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O tornar-se avó no processo de individuaçãoKipper, Caroline Dal-Ri January 2004 (has links)
O tornar-se avó assinala um período de transição no ciclo de vida familiar, marcado por transformações psíquicas significativas para os avós, caracterizando a quarta individuação (Colarusso, 1997). Este trabalho teve como objetivo investigar a experiência de tornar-se avó e sua importância no processo de individuação. Foi utilizado delineamento de estudo de caso coletivo (Stake, 1994), buscando identificar as particularidades, bem como as similaridades entre cada um dos casos estudados. Onze participantes, com idades entre 49 e 66 anos, responderam a uma entrevista semi-estruturada. Todas as avós tinham tido seus primeiros netos e a entrevista referia-se a eles. Foi utilizada análise de conteúdo qualitativa. Os dados mostraram que o ser avó é algo prazeroso, uma fonte de renovação e renascimento. Também reflete uma experiência de fusão com os netos, sendo ressaltado o sentimento de completude propiciado pela vinda de um neto, que possibilita uma reparação de suas próprias vidas, assim como da vivência que tiveram com os filhos. As vivências narcisistas, infantis, reeditadas com a parentalidade, também ressurgem com o tornar-se avó. O momento da realização dos partos das filhas fez com que todas as participantes do estudo relembrassem de seus próprios partos, o que mostra uma grande identificação entre elas. Em relação a um modelo de avós o estudo mostrou que as avós não tinham modelos na sua própria infância, e que procuravam construir uma forma particular de vivenciar o papel de avó. O estudo propiciou que as participantes refletissem seus diferentes papéis familiares: avó, mãe, neta e filha, e mostrou que o tornar-se avó possibilita que antigos conflitos sejam repensados, renovando antigos vínculos, o que permite que a avó dê mais um passo rumo à sua individuação.
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Relato de mães sobre o diálogo acerca da saúde sexual e reprodutiva com suas filhas adolescentes / Report on dialogue of mothers about sexual and reproductive health with their adolescent daughtersGubert, Fabiane do Amaral January 2008 (has links)
GUBERT, Fabiane do Amaral. Relato de mães sobre o diálogo acerca da saúde sexual e reprodutiva com suas filhas adolescentes. 2008. 131 f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem, Fortaleza, 2008. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2012-01-13T15:57:47Z
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Previous issue date: 2008 / Qualitative study having as subject, the communication between mothers and adolescent daughters in the family context. Objectives 1. Know, based on experience with mothers of adolescents, their views and experiences on issues related to gender, sexuality and reproduction, the dialogue between mothers and daughters. 2. Identify the mothers´ difficulties/ potentialities, with support in their lived experiences.3. Discover the processes of communication between mothers and daughters, made collectively through dialogue, negotiation and argumentation.4. Propose the practice of Health Education as a mediator of communication between mothers and daughters in the family context. Methodology: The social agents of the research were seven mothers of female adolescents, participants from non-governmental organization Acartes, residents in the District of Pirambu in Fortaleza-CE. The theoretical framework used was the Theory of Diversity and Universality of the Care of Madeleine Leininger. Data collection followed the model Observation-Participation Reflection, proposed by Leininger; semi-structured interviews and eleven meetings with the group, addressing the stages of development of the daughters: birth, childhood, puberty and adolescence. The project was submitted and approved by the Ethics Committee of the UFC under Protocol No 17/08. Results: social and cultural factors in the community contribute to the vision of sexuality of women and make difficult the dialogue with their daughters. The early pregnancy is a factor in their story of life, and when they project this fact to their daughters, the pregnancy has already occurred, or report that their daughters are likely to become pregnant early. That experience, the fruit of social development, creates barriers, which, alone, women can not overcome, and what happens is the continuation of a cycle in which the relationship of non-dialogue between mother and daughter are reproduced over the generations. In this reality, many times women, placed in a particular cultural background, have little or no degree of motivation of the family or community. When they