• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 23
  • 1
  • 1
  • Tagged with
  • 25
  • 25
  • 25
  • 11
  • 9
  • 6
  • 6
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 5
  • 4
  • 3
  • 3
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Caracterização biológica e molecular do complexo Potato virus Y (PVY) infectando plantas de batata de distintas regiões produtoras do Brasil / Biological and molecular characterization of the complex Potato virus Y (PVY) infecting potato plants of different producing regions of Brazil

Silva, Patrícia Pereira da January 2008 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2008. / Submitted by Larissa Ferreira dos Angelos (ferreirangelos@gmail.com) on 2009-09-17T19:50:29Z No. of bitstreams: 1 2008_PatriciaPereiraSilva.pdf: 2214500 bytes, checksum: c57f837d9a164c820bf25114f49e7812 (MD5) / Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-10-06T13:54:59Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2008_PatriciaPereiraSilva.pdf: 2214500 bytes, checksum: c57f837d9a164c820bf25114f49e7812 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-10-06T13:54:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2008_PatriciaPereiraSilva.pdf: 2214500 bytes, checksum: c57f837d9a164c820bf25114f49e7812 (MD5) Previous issue date: 2008 / A batata (Solanum tuberosum) é um dos alimentos mais consumidos no mundo, depois do arroz, trigo e milho. Sua produção pode ser afetada por fatores bióticos e abióticos, sendo que, em relação aos patógenos, os vírus se encontram entre os mais importantes causando rápida degenerescência dos tubérculos, após multiplicação em campo. O vírus Potato Vírus Y ( PVY) espécie-tipo do gênero Potyvirus tem sido o principal vírus da cultura nos últimos anos. O complexo PVY é formado por várias estirpes que atacam a batateira como: PVYO ( grupo comum), PVYN ( grupo necrótico) e PVYC , sendo essa última ainda não encontrado na Brasil. Ainda existe o sub-grupo necrótico, PVYN:O que causa necrose de nervura em fumo e pode ou não causar necrose em tubérculos de batata. Outro membro do subgrupo necrótico é o PVYNTN, que induz além de mosaico nas folhas, sintomas de anéis em tubérculos. Atualmente, o PVYNTN é o principal vírus ocorrendo em batateira no Brasil e em várias partes do mundo. No Brasil já foram relatados isolados apresentando características bio-sorologicas diferentes, porém, não há dados na literatura sobre suas características moleculares. Devido a esse desconhecimento da diversidade do complexo do PVY no Brasil, neste trabalho foram realizados estudos comparativos, biológicos e moleculares, entre duas estirpes classificadas como PVYN e PVYO e dois isolados do subgrupo necrótico PVYNTN. Esses isolados foram coletados em diferentes regiões produtoras do país sendo designados ITA (Itapetininga-SP), VGS (Vargem Grande do Sul-MG) OBR (região Centro-Oeste) e NBR (região Centro-Oeste). O primeiro passo realizado foi à purificação biológica dos isolados através de diluições seriadas do inóculo, sendo posteriormente, conduzido um estudo de avaliação dos sintomas em oito variedades de batata. Todos os isolados causaram sintomas de mosaico e deformação foliar nas plantas variando em sua intensidade. Em geral, o PVYO (isolado OBR) induziu necrose de nervuras e mosaico, o PVYN (NBR) encurtamento do pecíolo e leve deformação foliar e os isolados de PVYNTN (ITA e VGS) mosaico, deformação foliar e sintomas de anéis nos tubérculos. O isolado VGS, PVYNTN, induziu também sintomas de intensa deformação foliar (topo-crespo ou bouquet) nas variedades Canoinhas, Monalisa e Mondial. Já no estudo molecular foi realizado o sequenciamento de vários genes e regiões não-codantes dos isolados, sendo que o sequenciamento completo dos quatros isolados encontra-se em fase de conclusão. Os resultados das comparações de identidades de nucleotídeos das regiões genômicas seqüenciadas e dos grupamentos obtidos a partir das árvores filogenéticas produzidas, permitem concluir até o momento, que os isolados brasileiros apresentam relacionamento filogenético com isolados americanos e com isolados europeus. O compartilhamento de seqüências desses dois grupos geograficamente distintos pode estar relacionado à importação histórica de batata semente pelo Brasil de países dos dois continentes. Ficou evidente que os isolados do subgrupo PVYNTN possuem seu genoma constituído por uma mistura de segmentos genômicos com traços de PVYN e PVYO. Também foi observado que as regiões do genoma que formam a 5’UTR, 6K1, 6K2, CP e 3’ UTR parece não estarem correlacionadas com a expressão de sintomas. Por outro lado, as regiões VPg, NIa e NIb, podem ser responsáveis pela indução de sintomas de necrose em tubérculos de batata com maior frequência nos isolados PVYNTN, quando comparados com isolados do subgrupo PVYN:O . No entanto, a variabilidade encontrada indica a região P1 com maior potencial para ser empregada no estudo de expressão de sintomas. Porém, somente com a conclusão do sequenciamento completo do genoma dos isolados brasileiros, possibilitando a localização de eventos de seleção e possível recombinação nas proteínas virais e regiões reguladoras permitirá obtermos conclusões sobre a evolução do complexo PVY no país. Essas comparações poderão contribuir para e elucidação das diferenças entre isolados brasileiros e aqueles provenientes de outros países e para o entendimento dos fatores que levam o PVY a produzir variantes. O conhecimento da diversidade de isolados do complexo PVY no Brasil, sem dúvida contribuirá para o estudo epidemiológico dessa virose, assim como, para o estabelecimento de métodos de manejo das infecções virais por estirpes de PVY em condições de campo. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Potato (Solanum tuberosum) is one of the most consumed foods in the world, next to rice, wheat and maize. The production can be affected by biotic and abiotic factors. Viruses are one of most important pathogens because it can cause rapid degeneration of the tubers, after multiplication in the field. PVY has been the main virus species causing severe losses in potatoes in the last six years. The PVY strains infecting potato are: PVYO (ordinary group), PVYN(necrotic group) and PVYC, this last strain has not yet been found in Brazil. There is the sub-group necrotic, PVYN, which causes necrosis when inoculated in tobacco plants and may or may not cause necrosis in potato tubers. The other member of the subgroup is the necrotic PVYNTN, which induces mosaic on the leaves and necrotic ringspot in potato tubers. In Brazil PVYNTN was isolated presenting different biological and serological features, but no molecular characteristics has been published. Because of this lack study in the PVY complex in Brazil, this work carried out comparative studies, of molecular and biological characteristics, between two strains, a PVYN and a PVYO (denoted OBR - Center-West region) e NBR (denoted OBR also from Center-West region of Brazil) two isolates of the subgroup PVYNTN. Denoted ITA (Itapetininga-SP), VGS (Vargem Grande do Sul- MG). For the biological studies an assessment of symptoms in eight varieties of potatoes was made. All isolates caused symptoms of mosaic and leaf deformation on plants varying in its intensity. In general, the PVYO induced veinal necrosis and mosaic, the PVYN shortening of the leaf petiole and mild deformation and PVYNTN caused mosaic, leaf deformation and necrotic rings in the tubers. The VGS isolate PVYNTN, also induced symptoms of intense leaf deformation (bouquet) in the potato varieties Canoinhas, Monalisa and Mondial. In the molecular study the sequencing of several protein isolates was performed and the complete sequencing of four isolated is being completed. Based on the results obtained we can conclude so far, that the Brazilians isolates shared phylogenetic relationships with Americans and Europeans isolates, probably as a consequence of seed potato imports from these countries that allowed virus introduction in Brazilian potatoes fields. The genome of the isolates belonging to the subgroup of PVYNTN consists of a mixture of segments present in PVYN and PVYO genomes. We also observed that the protein regions 5'UTR, 6K1, 6K2, VPg, NIa, NIb, CP AND 3 'UTR are not correlated with the expression of symptoms, and that regions VPg, NIa and NIb, may be responsible for induction of symptoms of necrosis in potato tubers, more frequently in the isolate PVYNTN when compared with isolate from the subgroup PVYN. The region P1 seems to be a putative candidate to study the expression of symptoms. More will be needed to complete the sequencing of the genome of the PVY strains to determine the selection pressure for protein mutation and virus recombination and thereby determine their roles and understand their biological role in the field. The elucidation of biological and molecular characteristics of PVY variants can provide better strategies and establish methods of management of viral infection under field conditions.
2

Proteínas do látex de Calotropis procera (Ait.)R.Br. e seus efeitos sobre pragas agrícolas. / Proteins from the latex of Calotropis procera (Ait.) R.Br. and their effects against insects.

