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Violência física familiar contra crianças e adolescentes: um recorte localizado / Family physical violence against children and adolescents: a localized cut

Camargo, Climene Laura de 29 November 1996 (has links)
Com a finalidade de contribuir para a compreensão da violência como um problema de saúde pública, o presente trabalho foi realizado através de um estudo de caso da violência familiar contra crianças e adolescentes de O a 18 anos de idade, efetuado no período de 1990 a 1993, na cidade de Maringá- PR. Através dos casos denunciados em instituições competentes, a identificação da violência foi feita dentro de um enfoque quantitativo. Num segundo momento, buscou-se a compreensão do significado desse tipo de violência através de uma abordagem qualitativa. Por meio de entrevistas e com o auxílio da técnica de associação de imagens, buscou-se compreender o significado que a violência física familiar tem para os atores sociais que a vivenciaram direta ou indiretamente, e suas justificativas frente a tais atos. Observou-se que 63,8 por cento dos casos denunciados são de violência fisica e que, destes, 48,2 por cento mostram a violência física familiar, revelando que esta incide, principalmente, na faixa etaria compreendida entre 12 e 15 anos de idade, onde o pai surge como principal agressor e a mãe e o vitimizado são os principais agentes denunciantes. Verificou-se, ainda, que o tipo de violência varia de acordo com o sexo e a idade da vítima. Tanto as vítimas como os agressores assimilam a violência física familiar como práticas disciplinadoras e somente as identificam como violência quando ultrapassam seus parâmetros de normalidade, os quais parecem estar relacionados com o grau de violência sofrido anteriormente. / This study aims to contribute for the comprehension o f the violence as a Public Health\'s problem. It was developed through a case study of familiar violence against children and adolescents aged from O to 18 years. It takes in account the cases which have occurred during the period from 1990 to 1993, in the city of Maringá-PR-Brazil. The identification o f the violence was done by a quantitative model, through the denounced cases in competent institutions. In a second step, the comprehension of the meaning of this kind of violence was searched through a qualitative approach. The techniques of interview and the association of images were used to verify which meaning the familiar physical violence has for the social actors who direct or indirectly felt this violence. Their justification to this kind of acts was also considered. It was observed that 63,8 per cent of the denounced cases are related to physical violence and that 48,2 per cent of that cases present the familiar physical violence. This data show that this violence appears mainly in ages from 12 and 15 years, where the father is the main aggressor and the mother and the victim are the main informers. It was also verified that the sort of violence varies according to the victim\'s sex and age. Either the victim or the aggressors assimilate the familiar physical violence as disciplinary practices. The violence is only identified by them as violence when it surpasses their parameters of normality, that seem to be related to the degree of violence they have suffered before.
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Violência física familiar contra crianças e adolescentes: um recorte localizado / Family physical violence against children and adolescents: a localized cut

Climene Laura de Camargo 29 November 1996 (has links)
Com a finalidade de contribuir para a compreensão da violência como um problema de saúde pública, o presente trabalho foi realizado através de um estudo de caso da violência familiar contra crianças e adolescentes de O a 18 anos de idade, efetuado no período de 1990 a 1993, na cidade de Maringá- PR. Através dos casos denunciados em instituições competentes, a identificação da violência foi feita dentro de um enfoque quantitativo. Num segundo momento, buscou-se a compreensão do significado desse tipo de violência através de uma abordagem qualitativa. Por meio de entrevistas e com o auxílio da técnica de associação de imagens, buscou-se compreender o significado que a violência física familiar tem para os atores sociais que a vivenciaram direta ou indiretamente, e suas justificativas frente a tais atos. Observou-se que 63,8 por cento dos casos denunciados são de violência fisica e que, destes, 48,2 por cento mostram a violência física familiar, revelando que esta incide, principalmente, na faixa etaria compreendida entre 12 e 15 anos de idade, onde o pai surge como principal agressor e a mãe e o vitimizado são os principais agentes denunciantes. Verificou-se, ainda, que o tipo de violência varia de acordo com o sexo e a idade da vítima. Tanto as vítimas como os agressores assimilam a violência física familiar como práticas disciplinadoras e somente as identificam como violência quando ultrapassam seus parâmetros de normalidade, os quais parecem estar relacionados com o grau de violência sofrido anteriormente. / This study aims to contribute for the comprehension o f the violence as a Public Health\'s problem. It was developed through a case study of familiar violence against children and adolescents aged from O to 18 years. It takes in account the cases which have occurred during the period from 1990 to 1993, in the city of Maringá-PR-Brazil. The identification o f the violence was done by a quantitative model, through the denounced cases in competent institutions. In a second step, the comprehension of the meaning of this kind of violence was searched through a qualitative approach. The techniques of interview and the association of images were used to verify which meaning the familiar physical violence has for the social actors who direct or indirectly felt this violence. Their justification to this kind of acts was also considered. It was observed that 63,8 per cent of the denounced cases are related to physical violence and that 48,2 per cent of that cases present the familiar physical violence. This data show that this violence appears mainly in ages from 12 and 15 years, where the father is the main aggressor and the mother and the victim are the main informers. It was also verified that the sort of violence varies according to the victim\'s sex and age. Either the victim or the aggressors assimilate the familiar physical violence as disciplinary practices. The violence is only identified by them as violence when it surpasses their parameters of normality, that seem to be related to the degree of violence they have suffered before.
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Familjebehandlarens erfarenheter av att arbeta med fysiskt våldsutsatta barn : En kvalitativ studie