remember their experiences of adolescence, feelings such as fear and shame are reported in adulthood and relate these feelings as still present in their lives. In relation to dialogue with their daughters, the argument is used by the pregnancy issue, linking it to the future of these barriers in life. For STD, are little discussed as an argument for prevention, not on explaining signs and symptoms, making the vision of adolescents at the preventive issue. The TV is seen as an area that provides the reasoning and negotiation. Conclusions: The study may prompt a renewed vision in the field of sexual and reproductive health in the family, which considers the relational dimension of sexuality, sex and reproduction, aiming to contribute to the promotion of the dialogue between mother and daughter. The intervention of the nurse as part of the team of Health of the Family through the Health Education helps to improve self-esteem and perception of the women´s world, encouraging them to a greater degree of autonomy and power to decide about questions related to sexuality. The reflection of the experiences through the memories of the life cycle can encourage them to think about new projects for their lives and shows that even with difficulties, the dialogue between mothers and daughters can occur, whereas it is never too late to learn / A saúde sexual e reprodutiva é fundamental na formação de um adulto saudável e, nesta trajetória, a família deve promover a comunicação/diálogo entre seus integrantes sobre essa temática; no entanto a responsabilidade é concentrada na mãe que, somada às especificidades do ciclo vital, pode desenvolver processos comunicativos fortalecidos ou conturbados. Além das vulnerabilidades sociais vivenciadas pelas mulheres, as estatísticas na área da saúde evidenciam a crescente feminização do HIV/aids e aumento dos casos de gravidez precoce, sobretudo nas mulheres mais pobres, jovens e com menor acesso a medidas assistenciais e de Promoção à Saúde. A ambigüidade das mães quanto ao seu papel na orientação dos filhos, aliada às características da adolescência, pode dificultar a comunicação efetiva sobre sexo, sexualidade e contracepção. Objetivo: conhecer, com base na vivência com mães de adolescentes, suas opiniões e experiências acerca de temas ligados a sexo, sexualidade e reprodução, dialogados entre mães e filhas no contexto familiar. Metodologia: Estudo qualitativo, fundamentado na Teoria da Diversidade e Universalidade do Cuidado, de autoria de Madeleine Leininger. Realizou-se o estudo com um grupo de sete mulheres, moradoras do Bairro Pirambu em Fortaleza-CE. A população foi definida por mães com filhas adolescentes; integrantes da ONG ACARTES. A coleta de informações seguiu o Modelo O-P-R (Observação-Participação-Reflexão) proposto por Leininger, entrevista semi-estruturada e encontros com o grupo, abordando as fases de desenvolvimento das filhas: nascimento, infância, puberdade e adolescência. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Ceará –UFC, sob protocolo nº 17/08. Resultados: A faixa etária das mães variou entre 30 e 46 anos. Ao observar o contexto situacional das informantes, percebe-se que as questões ligadas aos fatores sociais e culturais contribuem para a visão da sexualidade que as mulheres possuem e dificultam o diálogo com suas filhas. Quando recordam as experiências das mães na puberdade e adolescência, sentimentos como medo e vergonha são relatados. Sobre a argumentação com suas filhas, utilizam o tema gravidez, relacionando a futuras barreiras no desenvolvimento social e profissional destas. Em relação às DST, essas são pouco discutidas como argumento de prevenção, e apontadas numa perspectiva de risco à vida, porém não esclarecendo muito sobre sinais e sintomas, o que dificulta a visão dos adolescentes ante a questão preventiva. A TV é vista como espaço que propicia a argumentação e negociação. Nas falas, percebe-se a reprodução das relações de gênero: para três informantes, as filhas irão aprender sobre sexo e sexualidade quando tiverem um companheiro, principalmente por meio do matrimônio. Dentre os discursos, a questão religiosa foi citada como um meio de influenciar no modo de viver a sexualidade e retardar o inicio da vida sexual. Outro fator é relativo à falta de motivação da família ou da comunidade. Conclusão: Assim, a intervenção da enfermeira como integrante da equipe de saúde da família pode contribuir para a melhoria da auto-estima e percepção do mundo de mulheres; ou seja, mediante a sistematização de um cuidado sensível às reais necessidades de mães e filhas, pode-se fomentar estratégias que contribuam para o “empoderamento”, incentivando as mulheres a um maior grau de autonomia e poder de decisão perante as questões sexuais e reprodutivas. Mesmo que muitas vezes todas as vulnerabilidades não possam ser de todo eliminadas e as necessidades superadas na comunidade, as participantes reconhecem a necessidade de aprimorar ou iniciar o diálogo junto às filhas adolescentes. Esse sentimento é importante, visto que o reconhecimento e a compreensão sobre o contexto no qual estão inseridas podem nortear e dar mais resolubilidade às ações de promoção à saúde neste contexto
