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With many voices and in many tongues: pseudotradução, autorrefração e profundidade cultural na ficção de J.R.R. Tolkien / With many voices and in many tongues: pseudotranslation, self-refraction and cultural depth in the works of J.R.R. TolkienLopes, Reinaldo José 15 October 2012 (has links)
O presente trabalho pretende demonstrar que a pseudotradução (compreendida como a apresentação de um texto ficcional original como se fosse uma tradução de um original que não existe) e a autorrefração (ou seja, a recriação, pelo próprio autor, de um texto seu em outro contexto, formato ou forma literária) são elementos centrais para a poderosa ilusão de profundidade cultural conjurada pela obra de J.R.R. Tolkien. Ao apresentar uma elaborada moldura metanarrativa, que postula a existência de manuscritos antigos, longas cadeias de transmissão e adaptação de textos e múltiplos idiomas nos quais essa transmissão se dá, Tolkien dá um passo crucial para aproximar sua obra das mitologias reais. / This dissertation aims to show that pseudotranslation (defined as the presentation of an original, fictional text as a translation of a foreign text that does not actually exist) and self-refraction (that is, the recreation, by the author himself, of one of his texts in a different cultural context, format or literary form) are key elements for the powerful illusion of cultural depth conjured up by the works of J.R.R. Tolkien. By presenting an elaborate metanarrative framework and postulating the existence of ancient manuscripts, long chains of cultural transmission and adaptation and multiple languages in which such transmission occurs, Tolkien takes a crucial step to bring his works to the same level of real mythologies.
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With many voices and in many tongues: pseudotradução, autorrefração e profundidade cultural na ficção de J.R.R. Tolkien / With many voices and in many tongues: pseudotranslation, self-refraction and cultural depth in the works of J.R.R. TolkienReinaldo José Lopes 15 October 2012 (has links)
O presente trabalho pretende demonstrar que a pseudotradução (compreendida como a apresentação de um texto ficcional original como se fosse uma tradução de um original que não existe) e a autorrefração (ou seja, a recriação, pelo próprio autor, de um texto seu em outro contexto, formato ou forma literária) são elementos centrais para a poderosa ilusão de profundidade cultural conjurada pela obra de J.R.R. Tolkien. Ao apresentar uma elaborada moldura metanarrativa, que postula a existência de manuscritos antigos, longas cadeias de transmissão e adaptação de textos e múltiplos idiomas nos quais essa transmissão se dá, Tolkien dá um passo crucial para aproximar sua obra das mitologias reais. / This dissertation aims to show that pseudotranslation (defined as the presentation of an original, fictional text as a translation of a foreign text that does not actually exist) and self-refraction (that is, the recreation, by the author himself, of one of his texts in a different cultural context, format or literary form) are key elements for the powerful illusion of cultural depth conjured up by the works of J.R.R. Tolkien. By presenting an elaborate metanarrative framework and postulating the existence of ancient manuscripts, long chains of cultural transmission and adaptation and multiple languages in which such transmission occurs, Tolkien takes a crucial step to bring his works to the same level of real mythologies.
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Pseudotradução, linguagem e fantasia em \'O Senhor dos Anéis\', de J. R. R. Tolkien / Pseudotranslation, language and fantasy in \'The Lord of the Rings\', by J.R.R. TolkienGonçalves, Dircilene Fernandes 16 August 2007 (has links)
Em mais de meio século desde a publicação do primeiro volume de O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, em 1954, a maioria das discussões sobre a construção ficcional tolkieniana tem se concentrado em sua fundamentação lingüística, ou seja, o fato, reafirmado diversas vezes pelo próprio Tolkien, de que a obra foi escrita para dar um mundo às línguas inventadas por ele. O ponto de partida desta pesquisa é a observação do trabalho lingüístico de Tolkien desde uma outra perspectiva: a da concepção da narrativa como tradução fictícia. Partindo de um estudo da pseudotradução dentro dos Estudos da Tradução, observamos como ela opera especificamente nessa obra, com o objetivo de demonstrar que ela é não só uma técnica, mas o princípio criativo da narrativa. Após analisarmos a ficção tradutória que serve como moldura para a narração dos eventos da estória, complementamos a pesquisa com um estudo da utilização da linguagem na construção da fantasia mitológica de Tolkien. Na somatória dessas duas operações, procuramos mostrar como o processo de encadeamento de uma ficção dentro de outra ficção é fundamental para a criação de uma obra no limiar da fantasia e da realidade. / Throughout more than half a century since the publication of the first volume of J. R. R. Tolkien\'s The Lord of the Rings, in 1954, most discussions on the composition of Tolkien\'s fiction have concentrated on the fact that it is a fundamentally linguistic work; namely, the fact, sustained many times by Tolkien himself, that the narrative was created to give a world to the languages invented by the author. The starting point of this research is the observation of such linguistic composition from another perspective: the conception of the narrative as a fictitious translation. Setting about from a study of pseudotranslation inside Translation Studies, we examine how it operates specifically in this work, aiming at demonstrating that it is not merely a narrative technique, but the very creative principle of the narration. After the analysis of the translational fiction, which functions as a frame for the rendering of the events in the story, we present a further study on the use of language in the construction of Tolkien\'s mythological fantasy. Summing up these two operations, we aim at showing how the interlacing process of one fiction into another is fundamental for the creation of a work that dwells on the threshold of fantasy and reality.
