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Construção e crítica da teoria das ideias na filosofia de Platão: dos diálogos intermediários à primeira parte do ParmênidesSoares, Marcio January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Plato is known, above all, and among other aspects of his philosophy, for his ‘theory of Ideas’. This theory can be found in its best formulation in the dialogues of the intermediate phase of the philosopher's literary production, and the exponents are the Republic, Phaedo, Phaedrus, The Banquet and Timaeus. However, Parmenides, a dialogue that is in the threshold between the intermediate and the late phase in Plato´s work, presents serious criticism to the theory of Ideas, especially in its first part (127d6-135b4). The problem that is raised, starting from Parmenides, and that divides interpreters and scholars of Plato´s thoughts can be expressed in three questions: firstly, is the criticism, present in the first part of Parmenides, internal or external to the theory of Ideas? Secondly, is such criticism lethal to the theory of Ideas, by the way the latter is formulated in the intermediate dialogues? Finally, would Plato have or have not abandoned the theory of Ideas after Parmenides? In the present work, starting from a reconstruction and an analysis of the theory of Ideas in the intermediate dialogues, especially in Phaedo and in the Republic (first part of our text), we intend to demonstrate the fundamental theoretical principles that lie in the construction of such theory: the structure of the ‘one over many’, the principle of the ‘homonymy’, the ‘ontological dualism’ and the hypothesis of ‘participation’. In the second part of our text, we reconstruct and analyze, in full detail, the six critical objections appointed to the theory of Ideas in the first part of Parmenides. We intend to demonstrate, thus, that the criticism aims at exactly those four fundamental theoretical principles that lie in the basis of the construction of the theory of Ideas in the intermediate dialogues. Therefore, the scope of our work is the demonstration that the criticism to the theory of Ideas, present in the first part of Parmenides, is internal, as well as lethal, to the theory itself, according to its formulation in the intermediate dialogues. In that way, as we demonstrate that Plato is critical of himself in Parmenides (i. e., critical of his own theory of Ideas), a possibility of a substantial change in the platonic ontology of the dialogues written later to that dialogue is open, especially in the Sophist and in Philebus - we stress that the positive demonstration of a new platonic ontology in those subsequent dialogues to Parmenides won't be done in this work. Put another way, it is our hypothesis that Plato abandons the theory of Ideas just as it had been built in the intermediate dialogues (especially in Phaedo and in the Republic), due to the insoluble aporias that such theory holds, above all in relation to the hypothesis of ‘participation’ and to the ‘ontological dualism’, as the philosopher shows us in the first part of his dialogue Parmenides. / Platão é conhecido, sobretudo, entre outros aspectos de sua filosofia, pela sua ‘teoria das Ideias’. Tal teoria encontra-se, em sua melhor formulação, nos diálogos da fase intermediária da produção literária do Filósofo, sendo que os mais expoentes são: a República, o Fédon, o Fedro, o Banquete e o Timeu. Contudo, o Parmênides, diálogo que está no limiar entre as fases intermediária e tardia da obra de Platão, apresenta sérias críticas à teoria das Ideias, especialmente em sua primeira parte (127d6-135b4). O problema que se levanta, a partir do Parmênides, e que divide intérpretes e estudiosos do pensamento de Platão, pode ser expresso em três questões: primeiro, as críticas, presentes na primeira parte do Parmênides, são internas ou externas à teoria das Ideias? Segundo, tais críticas são letais à teoria das Ideias, tal como ela se encontra formulada nos diálogos intermediários? Por fim, Platão teria ou não abandonado a teoria das Ideias após o Parmênides? No presente trabalho, partindo de uma reconstrução e análise da teoria das Ideias nos diálogos intermediários, especialmente no Fédon e na República (primeira parte de nosso texto), pretendemos demonstrar os princípios teóricos fundamentais que jazem na base da construção de tal teoria, a saber: a estrutura do ‘um sobre o múltiplo’, o princípio da ‘homonímia’, o ‘dualismo ontológico’ e a hipótese da ‘participação’. Na segunda parte de nosso texto, reconstruímos e analisamos, detalhadamente, as seis objeções críticas apontadas à teoria das Ideias na primeira parte do Parmênides. Pretendemos demonstrar, assim, que as críticas almejam exatamente aqueles quatro princípios teóricos fundamentais, recém mencionados acima, presentes na base da construção da teoria das Ideias nos diálogos intermediários. Portanto, o escopo de nosso trabalho é a demonstração de que as críticas à teoria das Ideias, presentes na primeira parte do Parmênides, são internas à própria teoria, bem como letais à mesma, conforme sua formulação nos diálogos intermediários. Dessa forma, demonstrado que Platão é crítico de si mesmo no Parmênides (i. e., crítico de sua própria teoria das Ideias), abre-se a possibilidade de uma mudança substancial na ontologia platônica presente nos diálogos escritos posteriormente ao Parmênides, especialmente no Sofista e no Filebo – frisamos que a demonstração positiva de uma nova ontologia platônica, nesses diálogos posteriores ao Parmênides, não será feita neste trabalho. Dito de outra forma, é nossa hipótese que Platão abandona a teoria das Ideias tal como ela fora construída nos diálogos intermediários (especialmente no Fédon e na República), haja vista as aporias insolúveis que tal teoria comporta, sobretudo em relação à hipótese da ‘participação’ e ao ‘dualismo ontológico’, conforme o próprio Filósofo nos faz ver na primeira parte do seu diálogo Parmênides.