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O tornar-se avó no processo de individuaçãoKipper, Caroline Dal-Ri January 2004 (has links)
O tornar-se avó assinala um período de transição no ciclo de vida familiar, marcado por transformações psíquicas significativas para os avós, caracterizando a quarta individuação (Colarusso, 1997). Este trabalho teve como objetivo investigar a experiência de tornar-se avó e sua importância no processo de individuação. Foi utilizado delineamento de estudo de caso coletivo (Stake, 1994), buscando identificar as particularidades, bem como as similaridades entre cada um dos casos estudados. Onze participantes, com idades entre 49 e 66 anos, responderam a uma entrevista semi-estruturada. Todas as avós tinham tido seus primeiros netos e a entrevista referia-se a eles. Foi utilizada análise de conteúdo qualitativa. Os dados mostraram que o ser avó é algo prazeroso, uma fonte de renovação e renascimento. Também reflete uma experiência de fusão com os netos, sendo ressaltado o sentimento de completude propiciado pela vinda de um neto, que possibilita uma reparação de suas próprias vidas, assim como da vivência que tiveram com os filhos. As vivências narcisistas, infantis, reeditadas com a parentalidade, também ressurgem com o tornar-se avó. O momento da realização dos partos das filhas fez com que todas as participantes do estudo relembrassem de seus próprios partos, o que mostra uma grande identificação entre elas. Em relação a um modelo de avós o estudo mostrou que as avós não tinham modelos na sua própria infância, e que procuravam construir uma forma particular de vivenciar o papel de avó. O estudo propiciou que as participantes refletissem seus diferentes papéis familiares: avó, mãe, neta e filha, e mostrou que o tornar-se avó possibilita que antigos conflitos sejam repensados, renovando antigos vínculos, o que permite que a avó dê mais um passo rumo à sua individuação.
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A interação conjugal e o uso da violência em famílias com filhos pequenosHartmann, Fernanda Vaz January 2004 (has links)
O presente estudo teve por objetivo compreender as dinâmicas interacionais estabelecidas pelos casais na etapa do ciclo de vida de famílias com filhos pequenos e o uso da violência na relação conjugal, entendendo as dinâmicas interacionais dos casais a partir do equilíbrio da individualidade e conjugalidade e o uso da violência como reguladora de distância. Para tanto, foi realizado estudo de caso coletivo (Stake, 1994) com cinco casais, em que os pais se encontravam com mais de 20 anos e que tinham apenas um filho com idade entre 12 e 36 meses. O casal foi entrevistado conjuntamente. Foi realizada análise do conteúdo das falas e análise da interação dos casais. A análise da interação dos casais foi feita através de uma adaptação do estudo de Destri (1996) que permite avaliar como os casais estão equilibrados entre as dimensões de individualidade e conjugalidade. Os achados deste estudo apóiam a expectativa de existir uma relação entre a dinâmica interacional do casal e o uso da violência. Considerando que a etapa de famílias com filhos pequenos introduz uma mudança significativa no sistema conjugal, ao acrescentar mais um membro, transformando a relação conjugal de dual para triangular, questionamos como os casais reorganizam a sua dinâmica interacional, dentro das dimensões de individualidade e conjugalidade, e em que medida utilizam a violência como reguladora de distância. A análise dos dados revelou que os casais deste estudo apresentaram uma interação em que se sobressai a dimensão da individualidade em relação à conjugalidade. Este funcionamento com predominância da individualidade parece criar uma certa distância entre os cônjuges, gerando descontentamento com a relação. Na busca por maior intimidade e cumplicidade, surgem as queixas, discussões e, algumas vezes, até a violência física. A violência surge então, como reguladora de distância para conquistar mais intimidade entre os cônjuges. quando o casal perde o controle das emoções. Com esta pesquisa conseguimos adicionar a compreensão da violência em famílias com filhos pequenos utilizando as perspectivas interacional e do desenvolvimento.