Freitas, Cléverson Diniz Teixeira de January 2006 (has links)
FREITAS, C. D. T. Proteínas do látex de Calotropis procera (Ait.)R.Br. e seus efeitos sobre pragas agrícolas. 2006. 118 f. Dissertação (Mestrado em Bioquímica) - Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2006. / Submitted by Francisco Lacerda (lacerda@ufc.br) on 2014-11-24T19:40:31Z No. of bitstreams: 1 2006_dis_cdtfreitas.pdf: 775346 bytes, checksum: 9b054b28e167e8aa04f9d5d7aed273a8 (MD5) / Approved for entry into archive by José Jairo Viana de Sousa(jairo@ufc.br) on 2015-01-15T21:19:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2006_dis_cdtfreitas.pdf: 775346 bytes, checksum: 9b054b28e167e8aa04f9d5d7aed273a8 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-01-15T21:19:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2006_dis_cdtfreitas.pdf: 775346 bytes, checksum: 9b054b28e167e8aa04f9d5d7aed273a8 (MD5) Previous issue date: 2006 / The plant Calotropis procera belonging to Asclepiadaceae is found around a vast extension of the Northeast from Brazil. It is a lactifers plant and its endogenous production of latex is admirable. Despite continuous reports appearing in the literature give mention to the medicinal properties of different parts of the plant, including the latex, there is not scientific approaches comprising biochemical of functional aspects of the latex from C. procera. The aims this work was determine the presence of endogenous enzymatic activities and inhibitory activity against different proteases and a-amylase, to evaluate insecticidal properties against different crop pests and to correlate enzymatic content and insecticidal action with possible role of the latex in protecting the plant to insect pathogens. The major soluble protein fraction from the latex was prepared following the protocol previously defined that includes centrifugations and dialysis steps. The protein fraction devoided of rubber and low molecular mass molecules was assayed to the presence of endogenous proteolytic activities as well as a-amylase activity. Even, the presence of inhibitor of such activities was investigated. Additionally the latex proteins were submitted to proteolysis by digestive content of different insects. Bioassays base on artificial diets with different contents of native, pronase digested or heated treated (98 °C) latex proteins were performed against six insects belonging to 4 different orders. Increment in bodyweight of larvae, time of development and percentage of survive were the parameters considered to analyze detrimental effects of latex proteins upon insects. The effect of latex proteins upon Callosbruchus maculatus insects by continuous exposure until F-6 generation was reached was performed. It was found strong endogenous proteolytic activity and latex proteins were resistent to proteolysis by insect digestive extracts. In addition chitinolytic activity was also detected. The latex exhibited insecticidal activity against different insect groups and this effect may be correlated to the presence of a cysteine protease inhibitor associated to its proteolytic properties and chitinolytic activity. It is suggested that the protein fraction of the latex from Calotropis procera plays a relevant role in defending the plant against pathogens. / A planta Calotropis procera pertencente à família Asclepiadaceae é encontrada em vasta extensão do Nordeste Brasileiro. É uma planta laticífera e sua produção endógena de látex é extraordinária. Embora haja na literatura científica diversas publicações que relatam o potencial medicinal de diversas partes da planta, principalmente de seu látex, não há ainda uma abordagem bioquímica e funcional de seu fluido laticífero. Esta pesquisa foi desenvolvida no sentido de proceder a um estudo bioquímico parcial de atividades endógenas da fração protéica majoritária do látex e de avaliar seus efeitos inseticidas sobre diferentes modelos de pragas agrícolas. A fração protéica majoritária do látex foi preparada a partir de um protocolo previamente desenvolvido no laboratório em que são envolvidas etapas de centrifugação e diálise. A fração protéica isenta de borracha e de moléculas de baixa massa molecular foi testada para atividades enzimáticas endógenas proteolíticas, quitinásicas e a-amilásica e atividades inibitórias para proteases e a-amilase. Ensaios enzimáticos de digestão das proteínas do látex por extratos digestivos de insetos foram também realizados. Bioensaios utilizando-se dietas artificiais contendo diferentes proporções das proteínas do látex íntegras, digeridas por pronase ou aquecidas a 98 °C foram realizados com seis insetos pertencentes a quatro ordens. Nos bioensaios foram avaliados parâmetros tais como desenvolvimento, sobrevivência, tempo de emergência dos indivíduos além de ser avaliado o efeito cumulativo de proteínas do látex na dieta por sucessivas gerações. Na fração protéica do látex foram encontradas atividades proteolíticas do tipo cisteínica e serínica, além de atividade quitinolítica. Não foi detectada atividade a-amilásica. Soluções de proteínas do látex não exibiram atividade inibitória do tipo a-amilásica e tripsínica ou quimiotripsínica. Após tratamento térmico, proteínas do látex ainda solúveis foram capazes de inibir a atividade da papaína. Posteriormente esta atividade inibitória foi capaz de inibir as atividades proteolíticas de Callosobruchus maculatus e Dysdercus peruvianus. As proteínas do látex foram inseticidas para C. maculatus, Zabrotes subfasciatus, Anticarsia gemmatalis e Ceratitis capitata enquanto que não foram para Spodoptera frugiperda e D. peruvianus. Não houve efeito deletério acumulativo em insetos submetidos a uma dieta contendo proteínas do látex durante seis gerações. Quando digeridas por pronase e aquecidas por 30 min a 98 °C, a ação inseticida das proteínas do látex ainda foi mantida sobre o C. maculatus. As proteínas do látex foram completamente resistentes à proteólise por enzimas digestivas de Dysdercus peruvianus e Callosobruchus maculatus. Entretanto, a ação proteolítica endógena do látex promoveu a proteólise do extrato enzimático de C. maculatus embora isto não tenha ocorrido no extrato intestinal de D. peruvianus. O látex de C. procera apresenta forte atividade proteolítica e resistência à proteólise por enzimas digestivas de insetos. Atividade quitinolítica foi também observada. O látex possui atividade inseticida para diferentes pragas agrícolas e esta atividade parece estar associada à presença de um inibidor de atividade proteolítica do tipo cisteínica, além da presença de quitinases e elevada atividade proteolítica endógena. Assim, a fração protéica do látex pode ser considera como parte constituinte da defesa da planta contra insetos.
3

Estudo das interações entre proteínas de Groundnut ringspot virus (Bunyaviridae: Tospovirus)

Lima, Rayane Nunes 24 February 2014 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Molecular, 2014. / Submitted by Jaqueline Ferreira de Souza (jaquefs.braz@gmail.com) on 2014-05-27T13:14:11Z No. of bitstreams: 1 2014_RayaneNunesLima_Parcial.pdf: 885295 bytes, checksum: 3a9506e71c4557a00fffa96f5fd2010f (MD5) / Approved for entry into archive by Patrícia Nunes da Silva(patricia@bce.unb.br) on 2014-06-05T13:45:39Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2014_RayaneNunesLima_Parcial.pdf: 885295 bytes, checksum: 3a9506e71c4557a00fffa96f5fd2010f (MD5) / Made available in DSpace on 2014-06-05T13:45:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2014_RayaneNunesLima_Parcial.pdf: 885295 bytes, checksum: 3a9506e71c4557a00fffa96f5fd2010f (MD5) / Groundnut ringspot virus (GRSV) pertence ao gênero Tospovirus, o único da família de arbovírus Bunyaviridae capaz de infectar vegetais, sendo transmitido por tripes (Thysanoptera: Thripidae) de maneira circulativa propagativa. O genoma dos tospovírus é constituído por três segmentos de RNA fita simples denominados RNA S (Small), RNA M (Medium) e RNA L (Large). O RNA L codifica uma RNA polimerase dependente de RNA (RdRp); o RNA S codifica a proteína do nucleocapsídeo (N) e a proteína supressora do silenciamento gênico (NSs); e o RNA M codifica a proteína precursora das glicoproteínas Gn e Gc e a NSm, proteína de movimento viral célula-a-célula. As interações proteicas entre N e NSm são importantes para a disseminação da infecção viral na planta. Para a movimentação viral em plantas infectadas é necessária a oligomerização da proteína NSm, que forma túbulos que penetram os plasmodesmas celulares e promovem a passagem dos ribonucleocapsídeos virais de uma célula a outra. Os ribonucleocapsídeos são formados pela RNA polimerase viral (RdRp) e pelos segmentos de RNA (S, M e L) envolvidos pela nucleoproteína (N), que se oligomeriza para encapsidar todo o RNA viral. O presente trabalho investigou, pela primeira vez, as interações entre a proteína N e NSm de GRSV através da técnica de Fluorescência Bimolecular Complementar, bem como evidenciou a localização subcelular citoplasmática de cada interação. Um modelo tridimensional para a proteína N de GRSV foi construído in silico, por modelagem estrutural por homologia molecular, a partir das estruturas secundária e terciária da proteína N de LACV (La Crosse virus; Orthobunyavirus), e os domínios funcionais para a interação N x N e interação N x RNA foram definidos. A proteína N de GRSV apresenta um braço N-terminal (aa 1-32), um braço C-terminal (aa 224-258) e uma região globular com uma cavidade contendo resíduos de aminoácidos hidrofóbicos e positivos para a interação com o RNA. O alinhamento de sequências de aminoácidos da proteína N de todos os Tospovírus já caracterizados mostrou que os resíduos de aminoácidos preditos como chave para a conformação e interação da proteína N são conservados entre as espécies. Juntas, essas evidências abrem caminho para novos estudos acerca das interações proteicas a fim de elucidar o movimento célula-a-célula do GRSV e de outros Tospovírus. / Groundnut ringspot virus (GRSV) belongs to the genus Tospovirus, the only plant-infecting genus of the family Bunyaviridae, being transmitted by thrips (Thysanoptera: Thripidae) in a circulative propagative manner. The genome of tospoviruses consists of three single stranded RNA segments, termed S RNA (small) M RNA (Medium) and L RNA (Large). The L RNA encodes an RNA dependent RNA polymerase (RdRp). The S RNA encodes the nucleocapsid protein (N) and a gene silencing suppressor protein (NSs). The M RNA encodes the precursor protein of the Gn and Gc glycoproteins and the NSm protein, a viral cell-to-cell movement protein. Protein interactions between N and NSm are important to the viral infection spread in the plant. The NSm oligomerizes to form tubules that penetrate through plasmodesmata allowing the passage of viral ribonucleocapsids promoting cell-to-cell viral movement. The ribonucleocapsids are formed by the viral RNA polymerase (RdRp) and the RNA segments (S, M and L) surrounded by the nucleoprotein (N), which oligomerizes to encapsidate the viral RNA. This study investigated for the first time, homotypic and heterotypic interactions between N and NSm of the GRSV by Bimolecular Fluorescence Complementation (BiFC) in planta and showed the cytoplasmic subcellular localization of each interaction. A three-dimensional model for N GRSV protein was constructed in silico, by molecular homology modeling, from secondary and tertiary protein structures of N LACV (La Crosse virus; Orthobunyavirus) and the functional domains for N x N interaction and N x RNA interaction were defined. N GRSV protein presents an N-terminal arm (aa 1-32), a C- terminal arm (aa 224-258) and a globular region with a groove containing hydrophobic and positive amino acid residues for interaction with RNA. The alignment of amino acid sequences of the N protein of all characterized tospoviruses has shown that the amino acid residues important to protein fold and interaction of the N protein are conserved among all species. Together, this evidence allows further studies about the protein interactions involved to the cell-to-cell movement for GRSV and for other tospoviruses.
4