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O tradutor imaginário: pseudotradução, um encontro secular entre tradução e literatura / The imaginary translator: pseudotranslation, centuries of confluence of translation and literatureGonçalves, Dircilene Fernandes 19 October 2015 (has links)
A definição básica de pseudotradução é: um texto apresentado como tradução, mas que, na verdade, é um texto original. Nela, um tradutor imaginário afirma estar traduzindo uma obra inexistente: tanto tradutor como obra são produtos de ficção. Um recurso utilizado há muitos séculos de diversas maneiras e com diferentes motivações, ela é, muitas vezes, considerada farsa, fraude, falsificação ou mesmo mero gracejo narrativo sem grandes consequências. Entretanto, ao contrário do que essa visão simplória pode sugerir, ela tem estado presente em momentos importantes da história ocidental. Em sua relação com a literatura, a pseudotradução tem sido utilizada ao longo dos séculos como um poderoso recurso narrativo na composição de obras que concorreram para a transformação de sistemas culturais e literários. A partir da perspectiva do potencial criador e transformador da pseudotradução, este trabalho apresenta cinco obras produzidas em diferentes épocas da história ocidental, as quais, de alguma maneira, contribuíram para a dinâmica dos sistemas literários de suas épocas. Em todas elas, o fato de terem sido concebidas como pseudotraduções foi elemento fundamental e decisivo para seus efeitos. Cada uma dessas obras, distribuídas em períodos pontuais entre os séculos XII e XX, utilizou o recurso da pseudotradução de maneira diferente; todavia, todas elas promoveram transformações de paradigmas literários e questionamentos sobre questões humanas e sobre a própria ficção. São elas: The History of the Kings of Britain, de Geoffrey of Monmouth, século XII; Don Quijote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, século XVII; O castelo de Otranto, de Horace Walpole, século XVIII; O nome da rosa, de Umberto Eco, e o conto Tlön, Uqbar, Orbis Tertius, de Jorge Luis Borges, ambas produções do século XX. A observação dessas obras desde a perspectiva do uso da pseudotradução permite considerar a tradução além do processo de versão de uma língua para outra, como processo de escritura per se. / The basic definition of pseudotranslation is: a text introduced as a translation, but that is actually an original text. In this process, an imaginary translator claims to be translating a work that does not exist: both translator and work are products of fiction. A resource used for centuries in different ways and for various reasons, it has been frequently considered as sham, fraud, fakery, or even sheer witticism without serious consequences. However, instead of what this naïve view may suggest, it has been present in important moments of western history. As far as its connection to literature is concerned, pseudotranslation has been used along the centuries as a powerful narrative resource in the composition of works that contributed to the transformation of cultural and literary systems. From the perspective of the creative and transformative potential of pseudotranslation, this study introduces five works written in different periods of western history, which somehow contributed to the dynamics of the literary systems of their ages. In all of them, the fact of having been conceived as pseudotranslations was fundamental and decisive for their effects. Each of them, set on determinate periods between the 12th and the 20th centuries, applied the resource of pseudotranslation in a different way; even though, all of them fostered transformations in literary paradigms and questionings around human issues and around fiction itself. Such works are: The History of the Kings of Britain, by Geoffrey of Monmouth, 12th century; Don Quijote de la Mancha, by Miguel de Cervantes, 17th century; The Castle of Otranto, by Horace Walpole, 18th century; The Name of the Rose, by Umberto Eco, and the short story Tlön, Uqbar, Orbis Tertius, by Jorge Luis Borges, both written in the 20th century. Pondering these works from the perspective of their use of pseudotranslation makes it possible to consider translation beyond the process of turning texts from one language into another, as a creative writing process in itself.