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Associação entre a recordação dos cuidados parentais e qualidade de vida na idade adultaZimmermann, Jacques José January 2005 (has links)
Introdução: A ausência de cuidados parentais satisfatórios tem sido associada a psicopatologia na vida adulta. Existem poucos estudos que associam cuidados parentais com desfechos positivos em saúde. A hipótese do presente estudo é a de que cuidados parentais favoráveis podem estar associados a uma melhor qualidade de vida na idade adulta. Método: Foram avaliados 303 alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil, através de instrumentos de qualidade de vida (WHOQOL-bref), cuidados parentais (s-EMBU), mecanismos de enfrentamento frente a situações estressantes (Inventário de Estratégias de Coping), eventos de vida (Escala de Avaliação de Reajustamento Social) e sintomas de depressão (Inventário de Beck para depressão). Os dados obtidos foram analisados através de uma regressão linear múltipla hierárquica utilizando o pacote de software SPSS 12. Resultados: Verificou-se que eventos precoces como o estilo de cuidados parentais recordados pelos sujeitos podem influenciar a qualidade de vida adulta; a qualidade de vida é influenciada por variáveis compreendidas num extenso período cronológico, desde variáveis mais distais, como sexo e classe social, até variáveis mais proximais, como a medida de depressão na última semana. O calor emocional materno mostrou-se altamente correlacionado à qualidade de vida global, no domínio psicológico e no de relações sociais dos estudantes que participaram da pesquisa. Mesmo se tratando de população não clínica, a medida de sintomas de depressão foi a variável preditora que mais influenciou na qualidade de vida. As estratégias de enfrentamento utilizadas frente a situações reais de estresse não se mostraram mediadoras do desfecho. Conclusão: Este estudo, portanto, substancia a noção empírica de que cuidados parentais favoráveis podem estar associados a uma melhor qualidade de vida na idade adulta. Os resultados apontam para uma validade discriminante satisfatória do WHOQOL-BREF em população não clínica.