Variabilidade e controle de Phytophthora palmívora (podridão-do-pé) e controle da varíola (Asperisporium caricae) do mamoeiro (Carica papaya)

Dianese, Alexei de Campos January 2006 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2006. / Submitted by wesley oliveira leite (leite.wesley@yahoo.com.br) on 2009-10-28T23:19:26Z No. of bitstreams: 1 Tese__Alexei de Campos Dianese.pdf: 869164 bytes, checksum: 409f65abbb3596cd4536da4701e52712 (MD5) / Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-10-06T14:10:19Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Tese__Alexei de Campos Dianese.pdf: 869164 bytes, checksum: 409f65abbb3596cd4536da4701e52712 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-10-06T14:10:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Tese__Alexei de Campos Dianese.pdf: 869164 bytes, checksum: 409f65abbb3596cd4536da4701e52712 (MD5) Previous issue date: 2006 / O mamoeiro (Carica papaya L.), possivelmente originário da América Central, é uma das plantas tropicais de maior importância na produção nacional e mundial de fruteiras. Este projeto visou estudar diferentes aspectos de duas doenças importantes que afetam a produção de mamão no Brasil: a podridão do pé e dos frutos (Phytophthora palmivora) e a varíola (Asperisporium caricae). Uma coleção de isolados de P. palmivora foi montada para se verificar a variabilidade em termos de virulência do patógeno em experimentos com mudas e frutos de mamoeiro. A maioria dos isolados do patógeno provenientes do mamoeiro foi altamente virulenta. O isolado proveniente de Morremia odorata foi avirulento. Além disso, diferentes genótipos de mamão foram avaliados no campo e em experimentos em casa de vegetação para resistência a P. palmivora. O cultivar “Tailândia Roxão” demonstrou ser moderadamente resistente. Conjuntamente, fertilizantes a base de fosfitos foram testados para o controle da doença, com dois produtos (fosfito 40 % P2O5 + 20 % K2O, 150 ml/100 l; e fosfito 20 % P2O5 + 20 % K2O, 200 ml/100 l) retardando o desenvolvimento da doença. Do mesmo modo dez isolados de Trichoderma sp. foram avaliados quanto ao seu potencial como agentes de controle biológico de P. palmivora em experimentos com mudas em casa de vegetação. Os isolados cen162 e cen235 foram os mais efetivos. Diferentes doses de nitrogênio e calcário dolomítico incorporadas ao solo em experimentos com vasos também foram avaliadas em relação a sua influência no desenvolvimento da podridão do pé em mudas de mamoeiro. O tratamento com 1,02 g de nitrogênio/kg de solo e 10,10 g de calcário/kg de solo apresentou a menor incidência da doença ao final de três plantios sucessivos. Diferentes genótipos de mamão também foram avaliados no campo para resistência a Asperisporium caricae. Os cultivares “Tailândia Roxão” e “Sekati” demonstraram ser moderadamente resistentes ao patógeno. Alem disso, onze fertilizantes a base de fosfitos foram avaliados, em experiemntos no campo e em casa de vegetação, quanto ao seu potencial como alternativa ao uso de fungicidas tradicionais para o controle da varíola. Todos os produtos retardaram significativamente o progresso da doença. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The papaya (Carica papaya L.) is one of the most important fruit trees worldwide. In this project two of its most common fungal diseases in Brazil were studied: root and fruit rot (Phytophthora palmivora) and black spot (Asperisporium caricae). A group of P. palmivora isolates was tested, in experiments with papaya seedlings and fruit, for there variability in terms of virulence. Most of the papaya isolalates were highly virulent. The Morremia odorata isolate was avirulent. Moreover, ten papaya genotypes were evaluated in field and greenhouse trials for resistance to P. palmivora. The cultivar “Tailândia Roxão” was moderately resistant to the disease in all trials. Also a group of phosphites was tested for P. palmivora control. Two products (phosphite 40 % P2O5 + 20 % K2O, 150 ml/100 l; and phosphite 20 % P2O5 + 20 % K2O, 200 ml/100 l) effectively slowed disease development. Similarly, ten Trichoderma sp. Isolates were evaluated in greenhouse trials as possible biocontrol agents against P. palmivora. The isolates cen162 e cen235 were the most effective. Diferentes dosages of nitrogen and dolomitic limestone were mixed to soil infested with P. palmivora and there influence on disease development was evaluated in seedling trials. The treatment with 1,02 g of nitrogen/kg of soil and 10,10 g of dolomitic limestone /kg of soil had the least disease incidence. Nine papaya genotypes were evaluated in a field trial for resistance to A. caricae. The cultivars “Tailândia Roxão” and “Sekati” were moderately resistant to the disease. Also a group of eleven phosphites was tested for A. caricae control in field and greenhouse trials. All products effectively slowed disease development.
5

Avaliação da resistência de clones e cultivares de batata à murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum) / Assessment of resistance of potato clones and cultivars the bacterial wilt (Ralstonia solanacearum)

Lima Neto, Artur Ferreira 12 December 2005 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2005. / Submitted by samara castro (sammy_roberta7@hotmail.com) on 2010-10-02T00:00:26Z No. of bitstreams: 1 2005-Artur Ferreira Lima neto.pdf: 1183027 bytes, checksum: 8ea325891bb555a3107e53a78c98e986 (MD5) / Approved for entry into archive by Gomes Neide(nagomes2005@gmail.com) on 2010-10-06T13:37:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2005-Artur Ferreira Lima neto.pdf: 1183027 bytes, checksum: 8ea325891bb555a3107e53a78c98e986 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-10-06T13:37:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2005-Artur Ferreira Lima neto.pdf: 1183027 bytes, checksum: 8ea325891bb555a3107e53a78c98e986 (MD5) Previous issue date: 2005-12-12 / Cultivares e clones de batata (Solanum tuberosum L.) foram avaliados de 2002 a 2004 na Embrapa Hortaliças, Brasília-DF, para resistência à murcha bacteriana em campo naturalmente infestado com a raça 1, biovar 1 de Ralstonia solanacearum. Os testes de avaliação foram conduzidos com as cultivares atualmente mais plantadas no Brasil e com conjuntos de clones relatados como resistentes no Brasil e em outras partes do mundo. Em todos os experimentos, a doença foi avaliada pela incidência de plantas murchas em intervalos que permitiram a construção de curvas de progresso da doença para cada genótipo. A partir dessas, foram calculadas as áreas abaixo das curvas de progresso da doença (AACPD), valores usados para a realização das análises estatísticas por meio do programa SAS, que permitiram a comparação da resistência dos genótipos. Os genótipos mais resistentes nos ensaios foram os clones ‘MB 03’ e ‘MB 9846-01’, selecionados na Embrapa Hortaliças, e ‘Cruza 148’, padrão internacional de resistência originário do México. Nesses clones a incidência da doença ficou abaixo de 10%, 100 dias após o plantio. Dentre as cultivares, destacou-se ‘Achat’, com cerca de 30% de plantas murchas, valor significativamente superior ao dos clones acima mencionados, porém inferior ao das cultivares Monalisa, Atlantic, Bintje e Ágata, amplamente cultivadas no Brasil, e que apresentaram acima de 80% das plantas murchas. Observou-se que menores valores de AACPD correspondiam a um atraso no início do aparecimento dos sintomas da doença. Somente os clones ‘MB 03’ e ‘Cruza 148’ e a cultivar Achat apresentaram produção satisfatória devido à alta infestação do solo com o patógeno. Em outro experimento, 28 genótipos tidos como resistentes à murcha bacteriana e mantidos na Lista de Patógenos Testados (Pathogen Tested List) do Centro Internacional de la Papa (CIP), foram introduzidos in vitro, multiplicados em vasos em casa de vegetação e então avaliados em campo infestado com a biovar 1 de R. solanacearum. Os genótipos ‘Mabondo’ e ‘BW 8’ se destacaram nas condições avaliadas e poderão, juntamente com os clones MB-03, Cruza 148 e MB 9846-01, ser incluídos em programas de melhoramento com a finalidade de transferir genes de resistência para cultivares de batata. Os clones MB 03, 384515-1, MB 9721-01 e Cruza 148, anteriormente selecionados como resistentes na Embrapa Hortaliças, foram cruzados com as cultivares Monalisa, Baraka e Asterix para gerar genótipos que combinassem resistência e boas características agronômicas. Dos 200 clones selecionados para tipo de tubérculos em campo comercial em Cristalina - GO, somente dois apresentaram bom desempenho quando cultivados em campo infestado na Embrapa Hortaliças, indicando que essa metodologia não é adequada para seleção de genótipos resistentes. Este resultado levou à recomendação da seleção para resistência como fase anterior à seleção para tipo de tubérculo de modo que não se eliminem genótipos com níveis satisfatórios de resistência. Adicionalmente foi avaliada a resistência à murcha bacteriana em 128 acessos da coleção mundial de Solanum chacoense, procedentes do Inter-Regional Potato Introduction, Sturgeon Bay, Madison, EUA. De 1.792 clones avaliados, seis foram selecionados como apresentando resistência à biovar 1 de R. solanacearum. Posteriormente, esses clones foram testados para outros isolados das biovares 1 e 2, procedentes de diferentes regiões do Brasil. Reação diferencial entre isolados e clones foram verificadas, mostrando que a resistência em S. chacoense é específica para diferentes estirpes do patógeno. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Selected potato (Solanum tuberosum L.) clones and cultivars were screened from 2002 to 2004 in Brasilia, DF, for resistance to bacterial wilt in a field naturally infested with race 1, biovar 1 or Ralstonia solanacearum. The objective of the experiment was to screen the most important cultivars grown in Brazil in comparison with clones previously selected as resistant at Embrapa Vegetables Experiment Station or elsewhere. In the field experiments, disease incidence was assessed in intervals which allowed the construction of disease progress curves for each genopype. The genotypes were statistically compared using the means of the values of the areas under the disease progress curves (AUDPC) calculated using a SAS program. The most resistant genotypes were clones MB-03 and MB 9846-01, previously selected at Embrapa Vegetables, and Clone 148, an international resistant reference from Mexico. All of them showed less than 10% wilt incidence 100 days after planting. Confirming previous results, ‘Achat’ was the most resistant cultivar, with 30% of disease incidence, a value statistically higher than those of the resistant clones. However, bacterial wilt incidence of ‘Achat’ at the end of the plant cycle was significantly lower than those of cultivars Monalisa, Atlantic, Bintje and Agata, with values always above 80%. It was observed that genotypes with lower values of the AUDPC presented symptoms later in the season as compared to susceptible genotypes. Because inoculum density was high in the experimental condition, yields were obtained only for ‘Achat’ and for the resistant clones. In another experiment, 28 genotypes indicated as resistant to bacterial wilt in CIP’s Pathogen Tested List were introduced as in vitro plantlets, multiplied in pots in a screenhouse and then evaluated for resistance upon planting in the same naturally infested field in Brasilia (race 1, biovar 1). Bacterial wilt incidence varied substantially among the genotypes, confirming the idea that screening for bacterial wilt resistance should be done locally. In this trial, only ‘Mabondo’ and ‘BW 8’ were comparable in terms of resistance to the clones selected at Embrapa Vegetables and can be also considered as important sources of resistance in breeding programs. In another experiment, clones MB 03, 384515-1, MB 9721- 01 and Cruza 148, previously selected as resistant at Embrapa Vegetables, were crossed with cultivars Monalisa, Baraka and Asterix in order to combine resistance with acceptable tuber characteristics. From 200 clones selected for tuber characteristics in a disease-free commercial field at Cristalina, GO, only two survived when planted in the infested field in Brasilia. This result indicated that screening to bacterial wilt should be done previously to for commercial characteristics in order to prevent loss of highly resistant clones that do not have good tuber appearance. Additionally, 128 accessions of the world collection of Solanum chacoense, originated from the the Inter-Regional Potato Introduction, Sturgeon Bay, Madison, WI, USA, were evaluated for bacterial wilt resistance (race 1, biovar 1) under screenhouse at Embrapa Vegetables. From 1,792 clones screened, only six were selected. These were later challenged with isolates of biovars 1 and 2 from distinct regions of Brazil. An interaction between isolates and clones indicated that resistance in S. chacoense is specific to different strains of R. solanacearum.
6