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A conversão do olhar: um estudo do ato estimativo estético segundo Agostinho de HiponaHinrichsen, Luís Evandro January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / Investigaremo il ato estimativo estetico, prendendo in considerazione l'educazione della ragione, i fondamenti antropologici e cognitivi di questa azione. Iniziativa localizzata nella integralità della vita dell'uomo, di carattere intenzionale là dove le facoltà dei sensi e della spiritualità sono pienamente integrate. La valutazione estetica collegasi alla della Vita Felice, argomento ricorrente nel pensiero di Aurélio Agostino, localizzasi nel tempo, invita l'essere umano, attraverso la contemplazione della bellezza, la integrazione con sè stesso, con il divino e con il cosmico. Nella classifica delle arti liberali, musica e poesia incontrano un luogo privilegiato, indicando l'importanza assegnata alle belle arti nella formazione della condizione umana. Per la contemplazione della bellezza, presente in tutte le regioni dell'universo, l'essere umano, unità corpo-anima, educa la ragione, l'occhio dell'anima, trovando riposo. Dall'amore al bello, in conseguenza, risulta all'essere umano, l'atteggiamento di cura verso sè stesso e verso la creazione della quale è il curatore. Educato per il giudizio estetico, l'uomo diventa, nel mondo e nel tempo, l'ermeneuta della bellezza. ita / Investigaremos o ato estimativo estético, considerando a educação da razão, explicitando os fundamentos antropológicos e gnosiológicos dessa ação, ação localizada na integralidade da vida do homem, de caráter intencional, onde as faculdades sensitivas e espirituais estão plenamente integradas. A estimação estética liga-se à busca da Vida Feliz, tema recorrente no pensamento de Aurélio Agostinho; situa-se no tempo, convida o ser humano, pela contemplação da beleza, à integração consigo mesmo, com o divino e com o cósmico. Na classificação das artes liberais, música e poesia encontram lugar privilegiado, indicando a importância atribuída às belas-artes na formação do humano. Pela contemplação da beleza, presente em todas as regiões do universo, o ser humano, unidade corpo-alma, educa a razão, olho da alma, encontrando repouso. Do amor ao Belo, em conseqüência, resulta ao ser humano atitude de cuidado para consigo mesmo e a criação, da qual é guardião. Educado pela estimação estética, o homem torna-se, no mundo e no tempo, hermeneuta da beleza.
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O mito de Zalmoxis e o sacerdócio de Sócrates : a cura no Cármides de PlatãoCoutinho, Carlos Luciano Silva 09 May 2013 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2013. / Submitted by Elna Araújo (elna@bce.unb.br) on 2013-11-20T21:14:26Z
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2013_CarlosLucianoSilvaCoutinho.pdf: 1049865 bytes, checksum: fb0e9b3bd8d5eabba5859e42e6a05987 (MD5) / O Cármides de Platão é um diálogo que opera com o princípio de cura do corpo e da psyché. Pretende-se, neste trabalho, demonstrar como o filósofo desloca esse processo, apresentado no mito trácio de Zalmoxis, para uma perspectiva filosófica. Nesse sentido, o agente de cura do mito trácio, o deus Zamoxis, é substituído pela psyché humana no diálogo. Com isso, buscou-se demosntrar como a katábasis mitológica e objetiva, um dos passos em busca da cura no mito trácio, é reinterpretada pelo filósofo para uma katábasis subjetiva, na medida em que ocorre na psyché humana. Assim, o que antes se dava pelo encantamento mágico, atribuído pelo mito trácio, é redimensionado por um encantamento filosófico: aqui chamado de sacerdócio de Sócrates. Com isso, buscou-se demonstrar como Platão, na figura de sua personagem Sócrates, estabelece um tipo de sacerdócio filosófico para repensar, reinterpretar e teorizar a cura e não negá-la enquanto uma crença mítica encantada. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / Plato’s Charmides is a dialogue which operates on the principle of healing the body and psyche. The aim of this study is to demonstrate how the philosopher moves this process, presented in the Thracian myth by Zalmoxis, to a philosophical perspective. In this sense, the healer in the Thracian myth, the god Zamoxis, is replaced by the human psyche in the dialogue. Thus, we sought to demonstrate how the mythological and objective katabasis, one of the steps in search of healing in the Thracian myth, is reinterpreted by the philosopher as a subjective katabasis, as it occurs in the human psyche. So, what once was given the magical incantation, assigned by the Thracian myth, is now resized by a philosophical enchantment: here called the priesthood of Socrates. Thus, we sought to demonstrate how Plato, in the figure of his character Socrates, establishes a kind of philosophical priesthood in order to rethink, reinterpret and theorize the cure and not deny it as a mythical enchancted belief.