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Coesão e hierarquia em famílias com história de abuso físicoDe Antoni, Clarissa January 2005 (has links)
Esta tese trata sobre a estrutura e funcionamento de famílias com história de abuso físico através da análise da coesão e da hierarquia nestes microssistemas. Assim, examina o fenômeno da violência intrafamiliar, especificamente do abuso físico dos pais para com os filhos, através da Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano, Teoria Estrutural Sistêmica Familiar e da Psicologia Positiva. Participaram deste estudo vinte famílias de nível sócio-econômico baixo e história de abuso físico intrafamiliar. O método utilizado foi a inserção ecológica, através da participação da equipe de pesquisa nos contextos nos quais as famílias participam (residência, hospital, escola e organização não-governamental). Foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas e o Teste do Sistema Familiar –FAST. Esta tese está organizada em três estudos. O primeiro analisa o perfil destas famílias, levando-se em conta os dados bioecológicos (condições socioeconômicas e constituição familiar) e relacionais (indicadores de risco, de proteção, eventos, expectativas de futuro), e analisa o perfil da violência (membros envolvidos, motivos, severidade, freqüência e intensidade) O segundo analisa quantitativamente as representações dos membros familiares sobre a coesão e a hierarquia, obtidas através do FAST. O terceiro apresenta três casos, nos quais é aprofundado o estudo do fenômeno do abuso físico intrafamiliar, de forma qualitativa. Os resultados mostram a presença de indicadores de risco severos para o desenvolvimento saudável dos membros familiares e do sistema como um todo, como os relacionados aos papéis, à educação formal, patologias, práticas disciplinares e aos comportamentos agressivos. Os fatores de proteção, identificados na família, como a rede de apoio, o desejo de mudança e valorização das conquistas, não são suficientemente capazes para promover a resiliência e evitar a violência, tal é a sua severidade. As perspectivas divergentes entre os membros familiares sobre a coesão e a hierarquia também contribuem para isto. Os agressores não se reconhecem como tal e tendem a representar a família coesa, mesmo diante de situações conflituosas. Estes resultados foram confirmados nos estudos de casos, que demonstram também o papel da violência associado à necessidade do abusador em manter o controle sobre o sistema relacional, ao descontrole emocional individual, influenciando todo o sistema, e como interação, substituindo o afeto amoroso.
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A apercepção familiar em crianças com ou sem transtornos de déficit de atenção/hiperatividade, transtorno de conduta e transtorno desafiador opositivoNunes, Maura Marques de Souza January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / The Hyperactivity/Attention Deficit Disorder (HADD) and the Behavior Disorder (BD) reflect on the life of the child and the adolescent in an invasive fashion, breaking up the expected development for that age range. The damages caused occur in several areas (social placement, interpersonal relations), generating family and personal problems. On the other hand, many adverse family circumstances may be associated to problems of child and adolescent behavior. Based on that, this thesis approaches these topics in two section, theoretical and empirical. The theoretical study, through a revision of the literature, refers to the role of the family and school environment in the background of the subjects, in both the psychic and the social and emotional aspects, regarding the global, healthy development of the child and the adolescent. It lays out the features associated to the hyperactivity/attention deficit and behavior disorders, highlighting the factors within the family and the school environments that may favor the accentuating or the minimizing of their clinical manifestations. The empirical study responds to the research project that originated this thesis and aimed at checking whether children with Behavior Disorder, Oppositional Defiance Disorder and Hyperactivity/Attention Deficit Disorder, when tested against the Family Apperception Test (FAT), tend to provide more responses that denote the apperception of a more conflictive or dysfunctional family functioning than the responses given by children without these disorders. 32 male and female children, aged 06 to 11, divided into two groups (G1 clinical and G2 non-clinical) of 16 subjects participated The instruments used were: a sociodemographical data file, the Child Behavior Checklist – CBCL, the Raven Color Progress Matrix Test – Special Scale and the FAT. The results show significant association between the non-clinical group type and the conflictive response category for pictures 4 (the shop, p=0. 