência ascendentes; e laguna, representada dominantemente por argila com laminação paralela a streaky, intercalada a pacotes heterolíticos de até 3 m de espessura, formando ciclos granodecrescente e granocrescente ascendentes. A interpretação faciológica foi complementada por análises de 13C, 15N e C/N, obtidas a partir da matéria orgânica dos sedimentos. Os valores confirmam ambiente com contribuição de diferentes fontes de matéria orgânica, como esperado em ambientes costeiros estuarinos e deltaicos sujeitos a fontes de matéria orgânica alóctones (fitoplâncton marinho, mais comumente trazidos por correntes de maré) e autóctones (fitoplâncton de água doce e matéria orgânica terrígena). Análises palinológicas foram realizadas em 108 amostras síltico-argilosas, que foram selecionadas com base em variações faciológicas. Os dados obtidos revelaram baixas concentrações de palinomorfos e frequência descontínua ao longo do testemunho estudado. Dois intervalos estratigráficos foram mais ricos em material palinológico. O primeiro compreende os 18 m superficiais do testemunho, sendo correspondente a depósitos lagunares, os quais registraram idade de até 10.000 AP. Neste intervalo, a taxa de concentração de polens calculada variou de 3.539,6 a 13.124,2 grãos/cm3. O tipo polínico dominante é a Rhizophora (20,8%-45,0%), elemento índice de manguezais. Outros arbóreos identificados incluem Alchornea (1-7,8%), Anacardiaceae (0- 6%), Euphorbiaciae (0-4,9%), Fabaceae (1-8,2%), Mauritia (0-4%), Melastomataceae (0,8-9,8%), Moraceae/Urticaceae (0-5%), Rubiaceae (0-6%). Vegetação herbácea inclui espécies de Amaranthaceae/Chenopodiaceae (0-4%), Cyperaceae (1-20%) e Poaceae (1,3-11%). O segundo intervalo localiza-se entre 77 e 93 m de profundidade e corresponde a sedimentos de ambiente de bacia estuarina proximal, de idade basal calculada em 50.795± 5.090 AP. A concentração varia de 9.095,5 a 22.688,5 grãos/ cm3. Polens herbáceos apresentam maiores concentrações (1.330,0-7.911,6 grãos/ cm3) do que no primeiro intervalo e, dentre este grupo, predominam os elementos de Poaceae (9- 26,5%). Entre os tipos arbóreos, as maiores frequências foram de Alchornea (0-6%), Celtis (0-7,1%), Euphorbiaceae (0-8%), Fabaceae I (tipo psilado) (1-14%), Ilex (0- 4,1%), Mauritia (1-10,7%), Malpigiaceae (0 7,1%), Melastomataceae/Combretaceae (1-10%) e Rubiaceae (0-7%). A análise da arquitetura estratal dos depósitos pleistocênicos tardios e holocênicos da região do Lago Arari revela que a sedimentação aconteceu dominantemente sob condições estuarinas, desenvolvolvidas ao longo de episódios de transgressão e regressão, como indicado pela natureza cíclica dos depósitos. Deposição fluvial ocorreu entre 40.950 (±590) e 50.795 14C AP, seguido de episódio de elevação do nível relativo do mar (NRM) iniciado entre 35.567 (±649) e 39.079 (±1.114) 14C AP. Ampla transgressão ocorreu até 29.340 (±340) 14C AP, indicado pelos depósitos de bacia estuarina externa a marinho raso, seguido de fase de declínio do NRM, que favoreceu rejuvenescimento e incisão do vale. Nova fase de elevação do NRM ocorreu por volta de 10.479 (±34) 14C AP, a qual culminou com o preenchimento do vale por depósitos estuarinos. O influxo fluvial foi interrompido em torno de 10.479 (±34) 14C AP, como resultado da evolução do estuário, provavelmente para uma laguna. O declínio do NRM aconteceu no final do Holoceno, que resultou em progradação costeira em direção a norte, processo este que teria culminado com a evolução da laguna para o sistema lacustre do Lago Arari atual. Apesar da influência de flutuações eustáticas, o contexto geológico permite sugerir que a tectônica regional desempenhou papel importante na criação de espaço acomodacional para a deposição dos sedimentos pleistocênicos-holocênicos da área do entorno do Lago Arari. / Analysis of Quaternary sediments in Amazonia is of great interest for reconstructing the dynamic evolution of its drainage basin, and to support discussions related to paleoclimate, sea level and tectonics. Few studies emphasize this type of approach, which is mainly due to lack of natural exposures due to the low topography of the area. This work integrates facies analysis, radiogenic dating, 13C, 15N and C/N analyses of an 124 m-thick obtained in the area located near Lake Arari, northeastern Marajó Island, State of Pará. The studied sediments were deposited in the last 50 ka, and record the following depositional environments: fluvial channel, represented by massive, moderately sorted, fine- to coarse-grained, locally conglomeratic, sand, and subordinate mud with parallel lamination, which are arranged in several fining upward cycles up to 8 m thick; outer estuarine basin to shallow marine, mainly consisting of mud with parallel to streaky lamination, interbedded with lenticular and wavy/flaser heterolithic layers, forming a coarsening upward succession; inner estuarine basin, lithologically similar to the outer estuarine basin to shallow marine deposits, with smaller thickness (up to 10 m), and with layers arranged in coarsening and fining upward cycles; tidal flat, formed by lenticular and wavy/flaser heterolithic layers, which are locally interbedded with massive sand packages up to 1 m thick, forming finning upward cycles up to 4 m thick; estuarine channel, formed by a succession about 15 m thick, consisting of fine to coarse-grained sand and, secondarily, heterolithic deposits, which are arranged in both

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