Expressão fenotípica e mecanismos de ação de genes envolvidos na resistência ampla e begomovírus monopartidos e bipartidos em tomate

Carvalho, Rita de Cássia Pereira 04 1900 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2009. / Submitted by Allan Wanick Motta (allan_wanick@hotmail.com) on 2010-04-15T13:27:21Z No. of bitstreams: 1 2009_RitadeCassiaPereiraCarvalho.pdf: 2361769 bytes, checksum: ee31b12b9ddcc84d89f8251635fde1d1 (MD5) / Approved for entry into archive by Daniel Ribeiro(daniel@bce.unb.br) on 2010-05-05T19:12:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2009_RitadeCassiaPereiraCarvalho.pdf: 2361769 bytes, checksum: ee31b12b9ddcc84d89f8251635fde1d1 (MD5) / Made available in DSpace on 2010-05-05T19:12:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2009_RitadeCassiaPereiraCarvalho.pdf: 2361769 bytes, checksum: ee31b12b9ddcc84d89f8251635fde1d1 (MD5) Previous issue date: 2009-04 / O tomateiro é uma das hortaliças mais importantes no Brasil tanto em área cultivada como pela importância sócio-econômica, entretanto o seu cultivo no país e no mundo tem sido severamente afetado por espécies de Begomovirus (família Geminiviridae). Estes vírus são transmitidos eficientemente pela mosca-branca (Bemisia tabaci), importante insetopraga, responsável por perdas quantitativas e qualitativas nesta cultura. Espécies de Begomovirus podem apresentar o genoma constituído por um ou dois componentes genômicos (DNA-A e DNA-B), sendo denominados monopartidos e bipartidos respectivamente. A maioria das espécies do complexo viral conhecido como Tomato yellow leaf curl disease (TYLCD) apresenta genoma monopartido, entretanto, espécies relatadas no Brasil são de begomovírus bipartidos, cuja incidência e severidade foram significativamente ampliadas com a introdução no país do biótipo B de B. tabaci, que contribuiu também para o aumento da diversidade de espécies destes vírus no país. Devido a essa grande diversidade de espécies virais, aliada à desvantagens de controle químico do vetor, a melhor opção para o controle de begomovírus vem sendo o emprego de cultivares resistentes ao vírus e/ou ao vetor. Programas de melhoramento tem se baseado na introgressão de genes de resistência presentes em espécies silvestres de Solanum para a espécie cultivada S. lycopersicum. Recentemente foi identificada no Brasil (Embrapa Hortaliças) uma fonte de resistência recessiva monogênica (gene tcm-1) na linhagem de tomate TX-468-RG de S. lycopersicum, derivada do híbrido Tyking, frente à begomovírus monopartidos e bipartidos. Esta resistência se caracteriza pela ausência de sintomas de infecções virais e limitação da acumulação sistêmica de vírus nos tecidos infectados. TX-468-RG constitui uma fonte promissora para programas de melhoramento, no entanto, marcadores moleculares para esse gene ainda não estão disponíveis limitando a incorporação deste locus tcm-1 em linhagens de tomateiro via melhoramento assistido. Neste contexto, este trabalho visou aprofundar a caracterização da resistência presente em TX-468-RG. Inicialmente, avaliou-se o comportamento de cinco híbridos comerciais de tomate para indústria, amplamente cultivados no Brasil Central, e do híbrido HEI-036 (contendo o gene Ty-1 em heterozigose) em diferentes épocas de infecção por Tomato severe rugose virus (ToSRV). Diferenças significativas para a maioria dos componentes analisados foram detectadas entre grupos contrastantes de inoculação. O híbrido HEI-036 mostrou-se promissor exibindo resistência ao ToSRV, além de alto potencial produtivo. Observou-se também que plantas expostas a pressões elevadas de moscas-brancas virulíferas até os 36 dias após semeadura apresentaram perdas severas de produtividade, podendo esse dano ser atenuado via utilização de técnicas adequadas de manejo em combinação com a adoção de cultivares com resistência genética (ex. gene Ty-1) (Capítulo 2). No Capítulo 3, acessos de Solanum (seção Lycopersicon) foram avaliados em busca de resistência simultânea a begomovírus e nematóides, dois dos principais grupos de patógenos que causam prejuízo `a cultura do tomateiro. Considerando que genes de resistência a begomovírus podem estar ligados em repulsão com o gene que confere resistência a Meloidogyne spp., buscou-se obter resistência simultânea a esses patógenos. O begomovírus bipartido Tomato rugose mosaic virus, ToRMV, os monopartidos Tomato yellow leaf curl virus, TYLCV e Tomato yellow leaf curl Sardinia virus, TYLCSV, bem como as espécies Meloidogyne incognita e M. javanica foram usados na avaliação de resistência. Alguns acessos combinaram alto nível de resistência a begomovírus e também a nematóides. Para begomovírus, observou-se uma diversidade de fatores de resistência mediando a reação dos acessos testados frente à infecção de begomovírus bipartidos e monopartidos no gênero Solanum (Seção Lycopersicon). Neste trabalho, fontes de resistência à mosca-branca também foram avaliadas usando como critério de seleção a redução do número de ovos e pupas presentes em amostras foliares. O acesso LA 716 apresentou elevados níveis de resistência à mosca-branca (Capítulo 4). Aspectos epidemiológicos e possíveis mecanismos envolvidos na infecção por begomovírus foram avaliados estudando o efeito de uma linhagem resistente de tomate na dispersão do vírus pelo vetor e na translocação viral nos tecidos infectados de plantas resistentes. Estudos foram conduzidos com a linhagem TX- 468-RG, resistente a begomovírus monopartidos e bipartidos. A resistência de TX-468- RG a Tomato yellow leaf curl virus-Israel (TYLCV-IL) resultou na restrição da acumulação viral, inclusive em condições de fluxo contínuo de vírus, bem como resultou na redução da dispersão primária e secundária do vírus. Os resultados permitem concluir que a incorporação e o uso desta fonte de resistência poderão ter impactos epidemiológicos positivos no manejo das espécies virais limitando a dispersão dos vírus em condições de campo (Capítulo 5). Como TX-468-RG também demonstrou ser resistente a espécies de begomovírus bipartidos devido a não manifestação de sintomas e redução da acumulação viral, o mesmo impacto epidemiológico é esperado no manejo de begomovírus bipartidos empregando-se essa fonte de resistência. Para determinar se o (s) mesmo (s) fator (es) genético (s) presente em TX-468-RG controla (m) resistência à espécies de Begomovirus monopartidos e bipartidos, avaliaram-se famílias F2:3 frente ao TYLCV-IL. Os resultados confirmaram uma herança monogênica recessiva mediando a resistência a monopartidos, e esses dados serão posteriormente, comparados com a avaliação das mesmas famílias F2:3 frente a begomovírus bipartidos, que será realizada no Brasil sob condições controladas (Capítulo 6). O Capítulo 7 apresenta os dados sobre a identificação de marcadores do tipo RAPD associados com resistência a begomovírus bipartido encontrada na linhagem TX- 468-RG (locus tcm-1). Foram testados 520 primers da OPERON nos parentais suscetível e resistente e na população segregante F2 proveniente do cruzamento Ohio 8245 x TX-468-RG. Após avaliações sucessivas desse conjunto de primers, sete marcadores RAPD foram identificados ligados em associação e em repulsão com a região genômica contendo locus tcm-1. A informação de sequências destes amplicons RAPD poderá ser utilizada na síntese de primers para convertê-los em outra classe de marcadores mais estáveis (SCARs) para serem utilizados em uma plataforma de seleção assistida visando monitorar a incorporação da resistência derivada de TX-468-RG em linhagens elite de tomate. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Tomato represents of one of the most an important horticultural crops cultivated in Brazil. This crop has been drastically affected by Begomovirus (family Geminiviridae) infection. These viruses are efficiently transmitted by the whiteflys (Bemisia tabaci) causing severe damages to the crop. The Begomovirus comprises viruses with a circular ssDNA genome, and could be divided in monopartite and bipartite species according to their genome composition (DNA-A and/or DNA-B). The Tomato yellow leaf curl disease (TYLCD) complex comprises several species of monopartite begomoviruses and Tomato yellow leaf curl virus (TYLCV) is considered the prevalent and the most severe begomovirus species in tomatoes growing areas. In Brazil, so far, only bipartite begomoviruses have been reported. Their incidence and severity in the country has drastically increased after the introduction of the biotype B of B. tabaci. This new vector also contributed for increasing diversity of begomovirus species. Due to begomovirus diversity and the difficulties to control their vector, breeding strategies aiming to introgress resistance to begomoviruses from wild species of Solanum to cultivated S. lycopersicum has been considered the best control measure. Recently, a recessive resistance to monopartite and bipartite begomoviruses found in the Brazilian line TX-468-RG conferred by the tcm-1 gene derived from the hybrid Tyking was identified. This resistance is characterized by absence of symptoms and restriction of virus accumulation in infected tissues. Therefore, TX-468-RG represents an important source of begomovirus resistance. However, no molecular markers are available to be used in assisted breeding for introgression of the tcm-1 locus into elite tomato lines. In this context, this work aimed to further characterize the resistance present in the line TX-468-RG comparing this gene with other resistance genes available in commercial lines of tomato. Firstly, the performance of five commercial hybrids for tomato processing largely cultivated in Central Brazil and the hybrid HEI-036 (harboring the Ty-1 gene) were compared at different times of infection by Tomato severe rugose virus (ToSRV) before and after transplanting to the field. Significant differences in all agronomical parameters analyzed were observed among the materials. The hybrid HEI- 036 demonstrated the best performance showing resistance to ToSRV, in addition, to high fruit yield. The plants exposed to high population of viruliferous whiteflies until 36 days after sowing showed a drastic reduction in tomato production; however, a correct management by adopting cultivation measures and genetic resistance (eg. Ty-1 gene) could reduce these losses (Capítulo 2). In Chapter 3, Solanum accessions were evaluated for simultaneous resistance to begomoviruses and nematodes, considering that resistance genes to these two pathogen groups seem to be present in a repulsion-linkage phase. Monopartites (Tomato yellow leaf curl virus - TYLCV and Tomato yellow leaf curl Sardinia virus - TYLCSV) and bipartites (Tomato rugose mosaic virus- ToRMV) begomoviruses and Meloidogyne (M. incognita and M. javanica) species were employed for screening for simultaneous resistance. Few accessions combined high resistance levels to begomoviruses and nematodes. The performance of the accessions challenged with begomoviruses, indicated the possible existence of several host determinants driven the resistance to monopartite and bipartite begomoviruses in these accessions of Solanum (Section Lycopersicon) tested. In this work, resistance to the whiteflies were also assayed, based on reduction of the insect colonization (measured by the amount of eggs and pupae found in infested leafs). The accession LA 716 presented high levels of resistance to the whiteflies (Chapter 4). The effects on virus epidemiology and the possible mechanisms involved in virus resistance were studied by using the resistance line TX-468-RG harboring the tcm-1 gene. The resistance of TX-468-RG to the monopartite Tomato yellow leaf curl virus - Israel (TYLCV-IL) resulted in restriction of virus accumulation in infected tissues even under a constant virus supply (by grafting of infected tissues). Also, the use of this resistant line reduced primarily and secondary virus dispersion by the vector. These results suggest that the use of resistant lines could have a positive impact by reducing virus spread under field conditions. (Capítulo 5). Since TX-468-RG also showed resistance to bipartite begomoviruses, similar epidemiological impact could be expected by using this resistance line to control these viruses. Aiming to determine if the same genetic determinants are responsible for the resistance to monopartite and bipartite begomoviruses, F2:3 families derived from Ohio 8245 x TX-468-RG were challenged with TYLCV-IL. The results confirmed the recessive monogenic genetic control of this resistance and these results will be compared with the same experiments that will be performed in Brazil with the bipartite begomoviruses (Capítulo 6). The Chapter 7 presented the data obtained after evaluation of 520 primers (OPERON family) using a segregant F2 population originated from the crossing between Ohio 8245 and TX-468-RG. After a massive RAPD evaluation, a set of seven primers found in association or repulsion with the genomic region potentially hosting the loci of tcm-1 was selected. Further sequencing information of these amplicons, will allow the these conversion RAPD by markers to SCAR markers, which are much more stable and useful for introgressing the resistant determinants derived from TX-468-RG into elite tomato lines.
7