028), 11 (the delay, p=0. 017) and 18 (the trip, p=0. 003). Pictures 7 (the kitchen, p=0. 020), 9 (school tasks, p=0. 019), 11(bed time, p=0. 031) and 18 (the trip, p<0. 001) prove that the non-clinical group found more positive solutions for their conflicts, as compared to the clinical group. In the results for categories, limit imposition, boundaries and kind of system, no association with statistical significance was found. / O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e o Transtorno de Conduta (TC) repercutem na vida da criança e do adolescente de forma invasiva, rompendo com o desenvolvimento esperado para esta faixa etária. Os prejuízos causados ocorrem em diversas áreas (relações interpessoais, inserção social) gerando problemas familiares e pessoais. Por outro lado, muitas circunstâncias familiares adversas podem estar associadas a problemas de comportamento nas crianças e adolescentes. Com base nisso, esta dissertação aborda estes tópicos em duas seções, uma teórica e outra, empírica. O estudo teórico, através de uma revisão da literatura, faz referência ao papel do ambiente familiar e escolar na formação dos sujeitos, tanto no aspecto psíquico, como social e emocional, tendo em vista o desenvolvimento global, saudável, da criança e do adolescente. Expõe as características associadas dos transtornos de déficit de atenção/hiperatividade e de conduta, destacando os fatores do ambiente familiar e escolar que podem favorecer para acentuar ou minimizar as manifestações clínicas dos mesmos. O estudo empírico, responde ao projeto de pesquisa que deu origem a esta dissertação, e teve como objetivo verificar se crianças que apresentam Transtorno de Conduta, Transtorno Desafiador Opositivo e Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade tendem a dar, quando testadas com o Teste de Apercepção Familiar (FAT), mais respostas que denotem a apercepção de um funcionamento familiar mais conflitivo ou disfuncional do que as respostas dadas por crianças sem estes transtornos. Participaram 32 crianças dos sexos masculino e feminino, com idades entre 06 e 11 anos, divididas em dois grupos (G1 clínico e G2 não clínico) de 16 sujeitos. Os instrumentos utilizados foram: uma ficha de dados sociodemográficos, a Child Behavior Checklist – CBCL, o Teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven – Escala Especial e o FAT. Os resultados mostraram associação significativa entre o tipo de grupo não-clínico e a categoria de resposta conflito para as lâminas 4 (da loja, p=0,028), 11 (do atraso, p=0,017) e 18 (da viagem, p=0,003). Constata-se nas lâminas 7 (da cozinha, p=0,020), 9 (das tarefas escolares, p=0,019), 11 (da hora de dormir, p=0,031) e 18 (da viagem, p<0,001), que o grupo não-clínico encontrou mais soluções positivas para seus conflitos, em comparação com o grupo clínico. Nos resultados para as categorias, imposição de limites, fronteiras e tipo de sistema não foi identificada associação com significância estatística.
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A dinâmica familiar no contexto da crise suicidaKrüger, Liara Lopes January 2007 (has links)
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Previous issue date: 2007 / The World Health Organization appoints violence as the biggest public health problem and the one with the largest growth in all of the nations. Suicide, as one of the violence modes, the self-harm one, mobilizes the development of studies and prevention and treatment strategies around the world. The suicide attempt, a strong announcer of death by suicide, cannot be ignored within this context. This complex phenomenon brings as a requirement for the development of research in this area, the need of gathering contributions from several fields of knowledge. This paper proposes thinking systematically on how the family moves in time and space of the crisis generated by the suicide attempt of one of its members, unveiling, through the dynamics which is intrinsic to the participant families, a new glance towards the comprehension, prevention and treatment of this phenomenon. The thesis is organized into three sections, a theoretical one and two empiric ones that aim at answering to the objective of this investigation. The first section makes a theoretical reflection on the theme of the identity construction. It approaches the conception of inter-subjectivity, the constitution of family bonds and how the construction of the family identity is dialectically entangled with its self constitution. Within this context, the possibilities of the subject identity dissipation are strongly related to the family identity dissipation by bringing to the encounter that is established through the dialogue founded on the reciprocity, the possibility for the construction of histories of autonomy and continuity. Section two