Lindström, Marlene, Olsson, Mariana January 2021 (has links)
Fysiskt våld mot barn är ett fenomen som trots lagstiftning fortsätter att öka. Den här kvalitativa studien syftar till att undersöka familjebehandlarens erfarenheter och svårigheter som kan uppstå i arbetet med familjer där barn blivit utsatta för fysiskt våld av sina föräldrar. I undersökningen har fem familjebehandlare från tre kommuner med olika bakgrund och arbetsliverfarenheter intervjuats. Forskningsresultaten och genomförd analys redovisas i tematisk struktur. Resultatet påvisar liknande erfarenheter i behandlingsarbetet samt de svårigheter som kan uppstå då arbetet med våldsutsatta barn ofta är av delikat och komplex karaktär. Ett flertal svårigheter som identifierats är kopplade till föräldrarnas bakgrund. Studien visar att familjebehandling ger goda resultat men då ärenden avslutas i samband med behandlingens slutförande är det svårt att säkerställa dess verkan över tid.
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VIOLÊNCIA FÍSICA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS: OS SENTIDOS ATRIBUÍDOS POR TRÊS GERAÇÕES / INTRAFAMILIAL PHYSICAL VIOLENCE AGAINST CHILDREN: THE SENSES ATTRIBUTED BY THREE GENERATIONS

Bernardes, Lígia da Fonseca 28 February 2011 (has links)
Submitted by admin tede (tede@pucgoias.edu.br) on 2016-12-21T11:07:18Z No. of bitstreams: 1 Ligia da Fonseca Bernardes.pdf: 34560622 bytes, checksum: 55bb5662c8ed01a07bd0efbe1c7ed3a8 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-12-21T11:07:19Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ligia da Fonseca Bernardes.pdf: 34560622 bytes, checksum: 55bb5662c8ed01a07bd0efbe1c7ed3a8 (MD5) Previous issue date: 2011-02-28 / This study aimed to apprehend the senses of intrafamilial physical violence against children attributed by three generations of popular class families. This work is part of the research named Educar/criar sem violência: prevenção da violência física familiar contra crianças, which dealt with families whose children participate, or participated at the time of the research, in Escola de Circo, in Goiânia (GO), one of the extension programs of the Instituto Dom Fernando (IDF) at the Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás). The present research is qualitative and all the process was based on the theoretical and methodological principles of Vigotski’s social-historical psychology, focusing on the historical and dialectical materialism perspective. Two families participated and members of three generations were interviewed: grandmother, mother, and child(ren). It is important to point out that one of the families participated with two children, totaling seven individuals. According to the core meanings of the participants, it was possible to apprehend the senses of intrafamilial physical violence against children attributed by each one of them. In a general perspective, physical violence against children was and continues being one of the main, if not the main, method used in the education of this three generations under study. Although it is a naturalized and banalized phenomenon for the interviewed grandmothers, mothers, and children, contradictorily, all these subjects expressed their suffering and/or affirmed their sorrow for having experienced such violence. In conclusion, each generation understands physical violence against children in a peculiar way: for the grandmothers, it is legitimated, although they reject the one that leaves physical marks in the body or the type they consider more severe; the mothers live a reflection about its use in their children’s education, although they find it difficult to interrupt the usage of this method of education; and finally, the children reported suffering when they are the victims, but it is difficult for them to imagine other models of education. / Neste estudo, buscou-se apreender os sentidos da violência física intrafamiliar contra crianças atribuídos por três gerações de famílias de classe popular. Este trabalho constitui um recorte da pesquisa intitulada Educar/criar sem violência: prevenção da violência física familiar contra crianças, realizada com famílias cujos filhos frequentam, ou frequentavam na época da pesquisa, a Escola de Circo, em Goiânia (GO), um dos programas de extensão do Instituto Dom Fernando (IDF) da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-Goiás). A presente pesquisa enquadra-se no tipo qualitativo e todo o seu processo foi pautado nos pressupostos teórico-metodológicos da psicologia sócio-histórica de Vigotski, fundamentados na perspectiva do materialismo histórico e dialético. Participaram como sujeitos duas famílias, entrevistando-se membros de três gerações: avó, mãe e criança(s). Ressalva-se que em uma família foram entrevistadas duas crianças, totalizando sete sujeitos. A partir dos núcleos de significação dos sujeitos, apreenderam-se os sentidos da violência física intrafamiliar contra crianças para cada um deles. De forma geral, a violência física contra crianças foi e continua sendo um dos principais, se não o principal, método utilizado na educação/criação dos filhos das três gerações participantes. Identificou-se, porém, que embora seja um fenômeno naturalizado e banalizado pelas avós, mães e crianças entrevistadas, contraditoriamente, todos estes sujeitos expressaram sofrimento e/ou afirmaram seu pesar ao vivenciar tal violência. Concluiu-se que cada geração entende a violência física contra crianças de forma singular: para as avós, ela é legitimada, embora rejeitem a que deixa marcas físicas no corpo ou aquela que consideram mais grave; já as mães vivem uma reflexão sobre o seu uso na educação/criação dos filhos, embora encontrem dificuldade em interromper a aplicação deste método; por fim, as crianças relatam sofrimento ao serem vítimas, mas têm dificuldade em imaginar outros modelos de educação/criação.

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