Produtividade e reação de progênies de maracujazeiro azedo a doenças em campo e casa de vegetação

Gonçalves, Isabella Maria Pereira 30 June 2011 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, 2011. / Submitted by Shayane Marques Zica (marquacizh@uol.com.br) on 2011-11-07T19:43:24Z No. of bitstreams: 1 2011_IsabelaMariaPereiraGonçalves.pdf: 1279713 bytes, checksum: 97ed9386f089d34b1a3bae6c5de5382f (MD5) / Approved for entry into archive by LUCIANA SETUBAL MARQUES DA SILVA(lucianasetubal@bce.unb.br) on 2011-11-16T15:49:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2011_IsabelaMariaPereiraGonçalves.pdf: 1279713 bytes, checksum: 97ed9386f089d34b1a3bae6c5de5382f (MD5) / Made available in DSpace on 2011-11-16T15:49:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2011_IsabelaMariaPereiraGonçalves.pdf: 1279713 bytes, checksum: 97ed9386f089d34b1a3bae6c5de5382f (MD5) / O maracujazeiro representa uma importante frutífera para o Brasil, tendo em vista a posição de destaque ocupada pelo país no que concerne a produção mundial de frutas. Entretanto, a expansão da cultura tem enfrentado problemas como a escassez de bons materiais e o manejo inadequado, que restringem o aumento da produção ao ocasionarem baixo rendimento e qualidade dos frutos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a produtividade e a reação de progênies de maracujazeiro azedo a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) e verrugose (Cladosporium sp.) em casa de vegetação; e à virose do endurecimento dos frutos (CABMV - Cowpea aphid-borne mosaic virus/PWV - Passion fruit woodiness virus) em campo. O experimento foi conduzido na Fazenda Água Limpa, Universidade de Brasília, tendo como delineamento experimental blocos casualizados com 26 tratamentos e quatro repetições, sendo a parcela útil constituída por oito plantas. As progênies avaliadas foram: YM FB200, YM FB100, MSCA, Rubi Gigante, Redondão, Roxo Australiano, PES 9, EC-3-0, ECL-7, BRS Gigante Amarelo, MAR20#12, MAR20#10, MAR20#41, MAR20#40, MAR20#24, MAR20#2005, MAR20#39, MAR20#1, MAR20#15, MAR20#44, MAR20#19, MAR20#06, MAR20#29, MAR20#34, MAR20#21 e MAR20#49. As variáveis analisadas após 56 colheitas foram: produtividade estimada (Kg/ha), massa média de frutos (g), número de frutos por hectare e coloração da casca (amarelo, rosa e roxo). Para avaliação da reação das progênies ao CABMV/PWV foram realizadas análises em folhas para determinação dos índices de severidade e incidência, no período de maio a agosto de 2009. No estudo da reação das progênies às doenças antracnose e verrugose, foram realizadas seis avaliações em folhas para determinação dos índices de severidade e incidência, no período de maio a agosto de 2010. A progênie MAR20#15 obteve a maior produtividade total estimada (32.762 kg/ha). O maior número de frutos por hectare foi observado em MAR20#49 (379.765 frutos/ha). A progênie MAR20#15 obteve a maior produtividade total estimada de frutos amarelos (29.757 kg/ha). O maior número de frutos dessa coloração por hectare foi verificado em MAR20#49 (356.708 frutos/ha). Avaliando-se a massa média dos frutos de acordo com o diâmetro equatorial e a cor, observou-se, entre aqueles classificados como 2A de coloração amarela, que as progênies MAR20#49 e YM FB100 destacaram-se das demais, com massa média de 226 g. Para os frutos classificados como 3A de coloração amarela, a maior massa média ocorreu em MAR20#06 (325 g). Com relação à reação das progênies ao CABMV/PWV, MAR20#40, MAR20#49 e YM FB100 foram consideradas suscetíveis. As demais foram consideradas moderadamente resistentes. No experimento de antracnose, todas as progênies foram classificadas como altamente suscetíveis às doenças. Na avaliação de severidade e incidência de verrugose, a maioria das progênies comportou-se como suscetível ou altamente suscetível. As progênies MAR20#39 B, MAR20#41 B, MAR20#39 A, YM FB200 A, YM FB200 C, MAR20#19 B, MAR20#19 A, MAR20#24, MSCA B, ECL-7 e MAR20#21 A comportaram-se como moderadamente resistentes. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / Passion fruit is an important culture in Brazil, in view of the prominent position occupied by the country concerning global fruit production, especially passion fruit. However, the expansion of the culture has faced problems such as shortage of good materials and inadequate management, which restrict the increase of production by causing low productivity and fruit quality. This study aimed to evaluate the productivity and reaction of sour passion fruit progenies to anthracnose (Colletotrichum gloeosporioides) and scab (Cladosporium sp.) under greenhouse conditions, and to CABMV - Cowpea aphid-borne mosaic virus/PWV - Passion fruit woodiness virus under field conditions. The experiment was developed at Fazenda Água Limpa, in University of Brasília, designed with randomized blocks containing 26 treatments and four replications, and useful portion consisting of eight plants. Sour passion fruit progenies evaluated were: YM FB200, YM FB100, MSCA, Rubi Gigante, Redondão, Roxo Australiano, PES 9, EC-3-0, ECL-7, BRS Gigante Amarelo, MAR20#12, MAR20#10, MAR20#41, MAR20#40, MAR20#24, MAR20#2005, MAR20#39, MAR20#01, MAR20#15, MAR20#44, MAR20#19, MAR20#06, MAR20#29, MAR20#34, MAR20#21 and MAR20#49. After 56 crops, variables analyzed were: estimated productivity (kg/ha), average fruit mass (g), number of fruits per hectare and peel color (yellow, pink and purple). To assess the progenies reaction to CABMV/PWV, leaves were analyzed between May and August 2009, to determine severity and incidence rates. To evaluate progenies reaction to scab and anthracnose, six evaluations were carried out on leaves to determine severity and incidence rates, between May and June 2010. Progeny MAR20#15 had the highest estimated total productivity (32.762 kg/ha). The largest number of fruits per hectare was observed in MAR20#49 (379.765 fruits/ha). Progeny MAR20#150 obtained the highest estimated productivity for yellow fruits (29.757 kg/ha). The greatest fruit number per hectare for that color was observed in progeny MAR20#49 (356.708 fruits/ha). Evaluating average fruit mass according to equatorial diameter and color, among yellow fruits classified as 2A, MAR20#49 and YM FB100 differed from the others, with average mass of 226 g. Among yellow fruits classified as 3A, the largest average mass was observed in MAR20#06 (325 g). Regarding reaction of passion fruit progenies to CABMV/PWV, MAR20#40, MAR20#49 and YM FB100 were classified as susceptible to that disease. All other progenies were moderately resistant. In evaluation of reaction to anthracnose, all progenies were classified as highly susceptible. Assessing severity and incidence of scab, most progenies were classified as susceptible or highly susceptible. Progenies MAR20#39B, MAR20#41 B, MAR20#39 A, YM FB200 A, YM FB200 C, MAR20#19 B, MAR20#19 A, MAR20#24, MSCA B, ECL-7 e MAR20#21 A were classified as moderately resistant.
8