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O tradutor imaginário: pseudotradução, um encontro secular entre tradução e literatura / The imaginary translator: pseudotranslation, centuries of confluence of translation and literatureDircilene Fernandes Gonçalves 19 October 2015 (has links)
A definição básica de pseudotradução é: um texto apresentado como tradução, mas que, na verdade, é um texto original. Nela, um tradutor imaginário afirma estar traduzindo uma obra inexistente: tanto tradutor como obra são produtos de ficção. Um recurso utilizado há muitos séculos de diversas maneiras e com diferentes motivações, ela é, muitas vezes, considerada farsa, fraude, falsificação ou mesmo mero gracejo narrativo sem grandes consequências. Entretanto, ao contrário do que essa visão simplória pode sugerir, ela tem estado presente em momentos importantes da história ocidental. Em sua relação com a literatura, a pseudotradução tem sido utilizada ao longo dos séculos como um poderoso recurso narrativo na composição de obras que concorreram para a transformação de sistemas culturais e literários. A partir da perspectiva do potencial criador e transformador da pseudotradução, este trabalho apresenta cinco obras produzidas em diferentes épocas da história ocidental, as quais, de alguma maneira, contribuíram para a dinâmica dos sistemas literários de suas épocas. Em todas elas, o fato de terem sido concebidas como pseudotraduções foi elemento fundamental e decisivo para seus efeitos. Cada uma dessas obras, distribuídas em períodos pontuais entre os séculos XII e XX, utilizou o recurso da pseudotradução de maneira diferente; todavia, todas elas promoveram transformações de paradigmas literários e questionamentos sobre questões humanas e sobre a própria ficção. São elas: The History of the Kings of Britain, de Geoffrey of Monmouth, século XII; Don Quijote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, século XVII; O castelo de Otranto, de Horace Walpole, século XVIII; O nome da rosa, de Umberto Eco, e o conto Tlön, Uqbar, Orbis Tertius, de Jorge Luis Borges, ambas produções do século XX. A observação dessas obras desde a perspectiva do uso da pseudotradução permite considerar a tradução além do processo de versão de uma língua para outra, como processo de escritura per se. / The basic definition of pseudotranslation is: a text introduced as a translation, but that is actually an original text. In this process, an imaginary translator claims to be translating a work that does not exist: both translator and work are products of fiction. A resource used for centuries in different ways and for various reasons, it has been frequently considered as sham, fraud, fakery, or even sheer witticism without serious consequences. However, instead of what this naïve view may suggest, it has been present in important moments of western history. As far as its connection to literature is concerned, pseudotranslation has been used along the centuries as a powerful narrative resource in the composition of works that contributed to the transformation of cultural and literary systems. From the perspective of the creative and transformative potential of pseudotranslation, this study introduces five works written in different periods of western history, which somehow contributed to the dynamics of the literary systems of their ages. In all of them, the fact of having been conceived as pseudotranslations was fundamental and decisive for their effects. Each of them, set on determinate periods between the 12th and the 20th centuries, applied the resource of pseudotranslation in a different way; even though, all of them fostered transformations in literary paradigms and questionings around human issues and around fiction itself. Such works are: The History of the Kings of Britain, by Geoffrey of Monmouth, 12th century; Don Quijote de la Mancha, by Miguel de Cervantes, 17th century; The Castle of Otranto, by Horace Walpole, 18th century; The Name of the Rose, by Umberto Eco, and the short story Tlön, Uqbar, Orbis Tertius, by Jorge Luis Borges, both written in the 20th century. Pondering these works from the perspective of their use of pseudotranslation makes it possible to consider translation beyond the process of turning texts from one language into another, as a creative writing process in itself.
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Pseudotradução, linguagem e fantasia em \'O Senhor dos Anéis\', de J. R. R. Tolkien / Pseudotranslation, language and fantasy in \'The Lord of the Rings\', by J.R.R. TolkienDircilene Fernandes Gonçalves 16 August 2007 (has links)
Em mais de meio século desde a publicação do primeiro volume de O Senhor dos Anéis, de J. R. R. Tolkien, em 1954, a maioria das discussões sobre a construção ficcional tolkieniana tem se concentrado em sua fundamentação lingüística, ou seja, o fato, reafirmado diversas vezes pelo próprio Tolkien, de que a obra foi escrita para dar um mundo às línguas inventadas por ele. O ponto de partida desta pesquisa é a observação do trabalho lingüístico de Tolkien desde uma outra perspectiva: a da concepção da narrativa como tradução fictícia. Partindo de um estudo da pseudotradução dentro dos Estudos da Tradução, observamos como ela opera especificamente nessa obra, com o objetivo de demonstrar que ela é não só uma técnica, mas o princípio criativo da narrativa. Após analisarmos a ficção tradutória que serve como moldura para a narração dos eventos da estória, complementamos a pesquisa com um estudo da utilização da linguagem na construção da fantasia mitológica de Tolkien. Na somatória dessas duas operações, procuramos mostrar como o processo de encadeamento de uma ficção dentro de outra ficção é fundamental para a criação de uma obra no limiar da fantasia e da realidade. / Throughout more than half a century since the publication of the first volume of J. R. R. Tolkien\'s The Lord of the Rings, in 1954, most discussions on the composition of Tolkien\'s fiction have concentrated on the fact that it is a fundamentally linguistic work; namely, the fact, sustained many times by Tolkien himself, that the narrative was created to give a world to the languages invented by the author. The starting point of this research is the observation of such linguistic composition from another perspective: the conception of the narrative as a fictitious translation. Setting about from a study of pseudotranslation inside Translation Studies, we examine how it operates specifically in this work, aiming at demonstrating that it is not merely a narrative technique, but the very creative principle of the narration. After the analysis of the translational fiction, which functions as a frame for the rendering of the events in the story, we present a further study on the use of language in the construction of Tolkien\'s mythological fantasy. Summing up these two operations, we aim at showing how the interlacing process of one fiction into another is fundamental for the creation of a work that dwells on the threshold of fantasy and reality.
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