and section three work with the clinic material of this investigation.In the first one, the data of six families supply input in order to unveil the phenomenon by revealing family histories permeated by indiscriminations around the question: Who am I? The limits between the “I” and the other seem to have lost its plasticity, by constituting itself in a hindrance for moves towards differentiation. In this environment, suffering presents itself with emotions that limit the entry of the subject into some conversations. Then, solitude rises, the resources seem insufficient so that the suicide behavior becomes a possible way. The last article presents the history of two participating families through the construction of the genogramm as a resource for the establishment of a context that is propitious for the generative dialogue. It discusses the insertion of the genogramm in the therapeutic conversation, as a possibility of transcending its functioning origins in order to change itself into a resource of collaborative comprehension for new possibilities of being and living in the world. Finally, it concludes that this resource allows the co-exploitation, clarification and expansion of the meanings that emerge from the histories that the families tell and that affect the dynamics of the family relationship. The results of this thesis appoint to the relevance of the development of approaches for the prevention and treatment of self-inflicting violence that includes the attendance of families that have become vulnerable by the presence of the suicide crisis, by helping them to build creative opportunities in order to live and let live in an independent way of life without losing the sense of continuity. / A Organização Mundial da Saúde aponta a violência como o maior problema de saúde pública e o de maior crescimento em todas as nações. O suicídio, como uma das formas de violência, a auto-infligida, mobiliza o desenvolvimento de estudos e estratégias de prevenção e tratamento ao redor do mundo. A tentativa de suicídio, forte preditor da morte por suicídio, não pode ser desconsiderada neste contexto. Este fenômeno complexo traz como exigência ao desenvolvimento de pesquisa nesta área a necessidade de cotejar contribuições de diversos campos do conhecimento. Este trabalho propõe pensar sistemicamente sobre como a família se movimenta, no tempo e espaço da crise gerada pela tentativa de suicídio de um dos seus membros, descortinando, através da dinâmica intrínseca às famílias participantes, um novo olhar para a compreensão, prevenção e tratamento deste fenômeno. A tese está organizada em três seções, que buscam responder ao objetivo desta investigação. A primeira seção faz uma reflexão teórica sobre o tema da construção da identidade. Trabalha a concepção de intersubjetividade, a constituição dos vínculos familiares e como a construção da identidade familiar está recursivamente enredada com a constituição de si mesmo. Neste contexto, as possibilidades de dissipação da identidade do sujeito estão fortemente relacionadas à dissipação da identidade familiar, trazendo para o encontro, que se estabelece através do diálogo fundamentado na reciprocidade, a possibilidade para a construção de histórias de autonomia e continuidade. A duas seções seguintes trabalham com o material clínico desta investigação.Na primeira, os dados de seis famílias fornecem subsídio para desvelar o fenômeno, revelando histórias familiares permeadas por indiscriminações em torno da pergunta: Quem sou eu? Os limites entre o “eu” e o outro parecem ter perdido a sua plasticidade, constituindo-se num impedimento para movimentos rumo à diferenciação. O sofrimento, neste ambiente, apresenta-se com emoções que limitam a entrada do sujeito em algumas conversações: surge, então, a solidão, os recursos parecem insuficientes, tornando o comportamento suicida um caminho possível. A última seção apresenta a história de duas famílias participantes, através da construção do genograma como recurso para o estabelecimento de um contexto propício ao diálogo generativo. Discute a inserção do genograma na conversação terapêutica, como possibilidade de transcender suas origens funcionalistas, para transformar-se num recurso de compreensão colaborativa de novas possibilidades de ser e de viver no mundo. Conclui-se, por fim, que este recurso permite a co-exploração, clarificação e expansão dos significados que emergem das histórias que as famílias contam e afetam a dinâmica do relacionamento familiar. Os resultados desta tese apontam para relevância do desenvolvimento de abordagens de prevenção e tratamento da violência auto-infliginda que inclua o atendimento de famílias vulnerabilizadas pela presença da crise suicida, auxiliando-as a construir oportunidades criativas para viver e deixar viver, de forma autônoma, a vida, sem perder o senso de continuidade.