Modelling propagule effects in bean white mould epidemics / Modelagem do efeito dos propágulos em epidemias de mofo-branco do feijoeiro

Geraldine, Alaerson Maia 06 November 2015 (has links)
Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia, 2015. / Submitted by Patrícia Nunes da Silva (patricia@bce.unb.br) on 2016-02-05T13:05:53Z No. of bitstreams: 1 2015_AlaersonMaiaGeraldine_Parcial.pdf: 11895274 bytes, checksum: 0a59c54f104d2e95f8af0824dd15d853 (MD5) / Approved for entry into archive by Guimaraes Jacqueline(jacqueline.guimaraes@bce.unb.br) on 2016-02-05T13:52:50Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2015_AlaersonMaiaGeraldine_Parcial.pdf: 11895274 bytes, checksum: 0a59c54f104d2e95f8af0824dd15d853 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-02-05T13:52:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2015_AlaersonMaiaGeraldine_Parcial.pdf: 11895274 bytes, checksum: 0a59c54f104d2e95f8af0824dd15d853 (MD5) / Apesar do grande número de estudos sobre doenças causadas por Sclerotiniasclerotiorum, os processos componentes do ciclo das doenças nos diferentes hospedeiros são quase sempre estudados independentemente. O ciclo das doenças causadas por Sclerotiniaé bastante complexo, e pode ser dividido em quatro fases, correspondendo a estruturas típicas do ciclo de vida do patógeno. Essas fases correspondem à formação e função biológica de quatro tipos de propágulos: (1) escleródios, (2) apotécios e ascósporos, (3) pétalas infectadas, e (4) hifas infecciosas. Um etográfico serve para sintetizar o conhecimento relevante sobre a epidemiologia de uma doença. No primeiro capítulo, versões sucessivas de um etográfico são usadas para discutir a fenomenologia do mofo-branco do feijoeiro, enfatizando as relações entre propágulos de S. sclerotiorum, os sucessivos estágios da doença e os estágios de desenvolvimento do hospedeiro. O etográfico descreve a fenomenologia do mofo-branco do feijoeiro através do exame dos vários estágios do ciclo da doença em maior detalhamento do que geralmente é apresentado, e leva em consideração a concatenação de eventos pertinente ao ciclo. O método é útil em identificar os estágios-chave do ciclo e em explicitar as relações entre os estágios da doença, os quatro tipos de propágulos e os fatores que afetam seus respectivos processos de infecção. A abordagem também é útil como primeiro passo para modelagem quantitativa do mofo-branco do feijoeiro. No capítulo 2, foram analisados os estágios sucessivos (fases das epidemias), bem como seus processos de regulação e fatores envolvidos. Foram estudadas epidemias em lavouras de feijão, em condições ambientais naturais prevalecentes no período de inverno no Brasil Central. Os conjuntos de epidemias experimentais objetivaram promover uma série de epidemias de mofo branco. Cinquenta e sete epidemias, representando uma grande variação em níveis de severidade e formas de progresso da doença foram monitorados com atenção específica para os quatro tipos de propágulos considerados. As epidemias foram analisadas por diferentes técnicas estatísticas e três grupos (A, B e C) de epidemias foram identificados. O Grupo A inclui epidemias de lento estabelecimento, desenvolvidas em uma baixa taxa de infecção e levaram a incidências e severidades finais muito baixas. As epidemias no Grupo C tiveram um início precoce, progrediram muito rapidamente com uma taxa de infecção inicialmente elevada, seguida de estabilização. As epidemias no Grupo B apresentaram um comportamento intermediário, inicialmente com baixa taxa de progresso da doença, seguido por um forte aumento da taxa de infecção da folhagem em fases posteriores. Supõe-se que a infeção planta-a-planta (infecção secundária) ocorre raramente em epidemias do grupo A devido menor frequência de contatos efetivos, resultando em um pequeno número de lesões na folhagem e baixa incidência de plantas doentes (média de 12% de incidência). Por outro lado, presume-se que, em epidemias do Grupo C, infecções planta-a-planta ocorrem com frequência, devido maior frequência de contatos efetivos, que conduz a um número muito maior de lesões e maior incidência de plantas doentes (média de 81% de plantas doentes). Portanto, mesmo considerando a relevância do inóculo primário na forma de escleródios e a subsequente formação de apotécios, o papel das infecções subsequentes por outros propágulos em epidemias de mofo-branco deve ser levado em conta. No capítulo 3 é descrita a estrutura de um modelo de epidemias de mofo-branco em feijão que enfatiza os sucessivos tipos de propágulos do patógeno e sua interação com plantas hospedeiras. Um etográfico descrevendo o ciclo de infecção em feijão mofo-branco foi desenvolvido utilizando símbolos e conceitos desenvolvidos para análise de sistemas. Em seguida um modelo simplificado foi construído utilizando o programa STELLA® 10,6 (Isee system, EUA). Em seguida, oito parâmetros do modelo foram ajustados para variar em quatro níveis. Análises de sensibilidade e métodos estatísticos foram então conduzidos a fim de identificar lacunas, quais parâmetros mais contribuem para variabilidade dos resultados e quais parâmetros são altamente correlacionados com as saídas do modelo. A análise de sensibilidade do sub-modelo de germinação de escleródios mostrou que mudanças na taxa relativa de escleródios germinados (RRGSC) causou variação na área abaixo da curva de progresso da doença (AUDPC), que foram menores do que os causados pela variação no número de inicial de escleródios (SC). A análise de sensibilidade do sub-modelo de infecção de flor mostrou que alterações nos valores da taxa relativa de senescência floral (RRFS) causou menor variação na AUDPC do que mudanças na taxa relativa de infecção floral (RRFI). No terceiro sub-modelo de simulação de infecção da folhagem de feijão, a taxa relativa de infecção primária na folhagem (RRP) teve o mais forte efeito sobre os valores AUDPC. Diferentes análises (análise de variância e análise de componentes principais) indicam que SC, RRGS, RRFI, RRP e RRS foram os parâmetros mais importantes do modelo de simulação de epidemias de mofo-branco. Três grupos de epidemias foram estabelecidas utilizando os resultados do modelo (valores de AUDPC) como um critério para a formação de grupos. Como resultados, os três grupos de epidemias foram confirmados pela análise de discriminante envolvendo uma combinação de parâmetros do modelo de simulação mofo branco. Claramente, o patossistemaPhaseolusvulgaris - Sclerotiniasclerotiorum é muito mais complexo do que o modelo teórico geral para doenças "de juros simples", mesmo que a quantidade de inóculo inicial (na forma de propágulo 1, escleródios) permaneça como um dos mais importantes parâmetros, como mostrado por análise de sensibilidade. / Despite the large number of studies on Sclerotiniadiseases on several hosts, the processes composing disease cycles are almost always studied separately.The cycle of Sclerotiniadiseases is complex, and can be divided in four broad phases, corresponding to typical structures of the pathogen life cycle. These phases correspond to the formation and the biological functions of four different types of propagules: (1) sclerotia, (2) apothecia and ascospores, (3) infected petals, and (4) infectious hyphae. An ethograph graphically synthesizes knowledge relevant to epidemiology of a disease. In the first chapter, successive versions of an ethograph are used to discuss the phenomenology of the bean white mould cycle and to highlight relationships among S. sclerotiorum propagules, successive stages of the disease and bean developmental stages. The ethograph describe the phenomenology of bean white mould through the examination of the several stages of the disease cycle in more detail than it is usually attempted and taking into account the concatenation of events. The method is useful to identify key stages and to explicit the relationships among disease stages of the disease cycle, the four types of propagules, and the factors that affect their respective processes of infection. It constitutes an initial step to for the development of a quantitative, simulation model. In Chapter 2 we analysed these successive stage (phases), as well as their regulating processes and factors. Sets of experimental epidemics were created in bean fields under natural environmental conditions prevailing in the winter season in Central Brazil. The sets of experimental epidemics aimed to promote a range of white mould epidemics. Fifty-seven epidemics, representing a wide variation in severity levels and in disease progress shapes, were monitored, with specific attention paid to the four considered propagule types. Epidemics were analysed by different statistical techniques and three groups (A, B, or C) of epidemics were distinguished. Group A includes epidemics which were slow to establish, developed at a low rate, and led to very low terminal incidence and severity. Epidemics in Group C had an earlier onset, progressed very rapidly with an initially high rate of increase, followed by stabilization. Epidemics in Group B displayed an intermediate behaviour, with an initially low rate of disease increase, followed by a strong increase of the rate of foliage infection at later stages. It is assumed that plant-to-plant spread (secondary infection) occurs rarely in Group A epidemics because of the lower frequency of effective contacts, resulting into a small number of lesions on the foliage and low incidence of diseased plants (average 0.12% of incidence). By contrast, it is assumed that, in epidemics of Group C, plant-to-plant spread occurs frequently, because of the higher frequency of effective contacts, leading to a much higher number of lesions and higher incidence of diseased plants (average 0.81% of incidence). Therefore, even if the primary inoculum in the form of sclerotia and the subsequent formation of apothecia are, in part, relevant, the role of subsequent infections by other propagules on white mould epidemics must be taken into account. In chapter 3 we described the structure of a model for bean white mould epidemics that emphasizes on the successive types of pathogen propagules and their interaction with host plants. An ethograph describing the infection cycle in bean white mould was developed using symbols and concepts developed for system analysis and a simplified model was built using the STELLA® 10.6 programme (Isee systems, USA). Next, eight model parameters were set to vary in four levels for model evaluation. Sensitivity analyses and statistical methods were then conducted in order to identify gaps, which inputs contribute most to output variability and which parameters are most highly correlated with the outputs. Sensitivity analysis of the sclerotia germination sub-model showed that changes in the relative rate of germinated sclerotia (RRGSC) caused variation in the area under disease progress curve (AUDPC) that were smaller than those caused by variation in the parameter initial number of sclerotia (SC). Sensitivity analysis of the flower infection sub-model showed that changes in values of the relative rate of flower senescence (RRFS) caused narrower AUDPC variation than changes in the relative rate of flower infection, RRFI. In the third sub-model simulating infection of bean foliage, the relative rate of primary infection on foliage, RRP, had the strongest effect on AUDPC values. Different analyses (analyses of variance and principal component analysis) indicate that SC, RRGS, RRFI, RRP and RRS were the most important parameters of the white mould epidemic simulation model. Three epidemics groups were established using the outputs of the model (AUDPC values) as a criterion for group formation. As a result three epidemic groups were defined by discriminant analysis involving a combination of parameters of the white mould simulation model. Clearly, the bean (Phaseolus vulgaris) - Sclerotiniasclerotiorumpathosystem is much more complex than the theoretical general “simple interest” diseases model, even if the amount of initial inoculum (in the form of propagule 1, sclerotia) remains as one of the most important parameters, as shown by sensitivity analysis.
9

