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Políticas de subjetivação: um estudo acerca da política de relação com o Outro, na contemporaneidade

Fonseca, Beatriz Francisca Souza 20 September 2013 (has links)
O estudo que embasa esta dissertação intentou traçar a política de relação com o Outro maquinada pelo modo de subjetivação capitalística. Por Outro entendemos a existência fabricada na relação com aquilo que produz efeitos nos corpos e nas maneiras de viver, o que é designado, por alguns autores, como outro. A relação com o Outro, nesta acepção, implica uma relação consigo, com o nosso próprio movimento processual de devir-outro. Partindo dos pressupostos de que os modos de subjetivação tramam distintos modos de relação com o Outro, e de que a forma como nos relacionamos com o Outro, na contemporaneidade, é forjada por aquela política singular de relação consigo, a pesquisa em pauta pensou os jogos de constituição, de operacionalização e de possíveis ultrapassamentos de tal política. O campo prático-conceitual que a agenciou se constitui, sobretudo, pelas ferramentas teórico-metodológicas da Filosofia da Diferença e por uma extensa rede de intercessores. O modo de pensar que esse campo anima implica uma prática de pesquisa ético-estético-política e, para operá-la, recorremos às orientações fornecidas pelo método da cartografia, modo de conceber a pesquisa e a relação pesquisador-pesquisado que visa o estudo da dimensão processual da subjetividade e de seu processo de produção. Sob esse viés, primeiramente, tratamos da política de produção do conhecimento que entusiasmou o estudo. Em seguida, percorremos o processo de produção e o modus operandi da política de relação com o Outro fabricada pela subjetivação dominante em nossos dias. Num terceiro momento, aventuramos cruzar estudos de teóricos que vislumbram possibilidades de ultrapassar a máquina capitalística. Inspirado nestes intercessores e nos movimentos que constituíram o processo de pesquisa, o estudo cogita que as chances de excedermos a política de subjetivação hegemônica e produzirmos políticas concorrentes de relação com o Outro se encontram justamente onde o aparelho capitalístico está/atua, em nosso diminuto e ordinário fazer, operar e viver cotidiano, restando-nos o desafio de criar maneiras de efetivá-las, continuamente, à medida que nos dispusermos a vivenciar o plano ético-estético-político e os tantos outros operadores de resistências que estão sendo e/ou poderão vir a ser inventados.

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