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O uso da internet na adolescência: aspectos relativos às relações familiares na pós-modernidadeSpizzirri, Rosane Cristina Pereira January 2008 (has links)
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Previous issue date: 2008 / Our country has high rates of Internet use, especially the young audience. This thesis contains two articles that seek to integrate the understanding about the use of the Internet in adolescence. The articles deal with the repercussions of using the Internet in family and cultural aspects of virtuality in post-modernity. The empirical study was in a exploratory character, seeking map the profile of Internet use in 534 adolescents between 12 and 17 years old, students from public and private schools in Porto Alegre. As a result, the articles show that virtual relationships do not replace the real ones, but supplement them. In the family the way of using the Internet may only reflect its dynamics, serving as an element of rapprochement between generations or also potentializing existing difficulties. The results of empirical study showed 100% of Internet usage and 89% of adolescents having their computers at home. In these people, 51,1% of participants said family control does not exist in the use of the Internet. And also the Analysis of Clusters showed that levels of welfare and satisfaction were not associated to the types of use of the Internet. / Nosso país possui elevados índices de utilização de Internet, principalmente o público jovem. Esta dissertação contém dois artigos que buscam integrar a compreensão acerca da utilização da Internet na adolescência. Os artigos abordam as repercussões do uso da Internet na família e os aspectos culturais da virtualidade na pós-modernidade. O estudo empírico foi de caráter exploratório buscando mapear o perfil da utilização da Internet em 534 adolescentes, entre 12 e 17 anos, estudantes de escolas públicas e privadas de Porto Alegre. Como resultados os artigos abordam que os relacionamentos virtuais não substituem os reais, mas os complementam. Na família o modo de uso da Internet poderá apenas refletir sua dinâmica, tanto servindo como elemento de aproximação entre gerações como potencializando dificuldades já existentes. Os resultados do estudo empírico demonstraram 100% de utilização da Internet e 89% dos adolescentes possuindo computador em casa. Dos participantes 51,1% afirmaram inexistir controle familiar no uso da Internet. E ainda, a análise de Clusters revelou que níveis de bem-estar e satisfação não se associaram aos tipos de uso da Internet.
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A interação conjugal e o uso da violência em famílias com filhos pequenosHartmann, Fernanda Vaz January 2004 (has links)
O presente estudo teve por objetivo compreender as dinâmicas interacionais estabelecidas pelos casais na etapa do ciclo de vida de famílias com filhos pequenos e o uso da violência na relação conjugal, entendendo as dinâmicas interacionais dos casais a partir do equilíbrio da individualidade e conjugalidade e o uso da violência como reguladora de distância. Para tanto, foi realizado estudo de caso coletivo (Stake, 1994) com cinco casais, em que os pais se encontravam com mais de 20 anos e que tinham apenas um filho com idade entre 12 e 36 meses. O casal foi entrevistado conjuntamente. Foi realizada análise do conteúdo das falas e análise da interação dos casais. A análise da interação dos casais foi feita através de uma adaptação do estudo de Destri (1996) que permite avaliar como os casais estão equilibrados entre as dimensões de individualidade e conjugalidade. Os achados deste estudo apóiam a expectativa de existir uma relação entre a dinâmica interacional do casal e o uso da violência. Considerando que a etapa de famílias com filhos pequenos introduz uma mudança significativa no sistema conjugal, ao acrescentar mais um membro, transformando a relação conjugal de dual para triangular, questionamos como os casais reorganizam a sua dinâmica interacional, dentro das dimensões de individualidade e conjugalidade, e em que medida utilizam a violência como reguladora de distância. A análise dos dados revelou que os casais deste estudo apresentaram uma interação em que se sobressai a dimensão da individualidade em relação à conjugalidade. Este funcionamento com predominância da individualidade parece criar uma certa distância entre os cônjuges, gerando descontentamento com a relação. Na busca por maior intimidade e cumplicidade, surgem as queixas, discussões e, algumas vezes, até a violência física. A violência surge então, como reguladora de distância para conquistar mais intimidade entre os cônjuges. quando o casal perde o controle das emoções. Com esta pesquisa conseguimos adicionar a compreensão da violência em famílias com filhos pequenos utilizando as perspectivas interacional e do desenvolvimento.
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