Viruses of phytopathogens: adaptation and modulation of pathogenesis in Ralstonia spp. and Alternaria alternata / Vírus de fitopatógenos: adaptação e modulação da patogênese em Ralstonia spp. e Alternaria alternata

Xavier, André da Silva 31 August 2016 (has links)
Submitted by Marco Antônio de Ramos Chagas (mchagas@ufv.br) on 2017-06-22T17:53:29Z No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 4424231 bytes, checksum: 751c03b840d885ffe4706122e3be0086 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-06-22T17:53:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1 texto completo.pdf: 4424231 bytes, checksum: 751c03b840d885ffe4706122e3be0086 (MD5) Previous issue date: 2016-08-31 / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais / Viruses of phytophatogens are present in the most diverse groups of hosts, infecting from Spiroplasma to nematode and playing an important role in the ecology of these hosts. Because of the potential as biological control agents, the discoveries about these viruses have increased which encourages the ecological management of plant diseases. In this context, this study aimed: isolate and characterize viruses that infect plant pathogenic fungi (1) and Ralstonia spp. in the Americas (2) and investigate antiviral defense mechanisms in Ralstonia spp. (3). In this thesis, three viruses were characterized at biological and molecular level. Two viruses infect bacteria, Ralstonia spp. and the third infect a fungus, Alternaria alternata. The bacterial virus displayed two propagation modes: pseudolysogenic for the RsIBR1 inovirus (Inoviridae) and lytic for the phiAP1 phikmvvirus (Podoviridae). RsIBR1 has been shown to dramatically change the phenotype of the host, while not causing cell lysis, converting the phytopathogenic R. pseudosolanacearum into a commensal bacterium. PhiAP1 was characterized as a new member of the genus Phikmvvirus, and the presence of exolisinas, in addition to the bactericidal properties and EPS degradation make this virus attractive for future proposals of the bacterial wilt management. In A. alternata, it was characterized Alternaria alternata parititivirus 1 (AtPV1), a new divergent mycovirus related to genus Gammapartitivirus. Its persistent lifestyle prevented to dissect completely the interaction, because in the absence of isogenic lineage, it is unclear whether the viral infection led to a conversion of a pathogen in a epiphytic or still if is responsible for controlling phenotypic plasticity expressed by the host. The presence of canonical CRISPR loci in Ralstonia spp. isolates suggested that, in these hosts, this system could compose the antiviral defense arsenal. However, here was demonstrated that in R. solanacearum, the CRISPR-Cas system is unable to acquire new spacers or interfere with foreign DNA, even in a state of priming. The expression of the Cas genes was not detected; indicating that Cas operon apparently is a suppressed transcriptional unit. Two genes h-ns, expressed in R. solanacearum CFBP2957 are candidates to the putative transcriptional repression of CRISPR. The BIMs (Bacteriophages Insensitive Mutants) who escaped of infection by an alternative strategy to the CRISPR, were less competent, but still permissive to viral adsorption, and were able to survive under high inoculum pressure, which excludes the presence of abortive systems. Viral replication was also not detected and sequencing of two BIMs genome revealed the presence of particular mutations in genes encoding components of the secretory and motility pathways (such as Type II and Type IV), potentially involved in the antiviral resistance. Additional analyzes are being conducted to characterize in detail this defense strategy. In conclusion, the discovery and characterization of viruses infecting phytopathogens in Brazil expand the information on this diversity, little known in America, exposes the biotechnological potential of these natural enemies and reveals the important role of these viruses in the modulation and evolutionary course of their hosts / Vírus que infectam fitopatógenos são encontrados nos mais diversificados grupos de hospedeiros, infectando desde spiroplasmas a nematóides e desempenhando papel relevante na ecologia desses hospedeiros. Graças ao potencial como agentes de controle biológico, as descobertas sobre esses vírus tem aumentado o que amplia as perspectivas do manejo ecológico de doenças de plantas. Neste contexto, este trabalho objetivou: Isolar e caracterizar vírus que infectam fungos fitopatogênicos (1) e os que infectam Ralstonia spp. no continente americano (2) e Investigar mecanismos de defesa antiviral in Ralstonia spp (3). Nesse trabalho, três vírus foram caracterizados a nível biológico e molecular. Dois deles infectam bactérias do complexo Ralstonia spp. e o terceiro infecta um fungo, Alternaria alternata. Os virus de bacterias isolados possuem dois modos de propagação distintos: pseudolisogênico, o inovírus RsIBR1 (Inoviridae) e lítico, o phikmvvirus phiAP1 (Podoviridae). RsIBR1 demonstrou ser capaz de alterar drasticamente o fenótipo do hospedeiro, convertendo a bactéria fitopatogênica R. pseudosolanacearum em uma comensal. PhiAP1 foi caracterizado como um novo membro do gênero Phikmvvirus, e a presença de exolisinas em adição as propriedades bactericida e de degradação de EPS o tornam atrativo para futuras propostas de manejo da murcha-bacteriana. Em A. alternata, foi caracterizado o Alternaria alternata parititivirus 1 (AtPV1), um novo micovírus divergente, relacionado ao gênero Gammapartitivirus. Seu estilo de vida persistente impediu dissecar por completo a interação, pois na ausência da linhagem isogênica, não foi possível confirmar se a infecção viral conduziu a uma conversão de um patógeno em um epifítico ou ainda se é responsável pelo controle da plasticidade fenotípica manifestada pelo hospedeiro. A presença de loci CRISPR canônicos entre isolados de Ralstonia spp. sugeriu que nesses hospedeiros esse sistema pudesse compor o arsenal de defesa antiviral. No entanto, aqui foi demonstrado que em R. solanacearum, o sistema CRISPR é incapaz de adquirir novos spacers ou interferir com DNA invasor, mesmo em estado de priming. A expressão dos genes Cas não foi detectada, indicando que o operon Cas aparentemente é uma unidade transcricional reprimida. Dois genes h-ns, expressos em R. solanacearum CFBP2957 são candidatos na execução da provável repressão do CRISPR. Foram obtidos BIMs (Bacteriophages Insensitive Mutants) que escaparam da infecção por uma estratégia alternativa ao CRISPR. Os BIMs foram menos competentes, mas ainda permissivos a adsorção viral, e foram hábeis para sobreviver sob alta pressão de inóculo, o que exclui a presença de sistemas abortivos. A replicação viral também não foi detectada e o sequenciamento do genoma de dois BIMs revelou a presença de algumas mutações em genes que codificam proteínas componentes das maquinarias de secreção e motilidade bacteriana (Tipo II e Tipo IV), potencialmente envolvidas com o fenótipo da resistência. Análises adicionais estão sendo conduzidas para caracterizar em detalhes essa(s) estratégia(s) de defesa. Em conclusão, a descoberta e caracterização de vírus que infectam fitopatógenos no Brasil, além de ampliar as informações sobre essa diversidade, pouco conhecida na América, expõe o potencial biotecnológico desses inimigos naturais e revela o papel relevante desses vírus na modulação e curso evolutivo dos seus hospedeiros.
10