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Entre sátiros e silenos: ou a dimensão trágica da filosofia no Banquete de PlatãoPAMPLONA, Matheus Jorge do Couto Abreu 01 June 2017 (has links)
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Previous issue date: 2017-06-01 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Procuraremos demonstrar como a atividade filosófica, ao ser definida negativamente no Banquete em função daquilo que ela não é e nem poderá ser, traz consigo um aspecto marcadamente trágico. Entretanto, se na tragédia ática o conflito trágico instituía-se principalmente a partir da diferença insuperável entre o humano e o divino, em Platão, ao contrário, tal conflito é de tal modo laicizado a ponto de concebermos, por meio de uma paideia filosófica, a possibilidade de vencer-se as vicissitudes do destino ou do que quer que transcenda as capacidades humanas. O fracasso desta tarefa sim, resulta fatalmente em tragédia. / This thesis aims at showing how philosophy, though negatively defined in the Symposium, brings with it a feature that is essentially tragic. Although in the athenian tragedy what we call tragic conflict was mainly set from the perspective of the difference between the human sphere and the divine, in Plato, on the contrary, such a conflict is so secularized that we can actually conceive through a philosophical process of education the possibility to overcome the contingencies of fate or whatever transcends human capacities. Otherwise, we may say that the failure of this task inevitably results in tragedy.
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Educação e Ascetismo Médico: as ofensivas a partir de Nietzsche. / Education and medical ascetism: offensive from NietzscheSILVA, Cleber Domingos Cunha da January 2010 (has links)
SILVA, Cleber Domingos Cunha da. Educação e ascetismo médico: as ofensivas a partir de Nietzsche. 2010. 271f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2010. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2012-07-04T13:49:15Z
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Previous issue date: 2010 / The aim of this study is to demonstrate that as the doctor answers (responds) to the expectations of society in his task of promoting health, both he and those who are entrusted to him, develop a practice that I call medical asceticism. What the research tries to investigate is the pursuit of a healthy body as an ideal. The research was developed from the analysis of present speeches in platonic texts and its reflections in contemporary medical statements. The theoretical dialogue of the thesis emphasized the Nietzsche’s approach to the truth and moral. The arguments presented are divided in three books: 1- Medical Asceticism: a search of the truth as an ideal; 2- Medical scientific truth and moral and 3- Prognoses and prescriptions. Among the considerations pointed by the thesis, we checked the intersection between the practices of information and medical advisories and the search of a healthy life. The cult of the healthy life seems to be linked to the cult of the medical scientific truth and to the production of adjusted and submissive subjectivities. The medical ascetic ideal, observed in the production and consumption of truths appears like a demonstration of a game of forces, a will that Nietzsche called will to power. / O objetivo desse estudo é demonstrar que, na medida em que o médico responde à expectativa da sociedade na sua tarefa de promover a saúde, tanto ele como aqueles que lhe são confiados desenvolvem uma prática que denomino de ascetismo médico. O que a pesquisa procura investigar é a busca do corpo saudável como um ideal. A pesquisa se desenvolveu a partir da análise de discursos presentes em textos platônicos e de suas ressonâncias nos enunciados médicos contemporâneos. O diálogo teórico da tese privilegiou a abordagem nietzschiana sobre a verdade e a moral. Os argumentos apresentados estão divididos em três livros: 1. Ascetismo médico: a busca da verdade como ideal; 2. Verdade médico-científica e moral e; 3. Prognósticos e prescrições. Entre as considerações apontadas pela tese, verificamos o entrecruzamento entre as práticas de informação e de aconselhamentos médicos e a busca de uma vida saudável. O culto à vida saudável aparece ligado ao culto à verdade médico-científica e à produção de subjetividades normalizadas e assujeitadas. O ideal ascético médico, verificado na produção e consumo de verdades, aparece como manifestação de um jogo de forças, de uma vontade que Nietzsche denominou de Vontade de Poder.
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