Caracterização de uma nova espécie de Potyvirus infectando mandioquinha-salsa

Orílio, Anelise Franco January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2007. / Submitted by Ruthléa Nascimento (ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-10-05T16:20:07Z No. of bitstreams: 1 Dissert_Anelise Orilio.pdf: 2146597 bytes, checksum: 218ace7315aad0f1ee3fc2b4fd23b756 (MD5) / Approved for entry into archive by Ruthléa Nascimento(ruthleanascimento@bce.unb.br) on 2015-10-05T16:20:31Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissert_Anelise Orilio.pdf: 2146597 bytes, checksum: 218ace7315aad0f1ee3fc2b4fd23b756 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-10-05T16:20:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissert_Anelise Orilio.pdf: 2146597 bytes, checksum: 218ace7315aad0f1ee3fc2b4fd23b756 (MD5) / A mandioquinha-salsa é uma planta propagada vegetativamente e durante o seu cultivo sucessivo pode ocorrer o acúmulo de patógenos de infecção sistêmica como vírus, resultando em decréscimo da produção. No Brasil, é comum observar plantas de mandioquinha-salsa apresentando sintomas de mosaico, mosqueamento e deformação foliar, semelhantes a infecção por vírus. Evidências de ocorrência de vírus infectando esta cultura já foram relatadas, porém nenhum estudo de identificação e caracterização havia sido realizado. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar biológica, sorológica e molecularmente um vírus isolado de mandioquinha-salsa e desenvolver técnicas para a sua detecção. Um isolado de vírus foi obtido a partir de mandioquinha-salsa coletada para estudo de micropropagação, denominado isolado C17, e que foi selecionado para a caracterização. Este vírus causa em Nicotiana benthamiana, hospedeiro usado para manutenção, sintoma de deformação foliar, bolhosidades e mosaico. O isolamento biológico foi realizado a partir do extrato da planta original de mandioquinha-salsa infectada em Chenopodium quinoa. Este isolado apresentou círculo de hospedeiros restrito e foi transmitido por afídeos de maneira não persistente. Partículas virais foram purificadas e análise ao microscópio eletrônico revelou partículas alongadas e flexuosas, típicas de espécies de Potyvirus. Em gel de poliacrilamida, a capa protéica apresentou uma proteína com peso molecular de aproximadamente 33 kDa, que em teste de Western blotting foi reconhecida especificamente pelo anti-soro policlonal produzido contra a proteína da capa do isolado C17. O anti-soro produzido em coelho a partir de partículas purificadas apresentou alta especificidade e sensibilidade. Amostras de campo do banco ativo de germoplasma de mandioquinha-salsa da Embrapa Hortaliças foram avaliadas por ELISA. A detecção foi positiva em 93 % das amostras, demonstrando a grande aplicabilidade do antisoro em testes diagnósticos de amostras do campo. A porção 3´ terminal do genoma do vírus (1,7 kb) foi clonada por RT- PCR e sequenciada em sequenciador automático. A análise da seqüência nucleotídica do fragmento clonado revelou uma fase aberta de leitura incompleta (sem o códon de iniciação) que codifica uma parte da proteína NIb (polimerase viral) e capa protéica (CP), seguida de uma região 3´ não traduzida (3’ UTR). A sequência nucleotídica da CP e da 3' UTR apresentou baixa porcentagem de identidade com seqüências de outros potyvírus depositados em bancos de dados públicos. A maior porcentagem de identidade nucleotídica da CP foi de 63 % para Araujia mosaic virus e da seqüência de aminoácidos foi de 60 % para Narcissus late season yellows virus (NLSYV). A análise filogenética confirmou o agrupamento do C17 com o NLSYV e sugeriu que estes podem ter evoluído de um ancestral em comum. De acordo com o critério molecular para demarcação de espécies de Potyvirus, 82 % e 76 % de identidade na comparação da seqüência de aminoácidos e nucleotídeos da CP, respectivamente, o isolado C17 de mandioquinha-salsa pode ser considerado como uma nova espécie de vírus pertencente ao gênero Potyvirus, e o nome Arracacha mottle virus é proposto. Com o intuito de desenvolver uma ferramenta de detecção mais sensível que a sorologia, primers específicos foram desenhados e avaliados. Um par de primers mostrou excelentes resultados de especificidade e sensibilidade, sendo recomendados para o uso em testes de detecção em situações de necessidade de alta sensibilidade. A seqüência da região 3’ terminal genômica deste vírus foi bastante distinta dos demais potyvírus, portanto a clonagem do genoma para sequenciamento completo foi realizada. Utilizou-se a estratégia de RT-PCR com primers desenhados em regiões conservadas do genoma dos potyvírus mais próximos. Um total de dez clones foram obtidos, o que corresponde a 90% do genoma do vírus. A seqüência nucleotídica destes clones estão sendo determinados por primer walking. Até o momento, 70 % da seqüência de nucleotídeos do genoma já foi determinada. Este é o primeiro relato de identificação e caracterização de vírus infectando mandioquinha-salsa no Brasil. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Arracacha plant is vegetatively propagated and during its continuous cultivation accumulation of systemic pathogens, such as viruses, can occur resulting in decreased production. In Brazil, it is common to observe arracacha plants with symptoms of mosaic, mottling and leaf deformation, similar to virus infection. Evidences of virus occurrence have been reported, but their identification and characterization were not carried out. The objective of this study was to characterize at the biological, serological and molecular level a virus isolated from arracacha, and to develop detection techniques. The virus isolate was obtained from an arracacha plant collected for micropropagation studies. This isolate was named C17, and selected for characterization. This virus caused in Nicotiana benthamiana plants, the maintenance host, symptoms of leaf deformation, blistering and mosaic. Biological isolation was conducted from the extract of the original arracacha plant inoculated in Chenopodium quinoa leaves. This isolate had a narrow host range and was transmitted by aphids in a non-persistent manner. Viral particles were purified and EM analysis revealed flexuous and filamentous particles, typical of Potyvirus species. A SDSPAGE revealed a coat protein of ca. 33 kDa, which was specifically recognized by the C17 polyclonal antiserum by Western blotting. This antiserum was produced in rabbits from purified particles, and was shown to be highly specificic and sensitive. Samples of the germplasm bank of arracacha of Embrapa Hortaliças were tested by ELISA. A total of 93% were positive for the presence of C17, demonstrating the applicability of this antiserum in diagnostic tests in field collected samples. The 3’ genomic portion of the virus genome (1,7 kb) was cloned by RT-PCR and sequenced in an automated sequencer. Nucleotide sequence analysis of the cloned fragment showed a partial ORF (without the start codon) encoding the 3’ portion of the NIb protein (viral polymerase), and the coat protein (CP), followed by a 3' untranslated region (3'UTR). The CP and 3’ UTR nucleotide sequence shared low identity with other potyvirus sequences in public databases. The highest nucleotide identity was 63 % with Araujia mosaic virus (ArjMV), while the highest amino acid identity (60 %) with Narcissus late season yellows virus (NLSYV). The phylogenetic analysis confirmed the clustering of C17 isolate with NLSYV and suggested that they may have evolved from a common ancestral. According to the species demarcation criterion for Potyvirus species (82% and 76% identity of CP amino acid and nucleotide sequence, respectively), C17 isolate can be considered as a novel virus belonging to the Potyvirus genus. The name Arracacha mottle virus is proposed. In order to develop a detection tool more sensitive than serology, specific primers were designed and evaluated for the use in RT-PCR. One primer pair showed excellent specificity and sensitivity results and is recommended for application in detection tests when high sensitivity is needed. The sequence of the 3' terminal end of this virus was quite different from other potyviruses, hence complete genome cloning was attempted. The strategy used was based on RT-PCR with primers designed towards conserved regions of the potyvirus genome. A total of ten partial clones were obtained, which corresponded to 90% of the viral genome. Inserts of these clones are being sequenced by primer walking. To date, 70% of the nucleotide sequence has already been determined. This is the first report of the identification and characterization of a virus infecting arracacha in Brazil.

Page generated in 1.5475 seconds